C. P. Falcão, \"Manuscritos iluminados. A União Europeia também começou assim\", in \"Jornal I\", 23/09/2013

June 30, 2017 | Autor: M. Bilotta | Categoria: Canon Law, Art History, Medieval History, Portuguese Studies, Medieval Studies, Portuguese History, Rare Books and Manuscripts, Portuguese Medieval History, Illumination (Manuscripts, Books), Medieval Europe, Medieval Canon & Roman Law, Medieval Art, Manuscripts (Medieval Studies), Codicology of medieval manuscripts, Medieval illuminated manuscripts, Medieval Canon Law, Histoire de l'art, Manuscripts, Historia del Arte, cross-cultural artistic exchanges in the 14-15th cent Mediterranean, Enluminures, Enluminure, Medditerranean cross-cultural artistic exchanges, Miniatura medievale, Manoscritti; Codicologia; Storia Delle Biblioteche, Manuscrits Enluminés, Histoire De L'art Médiévale, Manuscripts of Roman and Canon Law, Medieval Canon and Roman Law, Histoire Del L'Art, Histoire De L'Art Médiéval, Portuguese History, Rare Books and Manuscripts, Portuguese Medieval History, Illumination (Manuscripts, Books), Medieval Europe, Medieval Canon & Roman Law, Medieval Art, Manuscripts (Medieval Studies), Codicology of medieval manuscripts, Medieval illuminated manuscripts, Medieval Canon Law, Histoire de l'art, Manuscripts, Historia del Arte, cross-cultural artistic exchanges in the 14-15th cent Mediterranean, Enluminures, Enluminure, Medditerranean cross-cultural artistic exchanges, Miniatura medievale, Manoscritti; Codicologia; Storia Delle Biblioteche, Manuscrits Enluminés, Histoire De L'art Médiévale, Manuscripts of Roman and Canon Law, Medieval Canon and Roman Law, Histoire Del L'Art, Histoire De L'Art Médiéval
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descoberta em Portugal de manuscritos jurídicos estrangeiros que remontam à Idade Média revela episódios históricos e o trabalho de estudiosos, mas também relatos de viagens. E assim foi. Entre Portugal e outros países europeus, manuscritos entraram e saíram, alguns dos quais podem agora ser vistos na exposição “Os Manuscritos Jurídicos Iluminados”, na Biblioteca Nacional, Lisboa, até 5 de Outubro. A investigadora Maria Alessandra Bilotta, que integra a organização da exposição, explica as razões desta presença: “Na Idade Média, os estudantes faziam viagens por todas as universidades da Europa, trazendo consigo manuscritos estrangeiros. Esta é uma das razões porque existem manuscritos estrangeiros em diferentes partes da Europa. Por outro lado, os professores das universidades também traziam manuscritos com eles quando iam dar aulas a universidades europeias.” Percebe-se assim que, não pertencendo a nenhuma entidade de poder maior mas antes a quem os fazia, estes manuscritos circulavam livremente, na companhia dos respectivos autores. “Os manuscritos pertenciam a quem os fazia. E quando essa pessoa fazia uma viagem a alguma parte da Europa, levava consigo os livros de que mais gostava, os que eram mais úteis para o seu trabalho e estudo.” Estudo era precisamente ao que mais se destinavam estes manuscritos, como

nos explica Maria Alessandra: “Eles continham os textos legais mais importantes e eram necessários para estudar Direito, para todas as pessoas que trabalhavam sobre o direito. Portanto, não eram sempre livros de leis aplicadas nos países, mas tratava-se de leis mais universais.” No entanto, a grande riqueza destes manuscritos jurídicos, que circulavam pelas mãos de clérigos, professores e estudantes, vai mais longe: “Estas viagens permitiram uma grande circulação de ideias e modelos, permitiram a formação de outros estilos que se fundam sobre os mais antigos.” Quer isto dizer que estas viagens proporcionaram um diálogo entre diferentes países, “um diálogo que é hoje muito actual, é muito presente”, remata Maria Alessandra. Neste sentido, encontramos Portugal entre os países que tiveram grande destaque nesta área, que alcançaram, portanto, e devido a estas viagens de manuscritos e consequentes trocas de ideias, uma identidade europeia: “Portugal tinha uma grande circulação de pessoas que chegavam de Espanha, Itália e sobretudo da França meridional, havendo uma

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grande ligação com as universidades desta zona francesa, como Toulouse, Avignon ou Montpellier. “ Tudo isto nos conduz a uma questão importante que a investigadora não deixa escapar: “Pensamos a Idade Média como uma época de estabilidade, em que todos os países estavam fechados. De facto, como vemos, não é assim. Tudo isto permitiu a criação de uma grande cultura na Europa, a criação de uma linguagem europeia.” Maria Alessandra Bilotta vai mais longe: “Podemos dizer que as viagens começaram com o homem. Todos os homens têm esta grande tendência para a viagem e a circulação. Era uma coisa que já estava na Antiguidade, continua na Idade Média e depois no Renascimento.” Assim, para Alessandra, este é um fenómeno interminável: “No que toca aos manuscritos, por exemplo, estão em bibliotecas ou colecções particulares, ou à venda em antiquários, e circulam pela rede do comércio entre Europa e Estados Unidos. É uma viagem que continua hoje.”

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