ATITUDES E COPING PROACTIVO NO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS NA ADOLESCÊNCIA
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ATITUDES E COPING PROACTIVO NO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS NA ADOLESCÊNCIA Paulo C. Dias1, José António Garcia del Castillo2, Juan Carlos Marzo2, Filipa Coelhoso3 1Faculdade
de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, Portugal 2Universidad Miguel Hernández, Elche, Espanha 3Instituto Superior de Ciências Educativas de Felgueiras, Portugal
I. INTRODUÇÃO/OBJECTIVO
III. RESULTADOS
Ao longo dos últimos anos temos assistido ao aparecimento de novas áreas de investigação e ao refinar de novos conceitos, em resultado do avanço no conhecimento sobre o comportamento e os processos mentais subjacentes. Um dos processos que mais tem sido estudado nas ciências sociais é o das atitudes (Lima, 2002), especialmente pela sua forte correlação com o comportamento (Ajzen, & Cote, 2008; Ajzen, & Fishbein, 2005). As atitudes mais favoráveis parecem correlacionar-se com o consumo (e.g.: García del Castillo et al.,, 2012; Jiménez, Díaz & Ruiz, 2006; Moral, & Ovejero, 2005; Pimentel, Coelho Júnior, & Aragão, 2009). Contudo, tem sido menos exploradas novas perspectivas sobre as atitudes, nomeadamente as atitudes positivas, relacionadas intimamente com o coping positivo, que são crenças pessoais em que os sujeitos mobilizam os seus recursos para a melhoria pessoal e do seu contexto (Schwarzer, 1999; Greenglass, 2002). Estas atitudes, relacionadas com a auto-eficácia, sentido de controlo e autonomia (Albion, Fernie & Burton, 2005), aparecem na literatura como um construto distinto que facilita a motivação e acção. Indivíduos com uma atitude proactiva acreditam na existência de recursos pessoais e externos suficientes e assumem a responsabilidade pelo seu percurso (Schwarzer, 1999).
Atitudes e coping em função da experiência de consumo Como se percebe pela tabela abaixo, verificam-se diferenças significativas na predisposição para o consumo, índice de desagrado e percepção de satisfação em relação ao consumo das três substâncias. Relativamente ao coping e atitude proactivas, não parecem diferenciar entre consumidores e não consumidores.
Dessa forma, estabelece-se como objectivo estudar a relação entre atitudes e o coping com o consumo de substâncias na adolescência
II. MÉTODO Participantes A amostra foi constituida por 418 adolescentes, 228 dos quais rapazes (54.7%), com idades entre os 15 e os 18 anos, que frequentavam entre o 10º ano (n=189, 45.2% e o 12º ano (n=101, 24.24%), em diversos cursos, sendo o mais prevalente o curso de Ciências e Tecnologias (n=213, 51%). Medidas Foram utilizados três instrumentos, escalas para avaliar a atitude proactiva e atitude em relação ao consumo de substâncias, e coping proactivo, além de um questionário sócio-demográfico: - a Escala de Atitude Proactiva (Schwarzer, 1999), uma escala com 8 itens e resposta fechada que avalia a percepção de recursos pessoais para a ação; - a Escala de Coping Proactivo, uma das subescalas do "Inventário de Coping Proactivo" desenvolvido por Greenglass, Schwarzer e Taubert (1999), com 14 itens, e que avalia estratégias de coping “activas”, utilizadas pelas pessoas quando se confrontam com um determinado problema; - e as Escalas de Atitudes em Relação ao Tabaco, Álcool e Drogas (García del Castillo & López, 2001), três escalas com 12 itens cada, que permitem avaliar a atitude de predisposição, índice de desagrado e percepção de satisfação pelos consumos. Procedimentos Após autorização dos autores, das direcções das escolas e dos pais dos alunos do ensino secundário no norte do País, após a autorização da direcção das escolas, os foram instrumentos distribuídos e preenchidos pelos alunos na sala de aula, durante o horário lectivo normal, em tempos cedidos pelos professores para o efeito. Após a recolha de dados, as respostas foram codificadas e analisadas no programa de tratamento estatístico Statistical Package for Ssocial Sciences, versão 15.
Tabela 1. Atitudes e coping em função da experiência de consumo de substâncias. Sim Coping Pró-activo Atitude Pró-activa
Não
t
gl
p
27,718
28,052
-,742
374
,458
17,378
17,858
-1,583
393
,114
16,689
19,363
-8,778
410
,000
11,701
13,916
-7,866
406
,000
Percepção de satisfação pelo consumo de tabaco
13,726
15,256
-7,370
407
,000
Coping Pró-activo Atitude Pró-activa
27,973
26,956
1,492
373
,137
17,568
17,532
,078
392
,938
17,626
18,840
-2,445
409
,015
12,443
13,720
-2,847
405
,005
Percepção de satisfação pelo consumo de álcool
14,219
15,333
-3,340
406
,001
Coping Pró-activo Atitude Pró-activa
26,750
27,977
-1,371
372
,171
16,565
17,649
-1,699
391
,090
13,360
18,088
-7,413
408
,000
9,040
12,856
-6,470
404
,000
Percepção de satisfação pelo consumo de drogas.
12,083
14,517
-5,481
405
,000
Coping Pró-activo Atitude Pró-activa
27,941
27,876
,085
371
,932
17,438
17,597
-,290
390
,772
14,158
18,172
-7,657
408
,000
9,974
12,916
-6,050
403
,000
12,865
14,523
-4,500
404
,000
Experiência de Predisposição em relação ao tabaco consumo tabaco Índice de desagrado em relação ao tabaco
Alguma Predisposição em relação ao consumo de álcool experiência de consumo de Índice de desagrado em relação ao consumo de álcool álcool
Experiência de Predisposição em relação ao consumo de droga consumo de marijuana Percepção de risco em relação ao consumo de droga
Experiência de Predisposição em relação ao consumo de droga consumo de cocaína, crack ou outros tipos Percepção de risco em relação ao consumo de droga de droga Percepção de satisfação pelo consumo de drogas.
Atitudes e coping em função de variáveis pessoais. De acordo com os dados, verificou-se apenas uma relação negativa entre a idade e a atitude em relação às drogas nas três subescalas (p
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