Bases Ecológicas para o Desenvolvimento Sustentável - Aula 4 A Crise nas Cidades.

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Cap. 4- A Crise nas Cidades

Adaptação Brasileira: Ricardo Motta Pinto–Coelho.

Cap. 04

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

O leste dos EUA é uma das áreas mais densamente urbanizadas do mundo

Populações Urbanas na A.L.

Percentuais de urbanização na América Latina

O Brasil é um país urbano

Água

Mobilidade Urbana

Violência

Resíduos Sólidos

Crise nas Cidades

Consumo

Poluição

Moradia Saúde

Governança

Pinto-Coelho, R.M. Original

População e terras disponíveis O crescimento das populações humanas já ultrapassou a biocapacidade dos solos na Ásia, Europa e A. Norte. - A não sustentabilidade dos recursos naturais da terra está cada vez mais evidente. A competição desenfreada, a explosão das demandas nos BRICS e o enorme crescimento das populações em vários países em desenvolvimento (África) colocaram em cheque a disponibilidade de recursos (água, energia, comida, espaço). - A produção de alimentos que é necessária para manter toda a população humana está obrigando a países tais como o Brasil a exaurir os seus antes abundantes recursos naturais. A crise das águas no Brasil é um bom exemplo. - De acordo com o Relatório “Footprint of Nations” publicado em 2005, a humanidade necessita de 21,9 hectares por pessoa enquanto estariam disponíveis apenas 15,7 hectares por pessoa considerando a capacidade real de suporte dos agroecossistemas terrestres. O resultado desse déficit é a carestia dos alimentos, a crescente escassez de água, a crescente degradação dos solos e dos recursos pesqueiros.

Fontes: IEA, 2007; UNFCCCCDIAC, 2006, World Bank, 2006, WWF, 2006)

Populações que vivem em zonas litorâneas e degradação do litoral. Megacidades costeiras. Muitas das áreas costeiras de todo o mundo têm experimentado um rápido crescimento de populações humanas e de suas atividades sócio-econômicas (Bijlsma e outros 1996 , WCC'93 1994 , Sachs e outros, 2001 e Nicholls, 2003). A densidade média da população nas zonas costeiras é agora duas vezes maior que a média global (UNEP 2005d) . Em todo o mundo, mais de 100 milhões de pessoas vivem em áreas não mais do que 1 m acima do nível do mar (Douglas e Peltier 2002). Das 33 megacidades do mundo, 26 estão localizadas em países em desenvolvimento, e 21 estão em zonas costeiras (Klein e outros 2003).

Fonte: UNEP 2002b, based on Burke and others 2001, Harrison and Pearce 2001

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

América Latina e Caribe Vetores de mudança América Latina e o Caribe (LAC ) compreendem, juntos, 33 países. Essa região pode ser subdividida, por sua vez, em três sub-regiões: Caribe, Meso- América ( México e América Central) e América do Sul . Mais de 560 milhões de pessoas vivem nessas 3 sub-regiões, representando mais de 8 por cento da população mundial. Desse total, mais da metade, está concentrado no Brasil e no México. Entre a publicação do relatório da Comissão Brundtland, em 1987 e 2005, a população da região cresceu quase 34%. Enquanto a taxa de crescimento anual da população da região caiu 1,93-1,42%, as taxas de crescimento continuam ainda bem acima de 2%, em vários países da América Central. Durante o mesmo período, a expectativa de vida regional aumentou de cerca de 66 a 71 anos (GEO Data Portal, UNPD 2007).

Melhoria da saúde ambiental requer reforma urbana com urgência

Favelas, aglomerados e palafitas expõem o cidadão a graves riscos em sua segurança e saúde pessoal. Esses tipos de aglomerações urbanas deveriam ser extintos através de um amplo programa de reforma urbana. Credit: Mark Edwards/Still Pictures

América Latina: é uma terra dos contrastes onde, muitas vezes, a riqueza e a pobreza convivem em uma proximidade geográfica que torna intolerável a vida comunitária, sem todo tipo de violência .

Consumo

Saúde

Verticalização

Clima

Trânsito

Segurança

Tensões Socais Pinto-Coelho, R.M. Original

A urbanização vem afetando todos os indicadores ambientais na Ásia Ocidental População urbana em % da população total na Ásia Ocidental.

Consumo de energia per capta em alguns países da Ásia Ocidental. O Oeste da Ásia detém cerca de 52% do petróleo do mundo e 25,4% das reservas de gás. Ele é responsável por quase 23% da produção de petróleo mundial e cerca de 8,7% da produção de gás global (OAPEC 2005). E essa contribuição deve aumentar ainda mais. O consumo per capita de energia na região varia muito entre os países produtores de petróleo e os produtores não-petrolíferos. O setor da energia tem impactos adversos em ar, água, terra e recursos marinhos, e contribui para a mudança climática global. A média das emissões de CO2 per capita aumentou 6-7,2 toneladas entre 1990 e 2003, em comparação com a média mundial de 3,9 toneladas (portal de dados GEO, compilados a partir de UNFCCC - CDIAC 2006) .

Produção de lixo per capta em alguns países da Ásia Ocidental. A rápida urbanização, gestão de resíduos inadequada e excesso de consumo resultaram em aumento da geração de resíduos. Resíduos sólidos capita do países do golfo varia entre 0,73 e 1,4 kg/pessoa.dia-1, em comparação com 0,61 e 0,86 kg/pessoa.dia-1 no Mashreq (figura) . A incapacidade dos sistemas de gestão de resíduos existentes levou a significativos prejuízos à saúde e à problemas ambientais. A presença de aterros sanitários, queima de resíduos, pragas de roedores e excesso de odores também deprimiu os valores dos imóveis em torno áreas residenciais (UNEP,2011).

Água como Recurso Natural “solução”

Água como Efluente “problema”

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

Gestão das Águas nas Cidades

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

Uma pergunta que não quer se calar Porque não são mais utilizados os sistemas de captação de água de chuva e reciclagem de água no Brasil.

Pinto-Coelho, R.M. 2009. Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável no Brasil.

Pinto-Coelho et al. 2012. Atlas da Qualidade da Água da Pampulha.

Pinto-Coelho et al. 2012. Atlas da Qualidade da Água da Pampulha.

Pinto-Coelho et al. 2012. Atlas da Qualidade da Água da Pampulha.

Pinto-Coelho et al. 2012. Atlas da Qualidade da Água da Pampulha.

Automóvel e a cidade

Distribuição mundial de automóveis (per capta) no mundo

Categorias (em tons de verde claro - escuro) CAT.1 601+ CAT 2 501-600 CAT 3 301-500 CAT 4 151-300 CAT 5 101-150 CAT 6 61-100 CAT 7 41-60 CAT 8 21-40 CAT 9 11-20 CAT 10 0-10

Frota de automóveis no Brasil (1979-2009)

Pedágio urbano em Londres A medida, inicialmente tida como muito polêmica, foi um sucesso pois induziu mudanças de comportamento tais como o abandono de veículos grandes, que produzem elevadas emissões de GHG e ainda causou uma redução de 15% no fluco de veículos no hipercento da cidade.

Matriz energética na América do Norte

Matriz energética brasileira

Produção de carros movidos à eletricidade no mundo (2009-2015)

Alternativas para o caos no tráfego e transporte urbano nas cidades da A.L. Transporte coletivo planejado e de boa qualidade

The integrated public transportation system in Curitiba, Brazil. Credit: Ron Giling/Still Pictures

Metrô São Paulo

Metrô Rio de Janeiro

Metrô Brasília, DF

Metrô Belo Horizonte

Excesso de consumo está sufocando a humanidade

Consumo na Europa entre 1995 e 2005

Governança

A Governança Ambiental nos países da região Poucos recursos, má capacitação, mas muitas viagens internacionais É um fato incontestável que a questão ambiental ainda não atingiu o status de prioridade de governo na grande maioria dos países da região (Gabaldon e Rodriguez 2002). Para a maioria dos países latino-americanos, grandes investimentos em infra-estrutura de transportes ou a construção de hidroelétricas são temas considerados de “segurança nacional”. Na grande maioria dos casos, as instituições que cuidam das questões ambientais possuem menos do que 15 anos. Apesar disso, elas sofrem frequentes mudanças em sua estrutura organizacional e administrativa e não conseguem alterar o quadro de funcionários tipicamente deficiente e pouco motivado. Outro aspecto negativo, é a grande escassez de recursos que essas instituições ambientais sofrem em quase todos os países da região. Apesar desses pontos fracos, a participação dos países dessa região nos acordos globais na área ambiental é geralmente alta (MEAs).

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

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Pinto-Coelho & Havens, 2015. A Crise nas Águas.

Muito Obrigado ! Prof. Dr. Ricardo Motta Pinto-Coelho LGAR – ICB - UFMG Para outras informações LGAR-ICB-UFMG Sala I3 254 Telefone: 031 3409 2574 E-mail: [email protected] http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/BEDS/

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