Celso Furtado resumo
Descrição do Produto
Resumo de Cultura Brasileira
Celso Furtado (1920-‐2004) Diálogo com formulações da CEPAL, cujo os EUA não queria, já que ela era para restaurar a situação economica da América Latina. Buscava ainda entender a economia dos paises mais pobres. Celso faz uma discussão crítica, questionando o pensamento liberal. Há uma noçao de subdesenvolvimento/desenvolvimento, questionando a tese liberal das vantagens comparativas do comércio internacional. Faz um diagnóstico do modelo economico do brasil, buscando um crescimento na área. Celso Furtado contesta a crença de que os paises atrasados e pobres, chegariam ao desenvolvimento se seguissem uma receita -‐ dizendo que o subdesenvolvimento não leva necessariamente ao desenvolvimento. Ele ainda questiona o desenvolvimento econômico, que apesar do país ter crescimento econômico, seu modelo é concentrador, e não torna o país desenvolvido. “Da expansão comercial à empresa agrícola”, cap 1. Começa com a ocupação dos temas americanos, com o episodio da expansão comercial europeia. Há uma nova ideia do Brasil como empresa agrícola, exportando produtos agrícolas, decidindo povoar a terra, cobrindo gastos de manutenção. Ele observou que, como não havia metais na América, os colonizadores portugueses (por causa de disputas coloniais) optaram por povoar a terra. Para evitar os gastos com a manutenção das terras, criaram-‐se as empresas agrícolas, geradas pelo senhor de engenho, mas o centro do comando continuava na Europa.A empresa agrícola brasileira passa a ser parte integrante da economia europeia. Era preciso industrializar o Brasil, após ver as consequencias da crise de 29, o que era discutido dentro do CEPAL. O pais era muito independente no mercado externo. Porém, transformar o pais em industrial levaria a um custo alto de proteção. Os americanos não queriam que a CEPAL continuasse nessa linha. JK e Celso Furtado percebem que a renda se mantém no centro sul, esquecendo do nordeste, criando uma politica para o nordeste, chamada de Sudene, que tratava das questões das desigualdades regionais. Celso Furtado se torna o superintendente da SUDENE, em que critica a solução hidráulica para o fim da seca, sendo questão das dificuldades regionais. Não só a economia tinha que mudar, mas a estrutura, feita a partir de reformas agrárias. Celso achava que pudesse entender o pais através de análises, criando diversas reformas para mudar o Brasil. Com o tempo, ele foi percebendo que os paises desenvolvidos eram assim por culpa do governo. Algumas reformas para melhorar o Nordeste: -‐ acabar com as secas, acabando com o centro estratégico; -‐ industrializar o Nordeste, fazendo a renda crescer; -‐ recriar a estrutura fundiária da região; -‐ redistribuir as propriedades de terras, produzindo o que for possivel;
“Encerramento da etapa Colonial”, cap 2 Nesse capitulo, Celso Furtado começa falando sobre as consequencias deixadas por Portugal para o Brasil. O pais importava produtos, até que mais tarde, com a chegada das industrias agriculas/ empresas, começassem a produzir no proprio pais. Essa nova estrutura se torna hibrida, trazendo uma maior concentração de renda e poder. O contexto daquele momento, era a decadencia da economia brasileira, com a desorganização da economia do açúcar, já que a estrutura continua a mesma há 3 seculos. Existe um persistencia de Portugal como potencia colonial e dependencia em relação a Inglaterra. Portugal já era dependente da Inglaterra, até antes da descoberta do ouro no Brasil, na tentativa de manter seu imperio colonial. O Brasil era independente de Portugal, mas submetido à Inglaterra. “Fluxo de Renda”, cap 14 Economia mineira traz um desenvolvimento do mercado interno, composta por uma menor concentração de renda, por maior porção da população livre, por uma vida urbana distante do litoral. Sua origem de escasso desenvolvimento em Portugal e no Brasil, ocorreu no tratado de Methuen. O ciclo do ouro e o alto custo de importação, devido a distancia do litoral, criaram a possibilidade de desenvolvimento do mercado interno, que ajudou no desenvolvimento das atividades manufatureiras, antes não desenvolvidas. Acabado o ciclo do ouro, a economia voltaria ao estágio da subsistência, já que não houve industrialização, devido a subordinação de Portugal à Inglaterra. Em crise no pós-‐União Ibérica, Portugal se submete à Inglaterra, exportando vinhos em troca de manufaturas inglesas (Tratado de Methuen, 1703). Portugal não se industrializou e se tornou um vassalo da Inglaterra, assim como o Brasil. “Gestação da Economia Cafeeira”, cap 20 A estagnação econômica (século XIX) foi superada pelo comércio internacional, pois o desenvolvimento com base no mercado interno só é possível quando há certo grau de autonomia tecnológica. O fato de não ter se industrializado demonstrou a fraqueza da estrutura econômica do país depois do ciclo do ouro. Para reestruturar a economia, o país precisava se voltar para o mercado externo. Como o açúcar estava em decadência e havia concorrência das Antilhas, e o algodão enfrentaria a concorrência dos norte-‐americanos, o café foi o produto escolhido para ser vendido no mercado internacional. A economia cafeeira acaba ganhando força no século XIX, favorecida pelas circunstâncias do mercado internacional. Diferente do café, o açúcar tem uma separação entre produção e comércio, e os dirigentes tem interesses rurais. E o café como produção e comércio entrelaçados, classe dirigente com interesses comerciais, urbanos. A elite do café: -‐ tinham mao de obra livre -‐ produziam e comercializavam café
-‐ estavam mais presentes no centros urbanos -‐ começo da industrialização em SP, com capitais produzidos x A elite do açucar -‐ usavam a mao de obra escrava -‐ os senhores de engenho apenas produziam, enquanto portugueses ou holandeses comercializavam -‐ estavam mais presentes nos meios rurais A classe ligada ao café tinha condições de diversificar o comércio, com possibilidades mais concretas de gerar o desenvolvimento do mercado interno, fazendo a industrialização. Era possivel ver uma consciência do Estado como agente econômico (Primeira República), em que havia acordos entre o governo e os cafeicultores. Isso não ocorria no período açucareiro, onde predominavam os interesses rurais. O Brasil foi atacado pela Holanda para prejudicar tanto a produção de açúcar, quanto a economia espanhola. Há então, um crise economica no Brasil, havendo um retrocesso. Há um processo civilizatório, em que as estruturas, habitos, produtos passam a ser ingleses, e a cultura do Brasil vai se modificando. “Perspectivas dos Próximos Decênios”, cap 36 Na primeira metade do século XX, ha um enfoque no mercado interno. Então, ocorre um desenvolvimento na economia cafeeira para expandir o mercado interno, porém, permanecendo com as desigualdades regionais. A divisão de renda exige intervenção do Estado para ser solucionada. No século XX, a economia brasileira vai caminhando para uma maior industrialização e expansão do mercado interno. O modelo econômico brasileiro é concentrador de riquezas, gerando desigualdades regionais: ideia de subdesenvolvimento e deterioração das condições de vida.
Lihat lebih banyak...
Comentários