Euclides Luis QUEIROZ DE VASCONCELOS1; Adriana Pontes VIANA²; Pedro Roberto de OLIVEIRA³; Hérlon Mota ATAYDE4; Laíza Caroline LOBO DE SOUZA¹ de Engenharia de Pesca – Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) – Universidade Federal do Amazonas (UFAM); 2Engenheira de Pesca, Mestre em Ciências Pesqueiras - FCA/UFAM; Doutor da FCA-UFAM; 4 Engenheiro de Pesca, Doutorando em Ciências Pesqueiras – FCA/UFAM 1Acadêmicos
Autor para correspondência:
3Engenheiro
de Pesca, Professor
[email protected] METODOLOGIA
INTRODUÇÃO Na Bacia Amazônica, o pirarucu (Arapaima gigas) tem significativa importância comercial e, nos últimos anos, vem sofrendo os efeitos negativos da sobrepesca. Sua principal forma de conservação e comercialização é a manta salgada, produzidas nos municípios de Manaus e Fonte Boa de forma empírica. As associações entre produção artesanal, transporte e armazenamento inadequados prejudicam a qualidade do produto, propiciando o crescimento e aparecimento de Salmonella, fungos, Estafilococos e outros microrganismos halofílicos prejudiciais à saúde dos consumidores (SILVA, 2005). Diante dessas considerações, torna-se importante avaliar a qualidade do pirarucu salgado-seco produzido nesses locais e comercializados para os demais municípios amazonenses, comparando os dados obtidos com os parâmetros microbiológicos preconizados pela legislação brasileira vigente.
Amostras de pirarucu salgado-seco (N=20)
Manaus e Fonte Boa – AM
Unidade de Procedimentos Microbiológicos – FCA/UFAM
25g (amostra analítica) + 225 mL de água peptonada 0,1%
Quantificação microbiana (Estafilococos coagulase positiva, bactérias halófilas e fungos filamentosos e unicelulares)
diluições sucessivas
Determinação de presença/ausência de Salmonella sp.
25g (amostra analítica) + 225 mL de caldo lactosado
OBJETIVO Analisar e comparar as características microbiológicas do pirarucu salgado-seco comercializado nos município de
Figura 1 – Fluxograma dos procedimentos de coleta e analítico-microbiológico
Fonte Boa e Manaus.
RESULTADOS Tabela 1 – Análises microbiológicas das amostras de pirarucu salgado-seco comercializado na Feira PANAIR/Manaus e Feira de Fonte Boa/Fonte Boa, todos em cidades do Amazonas
Amostras
Estafilococos coagulase positiva (UFC/g) D
PANAIR
A
1,8x105
Bactérias halofilicas (UFC/g) D
1,2x105
D
6,0x105 máx. 5x10²
Fonte Boa
A
Fungos R
6,3x10³
D
2,4x10³
A
Ausência 103
n.d 1,3x105
Salmonella sp.(25g)
Ausência Ausência
Legenda: UFC/g = Unidades Formadoras de Colônia por grama de produto; D = detectado; A = aceitável; R = recomendável; n.d. = não determinado.
CONCLUSÃO Os resultados permitem concluir que o pirarucu salgado-seco comercializado em ambas as feiras encontram-se impróprios para o consumo humano. Indicando a necessidade de tecnologias para obtenção de pirarucu salgado-seco isento de riscos à saúde do consumidor.
REFERÊNCIAS BRASIL – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÃNCIA SANITÁRIA – ANVISA Resolução – RDC n°12, de janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre os padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 de jan. 2001. SILVA; IVONETE QUARESMA DA. Análises microbiológicas da carne de pirarucu (Arapaima gigas), salgado/seco comercializado em feiras e supermercados de Belém e elaboração de produtos seco - salgado em laboratório visando estabelecer a vida-de-prateleira. Projeto de Iniciação Cientifica PIBIC/CNPq. Belém/PA. 2005.
AGRADECIMENTOS
TRABALHO COMPLETO APRESENTADO NO