A expansão da cana-de-açúcar entre 1973 e 2007: uma análise espacial

July 4, 2017 | Autor: M. Rodrigues | Categoria: Spatial Analysis, Agricultural Economics, Ethanol
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A expansão da cana-de-açúcar entre 1973 e 2007: uma análise espacial

MARCOS AURELIO RODRIGUES; MARCELO LOPES DE MORAES; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA. ESALQ/USP, PIRACICABA - SP - BRASIL;

Grupo de Pesquisa: Evolução e estrutura da agropecuária no Brasil Resumo Objetivou-se neste estudo analisar a expansão da cana-de-açúcar do centro-leste para o este paulista de 1973 a 2007. A produção cana-de-açúcar passou por diversas fases no estado de São Paulo que afetaram sua distribuição espacial. Utilizou-se a análise exploratória de dados espaciais com intuito de verificar essa dispersão canavieira, em relação à área colhida, sua respectiva produção e produtividade da terra para as áreas mínimas comparáveis no estado de São Paulo. Os resultados demonstraram rejeição da hipótese nula de não correlação espacial da produtividade e aumento significativo na correlação espacial no período. Palavras-chaves: Cana-de-açúcar; Análise espacial; Produtividade Abstract We aim to evaluate the expansion of sugar cane from the center-east to the east of São Paulo from 1973 to 2007. The production of sugar cane has gone through several phases in São Paulo state affecting its spatial distribution. We used the exploratory spatial data analysis to verify the dispersion of sugarcane by harvested area, production and productivity of land at minimum comparable areas level. The results show rejection of the null hypothesis of no spatial correlation in productivity and a significant increase in spatial correlation in the period. Key Words: Sugar cane; Spatial analysis; Productivity Vitória, 22 a 25 de julho de 2012 Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

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1. INTRODUÇÃO O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar. Dados divulgados pela Food and Agriculture Organization FAO (2011) demonstram a representatividade do país na produção desta cultura, que no ano de 2009 representou por 671 milhões de toneladas, cerca de um terço da produção mundial, seguido por Índia, com uma produção de 285 milhões de toneladas e China, que produziu 116 milhões de toneladas. O setor canavieiro é um dos principais componentes da economia brasileira. Com valor adicionado aproximado a US$ 33 bilhões anuais, os produtos da cana-de-açúcar e demais produtos de sua cadeia perfazem cerca de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil e 15% do valor adicionado na agricultura brasileira (VALDES, 2011). Essa cadeia mostra-se preponderante ao contribuir para que a matriz energética brasileira seja uma das mais limpas do mundo, suprindo produtos de maneira sustentável. As estimativas do PIB para o setor sucroenergético, realizado por Neves et al. (2009), demonstram a relevância dos produtos finais do setor. Para o etanol, foi estimado valor igual a US$ 16,48 bilhões em 2008, e o faturamento gerado em exportações foi de US$ 2.39 bilhões. Para o açúcar, suas estimativas alcançaram US$ 10,78 bilhões e para as exportações, US$5,48 bilhões, evidenciando como destino principal dessa produção o mercado externo, detendo quase 50% do mercado mundial. Com relevância inferior aos anteriores, o PIB estimado à bioeletricidade atingiu US$ 389 milhões e sem geração de exportações. No caso das leveduras e aditivos produzidos a partir da cana-de-açúcar, esses destacaram-se relativamente ao mercado externo, com estimativa do PIB igual a US$63,6, 66% foram faturados como exportações. Quanto à parcela negociada via crédito carbono, esta foi avaliada em US$3,48 milhões de. Com respeito à geração de empregos, o estudo de Neves et al. (2009) retrata que o setor gerou 1.283.258 empregos formais, representando 2,15% dos empregos gerados em todo o Brasil no ano de 2008. Desses, 481.662 no cultivo da cana-de-açúcar, 561.292 nas fábricas de açúcar em bruto, 13.791 no refino e moagem de açúcar, e 226.513 na produção de etanol. A cana-de-açúcar é a terceira cultura em área colhida no Brasil, seguido por soja, com 23,3 milhões de hectares por ano e o milho, com 12,9 milhões de hectares por ano. A área colhida da cana-de-açúcar cresceu de 4,3 milhões de hectares

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em 1990 para 9,2 milhões de hectares em 2010, equivalente a 15% da área total colhida no país. A área plantada da cana-de-açúcar expandiu de forma considerável, crescendo 3,3 por cento ao ano entre 1975 a 2010, quatro vezes mais que a média de crescimento na área total colhida das demais culturas brasileiras. (VALDES, 2011). O estado de São Paulo é o líder na produção de cana-de-açúcar. Melhoramentos contínuos na produtividade da cana-de-açúcar, desde os anos 1970, impulsionaram a produtividade de 34 toneladas por hectare para os atuais 79,7 toneladas por hectare. Os ganhos na produtividade, entretanto, diferem entre os municípios. Nos mais produtivos, localizados no estado de São Paulo, essa produtividade alcança 20-25% acima da média nacional. Regazzini (2010) destaca que o estado detinha 55,31% da área plantada de cana-de-açúcar no Brasil, considerando a safra 2008/09, sendo responsável por 59,82% da produção nacional de cana-de-açúcar, com 386 milhões de toneladas. A produção total de etanol do estado alcançou, na safra referida, 16,7 milhões de metros cúbicos, o que representou 61,93% da produção nacional, e o açúcar produzido no estado representou 63,32% da produção nacional, tendo alcançado 19,6 milhões de toneladas. Entretanto, o crescimento da produção e produtividade não foi constante ao longo do tempo, como pode ser visualizado na Figura 1. Esses foram afetados pelas políticas públicas direcionadas ao setor sucroalcooleiro, assim como as circunstâncias dos mercados internacionais, diante da primeira crise do petróleo de 1973. Essas políticas estão inseridas no Proálcool, lançado em 1975, com o objetivo de reduzir a dependência brasileira do petróleo importado através de incentivos à produção e ao consumo doméstico de álcool. Shikida (1998) define o programa em três fases: expansão moderada (1975 a 1979), expansão acelerada (1980 a 1985) e desaceleração e crise (1986 a 1995), perceptível na Figura 1. De 1996 a 2002, nota-se que as variáveis apresentaram crescimento, mas a partir de 2003, com o lançamento dos carros de tecnologia flex-fuel, o crescimento é exponencial.

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Figura 1 – Produção e área colhida da cana-de-açúcar no Brasil e no estado de São Paulo - 1973-2010 Cabe ressaltar que, durante os primeiros treze anos do Proálcool, a área colhida da cana-de-açúcar cresceu cerca de 6% ao ano no Brasil e no estado de São Paulo a 8%, e após a introdução dos carros flex, ocorreu uma retomada na taxa de crescimento médio anual de 7 % para o Brasil e de 8% no estado de São Paulo, cerca de 4 milhões de hectares adicionados anualmente no período. Logo, São Paulo, ao longo desse período, manteve-se acima da média brasileira. A expansão na produção da cana-de-açúcar passou por diversas fases no estado de São Paulo. Segundo Ferreira et al. (2009), em 1971, o Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar (PLANALSUCAR) caracterizou as cinco áreas canavieiras no estado de São Paulo, consideradas como tradicionais: Ribeirão Preto, Araraquara, Piracicaba, Jaú e Vale do Paranapanema. No início do Proálcool, o Programa de Expansão da Canavicultura para a Produção de Combustível do Estado de São Paulo (PROCANA) foi responsável pela questão da ampliação das áreas tradicionais e a expansão para a região oeste. A segunda fase do Proálcool, a partir de 1980, impulsionou, através do Plano de Desenvolvimento do Oeste do Estado de São Paulo, a produção de cana-de-açúcar na região através da implementação de destilarias autônomas para a produção de álcool hidratado. O PROCANA considerou como área prioritária as regiões de Presidente Prudente, Araçatuba, Bauru e oeste da região de São José do Rio Preto. A partir de 1990, a produção passa a ser diversificada, com incremento na produção de açúcar e álcool anidro (MANNARELLI FILHO, 2005). Como resultado dessa expansão, as unidades produtoras da região foram responsáveis por aproximadamente 30% do álcool produzido em São Paulo, através de 44 destilarias das 119 em operação no estado (FERREIRA et al., 2009).

O objetivo deste artigo é analisar a expansão da cana-de-açúcar do centro-leste para o oeste paulista, enfatizando o aumento da área e da produção, além de analisar se a produtividade acompanhou esse ‘deslocamento’ da produção canavieira. Justifica-se o período de análise (1973 2007) à disponibilidade de dados consistentes às relações intertemporais geográficas municipais. Este intervalo temporal possibilita análises que precede os impactos do Proálcool comparando-o até a expansão impulsionada pelos carros flex.

2. REVISÃO DE LITERATURA Originária da região sudeste da Ásia, a cana-de-açúcar foi domesticada aproximadamente a 10.000 a.C na Papua Nova Guiné, atravessou toda Ásia até chegar ao Mediterrâneo, onde, de acordo com Godoy (2007), em 327 a.C alguns generais de Alexandre, o Grande tiveram contato com a ‘planta que faz o mel sem abelhas’, sendo esse o primeiro contato do ocidente com a gramínea. Segundo o autor, no século XI, os cruzados voltaram dos países árabes com as especiarias, entre elas o “mel pagão”, expandindo assim para a Inglaterra em 1099 e, em 1150, a Espanha já possuía crescente indústria canavieira. No continente europeu, Portugal inicia a produção nas ilhas do Atlântico no século XV e, segundo Furtado (2003, p.15), essa grande produção em escala foi importante para enfrentar problemas técnicos e desenvolver uma indústria de equipamentos para engenhos, fato que facilitou o desenvolvimento da “primeira grande empresa colonial agrícola européia” a partir de 1932. De acordo com Godoy (2007), em 1600 o Brasil se tornou o maior produtor mundial de açúcar. Mas a invasão Holandesa no nordeste brasileiro, entre outros fatores, resultou na quebra do monopólio do Brasil através da produção que estes instalaram, juntamente com os Ingleses, nas Antilhas. O domínio da comercialização pelos holandeses aliado às inovações dos ingleses, como o ‘trem jamaicano’, colocaram os ingleses como grandes produtores mundiais de açúcar. Vitória, 22 a 25 de julho de 2012 Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

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No século XVIII, a cana-de-açúcar tem seu ciclo minimizado, processo que se iniciou na segunda metade do século XVII, dada a concorrência, e que possibilitou o início de uma nova fase na economia brasileira. Em síntese, a economia açucareira introduzida no Brasil ocupou as terras no litoral e tinha como propulsão o mercado externo, e a pecuária, que no nordeste foi decorrente da expansão açucareira e no sudeste da mineração, levou a ocupação do interior do Brasil formando uma economia de subsistência, a qual não dependia do mercado externo. Cabe ressaltar que até este período auferido, o nordeste era o maior produtor de açúcar, resistindo há mais de três séculos de oscilação, sempre dependendo do mercado externo, e sua estrutura não sofreu nenhuma mudança significativa, e que no século XIX voltou a funcionar com força (FURTADO, 2003). Paralelamente a expansão do café, na década de 1870, o governo imperial adota medidas para modernizar as técnicas de produção com o objetivo de resgatar a posição brasileira no comércio mundial de açúcar, dentre elas o estímulo dos engenhos centrais (SOARES, 2000). A I Guerra Mundial também ajudou a estimular a produção nacional de açúcar e com a crise da década de 30, o café foi contido e outras culturas estimuladas: cana-de-açúcar e algodão. Ramos (1991) descreve que o estado de São Paulo era, em grande parte, abastecido pelo açúcar de Pernambuco, mas a produção paulista de açúcar estava crescendo com terra e capital de cafeicultores. Em síntese, o nordeste era o grande produtor de açúcar e tinha o mercado externo como principal destino, ressurgindo com força no final do século XIX frente às oscilações internacionais. Em São Paulo, o café é a cultura predominante e em função das suas características gerou crescimento demográfico e econômico no estado. Mas com a crise, os cafeicultores migraram para a cana-de-açúcar e o nordeste foi forçado a mudar o foco para o mercado interno, visando São Paulo por possuir o maior mercado consumidor. Porém os usineiros paulistas estavam em fase de expansão e é esse conflito que caracterizou as décadas seguintes. 2.1 A cana-de-açúcar em São Paulo Soares (2000, p. 27) define a situação: “Enquanto aumentava o volume de produção da indústria açucareira nordestina, cujo principal mercado era o paulista, o estado de São Paulo marchava aceleradamente para a auto-suficiência.” Ou seja, a economia açucareira no nordeste caminhava para a ruína. Com o objetivo de dirigir, fomentar e controlar a produção, em 1933 é criado o Instituto do Açúcar e Álcool (IAA). Com a evolução dos decretos e a criação do IAA, inicia-se o planejamento estatal da agroindústria canavieira do Brasil, e o instituto passou a estipular, anualmente, a produção de cana-de-açúcar de acordo com a demanda e os estoques existentes, estabelecendo quotas para as regiões (SZMRECSÁNYI, 1979). As ações do IAA, iniciadas em 1933, conseguiu manter certo equilíbrio até 1941, mas a entrada do Brasil na II Guerra1 resultou em uma crescente e inesperada demanda de açúcar de usina no país 1 A guerra mobilizou atividades industriais, a população urbana cresceu e a convocação militar aumentou a demanda por açúcar.

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(SOARES, 2000). Segundo Ramos (1991), a II Guerra afetou o transporte do açúcar pela costa de Pernambuco para o sul e o IAA, controlado pelos produtores pernambucanos, autorizou a entrada de novos produtores no sul, porém pequenos, enquanto durassem os efeitos da guerra.(RAMOS, 1991). Com a cabotagem afetada pela guerra, as regiões que antes importavam começaram a produzir e a região nordeste a acumular a produção. Isso fez com que fosse transferido o eixo canavieiro do nordeste para o centro-sul, transferência que se completou no início da década de 1950 (SZMRECSÁNYI, 1979). Frente à concorrência paulista, o IAA dividiu o Brasil em duas regiões para assegurar as atividades nordestinas: norte-nordeste e centro-sul e o açúcar produzido só poderia ser comercializado dentro de cada região e para exportação. Coube a região norte-nordeste o mercado externo, ficando vulnerável às oscilações internacionais, além de abastecer sua região que não possui renda disponível considerável. A região centro-sul ficou em melhor situação diante do crescimento demográfico, maior estabilidade e melhor renda disponível (SOARES, 2000). Assim, o IAA, que pretendia defender os interesses dos nordestinos, acelerou a transformação de São Paulo como maior produtor nacional. 2. Soares (2000) descreve que, a partir de 1953/54, São Paulo assume a liderança de maior produtor nacional. Vian (1998) descreve que a concentração técnica e a busca por melhores terras e localização foram as características da expansão da produção na década de 1950, ressaltando que a integração de capitais sempre foi considerável em São Paulo e reforçada ao final dos anos 50 com a constituição da Copersucar. Em termos de localização, o Estado de São Paulo, segundo Olivetti et al (1996), pode ser dividido em duas grandes regiões canavieiras: centro-nordeste, formado pela Divisão Regional Agrícola (DIRAs) de Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto, Barretos e Franca; e oeste, formado pelas DIRas de Presidente Prudente, Araçatuba, Bauru, Marília, Vale do Paranapanema e São José do Rio Preto. Ramos (2001, p.27-28) ao detalhar as diferenças regionais no processo de expansão da cana-de-açúcar descreve que “desde o início do século XX a produção canavieira/açucareira paulista estava concentrada em duas regiões que tinham nos municípios de Piracicaba e de Ribeirão Preto seus pólos irradiadores”. Ramos e Peres (1999 apud Ramos, 2001) ressalta que em 1940, essas microrregiões 3 eram responsáveis por 54% da produção de cana-de-açúcar paulista e, na safra 1949/50, Piracicaba era o maior produtor de açúcar de usina em São Paulo. Com base na divisão agrícola de Olivetti et al (1996) e na descrição de Ramos (2001), pode-se concluir que a produção de açúcar em São Paulo estava concentrado nas regiões centrais e leste do estado, com destaque a Piracicaba e São Paulo, sendo que, de acordo com Ramos (2001, p. 28) “...as regiões de Piracicaba e de Ribeirão Preto são as mais antigas no complexo canavieiro paulista”. Em 1975, diante do primeiro choque do petróleo, o Brasil lança o Proálcool com objetivo de diminuir a dependência do petróleo e, para tal, o aumento da produção de cana-de-açúcar é essencial para o

2 Usa-se o termo acelerou porque o processo era inevitável 3 Definidas pelo IBGE.

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programa. Shikida (1998) descreve que o Estado assume o papel de minimizar os riscos e vira capitalista do programa, ou seja, o tomador de riscos. Para a agroindústria de combustível, a aproximação do mercado é prioritária, pelo fato do produto ser inflamável, o que aumenta seu custo de frete, de risco e consequentemente do seguro (FICARELLI; RIBEIRO, 2010). A segunda fase do Programa4, entre 1980 e 1985, é caracterizada pelo aumento da produção de álcool hidratado. Bini, Costas e Dias (2011, p.38) descrevem que “para efetivar esse planejamento, novas áreas foram requisitadas e o Noroeste Paulista se torna uma das principais regiões a receber os investimentos para a expansão do setor”. Essa expansão da cana-de-açúcar ocorreu através da substituição de outras atividades agrícolas, como café e pecuária. Diante dos custos de transportes de etanol, ressaltado por Ficarelli e Ribeiro (2010), e do objetivo do programa de aumentar a produção de álcool hidratado, a expansão para o oeste paulista justifica-se, além dos fatores edafoclimaticos favoráveis, pela proximidade do mercado consumidor relevante. Silva (2009, p.47) descreve que “o espaço rural do Oeste-paulista, e particularmente, da Alta Paulista5, sofreu transformações significativas após a implantação da segunda fase do Proálcool”, e que além da produção cafeeira, a região possui como forte atividade econômica a pecuária e que estes, dado os incentivos do Governo Federal, foram atraídos para a produção de cana-de-açúcar, até mesmo os mais bem-sucedidos pecuaristas. Além de incentivos estatais, a região oeste do estado de São Paulo foi alvo de políticas estaduais, como “Bases para um Plano de Desenvolvimento do Oeste do Estado de São Paulo – PRÓ-OESTE” (SILVA, 2009) e planos municipais, como o Plano Regional de Produção de Álcool de Araçatuba (BINI, COSTAS e DIAS, 2011). Portanto, até a década de 60, a cana-de açúcar estava concentrada na região centro-oeste, com destaque a Piracicaba e Ribeirão Preto. Com o Proálcool, principalmente a partir da segunda fase, a cana-de-açúcar se expandiu para regiões não-tradicionais, dentre elas, a região oeste do estado de São Paulo. 3. METODOLOGIA A Análise exploratória de dados espaciais (AEDE) tem como princípio básico que os fenômenos espaciais possuem correlações entre si. Segundo Tobler (1970), tudo é relacionado com tudo mais, mas coisas próximas são mais relacionadas entre si do que as distantes. Em função desta sentença, a qual se tornou conhecida como a Primeira Lei de Tobler (PLT), Miller (2004) argumenta que esta é central na análise espacial. Em um ambiente onde as bases de dados georeferenciados e novas tecnologias geográficas avançam, é possível analisar as distâncias e autocorrelações espaciais dos agentes econômicos, ao revigorar a PLT. Nas palavras de Haining (2003), a análise espacial inclui os desenvolvimentos e aplicações das técnicas estatísticas com o propósito de analisar dados espaciais e, como consequência, fazer uso dos dados georeferenciados. Variáveis extensivas podem levar a enganos na interpretação dos resultados, pois costumam estar correlacionadas ao tamanho da população ou à área das regiões em estudo (SOUZA; PEROBELLI, 2007). Segundo Haining (2003) 4 Definida por Shikida (1998). 5 É uma microrregião de Marilia.

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variáveis intensivas – taxas, densidades e proporções – são espacialmente dependentes e necessárias na AEDE. Portanto, a produtividade da terra não possui essa limitação, pois é uma proporção. Um aspecto fundamental da análise exploratória espacial é a caracterização da dependência espacial, mostrando como os valores estão correlacionados no espaço. Neste contexto, para estimar quanto o valor observado de um atributo numa região é dependente dos valores desta mesma variável nas localizações vizinhas, foram utilizadas as funções de autocorrelação espacial global e local, dadas pelas estatísticas expresso por:

de Moran global e local. O índice global de Moran (1950) é

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sendo que: é o número de unidades espaciais, é o valor do atributo considerado na unidade , é o valor médio do atributo na região de estudo e são os elementos da matriz normalizada de proximidade espacial. De uma forma geral, o índice de Moran presta-se a um teste cuja hipótese nula é de independência espacial; neste caso, seu valor seria zero. Valores positivos (entre 0 e +1) indicam a existência de correlação direta; e negativos (entre 0 e + 1), correlação inversa (CARVALHO et al., 2004). De acordo com Anselin (1995), a suposição de estacionariedade ou estabilidade estrutural do espaço pode ser irrealística, especialmente quando são utilizados grande número de observações espaciais. A abordagem predominante sobre o grau de associação espacial ignora essa potencial instabilidade, pois está relacionada às estatísticas globais de Moran (1950) e Geary (1954). Para superar essa limitação, Anselin (1995) elaborou indicadores locais de associação espacial que permitem a decomposição desses indicadores globais em contribuições para cada observação individual. O indicador de de Moran local dá uma indicação do grau de agrupamento dos valores similares em torno de uma determinada observação e permite identificar a existência de clusters espaciais, estatisticamente significantes. Devido à presença de autocorrelação espacial global, as inferências devem ser procedidas por 10.000 permutações condicionais. Mais precisamente, a amostra consiste do valor original observado da estatística e os valores computados para 9.999 dados aleatórios condicionais. Portanto, os 1995).

-valores das estatísticas

de Moran locais são pseudo-significâncias (ANSELIN,

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Figura 2 – Diagrama de dispersão de Moran Fonte: Elaboração com base em Anselin (1996). Anselin (1996) sugere a elaboração de um diagrama de dispersão do de Moran (1950) para identificar o grau de instabilidade espacial por desvios da média. Os quatro quadrantes, representados na Figura 2 representam tipos diferentes de associação entre os valores de uma localidade e as médias de seus vizinhos. O quadrante superior direito e inferior esquerdo representam associações espaciais positivas, no sentido que as localidades estão cercada por valores similares. O quadrante alto-alto mostra associações de valores acima da média, enquanto que no quadrante baixo-baixo se associam os valores abaixo da média. Os quadrantes superior esquerdo e inferior direito correspondem a associações negativas, isto é, valores abaixo da média cercados por valores acima da média (baixo-alto) e valores acima média cercados por valores abaixo da média (alto-baixo). 3.1 BASE DE DADOS A base de dados foi composta pela área colhida de cana de açúcar em hectares e sua respectiva produção em toneladas para os municípios do estado de São Paulo. As observações contemplaram o período de 1973 a 2007 e foram obtidas no IPEADATA. As alterações ocorridas no número, área e fronteira dos municípios tornam inconsistentes as comparações intertemporais em nível geográfico estritamente municipal. No ano de 1970, o estado de São Paulo possuía 571 municípios passando para 645 em 2000. Portanto, a agregação em áreas geográficas mais abrangentes, denominadas de áreas mínimas comparáveis (AMC), possibilita comparações consistentes no tempo. Essas não se referem a uma divisão política ou administrativa, mas simplesmente à área agregada do menor número de municípios necessários para que as comparações intertemporais sejam geograficamente consistentes (REIS et al., 2007). A compatibilização das divisões político-administrativas apresentadas por Reis et al. (2007) possibilitam a mensuração e análise dos processos de convergência regional e espacial dos níveis de produto, população, produtividade e bem estar; concentração e dispersão geográfica das atividades industriais e agropecuária; de difusão e absorção de tecnologias agrícolas e industriais. Segundo os autores, as AMC's são importantes para os estudos empíricos do processo de desenvolvimento econômico, por suas possibilidades nas análises de questões clássicas como os padrões de crescimento regional e identificação dos determinantes do crescimento no longo prazo. Na Figura 3 é possível visualizar em cinza as áreas mínimas comparáveis geradas por união ou junção das áreas dos municípios alterados ou criados, no período de 1970-2000. No caso de municípios que se originam de mais de um município, implicou em agregação de todos os municípios de origem, totalizando 567 AMC's no estado de São Paulo.

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Figura 3 - Áreas mínimas comparáveis 1970-2000 Fonte: Mapa gerado com base em Reis et al. (2007) e malha municipal digital do Brasil - 2007. O arquivo com a correspondência entre os municípios no período em estudo pode ser obtido em: http://www.ipeadata.gov.br/doc/IPEADATA_Municipios_X_AMCs.XLS 4. ANALISE EXPLORATORIA DA EXPANSAO ESPACIAL CANAVIEIRA PAULISTA Apesar do vasto território brasileiro e dos incentivos fiscais para a instalação de usinas no interior do País, a maioria delas se concentra até os dias atuais em São Paulo. Este também é o Estado da Federação com maior demanda de instalação de novas usinas. O interesse das usinas em se manter no Estado se dá por causa das condições climáticas e de solos extremamente favoráveis ao cultivo de cana em muitas áreas, pela facilidade de logística e de acesso a serviços terceirizados e ao seu mercado para açúcar e/ou etanol (FICARELLI; RIBEIRO, 2010). Além desses fatores, o estado possui centros de pesquisas, como o CTC, e universidades, como a ESALQ.

Mas como descrito na revisão de literatura, a cana-de-açúcar no estado de São Paulo apresentava desigualdades regionais, estando concentrado inicialmente na região centro-oeste, com destaque as regiões de Piracicaba e Ribeirão Preto, até o impulso do Proálcool, que, a partir desse programa, houve impulsão para o oeste do estado. Além dessas duas regiões, que evidência a análise de Vitória, 22 a 25 de julho de 2012 Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

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Ramos (2001), nota-se pela Figura 4a que em 1973 algumas áreas das regiões de Araraquara, Campinas e Bauru também apresentavam produção maior que a média paulista. Na região oeste do estado, juntamente com a sudoeste, que inclui a litorânea, a produção apresenta desvio-padrão abaixo de 0,5, o que significa a baixa produção ou até mesmo inexistência da produção de cana-de-açúcar. Em relação à faixa sudeste do Estado, Marin et al. (2007) descreve que esta apresenta restrição térmica ao cultivo devido às baixas temperatura e ocorrência de geada (MARIN et al., 2007). O Noroeste e o Oeste de São Paulo, igualmente ao Centro–Oeste do Brasil, o Triângulo Mineiro e o Paraná, eram tradicionais produtoras de gado de corte e café (VIAN; RODRIGUES, 2008).

É notável, ao analisar a Figura 4b, que a produção de cana-de-açúcar em São Paulo se ‘fortaleceu’ no centro-leste do estado e que houve a expansão para o oeste. Vian e Rodrigues (2008) relatam que a expansão geográfica da produção da cana em direção a áreas de “fronteira”, como o Noroeste e o Oeste de São Paulo, foi devido à implantação das destilarias autônomas, relacionadas ao Proálcool. Em relação às condições naturais, a região oeste paulista apresentam temperatura anual do ar média e disponibilidade hídricas favoráveis ao desenvolvimento da cana-de-açúcar (MARIN et al., 2007).

O impulso do programa e o objetivo de aumentar a produção, de ordem Federal e Estadual, surtiu efeito no oeste, mas a região de Araçatuba apresenta uma área de produção com a média igual aos níveis das regiões tradicionais, fato este que pode estar relacionado com o Plano Regional de Produção de Álcool de Araçatuba, citado por Bini, Costas e Dias (2011). Ou seja, o incentivo regional pode ter surtido efeitos na produção da região de Araçatuba. A área colhida de cana-de-açúcar, apresentada nas as Figuras 5a e 5b, possuem as mesmas características das figuras 4a e 4b, sendo válido a mesma análise anterior, ou seja, há relação direta entre a produção e área colhida, constatando que a produção e área seguiram a mesma trajetória. No entanto, justifica-se a elaboração dessas figuras para uma melhor compreensão da produtividade. Como pode ser observado nos mapas de desvio padrão de área colhida e produção da cana de açúcar nos anos de 1973 e 2007, essas apresentaram certos padrões locacionais. Com o intuito de verificar se nesses períodos houve relações espaciais à razão dessas variáveis, procedeu-se o teste de correlação espacial global e local de Moran. Escolheu-se a matriz de peso espacial que maximizou a relação espacial à variável, procedimento usual na AEDE. Assim, foi utilizada a matriz de peso espacial rainha de primeira ordem, tanto para as estatísticas globais quanto para as locais. As estatísticas I de Moran global para produtividade foram positivas, com valor-p de 0,0001 a 10000 permutações nos dois períodos. Logo, rejeita-se a hipótese nula de não correlação espacial da produtividade entre as áreas mínimas comparáveis paulista. Em 1973 a correlação foi de 0,44 e em 2007 de 0,59. Isso significa que os municípios com maior (menor) produtividade foram os próximos aos municípios de maior (menor) produtividade, relacionando-se de forma positiva, além de formarem possíveis clusters de produtividade similar. Esse aumento significativo na correlação espacial, denotada pelo I de Moran global, pode ser creditada as politicas implementadas à expansão e produtividade canavieira no estado de São Paulo, tais como: PROALCOOL, PLANALSUCAR, PROCANA. Para verificar essa possível formação de cluster, procedeu-se o teste de Moran local para os municípios paulistas, dispostos no mapa de LISA, apresentados na Figura 6. Em 1973, das regiões consideradas tradicionais na produção de cana-de-açúcar, a região de Piracicaba apresenta maior produtividade, juntamente com algumas áreas de Araraquara. No Estado de São Paulo, os primeiros esforços visando obter melhorias tecnológicas para a cana-de-açucar datam do final da década de 20. Nota-se na Figura 6a que a região de Ribeirão Preto apresenta apenas uma pequena área com alta produtividade e, em contrapartida, alguma pequenas áreas na região oeste apresentam alta produtividade. Em 1928, foi criada a Estação Experimental José Vizioli, em Piracicaba. Em

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1935, foi criada a Seção de Cana-de-Açucar no IAC (CAMARGO; SANTOS, 1985). Esta ação pioneira pode estar relacionada ao destaque da região de Piracicaba na produtividade nessa época. A distribuição dos diversos trabalhos de pesquisa agrícola relativos à cultura em São Paulo, no período de 1927-77, indica que a preocupação dos pesquisadores esteve voltada, principalmente, para os estudos sobre pragas e doenças, nutrição e adubação, pesquisas biológicas básicas e os de genética e melhoramento. Entre os anos 60 e 70, na tentativa de superar os problemas de degenerescência das variedades até então cultivadas e que traziam a diminuição da produtividade dos canaviais, o IAC, A PLANALSUCAR e a COOPERSUCAR devotaram esforços crescentes para a obtenção de novos cultivares (CAMARGO; SANTOS, 1985). No entanto, a Figura 6b mostra que, em 2007, a região de Piracicaba não apresenta produtividade correlacionada espacialmente, ou seja, rejeitou-se a hipótese de dependência espacial. No caminho inverso, a região de Ribeirão Preto apresentou alta produtividade em 2007, fato este relacionado a importância que a região adquiriu nos últimos anos, a qual é considerada um dos maiores pólos de produção canavieira do mundo. Na região oeste, destaca-se São José do Rio Preto, Assis e Araçatuba. A presença de Araçatuba nesse grupo ressalta que, além do aumento da produção e área, a ação das autoridades regionais podem ter influenciado na produtividade. No entanto, não se pode ignorar as condições climáticas destacadas por Marin et al. (2007), o que pode ter influenciado para que a região oeste ‘se igualasse’ em produtividade com a região de Ribeirão Preto.

Em 1973, nota-se que a região oeste apresentou a maioria das áreas com padrão espacial baixo-baixo. Desta forma, a produtividade está coerente com a baixa produção de cana-de-açúcar, relatada nas Figuras 4 e 5. Essas áreas, além de possuir baixa produtividade, estão cercadas por vizinhos com mesmo padrão de produtividade. Em 2007, a região oeste não apresenta esse padrão estatisticamente significativo, sendo que a região litorânea passa a ser caracterizada com associação espacial negativa, o que robora com os mapas de produção e área da região em 2007. Tal resultado está de acordo com as restrições edafoclimaticas associadas a observação de Marin et al. (2007).

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(a) 1973 (b) 2007 Figura 4 – Desvio padrão da produção de cana de açúcar em 1973 e 2007 no estado de São Paulo Fonte: Elaboração com base em dados obtido no IPEADATA.

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(a) 1973 (b) 2007 Figura 5 – Desvio padrão da área colhida de cana de açúcar em 1973 e 2007 no estado de São Paulo Fonte: Elaboração com base em dados obtido no IPEADATA.

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(a) 1973 (b) 2007 Figura 6 – Mapas de cluster LISA para a produtividade da cana de açúcar em 1973 e 2007 no estado de São Paulo Fonte: Elaboração com base em dados obtido no IPEADATA.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A produção de cana-de-açúcar, presente no Brasil desde 1532, teve o nordeste como a principal região produtora. Na década de 1950, São Paulo assumiu o posto de maior produtor, e essa produção estava concentrada, principalmente, nas regiões de Piracicaba e Ribeirão Preto. O Proálcool é responsável pela expansão dos canaviais no oeste paulistas, além de outras regiões do país. Essa expansão no oeste do estado ocorreu via substituição, principalmente, dos cafezais e atividade pecuária. Com os resultados apresentados, pode-se inferir que a produtividade acompanhou a expansão da produção do centro-leste para o oeste, pois apresenta uma ‘equidade’ no estado entre estas regiões analisadas. O impulso do programa e o objetivo de aumentar a produção, de ordem Federal e Estadual, surtiu efeito no oeste, mas a região de Araçatuba apresenta uma área de produção e produtividade com a média igual aos níveis das regiões tradicionais, fato este que pode estar relacionado com o Plano Regional de Produção de Álcool de Araçatuba. No entanto, Piracicaba que era uma região tradicional da cana-de-açúcar, teve sua produção e área estagnada nos períodos analisados, e uma queda na produtividade. Como sugestão para trabalhos futuros, deve ser verificado os fatores que justificam a não significância espacial da região de Piracicaba. REFERÊNCIAS

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