Amálgama -Aula do dia

Amálgama - Aula do dia 05.10.2015 Vamos partir do principio que vocês já fizeram os preparos cavitários, já fizeram o isolamento absoluto e depois do isolamento absoluto é que vamos fazer a resturação. Vimos na aula teorica uma coisa chamada de matriz, porta matriz e cunha de madeira. Esses artefatos serão usados para facilitar o nosso procedimento restaurador. Ex: quando temos uma cavidade de classe I é simples, tem as paredes circundantes para condensar o amalgama . Quando temos uma classe II, vamos supor uma classe II MOD, eu não tenho a face medial distal, eu tenho que colocar algum artefato que substitua essa parede, coloco uma matriz que tem que está acoplada do porta matriz, ou não, tem as individuais. O importante é que eu tenha esse artefato que me permita condensar meu material restaurador. Amalgama

- É uma liga metálica que contém mercúrio como um dos seus componentes. - O processo é chamado de amalgamação - A técnica para aplicação é pouco sensível, ou seja, funciona até em situações não favoráveis - Libera materiais de corrosão - Menor infiltração ao longo do tempo (comparado com o vinho, quanto mais velho melhor) Obs: Sempre deve ser utilizado isolamento, de preferência o absoluto.  Problemas: - Corrosão - Degradação Marginal- Essa degradação marginal vai ser maior quanto pior for a sua liga, hoje já temos ligas muito boas, que são chamadas de ligas de alto teor de cobre, e essas ligas vão diminuir a degradação marginal. - Material não adesivo - Retenções mecânicas adicionais – Essa retenção se faz em dentina sadia. Se eu quiser uma cavidade de classe I eu preciso fazer principios de retenção mecânicas adicionais? Sim. Quando? Quando tiver uma abertura vestubulo lingual igual ou menor que a profundidade da cavidade não precisa fazer retenção, só precisa se a altura for menor que a abertura, ou seja, larga e rasa, aí precisa. Mas se eu tiver trabalhando com qualquer cavidade composto ou complexo, como é caso de classe I composta ou classe II é sempre necessário. Com que broca vamos fazer as retenções mecânicas adicionais? Esfericas bem pequenas, ¼, ½ , a broca roda também serve, a tronco cônica também serve, cone invertido, então são brocas que a gente vai usar para fazer a retenção. -Choque galvânico – aparece quando o paciente tem um amalgama velho e coloca um amalgama novo, ou com metais diferentes.  O sucesso depende: - Liga - Técnica restauradora - Adequação do paciente (boca ácida, boca saudável)

(tem que ter um acompanhamento para fazer repolimento e manter a boca saudável para que a restauração dure mais)  Evolução: - Em 1896 surgiu o amalgama - 1920 a 1960 houve diminuição da liga - 1963 Innes e Youdelis: Amálgama com alto teor de cobre (são os amalgamas que se usam hoje em sua maioria)  Classificação de acordo com o tipo de liga:  Convencionais : Limalha ou Esferoidal Prata: 65- 74% Estanho: 24-29% Cobre: 0-6% Zinco: 0-2%  Alto teor de cobre: Dispersa, Esferoidal e Limalha - 06-30% de cobre - Fase dispersa (Ficam separadas as quantidades de cobre) - Fase única “cada bolinha já tem toda quantidade de tudo junto” (toda bolinha tem a mesma composição) Obs: A funcionalidade das duas formas/fases é a mesma, não difere no material.  Pontos positivos do amálgama com alto teor de cobre: - Maior resistência inicial - Menor corrosão - Melhor acabamento e polimento - Menor creep (escoamento) - Maior resistência de borda Quando é que o amalgama fratura (tempo)? No inicio, então ter um amalgama com maior resistência inicial é importanticissimo. Na primeira hora o amalgama com alto teor quase que chega a mesma resistência que o convecional com 24 horas. Ele tem menos corrosão, então vou manter por mais tempo o meu acabamento e polimento, vou ter uma adaptação superficial melhor, vou ter menos degradação na margem daquele material, eu vou ter menos escoamento, o que é isso? Água mole pedra dura tanto bate até que fura, você faz uma restauração, coloca a cunha de madeira, faz a radiografia e ele está bem adaptado, 20 anos depois o paciente volta, você faz a radiografia e tá como você não tivesse colocado a cunha de madeira e tivesse escorregado. É exatamente isso, com o tempo, você vai mastigando e ela vai escoando, isso é com 10, 20 anos.

Principal diferença entre o convencional e o que contém alto teor de cobre? Não formação de gama dois, pois o que acarreta na diminuição na resistência e em outros pontos positivos é o excesso de fase gama dois; Obs: Se demora a condensar o amalgama começa a cristalizar. O que faz o amalgama de alto teor de cobre ser melhor que o convecional? - A não formação de fase gama dois. Por que não há formação de fase gama dois? Porque tendo uma grande quantidade de cobre e como o cobre tem muita afinidade com o estanho o estanho prefere se ligar com o cobre do que se ligar com o mercúrio.  Insucessos: - 56%: Preparos cavitários (Quanto melhor o preparo melhor a restauração) - 40%: Manipulação inadequada (hoje em dia já vem pre ou ate mesmo processado) - 0,4%: outras causas  Princípios Gerais dos preparos cavitários: - Forma de contorno - Forma de resistência - Forma de retenção - Forma de conveniência - Remoção do tecido cariado - Acabamento e polimento  Técnica de manipulação: - Preparar o material (cápsula) - Remoção do excesso de mercúrio - Inserção - Condensação - Brunidura - Escultura - Brunidura - Acabamento e polimento – só vai ser feito após 24 horas, pois a cristalização final demora esse tempo para contecer e o material ter resistência suficiente para o acabamento e polimento. Acabamento e polimento é um passo que vai dar depois que a escultura tiver bem feita, fazer pequenos ajustes para tirar pontos que estão altos e melhorar irregularidade da superficie, e quanto mais acabado e polido for sua restauração menos corrosão ele vai sofrer, ou seja, maior vai ser a durabilidade clinica da sua restauração. Então esse passo aqui não vem para substituir vem para refinar.  Trituração e amalgamação - Subtrituração: Menor resistência, corrosão, deteriorização marginal, expansão (por conta da maior fase gama dois) - Super trituração: contração

 Homogenização e Remoção do excesso de mercúrio - O conteúdo de mercúrio ideal é de 45 a 53% - Remoção vigorosa ( quanto menos mercúrio, menos fase gama dois)  Inserção e Condensação - Inserir em pequenas porções e o mais depressa possível - A pressão necessária na condensação depende do tipo de liga – Quando for limalha precisa de maior condensação a esferica menos.  Brunidura inicial (Eliminar mais mercúrio)

- Aflorar mais mercúrio (primeira brunidura, além de aflorar o mercúrio sai) - Diminuir porosidade marginal - Melhorar a adaptação marginal - Diminuir a rugosidade superficial - Aumentar a resistência marginal da restauração tanto a compressão quanto a corrosão A primeira brunidura se faz com força.  Escultura e brunidura - Devolver a anatomia do dente - Alisar suavemente a superfície esculpida, facilitando o passo seguinte de acabamento e polimento. A segunda brunidura é suavimente  Acabamento e polimento - É feito no mínimo com 24 horas após o procedimento - Pode ser feita com pastas ou borrachas abrasivas para amalgama- verde, azul e marrom (sempre realizadas com granulações decrescentes) - O polimento dá brilho - Facilita o deslizamento dos alimentos - Diminui manchas e corrosão - Cuidado com a formação de calor Todo acabamento e polimento é um passo descrescente sendo feito uso de granulação maior até o menor. Acabamento é um passo, polimento é outro. Acabamento é tirar ponto de contato, refinar escultura, alisar inicialmente, e o polimento é dar o brilho. As brocas multilaminadas para acabamento de amalgama é para baixa rotação, se o paciente chega com ponto de contato prematuro, uma área alta, a gente coloca a broca na baixa rotação girando no sentido horario, para desgastar. Se o paciente não tem excesso a oclusal tá boa eu coloco no sentido anti-horario só para dar acabamento. O horario corta e o anti-horario da acabamento.

O polimento começa com a borracha marrom ou pedra pomes e água. A verde corresponde ao branco de espanha com água. Azul corresponde o oxído de zinco com álcool.