A Democracia Racial no Brasil

August 1, 2017 | Autor: E. Viesba-Garcia | Categoria: Democracy, Racismo y discriminación
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A Democracia Racial no Brasil Everton Viesba Garcia1

Para oprimir os negros, o racismo no Brasil não necessitou de regras de discriminação e preconceito racial. As diversas formas de classificação racial nutrem-se das formas mais maleáveis possíveis para atingir suas vítimas, porém estas sutilezas não deixam de ser perversas para a população negra. O Governo do Brasil se diz um dos governos que mais mantém e incentivam a democracia racial em todo o mundo; nossos atuais governantes continuam a afirmar e defender a ideia de não existir racismo no país, e afirmam isso se baseando no fato de não existirem práticas que proíbam os negros de alcançarem as melhores posições na sociedade e de não existirem locais sociais que os negros não possam ocupar; não há cargo, lugar, profissão em que os negros não possam competir. No entanto, basta um olhar mais preciso para perceber que a democracia racial ainda não atingiu seus contemporâneos. Eles, em sua maioria, ocupam as piores posições de emprego na sociedade e são minorias nos segmentos de melhor renda, nas profissões mais remuneradas. A mulher negra ocupa uma posição social continuadamente desvantajosa quando comparada com o conjunto da população branca do país. Todos sabem que não devemos comparar seres humanos como se fossem objetos, mas nesse caso se fez necessário, pois segundo o Art. 5º da Constituição Federal Brasileira: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos da lei.”. Para modificar essa situação é necessária a criação de políticas públicas que devem ter como principal e maior objetivo minimizar e erradicar a desigualdade de renda, emprego, educação, moradia, problemas sociais que mais afetam os negros no Brasil, pois cabe ao Governo promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (Cf. Art. 3º - IV Constituição Federal Brasileira). Para isso, primeiramente deve-se reconhecer que a democracia não atinge a toda a população como deveria. Fazer com que a democracia atinja o país como um todo não é função somente do governo, mas também da sociedade e de todos os poderes socioeconômicos, do país. 1

Everton Viesba Garcia é graduando em Licenciatura Plena em Ciências e Biologia pela Universidade Federal de São Paulo e bolsista do PIBID/CAPES.

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