A aflicao oculta de Dilma Opiniao Estadao
October 9, 2017 | Autor: André Brasil | Categoria: N/A
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07/11/2014
A aflição oculta de Dilma - Opinião - Estadão
A aflição oculta de Dilma
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O ESTADO DE S.PAULO 07 Novembro 2014 | 02h 04
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A 17º presidente Dilma Rousseff agarrou-se ao que seria a "consciência democrática" Buscar
27º para dar um verniz de grandeza política à hipocrisia de propor o desmonte dos
palanques em obediência ao imperativo de +"saber ganhar e saber perder". A POLÍTICA + ECONOMIA INTERNACIONAL + ESPORTES + sua SÃO PAULO invocação, em um encontro com a cúpula do PSD de Gilberto Kassab - candidato a
ministro das Cidades em troca de seu apoio ao Planalto -, não passa de uma Opinião 0
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tucano Aécio Neves seria o fim do Bolsa Família. Ela há de saber também que o enfraquecimento do PT, evidenciado na perda de 18
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das suas 88 cadeiras na Câmara dos Deputados, contrastando com a ampliação da bancada do PSDB de 44 para 54 membros e incentivando as ambições hegemônicas do PMDB na Casa, a deixará ainda mais vulnerável do que neste último ano do atual mandato. Sinal dos tempos também, setores da base aliada parecem propensos a formar um bloco "independente", cuja lealdade ao governo, portanto, seria medida caso a caso. Políticos profissionais que são, não ignoram que uma coisa foi o desfecho aritmético da disputa pelo poder; outra é a persistência da rejeição a Dilma na opinião pública não petista. Eis o cenário que cerca desde já a segunda posse da presidente. E é em razão desse panorama adverso que ela se põe a desfilar como porta-bandeira da conciliação. "Se o nosso
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ritmo (sic) era de mostrar as diferenças, nós agora temos que fazer a trajetória inversa", apelou. Ela seria mais convincente se tivesse a decência de pedir desculpas pela virulência com que o PT derrotado em 1998 tratou o governo Fernando Henrique. Não só aos berros de "Fora FHC", como se esgoelava, entre tantos outros companheiros, o hoje "moderado" governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (que, aliás, não
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conseguiu se reeleger). Mas também mobilizando os sindicatos do funcionalismo federal dominados pela CUT para afogar o governo em greves. À época, Lula teria preferido perder a mobilidade a descer dos palanques. Presidente, continuou aboletado neles durante oito anos, enquanto transpirava "a pretensão de ser o último grito em matéria de visão política", o que a oportunista Dilma hoje rejeita. O seu mentor, além disso, ficou afônico de tanto se queixar da "herança maldita" que teria recebido. Sem querer, a apadrinhada faz lembrar a expressão: "O passado
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nunca está morto. Nem sequer passado é". E o que tem sido este primeiro período dilmista, se não a antítese do diálogo que deu de pregar - repetiu o termo cinco vezes no improviso ao lado de Kassab e sua turma. Nenhum setor da sociedade brasileira, nenhuma força política foi objeto http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-aflicao-oculta-de-dilma-imp-,1589316
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A aflição oculta de Dilma - Opinião - Estadão
natural dessa interlocução, uma conduta costumeira dos dois governantes tão diversos entre si que a antecederam. E quando, a insistentes rogos de Lula, os empresários foram autorizados a ascender ao santuário planaltino, dali saíram, como se diz, roucos de tanto ouvir. Sobram testemunhos disso. A solidão autossuficiente é o abrigo de Dilma. Segundo um ex-colaborador, citado pela revista Piauí, seria a marca psíquica que lhe deixou a clandestinidade de integrante de organizações de luta armada contra a ditadura militar. De todo modo, nada indica, além das palavras que já se desgastam de tanto ser repetidas, que Dilma II será diferente de Dilma I. O que justifica inteiramente o ceticismo dos políticos, à semelhança de outros, diante da metamorfose prometida. Ainda ontem, este jornal noticiou que Lula está empenhado em construir uma firme base de apoio à afilhada no Senado. Ele teme que, se Dilma persistir no seu olímpico isolamento, o provável líder da frente de oposição à petista, Aécio Neves, atrairá senadores de partidos nominalmente alinhados com o governo, mas com sintomas de fraturas internas, como o PMDB, o PP e o PDT. O problema é que eles contam nos dedos as vezes em que Dilma se dignou a recebê-los.
TAGS: Editorial Estadão, Dilma, eleições
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