As obras setecentistas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha

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Jornal da Golpilheira

. entrevista . história .

17

Novembro de 2015

.história. As obras setecentistas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha

Miguel Portela Investigador A igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha, demolida em dezembro de 1835, evidenciou-se por ser um templo que marcou a história e vida religiosa desta comunidade durante vários séculos. Sabemos que esta igreja resultou das obras realizadas entre 1727 e 1733, que se traduziram na transformação de uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora do Rosário em igreja. Temos notícia deste facto através de certos registos constantes no livro setecentista de receitas e despesas pertencente à Confraria de Nossa Senhora do Rosário e que hoje se encontra depositado no Arquivo Distrital de Leiria (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receitas e Despesas da Confraria do Rosário [17101739], Dep. VI-2-B-5). Identificámos, através da leitura atenta desse livro, que as eleições para juiz, tesoureiro, escrivão e mordomo desta confraria eram realizadas na sua maioria na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, sendo que algumas vezes se realizaram na ermida de Nossa Senhora do Rosário. Compreende-se assim, a existência de duas confrarias com o mesmo nome - uma na igreja de Nossa Senhora do Pópulo e outra na ermida/igreja de Nossa Senhora do Rosário a que nos reportamos -, como se confirma através do registo de uma reunião efetuada entre ambas em 12 de abril de 1712: “se ficesem huas cazas de sobrado atras da dita ermida de Nossa Senhora do Rozario sobre as cazas terreas que estão peguadas com a dita capela e sancristia per serem muito nesecarias para as fabriquas das ditas comfrarias ambas para cujo custo concorrerão i geralmente as ditas duas confrarias com as esmolas que voluntariamente se deram para a dita obra” (Ibidem, fls. 22-23v); A.D.L., Livro de Receitas e Despesas da Confraria de Nossa Senhora do Pópulo [1692-1718], Dep.VI-25-B-4, fl. 1, 132- 133v). Estas obras haviam sido executadas pelo mestre Mário de Sousa, sendo que no ano de 1712 o juiz da confraria, Manuel Craveiro da Silva, lhe entregou a quantia de 44 720 réis relativos aos gastos na dita obra (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receitas e Despesas da Confraria do Rosário [1710-1739], Dep. VI-2-B-5, fl. 28v). Contudo, no ano de 1719 foi feita a entrega de 12 880 réis à confraria de Nossa Senhora do Rosário do Pópulo, dado que, conforme se assentou, “despendera este mordormo (Elias Nunes), doze mil e oitosentos e oitenta reis que deu á Confraria do Popullo pela dita os ter gasto de mais na compra que estas Confrarias fizerão dos metreais [sic] para a obra que se desvaneceo, e ao depois se venderão” (Ibidem, fl. 64v). Certificamos que entre 1710 e 1725 foram realizadas obras de conservação na então ermida do Rosário, sobretudo no ano de 1710, altura em que se despendeu a quantia de 1640 réis para um carpinteiro, que construiu uma porta nova, e 1920 réis para as respetivas ferragens (Ibidem, fl. 8); em 1716, sendo que se gastaram 4180 réis com o pedreiro e serventes que efetuaram melhorias várias na igreja (Ibidem, fl. 49v); em 1719, ano em que foram pagos 510 réis pelo conserto de uma fresta pelo vidraceiro (Ibidem, fl. 64); em 1720, quando o conserto da abóbada da sacristia custou 2860 réis (Ibidem, fl. 69); e em 1725, altura em que foram pagos 2000 réis pelas vidraças e 6300 réis pelo fornecimento de madeira e execução de novos estrados por Manuel Soares (Ibidem, fl. 83). Entre outubro de 1727 e janeiro de 1729 procederam-se a obras de remodelação que modificariam profundamente a ermida, transformando-a num magnífico

e exuberante templo setecentista. Nesse período, há registo de que se despenderam 10 800 réis com vinte moios de cal, incluindo o pagamento de 480 réis para cada um dos homens que “andaram à cal”, nomeadamente Manuel Luís e o servente João Mendes (Ibidem, fl. 102). Ficou registado o pagamento de 13 500 réis ao mestre pedreiro Francisco Ferreira, relativos a 45 dias de trabalho, e de 16 500 réis, relativos a 55 dias de trabalho, a seu filho Manuel Antunes. Apresentam-se gastos no valor de 2200 réis com 40 carradas de pedra e tijolo, sendo que foram pagos aos serventes João Andante e Inácio Rodrigo 3000 réis correspondentes a 19 dias de trabalho e 7040 réis relativos a 45 dias de trabalho, respetivamente. O registo de despesas continua: foram pagos 3120 réis ao servente Manuel Luís, correspondentes a 19 dias de trabalho; 320 réis ao servente Patriarca, por dois dias de trabalho; 160 réis ao servente Nanqué, por um dia de trabalho; 320 réis ao servente José Dias; 2180 réis ao servente Manuel Marques, relativos a 14 dias de trabalho; 960 réis ao servente Maia, por seis dias de trabalho; 2800 réis foram pagos a José Lourenço, por milheiro e meio de tijolo; Manuel Gomes das Gaeiras (Óbidos) recebeu 4950 réis por milheiro e meio de telha, incluindo 600 réis com Pedro Francisco, que a trouxe para a obra; 3000 réis foram gastos em 25 carradas de pedra comprada nas Caldas da Rainha a Maria Antónia, incluindo 1000 réis a João Henriques, pelo transporte; e 2400 réis cobriram a despesa com o carreto das 40 carradas de pedra que arrancara Manuel Antunes (Ibidem, fl. 102-103). Compreendemos que estas obras marcaram o início de uma nova fase no panorama artístico das Caldas da Rainha, com a presença de um grande número de oficiais de diversas artes que foram chamados a trabalhar, contribuindo com o seu saber e mestria para a construção deste templo. Sabemos ainda que se despenderam nesse período “com o mestre carpinteiro Manuel Gomes por fazer a obra do tecto de trinta painéis com suas molduras, tendo ajustado com o Padre Miguel Botto da Sylva em doze painéis por esta mayoria dispendeo dezasseis mil e outocentos réis”. Para além das despesas já referenciadas, gastaram-se com o frete de água e areia para a obra 4460 réis, e 1220 réis pelo transporte, a cargo de Feliz Duarte. Despenderam-se também 9600 réis com o óculo de pedra ajustado e aplicado com grade pelo canteiro Diogo da Silva, sendo pagos 4000 réis pelo trabalho da grade de ferro a Domingos do Avelar. Pagaram-se 12 500 réis pelo feitio das portas executadas pelo mestre Manuel Soares, 12 500 réis com as ferragens que fez mestre João Francisco para essa porta, 2250 réis com o mestre pedreiro Manuel Antunes e seu filho, por sete dias e meio de trabalho necessários para elaborar a cimalha da porta da igreja (Ibidem, fl. 103-103v). Entre janeiro de 1729 e janeiro de 1731 certificamos que foram apenas desembolsados 3200 réis com a vidraça para o óculo de pedra - a obra não estava ainda concluída (Ibidem, fl. 106v), pelo que entre janeiro de 1731 e julho de 1732 se registaram as seguintes despesas: 2900 réis com a madeira para os andaimes, 5290 réis com os serradores que trabalharam essa madeira, incluindo o trabalho dos carpinteiros que os armaram, 1670 réis com os carpinteiros de desmancharam esses andaimes e que consertaram os estrados da igreja e 1780 réis com dois sacos de carvão e óleo para os pintores. Nesse período foi ainda registado no livro da confraria que se “despendeo com Pedro de Almeida mestre azelegador que veyo de Lixboa a tomar a medida da igreija para o azolejo tres mil e dozentos reis”(Ibidem, fl. 111). Destacamos o facto de Pedro de Almeida, mestre ladrilhador, morador na cidade de Lisboa Ocidental, ter recebido em 23 de janeiro de 1723 uma procuração por parte da viúva do capitão Sebastião Vaz Domingos, D. Antónia de Jesus, assistente em São Mamede (Óbidos), para que pudesse ajustar a aquisição de umas

casas a Maria da Luz, viúva, moradora nessa cidade (A.D.L. Livro Notarial de Óbidos, Dep. V-90-E-34, fl. 1-1v). Entre agosto de 1732 e fevereiro de 1733 temos conhecimento de que foram pagos ao “mestre Gonsallo Afonsso do feytio de tres frestas e meter pedraria e meyo moyo de cal e sette homens de servir como se vio por sertidam jurada do mesmo mestre treze mil e quinhenttos e noventa” (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receita e Despesa da Irmandade do Rosário [1710-1739], Dep. VI-2-B-5, fl. 116v). Nessa altura, foram desembolsados 8905 réis com o mestre ferreiro Manuel Brás de Cela, pela execução de três grades em ferro para as frestas da igreja; 7200 réis com o mestre vidraceiro, António Rodrigues de Miranda, por três vidraças com redes e ferros; e 3200 réis com o mestre José Luís, pelo feitio da porta travessa da igreja e pelos três caixilhos para as vidraças (Ibidem, fl. 116v). Com a obra quase terminada, foi incumbido António de Oliveira da execução de um retábulo para a capela-mor desta igreja. Assim, entre 1732 e 1733, registou-se no livro da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, a seguinte nota: “Achou que despendera mais com catorze mil e coattrosenttos reis que se deram ao mestre emtalhador Antonio de Olivieyra da Serra delRei a contta do retabullo que esta fazendo para a capella mor e tem justo em sesentta mil reis e assim aseguranssa das ditas moedas como da dita obra tem feytto obrigasam anbonada em Joam Fialho o Velho desta villa. 14400” (Ibidem, fl. 117). Já no século XIX, concretamente a 25 de fevereiro de 1807, procedeu-se à inventariação dos bens pertencentes à Confraria de Nossa Senhora do Rosário, que, pela sua importância e riqueza documental, aqui publicamos (Doc. 1). Anos mais tarde, a 9 de janeiro de 1837, em reunião realizada entre o juiz da Confraria do Rosário, Manuel Pedro Brilhante, o escrivão José Tomás Sobral e Mello, o tesoureiro Domingos dos Santos Costa e o mordomo João Fernandes Coelho, foi decidido trasladar as imagens de Nossa Senhora do Rosário e do Senhor Morto, pertencentes a esta confraria e que se encontravam nessa data depositadas na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, para a Igreja do Espírito Santo, mas apenas quando estivessem executados os altares nesta referida igreja, a cargo da Ordem Terceira (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receitas e Despesas da Confraria do Rosário [1831-1846], Dep. VI-2-B-5, fls. 13v-14). Atestamos também, na listagem de despesas da Ordem Terceira das Caldas da Rainha, compreendidas entre junho de 1836 e maio de 1837, o arranjo do altar, para nele ser colocado o Senhor Morto. Citamos um excerto dessa lauda: “Despendeo no arranjo do altar para por o Senhor Morto que noutro tempo esteve na Igreja do Rozario, e se modou para esta Igreja a 9 de março de 1837 com comsentimento e determinação dos mordomos do mesmo Rozario, em comsequencia de se ter demolido a mesma Igreja em dezembro de 1835 sendo Prezidente da Camara Joze Antonio Duarte, Antonio Rodriguez Diniz e Felipe Pinhão” (A.D.L., Livro de Receitas e Despesas da Ordem Terceira das Caldas da Rainha, Dep. VI-25-B-2, fl. 105v). Através deste testemunho, afirmamos que o processo de demolição deste templo religioso havia já sido iniciado, perdendo-se para sempre um exemplar de arquitetura religiosa setecentista que, por certo, seria nos dias de hoje fator de regozijo e valorização do património artístico e religioso das Caldas da Rainha. Documento 1

1807, fevereiro, 25, Caldas da Rainha - Inventário dos bens da Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha. A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receitas e Despesas da Confraria do Rosário [1782-1830], Dep. VI-2-B-5, fls. 74v-76v. [fl. 74v] A saber 1 Imagem de Nossa Senhora do Rozario com o seu

Postal ilustrado da Praça da República nas Caldas da Rainha, onde se localizava a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, demolida em dezembro de 1835. menino 1 Croa de prata da Senhora outra do menino 1 Diame de prata para a sulidade da Senhora 1 Contas de pau com crus e Padres Nosos de ouro e huma arelequia no pé da crus 1 Contas de vidrilho roxas 1 Ditas azuis com crus de prata 1 Ditas de vidro azul escuro cobradas [sic] 1 Ditas do dito brancas emfiadas em cadea de prata 1 Ditas do dito brancas emfiadas em retros 1 Reccele [sic] de ouro com seus diamantes pequenos 1 Vestido de tela lavrada de seda e prata branco e manto irmão o manto com franja de prata dourada 1 Dito azul claro de matizes e manto irmão 1 Dito de seda de raminhos e manto irmão gornecido com renda larga de prata 1 Dito de seda de matizes e manto irmão com franja de prata dourada 1 Dito de setim roxo 1 Dito e manto preto de nobreza 1 Dito de setim e manto irmão azul claro com renda de prata larga 1 Manto saia espartilho e mangas de seda lavrada 1 Dito de setim branco gornecido de renda de prata dourada 1 Dito de nobreza roxa com franja de prata lavrada 1 Dito de setim azul claro 1 Saia e mangas espartilho de setim cor de perola 1 Dito de seda branca lavrada de prata 1 Saiote de seda amarela Vestidos do Menino 2 Vestidos roxos 4 Ditos Brancos 3 Ditos de seda lavrada com renda de prata 1 Dito azul escuro lavrado de prata 1 Dito amarelo enterneçido de prata 1 Dito de seda branca inferior // [fl. 75] Imagens 1 Senhor em vulto com sua croa de espinhos lançol e veo de cobrir 1 De Nossa Senhora do Rozario pequena com seu Menino com croas de latão amarelo com seu oratorio proprio 1 De Santa Catherina com croa de prata 1 De S. Joze com seu Menino com resplandor dourado 1 De S. Francisco Xavier com resplandor de prata 1 Corsoficio [sic] de Prata em huma crus ordinaria na sancristia Cruzees 1 Cruas grande com seu tililo e cravos de ferro 1 Dita de prata para os enterros com duas mangas de damasco branco muito velhas < não iziste > 3 Ditas de bronze com seus crusufiçios [sic] dos altares Paineis 1 Painnel de Eso o Home [sic] 1 Dito de Nossa Senhora do Carmo 1 Dito de Nossa Senhora velho < não iziste > 1 Dito de S. João Nepumaseno Alfaias para o Santo Sacraficio da Misa 3 Calsis de prata dourados e colheres e o mais que lhe pertence com suas capas de tafeta emcarnado e cazas de marroquim emcarnado 4 Misais dois velhos e hum milhor uzo e hum novo 3 Cazulas roxas com suas estolas e manipolos em bom uzo 2 Ditas emcarnadas com suas estolas e manipolos em bom uzo 2 Ditas verdes com huma estola de menos em bom uzo 2 Ditas brancas de damasco e estolas e manipolos muito velhos < não iziste > 12 Alvas de Bertanha com rendas em bom uzo faltando huma 9 Cordõus < faltão dois > 12 Toalhas dos altares de Bertanha e, bom uzo 3 Ditas de pano de linho fino em uzo 6 Amitos e mais 4 são portanto 10 3 Manosterios 51 Sanguinhos 13 Corporais dobrados 16 Palas de Bertanha com renda em bom uzo 2 Bolsas roxas com seus veos 1 Dita sem veo 2 Ditas verdades e tres veos 3 Ditas brancas com seus veos em mal uzo < não izistem > // [fl. 75v] 2 Bolsas emcarnadas e só hum uzo 2 Veos brancos velhos < não izistem > 3 Ditos verdes de tafeta de cobrir os altares 3 Frontais de damasco roxo em menos mao uzo 3 Ditos verdes em bom uzo 3 Ditos emcarnados em bom uzo

1 Dito branco sem gornição em mao uzo 1 Dito de xita branca com franja emcarnada 1 Dito Branco em mao uzo < não iziste > 2 Estantes de páo 2 Toalhas de cardençia < falta huma só 1 > 2 Ditas do lavatorio Armação da Igreja 1 Sitial que consta de duas cortinas e huma sanefa de damasco emcarnado da Capela Mor em bom uzo < não iziste > 1 Pano do pulpito branco de damasco de seda com franja amarela em bom uzo 1 Palio escuro com boracos em menos mao uzo 1 Porta de cortinas do pulpito de damasco emcarnado em bom uzo 2 Cortinas e sanefa roxas com franja amarela 2 Ditas e sanefa emcarnadas em menos mao uzo 2 Ditas e sanefa lavradas de verde e franja amarela 1 Dita de damasco emcarnado muito velha 1 Dita cor de canela de damasco em meno mao uzo 2 Ditas e sanefa de xita grande 1 Pano de seda azul claro muito velho Castiçais 10 Castiçais grandes de bronze dos altares 2 Ditos pequenos de bronze 12 Ditos de estanho pequenos em mao uzo < quebrarãose 2 > 3 Alampadas de latão amarelo 1 Vazo para o lavatorio 2 Pares de galhetas de vidro Para a procição 1 Vestimenta verde com hum sinto emcarnado para S. João 1 Dita roxa com hum sinto emcarnado de Joel 4 Ditas cor de cafe de seda lavradas dos Profetas 5 Diamas para as Marias e S. João e Madanela 3 Cravos de pate dourados com sua pianha Martelo e troques de pau pintado Bronica [sic], escadinha, cluna, Filipo de papelão, huma lança, esponja com suas varas competentes // [fl. 76] 2 Esquadas de pau pintadas 12 Capas brancas da Confraria 1 Papagaio grande velho 2 Tapetes velhos 3 Sacras 2 sans e huma cobrada 1 Caxa de hostias de marfim 1 Dita de hostias de folha 1 Andor velho com seus paos em que vai a Senhora 1 Esquife em que vai o Senhor na Procição do Enterro 1 Caixão grande em que está o Senhor 1 Ferro grande de ver as sepulturas 9 Varas de galão de ouro largo e fino 10 De galão de retros e ouro de gornecer vestimentas Vara e meia de franja de retros 1 Vara de franja de retros e ouro 1 Sino com sua cadea de ferro 2 Caxones em que se guardão os frontais 1 Cofre com tres xaves Titilos 1 Livro antigo dos bens e rendas que tem a confraria 1 Dito antigo da receita e despeza e ileicons [sic] 1 Dito para se lançarem as contas da Confraria 1 Dito das contas da Confraria 1 Dito pequeno dos Irmaons da Confraria Escrituras 1 Escritura feita ao Padre João Dinis em 1736 1 Dita de Antonio Luis 1 Dita do Lenciado Manoel de Faria Aguiar 1 Dita de Manoel da Silva em 1708 1 Dita de Marsalo Joze de Coto em 1772 1 Dita de Luis Pedro de 1760 1 Dita da viuva do João Luis do Valle em 1754 1 Dita de compra do dominio util de hum foro 1 Dita de Manoel Joze de Bastos 1 Dita de Françisco de Borje 1 Testamento de Felipe Luis 1 Certidão de huma ileição 1 Sentença do Doutor Provedor das Capelas em 1736 1 Folha de aranjo que deixou Antonio Jorge 1 Inventario dos Juros e Foros da Confraria 1 Requerimento e portesto sobre a fazenda da Mexila E por não // [fl. 76v] E por não se achar mais nada pertencente a esta confraria do que se ve no dito inventario que principio a folhas quarenta e set verso e se finda digo a folhas setenta e quatro verso e se finda em setenta e seis verso fis este termo que todos comigo asignarão aos vinte e sinco de fevereiro de mil e oitocentos e sete eu Francisco dos Santos Coelho escrivão da dita Confraria o escrevi e asignei. (a) Françisco dos Santos Coelho (a) Joaquim Joze de Siqueira Pinto (a) Joze Thomas Sobral (a) O thezoureiro Francisco Joze Ventura

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