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Assinaturas tafonômicas como proxy para identificar variações entre concentrações conchíferas inseridas em contexto retrogradante CONFERENCE PAPER · AUGUST 2015 DOI: 10.13140/RG.2.1.1148.9121
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Fernando Erthal
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Available from: Matias Ritter Retrieved on: 17 August 2015
ASSINATURAS TAFONÔMICAS COMO PROXY PARA IDENTIFICAR VARIAÇÕES ENTRE CONCENTRAÇÕES CONCHÍFERAS INSERIDAS EM CONTEXTO RETROGRADANTE ELIS REGINA BELTRAM, MATIAS DO NASCIMENTO RITTER & FERNANDO ERTHAL Laboratório de Microfósseis Calcários, Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
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Os depósitos marinhos apresentam um comportamento tafonômico distinto ao longo de sistemas deposicionais e tratos de sistemas no ambiente marinho. Por exemplo, o registro tafonômico de concentrações conchíferas expressivas formadas no inicio do Trato de Sistemas Transgressivo é diferente do registrado no final da transgressão. Contudo, para os ambientes sedimentares transicionais, como lagunas e estuários, a interação entre a formação de concentrações conchíferas e seus aspectos tafonômicos permanece desconhecida. Na costa sul do Brasil, afloram depósitos conchíferos lagunares e estuarinos ainda poucos explorados sob ponto de vista tafonômico e cuja gênese está relacionada à evolução dos sistemas laguna-barreira pleistocênicos e holocênico - que compõem a Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRS). Com o intuito de melhor compreender a formação das concentrações conchíferas em ambientes transicionais e caracterizar os principais danos tafonômicos, foram coletadas amostras de dois afloramentos na porção sul da PCRS: na Praia das Maravilhas (S1) e no Arroio Chuí (S2). Ambos estão localizados em depósitos sedimentares do Sistema Lagunar IV, de idade holocênica, e foram formados em contexto de afogamento da região (retrogradação da barreira): S1 corresponde a um depósito condensado entre limite de fácies e S2 está igualmente relacionado ao contexto transgressivo, porém com posicionamento ainda indefinido. Foram avaliados, pelo mesmo observador, parâmetros como articulação, fragmentação, danos à margem (inteira e fragmentada), dissolução, alteração de fina escala, bioerosão e incrustação. Ambos os sítios apresentaram elevado grau de desarticulação e fragmentação e moderado grau de dissolução. Entretanto, em S2 a bioerosão e a incrustação foram potencializadas, com diferenças estatísticas em relação a S1. Além disto, foram realizadas datações AMS 14C, que revelaram que as amostras provenientes de S1 exibem uma maior amplitude temporal (1000 anos) do que o observado em S2 (220 anos), o que é o padrão encontrado para depósitos marinhos. Isto reforça que, embora inseridos em contexto transgressivo, os depósitos apresentam variação interna considerável referente ao time-averaging, consoante ao que ocorre nos depósitos marinhos. Além deste viés temporal, ainda pouco explorado, os parâmetros bioerosão e incrustação mostraram-se viáveis na distinção entre concentrações conchíferas em depósitos lagunares e estuarinos inseridos em contexto transgressivo. [FAPERGS 1982-2551/13-7]