A DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE SUPORTE E A DELIMITAÇÃO DE PARQUES AQUICOLAS NOS RESERVATÓRIOS DE FURNAS E TRÊS MARIAS, MINAS GERAIS. ____________________________________________________
Pinto-Coelho, R.M.1, J.F., Bezerra-Neto1, R. Resck2, M.K. B. Greco2 & M. Ávila3. 1- BIG/ICB, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Antônio Carlos, 6627, 31.270901 Belo Horizonte, MG –
[email protected]; 2- Secretaria de C&T e Ensino Superior, Estado de MG, Pça. da Liberdade s/n, Belo Horizonte, MG; 3- Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, CETEC-MG, Av. Cândido da Silveira, 4300, Belo Horizonte, MG./
Esta apresentação está disponível no link: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/Parques_Aquicolas/website/index.htm
Objetivos O presente projeto visa a estabelecer as bases para o estabelecimento da aquicultura nos reservatórios de Furnas e Três Marias dentro dos princípios de sustentabilidade ambiental mas que ao mesmo tempo possa garantir um crescimento econômico e o estabelecimento da aquicultura como uma das formas mais adequadas para o uso da água em grandes reservatórios tropiciais.
Municípios no Entorno do Reservatório de Três Marias (8) Três Marias / Abaeté
Morada Nova de Minas Biquinhas / Felixlândia
Paineiras / Pompéu São Gonçalo do Abaeté
Área do Reservatório NA Max. (cota 572,5) 1.090 Km² Depleção (cota 556,2) 473 Km²
Unidade Administrativa SF 4
Municípios no Entorno do Reservatório de Furnas (52) 34 Lindeiros: Alfenas / Areado / Boa Esperança / Campo Belo / Campo do Meio / Campos Gerais / Capitólio / Carmo do Rio Claro / Fama/ Guapé/ Formiga / Pimenta etc...)
Área do Reservatório NA Max. (cota 768 ) 1.440 Km² Depleção (cota 754,24) 665 Km²
Unidade Administrativa GD 3
Tipologia de Dados
Etapas
Capacidade de suporte e modelagem hidrodinâmica
Dados Secundários
sócio-economia: demografia, saneamento, usos do solo, padrões de ocupação humana, aspectos da economia local.
identificar áreas e polígonos
Relatório de Regularização dos parques aqüícolas
ambiente físico (aspectos da climatologia,hidrologia, geomorfologia)
Dados primários Compartimentação trófica dos reservatórios (amplo estudo limnológico dos reservatórios)
Aspectos ecológicos relevantes da zona limnética, litorânea e do entorno dos reservatórios (UC´s, bancos de macrófitas, paliteiros). Levantamento da atividade de aquicultura nos reservatórios.
Estudo detalhado das áreas adequadas (sólidosem suspensão, turbidez, coeficiente de extinção, nutrientes (N e P), clorofila-a, cianobactérias, DBO, coliformes, produção primária e secundária, etc).
Composição colorida das imagens Landsat-7 e CBERS mostrando, em vermelho, as áreas de depleção do braço Santa Quitéria e, em amarelo, a cota do reservatório extraída da imagem de seca (Landsat).
Limnologia Geral Reservatório de Furnas Prof. Dr. Ricardo M. Pinto-Coelho Dra. Magda Greco Dr. José Fernandes Bezerra Neto Biol. Rafael Resck
Estudos limnológicos para a detertminação dos parques aquícolas de Furnas e Três Marias
O estudo limnológico foi feito em três diferentes campanhas abrandendo
1) Todo o reservatório 2) Áreas Alvo 3) Polígonos
Localização das estações de coleta no reservatório de Furnas. Os pontos foram plotados em uma carta imagem do reservatório indicando, em vermelho, a região de deplecionamento do mesmo.
Sondas multi-analisadoras Yellow Springs 556 MPS (direita) e 6920 (esquerda). Sonda SCUFA, Turner Instruments, USA. Essa sonda é um sensor fluorimétrico submersível capaz de realizar mensurações “in situ” de clorofila-a e de turbidez. A sonda é submersível na água e coleta grande quantidade de dados em seu sistema de data-log que mais tarde podem ser transferidos diretamente a um computador Essas sondas permitiram a coleta in situ de uma série de variáveis limnológicas permitindo uma aquisição, transferência e processamento dos dados com grande rapidez. Fotos: Ricardo P. Coelho.
Variável
Unidade
Método
Transparência da água
m
Disco de Secchi
Condutividade elétrica
S.cm-1
Eletrométrico com sonda multiparâmetros YSI 6920
Temperatura
ºC
Eletrométrico com sonda multiparâmetros YSI 6920 Eletrométrico com sonda multiparâmetros YSI 6920
pH Oxigênio dissolvido
mg.l-1
Coeficiente de extinção da radiação
Eletrométrico com sonda multiparâmetros YSI 6920
Calculado a partir de dados obtidos com Radiômetro Li-cor modelo LI 193
Sólidos Totais em Suspensão
mg.l-1
Gravimétrico segundo APHA (1998)
Turbidez
NTU
Turbidímetro Digimed modelo DM-C2
Fósforo Total
g.l-1
Mackereth et al. (1978)
Nitrato
g.l-1
Mackereth et al. (1978) e sonda multiparâmetros YSI 6920
Nitrogênio Total
mg.l-1
Kjeldahl adaptado
Clorofila - a
g.l-1
Fluorimétrico com sonda SCUFA (Turner Designs)
Res. Furnas
Res. Furnas
Carta Temática (sólidos totais)
Carta Temática (secchi)
7720000
7720000
N
N 7700000
7700000
7680000
7680000 11
6
10
5.6
9
5.2
7660000
7660000
8
4.8 4.4
7
4
6 5
7640000
3.6 3.2
7640000
2.8
4
2.4 2
3
1.6
2
7620000 1
15 Km 380000
0
400000
420000
440000
460000
7620000
1.2 0.8
15 Km 380000
0.4
400000
420000
440000
460000
Res. Furnas
Res. Furnas
Carta Temática (nitrato)
Carta Temática (fósforo total)
7720000
7720000
N
N
7700000
7700000
7680000
7680000 4.4 220 200
7660000
4
7660000
3.6
180
3.2
160
2.8
140
2.4 120
7640000
7640000
2
100
1.6 80
1.2 60
7620000
40
15 Km
20 0
380000
400000
420000
440000
460000
0.8
7620000
0.4
15 Km 380000
0
400000
420000
440000
460000
Dados Biológicos Além dos inventários descritos acima foram realizadas pesquisas sobre a composição do fitoplâncton (cianobactérias), produção primária e secundária em áreas previamente selecionadas: Cianobactérias: (cel.ml-1,Portaria Nº 519 do Ministério da Saúde) Produção primária (produção primária fitoplanctônica foi determinada utilizando-se metodologia descrita por Vollendweider (1969) e Teixeira (1973). Os resultados foram expressos em mgC/m³.hora-1, segundo os procedimentos de Steemann-Nielsen (1952).) Produção secundária (estimativa da produtividade como um produto da biomassa (B) da população, e da taxa de crescimento, ou seja, da taxa finita de natalidade () (Hart, 1987) )
Cianobactérias Estações de coleta de Cianobactérias no reservatório de Furnas. Os pontos foram plotados em carta imagem do reservatório indicando, em vermelho, a região de deplecionamento do mesmo.
Desnidade (ind/ml)
Fitoplâncton - Polígono 16 100000 10000 1000 100 10 1
* e s e e e e e e e ea ae ea ea ea do ea ea ea ea c e c c c c a c c c l y c y y y y y y e h y hy ph ph ph ph ph ph ag ph op o a o o l o o f r iop t h o s n n r t m o n lo ry yp la Di an ne Fit gle ya Ch cil Cr X u g Ch C a y E B Z Grupos
Mesozooplâncton - Polígono 16 52 26 416,3 2679,6
Cyclopoida Calanoida Cladocera Rotifera Ostracoda Chaoborus
5333,2
6243,8
Limnologia Geral Reservatório de Furnas (Produção Biológica) Prof. Dr. Francisco Barbosa (ICB, UFMG) Profa. Dra. Paulina Barbosa (ICB, UFMG)
Os estudos sobre a produção primária e a produção secundária são pioneiros nesse reservatório e visam a validar os modelos de capacidade de suporte utilizados no estudo.
Produção Primária (Furnas)
Furnas
Produtividade (mgC/m².dia -1)
291,78
100,89 57,93 30,10 4,27 Varjão
Varjão
Mendonça
Mendonça
Seca 2006
13,53 FSA 08
SEAP
Chuva 2007
Produção primária (mgC/m².dia-1) em três pontos analisados em Furnas durante a estação seca de 2006 e chuvosa de 2007.
Produção Secundária (Furnas) Flutuação Produtividade Secundária Furnas - Córrego Varjão
mg PS m-³ d-¹
150,00 100,00 50,00 0,00 9
11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31
Thermocyclops minutus
2
4
Notodiaptomus henseni
mg PS m-³ d-¹
Flutuação Produtividade Secundária Furnas - Córrego Mendonça 150,00 100,00 50,00 0,00 9
11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31
Thermocyclops minutus
2
4
Notodiaptomus henseni
Flutuação da produtividade secundária (mg PS . m-³ . d-¹) de T. minutus (náuplios, copepoditos e adultos) e N. henseni (náuplios, copepoditos e adultos) entre 4 de agosto e 9 de setembro de 2006.
Limnologia Geral Reservatório de Furnas (Dados Secundários)
Foram usados dados secundários sobre as séries temporais com os valores da concentração de fósforo no reservatório. Esses dados são fundamentais para a compreensão do processo de eutrofização em curso no sistema.
•
Apresentamos os dados de fósforo total e clorofila-a da região eufótica de dois pontos de monitoramento da Estação de Piscicultura de Furnas. Ambos os pontos localizam-se no rio Sapucaí.
•
O ponto de Barranco Alto (FU60 – coordenadas UTM 401237, 7658170) está localizado próximo à estação de coleta SAP 13
•
O ponto de Fama (FU70 – coordenadas UTM 414279, 7633220) situa-se perto da estação SAP 28 (Figura 5.3.39).
•
A série temporal de dados corresponde ao período entre 1996 e 2006
•
Dados gentilmente cedidos por Furnas Centrais Elétricas.
Localização dos pontos de monitoramento de longo prazo no reservatório de Furnas.
140
PT (µg.l-1)
120 100 80 60 40 20 0 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
Data Barranco Alto
Fama
Concentrações de fósforo total nas estações de coleta de Barranco Alto e Fama entre 1996 e 2006
2005
2006
Clorofila -a (µg.l-1)
50.00 40.00 30.00 20.00 10.00 0.00 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Data Barranco Alto
Fama
Concentrações de clorofila-a nas estações de coleta de Barranco Alto e Fama entre 1996 e 2006
2006
Ictiologia (Peixes) Reservatório de Furnas Prof. Dr. Gilmar Bastos Santos (PUC-MG)
Composição, abundância, biomassa, espécies introduzidas e captura de pescado.
Espécies exóticas
Ictiofauna Levando-se em conta as coletas efetuadas com redes de emalhar entre julho/92 e dezembro/05, e incluindo-se também as espécies capturadas em arrastos marginais, registradas na pesca profissional ou citadas em relatórios técnicos, são descritas até o momento 53 espécies para o reservatório de Furnas, distribuídas em 5 ordens e 15 famílias. Este número é superior aos registrados para outros reservatórios do Alto e Médio rio Grande, que incluem 36 espécies para Camargos (Morgués-Schurter & Silva, 1994), 25 para Itutinga (Alves et al., 1998) e 28 para L.C.B. de Carvalho (Santos, 1999), é quase idêntico ao encontrado para Volta Grande (52) (CEMIG, 1986; Santos, 1994;), situado na porção média deste rio, e abaixo das 64 espécies descritas para Marimbondo, no trecho inferior do rio Grande (Santos, 1999). O presente levantamento representa para Furnas 24,0% das 221 espécies registradas por Agostinho et al. (1995) para o Alto Paraná, excluindo a bacia do rio Iguaçu.
Bagre africano
(Clarias gariepinus)
Black-bass
(Micropterus salmoides)
Carpa cabeça-grande
(Aristichthys nobilis)
Carpa comum
(Cyprinus carpio) 1
Carpa capim
(Ctenopharingodon idella)
Peixe-rei
(Odonthestes bonariensis)
Tilápia do Nilo
(Oreochromis niloticus.)
Tilápia do Congo
(Tilapia rendalli)
Truta arco-íris
(Oncorhynchus mykiss)
1
1
Espécies alóctones Apaiari
(Astronotus ocellatus)
Acará
(Geophagus surinamensis)
Acará
(Satanoperca pappaterra)
Barrigudinho
(Poecilia reticulata)
Corvina
(Plagioscion squamosissimus)
Mato-grosso
(Hypessobrycon eques)
Pacu-caranha
(Piaractus mesopotamicus)
Pacu-prata
(Metynnis maculatus)
Piavussu
(Leporinus macrocephalus)
Sardinha
(Triportheus angulatus)
Tambaqui
(Colossoma macropomum)
Tamboatá
(Hoplosternum littorale)
Trairão
(Hoplias lacerdae)
Tucunaré
(Cichla monoculus)
Tucunaré
(Cichla temensis)
1 1
1
1, 2
1
Capturas de Peixes Furnas (2005)
Capacidade de Suporte Reservatório de Furnas Prof. Dr. Fernando Starling (UCB, DF)
Estimativas da capacidade de suporte das áreas aquícolas selecionadas visando a determinação da tonelagem máxima de pescado a ser produzida.
Capacidade de Suporte Modelo de Dillon & Rigler O modelo mais testado e utilizado é o de Dillon & Rigler (1974), que representa uma modificação do modelo original de Vollenweider (1968) e considera que a concentração de fósforo total [P] em um dado corpo d’água é determinada pela carga de P, tamanho do lago (área e profundidade média), taxa de renovação da água (fração da coluna d’água perdida anualmente para jusante e a fração de P permanentemente perdida para o sedimento). Numa situação de equilíbrio, [P] = L* (1-R) / z *r, onde: [P] é a concentração de P-total em mg.l-1 L é a carga de P-total em g.m2.ano-1 z é a profundidade média em metros R é a fração do P-total retida no sedimento r é o tempo de retenção da água (em anos).
a capacidade de um corpo d’água para a manutenção de uma qualidade satisfatória pode ser expressa como a diferença entre a concentração de fósforo no período atual (antes do cultivo), [P] I , e a concentração de fósforo final desejável ou aceitável, [P] F , sendo:
D [P] = [P] F - [P] I . A determinação da mudança aceitável/desejável no nível trófico pelo input de nutrientes a partir da implantação dos tanques-redes é feita através da seguinte equação: D [P] = LPT (1- RPT) / z*r ,
onde: LPT é a carga de P-total derivada dos aportes externos e internos; RPT é a fração do P-total que é retida nos sedimentos; z é a profundidade média em metros e r é o tempo de retenção da água no compartimento considerado (em anos).
Tabela Classificação de Estado Trófico em Diversas Estações de Amostragem do Reservatório de Furnas, segundo CEPIS (1990).
Estação de Amostragem//
Clorofila – a
P-Total (µg/l)
Classificação
(µg/l)
Classificação
Barragem
12,4
55% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 41 % OLIGOTRÓFICO
1,3
42% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 52% OLIGOTRÓFICO
Turvo (FU-10)
14,6
37,5% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 58 % OLIGOTRÓFICO
1,3
42% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 52% OLIGOTRÓFICO
Guapé (FU-20)
15,4
34% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 62 % OLIGOTRÓFICO
1,5
25% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 63% OLIGOTRÓFICO 11 % MESOTRÓFICO
Barro Alto (FU-30)
22,2
13% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 72% OLIGOTRÓFICO 13% MESOTRÓFICO
4,7
17% OLIGOTRÓFICO 64% MESOTRÓFICO
5% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 61 % OLIGOTRÓFICO 32 % MESOTRÓFICO
8,9
18% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 70 % OLIGOTRÓFICO 12 % MESOTRÓFICO
2,5
18% ULTRA-OLIGOTRÓFICO 68 % OLIGOTRÓFICO 13 % MESOTRÓFICO
3,3
Fama (FU-40)
P. Fernandes (FU-50)
RESERVATÓRIO
28,0
16,6
18,2
19 % EUTRÓFICO 9% OLIGOTRÓFICO 56% MESOTRÓFICO 34 % EUTRÓFICO
44% OLIGOTRÓFICO 49% MESOTRÓFICO 4 % EUTRÓFICO
29% OLIGOTRÓFICO 61% MESOTRÓFICO 9 % EUTRÓFICO
Capacidade de Suporte As estimativas da capacidade de suporte dependem das seguintes premissas: a) Devemos conhecer bem a disponibilidade de fósforo na região de estudos; b) Deve haver uma relação linear e positiva entre biomassa algal e o fósforo total da coluna de água; c) Devemos conhecer com grande precisão os tempos de residência da água no compartimento a ser estudado; d) Devemos conhecer com grande precisão as taxas de sedimentação do fósforo nos reservatórios brasileiros.
Regressão linear (clorofila-a X fósforo total) para o reservatório de Furnas: clorofila = -0,243 + 0,224 * Fósforo; N = 94; R2 = 0,33 r = 0,58.
Estimativas pelo método “tradicional” (Hidrologia) Tempos de residência para as áreas selecionadas para os braços dos reservatórios de Furnas e Três Marias variando de 50 a 1.462 dias. Resultando em estimativas da capacidade suporte muito baixas. Necessidade de uma nova abordagem.
Modelagem Hidrodinâmica Prof. Dr. Paulo Cesar Rosman COPPETEC – UFRJ Equipe: Ricardo M. Pinto-Coelho, Magda Greco, Marcelo Avila, Rafael Resck et cols.
Projeto: Delimitação dos Parques Aquícolas nos reservatórios de Furnas e Três Marias, Minas Gerais. SEAP/SECTES/UFMG
Dados utilizados na modelagem Imagens de satélite obtidas do site http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br/ em escala até 1:25.000. Imagens de satélite obtidas por meio do programa Google Earth http://earth.google.com. Em ambos obtêm-se imagens georreferenciadas. Arquivo, em formato dxf, com desenho delineando o contorno dos reservatórios, obtidos no trabalho de geoprocessamento. Arquivo com dados de ventos ( dados fornecidos pela CEMIG, FURNAS e INMET n= 5 anos). Arquivos com dados de níveis dos reservatórios, vazões afluentes e efluentes (dados fornecidos pela CEMIG e FURNAS n= 30 anos). Arquivos com dados de batimetria ao longo do reservatório ( dados obtidos durante esse estudo).
Modelo Hidrodinâmico É um modelo de circulação hidrodinâmica 3D ou 2DH otimizado para corpos de água naturais nos quais efeitos de densidade variável possam ser desprezados. Resultados podem ser tanto 3D quanto 2DH.
Batimetria do Res. de Furnas (uma primeira aproximação) Simulação feita com o programa SISBAHIA (COPPETEC, UFRJ)
Res. de Furnas Modelagem hidrodinâmica - Pistas de vento
Pistas de vento no reservatório de Furnas
Detalhe das pistas de vento NE na região do rio Sapucaí próximo à sua foz com o rio Grande (estampa da esquerda) e na altura da cidade de Carmo do Rio Claro (estampa da direita).
Res. de Furnas Modelagem hidrodinâmica - Vazões dos tributários
Padrão de correntes médias na vertical (2DH) em situação de verão com ventos de SW.
Detalhe com a circulação hidrodinâmica na região do rio Grande, próximo à cidade de Guapé. Escala de cores e outros dados na Figura acima. Nessa região, foram demarcados vários polígonos aquícolas.
Res. de Furnas Modelagem hidrodinâmica - Circulação da água
Áreas Aqüícolas
CAPACIDADE DE SUPORTE PARQUE AQÜÍCOLA SAPUCAÍ 3 (Polígono 16)
16
Dados de Entrada do Modelo
Conteúdo de fósforo na ração (%)
0,5
Taxa de conversão T.C: 1
1,5
Teor de fósforo no Peixe (p/p) (%)
0,34
Taxa de sedimentação (%)
0,77
Fósforo inicial mg/m3
3
Fósforo final mg/m3
30
Profundidade media (m)
8,58
Tempo de Detenção (mês)
0,8
Área do braço (ha)
121,5
Tonelada de peixe produzida/ano
4.298
Número de gaiolas
10.745
Área requerida em ha
21,49
Área delimitada (ha)
24,38
Tonelada de peixe/ano corrigida para as áreas delimitadas
4.298
Número de gaiolas corrigida para as áreas delimitadas
10.745
Sócio-Economia Geógrafo MSc. Tarcísio Nunes (IGC, UFMG)
Levantamento de dados sócio-econômicos (15 variáveis) visando a determinação dos parques aquícolas de Furnas e Três Marias.
Todos os municípios do entorno possuem IDH superior a 0,743
Aquicultura Geógrafo MSc. Tarcísio Nunes (IGC, UFMG)
Levantamento das condições sócio-econômicas para a implantação dos parques aquícolas nos reservatórios de Furnas e Três Marias (tipologia da pesca, principais atores, associações de pescadores, criadores de peixes em tanques rede, empresas ligadas ao setor, sindicatos e associações)
Ranqueamento de áreas-alvo Prof. Dr. Ricardo M. Pinto-Coelho (ICB, UFMG) Prof. Dr. Marcelo Ávila (CETEC-MG) Dra. Magda Greco (SECTES-MG)
Processo de seleção de áreas alvo para a implantação de parques aquícolas no reservatório de Furnas
1
Limnologia: Os valores passam a ser negativos quando: transparência (Secchi ≤ 0,5 m), turbidez (Turbidez ≤ 5 NTU) e sólidos (sólidos totais > 2,0 mg.l-1).
2
Limnologia: Os valores passam a ser negativos quando: clorofila-a > 10,0 µg.l-1.
3
Limnologia: Os valores passam a ser negativos quando: fósforo total > 20 µg.l-1.
4
Limnologia: Os valores passam a ser negativos quando: nitrogênio (NIT= nitrato+nitrito+amônia) > 150 µg.l-1.
5
Presença de balneários de lazer e turismo. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
6
Proximidade de áreas agrosilvopastoris com potencial poluidor difuso gerado através do carreamento de agrotóxicos, metais traços e outros agentes contaminantes. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
7
Profundidade restritiva e/ou em processos de assoreamento. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
8
Locais de captação de água para consumo humano e irrigação. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
9
Extração clandestina de areia. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
10
Processos licenciados no DMPM. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
11
Proximidade a Unidades de Conservação (SNUC). Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
12
Presença de bens relacionados ao patrimônio histórico e cultural. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
13
Locais de pesca amadora, profissional e esportiva. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
14
Locais de beleza cênica. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
15
Calha navegável dos rios. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
16
Ondas acima de 0,6 metros. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
17
Profundidade menor de 4 metros. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
18
Restrições nos planos diretores (zoneamentos) dos reservatórios, caso existam. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
19
Rotas locais de navegação e portos de embarque e desembarque. Os valores passam a ser negativos no caso de simples presença do atributo.
20
Outro (especificar)
Ranqueamento de áreas-alvo
Área-alvo FGA 6 FGA 3 FGA 5 FGA 8 FGA 4 FGA 7 FSA 3 FSA 1 FSA 6 FSA 8 FGA 1 FGA 2 FSA 4 FSA 7 FSA 5 FGA 9 FSA 9 FGA 10 FSA 2
Pontuação 97,7 96,6 96,2 94,5 94,5 94,3 93,1 92,6 91,1 88,9 86,6 86,2 84,7 83,3 82,9 82,1 81,3 81,1 75,9
Delimitação de Polígonos Prof. Dr. Ricardo M. Pinto-Coelho (ICB, UFMG) Dr. José Fernandes Bezerra Neto (CNPq) Dra. Magda Greco (SECTES-MG) Biol. Rafael Resck (SECTES-MG)
Processo para a delimitação de polígonos aquícolas no reservatório de Furnas
Estudos de batimetria (Reservatório de Furnas)
Ecobatímetro Sonarlite (Ohmex) e B – DGPS GTR-A (Techgeo). (C) Sistema em operação já em nossas coletas. Para segurança e para melhor posicionamento, usamos sempre um aparelho convencional GPS Garmin de 12 canais. Esse equipamento possibilitou uma navegação mais precisa dentro dos transectos previamente demarcados.
Parques Aquícolas de Furnas Dr. Marcelo Ávila (CETEC-MG)
Definição das áreas de influência (AID e AII) dos parques aquícolas de Furnas.
Polígono 16
Áreas de influência direta e indireta do Parque Aquícola do Parque Aquícola do Sapucaí 3, Reservatório de Furnas, MG.
Braço do Sapucaí
Área AII (km2)
Área AID (há)
Perímetro (km)
13,5
67,4
3,540
Áreas Aquícolas (Polígonos) 16
9
Sapucaí -3
Municípios Carmo do Rio Claro (MG)
Impactos Ambientais Tanques Rede (Furnas) Prof. Dr. Ricardo M. Pinto-Coelho (ICB, UFMG)
Identificação, mensuração e controle dos impactos ambientais a serem gerados no processo de implantação e operação de parques aquícolas no reservatório de Furnas.
Relatório de Impacto Ambiental Lista dos impactos previstos
Relatório de Impacto Ambiental Impacto número 04 - Aumento da eutrofização
1,2 5 4 7
3
8
10
9
11
6
12
13 14 PARQUES AQUICOLAS (FURNAS) 15 16
1 - Guapé 1 2 - Guapé 4 3 - Guapé 2 4 - Guapé 3 5 - Sto. Hilário 6 - Boa Esperança 7 - Sapucaí 1 8 - Sapucaí 2 9 - Sapucaí 3 10 - Sapucaí 4 11- C. Rio Claro 12 - Itaci 13 - Sta. Quitéria 14 - Campo do Meio 15 - Barranco Alto 1 16 - Barranco Alto 2
16 PARQUES AQUICOLAS
14.941 2.383
1.126
RESERVATÓRIO DE FURNAS
4.874 2.196
3.442 5.317
4.298 2.700
1.870
1.990 12.412
17.927
545 2.462 786
PRODUÇÃO MÁXIMA ESTIMADA PARA FURNAS = 79.269 TON/ANO
Braço do rio Grande Área AII (km2)
Área AID (ha)
Perímetro (km)
Áreas Aquícolas (Polígonos )
Município s
1
Guapé -1
5,2
95,4
7,31
11,12
Guapé (MG)
2
Guapé – 2
71,6
274,5
10,83
9- A 9- B
Guapé (MG)
3
Guapé – 3
42,1
59,6
3,71
13
Guapé (MG)
4
Guapé – 4
5,7
47,5
3,77
10
Guapé (MG)
5
Sto. Hilário
24,2
228,7
6,64
7,8
Formiga (MG)
6
Boa Esperança
10,8
49,1
3,29
29
Aguanil (MG) B. Esperança
Braço do Sapucaí
Área AII (km2)
Área AID (há)
Perímetro (km)
7
Sapucaí -1
9,2
146,5
6,238
8
Sapucaí -2
12,2
103,3
7,131
9
Sapucaí -3
13,5
67,4
3,540
10
Sapucaí -4
2,9
32,0
2,762
11
Carmo Rio Claro
11,8
73,6
3,605
12
Itaci
30,1
37,3
3,084
13
Sta. Quitéria
24,9
367,2
9,690
14
Campo do Meio
57,8
978,0
16,688
15
Barranco Alto -1
88,7
306,2
7,380
16
Barranco Alto - 2
29,2
221,5
9,743
Áreas Aquícolas (Polígonos)
Municípios
14, 15
Guapé (MG)
17,18
Guapé (MG)
16
Carmo do Rio Claro (MG)
28
Carmo do Rio Claro (MG)
27
Carmo do Rio Claro (MG)
22
Carmo do Rio Claro (MG)
19 A 19 B
Carmo do Rio Claro (MG)
20, 21
C. Rio Claro (MG) / Campo do Meio (MG)
25,26
Carmo do Rio Claro (MG)
23, 24
Campos Gerais (MG)
Observações Finais -O projeto demonstrou que existe um enorme potencial em termos de aquicultura intensiva nos rservatórios estudados; - O estudo realizado demonstrou, por outro lado, que existem grandes áreas nos dois reservatórios cuja qualidade de água impede a implantação dos sistemas aquícolas; -O projeto demonstrou que os limnólogos podem e devem participar e opinar nos grandes projetos de desenvolvimento onde haja usos e impactos nos recursos hídricos desse país e que são capazes de gerar produtos e novas tecnologias em pouco tempo; -O projeto se constituiu em um bom exemplo da parceria governo federal e universidades públicas o que garantiu uma grande transparência em todo o estudo realizado uma vez que tanto a universidade (contratada) quanto a SEAP (contratante) exercitaram o diálogo franco, objetivo e aberto a todo tipo de críticas; - O projeto possibilitou um grande incentivo à formação de recursos humanos altamente especializados. Todos os técnicos envolvidos no projeto foram quase que imediatamente contratados por diferentes órgãos do governo ou tiveram suas propostas de bolsas de estudo aprovadas pelas agências de fomento;
Próximas Metas - Divulgação do programa de delimitação e implantação dos parques aquícolas junto as comunidades de Furnas e Três Marias - Organização de um evento técnico-científico sobre o projeto Publicações técnico científicas e de divulgação para o público em geral - Participação de nosso grupo de pesquisas em projetos voltados a implantação de novos parques aquícolas em reservatórios do Triângulo (projetos do Governo de Minas Gerais em parceria com a EPAMIG, SECTES-MG e FAPEMIG. Expansão e reorganização do portal www com inclusão de novos serviços . Cursos de extensão universitária para todos os atores envolvidos no processo de implantação de Parques Aquícolas.//
Equipe Limnologia Geral Dr. Ricardo Motta Pinto Coelho (ICB, UFMG) Dra. Magda Barcelos Greco (SECTES/MG) Dr. José Fernandes B. Neto (CNPq) Biol. Rafael Resck. (M.Sc, PG ECMVS – ICB/UFMG) Geoprocessamento / Uso e Ocupação do Solo Dr. Marcelo de Ávila Chaves (CETEC-MG) Ictiologia Dr. Yoshimi Sato (CODEVASF) Dr. Gilmar Bastos Santos (PUC – MG) Paulo Formagio (Furnas) Modelagem Hidrodinâmica Dr. Paulo César Colonna Rosman (COPPE – UFRJ) Msc. Valéria Nunes Oliveira Eng. Gustavo Spiegelberg Produção Primária Dr. Francisco Barbosa (ICB, UFMG) Produção Secundária Dra. Paulina Maia Barbosa (ICB, UFMG) MSc. Doutoranda Sofia Luiza Brito (doutoranda PG ECMVS, ICB/UFMG). Capacidade de Suporte Dr. Fernando Starling (UCB, DF) Sócio-economia MSc. Tarsício Nunes (Geografia, IGC, UFMG) Climatologia Eng. Fabrizia Rezende Araújo (IGAM-MG) Meteriologista Dayan Diniz de Carvalho