Análise da longa-metragem \"Inside Out\" da Disney/Pixar: As Emoções na Personagem \"Fear\"

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Análise da longa-metragem “Inside Out” da Disney/Pixar: As Emoções na Personagem “Fear” António Manuel Rodrigues Ferreira Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Portugal Pedro Mota Teixeira Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Portugal Abstract This article is part of the continuous effort to understand human emotions and its replication in animated characters. Previous contributions to this matter concluded many interesting aspects like the power of non-verbal communication, the existence of some universal facial expressions, the facial communication choice of many investigators as opposed to the lack of universal body language studies, the need for minimum body gestures to help universal communication, the existence of cliché silhouette body poses, etc. The present article pretends to be a facial and body study about one of Inside-Out’s main characters: Fear. The main objective is to understand what kinds of combinations were used to communicate this emotion. This way we pretend to study universal communication details and add valuable information to previous studies, including statistic data.

Keywords: Emotion, Animation, Characters, Inside-Out, Fear

Introdução Na comunicação entre humanos, vários estudos e autores confirmam que o conteúdo não-verbal corresponde a mais de 65% das mensagens emitidas e rececionadas (Mehrabian, Ray Birthwistell, Navarro, Peace & Peace, Morris, McNeil, McCloud, Ekman & Friesen cit. in Ferreira, Gomes e Teixeira, 2013). Assim sendo, a comunicação não-verbal tem um peso significativo na partilha de informação. A área da animação é, de facto, uma obra comunicativa e reflete uma série de partilha de mensagens entre interlocutores com as mais variadas personalidades. No entanto, a obra em si, também comunica com o espectador. Pedro Mota Texeira (2013) defende a existência de sete camadas dimensionais que suportam valor comunicativo numa obra de animação. As expressões faciais e corporais são duas dessas camadas e serão atentadas com especial enfoque no presente artigo. Persistimos na expressão corporal, pois tal como Lohmmet & Marsella (2014, 3-4) referem, existem várias dificuldades aliadas ao estudo da mesma, no sentido de se conseguirem mecanismos e

metodologias eficientes para se obterem captações de emoções reais, naturais e fidedignas, para posterior análise. Este último fator reflete uma clara inclinação da comunidade científica para o estudo de expressões faciais (95%). Nos outros 5% inserem-se as expressões corporais assim como as restantes expressões não-verbais (Gelder cit. in Lohmmet & Marsella (2014, 1). Como consequência desta opção generalizada, hoje em dia já existe um sistema codificado de expressões faciais (FACS - Facial Action Coding System) mas ainda não existe um sistema tão completo para as expressões corporais (no entanto já existem alguns que merecem especial atenção – vide Ferreira, Gomes e Teixeira, 2015, 545). Neste artigo específico, iremos analisar a personagem Fear (medo) que se trata precisamente de uma das emoções universais (Ekman; Matsumoto & Hwang cit. in Ferreira 2013, 4). No entanto, Ekman (cit. in Ferreira, 2013, 13) deixa um alerta pertinente no estudo desta emoção. Muitas pessoas tendem a confundir o medo com susto ou vice-versa. O susto é uma reação física que é caracterizada com uma elevada contração muscular, com o fechar de olhos e descida abrupta das sobrancelhas. A seguir a um susto pode eventualmente surgir o medo, surpresa ou até uma mistura entre ambos, mas o susto não é, de facto, uma emoção. Embora existam várias graus de intensidade, de uma determinada manifestação emocional, assim como várias combinações expressivas envolvendo as sobrancelhas, olhos e boca, o presente artigo focar-seá essencialmente na quantidade de ocorrências e não propriamente na análise de distinção entre as referidas combinações. Existem outros estudos detalhados, já disponíveis, com a referida informação (vide Ferreira, 2013; Ferreira, Teixeira & Tavares 2013). Iremos, no entanto, destacar as propriedades corporais, contribuindo assim para constatação de informação precisa nesta área ainda pouco explorada, tal como referido anteriormente. Mais informamos que devido ao número elevado de ocorrências da emoção de medo (94), na personagem em estudo, será impossível inserir as respetivas imagens no presente artigo. No entanto, recorremos a imagens de cada expressão e emoção da personagem em estudo e gráficos quantitativos para uma maior clarificação da informação recolhida.

Deixamos ainda um alerta para este tipo de estudo, no sentido de todos contribuirmos para informação precisa quando recorremos a dados estatísticos. Existem vários tipos de expressões não-verbais (vide Ferreira, Teixeira & Tavares 2013). As expressões de emoções são apenas um desses tipos. Na recolha de fotogramas de filmes animados é importante ter em atenção extrema o contexto no qual a personagem se manifesta e as particularidades de cada tipo de expressão não-verbal, para perceber onde inserir a informação recolhida. Se eventualmente uma personagem discursa, pronuncia um “A” e sobe as sobrancelhas repentinamente, não significa propriamente que esteja surpresa, ou seja, poderá ser um movimento ilustrativo das sobrancelhas que ocorreu coincidentemente com uma boca aberta. É necessária atenção extrema para constatarmos dados estatísticos precisos. Neste caso atentaremos apenas as expressões de emoções.

suas vidas, calculando todos os riscos de cada passo para evitarem a todo o custo a experiência de medo. Por outro lado há pessoas corajosas e destemidas que procuram essa mesma emoção. Desportos radicais são um exemplo flagrante pois a adrenalina causada pela sensação de medo e perigo acaba por resultar numa boa experiência. No entanto, a visualização de filmes de terror ou algumas máquinas em parques de diversões poderão provocar aquilo que muitos autores identificam como pseudomedo pois trata-se de uma experiência controlada (Ekman 2003; Ekman & Friesen 2003; Kuska 2011).

Recolha e Análise de Dados Globais De seguida iremos expor dois gráficos estatísticos com informação respeitante à quantidade de ocorrências de expressões de emoções primárias e secundárias. Mais informamos que o universo em questão (100%) corresponde a um total de 363 manifestações emocionais, na personagem em estudo (Fear).

Medo Características Emocionais O medo é uma emoção prolongada cuja causa de manifestação é a probabilidade de ocorrência de dano físico e/ou psicológico (Ekman 2003, 152; Ekman & Friesen 2003, 47). Prolonga-se durante longos períodos de tempo inclusive após o evento danoso. “É a experiência mais traumática de todas as emoções e provoca reações físicas tais como a pele pálida, suada, respiração e coração acelerados, pulso latejante, estômago enjoado, a bexiga ou o intestino podem abrir, as mãos tremem, o peito dói, os músculos contraem, há dificuldade em engolir” (Ekman, Friesen, Blanchard et al. cit. in Ferreira 2013, 14). Conforme referido, percebemos que é uma emoção altamente desgastante para quem a experiencia continuadamente e a razão, segundo Ekman (2003), deve-se ao facto de a mente focar-se constantemente na ameaça. “As experiências de medo podem ser distinguidas por três fatores: intensidade (quão severo é o dano da ameaça), confronto (verificar se há ações que se podem tomar para reduzir ou eliminar a ameaça) e o tempo (o dano é imediato ou iminente)” (Ekman cit. in Ferreira 2013, p. 14). No que respeita a este último fator, ameaças imediatas “levam à ação de imobilizar ou escapar” e ameaças iminentes “provocam uma elevada vigilância e tensão muscular”. Responder a uma ameaça imediata é “muitas vezes analgésico, reduzindo as sensações de dor” e preocupar-se com a ameaça iminente “aumenta a dor” (Ekman 2003, 156; Ferreira 2013, 14). Pelas razões anteriormente descritas, o medo acaba por ser uma emoção altamente toxica para muitas pessoas. Revelam-se extremamente cuidadosas, nas

Nojo Desprezo Surpresa Raiva Alegria Tristeza Medo

0,0% 2,2% 3,6% 4,4% 11,0% 12,7% 25,9% 0

20

40

60

80

100

Figura 1 – Emoções Primárias (quantidade e percentagem de ocorrências)

0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,3% 0,3% 0,6% 0,8% 1,4% 1,7%

Noj + Aleg Surp + Rai Noj + Trist Rai + Noj Surp + Noj Med + Noj Rai + Trist Med + Rai Rai + Aleg Med + Aleg Noj + Desp Rai + Desp Surp + Desp Surp + Aleg Aleg + Trist Med + Desp Surp + Trist Desp + Trist Med + Trist Desp + Aleg Surp + Med

3,0% 3,0% 3,0% 3,3% 3,3% 3,9% 4,1% 11,3% 0

10

20

30

40

50

Figura 2 – Emoções Secundárias (quantidade e percentagem de ocorrências)

Com os dados constatados verifica-se uma maior percentagem de ocorrência nas emoções primárias de medo (94 vezes), tristeza (46 vezes) e alegria (40 vezes), assim como na emoção secundária de “surpresa + medo” (41 vezes). De destacar o facto de a emoção de raiva e de nojo corresponderem a percentagens muito baixas nesta personagem, tomando em consideração ambos os gráficos. Expomos, de seguida, exemplares das emoções primárias e secundárias na personagem em estudo.

Figura 3 – Emoções Primárias na Personagem “Fear”

Figura 4 – Emoções Secundárias na Personagem “Fear”

Recolha e Análise de Expressões de Medo Como referido anteriormente, iremos expor dados recolhidos da longa-metragem Inside Out (2015) relativos às expressões faciais e corporais, revelando

assim as particularidades que evidenciam o medo numa personagem animada com o mesmo nome. Constatamos um total de 94 manifestações da emoção primária de medo, nesta personagem, e a presente análise cimenta-se sobre este novo universo. Posteriormente, recorreremos a estudos já elaborados com o intuito de comparar e verificar se, efetivamente, coincidem com os comportamentos tipicamente humanos e constataremos as particularidades exageradas que destacam os mesmos. Na dissertação de mestrado de António Ferreira (2013), denominada “Contributo para o Estudo das Expressões Faciais na Animação”, constam as propriedades da expressão emocional de medo na face, depois de inúmeros autores consultados. Começaremos precisamente pela face. As sobrancelhas sobem e contraem ao centro da testa, onde surgem rugas, a pálpebra superior sobe, expondo a esclera, e a pálpebra inferior é contraída e um pouco subida. A boca pode ocorrer de duas formas: ligeiramente aberta, com lábios tensos, contraídos e cantos recuados ou aberta com lábios tensos e queixo descido. De seguida expomos o gráfico que evidencia a quantidade e percentagem de ocorrências de cada uma das características enunciadas, ou outras expressões utilizadas pelos autores do filme animado. 8,5%

Sobr. Neutras Boca Fechada e Cantos Contraídos e Recuados Pálp. Inferior Contraída e Subida Boca Aberta e Queixo Descido Boca Aberta Cantos Contraídos e Recuados

10,6% 34,0% 42,6% 46,8% 61,7%

Pálp. Superior Subida Sobrancelhas Sobem e Contraem

91,5% 0

20

40

60

80

100

Figura 5 – Combinações expressivas da emoção primária de medo na Face (quantidade e percentagem de ocorrências)

Figura 6 – Combinações expressivas detetadas da emoção primária de medo na Face

Na face é evidente a tendência para a utilização da boca aberta com cantos contraídos e recuados (44 vezes), assim como a pálpebra superior subida (58 vezes) e as sobrancelhas subidas e contraídas ao centro da testa (86 vezes). Segundo alguns autores a pálpebra superior subida é o movimento mais evidente da emoção de medo (Ekman, 2003; Ekman & Friesen, 2003; Faigin, 1999) e há uma razão cimentada no instinto do ser humano, nomeadamente o facto de a expressão de medo aumentar o estado de alerta das pessoas, logo é aumentado ângulo do campo visual, “enquanto a abertura das narinas aumenta a capacidade de inspiração e o sentido do cheiro” (Susskind et al. cit. in Frith, 2009), o que, por sua vez, está altamente associada à nossa, também instintiva, postura de fuga perante ocorrências causadoras desta emoção. Á semelhança do início de uma corrida, o ser humano inspira para obter o fôlego suficiente logo o mesmo acontece quando presencia uma fonte danosa ao seu bem-estar físico e até mesmo psicológico. No que respeita ao corpo, segundo o estudo de Ferreira, Gomes e Teixeira (2015) constatam-se os seguintes gestos: Cabeça recuada e erguida, ocorrência de tremores na face.

Auto-abraço

6,4%

Cab. Rot. Baixo

Braços Cruzados

25,5%

Cab. Rot. Cima

Braços Lado

67,0%

Cab. Sem Rot.

0

10

1,1% 2,1% 2,1% 4,3% 6,4% 7,4% 12,8%

Braços Trás

1,1%

Cab. Recuada

20

30

40

50

60

70

Figura 7 – Combinações expressivas da emoção primária de medo na cabeça (quantidade e percentagem de ocorrências)

Braços Cima Braços Neutros Ombros Frente

30,9%

Ombros Cima

56,4%

Ombros Neutros

76,6%

Braços Frente

0

20

40

60

80

Figura 9 – Combinações expressivas da emoção primária de medo nos braços e ombros (quantidade e percentagem de ocorrências)

Figura 8 – Combinações expressivas detetadas da emoção primária de medo na cabeça

Curiosamente a cabeça recuada (uma vez) e a cabeça erguida ou com rotação para cima (24 vezes) representam apenas 26,6% das ocorrências. A cabeça sem rotação sobre um eixo horizontal foi a postura mais utilizada na emoção do medo. No entanto, constatamos que a cabeça com postura neutra foi bastante compensada com a inclinação do tronco, algo analisado mais à frente no presente artigo. No que respeita ao ombros, segundo o mesmo estudo alargado de Ferreira, Gomes e Teixeira (2015) podem ocorrer direcionados para cima ou para a frente, os braços direcionados para a frente ou para os lados e cruzados na zona frontal do corpo funcionado como escudo ou proteção. O seguinte gráfico demostra os exemplares recolhidos, da referida longa-metragem, das combinações expressivas de medo nos ombros e nos braços desta personagem.

Figura 10 – Combinações expressivas detetadas da emoção primária de medo nos braços e ombros

Tomando em consideração as características das já referidas ameaças iminentes e o facto de o objetivo principal ser escapar ou evitar o dano, é perfeitamente compreensível que os braços direcionados para a frente sejam os exemplares com maior número de ocorrências na emoção de medo, pois com esta postura a personagem revela um sentido de proteção e autodefesa constante relativamente às fontes danosas. Curiosamente os ombros neutros ocorreram num maior número de vezes relativamente aos exemplares mais expressivos, nomeadamente ombros erguidos ou direcionados para a frente. Constatamos que em ocorrências de intensidade alta e posturas bastante expressivas, a mistura de surpresa com medo era a mais utilizada, na qual os ombros erguidos ou direcionados para a frente são uma constante, ou seja, especulamos que em contextos humorísticos e altamente intensos os olhos completamente abertos e sobrancelhas projetadas para cima (características de surpresa) ajudam no exagero característico desse tipo de contextos. Relativamente às mãos, podem ser projetadas acima do nível da cabeça, possivelmente reforçadas com alguns gestos emblemáticos, podem ocorrer tremores, afastadas em caso de submissão, os dedos inseridos na boca, mão no peito ou em posição de juramento escuteiro (Ferreira, Gomes e Teixeira, 2015). O seguinte gráfico demonstra as combinações expressivas da postura das mãos, na personagem em estudo. Mão Acima da Cabeça

1,1%

Mãos na Cabeça

2,1%

Figura 12 – Combinações expressivas detetadas da emoção primária de medo nas mãos

6,4%

Mãos na Boca Impercetível

8,5%

Mãos Unidas

8,5% 29,8%

Mãos Fechadas

51,1%

Mãos abertas

83,0%

Mãos Afastadas

0

20

40

60

80

100

Figura 11 – Combinações expressivas da emoção primária de medo nas mãos (quantidade e percentagem de ocorrências)

Neste caso específico, será muito importante cruzar a informação recolhida dado que mãos abertas ou mãos afastadas, embora sejam dados importantes, pouco dizem quanto à postura total que a mão assume. No que respeita às mãos fechadas, todas as ocorrências coincidem com mãos unidas ou extremamente próximas. No caso das mãos abertas, num total de 48 ocorrências constatamos 26 exemplares com as mãos separadas. Quanto mais próximas as mãos se encontram, maior a probabilidade de se encontrarem fechadas. Quanto maior for a distância entre as mesmas, maior a probabilidade de ocorrerem completamente abertas com a palma exposta. As pernas podem ocorrer cruzadas e podem assumir uma postura de retirada (Ferreira, Gomes e Teixeira, 2015). Estes são os resultados obtidos na personagem:

Inclinação de Coluna para Trás

9,6%

Joelhos Unidos

14,9%

Pernas Separadas

Inclinação de Coluna para Frente

26,6%

Pernas Flectidas

10

20

30

40

50

60

53,2% 0

59,6%

Impercetível

0

27,7%

Coluna Neutra

23,4%

Pernas Unidas

6,4%

10

20

30

40

50

60

Figura 15 – Combinações expressivas da emoção primária de medo no tronco (quantidade e percentagem de ocorrências)

Figura 13 – Combinações expressivas da emoção primária de medo nas pernas (quantidade e percentagem de ocorrências)

Figura 16 – Combinações expressivas detetadas da emoção primária de medo no tronco

Confirma-se, de facto, a coluna debruçada para a frente, em mais de metade das ocorrências de medo na personagem Fear.

Conclusão

Figura 14 – Combinações expressivas detetadas da emoção primária de medo nas pernas

A elevada percentagem correspondente aos fotogramas onde é impercetível constatar a postura das pernas, deve-se ao facto de serem planos que excluem a visibilidade das mesmas. As pernas fletidas, característica que quem prepara uma fuga ou o início de uma corrida, confirmam os autores citados anteriormente. A inclinação da coluna para a frente, criando uma postura tipicamente utilizada nas personagens antiherói, a inspiração e expiração efetuadas pela boca, o que causa uma sensação de aperto no peito e o corpo excessivamente tenso com todos os músculos rígidos, são mais algumas características da emoção de medo refletidas no corpo. Atentamos as ocorrências distintas relativas à postura da coluna.

Tomando em consideração o facto de ser uma longametragem com sucesso a nível mundial e o facto de os produtores terem consultado o Paul Ekman Group (2015) para a representação das emoções, entendemos como pertinente este estudo minucioso, já que de um lado temos a maior produtora atual de filmes de animação e do outro o autor do mais importante e mais completo estudo de expressões faciais alguma vez catalogado. Desta forma, e salientando uma vez mais a referida convergência, consideramos de extrema importância a presente recolha e análise no sentido de contribuir para a contínua catalogação de gestos reconhecidos universalmente. Neste caso, e para a emoção de medo, destacaram-se as sobrancelhas subidas e contraídas ao centro da testa, as pálpebras superiores e inferiores subidas, boca aberta com cantos contraídos e recuados, braços projetados para a frente com mãos afastadas e abertas, cabeça sem oscilação rotativa, pernas fletidas e unidas e tronco inclinado para a frente.

Bibliografia Ekman, Paul. 2003. Emotions Revealed. New York, Times Book. Ekman, Paul e Friesen, Wallace V. 2003. Unmasking the Face (Reprint Edition). Cambridge. Malor Books. Faigin, Gary. 1999. The Artist’s Complete Guide to Facial Expression. New York. Watson-Guptill Publications. Ferreira, António. 2013. Contributo para o Estudo de Expressões Faciais na Animação. Dissertação de Mestrado, Instituto Politécnico do Cávado e do Ave. Ferreira, António, Gomes, Rui e Teixeira, Pedro. 2015. “Estudos de Expressões Corporais para Animação”. In CONFIA - 3º Conferência Internacional de Ilustração e Animação, 539-558. Braga, GNRation. Disponível em: https://www.academia.edu/12775794/Estudos_de_Expresso es_Corporais_para_Animacao. Consultado em 12/04/2016. Ferreira, António, Teixeira, Pedro e Tavares, Paula. 2013. “Estudos de Expressões Faciais para Animação 3D”. In CONFIA – 2º Conferência Internacional de Ilustração e Animação, 193-211. Porto, Casa da Música. Disponível em: https://www.academia.edu/5469319/Estudos_de_Expressoe s_Faciais_para_Animacao_3D. Consultado em 12/08/2015. Group, Paul Ekman. 2015. The Science of ‘Inside Out’. Disponível em: https://www.paulekman.com/facialexpressions/the-science-of-inside-out/. Consultado em 5/02/2016 Frith, C. 2009. Role of Facial Expressions in Social Interactions. Phil. Trans. R. Soc. B, 364, 3453-3458. Disponível em http://rstb.royalsocietypublishing.org/content/364/1535/3453.full.html. Consultado em 14/02/2016. Inside Out. 2015. De Pete Docter. United States of America: Disney/Pixar. DVD. Kuska, M. 2011. New Sources of Fear in a Late Modern Society: The Globalization of Risk. In Trnka & Balcar & Kuska (Ed.). Re-constructing Emotional Spaces "From Experience to Regulation", 7, 105-119. Lhommet, M. & Marsella, S. C. 2014. Expressing emotion through posture and gesture. In: Calvo, R.,D'Mello, S. K., Gratch, J. and Kappas, A. (eds.). The Oxford Handbook of AffectiveComputing. Oxford University Press. Teixeira, Pedro. 2013. A Representação Emocional da Personagem Virtual no Contexto da Animação Digital: do Cinema de Animação aos Jogos Digitais. Tese de Doutoramento. Universidade do Minho.

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