A atuação do Exército Brasileiro na preservação da floresta amazônica: imagens do Brasil à mídia

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A atuação do Exército Brasileiro na preservação da floresta amazônica: imagens do Brasil à mídia.

Edson de Carvalho Souza1 Resumo O presente texto tem o objetivo de relatar a atuação do Exército Brasileiro na preservação da floresta amazônica e a importância do planejamento midiático à formação da opinião pública mundial sobre a imagem do Brasil; há a apresentação sobre o poder da mídia no cenário político-econômico, e sobre a conscientização da preservação do meio-ambiente à condição da vida humana na terra; trazendo a reflexão sobre a relação da atuação do Exército Brasileiro e o meio. Palavras-Chave: Exército Brasileiro, Amazônia, preservação, imagem. Abstract The article comments on the performance of the Brazilian Army in the preservation of the Amazon rainforest and the importance of media planning in building a positive image of Brazil and the formation of public opinion, there is a presentation about the power of media in political and economic scenario, and about the

environment

preservation awareness in condition of human life on earth, bringing the debate on the relationship of Brazilian Army performance and the media. Key words: Brazilian Army, Amazon, environment preservation, image. 1. INTRODUÇÃO

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Professor do curso de Bacharelado em Administração e do curso de Bacharelado em Comunicação Social JK-

ESAMC (Escola Superior de Administração e Comunicação); Professor do curso de Bacharelado em Comunicação Social Faculdade PROJEÇÃO; e Especialista em comunicação estratégica Faculdade JK de Brasília;

Os inúmeros eventos de defesa do meio ambiente, à preservação da fauna, flora e recursos minerais e à continuidade da vida humana, aumentaram substancialmente desde a década de oitenta; paralelamente a mídia atuava na divulgação destas ações e exposição dos problemas ambientais do planeta terra: o aquecimento global, o degelo das calotas polares, a poluição de ecossistemas, devastação ambiental, além da emissão desenfreada de dióxido de carbono. Estes acontecimentos promoveram o aumento de estudos, reuniões e acordos com a finalidade de fomentar a preservação e produção de políticas públicas sustentáveis ao meio ambiente 2. No Brasil, houve a cobrança da opinião pública estrangeira afim de que o Brasil se preocupasse com a preservação da maior floresta do mundo, a floresta Amazônica. Enquanto isso, outra parte da opinião pública procurava o apoio da mídia para difundir a internacionalização da Amazônia3. Um dos objetivos deste artigo é relatar a atuação presente do exército brasileiro na execução de políticas sustentáveis na região amazônica e na produção de projetos que divulguem as ações do Exército Brasileiro 4 à mídia estrangeira e nacional, analisando o poder da mídia na geração de imagem e à busca da resposta do porquê preservar. O direito e dever à preservação são resguardados pela carta magna brasileira, conforme o 5Art 225, Parágrafo 1º, Inciso I a VII, da CF/88, todos temos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; cabe ao poder público e à coletividade a sua preservação. Para Castro (2006, p.157) “A Amazônia é uma questão nacional de primeira ordem, pelos vários problemas a que está associada – narcotráfico, guerrilha em países limítrofes, pouca presença do Estado, necessidade de vivificação das fronteiras, conflitos étnicos e, sobretudo, a cobiça internacional”. O Exército brasileiro tem a missão de executar o papel do Estado na preservação da meio ambiente6; o Brasil tem promovido unidades de conservação, conforme

2 Disponível em: http://www.gta.org.br/noticias_exibir.php?cod_cel=2075 3 Há sites que promovem a compra de terras na Amazônia à promoção da internacionalização. Disponível em http://en.amazonrainforest.org/ 4 Veja projeto formadores de opinião do Exército Brasileiro. Disponível em http://www.exercito.gov.br/05notic/paineis/2008/05mai/visitafo.htm 5 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm 6 Além da preservação, o Exército Brasileiro atua com poder de polícia à preservação do meio ambiente na fronteira brasileira. Veja: Art. 17-A, inciso IV, da Lei Complementar Nr 97, de 09 de junho de 1999.

compromisso com a ONU (Organização das Nações Unidas)7, estes acordos geram resposta positiva à pressão internacional. O artigo propõe a investigar a atuação do exército brasileiro na preservação da floresta amazônica e o porquê da ação de preservar o meio ambiente no presente momento e sua influencia à mídia.

2. POR QUE PRESERVAR

Vivemos na era sustentável, em uma sociedade informatizada e inteirada da necessidade de preservação do meio ambiente. Temos um mundo com acesso à informação e um mundo de pressão para a solução de um problema que pertence a todos, a preservação dos meios naturais. No mundo capitalista, a expressão

8“desenvolvimento

sustentável” remete ao

crescimento responsável da economia mundial por meio da conservação dos recursos vivos, “a expressão foi publicamente empregada pela primeira vez em agosto de 1979, no Simpósio das Nações Unidas sobre as Inter-relações entre Recursos, Ambiente e Desenvolvimento, realizado em Estocolmo, e no qual foi apresentado um texto intitulado – A busca de padrões sustentáveis de desenvolvimento.” VEIGA (2006). O mundo capitalista não sabe conviver com o meio; o homem é um ser que necessita da natureza para sobreviver; a sustentabilidade do meio em qualquer parte do planeta é importante para a continuidade do homem e à preservação da natureza; MENDONÇA (2005) observa que os seres humanos devem ser considerados antes de tudo, pois se preservamos a natureza, o fazemos para nós; se não preservarmos a natureza, o próprio homem pode desaparecer. Preservamos a natureza para preservar o homem.

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Disponível: http://www.pnud.org.br/gerapdf.php?id01=3001 Disponível: http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/

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Este homem é o mesmo que gesta a economia, que faz parte da sociedade, que vive neste planeta; MENDONÇA (2005) aplica simplesmente uma lógica dedutiva para endossar a necessidade de preservação como condição de posteridade. No ritmo que a demografia cresce, as políticas sustentáveis aumentam; a mídia é a polícia do meio ambiente, é a fiscalização da execução de políticas à sustentabilidade. A globalização nos leva a preservar onde não podemos estar presentes fisicamente, pois podemos promover a política de preservação para o desenvolvimento sustentável de forma virtual; se virtualmente podemos estar em qualquer lugar, a freqüente presença aumenta o impacto e a pressão da mensagem; logo haverá maior difusão da política preservacionista e execução. A globalização da mensagem pela mídia torna claro e em evidência os problemas da floresta amazônica. O interesse pelo desenvolvimento sustentável pertence a todo planeta, desta forma o meio ambiente é divulgado como bem público internacional, a necessidade do Brasil em preservar é ao mesmo tempo a necessidade de proteger um patrimônio nacional; a presença do Exército Brasileiro nas regiões de riscos ambientais, evidencia um diagnóstico positivo de atuação e defesa de interesse nacionais e internacionais nos locais onde é explicito a dinâmica de instituições que se adentram com fins destruição e venda de recursos naturais ou facilitação de pesquisadores não autorizados à procura do conhecimento da bio-diversidade com a finalidade de produção farmacêutica e registros de patentes estrangeiros de riquezas nacionais. Este artigo se posiciona como divulgador do posicionamento científico à preservação do meio ambiente para a promoção do desenvolvimento sustentável e da visualização da presença do Exército Brasileiro como fomentador de sustentabilidade ambiental e gerador de imagem positiva do Brasil à mídia. Para WAINBERG (2001),

Os estudos amazônicos ao mesmo tempo que celebram a região como fenômeno inigualável no universo, dramatizam este e outros problemas da área. Entre estes dilemas e desafios estão também suas riquezas inexploradas; o narcotráfico; as queimadas; os conflitos entre grileiros, empresas de colonização e os índios; a ação de missionários estrangeiros; a ação devastadora dos madeireiros e a exploração indevida do solo, destruição que projetou a floresta ao olhar do mundo. As pressões percebidas e imaginadas em jogos estratégicos e de cenários realizados no Brasil diagnosticaram uma excessiva exposição internacional da região, e o aumento de uma

sempre temida cobiça estrangeira. Segundo este ponto de vista, a mídia internacional tem destacado com alarme a destruição das florestas do mundo e por decorrência aumentam as pressões para que a Amazônia permaneça uma espécie de “jardim botânico, para deleite internacional”. Esta tensão entre a nacionalização e a internacionalização da Amazônia forçou a Autoridade (...) com estas pressões, o tema ressurgiu uma vez mais em 2000 com força no parlamento brasileiro onde se ergueram inúmeras vozes em torno do grito de ordem “A Amazônia é nossa” ; que explica também, em parte, a desconfiança com que a literatura especializada vê a presença “excessiva” de missões estrangeiras e pesquisadores de outros países que vasculham a riqueza da região. Tal riqueza constitui-se, assinalam, na maior fonte natural no mundo para produtos farmacêuticos e bioquímicos.

3. O EXÉRCITO BRASILEIRO NA AMAZÔNIA

A Amazônia é divulgada como terra sem dono, uma imensidão verde e rica em biodiversidade, uma riqueza natural que o mundo almeja mas cujo domínio pertence ao Brasil. A mídia também divulga uma região sem proteção e entregue aos aventureiros, grileiros, e a pesquisadores que se aventuram na floresta em busca de plantas medicinais e geração de patente estrangeiro aos recursos oriundo das florestas brasileiras. Há também os diversos conflitos e problemas: das terras indígenas que começam no Brasil e se estendem nos países vizinhos e os conflitos políticos-sociais e que ocorrem na fronteira com os diversos países que cercam os limites de terras brasileiras; ALBUQUERQUE (2006) nos alerta que “não se descartam conflitos fronteiriços, como os recentes conflitos de fronteira entre Peru e Equador por uma pequena bacia hidrográfica andiana (...) O Brasil deve procurar proteger seus interesses, já que a globalização é definida por intelectuais, políticos e sociedade civil (...)”. entende-se como efeito da globalização uma preocupação global pela internacionalização da floresta amazônica e a necessidade do desvinculamento da soberania brasileira, para o bem da humanidade; nesse entendimento, a presença do Exército Brasileiro como proativo na região produz a leitura que o Brasil cuida e atua na preservação. A fronteira do Brasil é significa como ressalta FERNANDES (2007): “O Brasil faz fronteira terrestre com outros países numa extensão de 15.719km. No extremo norte, na região setentrional, o estado de Roraima tem 1.495km de fronteira com a Venezuela e 1.606km com a república da Guiana. Inúmeros grupos indígenas encontram-se nessas áreas de fronteira, pois suas territorialidades ultrapassam as

fronteiras nacionais. Como os Tykunas, que se estendem por enorme território que atravessa o Brasil, a Colômbia e o Peru, os Yanomami no Brasil e Venezuela”. Um país com uma fronteira extensa, conflitos em volta da fronteira,

e riqueza

abundante, deve procurar uma postura de ator dinâmico e executor de políticas sustentáveis; a presença do Exército Brasileiro nas fronteiras e dentro da floresta Amazônica cumpre sua missão de “9defender a pátria, garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, além de apoiar a política externa do pais” ; a atuação do Exército Brasileiro na região amazônica corrobora a imagem atual de um Brasil de futuro, compromissado com a preservação de seus recursos ambientais, e promoção da paz. O Exército Brasileiro atua não somente como executor de políticas ambientais em questão de soberania e guardião da nação, mas especificamente nas regiões de difícil acesso, o Exército é visto como um patriarca: gerando oportunidades profissionais no recrutamento de soldados oriundos das regiões e diversas etnias indígenas, estes conhecedores dos costumes e facilitadores da comunicação institucional à comunidades indígenas; além de detentores do conhecimento da floresta e sua diversidade. A função de patriarca tem visibilidade também nas disponibilidade de serviços médicos a estas regiões carentes e sem acesso ao sistema único de saúde; para atendimento a esta demanda, o Exército oferece os serviços de logística, transporte entre as regiões inacessíveis. Na atualidade, o Exército é atuante é proativo na maior parte da região amazônica onde o governo não está presente, o Exército é a representação máxima de intérprete da política governamental de cuidado à população; nas regiões urbanas, a população brasileira tem a visão de um exército com ação militar à guerra ou como recentemente, temos visto; à atuações nas favelas de alguns Estados Brasileiros para garantir a segurança onde as forças auxiliares não conseguem um desempenho ideal; também paira no consciente da população brasileira a imagem de um Exército sem recursos, a qual não transparece a verdade, há investimentos, mas eles não são suficientes para a execução e manutenção de todas as ações do Exército; todavia, na região amazônica, a atuação tem sido expressiva. 9

Disponível em: http://www.exercito.gov.br/06OMs/gabcmtex/por657.htm

Os projetos do Exército Brasileiro à sustentabilidade da região são visíveis na oportunidade oferecida à comunidade civil de entrar em contato com a região amazônica e presenciar a ação do Exército nos diversos setores das regiões sob sua tutela. O projeto “Viagem de Formadores de Opinião à Amazônia”

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é um exemplo desta

ação de visibilidade da atuação do Exército Brasileiro; os participantes são impactados dentro do lema “Braço forte, mão amiga”11 e como contra-partida geram mídia espontânea difusora dos ideais: a Amazônia é do Brasil e o Exército Brasileiro é atuante em sua defesa; a importância dessa ação é essencial na geração de imagens do Brasil à mídia estrangeira sobre a preservação do meio ambiente na Amazônia, e transparência da presença atuante do Exército nesta região.

4. PRESSÃO MIDIÁTICA

A mídia mundial dá singular importância para o cenário político, social, ambiental e econômico de um país, sendo estes temas geradores de constantes matérias; entre os temas citados, dentro do meio ambiente, a não obediência à legislação de preservação ao meio ambiente em conformidade com a legislação internacional é motivo para geração de pressão midiática e que será potencializada pelos interesses econômicos mundiais. No Brasil a mídia nos relata a obediência parcial à legislação ambiental, por este motivo a pressão pública pode provocar ações para controle e preservação do meio ambiente, TORRES & COSTA (1999). Após um ano da criação da expressão “desenvolvimento sustentável”, a ONU se pronunciou sobre a relação da economia e meio ambiente, de acordo com BERNAKOUCHE E CRUZ citados por SILVA (2000) “ [...] a ONU recomendou, sobretudo na década de 80, que fosse compatibilizado o crescimento econômico com a preservação ambiental. Isso significa integrar o meio ambiente nas decisões econômicas, quer sejam elas microeconomômicas (implantação industrial, taxação de

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Disponível em: http://www.exercito.gov.br/05notic/paineis/2008/11nov/univ.html Disponível em: http://www.exercito.gov.br/

atividades poluidora, etc.) ou macroeconômicas (integração do meio ambiente nas prioridades das políticas governamentais, na contabilidade nacional, etc) (1994:XI).” A reconhecimento da importância da preservação do meio ambiente para a economia, reforçou as ações midiáticas em torno de problemas do meio ambiente, impulsionando a opinião pública para o norte do desenvolvimento sustentável. O dever do desenvolvimento sustentável é de todos, e a mídia nos reporta a lembrança deste dever, trazendo um quadro de um mundo com recursos inesgotáveis, de uma Amazônia em processo de destruição; e que a sociedade precisa se organizar para defendê-la, o mais rápido LUFT (2005). A economia representa um dos principais eixos que movem o mundo, atualmente a economia deve andar em conformidade com desenvolvimento sustentável para adequação às exigências da opinião pública e representações sociais expostas pela mídia; todos profissionais dependem do bem estar da economia, a mídia depende da evolução ou manutenção dela; e logo ao depender-se da economia, remete ao desenvolvimento sustentável do meio ambiente; a dependência é vital; dessa forma é visível a transformações sociais em direção a um maior estreitamento da relação do homem com o meio ambiente; vários setores, políticos, econômicos, sociais estão caminhando para o desenvolvimento sustentável,

LUFT (2005). ressalta essa

tendência homem e o meio para o atingimento do desenvolvimento econômico.

5. GERAÇÃO DE IMAGENS

O Brasil nas décadas passadas gerava em maior número imagens de um país repleto de festas

12carnavalescas,

exposição da sexualidade, belas praias, futebol e uma

imensa floresta; juntamente com alguns estereótipos fictícios e informações erradas: detentor de uma floresta que se estendia da região amazônica às capitais dos estados brasileiros; a capital do Brasil era conhecida como o estado do Rio de Janeiro, ou Buenos Aires, em vez de Brasília.

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Disponível em: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=1¬icia=4904

Na atualidade o país é conhecido como um gigante emergente, urbanizado, competitivo no cenário do comércio exterior e destino de investimentos internacionais; FONSECA (2003) ratifica as imagens negativas do Brasil no exterior em seu artigo, e elenca também os pontos positivos que geram imagens impactantes e podem posicionar o Brasil como um país moderno e responsável ambientalmente; No cenário mundial, o Brasil pertence ao grupo das nações emergente mais importante do mundo o chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China); apesar deste posicionamento; a mídia destaca o quadro brasileiro, de um país que destrói a floresta amazônica. A gestão de respostas à opinião pública é fundamental para a reportagem de imagens positivas nos meio de comunicação, há necessidade de um planejamento de curto, médio e longo prazo,

a fim de que esse relacionamento midiático gere uma

associação otimista e confiável sobre a atuação do exército brasileiro ou qualquer instituição. O resultado final será o reflexo de uma sociedade confiante às ações institucionais. Para TUZZO (2005) “Em uma sociedade de massa, com um grande contingente de pessoas dispersas fisicamente, os meios de comunicação de massa desenvolvem um papel determinante na formação da opinião pública. São, de fato, responsáveis por grande parte daquilo que a sociedade entenderá por opinião pública.” Vivemos em uma sociedade da informação e que necessita ser informada. Somos chamados de também de sociedade de massa na qual TUZZO (2005) cita BARBERO e nos traz o seguinte conceito “ Massa é um fenômeno psicológico pelo qual os indivíduos, por mais diferente que seja seu modo de vida, suas ocupações ou seu caráter, estão dotados de uma alma coletiva que lhes faz comportarem-se de maneira completamente distinta de como faria cada indivíduo isoladamente. (p.59).” A construção da imagem e sua respectiva gestão requerem um planejamento que gere relacionamento e produção nos meios, com o intuito de alimentar a consciência pública de informações assertivas sobre o Brasil, “Certamente os jornais, as revistas, o rádio e a tevê têm uma influência preponderante sobre o comportamento de uma sociedade. O que não aparece na mídia corre o risco de se apagar da consciência dos homens.” STUKART (2003). Na produção de imagens à mídia internacional e nacional, encontramos vários meios: impresso, eletrônico, online, digital, entre os meios citados destacamos a televisão a qual OLINTO (2002) afirma “No Brasil, a televisão é, de longe, o veículo de

comunicação com maior força de penetração em todo o conjunto da população, representando também um de nossos grandes sucessos empresariais, inclusive no terreno das exportações. Enquanto veículo de comunicação, tem sido um papel essencial tanto na divulgação de comunicação, tem tido um papel essencial tanto na divulgação de valores, hábitos e estilos de vida quanto na formação de uma “opinião pública” de âmbito nacional.”

6. CONCLUSÃO

As ações de comunicação do Exército Brasileiro é projetada diante das pressões e interesses na região amazônica, segundo MIRANDA (2005), há várias instituições e forças internacionais interessadas na internacionalização, bastando um evento que impulsione

este

acontecimento

“verificamos

que

as

possibilidades

de

internacionalização da Amazônia é um fato consumado, dependendo apenas de um acontecimento externo, que agregue e impulsione todas as forças que há muito vem trabalhando para esse objetivo comum.” Atualmente, o Exército Brasileiro convive com os conflitos entre população local e indígena, o desenvolvimento de organismos internacionais nas regiões e o questionamento internacional à execução de políticas ecológicas, além da visão opaca da sociedade brasileira sobre o verdadeiro papel e atuação do Exército Brasileiro. Neste sentido, ele promove ações afim de promover o entendimento da segurança na região amazônica, e responder às questões internacionais sobre uma postura sustentável brasileira. O projeto Formadores de Opinião segue como gerador de mídia espontânea e afirmação da atuação do Exército; percebe-se a necessidade de continuidade do projeto e de outro projetos que gerem imagens por meio desta dinâmica na região; observamos os diversos meios e seu poder de influência na sociedade na construção de uma opinião pública coerente Considera-se fundamental o envolvimento e relacionamento do Exército Brasileiro com os diversos meios de comunicação para aumento de resultados em questão de

imagem brasileira; no sentido de se posicionar como atuante na preservação da floresta, defensor e mantenedor da soberania do país.

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MIRANDA, Jorge Babot. Amazônia: area cobiçada. Porto Alegre: Age, 2005. OLINTO, Heidrun Krieger & SHOLLAMMER, Karl Erik. Literatura e mídia. São Paulo: Loyola, 2002. SILVA, Benedito Albuquerque da. Considerações teóricas e práticas sobre o controle dos gastos ambientais. São Paulo: Annablume, 2000. STUKART, Hebert Lowe. Ética e corrupção. São Paulo: Nobel, 2003. TORRES, Haroldo & COSTA, Heloisa, org. População e meio ambiente: debates e desafios. São Paulo: Senac, 1999. TUZZO, Simone Antoniaci. Deslumbramento coletivo: opinião pública, mídia e universidade.São Paulo: Annablume, 2005. VEIGA, José Eli da. Meio ambiente & desenvolvimento. São Paulo: Senac, 2006. WAINBERG,

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Atena

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