Atividade da enzima Glutamato Oxaloacetato Transaminase (GOT) em Ruditapes philippinarum
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Enzimologia Atividade da enzima Glutamato Oxaloacetato Transaminase (GOT) em Ruditapes philippinarum
Prof.ª Dr.ª Etelvina Figueira
Trabalho realizado por: Rodrigo Meneses, 73100
João Romão, 72466 Carolina Neto, 67961
Caso de estudo – Ruditapes philippinarum • Várias espécies marinhas são capazes de se adaptar a diferentes salinidades, ao regular a sua pressão osmótica (Jobling, 1994). • Organismos marinhos podem acumular arsénio que é tóxico (Ventura-Lima et al., 2011). Além disso, diversas salinidades podem alterar a resposta toxicológica de ameijoas ao arsénio, afetando o seu proteoma e metaboloma (Wu et al., 2013). • Clowes e Francesconi (2004) concluíram que alguns bivalves conseguem usar valores elevados de arsénio como um osmólito em salinidade alta
A salinidade e arsénio têm efeitos no metabolismo de Ruditapes?
Salinidades de 14 e 42 g/L simulam fenómenos de chuvas intensas e secas (em relação a 28 g/L)
O arsénio pode ser tóxico na sua forma inorgânica ou actuar como osmólito na sua forma orgânica
Efeitos na actividade enzimática da GOT
G1: sal 28 g/L G2: sal 14 g/L G3: sal 42 g/L G4: sal 28 g/L + 2 mg/L As
Quantificação da proteína – Método do Biureto 0,800 y = 0,0225x + 0,0138 R² = 0,9952
0,700
mgprot/mL
0,600
ΔAbs540
100 µL da amostra ou padrão em cuvettes (0, 5, 10, 20 e 30 mg/mL)
0,500
amostras
G1
G2
G3
G4
média
desvio
cv
0,400
C
8,19
11,25
11,74
6,90
9,52
2,35
0,25
14
5,25
9,79
9,08
8,41
8,13
2,00
0,25
42
9,65
16,23
13,52
9,70
12,28
3,20
0,26
As
8,36
20,72
11,74
13,88
13,68
5,22
0,38
0,300 0,200
1 mL de reagente de Biureto em cada cuvette; Uniformizar e deixar decorrer a reacção durante 10 min à temperatura ambiente
Ler absorvância a 540 nm; calibrar espectrofotómetro com a concentração 0 mg/mL
0,100 0,000 0
10
20 Concentração (mg/mL)
30
40
Determinação da actividade da GOT G1 2,7
3
2,5
2,5
2,3
C
2,1
14
1,9
1
2
3
500 µL amostra + 500 µL reagente (numa cuvete); uniformizar
4
5
6
7
8
C
1,5
14 42
0,5
As
1,5
2
1
42
1,7
As
0
9
1
2
3
4
Tempo (min)
5
2,5
3
2
C
1,5
14
1
42
0,5
As
0 3
4
Tempo (min)
5
6
Abs340
3,2
2
7
8
9
10
G4
3
1
6
Tempo (min)
G3
Abs340
Medição da absorvância a 340 nm, de 1 em 1 min, durante 7 min (excepto grupo 3 – 4 min).
Abs340
Abs340
Preparação do reagente
G2
2,8
C
2,6
14 42
2,4
As
2,2 1
2
3
4
5
Tempo (min)
6
7
8
Resultados – Grupo 3 U/mg prot 0,04793 U/g FW
1,1254
14
42
As
0,60201
0,1018
0,14379
10,9325
2,73312
3,37621
Actividade Específica 0,7 0,6 0,5
U/mg prot
C
Actividade Específica:
214
0,3
342
0,2
4 As
0,1
• Aumentou tanto com a diminuição como com o aumento de salinidade; • Aumentou com a adição de Arsénio. • Resposta maior para menor salinidade (14 g/L).
0
C1
2 14
42 3
As 4
Actividade Enzimática 12
Actividade Enzimática:
10
U/mg FW
• Aumentou tanto com a diminuição como com o aumento de salinidade; • Aumentou com a adição de Arsénio. • Resposta maior para menor salinidade (14 g/L).
1C
0,4
8
1C
6
2 14
4
3 42 4 As
2 0 1C
2 14
3 42
4 As
Resultados – Comparação entre grupos G1 C 0,067 1,102
U/mg prot U/g FW
G2
14 5,302 55,673
42 0,095 1,837
As 0,225 3,767
C U/mg prot 0,08932 U/g FW 2,00965
Actividade Específica
42 0 0
As 0,00194 0,08039
C U/mg prot 0,233 U/g FW 3,21543
214
2
3 42
1
4 As
1C
3
214
2
3 42
1
0
U/mg prot
3
U/mg prot
4
4 As
0 2 14
42 3
1C
Actividade Enzimática 40
1C
30
2 14
3 42 4 As
10 0
U/mg FW
50
20
14 2
42 3
C1
14 2
As 4
1C
0,4
2 14 3 42
0,2
As 4
4 As
C1
12
80
10 1C
60
2 14
40
3 42
20
2 14
42 3
As 4
Actividade Enzimática
100
4 As
0
42 3
0,6
Actividade Enzimática
60
As 0,11004 3,05466
0
4As
U/mg FW
C1
42 0,01657 0,32154
0,8
4 1C
14 0,67864 11,4148
Actividade Específica
5
5
U/mg prot
14 4,17941 81,8328
Actividade Específica
6
U/mg FW
G4
1
6
2 14
4
3 42
2
4 As
0
C1
2 14
42 3
4As
C
8
C1
2 14
42 3
As 4
Discussão • O aumento de salinidade (42 g/L) provocou respostas em sentidos diferentes entre grupos (2 aumento : 1 diminuição – falta de dados do grupo 2). • A diminuição de salinidade (28 g/L) provocou sempre um aumento na resposta, ou seja, um aumento tanto na actividade específica como na actividade enzimática. • O aumento da concentração de sal pode interferir com as ligações de hidrogénio que conferem à proteína a sua dimensão tridimensional (Cecie Starr et al, 2011) • A dissociação de NaCl em Na+ e Cl- pode levar a interações ião-dipolo entre Cl- e H+, mais fortes que as ligações de hidrogénio, causando portanto a desnaturação da molécula.
Ligação ião-dipolo
Ligação de hidrogénio
Discussão • A adição de arsénio provocou respostas em sentidos diferentes entre grupos (2 aumento : 2 diminuição). B. A. Fowler (1983) enumera vários mecanismos de inactivação de enzimas pelo arsénio:
Binding of inorganic arsenite (iAsIII) […] to cysteines in a protein. Shen et al., 2013 B. A. Fowler, 1983
Discussão • Vutukuru et al., 2007, verificaram a exposição de arsénio provocou um aumento de actividade de AST da carpa rohu (Lateo rohita), ao fim de 24 e 96 horas. É provável que o aumento da actividade enzimática tenha sido devido ao aumento da síntese desta enzima pelo fígado.
The toxic effect of arsenic trioxide (28.30 mg/L) on the AST activity of Labeo rohita at the end of 24 and 96 h exposure periods (P
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