Agudos, uma cidade em transformação. O projeto particularizado do centro histórico e a coletivização do espaço privado.

July 19, 2017 | Autor: A. da Silva Retto... | Categoria: Urban Design, Arquitetura e Urbanismo, Planificacao Territorial e Urbana, Superquadras
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como citar RETTO JUNIOR, Adalberto da Silva. Agudos, uma cidade em transformação. O projeto particularizado do centro histórico e a coletivização do espaço privado. Minha Cidade, São Paulo, ano 14, n. 157.04, Vitruvius, ago. 2013 . O projeto particularizado do centro histórico de Agudos elaborado pelo Grupo SITU sob coordenação do prof. Dr. Adalberto Retto Júnior (Unesp – Bauru/ Prof. do Master Erasmus Mundus da Universidade Sorbonne - Fr) com consultoria da equipe do  Urbanista Italiano Prof. Dr. Bernardo Secchi (IUAV de Veneza - It),  que começa a ser implantado pela equipe do Prefeito Everton Ottaviani, coloca-se como um marco histórico na cidade de Agudos do ponto de vista urbanístico: ao invés de recorrer às formulas ultrapassadas, como os calçadões que foram disseminados como símbolo do planejamento urbano da cidade de Curitiba (1972), concebe uma proposta inovadora a partir da criação de um sistema de espaços livres e estacionamentos, utilizando o conceito de percolação para o miolo da quadra tradicional, que irá promover um processo efetivo  de qualificação e valorização do comércio e da sociabilidade do local. O projeto, que prevê a utilização do interior das quadras como um sistema desenvolvido de 4 em 4 quadras, denominados pela equipe de “superquadras”, propõe a coletivização dos espaços privados dos interiores das quadras. Logo, os quintais subutilizados (situação identificada em campo a partir de pesquisas in loco) passarão a ter uma utilização coletiva. Não é a transformação do espaço privado em espaço público, mas a apropriação coletiva do espaço privado. O cenário desenvolvido já apresentado à população, e aprovado pelo Prefeito e vice-prefeito da cidade, não isola o centro do tráfego do automóvel, mas multiplica em 5 vezes a capacidade de absorção de estacionamento deste meio de transporte na zona central da cidade – uma demanda latente nos tempos atuais que quando não observada em tempo leva à falência do comércio e à degradação do comércio e à degradação das áreas centrais, vide o calçadão de Curitiba e de outras cidades do Brasil que reproduziram o modelo. Com a qualificação do comércio e do eixo central como um todo, tenta-se reverter o processo de evasão da habitação do centro histórico. Na realidade, cada interior de quadra, que será transformado em um pequeno mall, terá uma resolução projetual individualizada como forma de enriquecer e dar complexidade ao tecido urbano; mas também servirão como pontos de sociabilidade, que levará a um aumento considerável da segurança do centro da cidade. Do ponto de vista urbanístico, a cidade potencializa sua capacidade de oferecer espaços livres de qualidade para a população. Do ponto de vista econômico, além de ampliar a oferta de estacionamento, o projeto chega a dobrar a capacidade de exposição das vitrines, uma vez que o comércio passa a ter duas fachadas: uma tradicional voltada para a rua; e, uma nova fachada voltada para áreas internas do convívio e conveniência que se assemelham às comodidades oferecidas pelos shopping centers, sem o inconveniente de viver em um espaço completamente artificial, sem laços com a memória e a cultura da cidade. Nesse sentido, o interior das quadras continuará a ser um lugar privado, que permite o fechamento e controle de acesso durante à noite, mas aberto durante o dia, permitindo a dilatação da área de sociabilidade e mobilidade do cidadão. Como reforça a equipe, nas cidades brasileiras o que falta é a qualificação do centro com o objetivo defazer possaMDT Page 1 of 2 com que o usuário, ao invés de ir ao shopping center pela comodidade de estacionamento, May 16, 2015 04:39:08PM

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que falta é a qualificação do centro com o objetivo defazer com que o usuário, ao invés de ir ao shopping center pela comodidade de estacionamento, possa encontrar a mesma qualidade e segurança no centro histórico.  Retirar o automóvel das ruas tem se mostrado uma maneira pouco eficiente (e um tanto saudosista) de garantir a sobrevivência do comércio local, enquanto que aumentar a capacidade de estacionamentos tende a ser uma solução mais simples e apropriada para o  centro da cidade. Esse processo aceito integralmente pela gestão atual, estabelece um grande desafio do ponto de vista da gestão, uma parceria público – privado na requalificação da cidade, ferramenta ainda pouco utilizada pelos municípios desde sua criação em 2001 pelo Estatuto das Cidades. A Prefeitura dará incentivos efetivos aos proprietários que adotarem tal sistema com o padrão de qualidade do projeto original. Em reunião com a Secretaria de Obras o número de benfeitorias que a Prefeitura pretende fazer,  vai bem além de uma simples pavimentação universal e equipamentos básicos. A Prefeitura quer transformar o centro em um verdadeiro local altamente qualificado, oferecendo ao usuário postes com áudio e transmissão de internet gratuita, além de uma iluminação adequada para o pedestre. O que efetivamente está sendo construído em Agudos é um projeto integrado de obras e normativas, a partir de formulações espaciais, que utilizam o projeto urbanístico como hipótese espacial e ato de modificação crítica. Dentro deste quadro, o projeto urbanístico, ao invés de repropor formas e estruturas do passado, concentra-se em criar espaços urbanos que possam dar complexidade e identidade ao tecido, permitindo a discussão sobre processos de produção de identidade e diferenciais na cidade. Para tal, o projeto do espaço urbano transforma-se no projeto do espaço público. sobre a equipe do Grupo SITU Coordenador: ProfºDrº Adalberto Retto Júnior Unesp Bauru (prof. do Master Erasmus Mundus da Universidade Sorbonne - Fr) Vice-coordenadora: Profª Drª Marta Enokibara Unesp Bauru Equpe Plano Diretor 2004/2006 – Plano Particularizado do Centro Histórico: Arq. Hugo do Nascimento Serra (Unesp Bauru), Arqta. Marilia Caetano (Unesp Bauru) e Arqta. Sheila Kajiwara (Unesp Bauru). Equipe Plano Estrutural – Revisão 2012: Arq. Aline Akemi Taba Kanashiro (Unesp Bauru), Júlia Lobo (estagiária, Unesp Bauru), Eriton Tantini (estagiário, USC) 

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