A Importância da Gestão em Design para o Crescimento Empresarial

July 19, 2017 | Autor: Karine Marinho | Categoria: Design, Design Management, Startups
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A Importância da Gestão em Design para o Crescimento Empresarial Negócios e Desenvolvimento Regional

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO CRESCIMENTO EMPRESARIAL

EM

DESIGN

PARA

O

THE IMPORTANCE OFDESIGN MANGEMENT FOR BUSINESS GROWTH

DE DÉA, Ítalo D.; Estudante de Design; FUCAPI [email protected]

ARRUDA, Karine M.; Estudante de Design; FUCAPI [email protected]

Resumo O presente artigo investiga a atual situação de micro-empresas com relação a gestão em design, aponta-se as características de empresas onde design está inserido atualmente. Também é levado em consideração o modelo de design valorizado proposto por Nigel Whiteley em seu artigo "O designer valorizado", ao mapear a posição de empresários e designers gestores sobre a diferença que a gestão em design pode causar. Como conclusão, sugere melhorias que o design como gestão pode ocasionar a uma empresa. Palavras-chave: gestão, design, micro-empresa.

Abstract The present article investigates the current situation of micro-companies management based in design, it appoints the characteristics of a company’s where design is currently inserted. It also contains a consideration about the valued design model proposed by Nigel Whiteley in his article "The designer valued." In addition it also maps out the position of businessmen and designers who are also managers about the difference that design management can change on a company and concludes that improving the design management can lead to a company. Key-words: management, design, small companies.

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INTRODUÇÃO Atualmente a inovação é mais do que uma opção, é uma condição, tanto para grandes quanto pequenas empresas. Para uma empresa crescer e se adequar ao mercado competitivo do mundo atual, a preocupação com a inserção de diferentes meios de inovação é inevitável. Desse modo, a inovação conduz as empresas a terem um novo olhar empreendedor, visando uma nova exigência de mercado. O empreendedorismo nos tempos de hoje está sendo um dos principais focos de profissionais que acabam de entrar no mercado de trabalho, independente da área. Trabalhar para outras pessoas cada vez mais se transforma em uma perspectiva de emprego ultrapassada. Existem diversos incentivos para se empreender, por exemplo para a criação de uma startup, existem apoio de incubadoras dentro e fora de universidades, programas do governo, empresas de aceleração, entre outros. Mas por que todo esse investimento em uma companhia de pequeno porte onde não existe uma receita de negócio bem definida? Então vem a resposta, que é o ponto chave que vamos discutir ao longo do texto. Este artigo tem como objetivo destacar a importância da gestão em design em empresas, e como ela pode afetar no crescimento de pequenas empresas. O método utilizado constitui-se na definição da gestão em design, e a posição de empresários e designers quanto a inserção dessa gestão em empresas. A base teórica da discussão trabalhou os conceitos do designer valorizado defendidos por Nigel Whiteley (1988) e da gestão em design apontada por Martins (2005). Este artigo está dividido em seis partes, na primeira destacamos o modelo de design valorizado conceituado por Whiteley (1988). Após é apresentado o momento em que pequenas empresas começaram a se destacar no mundo empresarial, tanto no Brasil como no mundo. O próximo tópico é destinado às características e posicionamento do design como estratégia de gestão, ou seja, uma forma de inovar. Mostramos o método utilizado para apontar opiniões de empresários e designers que trabalham com a gestão de empresas e através dessas respostas a discussão sobre a compreensão que podemos ter sobre o referido assunto, além de apresentar sugestão de como agregar valor a essa gestão em design.

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CARACTERÍSTICAS DO DESIGNER VALORIZADO Segundo Miller (1988) design é o processo de pensamento que compreende a criação de alguma coisa. O autor aponta que design não é o produto em si, mas sim o processo. Logo, o conhecimento em processos aplicado em empresas seria uma diferente forma de gerir e planejar, ocasionado diferentes benefícios à empresa, funcionários e clientes.

Acreditar que a participação do pensamento no design se limita a um ou dois desses aspectos (insight, intuição e razão) significa abafar o poder do nosso potencial criativo como designers. (MILLER, 1988,p.2)

O designer é constantemente questionado sobre distinção entre a teoria e a prática, essa grande discussão entre autores está perto do fim por conta dos avanços tecnológico, mas precisamente pela inserção da informática no meio comum do design. Cada vez mais a teoria e a prática andam juntas. Essas mudanças

causaram

a

interdisciplinaridade,

um

grande

aspecto

da

pós-

modernidade. Essa interdisciplinaridade é claramente vista nos novos ambientes de trabalho, compostos por designers, publicitários e profissionais de diversas outras áreas. Mas a imposição pela escolha de uma área específica dentre todas as ramificações do design quebra a opção da interdisciplinaridade, o que traz benefícios ao designer e a empresa que o mesmo está inserido. Como exemplo se pode citar a oportunidade de gerir pessoas que trabalham em diferentes áreas. Um dos mais conhecidos estúdios de design da atualidade, o Sagmeister & Walsh, é formado por uma equipe de somente designers interdisciplinares. Essas mudanças ocasionaram transformações culturais, segundo Whiteley (1998) que detalha as características, a fim de desenvolver um novo modelo de designers, com conhecimento aprofundado na questão de valores. Vários modelos são identificados por Whiteley, como o designer formalizado, teorizado, politizado, consumista

e

tecnológico,

todos

apresentam

características

de

diferentes

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“personalidades” de um designer, que representa uma

mistura

de diferentes modelos. O autor afirma que “uma sociedade sofisticada precisa de designers sofisticados, os quais devem ser bem informados e capazes de uma reflexão crítica, além de serem criativos em matéria de projeto”. E completa dizendo que habilidades de diferentes tipos resultam em interdisciplinaridade, mas ao invés disso a confusão, incoerência e desconfiança é o que tem ocorrido. O modelo proposto pelo autor é o designer valorizado, onde o principal ponto é fundir a teoria com a prática, onde a vantagem é enfocar valores no ensino do design. As características de um designer valorizado seriam de extrema relevância no âmbito empresarial. Designers valorizados não são laicos do sistema capitalista e nem fissurados por tecnologia, são criativos, construtivos e de visão independente. Para Whiteley (1998), este tipo de consciência e conhecimento resulta não só em soluções e metodologias projetivas, mas também em atitudes e sensibilidades como cidadão. Wolf (1998) define a gestão em design como o planejamento e coordenação de estratégias correspondentes aos objetivos e valores da empresa, motivar os empregados e controlar os trabalhos, assegurando com que cumpram os objetivos, com prazos e custos planejados. O “BUM” DAS STARTUPS Empresas de pequeno porte, movimentadas por inovações, tecnologias, conceitos e ideias que demonstrem grandes interesses empresariais, formam as startups que despontam no mercado atual. Esse grupo de pessoas geralmente com perfis diferentes, tendo inúmeros pontos de vista para o aperfeiçoamento de uma ideia, busca de acordo com Gitahy (2010) um modelo de negócios repetível e escalável. Startups trabalham em cenários incertos, pois trabalhar com a inovação com tanta espontaneidade, resulta em uma incerteza de que a ideia proposta pela empresa vá gerar lucros para se tornar sustentável. Porém os modelos de negócios de uma startup tem sempre a intenção de transformar trabalho em dinheiro da forma mais direta possível. A questão citada no primeiro paragrafo a respeito de uma startup ser repetível e escalável, significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente

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(GITAHY, 2010). O especialista Yuri Gitahy (2010) cita um exemplo bem específico, onde fala que: “[...] não é possível vender a mesma unidade de DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view – o mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do outro produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.” ( GITAHI, 2010)

Hoje, muitas empresas param de crescer ou são extintas do mercado onde atuam, por não enxergarem a relevância que a tecnologia tem dentro do meio empresarial. Rodrigues (2008), relata que o sucesso de uma empresa depende dos níveis de qualidade que as mesmas procuram estabelecer como forma de aperfeiçoar e inovar sua tecnologia nos serviços e produtos. Pois não se torna eficaz obter a tecnologia sem ter o cuidado para utiliza-la, apenas obtê-la não é suficiente, mas desenvolver e gerenciar informações que possam contribuir nesta inovação, é o que faz a diferença. As startups conseguem utilizar essa inovação, para crescer cada vez mais, sem alterar o seu modo de trabalhar. Crescendo em receita e lucros mas conseguindo manter os custos baixos e/ou com um lento aumento, esse é o ponto chave que atrai investimentos de grande porte e proporcionam a ampliação dessas pequenas empresas.

DESIGN COMO ESTRATÉGIA DE GESTÃO Transmitir confiança, diferenciar-se do mercado com vantagens competitivas são apenas alguns dos benefícios que uma gestão em design traz a uma empresa, assim como soluções de problemas, sistematização, coordenação, criatividade e contribuição cultural são características dos resultados de uma gestão em design. Um dos principais canais por onde as empresas podem buscar essa implementação de inovação e tecnologia é a utilização do Design dentro do setor necessitado. Muitos empresários ainda não veem dessa forma. De acordo com Sampaio (2012), o Design é uma ferramenta inovadora, diretamente ligada ao empreendedorismo e de suma importância para promover a competitividade na comercialização dos produtos. Por exemplo, um branding para uma empresa não é somente um investimento

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estético. Mas sim, tem o intuito de comunicar os empresa e seu perfil

valores

da

para o público exato que seu serviço esta focado, além de

diferenciar-se dos concorrentes. A gestão do Design ainda não é devidamente explorada pelas empresas no Brasil. As áreas de tecnologia, pesquisa e Design são cada vez mais requisitadas com o avanço da globalização dos mercados (MARTINS, 2004). Com forme vemos na tabela abaixo, o Design como gestão, pode oferecer diversos benefícios:

Benefícios da Gestão em Design Em relação à Aumenta o potencial de competição da indústria economia brasileira no mercado interno e externo pela inovação, diferencial e padrão de qualidade; contribui com iniciativas governamentais para promoção da marca Brasil; transmite mensagens sociais por meio visual. Em relação à Auxilia a atingir o mesmo patamar ou superior da empresa concorrência; altera a cultura empresarial provendo o status de empresa inovadora pelo estilo de gestão; contribui com o meio ambiente pelas soluções em descarte ou re-uso de produtos pós-consumo; auxilia na comunicação interna e externa. Em relação ao Otimiza as iniciativas de Desenvolvimento de Novos produto Produtos, a produção, reduz o tempo de lançamento, diminui custos, provê qualidade e agrega valor como diferencial e inovação insere qualidade em suas características. Em relação à Confere boa percepção da imagem da empresa imagem junto ao mercado, funcionários, fornecedores e concorrentes; otimiza a identificação de produtos e da empresa; informa e otimiza suas mensagens. Consumidor externo Atua na percepção da imagem, valor da imagem, e interno valor do produto, fidelidade à marca, melhora ambiente de trabalho, facilita comunicação interna, corrobora para melhoria da qualidade de vida. + Tabela. 01 – Gestão em Design como Estratégia Organizacional. Fonte: MARTINS (2008)

Para estimular o aumento desta competitividade em uma rede de empresas, é necessário sempre a inovação, não importando o setor, no produtivo quanto no

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administrativo ou de exportação. Vianna (2012) cita que a inovação consiste em estudar e recriar modelos de negócio, não apenas buscar novas soluções mais também estudar novos mercados podendo assim suprir novas necessidades do cliente. E para alcançar o diferencial na empresa, além das inovações tecnológicas começou a ser utilizada a questão do foco nas necessidades do usuário, e para isso criou-se o Design Thinking. De acordo com Vianna (2012), “Design Thinking” é uma abordagem focada no ser humano que vê na multidisciplinaridade, colaboração e tangibilização de pensamentos e processos, caminhos que levam à soluções inovadoras para negócios. Esse novo conceito vem para focar os estudos das empresas no usuário, utilizando metodologias e conceitos de Design dentro dos processos já existentes, conseguindo assim atingir um produto/serviço final que satisfaça melhor o cliente. Na figura a baixo podemos identificar as grandes diferenças, entre a pesquisa do mercado tradicional e a pesquisa considerando o Design como gestor:

Tabela 02 – Tabela que diverge a pesquisa de design e uma pesquisa de mercado. Fonte: Livro Design Thinking – Inovação em Negócios.(VIANA,2012, p.15)

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Percebemos que o foco é o mesmo, mas a maneira que cada pesquisa tem de conhecer o problema e buscar opções de soluções, mostram diferenças. Os resultados de uma pesquisa de Design, tendem a levar os mesmos para fora dos padrões do problema abrindo novas opções para o mercado que no caso esteja trabalhando com o Design. Sampaio (2012), cita que a especialista em Design Estratégico e consultora do Sebrae Alagoas Marta Melo, aponta o Design como uma ferramenta para a inovação e de crescimento das empresas. O uso do Design Thinking, onde a solução do problema também abrange questões sociais e econômicas, as reais necessidades do cliente são atendidas e a competitividade entre empresas é promovida. Em entrevista a revista Mundo da Publicidade, o sócio-diretor da grande empresa Cauduro Associações contempla a necessidade do bom uso do Design e percebe o atraso das empresas brasileiras nesta forma de inovação. Um grande investimento é necessário porém uma pesquisa foi feita por empresas como Honda e Motorola, mostram que este investimento é rentável, onde através de pesquisas foi afirmado que a cada dólar investido em Design há cinco dólares de retorno para a empresa. Portanto, acredita-se que a gestão do Design deva ser devidamente explorada pelas empresas no Brasil. Criando um nível mais alto em qualidade de serviços dentro e fora desses empreendimentos, oferecendo produtos/serviços que realmente façam a diferença no cotidiano das pessoas.

CAMINHOS METÓDOLÓGICOS PERCORRIDOS A etapa da pesquisa que teve como meta o levantamento de dados foi realizada através do preenchimento de questionários e entrevistas com empresários, designers que trabalham com gestão, profissionais e estudantes com o olhar analítico e crítico a respeito da evolução da gestão de empresas e noções do que é necessário para manter-se no mercado. Alguns receberam as questões através do e-mail, outros concordamos que seria mais proveitoso se nós mesmos apresentássemos verbalmente as questões, utilizando um pouco da informalidade organizada para discutir o tema. E para atingir um número

mais

alto

de

respostas,

o

questionário

foi

criado

digitalmente

no

GoogleDocsForms, nos possibilitando a divulgação em redes sociais que envolvam o tema.

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Foram elaboradas perguntas abertas, que permitissem ao entrevistado uma certa liberdade de opinião, num processo em que as perguntas apenas indicam o caminho do tema. O interessante nesta analise de opiniões diversificadas, tomando como ponto de partida a abordagem de estudantes, designers, programadores, empreendedores e gestores. E sempre deixando em aberto palpites em cima de cada questão, no sentido de permitir opiniões dos questionados, agregando assim posicionamentos relevantes ao nosso questionário, mantendo-o em constante mutação positiva. Notou-se que para responder o questionário era necessário fazer parte deste grupo de gestores, por terem experiência na área, pois ocorreram alguns casos onde não se obteve uma resposta concisa por falta de conhecimento e experiência de trabalho. Como já dito anteriormente, a gestão em design ainda não é bem explorado, mas já se percebe o interesse e o sentimento da necessidade desses profissionais, que mesmo sem ter experiência em alguns quesitos da pesquisa, tem total consciência da importância do design independente do tamanho e público que a empresa atinge.

RESULTADOS Ao fim dos nossos questionários, tivemos 75% dos entrevistados com idade entre 20 e 30 anos, sendo 75% do sexo masculino. Na primeira questão foi indagado: Como você vê o design no meio empresarial? Foram apresentados diversos posicionamentos, como: 

O posto do Design está se movendo para uma posição estratégica das empresas, principalmente nas novas empresas gerenciadas pela nova geração de empreendedores.



Empresas tradicionais estão voltando recursos e importância para o Design (design de produtos e processos, design de embalagens e marketing)



Design é fundamental para a empresa frente a concorrência imposta entre a venda de produtos e serviços.



No meio empresarial o Design é essencial, pois não se presta apenas para ferramenta gráfica, mas também por exemplo na criação de fluxo de informações, fluxos de pessoas em ambientes de trabalho.



Quanto mais a empresa trabalha com comunicação e criação, mais o Design é essencial dentro desta empresa.

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Depois de todas essas opiniões do design no

meio

empresarial, partiu-se para a profissão, questionando como era visto o designer como gestor em meio a empresas e projetos. Buscando uma experiência no meio empresarial da pessoa entrevistada. Com as respostas fechamos em 3 diferentes pontos de vista: 

Designer é um assessor técnico do gestor



Profissional

visionário,

capaz

de

reconhecer

oportunidades

pouco

percebidas pro profissionais puramente administrativos. 

Como gestor ele consegue ver o projeto como um todo pensando nos detalhes, vendo o processo macro que englobam os processos micros. Porém a gestão é muito complexa, e exige skills específica das pessoas.

Falando sobre estratégias de Design, que possivelmente podem vir a ser um diferencial no processo de gestão em uma empresa, foi bastante citado o fato do designer criar estratégias dentro de um grande processo. O exemplo citado foi a respeito de uma empresa que trabalha com desenvolvimento de softwares, onde o designer está ligado diretamente em todos os processos, desde o atendimento do cliente, até a entrega do mesmo, onde pode ser avaliado se o mesmo está de acordo com o que o cliente quer e se foi feito pensando no usuário/consumidor. E a função é aperfeiçoar e entregar o melhor serviço possível da empresa. O designer é um profissional com uma base multidisciplinar, que consegue gerir os percursos pelos quais caminham a informação e comunicação. Na ultima etapa do questionário colocamos as pessoas em uma posição como empreendedor, onde ele tem uma startup à sua disposição e lhe passamos uma lista de estratégias de gestão em design, onde ele pode escolher apenas 3 opções que mais se adaptaria à um modelo de negócios. A baixo segue os gráficos:

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Fig. 03 – Gráfico de respostas da 4a questão. Fonte: Questionário – A importância do design como gestão em micro-empresas. DISCUSSÃO Para um melhor entendimento, na discussão tentamos responder 3 questões: 

O que é Design como gestão?



Como o designer atua no meio empresarial?



Quais as vantagens da sua atuação?

O Design sendo inserido nas empresas na área de gestão nos últimos tempos, vem carregando uma responsabilidade de criar estratégias dentro e fora dos processos de produção ou criação de serviço que a empresa oferece. Além de visar a melhor qualidade do produto ou serviço ao analisar, corrigir e criar novos processos e fluxos de trabalho, o design tem a preocupação de como e quanto aquele serviço vai satisfazer o usuário e influenciar de forma positiva a vida do mesmo. Empresas

tradicionais

costumavam

ter

gestores

com

apenas

estudos

administrativos, porém com a concorrência imposta no mercado, o profissional designer está se encaixando cada vez mais nesse posto. Além de sempre querer participar te todo o processo, o designer é um profissional multidisciplinar, uma característica positiva, onde dentro de uma equipe ele pode analisar e criar estratégias até mesmo na forma de como essa equipe trabalha. Ele analisa o perfil de todos da equipe e pode descobrir pessoas que trabalham melhor, com horários fixos, por demanda, em equipe, sozinho entre outras opções. E isso pode fazer a diferença, processos bem “desenhados” geram economia e lucro para as empresas assim boas estratégias promovem um crescimento acelerado. Startups hoje estão sendo as principais metas de profissionais recém formados, de diversas áreas. Buscando uma ideia inovadora para se erguer diante do mercado atual.

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Porém para lidar com esses profissionais com pouca

experiência,

ansiosos e empolgados para realizar seus projetos é preciso ter muita calma, pois a maneira tradicional de lidar com uma equipe em desenvolvimento e amadurecimento não é a mais adequada. Planos de negócios são necessários para adquirir financiamento, investimento e lugares privilegiados em incubadoras de sucesso. O que promove um planejamento prévio de ganhos, trabalho e possíveis riscos para um jovem empreendedor e principalmente para visualizar a vantagem que há ou não em investir na ideia. Então esses micro empreendedores muitas vezes são designers ou estudam o design como gestão, pois é uma área abrangente onde é necessário aprender a lidar com diferentes perfis, assim como acontece quando se estuda diversos tipos de usuário. As estratégias que o design pode levar para uma empresa de grande ou pequeno porte como startups, ultrapassam a criação e estética de produtos ou materiais gráficos como era visto antigamente. A inovação tanto dentro da empresa quanto nos serviços que ela oferece, é uma das principais formas para uma empresa evoluir. Então, com todo o levantamento de pesquisa bibliográfica e de campo podemos afirmar que o design como gestão no meio empresarial, tanto em grandes como em pequenas empresas é um bem necessário em algumas áreas e setores. Ou seja, grandes empresas ao longo do tempo sentem a necessidade dessa gerência em design. Novas empresas que trabalham no ramo da tecnologia e comunicação, independente de seu tamanho e tempo no mercado, compreendem as melhorias que uma gestão diferenciada e multidisciplinar pode causar para a empresa. Acreditamos que o campo do design tende a crescer ainda mais, principalmente em seus ramos de atuação, através do modelo de designer valorizado proposto por Whiteley (1998). O design valorizado pode explorar e formar profissionais com visão independente, além de criativos e construtivos. Onde o design não faz parte apenas de soluções e metodologias projetuais, este também englobará a formação de cidadãos, com atitudes e sensibilidade, capazes de abranger conhecimentos distintos que resultariam em envolvimentos maiores e frequentes nas áreas de empreendedorismo e, principalmente, na gestão de empresas.

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Limitações do Estudo e como os experimentos poderiam ser melhorados Este estudo revelou parcialmente as áreas e estratégias que o design pode atuar, estudar e implementar, dentro de uma empresa. Para ampliação da discussões se faz necessário um questionário mais extenso e específico, colocando em pauta as opções de atuação e levando para empresas que trabalham com esse tipo de gestão responderem. Somente através do contato direto a essas informações concretas a respeito das empresas, teríamos as condições de exemplificar aqui todas as opções. Uma grande dificuldade em se fazer a pesquisa foi ter acesso a pessoas que realmente possuem conhecimento da área e que tivessem um ponto de vista com base nas próprias experiências como empreendedor. Muitos dos que receberam o questionário não tiveram tempo para responde-lo, ou não o consideraram relevante. Porém, ainda sim recebemos respostas significativas que demostram a importância de que, aos poucos, empresas locais vão dando valor tanto ao design como ao designer. Outro ponto que pudemos constatar e merece ser destacado é a perceptível ligação entre negócios, startups, tecnologia e design.

Oportunidades para possíveis trabalhos Ao concluir este estudo, outros questionamentos surgiram, abrindo oportunidades para que sejam realizados novos trabalhos. Uma analise comparativa entre empresas de grande e pequeno porte que utilizam o design como gestão e empresas que não utilizam, seria uma nova pesquisa para dar continuidade ao estudo apresentado, atuando diretamente com pessoas que vivenciam essa evolução empresarial. Esta proposta de pesquisa poderá ter abrangência não só nacional, como também internacional, nas quais o design em gestão já está presente nas empresas há mais tempo e onde se pode perceber resultados mais sólidos. Outro ponto interessante para a pesquisa seria ter a oportunidade de analisar a inserção de um designer gestor em uma pequena ou média empresa, e acompanhar seu crescimento e desenvolvimento, o que necessitaria muito mais tempo. Por fim, através da análise realizada nesta pesquisa podemos afirmar que o design como gestão no meio empresarial, tanto em grandes como pequenas empresas, se torna essencial para o sucesso das mesmas. As estratégias que o design pode levar para uma empresa de grande ou pequeno porte como startups, ultrapassam a criação e estética de

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produtos

ou

materiais

gráficos,

como era

visto

antigamente.

A inovação, tanto dentro da empresa quanto nos serviços que ela oferece, é uma das principais formas para uma empresa evoluir.

REFERÊNCIAS GOMES, Helton Simões: Gerar receita pesa mais que inovação na escolha de startups em programa do governo.Disponivel em:http://g1.globo.com/tecnologia/startup/platb/category/startup-brasil/. Acesso em 01 de Maio de 2013. RODRIGUES, Maxwell: A importância da Tecnologia no crescimento empresarial. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/a-importanciada-tecnologia-no-crescimento-empresarial/24362/ >. Acesso em 01 de Maio de 2013 SAMPAIO, Marcela: Tendências e importância do design nas empresas são discutidos em seminário. Disponível em: Acesso em 01 em Maio de 2013. ALVEDAÑO, L.E.C. O design e o designer competitivos: uma necessidade do mercado.Disponível em . Acesso em 05 de maio de 2013. MARTINS, Rosane F. de Freitas; MERINO Eugenio A. Díaz. A Gestão de Design como Estratégia Organizacional. Londrina: Eduel, 2008. MILLER, R, William. A definição do Design. Traduzido por João de Souza Leite. 1997 VIANA, Maurício... [et al.]. – Rio de Janeiro: Design thinking: inovação em negócios. MJV Press, 2012. 162p.: il.; 24cm. Rio de Janeiro, 2012. GITAHY, Yure. O que é uma startup.http://exame.abril.com.br/pme/dicas-deespecialista/noticias/o-que-e-uma-startup. Acesso em 21 de maio de 2013.

WHITELEY, Nigel. O Designer Valorizado. Revista Arcos. Volume 1. 1988

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