Análise Estratégica no Planejamento Estratégico Situacional

July 22, 2017 | Autor: Aristogiton Moura | Categoria: Strategic Planning, Strategy
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FUNDAMENTOS DA ANÁLISE ESTRATÉGICA, SEGUNDO O PES

Strategia Consultores Ltda. Rua Paulo Barros de Goes, 1840 +55 84 32312332 +55 84 32312332 01/05/2005

Aristogiton Moura Idéias de Matus sobre a construção de viabilidade no jogo político e social.

St r a t eg i a

FUNDAMENTOS DA ANÁLISE ESTRATÉGICA, SEGUNDO O PES: FORÇA, PODER E VETOR DE PESO DE UM ATOR Na análise estratégica de um jogo concreto é fundamental para o processo de construção de viabilidade para as operações que não são viáveis na situação inicial o estudo dos atores envolvidos nesse. Para tanto Carlos Matus desenvolveu o conceito de “Força de um Ator”,   essa é a capacidade que tem um ator para respaldar suas motivações num jogo concreto. Indica quanta capacidade um jogador pode ou não usar nesse jogo. Alguns conceitos são necessários para entender essa análise, o primeiro deles é relacionado à Pressão: 

Pressão é a força aplicada por um ator para respaldar suas motivações. Indica a força que o ator está realmente disposto ou julga conveniente aplicar para apoiar ou rejeitar uma operação, segundo a motivação que ela lhe causa. A pressão é um fluxo, isto é um saque contra o capital de poder. O limite superior desse saque é a magnitude da força acumulada. ATORES 2 e 3

ATOR 1 (Desejos de ...) Motivação (+A) Vetor de Força (?)

Pressão (+)

OP1

Pressão (-)

(Desejos de ...) Motivação (-A) Vetor de Força (?) (Capacidade de ...)

(Capacidade de ...)

FORÇA (Capacidade de ...)

PRESSÃO (Força Aplicada)

+A

Fraca

Apoio Fraco

-A

Fraca

Rejeição Fraco

+A

Forte

Apoio Forte

-A

Forte

Rejeição Forte

A viabilidade de uma operação depende do jogo de pressões que a afeta com diferentes sinais de interesse. Detalhamos a seguir o conceito de Força de um Ator:

Página

MOTIVAÇÃO (Desejos de ...)

2

O esquema a seguir sintetiza o encontro de pressões sobre a operação ou jogada OP1. A lógica do modelo diz que a pressão depende da motivação (desejos de ...) e da força (capacidade de ...), e que a pressão exercida é sinônimo de força aplicada. As combinações seguintes ilustram o jogo de pressões.

St r a t eg i a 

O Que é a Força de um Ator?

A força de um ator é sua capacidade de produção social, ou seja, sua capacidade de produzir operações e atos. Max Weber a define assim: "é a possibilidade de impor a vontade de alguém sobre a conduta de outras pessoas". Define o poder pelo seu efeito. É evidente que a proposta de Weber tem, pelo menos, dois defeitos: a) não permite entender a natureza do poder porque o aborda pelo aspecto de seus efeitos, como se fosse sinônimo de força aplicada; e b) divide a realidade em branco e preto, posto que poder-se-ia deduzir que alguém que não possa impor sua vontade a outro, não tem nenhum poder em relação a esse antagonista. Diz Bertrand Russel que a força de um ator é a capacidade de produção que lhe permite realizar jogadas, não necessariamente vitoriosas: "poder é a capacidade de fazer que aconteçam coisas". Um ator impõe sua vontade a outro somente se tiver mais capacidade de produção que o competidor e estiver motivado a usar essa força com a intensidade adequada. A força nem sempre tem o efeito de impor a vontade a outro. 

Os Cinco Componentes da Força

Segundo o método PES: a força compõe-se de cinco elementos: 1) a personalidade; 2) a paixão; 3) o controle e posse de recursos; 4) a perícia e 5) o domínio de conhecimentos científico e tecnológico. Estes elementos expressam-se nas seguintes categorias específicas: 1. Código de Personalidade (CPD) 2. Motivação 3. Vetor de Perícia (VE) 4. Vetor de Peso (VP) 5. Vetor de Suporte Cognitivo (VSC)

A estratégia é sempre uma questão de força e poder, relação de forças e relação de pressões. As vias estratégicas – autoridade, cooptação, negociação e o confronto –,

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Quanta Força Tem um Ator?

3

Um ator pode adquirir alguma vantagem de força sobre os outros em um jogo mediante algumas dessas cinco vias: 1) renovar o comando para melhorar o CDP; 2) reforçar as motivações próprias e enfraquecer a dos adversários; 3) acumular maior controle de recursos ou mais peso; 4) adquirir mais perícia e 5) desenvolver alguma vantagem científica e tecnológica.

St r a t eg i a dependem de uma base de poder aplicável, seja esta persuasiva ou dissuasiva. Portanto, de modo inevitável, a análise estratégica leva à questão do poder. Que é poder? Como se pode trabalhar prática e operacionalmente com um conceito tão complexo? Que elementos da personalidade são poder? Que recursos controla o ator? Que perícias?

Experiência, Conhecimentos, etc.

Variantes

Paixão, Energia

Motivação (2)

Controle Direto do VRC do Jogo (3A) Adesões Interna e Externas (3B)

Vetor Perícia

Código de Personalidades

Invariantes

Personalidade (1)

3. VETOR DE PESO • Vetor de Competências Formais (controle de recursos do cargo) • Vetor de Peso Pessoal (controle dos recursos do líder)

V R C

Vetor de Força

Vetor de Suporte Cognitivo

Página

Uma metáfora útil para captar o conceito relativo de poder é a do professor que pergunta a um menino: o que é uma arma? A criança responderá enumerando coisas que se definem como armas: uma faca, uma espada, um revólver, um fuzil, um canhão etc. Mas sua enumeração será sempre incompleta, porque poderemos voltar a perguntar-lhe: e um apontador? E um bastão? Uma cadeira? Um balde de água fervente? E a palavra persuasiva? Etc. Esta via de análise leva a um túnel sem saída.

4

Enumerar, no plano abstrato, os recursos de poder é enumerar tudo, o que equivale a enumerar nada.

St r a t eg i a A mesma pergunta feita a um lutador de Karatê: responderá que arma é tudo o que ele pode usar contra o outro em uma circunstância concreta. Dirá que suas mãos treinadas são uma arma, que uma lapiseira e uma folha de papel podem ser uma arma. Dirá que uma arma não é algo específico, mas que pode ser qualquer coisa, e isto depende das circunstâncias. Do mesmo modo, a força não é algo de existência especializada, é tudo o que pode utilizar-se contra um adversário ou para cooperar com um aliado em uma situação concreta.A quantidade e proporção de recursos exigidos para realizar uma jogada, em um jogo e em uma situação concreta, é finita e perfeitamente enumerável. Cada jogador pode enumerar esses recursos desde que se situe nas restrições de um jogo concreto e se indague, operação por operação, que recursos é necessário controlar para produzir ou impedir a produção de cada operação do plano em questão.

 Tudo o que é genericamente utilizável contra o outro é vago porque exige uma enumeração inesgotável e impossível. Tudo o que é utilizável como força em uma situação concreta ou relativo a umde problema concreto, é enumerável e preciso. O modelo a seguir precisa a relação pressões sobre uma operação:

MOTIVAÇÃO (Desejos de ...)

+

PRESSÃO DE APOIO (+) Força Aplicada

VETOR DE PESO

ATOR 1 (CPD)

(Controle de Recursos)

APOIA

VETOR DE PERÍCIA

(Destreza)

OP

VETOR DE FORÇA (Capacidade de ... )

-

VETOR DE SUPORTE TÉCNICO

(Controle Tecnológico) ATOR 2

O vetor de força do ator tem três componentes: i) o vetor de peso, ou seja o grau em que o ator controla os recursos pertinentes ao jogo; ii) o vetor de perícia, que expressa a habilidade ou perícia com que o ator é capaz de usar os recursos controlados; e iii) o vetor de suporte cognitivo, que diferencia a tecnologia usada pelo ator através de seus controles.

ATOR 1 (CPD) APOIA

PRESSÃO DE APOIO (+) Força Aplicada

VETOR DE PESO

(Controle de Recursos) OP

Página

MOTIVAÇÃO (Desejos de ...)

+

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O modelo a seguir precisa a relação de pressões sobre uma operação:

St r a t eg i a

O vetor de força do ator tem três componentes: i) o vetor de peso, ou seja o grau em que o ator controla os recursos pertinentes ao jogo; ii) o vetor de perícia, que expressa a habilidade ou perícia com que o ator é capaz de usar os recursos controlados; e iii) o vetor de suporte cognitivo, que diferencia a tecnologia usada pelo ator através de seus controles. O [VRC] - VETOR DE RECURSOS CRÍTICOS de um Jogo A lista de todos os recursos críticos para produzir ou obstaculizar as operações de um plano em um contexto concreto constitui o vetor de recursos críticos do jogo [VRC]. O [VRC] do jogo é um vetor que identifica todos os recursos exigidos para jogar. Esse conceito permite precisar a força. Um exemplo simples pode ser útil para compreender o conceito de [VRC] do jogo:

Controle de Distúrbio e da Agitação   Popular

Controle da Força Pública Controle dos Meios de Comunicação

      

Controle do Congresso Nacional Controle dos Meios de Comunicação Adesão dos Grupos Empresariais Adesão dos Sindicatos Controle do Congresso Nacional Adesão dos Partidos Políticos Controle dos Meios de Comunicação

Reforma da Legislação Trabalhista

Reforma Constitucional

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RECURSOS MAIS RELEVANTES EXIGIDOS

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OPERAÇÕES

St r a t eg i a  

Aumento do Salário Mínimo

Controle do Orçamento Público Controle do Congresso Nacional

Considere um duelo entre João e Pedro. Cada um tem uma pistola de igual efetividade (o que torna irrelevante o vetor de suporte técnico e permite assegurar que a pistola de João tem o mesmo valor que a pistola de Pedro). No entanto, João tem duas balas e Pedro somente uma. Nenhum outro recurso está ao alcance de João e Pedro. Qual é o [VRC] deste jogo específico? Neste caso, a lista de recursos exigidos para jogar é: X1 = pistola de João; X2 = pistola de Pedro; X3 = número de disparos possíveis O [VRC] do jogo será: [VRC] = (X1 X2 X3), e os vetores de peso de João e Pedro serão: VP João = 1,0X1 0,0X2 0,666X3

 A força de um ator em um jogo é o grau de controle direto e indireto que esse ator tem sobre o vetor de recursos críticos do jogo [VRC], ponderado pelo grau de perícia com que é capaz de manejar cada recurso e o grau de desigualdade no domínio científico e tecnológico que cada recurso representa.

VP Pedro = 0,0X1 1,0X2 0,333X3

CONTROLE DO VRC

X2

X3

JOÃO

100

0

66.6

PEDRO

0

100

33.3

TOTAL

100

100

100

 O peso de um ator em um jogo é determinado pelo grau de controle do VRC do jogo.

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X1

7

VRC DO JOGO

ATORES

St r a t eg i a

Suponha que os vetores de perícia de João e Pedro mostrem que Pedro tem o dobro de perícia que João no manejo da arma: [VE] João = NP X1 NP X2 0,5 X3 [VE] Pedro = NP X1 NP X2 1,0 X3 A sigla NP em ambos os vetores significa NÃO-PERTINENTE, já que a perícia só se reflete na efetividade dos disparos. Se combinar-se o vetor de peso com o vetor de perícia para cada ator, constituem-se os respectivos vetores de força [VF]: [VE] João = 1,0X1 0,0X2 0,5 x 0,666X3 [VE] Pedro = 0,0X1 1,0X2 1,0 x 0,333X3 Com esses elementos, é possível enunciar uma definição precisa e prática do que é força: No controle, perícia e tecnologia com que o ator apodera-se do [VRC] do jogo reside sua capacidade para respaldar suas motivações com jogadas efetivas. O vetor de recursos críticos do jogo [VRC], contribui com a informação necessária para construir as matrizes de recursos críticos do jogo.

Matriz de Recursos Críticos para o Controle das Operações

OP1 D X

OP2 O/R X X

D X

O/R X X

DOP3 D O/R X X

DOP4 D O/R X X

8

X1 X2 X3 X4 X5

OPERAÇÕES

X

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Capacidades VRC

St r a t eg i a X6 X7 X8

X

X X X

Nessa matriz a letra D significa capacidade requerida para tomar a decisão. As letras O/R indicam capacidades requeridas para que a operação atue transitoriamente na realidade e se reproduza estavelmente. As seguintes relações precisam os conceitos anteriores: a) [VRC] = (X1 X2 X3 X4 X5 X6,..., Xj); vetor de recursos críticos do jogo onde Xj indica o recurso j que compõe o [VRC] do jogo e cujos componentes são enumerados de X1 até Xj. b) [VP](A1) = (c11X1 c12X2 c13X3,..., c1jXj); vetor de peso do ator A1 onde cij indica o coeficiente de controle do ator i sobre o recurso j, variando os valores do coeficiente c dentro dos limites 0  cij  1; se cj é igual a zero, isso significa nenhum controle sobre o recurso j; se cj é igual à unidade, isso quer dizer que o ator tem total controle sobre o recurso. c) [VE](A1) = (e11X1 e12X2 e13X3,..., e1jXj); vetor de perícia do ator A1, onde eij indica o coeficiente de perícia do ator i referido ao manejo do recurso j, variando os valores de cada coeficiente eij dentro dos limites 0  eij  1; um coeficiente de perícia zero anula o controle do recurso; no extremo oposto, um coeficiente de perícia igual à unidade multiplica o coeficiente  Cada jogo tem um vetor de de controle por um, e valida em recursos críticos [VRC] que lhe é sua totalidade o controle particular. O [VRC] é a marca de exercido sobre o recurso.

identidade de um jogo.

d) [VF] (A1) = (c11e11X1 c12e12X2 c13e13x3,...,c1je1jXj), define o vetor de força do ator A1 combinando o controle de cada recurso do [VRC] com a perícia atribuível ao ator no manejo de cada recurso.

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O vetor de suporte cognitivo pode introduzir-se como uma diferenciação dos recursos controlados no vetor de peso (por exemplo, a pistola 1, do exemplo anterior, é um recurso diferente da pistola 2, porque tem diferente valor) ou como coeficientes que atribuem valores diferenciados ao [VRC] do jogo. No exemplo anterior, do duelo entre João e Pedro, pode-se avaliar o resultado do vetor de suporte cognitivo, assumindo que a pistola de João é duas vezes mais precisa que a de Pedro. Nesse caso, os vetores de peso respectivo seriam:

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Em outras palavras, o grau de controle de um ator sobre um recurso pode ser em um extremo zero e no outro extremo 100, e o mesmo é válido para o coeficiente de perícia.

St r a t eg i a [VP] João = 1,0X1 x 1 0,0X2 0,5 x 0,666X3 [VP] Pedro = 0,0X1 1,0X2 x 0,5 0,5 x 0,333X3 Vetor de Peso. É o grau em que um ator controla o [VRC] do jogo. O vetor de peso tem três campos: o campo I define o controle direto de recursos, o campo II mostra o controle indireto e o campo III assinala as adesões da população organizada. O campo I enumera os recursos que o ator controla diretamente. É produto de sua história política. Expressa-se como: "controlo a Presidência do Senado (X11), controlo as decisões sobre a estrutura do orçamento fiscal (X12) etc. O campo II mostra o controle indireto de recursos. Controle indireto significa que o ator z, por exemplo o grupo econômico González, tem 100% de controle direto sobre um recurso "r", a rede Telenorte de televisão, em circunstâncias que esse grupo dá 90% de adesão ao ator 1. As adesões entre os atores constituem um controle indireto. O valor zero de adesão pode significar: a) que o ator não é conhecido por quem responde à sondagem; b) que sendo conhecido, merece a resposta de nenhuma adesão, sem que isso signifique rejeição ou oposição; e c) que zero de adesão esconde um certo nível de rejeição, repúdio ou inimizade. A matriz de vetores de peso tem somente o propósito restrito de precisar o controle sobre o [VRC] (vetor de recursos críticos) do jogo e não reflete afinidades e rejeições, motivo por que os campos I, II e III da matriz só distinguem entre números positivos. O campo III reflete o respaldo que a adesão da população confere aos controles que o ator tem sobre o campo I. Para fins de análise, o campo III pode ser desagregado para distinguir as adesões individuais de pessoas pertencentes a organizações, pessoas que não pertencem a nenhuma organização, estratos populacionais por sexo, idade, área geográfica, zona política etc. Matriz de Vetor de Peso. Os diferentes vetores de peso dos diversos atores que participam de um jogo estratégico constituem a matriz de vetor de peso. Cada vetor de peso é um vetor linha. Cada vetor coluna representa, no campo I, a distribuição do controle do [VRC] do jogo entre os diversos jogadores. Nessa matriz, as colunas são homogêneas, isto é, X11 e X21 estão definidos exatamente da mesma maneira, e seus valores variam entre zero e cem. Por outro lado, nos campos II e III, a soma não tem significado porque se baseia em uma sondagem que pergunta a cada ator por sua adesão aos outros, e não pela distribuição de sua adesão, como se fosse um único universo, entre todos os atores. Os números dessa sondagem podem ser:

NP

Sobre A2

12%

Sobre A3

70%

Página

Sobre A1

10

Adesões de A1

St r a t eg i a Sobre A4

55%

(*) A soma dessas porcentagens não tem significado preciso nem pode somar 100.

MATRIZ DE VETOR DE PESOS DE UM ATOR ATORES

A1

CAMPO I Qual é o Controle sobre o VRC? X11 X12 X13 X14

CAMPO II CAMPO III Outros Apoio Atores Popular A1 A2 X15 X16 X13

A2

X21

X22

X23

X24

X25

X26

X27

SOMA

0

20

10

100

0

NP

NP

Coluna Homogênea

Linha Heterogênea

Soma Sem Sentido

A matriz anterior apresenta um exemplo. Nesse jogo participam os jogadores A1, A2, A3 e A4. Para conhecer a força do ator A2, a leitura dessa matriz deve ser feita do seguinte modo:



Controle Direto

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O vetor de peso do ator A2 é um vetor linha que tem o mesmo número de elementos que qualquer um dos outros vetores da matriz. Para respeitar essa estrutura única, valoriza-se com zero a falta de controle de um recurso por parte de um ator. O vetor de peso A2 deve ser lido como segue:

11

[VP] (A2) = [0X1 20X2 10X3 100X4 0X5 0X6 20X7 0X8 0X9 NPX10 80X11 NPX12 NPX13]

St r a t eg i a Não tem qualquer controle sobre a Secretaria Geral do Partido Popular (X1), controla 20% da Rádio 88F (X2), controla 10% do Comitê Executivo do Partido Popular no município de Bolívar (X3), controla totalmente o jornal "A Notícia" (X4), não tem qualquer controle sobre o Comitê Executivo Nacional do Partido Popular (X5), não tem qualquer controle sobre o Tribunal Disciplinar do Partido Popular (X6), controla 20% das Associações de Vizinhos do município de Bolívar (X7) e não tem qualquer controle sobre o orçamento do Partido Popular (X8). 

Controle Indireto

Não tem qualquer adesão do Ator 1 (X9), a adesão a si mesmo é irrelevante (X10), tem 80% da adesão de A3 (X11), não é pertinente para o jogo a adesão de A4 (X12), e não é pertinente para o jogo a adesão da base do partido (X13). No quadro seguinte, os elementos do vetor de peso escolhidos a título de exemplo, sem base num caso real, são os seguintes:

Atores

CAMPO I Controle Direto de Recursos (VRC)

X1 A1 100 A2 0 A3 0 A4 0 TOTAL 100 

CAMPO II

X2 0 20 20 60 100

Adesão de Outros Atores A1 A2 A3 A4 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 X11 X12 0 0 50 0 0 100 NP 0 0 80 10 100 0 0 20 0 0 NP 80 NP 30 0 0 100 20 0 0 85 NP 0 60 0 50 0 60 0 70 15 0 NP 100 100 100 100 100 100

CAMPO III Adesão Popular X13 NP NP NP NP

CAMPO I : [VRC] do jogo: X1 = controle da Secretaria Geral do Partido Popular X2 = controle da Rádio 88F (audiência local em Bolívar) X3 = controle do Comitê Executivo do Partido Popular no município de Bolívar X4 = controle do jornal "A Notícia" (circulação nacional) X5 = controle do Comitê Executivo Nacional do Partido Popular X6 = controle do Tribunal Disciplinar do Partido Popular X7 = controle das Associações de Vizinhos do município de Bolívar

CAMPO II: controle indireto do [VRC] do jogo:

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12

X8 = controle do orçamento do Partido Popular

St r a t eg i a X9 = adesão do Ator 1 aos outros atores X10 = adesão do Ator 2 aos outros atores X11 = adesão do Ator 3 aos outros atores X12 = adesão do Ator 4 aos outros atores 

CAMPO III: adesão individual da base X13 = adesão da base do partido (não-pertinente para o caso)

Os elementos do vetor de peso devem corresponder à identificação do [VRC] do jogo. Para chegar à precisão do [VRC] do jogo é necessário indagar: quais são os recursos que as partes devem controlar para produzir ou obstaculizar as jogadas? A dinâmica de mudança dos três campos componentes do vetor de peso é diferente. O campo I do vetor de peso de um ator tem clara rigidez ante às mudanças situacionais. A última coisa que um ator perde ou ganha é o controle direto de recursos. Em contrapartida, os campos II e III alteram seus valores com maior facilidade e, quando mudam, antecipam os movimentos positivos ou negativos que virão adiante, no campo I. Esta maior sensibilidade dos campos II e III pode ser aproveitada em um sistema de monitoramento dos atores sociais. Esta discussão leva a várias conclusões: a. O peso de um ator, como componente de sua força, é um vetor que enumera seu controle direto e indireto sobre os recursos que compõem o [VRC] do jogo; os vetores de peso dos diversos atores são comparáveis, e é possível afirmar com precisão que o ator 1 tem mais ou menos controle sobre a televisão que o ator 2, ou tem mais ou menos controle sobre a Câmara dos Deputados que o ator 3. A comparação de elemento a elemento dos vetores de peso, entre dois atores, indica a relação de peso entre os mesmos; b. A comparação entre os diversos elementos heterogêneos entre os vetores de peso de diferentes atores só é prática se estabelecer-se algum critério de seleção sobre quais são, dentre os vários componentes, os elementos pertinentes a um caso concreto; isso depende da eficácia que cada ator atribui aos controles que exerce segundo a operação, o problema e a situação; e c. O código de personalidade (CDP), a perícia e o domínio tecno-científico que potencializam ou enfraquecem o vetor de peso.



Poder = é uma potencialidade que possibilita acumular força. Origina-se da desigualdade das regras do jogo, e pode ou não concretizar-se em força; isso

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O método PES distingue com precisão os conceitos de força, poder e vetor de peso:

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Poder, Força e Peso.

St r a t eg i a depende do código de personalidade do ator, da situação, dos adversários, das circunstâncias de contexto etc. Por exemplo, o bispo no jogo de xadrez tem mais poder ou capacidade que um peão, poder que nas mãos de um jogador de xadrez e num jogo concreto converte-se em muita ou pouca força. 

Força = é uma acumulação concreta e já realizada em um jogo, dentro do espaço de possibilidades permitido pela distribuição de poder nesse jogo; não se pode acumular mais força que a permitida pelas regras de distribuição do poder.



Peso = expressa o controle de recursos que um ator tem sobre o [VRC] do jogo, e define-se pelo vetor de peso; é o componente central da força.

O vetor de peso não é redutível a um número e é necessário operá-lo como vetor. Os elementos que compõem o vetor de peso são heterogêneos não sendo possível realizar operações aritméticas com eles. Não é uma desvantagem, mas uma vantagem. Espaço Eficaz de Aplicação da Força. Um ator nunca usa simultaneamente todos os elementos do vetor peso. Seleciona os mais apropriados para esse caso. Quais os critérios dessa seleção? A resposta a esta pergunta leva ao conceito de espaço eficaz de aplicação da força.

 A força tem diferente para operação.

valor cada

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O gráfico ilustra a metáfora. O ator 1 tem muita força e exerce uma pressão deficiente no ponto a. O ator 2, com menos força, aplica-

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Exemplo: O ator 1 controla a maioria do Congresso Nacional. Para realizar a operação 1, que exige a aprovação de uma lei, essa força vale muito; mas se tratar-se da operação 2, que pretende impedir a greve geral que a Central de Trabalhadores, controlada pelo ator 2 oposicionista, pretende realizar, a força do ator 1 vale pouco, porque os elementos que tal ator controla estão fora de seu espaço eficaz de aplicação. Utilizando a metáfora da Física, pode-se dizer que a operação 2 constitui um ponto deficiente de aplicação da força que o ator 1 possui.

St r a t eg i a a no ponto b, dentro do seu campo de eficácia. O campo eficaz de aplicação da força de um ator é a outra face do conceito de vulnerabilidade de seu vetor de peso. A força acumulada por um jogador quando não tem eficácia para atuar sobre uma operação específica, representa uma vulnerabilidade. Esta distinção permite classificar os atores em quatro categorias: i.

Atores totalmente fortes;

ii.

Atores fortes com zonas de vulnerabilidade;

iii. Atores fracos com zonas fortes; e iv. Atores totalmente fracos. No processo político nascem e morrem atores, e os fracos podem chegar a ser fortes à custa dos que hoje são poderosos. Considerar a força como um vetor tem várias vantagens, porque permite: 

Estudar o campo de aplicação eficaz da força de um ator;



Deduzir os critérios reais que um ator utiliza para selecionar, em cada oportunidade, os elementos do vetor de peso mais eficazes para a medição de forças com o adversário com respeito a uma operação;



Definir o conceito de variedade ou concentração de campos de força de um ator, para determinar suas forças e fraquezas. Pressão (+) Recursos Dissuasivos

Recursos Ativos

Pressão (-)

OP

VETOR DE PESO

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Utilizam-se os elementos do vetor de peso em seqüência, não em bloco, e tal seqüência depende da natureza das operações que compõem a trajetória do jogo. Quando um elemento do vetor de peso está em jogo, os demais ficam na reserva para dar suporte dissuasivo ao movimento ativo.

St r a t eg i a Características da Força A força de um ator apresenta uma variedade complexa de características, que podem ser sintetizadas como segue: Primeira: A força é multidimensional. Tudo o que posso usar contra meu adversário ou para ganhar um aliado é força. Qualquer característica e recurso de um ator pode ser força, na medida em que tenha um campo eficaz de aplicação para alguma operação do jogo. O que define a força não é a natureza do recurso, mas a circunstância do jogo que a habilita a ser usada com eficácia. Segunda: A força tem valor relativo ao propósito que orienta o ator. Um elemento do vetor de peso pode valer muito para certa operação e muito pouco ou nada para outra. A força não tem valor absoluto. Terceira: O valor da força é relativo à situação. Um ator C, de força insignificante, ignorado sistematicamente pelos atores A e B, possuidores de muita força, pode súbita e drasticamente revalorizá-la ante uma nova situação. Exemplo: Os atores A e B controlam cada um dos 40 deputados do Congresso Nacional e o ator C controla 1 deputado. Os atores A e B têm uma aliança estável que é rompida. Ao contar com os votos de 81 deputados, valorizam, pela primeira vez, o único voto controlado pelo ator C. Quarta: A força é produto de uma acumulação social. Ganha-se ou perde-se usando-a, produzindo fatos. O uso da força  a pressão  enriquece ou deteriora o vetor de força. A força é capacidade de produção acumulada originada na produção dos fatos. Jogando, acumula-se ou perde-se força.

REPRESENTAÇÃO DO VETOR DE PESO

1. Multidimensional (qualquer recurso é força se usada com o propósito de opor-se ou cooperar com outro)

Enumeração heterogênea de recursos controlados por um ator que define sua capacidade de produção específica para um caso. É impossível realizar operações aritméticas com os valores dos elementos de um mesmo vetor de

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CARACTERÍSTICAS DA FORÇA

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Quinta: Expressa-se de modo diferente nos três espaços situacionais que o método PES utiliza para a análise de problemas: regras, acumulações e fluxos do jogo social. Distingue poder, que repousa na desigualdade das regras do jogo; força, que é a capacidade de produção acumulada dentro do espaço permitido pelas regras; e pressão ou força aplicada, que é um fluxo de produção.

St r a t eg i a peso. 2. Valor relativo ao propósito

Cada elemento do vetor de peso tem eficácia diferente para cada operação (seleção dos elementos ativos) e tem também valor diferente segundo variem os coeficientes de controle (vetor-momento).

3. Valor relativo à situação

Vetor-momento, que valoriza ou desvaloriza todo o vetor numa situação concreta para um ator.

4. É produto de acumulação social

uma Relação entre vetor patrimônio e vetor momento.

5. Tem diferente expressão nos Poder = grau de controle das regras do jogo diferentes planos situacionais Vetor-patrimônio = acumulação estável (peso) para o ator Vetor-momento = acumulação transitória para uma operação pressão = uso do vetor-momento = fluxo 6. É comparável

O vetor é homogêneo para todos os atores, já que reponde ao mesmo VRC do jogo.

7. Produz resultados sem ser Exibição do vetor de peso. usada 8. Expressa-se em cada âmbito A enumeração de elementos do vetor pode ser muito da realidade de modo diferente segundo trate-se de um jogo político, econômico, particular bélico, ideológico etc. 9. É uma intercambiável

capacidade Os diferentes atores permutam elementos de seus vetores.

10. A força sempre tem uma Elementos do vetor de peso fora do campo eficaz de aplicação em uma situação concreta. Os zeros do vetor de vulnerabilidade peso e do vetor de perícia. 11. A força é usada de modo O conceito de vetor permite distinguir os diversos campos de recursos, sua variedade e seu possível uso seletivo, de calculado e seletivo acordo com a motivação.

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Sétima: Produz resultados sem ser usada, originando a teoria da dissuasão na análise estratégica; a força também atua somente com sua presença. A teoria da dissuasão estratégica é muito valiosa, porque usa a força sem aplicá-la. A força produz medo, sempre que a parte a quem se quer atemorizar conheça a força da parte ameaçadora e tenha a convicção de que essa força será usada contra ela, com eficácia, se não se ativer a certas normas de conduta implícitas no jogo.

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Sexta: É aproximadamente comparável; permite definir os conceitos de relação geral e particular de forças a fim de determinar qual ator tem mais ou menos força com relação a uma operação ou a um plano em uma situação concreta.

St r a t eg i a Oitava: Expressa-se de modo particular em cada âmbito da realidade. Em certos âmbitos expressa-se como disputa por recursos, em outros pela criação de recursos e, às vezes, pela partilha inteligente de recursos. O campo político é dominado pela disputa pelo controle dos centros de poder e o [VRC] de cada jogo. O mesmo ocorre no campo empresarial. O campo científico está voltado para a criação de conhecimentos e recursos; porque o conhecimento não é um acervo que se dispute com outros, mas criação de um capital. Nona: É um recurso permutável com outros, originando processos legítimos e ilegítimos de intercâmbio. A corrupção é um bom exemplo do segundo caso, enquanto a venda de conhecimentos feita por um assessor é exemplo do primeiro caso. Décima: A força sempre tem vulnerabilidades. Isto pode ser deduzido do princípio inverso ao exposto na segunda característica acima. A vulnerabilidade de um ator revela-se, em parte, pelo número de zeros em seu vetor de peso, verificação prévia da estrutura de seu vetor de adesões, já que este último representa o controle indireto de recursos. Isso também é revelado nos cinco componentes da estrutura da força. Décima-primeira: A força é uma capacidade instalada ou acumulada que se usa de modo calculado e seletivo, segundo seja seu campo eficaz de aplicação e de acordo com a pressão necessária para produzir um resultado favorável.

O vetor-patrimônio é o ativo político de um ator e representa a força estavelmente acumulada por ele. Esse patrimônio é produto de sua história de atuações, com seus êxitos e fracassos. Esse ativo ou reserva de força não se perde nem se enriquece com uma única ou poucas atuações adicionais, decepcionantes ou animadoras. É um ativo estável. Somente uma seqüência de atuações infelizes empobrece o vetor-patrimônio; uma série de atuações felizes o enriquece. O vetor-patrimônio muda lentamente, porque o que foi ganho como controle direto é conservado com menos méritos que os necessários para conquistá-lo, e as forças sociais, antes de dar ou retirar seu apoio, observam as atuações do ator social pertinente com grande cautela. O vetorpatrimônio associa-se ao passado do ator e não ao que este se propõe a fazer daqui em diante, com o uso de tais controles. É um crédito seguro e fixo, respaldado no passado, que não coincide, necessariamente, com o crédito incerto e variável que o ator pode reclamar em relação às suas ações futuras.

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O vetor-momento, em contrapartida, não é um patrimônio do ator, mas o valor circunstancial que os componentes do vetor-patrimônio adquirem quando esse ator os

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Vetor-Patrimônio e Vetor-Momento de Peso

St r a t eg i a utiliza em uma situação concreta para apoiar ou rejeitar uma operação específica. O vetor-momento é um valor de uso da força. Esse valor de uso indica o quanto vale, nesse momento e para esse uso, a força aplicada por um ator. Trata-se da qualificação que fazem cidadãos sem esperar por resultados, é um julgamento imediato, exercido no momento da decisão e sua aplicação inicial. Para o cidadão, o que é certo são os sacrifícios imediatos; e os benefícios anunciados para o futuro, aleatórios. O valor de uso da força aplicável por um ator torna-se independente deste, de seus méritos e deméritos passados, para fixar-se na jogada do momento, no fato político específico. Este valor circunstancial ou de uso, representado pelo vetor-momento, impõe um teto ampliado ou reduzido ao uso do vetor-patrimônio e, portanto, somente o vetor-momento permite calcular as pressões com maior medida e rigor.

CONDICIONAMENTO INSTANTÂNEO

VETOR PATRIMÔNIO

OUTRAS CAUSAS

VETOR MOMENTO

CONDICIONAMENTO RETARDADO

Os valores do vetor-patrimônio acompanham, com certo atraso variável, a mudança dos coeficientes do vetor-momento. Se os valores do vetor-momento ficar sempre abaixo do vetor-patrimônio, este último, após certo tempo pouco preciso, sofrerá a deterioração do valor dos seus elementos componentes. O vetor-patrimônio perderá valor. Se os valores do vetor-momento tendem a situar-se acima dos valores do vetorpatrimônio de modo persistente, este último, depois de certo tempo, aumentará seus valores.

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 O processo de acumulação de força de um ator caracteriza-se pela utilização persistente de seu vetor-patrimônio para produzir operações com características tais que instigam, para o ator que as produz, valores do vetor-momento superiores ao do seu vetor-patrimônio. Em outras palavras, para cada nova operação produzida, o ator

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De acordo com a análise anterior, pode-se estabelecer o seguinte princípio teórico parcial:

St r a t eg i a que a promove obtém uma força circunstancial de apoio superior à força acumulada como patrimônio até esse momento. O processo de desacumulação de força, ao contrário, caracteriza-se pelo fato de que, para cada nova operação produzida, o ator que a promove logra um apoio circunstancial inferior à força acumulada como patrimônio até esse momento. Este é um princípio incompleto, porque ignora uma variável fundamental para a compreensão do processo de acumulação e desacumulação de força: a eficácia da jogada no momento de sua colheita. De modo que ao princípio parcial anterior é necessário agregar o seguinte:  Em última instância a eficácia da jogada à qual se refere o vetor-momento define as relações entre este e o vetor-patrimônio. O máximo de benefício se produz quando a jogada é eficaz e os valores do vetor-momento são superiores aos do valor-patrimônio. Com base em quais critérios os atores dão ou retiram sua confiança a um ator social? Em geral, o processo de ganho e perda de força tem as seguintes causas:

a) a coincidência circunstancial reiterada de interesses entre um ator e a base social sobre o apoio ou rejeição às operações propostas, reiteração que gera, por parte da massa de cidadãos e dos atores sociais eficazmente interpretados pela jogada, uma atitude favorável ao ator protagonista;

b) a estabilidade dessa coincidência ao longo do tempo, até o limite em que gera a confiança em uma coincidência mais permanente sobre as operações futuras, caso em que a confiança desloca-se desde o objeto impessoal do uso da força  ou seja, das operações  para o ator ou pessoa que protagoniza os acertos (trata-se de uma transferência de adesão e confiança do objeto para o sujeito da ação);

c) a ausência de incompatibilidades significativas entre o espaço ético-ideológico das forças ou pessoas aderentes e do ator ao qual se adere;

d) a confiança crescente sobre a capacidade do líder para produzir operações eficientes e eficazes, em contraste com os dirigentes que só anunciam benefícios ilusórios. Prudência, Audácia e Temeridade. A audácia consiste em empreender operações para as quais o ator consegue que os valores do vetor-momento sejam substancialmente superiores aos do vetor-patrimônio. A temeridade, em contrapartida, ocorre quando o ator empreende ações que exigem recursos superiores aos limites alcançáveis pelo vetor-momento. A prudência subtiliza os recursos do vetor-patrimônio. Modelo de um Jogo de Pressões

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2. A motivação do ator depende do interesse e do valor que o ator atribui à operação em jogo.

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1. A pressão de um ator por uma operação depende do vetor-momento qualificado ou ponderado pelo vetor de perícia e de suporte cognitivo. Por sua vez, o vetor-momento depende do vetor-patrimônio.

St r a t eg i a

VETOR DE PERÍCIA E SUPORTE COGNITIVO

APOIO CIRCUNSTANCIAL A OPx

VETOR PATRIMÔNIO DE PESO DE A1 A1 (CDP)

VETOR MOMENTO DE FORÇA APLICÁVEL A OPx

INTERESSE DE A1 PELA OPERAÇÃO OPx +

PRESSÃO DE APOIO SOBRE OPx

+A MOTIVAÇÃO SOBRE OPx

+

VALOR DE OPx PARA A1

DECISÃO VIABILIDADE OPERAÇÃO REPRODUÇÃO

A

VALOR DE OPx PARA A2 A2 (CDP)

MOTIVAÇÃO SOBRE OPx

INTERESSE DE A2 PELA OPERAÇÃO OPx

VETOR PATRIMÔNIO DE PESO DE A2 VETOR DE PERÍCIA E SUPORTE COGNITIVO

EFEITOS

-

EFEITOS

PRESSÃO DE REJEIÇÃO SOBRE OPx VETOR MOMENTO DE FORÇA APLICÁVEL A OPx

REJEIÇÃO CIRCUNSTANCIAL DE OPx

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4. Qualquer que seja o resultado sobre a operação em jogo, um êxito, um fracasso ou um resultado intermediário, a jogada produz um impacto sobre os próprios atores, e altera o interesse, o valor, as motivações, o vetor de peso, o vetor de perícia etc. De modo que este modelo mostra a diacronia do processo de mudança nas motivações e na força dos atores, tema indispensável para abordar a segunda pergunta da análise estratégica – COMO CRIAR VIABILIDADE POLÍTICA AS OPERAÇÕES DO PLANO QUE NÃO SÃO VIÁVEIS NA SITUAÇÃO INICIAL.

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3. A pressão se exerce de modo diferenciado sobre a decisão, a operação transitória e a reprodução estável da jogada. O sinal de apoio (+) ou rejeição () que domina o resultado do jogo de pressões determina a viabilidade.

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St r a t eg i a

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