A recepção dos romancistas de 30 nos livros didáticos de Português [divulgação]

June 11, 2017 | Autor: André BMacedo | Categoria: Reception Theory, Brazilian Studies, Brazilian Literature, School Textbooks, Literary Reception
Share Embed


Descrição do Produto

ARe c e pç ã o

dosRoma nc i s t a sde3 0

nosLi vr osDi dá t i c osdePor t uguê s

An d r éBa r b o s ad eMa c e d o

Edi ç ã odoAut or

A recepção dos romancistas de 30 nos livros didáticos de Português

ANDRÉ BARBOSA DE MACEDO

A RECEPÇÃO DOS ROMANCISTAS DE 30 NOS LIVROS DIDÁTICOS DE PORTUGUÊS

1ª edição

São Paulo Edição do Autor 2016

Copyright © 2016 by André Barbosa de Macedo

Capa: Angeli Cristie Revisão: Rodrigo Cardoso Ficha catalográfica: Eduardo Fahl Editor: André Barbosa de Macedo

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Macedo, André Barbosa de A recepção dos romancistas de 30 nos livros didáticos de português [recurso eletrônico] / André Barbosa de Macedo. – São Paulo : Edição do Autor, 2016. 207 p. ISBN 978-85-920601-0-7 I. Titulo 1. Recepção literária. 2. Romancistas – Literatura Brasileira – 1930-1940. 3. Livros didáticos

São Paulo-SP, Brasil 2016

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................

5

CAPÍTULO 1: Primeiras menções, exposições e excertos: “romancistas do Nordeste”............ Os programas de 1943 e de 1951: de filólogos ................................................... O perfil dos autores dos livros didáticos “colegiais” .............................................. As editoras “colegiais” ................................................................................. Primeiras menções, exposições e excertos .........................................................

13 16 22 32 36

CAPÍTULO 2: Indefinições e reconfigurações: entre o critério regional e o temporal ............ Indefinições e reconfigurações: nos alicerces da educação ....................................... Indefinições e reconfigurações: na formação dos autores de livros didáticos e nas referências bibliográficas ............................................................................. Indefinições e reconfigurações: no ramo editorial e na produção didática .................... Indefinições e reconfigurações: em três títulos didáticos ........................................

61 62 70 76 79

CAPÍTULO 3: A nova vulgata e o novo lugar das obras: “2ª fase da prosa modernista” ........... A nova vulgata e o novo lugar das obras: o assentamento em três títulos didáticos ......... Novas propostas curriculares para a disciplina de Português: um terreno parcialmente pisado ..................................................................................................... A nova vulgata e o novo lugar das obras: o reassentamento em dois títulos didáticos ......

100 105

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................

161

141 148

FONTES Edições dos livros didáticos ........................................................................... Outras fontes ............................................................................................

166 183

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................

193

ANEXOS Programas de Português de 1951 (federais)

INTRODUÇÃO

Essa pesquisa originou-se de uma simples pergunta: como as obras literárias de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e José Américo de Almeida1 foram, ao longo do tempo, abordadas nos livros didáticos da disciplina de Português no Ensino Médio?2 A pergunta inicial levou a outras: “o que” prescreviam os documentos curriculares para a parte de literatura da disciplina de Português? Quais foram os livros didáticos mais difundidos? Quais editoras os publicavam? Qual era o perfil dos autores desses livros didáticos? Como eles dialogavam com os documentos curriculares (se o faziam)? Qual enfoque e lugar eram dados à literatura brasileira e às obras dos cinco escritores? Como os autores de livros didáticos abordavam os cinco, caracterizando as obras e os escritores? Quais referências bibliográficas de crítica literária mobilizavam?

A partir dessas perguntas foi delimitado um problema cujo eixo principal dizia respeito a livros didáticos e a história de uma disciplina em articulação com a crítica literária, o que caracterizamos como um processo histórico de canonização literário-escolar. A relevância do tema da pesquisa reside no esclarecimento desse processo, o qual constituiu um conjunto de obras literárias como objeto de ensino José Américo de Almeida, Areia (PB), 1887 — João Pessoa (PB), 1980. Romances: A Bagaceira (1928); O Boqueirão (1935); Coiteiros (1935). Rachel de Queiroz, Fortaleza (CE), 1910 — Rio de Janeiro (RJ), 2003. Romances: O Quinze (1930); João Miguel (1932); Caminho de Pedras (1937); As três Marias (1939); Dora, Doralina (1975); O galo de ouro (1985); Memorial de Maria Moura (1992). Crônicas: A Donzela e a Moura Torta (1948); 100 crônicas escolhidas (1958); O Brasileiro Perplexo (1963); O Caçador de Tatu (1967); As menininhas e outras crônicas (1976); O jogador de sinuca e mais historinhas (1980). Teatro: Lampião (1953); A beata Maria do Egito (1957). José Lins do Rego Cavalcanti, Engenho Corredor, Pilar (PB), 1901 — Rio de Janeiro (RJ), 1957. Romances: Menino de Engenho (1932); Doidinho (1933); Banguê (1934); O Moleque Ricardo (1935); Usina (1936); Pureza (1937); Pedra Bonita (1938); Riacho Doce (1939); Água-Mãe (1941); Fogo Morto (1943); Eurídice (1947); Cangaceiros (1953). Crônicas: Gordos e Magros (1942); Poesia e Vida (1945); Bota de Sete Léguas (1951); Homens, Seres e Coisas (1952); A Casa e o Homem (1954); Roteiro de Israel (1955); Gregos e Troianos (1957); O Vulcão e a Fonte (1958). Graciliano Ramos, Quebrângulo (AL), 1892 — Rio de Janeiro (RJ), 1953. Romances: Caetés (1933); São Bernardo (1934); Angústia (1936); Vidas Secas (1938). Contos: Insônia (1947). Crônicas: Linhas Tortas (1962); Viventes das Alagoas (1962). Jorge Amado, Itabuna (BA), 1912 — Salvador (BA), 2001. Romances: O País do Carnaval (1931); Cacau (1933); Suor (1934); Jubiabá (1935); Mar Morto (1936); Capitães de Areia (1937); Terras do Sem-Fim (1942); São Jorge dos Ilhéus (1944); Seara Vermelha (1946); Os Subterrâneos da Liberdade, 3 vols. (1952); Gabriela, Cravo e Canela (1958); Velhos Marinheiros (novelas, 1961); Os Pastores da Noite (1964); “As mortes e o Triunfo de Rosalinda”, em Os Dez Mandamentos, 1965; Dona Flor e Seus Dois Maridos (1967); Tenda dos Milagres (1970); Teresa Batista cansada de guerra (1972); Tieta do Agreste (1977); Farda, fardão, camisola de dormir (1979); Tocaia grande (1984); O sumiço da santa (1988); A descoberta da América pelos turcos (1994). Contos e crônicas: Do recente milagre dos pássaros (1979); O milagre dos pássaros (1997); Hora da guerra (2008). 2 A pergunta remete, é certo, a problemáticas pertinentes à recepção, pois a recepção literário-escolar dos romancistas de 30 nos livros didáticos de Português é um dos muitos casos de recepção literária. Cf. JAUSS, 1994; ZILBERMAN, 1989. 1

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.