Aula 2 - Parasitologia Geral - 2014/2

August 8, 2017 | Autor: D. Reis Joaquim d... | Categoria: Parasitology, Parasitología, Parasitologia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Departamento de Parasitologia e Microbiologia

PARASITOLOGIA GERAL

Profª Drª Daniela Reis Joaquim de Freitas [email protected]

Princípios de Parasitismo

Amebas

Esporozoários

Entamoeba hystolitica

Criptosporidium Plasmodium Toxoplasma

Protozoários Flagelados

Giardia Trichomonas Trypanosoma Leishmania

Ciliados

Balantidium

Nematódeos Intestinais e Filárias

Nematelmintos

Metazoários Trematódeos

Schistosomas e Fascíola hepática

Cestódeos

Tênias

Platelmintos

Números e parasitoses Amebíase Filaríase

2%

6% Schistosoma

Chagas Trematódeos 1% 2%

Leishmania 1%

Dracuncolose 0%

9%

Malária 14%

Helmintos 65%

Bilhões de Parasitoses

Impacto das Parasitoses

Malária 

500 milhões de casos agudos / ano



1.5 milhões mortes / ano



Em risco: 40% da população mundial, em mais de 90 países.



Maior parte das mortes em crianças (Taxa atual de mortalidade 35.000 crianças /semana



20 milhões de turistas / ano em risco.

Impacto das Parasitoses Primeira causa de morbidade em Países em Desenvolvimento, juntamente com: 

Doença respiratória aguda (causas múltiplas)



Diarréia (causas múltiplas) 

mata 4X mais pessoas por ano que o HIV



o orçamento mundial para investigação é 15x inferior

Impacto veterinário difícil de avaliar 

Milhões em antibióticos, vacinas e outras medidas profiláticas



Áreas inteiras não utilizáveis devido aos parasitas

Geografia das parasitoses

Resistência

Dentro de parasitismo, algumas definições: Hospedeiro definitivo Aquele no qual o parasita tem a sua forma adulta ou vida reprodutiva (reprodução sexuada)

Hospedeiro Intermediário Aquele em que o parasita vive em estado larval (reprodução assexuada)

Reservatório População de hospedeiros nos quais o parasita vive, multiplica e perpetua.

Zoonose Parasitose por parasitas normalmente encontrados em animais e ocasional-mente transmitidos ao homem.

Classificação de Parasitas OBRIGATÓRIOS 

Não sobrevivem fora do hospedeiro 

Ex.: Enterobius vermicularis (helminto), alguns protozoários, vírus

FACULTATIVOS 

Livres, mas em contato com o hospedeiro evoluem. 

Ex.: fungos

Casos especiais ACIDENTAIS 

Podem causar danos 

Ex: ingestão acidental de larvas de moscas.

PSEUDOPARASITAS 

Não causam danos ao hospedeiro. Podem ser detectados em exame coproparasitológico 

Ex: alguns quistos de protozoários

Classificação quanto ao tipo

FITOPARASITAS 

bactérias, fungos

ZOOPARASITAS 

artrópodes, helmintos e protozoários

Contato com o homem PERMANENTE 

Constantemente em contato com o hospedeiro 

Ex: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis

PERIÓDICOS 

Parte de seu ciclo é de vida livre e parte é dentro do hospedeiro 

Ex: Necator americanus e Ancylostoma duodenale (vida livre: larva / dentro do hosp.: adulto)

Contato com o homem TEMPORÁRIO 

insetos hematófagos

REMITENTE 

em constante contato com o hospedeiro e temporariamente alimenta-se de sangue



Ex: piolho, pulga

INTERMITENTE 

só entra em contato com o hospedeiro no momento de se alimentar

Quanto à especificidade ESTENOXENO: Alta especificidade. 

Ex: Trichuris trichiura - específico da espécie humana

EURIXENO: Ampla especificidade 

Ex: Toxoplasma gondii - homem, felinos, ...

OLIGOXENO: Pouca especificidade 

Ex: Plasmodium malariae - homem e primatas

Quanto à Alimentação ESTENOTRÓFICO 

Alimenta-se de apenas um tipo de alimento 

Ex: sangue

EURITRÓFICO 

Alimenta-se de várias substâncias 

Ex: Taenia solium - quimo intestinal



Ancylostoma duodenale - quimo e sangue

Quanto ao Tipo de Ciclo MONOXENO: 

Completa seu ciclo em apenas 1 hospedeiro, não tem larva 

Ex: Ascaris lumbricoides

HETEROXENO: 

Necessita de mais de 1 espécie para completar o seu desenvolvimento 

Ex.: Taenia saginata, Echinococus granulosus, Plasmodium

AUTOXENO: 

2 fases (larva e adulto) ocorrem no mesmo hospedeiro 

Ex: Hymenolepsis nana

Quanto à Localização

ERRÁTICO ou ATÓPICO 

Parasita encontrado em locais não típicos. Aumenta a gravidade da parasitose.

DESVIADOS ou TRANSVIADOS 

Mudança no hospedeiro habitual.

 Vetor - conceito Inseto que transporta o agente etiológico 

MECÂNICO  Não ocorre multiplicação, apenas transporta.  Ex: algumas moscas



BIOLÓGICO  O agente etiológico faz um ciclo propagativo e/ou evolutivo  Ex.: Plasmodium e Anopheles

Vetor PROPAGATIVO 

O parasita multiplica-se no vetor

PROPAGATIVO EVOLUTIVO 

Multiplicação e evolução

Quanto às portas de entrada PER OS : entram pela boca (principalmente) 

Através de água, alimentos, ar, fomites (instrumentos inanimados)



Ocorre com a maioria dos enteroparasitas veiculadores de agentes etiológicos.

Quanto às portas de entrada PER CUTEM : entram pela pele 

Penetração ativa: LFI (larva filarióide infectante)



Penetração passiva: inoculação pela ação de picadas de insetos

VIA MUCOSA ou CONJUNTIVA VIA INALATÓRIA PLACENTA VIAS GENITAIS

Quanto à disseminação pelo organismo Via sanguínea: 

Hemoparasitas (Ex.: T. cruzi)

Via linfática: 

Ex. Wuchereria bancrofti

Pela pele: 

ectoparasitas

Fim da parte I

 PARASITISMO E DOENÇAS PARASITÁRIAS Fatores de Influência

FATORES INERENTES AO PARASITA

1. Número de Exemplares 2. Capacidade de multiplicação dos parasitas no hospedeiro 

Ex: P. falciparum tem maior capacidade de multiplicação que o P. vivax

3. Dimensões 4. Localização

FATORES INERENTES AO PARASITA

5. Virulência: relacionada com a cepa. 

Ex: P. vivax é menos virulento que P. falciparum

6. Vitalidade: 

Enterobius vermicularis - 18 meses; Taenia saginata - 20 a 30 anos

7. Associações parasitárias: 

Ex: Entamoeba hystolitica - tem a sua ação facilitada pela dilaceração da parede do Intestino por outros microorganismos

 FATORES INERENTES AO HOSPEDEIRO 1. Idade: quanto mais jovem, menor é a defesa 2. Imunidade: menor gravidade da segunda infecção 3. Alimentação: alotriofagia (falta de Fe - ancilostomíase) 4. Doenças intercorrentes: indivíduos com pneumonia agravada quando adquirem parasitas pulmonares 5. Flora bacteriana associada 6. Medicamentos usados: cortisona ( imunodepressor) 7. Usos e costumes: árabes tem alto consumo de carne crua, africanos andam descalços 8. Tensão emocional: diminui a resposta imunológica

 AÇÃO SOBRE O HOSPEDEIRO

ESPOLIATIVA: retira o alimento TRAUMÁTICA: trauma no hospedeiro 

Ex: Taenia solium com escólex que se fixa à mucosa intestinal.

OBSTRUTIVA COMPRESSIVA TÓXICA: secreções e excreções dos parasitas IRRITATIVA: presença do parasita no organismo do hospedeiro ANÓXICA: ocasionada por parasitas que consomem oxigênio

PERÍODOS PARASITÁRIOS

1. Pré - patente 2. Patente 

(pode haver diagnóstico direto)

3. Sub-patente 

(não há comprovação diagnóstica)

4. Cura

PERÍODOS CLÍNICOS

1. Incubação 2. Sintomático 3. Latente 

(não há comprovação diagnóstica)

4. Recaídas 

(diminui a resistência imunológica, voltam os parasitas)

5. Convalescença

... Lembrando que: Doença é o desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto (...). Processo que conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais.

Infestação: __________________________________________ Infecção: ___________________________________________

... Lembrando que: As propriedades dos patógenos que mais importam são aquelas que regem sua relação com o hospedeiro e as que contribuem para o aparecimento de doença como produto dessa relação.

FIM

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