BIOFLUORESCÊNCIA NUMA AMOSTRA DE BIOFILME DE UMA ESTRUTURA HIPOGEICA DO MONTE BRASIL, TERCEIRA, AÇORES, PORTUGAL
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FIPED III- Portugal “Investigar é Inovar”, 12 e 13 de Abril de 2013, Angra do Heroísmo
BIOFLUORESCÊNCIA NUMA AMOSTRA DE BIOFILME DE UMA ESTRUTURA HIPOGEICA DO MONTE BRASIL, TERCEIRA, AÇORES, PORTUGAL Ana Garcia, Catarina Moreira, Joana Paquete & Félix Rodrigues Universidade dos Açores – Campus de Angra do Heroísmo
Resumo Analisou-se um biofilme colhido no teto de uma estrutura hipogeica do Monte Brasil, ilha Terceira, Açores, Portugal (ver figura 1) de modo a identificar possíveis moléculas aí existentes que respondessem à radiação eletromagnética e como tal pudessem vir a ser utilizadas como bioindicadoras de processos biológicos.
Figura 1- Estrutura hipogeica do Monte Brasil, de onde se colheu o biofilme. Quando observada ao microscópico ótico a amostra em análise era constituída por bactérias e algas, predominando entre essas últimas as diatomáceas. Após a reação da amostra com ácido clorídrico, esta foi neutralizada com hidróxido de sódio e estudou-se o seu comportamento com luz ultra violeta (UV). A solução apresentou quatro fases distintas quando irradiada com luz UV: uma de cor acastanhada, outra de cor branca, uma gelatinosa compacta esbranquiçada e, por último, uma fase azul-esverdeada. A fluorescência da fase azul-esverdeada aparece num ambiente químico básico, tendose colocado várias hipóteses interpretativas para essa coloração: a) dever-se a um mineral; b) dever-se a um complexo orgânico, c) ou então dever-se à presença de uma proteína fluorescente. 1
FIPED III- Portugal “Investigar é Inovar”, 12 e 13 de Abril de 2013, Angra do Heroísmo
Para testar as várias hipóteses efetuaram-se várias análises: termo-óticas, espectrofotométricas e de absorção atómica. As proteínas quando sujeitas a temperaturas elevadas desnaturaram-se, todavia, a fluorescência azul-esverdeada da amostra não desapareceu, quando a fase azulesverdeada, após separação, foi sujeita a diferentes temperaturas, sendo a temperatura máxima a que se sujeitou a amostra, de 100ºC (ver figura 2).
Figura 2- Solução verde fluorescente obtida em laboratório. A análise por absorção atómica da amostra revelou que essa era rica em cálcio, magnésio, potássio e sódio, e possuía níveis relativamente elevados de zinco. Na análise espectrofotométrica verificou-se que abaixo dos 400 nm começa a haver uma grande absorção de radiação até aos 200 nm, compatível com a existência de proteínas fluorescentes azul esverdeadas que absorvem radiação em torno dos 258 nm. Das hipóteses anteriores, a que melhor explica os resultados obtidos é aquela que aponta para a presença de proteínas fluorescentes na amostra (ver figura 2).
Figura 3 – Estrutura da Proteína Verde Fluorescente e células que contêm essa proteína (Imagens adaptadas de Fisiquiweb, (2013)) 2
FIPED III- Portugal “Investigar é Inovar”, 12 e 13 de Abril de 2013, Angra do Heroísmo
Bibliografia Esteves, B. (2009). Proteína fluorescente revolucionou biologia. www.cienciahoje.uol. com.br. Data de consulta: Dezembro de 2012. Fisiquiweb. 2013. Premio Nobel de química 2008. http://web.educastur.princast.es/ proyectos/ fisquiweb/PNob/PNobQ08.htm. Data de consulta: Fevereiro de 2013. Zeiss, C. (2012). Introduction to fluorescent proteins. www.zeisscampus.magnet. fsu.edu. Data de Consulta: Dezembro de 2012.
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