As Bolhas ou o Caldeirão Efervescente? Uma Abordagem Ecossistêmica
André Francisco Pilon 1
Os problemas não estão na supefície, é preciso atentar para o bojo do caldeirão Os problemas não podem ser resolvidos pontual e isoladamente, (pinçando as “bolhas”); eles são gerados no bojo do caldeirão efervescente, são interfaces de uma teia complexa que envolve pessoas, grupos, sociedade e ambiente. 2
Atualmente, os problemas são definidos e tratados de forma fragmentada Os formatos acadêmicos, as políticas públicas, a publicidade e o mercado, as manchetes de jornais, os “mass-media” (radio, televisão) focalizam as “bolhas” na superficie, mas ignoram o caldeirão efervescente, onde os problemas se originam. 3
Agravos atuais à qualidade de vida Um diagnóstico de situação Ambientes naturais e construídos estão sendo velozmente arruinados por poderosas forças tecnológicas, econômicas e políticas.
Má governança, corrupção, descaso, violência deterioram os padrões éticos, a confiança mútua e o bem-estar geral da população.
Os problemas, definidos e tratados de forma fragmentada e reduzida, continuam se agravando em todas as frentes.
As políticas públicas persistem em enfocar as bolhas de superfície (consequências), ignorando o bojo do caldeirão (problemas reais).
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Aspectos que desfavorecem a qualidade de vida no mundo de hoje ♦ Publicidade tendenciosa de “estilos de vida” ♦ Subordinação ao mercado e aos “mass-media” ♦ Ausência de espaços culturais e de convivência ♦ Centros urbanos degradados e violentos ♦ Áreas super-edificadas, ausência de “verde” ♦ Massificação; ruído; estresse; insegurança ♦ Campos magnéticos, germens patogênicos ♦ Poluição, aditivos, pesticidas, plásticos ♦ Dieta inadequada (carnes, açúcar, gorduras) 5
Efeitos das assimetrias sociais entre pessoas e corporações
As sociedades atuais caracterizam-se pelas diferenças de poder entre pessoas físicas e pessoas jurídicas; As pessoas jurídicas utilizam seu peso econômico e político para influenciar e controlar as políticas públicas; As corporações de negócios diluem e flexibilizam suas responsabilidades ao longo da sua estrutura hierárquica [*]. [*] Os acionistas são protegidos como meros investidores no mercado. Coleman, J. The Asymmetric Society, Syracuse University Press 1985 6
Aliança entre instituições e negócios O que pesa mais nessa aliança? Face ao conúbio entre corporações de negócios e instituições a elas favoráveis, as práticas verdes e as inovações ecológicas são travadas e sofrem resistência na própria raiz do sistema. The Research Network Sustainability Transitions 7
A influência do agro-negócio ♦ Com seu peso econômico e influência política, o agro-negócio garante a adesão dos governos e das organizações internacionais ao seu discurso sobre “a escassez global de alimentos”; ♦ A plenitude seria garantida pelos avanços tecnológicos e o modelo de desenvolvimento produtivista, orientado para a exportação (socialmente exclusivo e ecologicamente destrutivo) [*] . [*] Latifundios, desmatamento, agrotóxicos, fertilizantes (nitrogênio). Emprise et Empreinte de l‘Agrobusiness: Points de Vue du Sud, Alternatives Sud, Éd. Syllepse, Centre Tricontinental, 3 (19) 2012. 8
O papel ambíguo da tecnologia Ellul, J. (1980); Alibrandi, M. (1997)
♦ O saber ontológico, o desenvolvimento interno, é suplantado pelos “media”, que não distinguem entretenimento de educação. ♦ A liberdade de escolha é automaticamente definida, limitada e prescrita por tecnologias que se auto-perpetuam. ♦ A sociedade atual está perdendo as formas de conhecimento que levam à sustentabilidade ambiental e social. 9
Dilemas da educação no mundo atual
A educação e os meios de comunicação estão dominados por interesses ocultos e restritos, por uma cultura pautada pela violência e pela intolerância (UNESCO-EOLSS). Pessoas com valores diferentes interpretam a “mesma” evidência de diferentes formas (Kahan); a informação tem um papel menor face às águas barrentas das emoções, dos valores e da ética (Etzioni; Dietz). Um sistema ecologicamente equilibrado exige redesenhar instituições e tecnologias para transpor o abismo hoje existente. 10
Educação, esperança ou perigo? Como
esperança: "questiona, inova e cria,
Como
perigo: “encoraja a aceitação de estilos
desenvolve auto-confiança e capacidade de organização, capacita as pessoas para reconhecerem as poderosas forças que impulsionam estilos de vida insustentáveis";
de vida insustentáveis como sendo normal, estiola a curiosidade e a inovação, faz as pessoas esperarem passivamente pelos outros para agir." UNECE
Committee on Education for Sustainable Development 11
Maximização do Lucro e Consumo
ESTRUTURAS GLOBAIS DE VIOLÊNCIA INEQUIDADES DESTRUIÇÃO CULTURAL
Sistema PolíticoEconômico-Cultural
Privatização dos Bens Públicos
COLAPSO AMBIENTAL PERDA DA DIVERSIDADE DOENÇAS FÍSICAS, MENTAIS E SOCIAIS 12
Desafios à qualidade de vida no mundo de hoje Modelo de Desenvolvimento Não-Ecossistêmico (Mercadológico)
Predomínio das Grandes Corporações de Negócios
Megacidades Monoculturas Desflorestamento Perda Cultural
Criminalidade Consumismo Corrupção Poluição 13
Impacto do “progresso” nas relações homem-mundo
Monetização da natureza, mercantilização de "bens" ambientais, tende a subestimar aspectos sociais, estéticos e éticos, não-quantitativos, do mundo natural (Unmüßig, B.) 14
O mundo é uma trama complexa “O mundo não é classificável em várias espécies de objetos, mas em diferentes espécies de conexões. O mundo é um tecido complexo, em que se combinam e se alternam conexões de diferentes espécies, que formam a textura da totalidade.”
Heisenberg, W., Physics and Philosophy 15
As causas são múltiplas e retroativas ♦ A causalidade é um processo dinâmico e multivariado, implica o “feed-back” (a retroalimentação) sobre as próprias causas, que interagem entre si. ♦ Em vez de pensar em linha reta, o pensamento retro-age sobre si mesmo.
Rodhain, F. Tacit to Explicit: Transforming Knowledge Through Cognitive Mapping 16
Das pirâmides às catedrais A conjugação das dimensões de mundo Todos os eventos (uma partida de futebol, as viagens espaciais, a edificação das pirâmides ou das catedrais), demandam o concurso de quatro dimensões de estarno-mundo para sua concretização.
INTERATIVA Coesão e Apoio Grupal
SOCIAL Cultura e Instituições
2
3
1
4
ÍNTIMA Motivos e Expectativas
BIOFÍSICA Matéria e Energia 17
Repensando a realidade na abordagem ecossistêmica ♦A configuração de um evento é resultante da interdependência e da interatividade entre quatro dimensões de mundo. ♦ Para compreender um problema é preciso entender o contexto em que se dão as relações entre fatos e coisas. 18
Dinâmica das dimensões de mundo na gênese dos eventos SOCIAL Instituições e Políticas
INTERATIVA Redes e Grupos
Eventos ÍNTIMA Pessoas Sujeitos
BIOFÍSICA Ambientes e Seres 19
Configurações diferentes produzem eventos diferentes ÍNTIMA (sujeitos)
+
INTERATIVA (grupos)
+
SOCIAL (sociedade)
+
BIOFÍSICA (ambiente) 20
DIMENSÃO ÍNTIMA (de si para si) HABILIDADES COGNIÇÃO, AFETO CONTROLE EXISTENCIAL AUTO-ESTIMA,CRENÇAS PROJETO DE VIDA VALORES 21
DIMENSÃO INTERATIVA (de si para o outro) GRUPOS, REDES LAÇOS E AMIZADES RELAÇÕES FAMILIARES CRENÇAS, VALORES COMPARTILHADOS AFILIAÇÕES 22
DIMENSÃO SOCIAL (de todos para todos) INSTITUIÇÕES POLÍTICAS PÚBLICAS ORGANIZAÇÃO SOCIAL SEGURANÇA, EDUCAÇÃO SAÚDE, LAZER, MEIOS DE COMUNICAÇÃO 23
DIMENSÃO BIOFÍSICA (seres, ambientes e coisas) SOLO, ÁGUA, AR MATÉRIA E ENERGIA TERRITÓRIOS,PAISAGENS AMBIENTES NATURAIS E CONSTRUÍDOS FLORA, FAUNA, ARTEFATOS 24
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Características dos projetos na abordagem ecossistêmica • OS EVENTOS SÃO DEFINIDOS COMO CONFIGURAÇÕES DINÂMICAS, ENTRELAÇANDO AS QUATRO DIMENSÕES DE MUNDO: INTIMA, INTERATIVA, SOCIAL E BIOFÍSICA; • OS PROBLEMAS SÃO ANALISADOS NO BOJO DO “CALDEIRÃO EFERVESCENTE”, NÃO SENDO REDUZIDOS ÀS BOLHAS DE SUPERFÍCIE (CONSEQUÊNCIAS); • AS CONFIGURAÇÕES FORMADAS PELAS CONEXÕES E/OU RUPTURAS ENTRE AS DIFERENTES DIMENSÕES SÃO ANALISADAS FACE A SEU DUPLO PAPEL DE DOAÇÃO E RECEPÇÃO; • A SINGULARIDADE (IDENTIDADE PRÓPRIA) DAS E A RECIPROCIDADE (APOIO MÚTUO) ENTRE AS DIMENSÕES DE MUNDO SÃO ASPECTOS COMPLEMENTARES; • PROBLEMAS AMBIENTAIS, DE SAÚDE, EDUCAÇÃO E CULTURA, ASPECTOS ÉTICOS E DE CIDADANIA SÂO ABORDADOS DE FORMA INTEGRADA E ECOSSISTÊMICA. 26
Trabalhando de forma ecossistêmica À vista da gravura ao lado, que fatores, nas quatro dimensões de mundo, contribuiriam para a configuração da situação ilustrada e como poderiam ser abordados de forma ecossistêmica ? 27
Fatores de vulnerabilidade Nested hierarchy model of vulnerability (Smit, B. and Wandel, J.)
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PLANILHA DE CAMPO ECOSSISTÊMICA Configurações Atuais e Potenciais Dimensão Íntima
Conf. Atual
Conf. Futura
Dimensão Interativa
Dimensão Social
Dimensão Biofísica
Fatores Favoráveis Fatores Não Favoráveis Formas de Trabalho Resultado Esperado 29
Geração ecossistêmica de eventos nas quatro dimensões de mundo
Diagnóstico de Situação
Íntima ASPECTOS SUBJETIVOS, COGNITIÇÃO, AFETIVIDADE
Interativa GRUPOS E REDES: CLIMA, SUPORTE, COESÃO
Social POLÍTICAS PÚBLICAS; ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Indução de eventos
AUTO-ESTIMA, CAPACITAÇÃO, HABILIDADES, APTIDÕES
LIDERANÇA DEMOCRÁTICA, ACOLHIMENTO, APOIO PARTICIPAÇÃO, ENVOLVIMENTO EM GRUPOS E REDES
LEGISLAÇÃO, ORGANIZAÇÃO CIVIL E DE COMUNIDADES
Resultados
CONTROLE EXISTENCIAL, PRÓ-ATIVIDADE, EMANCIPAÇÃO
CULTURA, EQUIDADE, BEM-ESTAR, CIDADANIA
Biofísica QUALIDADE DO AMBIENTE NATURAL E CONSTRUÍDO PROMOÇÃO DO AMBIENTE NATURAL E CONSTRUÍDO EQUILIBRIO AMBIENTAL, QUALIDADE DOS ECOSSISTEMAS
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PAPEL DAS DIMENSÕES DO MUNDO NA GÊNESE DOS PROBLEMAS DE SAÚDE INTIMA
INTERATIVA
SOCIAL
BIOFÍSICA
PROBLEMAS DE SAÚDE
BEM—ESTAR SUBJETIVO
QUALIDADE DOS GRUPOS PRIMÁRIOS
BEM-ESTAR COLETIVO
EQUILÍBRIO AMBIENTAL
DEPRESSÀO (EXÓGENA)
PROJETO DE VIDA
APOIO DE GRUPOS E REDES
OPORTUNIDADES SOCIAIS
ESPAÇOS DE VIDA
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
CONTROLE EXISTENCIAL
VALORES (FIDELIDADE) (DESAFIOS)
POLÍTICAS PÚBLICAS MOVIMENTOS SOCIAIS
PROTEÇÃO FÍSICA (PRESERVATIVOS)
GRAVIDEZ PRECOCE
MATURIDADE EMOCIONAL (AUTO-ESTIMA)
COESÃO FAMILIAR ACOLHIMENTO
POLÍTICAS E SERVIÇOS COMUNITÁRIOS
VIOLÊNCIA TOXICOMANIAS
EQUILÍBRIO EMOCIONAL (RESILIÊNCIA)
LIDERANÇAS SUB-CULTURAS
MODELOS CULTURAIS INSERÇÃO SOCIAL
ESPAÇOS DE VIDA
AMBIENTES LOGRADOUROS
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Geração de eventos nos nichos sócio-culturais
Um nicho sócio-cultural envolve novas formas de estar no mundo, é uma nova estrutura, que se diferencia do sistema. Possui semiosfera própria, constituída por novos paradigmas e significados, gerados por processos heurístico-hermenêuticos. Gera novas formas de estar-no-mundo, de entender as coisas, capacidade crítica e operacional para efetuar mudanças. 32
2 Interpretação
Experiências em Novos Contextos Cognitivos 1 Preconcepção
3 Compreensão
Experiências Prévias, Valores,Significados
Habilidades, Intuições, Insights, Empatia
4 Reconstrução
Revisões Interpretativas Aprofundamentos 33
Dimensão íntima Relações dos sujeitos e objetos
As formas como os sujeitos se situam no mundo, aspectos objetivo-subjetivos, são revelados por objetos intermediários (coisas que despertem curiosidade, ilustrações, etc.), passados entre os participantes, que anotam suas percepções por escrito. 34
Dimensão interativa Compartilhando percepções no grupo
As anotações, aleatoriamente distribuídas, são lidas em voz alta, as relações sujeitosobjeto, as formas de estar-nomundo, são trabalhadas além das percepções individuais, ampliando os horizontes cognitivos e afetivos e enriquecendo os significados pela contribuição de todos 35
Dimensão social
Formas coletivas de estar-no-mundo Análise dos valores, crenças e paradigmas dominantes de riqueza, crescimento, poder, trabalho e liberdade. Exame crítico das estruturas sociais, políticas e econômicas vigentes nos modelos nãoecossistêmicos (dominantes) e ecossistêmicos (proposto). 36
Dimensão biofísica
Ambientes, seres e coisas A dimensão biofísica é tratada como parte substantiva do mundo da vida, da experiência diária, dos processos vitais, como objeto de conhecimento e reflexão sobre as complexas relações entre os seres, as coisas e os ambientes naturais e construídos que os circundam. 37
Análise heurística-hermenêutica A análise dos depoimentos é epistêmica (relações dos sujeitos com os objetos) e temática (conteúdos dos enunciados). A análise epistêmica refere-se ao “como”, à estrutura e à organização do pensamento ao lidar com os objetos. A análise temática refere-se ao “o que”, à inclusão e ênfase dada às diferentes dimensões de mundo. 38
Análise epistêmica Relações sujeito-objeto APROPRIAÇÃO Construção de novos paradigmas e formas de estar-no-mundo (cognição, afeto e ação). SENSO COMUM Conformidade a formas convencionais de ver as coisas, aos estereótipos dominantes. ERUDIÇÃO Categorização dos eventos segundo modelos acadêmicos: “classificações”, “propriedades”. ALIENAÇÃO Dependência de autoridade externa para qualificar o significado da experiência. RESISTÊNCIA Oposição ativa, incapacidade de ver as coisas sob novas óticas e de elaborar significados. DOGMATISMO Aderência a paradigmas fixos e reduzidos para definir as experiências de vida. 39
Análise Temática
Ênfase das dimensões de mundo Íntima
Descrição dos eventos em termos de expectativas e desejos (carga emocional).
Interativa Descrição dos eventos em termos dos significados das relações com os outros.
Social
Descrição dos eventos em termos de fatores políticos, econômicos e sociais.
Biofísica
Descrição dos eventos em termos do do ambiente natural e construído, artefatos. 40
Depoimentos Coletados Face aos Objetos Intermediários 1) "Três sementes pretas, três tampas de garrafa elasticamente conectadas, três pedras de rio brancas e uma em forma de coração, sementes em um recipiente de plástico retangular; restos de plantas vivas, rochas desgastadas pelo tempo, objetos de metal manufaturados representando os materiais da terra". 2) “Caixa contendo três tampas de garrafa amarradas por um elástico (podem sugerir interação, integração, comunicação interpessoal, horizontalidade); uma concha, três pedras de coloração rosada (podem sugerir compartimentalização, não integração entre as partes); uma fita de papel com a inscrição: quantas partes tem um grão? (pode sugerir o tipo de informação discutida, a interação)”. 3) "Eu imagino que tipo de música esses itens produzem; o objeto em forma de coração seria bom para comer? o que são as pequenas contas pretas? como foram feitos os furos nas tampinhas? que tipo de refrigerante são as duas desconhecidas?"
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EQUILÍBRIO E RUPTURA EM DOIS MODELOS DE CULTURA
MODELO ECOSSISTÊMICO E Q U I L Í B R I O
R U P T U RA S INTIMA
SOCIAL INTIMA
MODELO NÃOECOSSISTÊMICO
BIOFÍSICA
SOCIAL INTERATIVA
BIOFISICA INTERATIVA
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EQUILÍBRIO E RECIPROCIDADE NO MODELO ECOSSISTÊMICO DE CULTURA Dimensões Doadoras Dimensões Receptoras INTIMA
INTERATIVA
SOCIAL
BIOFÍSICA
INTIMA
AUTO-CUIDADO
ACOLHIMENTO
SERVIÇOS
INTERATIVA
COOPERAÇÃO
COESÃO
ASSOCIATIVISMO
NICHOS
SOCIAL
CIDADANIA
ORGANIZAÇÃO
EQUIDADE
SUPORTE
BIOFÍSICA
CUIDADO
PROMOÇÃO
SOBREVIVÊNCIA
EQULÍBRIO
VITALIDADE
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ISOLAMENTO E RUPTURA NO MODELO NÃO- ECOSSISTÊMICO DE CULTURA Dimensões Infligentes Dimensões Sofredoras INTIMA
INTERATIVA
SOCIAL
BIOFÍSICA
INTIMA
SOLIPSISMO
SUBORDINAÇÃO
MASSIFICAÇÃO
SUJEIÇÃO
INTERATIVA
MANIPULAÇÃO
FANATISMO
CO-OPTAÇÃO
SOCIAL
TIRANIA
CORPORATIVISMO TOTALITARISMO
BIOFÍSICA
PREDAÇÃO
DANIFICAÇÃO
ESPOLIAÇÃO
DISPERSÃO EXTINÇÃO SELVAGERIA
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DIMENSÕES DE MUNDO EM DIFERENTES MODELOS DE CULTURA
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VIOLÊNCIA E PAZ EM 2 MODELOS CULTURAIS .
MODELO ECOSSISTÊMICO
CONSTRUÇÃO
DIFERENÇAS ACOLHIDAS E TRABALHADAS COLETIVAMENTE
PAZ
ENLACES
PROCESSOS MODELO NÃOECOSSISTÊMICO
OBSTRUÇÃO
DIFERENÇAS REJEITADAS, EXACERBADAS, MANIPULADAS.
JUSTIÇA, CUIDADO EQUIDADE, ESPERANÇA, DIVERSIDADE, CRIATIVIDADE CONVÍVIO CONTEXTOS
RUPTURAS
VIOLÊNCIA
DESESPERO, INIQÜIDADES, CRIMINALIDADE ENFERMIDADES, DEGRADAÇÃO CULTURAL E AMBIENTAL
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CONSTRUINDO O MUNDO NO MODELO ECOSSISTÊMICO DIMENS ÕES RECEPTORAS INTIMA
INTERATIVA
S OCIAL
DIMENS ÕES DOADORAS
BEM-ESTAR SUBJETIVO
DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS
BEM-ESTAR COLETIVO
EQUILÍBRIO BIOFÍSICO
INTIMA
TORNAREM-SE PESSOAS
ESTABELECER VÍNCULOS
EXERCER A CIDADANIA
CUIDAR DE SI E DO ENTORNO
DESENVOLVIMENTO AFETIVO, COGNITIVO, ÉTICO, CULTURAL E EXISTENCIAL
DESENVOLVER SOLIDARIEDADE E COMPREENSÃO MÚTUA NO SEIO DOS GRUPOS)
DESEMPENHAR PAPEL ATIVO EM QUESTÕES LOCAIS; NACIONAIS E MUNDIAIS
CUIDAR DO AMBIENTE NATURAL E CONSTRUÍDO E DOS CORPOS
ACOLHER AS PESSOAS
SUSTENTAR O SEU E OUTROS GRUPOS
ORGANIZAR AÇÕES COLETIVAS
ZELAR PELO ENTORNO:
ACOLHER DIFERENTES PESSOAS E FACILITAR SUA INCLUSÃO EM DIFERENTES GRUPOS
ENSEJAR PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA, COESÃO RESPEITO MÚTUO E COOPERAÇÃO
MOVIMENTOS SOCIAIS, ALIANÇAS, PARCERIAS PARA A QUALIDADE DE VIDA E O BEM-ESTAR
DESENVOLVER PROJETOS PARA O AMBIENTE NATURAL E CONSTRUÍDO
O que a sociedade pode fazer pelo mundo
PROMOVER AS PESSOAS:
PROMOVER OS GRUPOS:
PROMOVER A SOCIEDADE
PROMOVER O ENTORNO E A VIDA
PROMOVER A SAÚDE, EDUCAÇÃO, CULTURA, SEGURANÇA, JUSTIÇA, TRANSPORTE E LAZER
ESTIMULAR AS ASSOCIATIVISMO, CÍVICO, CULTURAL, ESPORTIVO, ETC.
INSTITUIÇÕES, POLÍTICAS E SERVIÇOS PÚBLICOS, EQUIDADE E ACESSIBILIDADE)
AMBIENTES SEGUROS, APRAZÍVEIS E SAUDÁVEIS, NATURAIS E CONSTRUÍDOS
BIOFÍS ICA
SUSTENTAR ÀS PESSOAS:
SUSTENTAR OS GRUPOS
SUSTENTAR À SOCIEDADE
SUSTENTAR O ECOSSISTEMA
ASPECTOS VITAIS, ESTÉTICOS, DE LAZER E CONTEMPLATIVOS; VIDA SAUDÁVEL
LOCAIS PARA O CONVÍVIO HUMANO E NICHOS SÓCIOCULTURAIS
AMBIENTES PARA ATIVIDADES SOCIAIS, ECONÔMICAS, CULTURAIS ETC.
BIODIVERSIDADE, HABITATS, NICHOS, FLORA, FAUNA, ÁGUA, AR, SOLO..
O que as pessoas podem fazer pelo mundo
INTERATIVA O que os grupos podem fazer pelo mundo S OCIAL
O que o ambiente pode fazer pelo mundo
BIOFÍS ICA
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CARACTERÍSTICAS DA ABORDAGEM ECOSSISTÊMICA DE CULTURA Pesquisa os problemas no interior do caldeirão efervescente. Define os eventos conjugando todas as dimensões de mundo . Promove e sustenta a singularidade e a reciprocidade das dimensões. Desenvolve novos paradigmas e formas de estar-no-mundo. Gera ambientes saudáveis, qualidade de vida, saúde física, mental e social.
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PAPEL DAS DIMENSÕES DE MUNDO NA GERAÇÃO DESTE EVENTO Dimensão
Íntima:
expectativas, pessoais.
Dimensão
crenças, valores, interesses, motivações
Interativa: modalidades de
participação coletiva, clima do grupo, apoio inter-pessoal. Dimensão Social: papéis na organização do evento, apoio técnico das instituições hospedeiras. Dimensão Biofísica: condições ambientais (temperatura, ruído, espaços, conforto, duração, etc.) 49
Obrigado! Aguardando questões, comentários e desafios!
André Francisco Pilon University of São Paulo
[email protected] 50
“3% a 5% das elites no topo da escala de influência (econômica, política, educacional, cultural, militar, artística, mediática, entretenimento) seria suficiente para transformar a mentalidade das pessoas e alterar o curso dos acontecimentos.” (Collins e Makowsky) PILON,
A. F., Living Better in a Better World: Development and Sustainability in the Ecosystemic Model of Culture. OIDA International Journal of Sustainable Development, 2 (4): 25-36, 2010 [on line]: http://ssrn.com/abstract=1713371 PILON,
A. F. Construindo um Mundo Melhor. Abordagem Ecossistêmica da Qualidade de Vida Revista Brasileira em Promoção da Saúde (19) 2, 2006: 100-112. [on-line]: http://www.unifor.br/notitia/file/860.pdf PILON,
A. F. Building a New World: An Ecosystemic Approach for Global Change & Development Design, University Library of Munich, MPRA Paper No. 55585; 2014 [online]: http://mpra.ub.unimuenchen.de/55585/17/MPRA_paper_55585.pdf 51