A INFLUÊNCIA DA BELLE ÉPOQUE PARA A FORMAÇÃO ESTRUTURAL DE FORTALEZA

May 23, 2017 | Autor: Luana Soares | Categoria: Belle Epoque
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A INFLUÊNCIA DA BELLE ÉPOQUE PARA A FORMAÇÃO ESTRUTURAL DE FORTALEZA

Luana Maria Soares Sabóia

1 INTRODUÇÃO

No século XIXFortaleza, passou por mudanças, que afetou o comportamento e o cotidiano das pessoas. A capital cearense estava entrando no contexto da Belle Époque (belos tempo), termo francês, que significa as novidades que foram trazidas da Europa naqueles tempos.
A partir da década de 60 começa a surgir novos edifícios como, o Lazarento da Lagoa Funda e a Santa Casa de Misericórdia para zelarem da saúde pública, logo depois, na década seguinte prossegui com a instalação da ferrovia para Baturité, a construção de um novo cemitério, a criação da Academia Francesa, a iluminação a gás e o plano urbanístico de Adolfo Herbster.
Fortaleza passou três anos (1877-1879) com seu processo de modernização paralisado, por conta da grande seca, mas ressurge na década de 80, trazendo dois novos presentes a população, os Bondes e o Passeio Público, que foram inaugurados em 1880, os quais modificaram os costumes nos espaços públicos.
Em seguida, surgirão uma das marcas registradas de Paris, eram os cafés, estavam localizados nos quatro cantos da Praça do Ferreira. Java, Elegante, Iracema e do Comércio, assim se chamava, reuniam políticos, literários e boêmios, para discutir de diversos assuntos.
Os Cafés, os Bondes e o Passeio Público, eram apenas indicadores de uma epidemia que se espalhava em Fortaleza: a febre do afrancesamento. Essa febre se traduziu em várias formas,influenciando a modernidade na capital.

2 A MODERNIZAÇÃO E O AFORMOSEAMENTO DA CIDADE

A partir de 1860 Fortaleza, passava por um fluxo de mudanças que não só produziu transformações urbana como política e econômica, como também afetou o cotidiano das pessoas, alternando seu comportamento e suas condutas. Esse processo significou a inserção da capital cearense no contexto Belle Époque (belos tempos), termo francês usado para traduzir a euforia com as novidades extasiantes decorrentes da revolução.
Novos valores, produtos e padrões disseminaram nas cidades, principal mercado e vitrines desse conjunto de inovações. Daí em diante tornaram-se alvos de discursos, medidas e reformas que procuravam alinhá-lasao modelo europeu de modernização urbana.
Em Fortaleza, essa pretensão remodeladora foi impulsionada pelo aumento da exportação algodoeira verificada à época. A grande procura pelo algodão cearense decorre da suspensão temporária da demanda do algodão norte-americano para a Europa, causada pela eclosão da Guerra de Sucessão nos EUA, naquela década.
Por sua condição de núcleo da produção rural para exportação, papel determinado para capitais de província pela política centralizadora do Segundo Reinado, Fortaleza passa a ter de 1840 em diante, a exclusividade do movimento exportador/importador, tornando-se assim o principal entreposto comercial da região. Assim, sob o influxo desse boom algodoeiro, a Capital aufere considerável crescimento comercial e logo se pontifica enquanto principal centro urbano econômico, financeiro e social do Ceará.
Diante essa inédita expansão econômica e urbana de Fortaleza, convinha aos poderes públicos, elites enriquecidas e setores intelectuais procederem a um significativo conjunto de reformas urbanas capaz de alinhar a cidade aos códigos de padrões materiais e estéticos dos grandes centros urbanos europeus.
Tais anseios de modernização começaram a se materializar ainda naquele final do século. A partir mesmo da década de 60 e 70, o perfil da cidade principal sofreu alterações. Na década de 60, por exemplo, surgem o Lazareto da Lagoa Funda e Santa Casa de Misericórdia para zelarem pela saúde pública, pois, como ressaltava o saber médico social então em constituição, sem homens sadios para trabalho não haveria produção de riquezas e progresso.
Segundo o historiador Rogério Pontes (2001, p. 24)

Na esteira daquele contexto de crescimento econômico-urbano, a estrutura social da Cidade sofreu importantes modificações com a emergência de novos grupos dominantes, a constituição de camadas médias afluentes compostas em razão da proliferação de profissionais liberais, além do surgimento de um crescente contingente de trabalhadores pobres – ativos ou em disponibilidade -, configurando-se, assim, a formação de um mercado de trabalho urbano de Fortaleza.

Na década seguinte, a remodelação prosseguia com a instalação da ferrovia para Baturité, a construção de um novo cemitério, a criação da Academia Francesa, a iluminação a gás e o plano urbanístico de Adolfo Herbster.
A inauguração da Estrada de Ferro Baturité, agilizando o transporte do algodão e de pessoas para a cidade, consolidou a hegemonia e economia de Fortaleza. Estreitando a distancia e a dependência do interior com a capital, o trem, um dos principais produtos do avanço tecnológico do século XIX, reforçou mais ainda a positividade dos efeitos sociais da noção de progresso.
A edificação de um novo cemitério, o São João Batista, em local mais afastado, inscreve-se como mais eficaz investida medicalizadora sobre a cidade. Sua construção justificou-se pela pressão médica de suprimir a necrópole anterior, o São Casimiro, que comprometia o estado sanitário por achar-se muito próximo (atual Praça da Estação) do perímetro central urbano, além de ter sepultado vítimas da epidemia de cólera, ocorrida entre 1862 e 1864.
Para Rogério Pontes (2004) logo o cemitério seria povoado com exuberantes túmulos em estilo gótico e refinadas esculturas importadas de anjos e figuras melancólicas. Também na cidade dos vivos, essa consagração econômica evidenciava-se através do surgimento de imponentes sobrados e palacetes. Assegurando estilos em voga na Europa, estas novas construções formavam o lugar do casario modesto e térreo, desenhando um novo rosto para a cidade.
Em 1972, foi criada por jovens intelectuais cearenses egressos da Academia de Direito do Recife à Academia Francesa do Ceará, que teve papel de promover o ideário cientificista e evolucionista entre grupos letrados fortalezenses.
A iluminação a gás carbono, por sua vez, substituindo a de azeite de peixe, deu mais vida e sociabilidade às noites fortalezenses, fazendo com que a população fosse dormir mais tarde.
A cidade expandia-se, mas corria o risco de fazê-lo de forma desordenada. Para disciplinar seu crescimento espacial, o engenheiro-arquiteto Adolfo Herbster foi contratadode Pernambuco pelo governo cearense e, em 1875, elaborava a Planta Topográfica de Fortaleza e Subúrbios.
Herbster atualizando o sistema de traçado na forma de xadrez esboçado por Silva Paulet para cidade em 1818, no seu plano urbanístico estendia o alinhamento das ruas ate os subúrbios. Agilizou o fluxo de pedestre e carros e corrigiu becos sinuosos. "Deixando a capital mais aberta e transparente, dificultava possíveis ocorrências de revoltas e distúrbios, facilitando a vigília dos poderes públicos sobre a capital." (Rogério Pontes, 2004, p. 166)
O plano Herbster incluiu ainda a abertura de três avenidas (atuais do Imperador, Duque de Caxias e D. Manoel)circundando o perímetro central. Com objetivo de facilitar o tráfego urbano, tais avenidas ainda hoje concorrem para o desafogamento do trânsito congestionado do centro da cidade. Ordenando Fortaleza através de avenidas e extenso alinhamento de ruas o engenheiroinspirava-se nas reformas de Paris operadas pelo barão de Haussmann em meado do mesmo século.
Herbster projetou ainda um conjunto de obras públicas, entre as quais o edifício para sediar a Assembléia Provincial, 1871 (hoje, Museu do Ceará), em estilo neoclássico. Face a sua importância histórica e artística, o imponente prédio foi tombado, em 1973, como "monumento nacional".
O fluxo modernizado, que se instaurava na cidade, foi interrompido temporariamente pela devastadora seca de 1877-1879. Além de desestabilizar a economia cearense e provocar intenso êxodo rural para a capital, a longa estiagem possibilitou a propagação de uma fulminante epidemia de varíola, vitimando mais da metade dos 100 mil retirantes amontoados em abarracamentos providenciados pelo governo na periferia de Fortaleza.
Ao longo desses três anos fúnebres, como a capital assistindo ao féretro diário de centenas de mortos, a urbe tomou-se de pavor, não havendo clima para que obras ou novidades fossem patrocinadas.
Após ficar três anos paralisada e enlutada, Fortaleza ressurge nos anos seguintes, década de 80, repleta de impactantes novidades, retornando com sofreguidão o ritmo do seu processo de modernização. A população volta a rir e ser convidada a passear por dois presentes dados à cidade, e que causaram sensação: os Bondes e o Passeio Público. Inaugurados em 1880, ambos equipamentos reorientaram os usos e costumes nos espaços públicos.
Os bondes puxados a burros supriam a necessidade de um meio de transporte coletivo, para uma cidade que crescia espacial e populacionalmente. Como a época era de um capitalismo que impunha ritmo cronometrado e veloz de trabalho e produção, os bondes serviram de trunfo para a exigência patronal por assiduidade e pontualidade dos trabalhadores. O novo equipamento concorreu ainda para a valorização imobiliária das ruas em que passavam.
O Passeio Público, por sua vez, surgiu para satisfazer o desejo por uma área exclusiva de lazer público. Deveria ser um espaço florido, arejado, reservado apenas para a fruição daqueles "belos tempos", onde o footing (passeio a pé), o meeting (encontro entre pessoas) e o flert (flerte, paquera) pudessem ser aprazivelmente praticados.
O Passeio Público de Fortaleza foi edificado no antigo Campo do Paiol (Praça dos Mártires). Sobranceiro ao mar e bem arborizado, o logradouro foi murado e decorado com estátuas representando divindades mitológicas gregas, canteiros, coreto, café, passarelas pavimentadas e longos bancos.
Para Rogério Pontes (2008, p. 31)

Zelosamente cuidado e bastante arejado, o logradouro transformou-se em vitrine ideal para o desfile de elegância e enquanto cartão de visita da Cidade, haja vista o álbum de fotografias intitulado Álbum de Vistas do Ceará, 1908, confeccionado pela casa francesa importada – exportadora Boris Frères e Cia, impresso em Nice e destinado a dar uma amostra imagética do desenvolvimento da Capital. Entre as dezenas de fotos selecionadas para o encarte, onde despontam praças, ruas, edifícios, escolas e construções em geral, o Passeio Público é o que mais aparece, merecendo fotografias dos seus mais diversos ângulos.

O Passeio Público teve sua importância enquanto área de lazer e social até os anos 30, quando começou a sofrer concorrência de outras atrações como o cinema, os clubes e o banho de mar. Seu esvaziamento completou-se à medida que o centro, daquela década em diante, tornou-se basicamente área comercial, forçando o deslocamento das elites e camadas médias para outras zonas urbanas.
Segundo Rogério Pontes (2004, p. 171)

Se o processo de remodelação de Fortaleza tinha como espelho Paris, a metrópole mais civilizadora e charmosa do século XIX, e se uma das marcas registradas desta eram os cafés onde modernos e literários celebravam a alegria de viver daqueles tempos, então a capital cearense deveria tê-los também. Desta forma, não foi a toa que a década de 80 quando surgiam quatro elegante cafés, Java Elegante, Iracema e do Comércio, em estilo chalet francês, estava localizados nos quatro cantos da Praça do Ferreira. Ali reuniram políticos, intelectuais e boêmios, para discutir as ultimas novidades políticas e literárias, enquanto se regulavam com aperitivos e assistiam ao espetáculo da multidão em desfile.


Para Rogério Pontes (2004) o processo de remodelação de Fortaleza intensificou-se a partir das décadas de 1880 e 1890, época de formação do regime republicano no Brasil (1889). O novo regime e novo século que aproximar-sereforçava os anseios dominantes em alinhar o país ao progresso e a modernidade. Nessa perspectiva, o advento da República foi propagandeado como a necessária reordenação político-institucional capaz de redimir o Brasil do "atraso" em que esteve submerso pelo "provincianismo" do regime monárquico, por quase todo o século XIX. Os principais centros urbanos brasileiros, onde os ritmos das transformações ocorriam com mais velocidade, tornaram-se, mais do que antes, os alvos centrais da regeneração modernizadora apregoada pelas elites republicanas.
Nenhuma prática de remodelação foi feita em Fortaleza no governo do presidente general Clarindo de Queiroz em 1892. Mas em 1896 retomaram os investimentos sobre a capital e a população, no governo do presidente Antônio Nogueira Accioly.
Foi tempo também da gestão municipal de Guilherme César da Rocha, intendente (prefeito) nomeado pelo oligarca Accioly, retratado como homem fino e europeização, Guilherme Rocha foi o administrador que mais se empenhou pelo aformoseamento de Fortaleza.
A primeira grande obra foi a inauguração do Mercado de Ferro, iniciado ainda na gestão do Gen. Bezerril Fontenele, mas só concluído no governo de Accioly. O amplo edifício, com decoração art-noveau – estilo predominante no período da belle époque trazia a novidade do emprego do ferro, então em voga com a Europa. Na época localizado próximo a Praça do Ferreira, o Mercado de Ferro hoje se encontra desmembrado: um pavilhão está na Aldeota (Mercado de Pinhões), e os outros na Aerolândia (Mercado da Aerolândia).
Tão logo o século XX chegou alardeado como a era da redenção da humanidade pelo progresso, a intendência municipal empreendeu sua maior realização em termos de embelezamento urbano: remodelou as três principais praças de Fortaleza, a do Ferreira, a do Marques do Herval Praça (José de Alencar, hoje) e a da Sé. Os logradouros ganharam amplos e vistosos jardins, recheados de estátuas de inspiração clássica, canteiros de flores e plantas ornamentais, coretos, longos bancos, chafarizes e vasos importados. Para ter um ideia, os jardins eram como réplicas em menor proporção do Passeio Público, a cidade agora tinha, em seus três principais centros nervosos, ilhas paradisíacas e seguras, onde os citadinos mais distintos pudessem se sentir como se estivessem em Paris, enquanto assistiam ao espetáculo do movimento urbano desenrolar-se em torno.
Se o jardim da Praça do Ferreira recebeu título deJardim 7 de Setembro, o da Praça Marquês Herval foi batizado do Jardim Nogueira Accioly em homenagem ao oligarca. Nesse logradouro, em 1910, surgiria o Theatro José de Alencar, a mais imponente obra do governo aciolino para a cidade.
A obra levou dois anos para ser concluída e teve sua estrutura metálica em estilo art-noveau importada da Escócia. Até os oponentes de Accioly tiveram que reconhecer a beleza da nova casa de espetáculos e sua importância cultural e civilizatória.



3 O SURGIMENTO DE UMA NOVA ERA

Se a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) dizimou populações e devastou cidades em proporções nunca vistas antes, é considerada o marco que decreta o fim do modo de viver florido e eufórico que caracterizou a belle époque europeia, podemos também considerar que os graves conflitos de revolta armada e popular que transformou a capital em palco de guerra em 1912 – 1914 em Fortaleza, que teve como objetivo central depor Accioly e os equipamentos urbanos depedrados, significaram o inicio do declínio da belle époque experimentada na capital. O pavor deixado pelas trincheiras, barricadas, saques, guerra civil e um sem-número de mortos, além das depredações, destruições e incêndios de ícones da modernidade detonados pela fúria avassaladora das massas, entranhou uma profunda apreensão no âmago das elites, arrefecendo a fruição entusiástica com os "belos tempos" até então vividos na cidade.
"Em 1915, uma nova sua despeja milhares de "flagelados" na capital, o medo do contágio e do retorno de epidemias de pronto fez criar, na periférica, um campo de concentração, cercado, para isolar os retirantes e mantê-los distantes do perímetro urbano central." (Rogério Pontes, 2004, p. 184)
De 1917 a 1925 salta um inédito conjunto de graves e de combativas organizações operárias como a Associação Gráfica do Ceará e a Federação dos Classes Trabalhadoras, sem falar da criação do Partido Socialista e do Partido Comunista.
Segundo Rogério Pontes (2004, p. 184)

Se isso não bastasse para afetar a euforia e a tranquilidade das camadas dominantes, cumpre salientar que, no mesmo período, aumenta o índice de delitos e transgressões da cidade. Fruto da penúria e da resistência do ascendente contingente de pobres e miseráveis, tais distúrbios eram cometidos não só por adultos, mas também por crianças e adolescentes: entre 1917 e 1918 foram detidos 77 menores por furtos, embriaguez, vagabundagem e imortalidade.

O cotidiano da capital tornou-se atribulado por conta também da intensificação dos fluxos urbanos desencadeada pelo adensamento populacional, e pela proliferação de automóveis, bondes, caminhões e estabelecimentos comerciais no perímetro central.
Em razão desse volume crescente de conflitos, tensões, graves e aglomerados no centro da cidade, as elites ali residentes principiam, a partir de 1915, a se transferir para uma área distante e desocupada, como a de Jacarecanga, que lota-se de mansões e palacetes e torna-se o primeiro bairro elegante de Fortaleza. A seguir viriam a Praia de Iracema e a Aldeota, reforçando assim a segregação sócio-espacial entre ricos e pobres na cidade.
A multiplicação de veículos concorreu para maior extensão de calçamentos, calçadas e para a abertura de ruas e avenidas. Sem falar na necessidade de reduzir o tamanho de alguns logradouros centrais, caso da Praça do Ferreira, em 1925, para facilitar a passagem e o estacionamento daquelas novas máquinas.
A remodelação da Praça do Ferreira, procedida pela gestão municipal do prefeito Godofredo Maciel em 1925, operou uma verdadeira cirurgia plástica naquele espaço: além de implantar "salva-vidas" e alamedas laterais para facilitar o trânsito, exigiu a demolição dos quatro cafés afrancesados e do Jardim 7 de Setembro, por ocuparem quase toda a praça, deixando-a mais aberta ao fluxo de pedestres.
A demolição dos cafés e do jardim na Praça do Ferreira simboliza assim o fim da vigência da belle époque em Fortaleza. Signos da inauguração da modernidade em Fortaleza, datada no fim do século e marcada pelos ideais de civilização e aformoseamento urbano, aqueles equipamentos conviveram romântica e harmoniosamente com o ritmo compassado de bondes puxados por burros e charretes em volta da praça. "Amplos e bucólicos, os cafés e o Jardim 7 de Setembro agora eram vistos como obstáculos que deveriam desaparecer para dar passagem ao pragmatismo do vai-e-vem frenético da multidão de transeuntes, automóveis e bondes elétricos dos anos 20." (ROGÉRIO PONTES, Sebastião: 2004).
O centro da cidade, portanto, já não era mais o mesmo. A rua Formosa passou a se chamar Barão do Rio Branco e já perdia sua formosura, deixando de ser via residencial para se tornar comercial. A tranquilidade. O conforto e a ambientação que deu lugar ao burburinho e ao congestionamento.

4 CONCLUSÃO

Portanto, nessa pesquisa, foi destacado a influência da Belle Époque para os avanços da modernidade em Fortaleza a partir de 1860. Foi um tempo de mudanças e novidades para que a cidade se estruturar e chegar mais próximo aos padrões europeus.
Todas as construções e reformas que foram feitas no século XIX ao começo do século, foram inspirada nos centros urbanos da Europa, como Paris.Foi também nesse período que surgiu bairros e avenidas que até hoje são importantes para a cidade.
Porém, toda formosidade, depois foi substituída por automóveis, bondes elétricos, caminhões e estabelecimentos comerciais no perímetro central.
No século XX as coisas já não eram as mesmas, a tranquilidade, o conforto e a ambientação deram lugar ao barulho e ao congestionamento da cidade, era o fim da Belle Époque e o inicio de uma nova era.

REFERÊNCIAS

SOUZA, Simone de. Uma Nova História do Ceará. 3a edição. Fortaleza-CE: Demócrito Rocha, 2004.
ROGERIO PONTES, Sebastião. Fortaleza Belle Époque. 3a edição. Fortaleza-CE: Editora Demócrito Rocha, 2001.
ANJOS, Francisco Weber dos. Ramos cotocos e seus "cantares bohêmios": trajetórias (re) composta em verso e voz. Disponível em: www.uece.br/mahis/index.php/.../14-dissertacao-weber. Acesso em: novembro/2012


Aluna do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Estácio FIC
Turma: 3001



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