A importância do ensino da Língua Inglesa nas séries iniciais da rede pública em Jardim/MS

July 22, 2017 | Autor: Jhulye Sparrenberger | Categoria: Teaching English as a Second Language, English Language Learning
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL
LETRAS/INGLES






A importância do ensino da Língua Inglesa nas séries iniciais da rede pública em Jardim/MS






Jhulye Sparrenberger Marti





JARDIM/MS
OUTUBRO/2014
Jhulye Sparrenberger Marti





A importância do ensino da Língua Inglesa nas séries iniciais da rede pública em Jardim/MS




Pré-projeto apresentado à Graduação em Letras da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul como avaliação da disciplina de Iniciação à Pesquisa em Linguagem, no ano de 2014.









JARDIM – MS
OUTUBRO - 2014

SUMÁRIO


Resumo....................................................................03
Introdução...............................................................04
Justificativa.............................................................05
Objetivos.................................................................09
Metodologia.............................................................10
Fontes.......................................................................11
Referências..............................................................12
Bibliografia..............................................................13





Resumo
O presente estudo tem como objetivo analisar a importância do ensino da Língua Inglesa (LI) para crianças da educação infantil nas escolas de rede pública na cidade de Jardim/MS e apresentar as dificuldades que existem para encontrar profissionais capacitados para realizarem um trabalho satisfatório.
O referencial teórico sobre o ensino de língua inglesa para crianças será promovido a partir das reflexões dos seguintes autores: Seccato (2010), Rocha (2007), Tonelli & Cristovão (2010), Lima (2010), Scaffaro (2010), Figueira (2010), dentre outros.















Introdução
A Língua Inglesa tem afetado cada vez mais a vida das crianças por ser uma língua estrangeira atrelada à globalização. A maioria dos nomes dados aos brinquedos e jogos de vídeo-game destinados aos pequenos, tem uma descendência da Língua Inglesa. Hoje em dia, as crianças têm crescido com a influência de uma língua estrangeira em seu meio, seja através de músicas, filmes, propagandas e até mesmo pelos próprios pais.
Para a autora Rocha (2006, p. 130), citada por Lima e Margonari (2012, p. 130), a inserção da Língua Inglesa nas séries iniciais é de extrema importância, pois além do ensino ocorrer de forma natural, às crianças podem descobrir e desenvolver seus potenciais coletivos e individuais, tornando a interação com possíveis nativos ou não, possível. O estudo irá justificar porque é na educação infantil que se deve começar o ensino de uma LE. O projeto irá recorrer a questionários e entrevistas para ter uma avaliação real de como a LI tem sido aplicada nas escolas de rede pública da cidade de Jardim/MS.
Existem muitas pesquisas realizadas por importantes autores que revelam um grande crescimento na busca pela Língua Inglesa nas séries iniciais das escolas, do ano de 2002 até os dias de hoje, em 2014. Com isso, aumentou o número de profissionais contratados pelas escolas, porém, esqueceram-se da necessidade de profissionais capacitados para tal feito. Não é qualquer formando em Letras ou Pedagogia que tem habilidade para ensinar uma língua estrangeira para crianças. O presente estudo irá tratar dessa questão-problema, mostrando os métodos que podem ser utilizados dentro da sala de aula para atrair os pequenos estudantes a se interessarem pela nova língua estrangeira estudada.





Justificativa

Baseado no Curso de Linguística de Ferdinand de Saussure (1916) é possível compreender a capacidade que o ser humano tem na infância de aprender outras línguas além da sua própria língua materna. Sendo inserido a uma sociedade, ou a um meio em que duas ou mais línguas são difundidas e faladas, a criança irá se adaptar muito rápido a esse sistema, surpreendendo-nos com seu grande potencial. É por esse motivo que é necessário que seja na sala de aula o ambiente propício para que essa criança avance no conhecimento da Língua Estrangeira, mais especificamente da língua inglesa. O quanto antes essa difusão acontecer, mais cedo as crianças serão capazes de utilizar a língua materna e qualquer outra língua estrangeira, além de aprender a se comunicar e a estreitar laços culturais. Para Rivers (1971) citado por Figueira (2010, p. 127) as crianças com idade entre 4 e 10 anos, possuem maior flexibilidade em aprender uma língua estrangeira porque as estruturas da língua materna ainda não foram totalmente solidificadas, assim, não ocorrem interferências na nova língua que está sendo aprendida. Segundo Chaguri (2005, p. 1) por razões de ordem biológicas e psicológicas, quanto mais cedo à criança venha a ter contanto com a LI, mais eficaz será a aprendizagem.
Lima (2010, p. 189-190) afirma que "além da idade do indivíduo ser um fator que determina o modo pelo qual se aprende uma língua, existem outros tantos fatores que conduzem a construção do conhecimento da LI." Nesse sentido, cita Figueiredo (1997, p.26):
A idade do indivíduo é um dos fatores que determinam o modo pelo qual se aprende uma língua. Mas as oportunidades para a aprendizagem, a motivação para aprender, e as diferenças individuais são também fatores determinantes para o sucesso na aprendizagem.

Segundo a autora, a atuação do professor em sala de aula também é de extrema importância, sendo necessário que o mesmo possua conhecimento de métodos e técnicas de ensino para o público infantil.
Outro ponto interessante de porque implantar e incentivar a Língua Inglesa na educação infantil, é que apesar do resultado da aprendizagem ser de longo prazo, na idade pré-escolar, as crianças geralmente são menos inibidas, menos ansiosas, não possuem o medo de errar e de se exporem para seus colegas ao contrário de nós adultos, seus aprendizes. É na Educação Infantil que as crianças possuem maiores oportunidades de desenvolver suas potencialidades de aprender a viver e a conviver em sociedade, além de desenvolver seus gostos e primeiras opiniões sobre o mundo que as cercam. É de saber mundial que a Língua Inglesa é hoje conhecida como a língua universal, onde é falada em quase todo o mundo e por quase todos os povos de diferentes etnias. Por isso, deve-se considerar que a escola de educação infantil é o melhor lugar, assim como o melhor momento para começar a aprendizagem dessa língua internacional.
Rocha (2008, p. 20 apud Silva, 2010, p.302) diz que ensinar uma Língua Estrangeira para os pequenos na sociedade atual é:
[...] procurar auxiliar as crianças a construir caminhos que ajudem a ampliar o conhecimento de si próprias e da sociedade em que vivem, a compreender melhor os contextos que as cercam, fortalecendo-as com uma visão positiva e crítica de si mesmas e das diferenças, a integrá-las no mundo plurilíngüe, pluricultural e densamente semiotizado em que vivemos, a fim de fortificar sua autoestima, capacitando-as a agir e a comunicar-se em LE nas diversas esferas cotidianas, preparando-as para engajarem-se em interações cada vez mais complexas, assegurando-lhes igualdade de oportunidades, também no que se refere ao direito a esse ensino.

O incentivo dentro e fora da sala de aula é de total complemento para que as crianças se sintam motivadas a aprender uma nova língua. Cameron (2002, p. 13) afirmou que:

É enganadora a forma de pensar que as crianças aprenderão apenas uma linguagem simples. Claro que se apenas isto for ensinado, apenas isto será aprendido por elas. As crianças podem fazer muito mais do que pensamos que elas possam. Elas têm um grande potencial de aprendizagem e a sala de aula de língua estrangeira pode deixar de contribuir se este potencial não for explorado.

Gardner & Lamber (1972) citados por Figueira (2010, p. 98) destacaram dois tipos de motivação: a motivação instrumental seria quando o aprendiz tem interesses funcionais de aprendizagem, quando precisa da língua para atender a uma necessidade mais específica, como, por exemplo, para melhorar as notas em provas ou adquirir uma promoção ou um trabalho melhor. A outra motivação é a integrativa, que ocorreria quando o aprendiz tem interesse de se identificar com a cultura da língua alvo (Figueira, 2010, p. 98). Portanto, é necessário que se motive as crianças, dando a elas desafios, mostrando como fazer e o que fazer, acompanhar os progressos e dificuldades que elas terão ao longo das aulas; é necessário conhecer a criança, saber do que gosta e do que não gosta.
Lima & Margonari (2012, p.134) afirmam a necessidade que "a aprendizagem tem de ser significativa para o aluno e uma das maneiras de promover atividades que vão chamar a atenção deste é trabalhar com tópicos e assuntos familiares, levando em consideração sua experiência de vida." Segundo as autoras, é importante que as crianças saibam por que estão aprendendo uma nova língua, introduzindo os conteúdos e as atividades de acordo com o mundo delas. Por exemplo, utilizar jogos e brincadeiras atrativas para a construção do conhecimento das crianças, será de grande e boa ajuda no desenvolvimento do ensino da linguagem estrangeira.
Com o intuito de atrair a atenção das crianças, nos deparamos com muitos desafios de ensinar a língua inglesa para elas, como: métodos e abordagens de ensino, materiais didáticos que atendam a essa demanda, etc. (Tonelli & Cristovão, 2010, p. 66).
De acordo com Brown (1994, p. 129) o aprendizado da criança não deve se conter apenas em aspectos gramaticais:
Com as crianças não podemos nos prender ao ensino de gramática, às regras e às repetições, pois os pequenos aprendizes não têm maturidade cognitiva para a aprendizagem de normas e conceitos abstratos.
O autor sugere então que o aprendizado das crianças deva acontecer de diferentes formas, com métodos inovadores, técnicas variadas, em que o professor possa atuar de maneira animada, própria para as crianças de até 10 anos, utilizando-se de brincadeiras, músicas e danças, ao invés de decorarem o conteúdo que lhe foi ensinado.
Entretanto, ainda hoje o método de memorização é o que mais ocorre na maioria das escolas, de forma mecânica as crianças são submetidas a repetir as palavras, impossibilitando a aprendizagem.
Wilhians (1995 apud Luz, 2003, p. 204), citado por Scaffaro (2010, p. 66), afirma que "a criança precisa de atividades que levem a explorar o seu mundo, tais como histórias, músicas, drama, etc., ou seja, atividades que fazem parte do mundo da criança para que ela aprenda e use a LE se divertindo". Tal afirmação é verdadeira, pois as crianças aprendem melhor quando se divertem, o aprendizado de forma divertida motiva e envolve, tornando a aprendizagem mais significativa.
No projeto foram descobertos vários meios para que a prática do ensino-aprendizagem da Língua Inglesa aconteça. São muitos como, a internet, músicas, filmes, cartazes, fantoches, fantasias, teatro, gravuras, gestos, dentre outros. Porém, ao professor fica o papel de saber diferenciar e entender seus alunos, respeitando suas qualidades, dificuldades, potencialidades, fornecendo o recurso necessário de acordo com a faixa etária trabalhada.
Quanto à formação do professor no ensino de inglês para crianças, o estudo mostrará que existe um descaso nos cursos de licenciatura, já que a maioria dos cursos de graduação tem o foco de preparar professores para atender crianças do 6º ano do Ensino Fundamental em diante. Em especial os cursos de Letras e Pedagogia. Lima & Margonari (2010, p. 190) afirmam que:
Se por um lado observa-se uma grande valorização social e um interesse crescente pelo estudo de idiomas, o que converte na inclusão de aulas de LE na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental, por outro lado, não existem, ainda, parâmetros oficiais que orientem o ensino de LE para esses segmentos, assim como não é contemplado com as devidas especificidades no curso de Licenciatura em Letras, a exemplo do que ocorre nos curso de Normal Superior e Pedagogia.

Santos (2010, p. 151) afirma que os cursos de Letras e Pedagogia não oferecem formação adequada para atuação em anos iniciais. Percebe-se então a falta de uma disciplina específica para o ensino desse público-alvo que aborde características de aprendizagem e desenvolvimento infantil, assim como as estratégias e atividades adequadas para se aplicar o ensino da língua para crianças.
Silva (2010, p. 305) adverte que o currículo de Licenciatura em português-inglês não aborda em sua grade curricular a Educação Infantil e o curso de Pedagogia, por sua vez, não trata do ensino de línguas estrangeiras. Tonelli & Cristovão (2010, p. 67) questionam sobre a formação desse docente e citam Pires (2004, p. 20):

Quem termina um curso de graduação em Letras ou um bom curso livre de inglês e tem um ótimo currículo em língua pode estar bem preparado para ensinar adultos e adolescentes, mas não ter o menos conhecimento sobre educação de crianças menores de seis anos de idade. Já quem cursou magistério ou pedagogia e/ou algum outro curso de formação em educação infantil pode ser um excelente professor para crianças de até seis anos, mas não possui conhecimento de inglês suficiente para cometer erros de pronúncia e de gramática que podem comprometer o futuro de seus alunos como estudantes de língua estrangeira.



Objetivos
Geral: A pesquisa tem como principal objetivo analisar o déficit de ensino-aprendizagem da língua inglesa nas séries iniciais da rede pública em Jardim/MS, assim como o déficit de professores capacitados para atuarem nessa área e incentivar o ensino da língua inglesa na educação infantil.
Específicos:
Esclarecer por que é necessário o ensino de uma língua estrangeira nas séries iniciais da educação infantil;
Analisar os métodos de ensino dentro das salas de aulas;
Identificar e questionar o déficit de professores nessa área;



Metodologia
O estudo está associado à pesquisa de dados, uma vez que se pretende identificar, relatar e analisar os métodos de ensino dentro das salas de aulas de uma instituição estadual de ensino em Jardim/MS.
Para isso será utilizado dois instrumentos de pesquisa, o questionário e a entrevista com professores e alunos da instituição a ser pesquisada.


















Fontes
As fontes a serem utilizadas no estudo serão questionários elaborados para serem feitos em uma escola da rede pública da cidade de Jardim/MS e entrevistas com professores da mesma escola.




















Referências Citadas
FIGUEIRA, C.D.S. O Envolvimento de crianças na aula de língua estrangeira. In: ROCHA, C.H. (orgs.). Língua Estrangeira para crianças: Ensino Aprendizagem e Formação Docente. Campinas: Pontes, 2010. P. 93-123.

LIMA, A.P. Ensino de língua estrangeira para crianças: o papel do professor. Cadernos de Pedagogia, v.2, n.3, p.293-305, 2008.

LIMA, A.P., MARGONARI, D.M. A prática de ensino e a formação de professores de inglês para crianças. In: ROCHA, C.H. (orgs.). Língua Estrangeira para crianças: Ensino-Aprendizagem e Formação Docente. Campinas: Pontes, 2010. p. 187-202.

SCAFFARO, A.P. O uso da atividade de contar histórias como recurso na retenção de vocabulário novo na língua inglesa com crianças na fase pré-escolar. In: ROCHA, C.H. (orgs.). Língua Estrangeira para crianças: Ensino-Aprendizagem e Formação Docente. Campinas: Pontes, 2010. P. 61-92.

SECCATO, M.G. A importância do uso pleno da língua inglesa durante o processo de ensino-aprendizagem nas séries iniciais do ensino fundamental. IN: ROCHA, C.H. (orgs.). Língua Estrangeira para crianças: Ensino-aprendizagem e Formação Docente. Campinas: Pontes, 2010. p. 125-147.

TONELLI, J.R.A. & CRISTOVÃO, V.L.L. O papel dos cursos de Letras na formação de professores de inglês para crianças. Calidoscópio, v.8, n.1, p. 65-76, 2010.




Bibliografia Disponível
SANTOS, R.C, Inglês que a criança aprende brincando. Jornal da Unicamp, Campinas, p.11, jun. 2006.

SANTOS, A.R, Apresentação Gráfica de Pesquisas Científicas e Trabalhos Acadêmicos – Sugestões e normas. 2ª edição, Isbn, Londrina, 2004.

SILVA. V.R. Os desafios do professor da educação bilíngüe infantil: necessidade de uma formação continuada. In: ROCHA, C.H. (orgs.). Língua Estrangeira para crianças: Ensino-aprendizagem e Formação Docente. Campinas: Pontes, 2010. p. 297-323.

VILELA, P. A. H. de Barros. O ensino de Língua Inglesa para crianças nas séries iniciais: as percepções e ações de duas professoras. TCC (Graduação) – Curso de Letras hab. Port. Ingl. UEMS, Jardim, 2013







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