C\'est dur d\'être immortel: Reflexão acerca do risível em crónicas de João Ubaldo Ribeiro

June 15, 2017 | Autor: M. Silva | Categoria: Brazilian Literature
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C’est dur d’être immortel: Reflexão acerca do Risível em Crónicas de João Ubaldo Ribeiro

Maria Inês Castro e Silva Universidade do Porto Os grandes moralistas não tinham nada de virtuosos; eram, sim, aventureiros do mal, (...) grandes pecadores que nos ensinaram a genuflexão cristã diante da miséria. Thomas Mann, A Montanha Mágica

A paródia ou o castigo dos costumes são tão antigos quanto a velha origem do Mundo. Para que a punição do que existe aconteça, somente um condimento é necessário: existir. João Ubaldo Ribeiro (1941 -

) alcançou um lugar de destaque no

panorama da literatura brasileira, no que diz respeito à crónica de costumes. O olho atento e a língua viperina concedem a João Ubaldo Ribeiro a capacidade para retratar a sociedade onde se insere. O autor que nos propomos abordar destacou-se na esfera do jornalismo e da crónica, escrevendo em simultâneo alguns romances como são Viva o Povo Brasileiro (1984) ou A Casa dos Budas Ditosos (1999). As crónicas que perfazem o corpus desta reflexão relacionam-se intimamente com a integração do presente autor na Academia Brasileira de Letras e ocupam-se da paródia da imortalidade. As três crónicas que nos propomos tratar inserem-se numa pequena reunião de textos cronísticos intitulada O Conselheiro Come (2000), sendo elas, “Questões Acadêmicas”, “Grandeza e Decadência da Imortalidade” e, finalmente, “Sobrou para Mim”. I – O Riso: O Descontrolo Controlado

Se pensarmos na parede que convencionalmente separa a comédia da tragédia, rapidamente nos aperceberemos do quão próximo pode estar o desabamento desse mesmo muro. Na verdade, a barreira que separa a tragédia da comédia pode desmoronar-se: é plausível a queda da muralha face a um pormenor de aparente insignificância. A Academia Brasileira de Letras é mundialmente reconhecida pela fama e por um estatuto de grande importância que lhe está associado. Este grupo de excelência é a base 1

comum das três crónicas da autoria de João Ubaldo Ribeiro. Pela mão do autor, entramos na primeira crónica intitulada “Questões Acadêmicas”. Esta crónica baseia-se num diálogo entre um dito imortal que (embora nunca explícito) é João Ubaldo Ribeiro e uma personagem que coloca o interpelado imortal num pedestal, questionando-o acerca do ambiente vivido nas reuniões da Academia Brasileira de Letras. O diálogo que se desenrola entre as duas personagens segue no sentido de quebrar algumas ideias preconcebidas em torno desta instituição, tal como veremos adiante. Seguidamente, “Grandeza e Decadência da Imortalidade” dá conta das diversas exigências da dita comunidade mortal aos imortais e de como pode ser dura a demanda da imortalidade. Por último, segue-se “Sobrou para Mim”, este que, escrito ironicamente na primeira pessoa, descreve as responsabilidades a que é submetido um imortal. O tom sarcástico utilizado nestes três contextos contribui, como veremos, para o desmantelamento da figura principal, tendo como fundamental finalidade a paródia da imortalidade. As três crónicas parecem ter como fio transversal o tom marcadamente descontraído para uma entidade que, habitualmente, aparece sentada no conhecido pedestal. É, na verdade, esse tom que, em certa medida, contribui para o risível intrínseco a estes três textos eleitos. A par de uma entoação desprendida, descobrimos a aparente involuntariedade como um motivo sine qua non na construção daquilo que tem como qualidade fundamental a mecânica do riso. Na verdade, parece estar aqui em causa uma falsa inocência no tom de todos os discursos. Desengane-se o leitor, a ingenuidade que aqui constatamos é calculada milimetricamente, motivo que, de resto, é um contributo fundamental para a estimulação do riso. Os próprios títulos que dão consistência às crónicas em questão introduzem o leitor no cómico. Por outro lado, é necessário, ainda, admitir que nos encontramos perante um tipo de cómico de caricatura. Os três sujeitos parecem parodiar o seu próprio estatuto: nada mais cruel do que nos rirmos de nós próprios. Lembremos o espectador acerca do primeiro inimigo do riso – a emoção: o riso obriga-nos à contracção do coração para que, dessa maneira, soltemos a nossa mais íntima rigidez. Na verdade, não estamos longe da proposta bergsoniana que defende que o “cómico exige, pois, finalmente, para produzir todo o seu efeito, qualquer coisa como uma anestesia momentânea do coração”1. O riso parece obrigar o espectador a assinar o

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Henri Bergson, O Riso; Ensaio sobre o Significado do Cómico, Lisboa, Guimarães Editores, 1993, p. 19.

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contrato de mútuo acordo social. Com efeito, aquele que assiste deve conhecer e ser um cúmplice para que o riso se torne num movimento da colectividade. As três crónicas de Ubaldo Ribeiro propõem ao leitor o convite para o abandono da comoção e, caso o pedido seja aceite, podemos dizer, nesse momento, que tudo estará preparado para o início da tragicidade da comédia. O riso, como elemento preponderante do castigo trágico, prevê “a intenção inconfessada de humilhar e por isso, (...) de corrigir, pelo menos exteriormente. É por isso que a comédia está bem mais próxima da vida real que o drama”2. Pense-se nas tentativas de rebaixamento que as três crónicas sugerem: os três sujeitos de enunciação tentam aproximar a imortalidade da vida real, isto será o mesmo que dizer, que esses três sujeitos tentam aproximar a imortalidade da vida. É imperativo sublinhar que atrás da entoação descontraída das crónicas está um tom, indubitavelmente moralista, tópico que, de resto, é intrínseco a toda a comédia. As personagens cómicas do universo ubaldiano trazem um moralista dentro delas. “Questões Acadêmicas” coloca o protagonista a beber cajuada no bar da Academia, quando, afinal, todos esperavam que o imortal bebesse chá. Senão, vejamos:

- O senhor não toma chá? Quer dizer que é tudo invenção, não tem o chá da Academia? - Tem, tem. Mas eu não gosto de chá, não tomo chá. - Essa eu nunca esperei ouvir, vivendo e aprendendo! Eu tinha certeza de que o chá era obrigatório. Quer dizer que o senhor comparece, os outros tomam chá e o senhor não toma nada. - Tomo, tomo. Fazem uma cajuadazinha para mim3.

As profissões, tal como presume Bergson, oferecem “certos hábitos de espírito e certas particularidades de carácter pelos quais as pessoas se parecem entre si e se distinguem das outras”4. Talvez, no entender de Bergson, este seja um excelente mote para ser crucificado através da velha arma do castigo de costumes – o riso. O riso tem uma qualidade que lhe é inerente e que diz respeito ao relaxamento. Na verdade, o riso não tem somente que ver com o castigo ou com a correcção de costumes, mas também com este movimento de relaxamento. Referimo-nos, por exemplo, à simpatia que certas 2

idem, p. 99. João Ubaldo Ribeiro, “Questões Acadêmicas”, in O Conselheiro Come, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2000, p. 9. 4 Bergson, op. cit., p. 123. 3

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personagens cómicas podem colher entre os leitores. Não se pense, no entanto, que a simpatia engendrada pelo autor é ingénua e sem malícia. Na verdade, assistimos ao desenvolvimento progressivo da simpatia no sentido da correcção. Ainda que mordaz, o “riso castiga certos defeitos pouco mais ou menos como a doença castiga certos excessos, apanhando inocentes, poupando culpados”5. É importante sublinhar os procedimentos que fazem parte da congeminação de um cenário risível. Entre os mecanismos elencados por Bergson para a consolidação do riso destacamos a repetição. Assim como o cómico nasce de movimentos mecânicos das personagens, aqui o carácter cómico e a mecanicidade que o pode acompanhar parece ser proveniente das palavras. Senão, vejamos: os diálogos de “Questões Acadêmicas” têm como motivo recorrente o tema da modéstia através de uma estrutura sempre muito idêntica, “O senhor é muito modesto, muito modesto mesmo, muito simples”6. A personagem que interpela o imortal está constantemente a catalogá-lo entre a simplicidade e a modéstia numa estrutura repetitiva. Atente-se:

Mas é muito simples, muito modesto mesmo! (...) - Apenas, não, apenas, não, é muita modéstia, muita simplicidade. (...) - Mas é muita simplicidade mesmo, dizendo isso só para me agradar 7.

É importante, ainda, nomear a inversão como um factor de preponderância na construção do risível. Estas crónicas não se ocupam propriamente de uma inversão rigorosa dos papéis, mas preocupam-se com a paródia do estatuto de imortal. A inversão transforma-se num elemento de preponderância quando abordamos o topos do mundo às avessas. Note-se que, em “Grandeza e Decadência da Imortalidade”, assim que o imortal é interpelado por um homem acerca da palavra “vaisesica”, o horizonte de expectativas do leitor é quebrado, já que o imortal não sabe responder. Isto será o mesmo que dizer que o nosso imortal desce do trono para se aliar aos mortais. Por outro lado, não estamos certamente perante um caso explícito de degradação bergsoniana, já que isso seria, com alguma verdade, extremar o sentido que Bergson concede a este

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idem, p. 134. João Ubaldo Ribeiro, “Questões Acadêmicas”, p. 8. 7 idem, pp. 9-10. 6

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motivo: retratar “uma coisa, até aí respeitada, como vil e medíocre.”8 O exemplo de uma degradação parece estar presente, neste contexto, em “Sobrou para Mim”, quando o protagonista tece considerações acerca do epíteto da imortalidade: “Provou-se cabalmente que o epíteto é só de brincadeirinha e, mesmo que não fosse, já gastei mais da metade de minha imortalidade, somente com essa experiência”9. Neste caso, não está propriamente a transformar-se a imortalidade num estatuto ignóbil, mas é necessário reconhecer que lhe é retirado algum prestígio, se seguirmos o significado literal de imortalidade neste contexto. O exagero da realidade é também ele, por seu lado, um meio para suscitar o riso. As personagens que interpelam os protagonistas das respectivas crónicas são, em todas as circunstâncias, exageradas na sua bajulação, bem como o próprio exagero que é levado a cabo pelo protagonista no rebaixamento do seu estatuto. O rebaixamento a que Mikhaïl Bakhtine faz referência quando reflecte acerca da obra de François Rabelais, embora seja de carácter revitalizador, pode afastar-se das três crónicas em estudo, se pensarmos unicamente no ser carácter marcadamente sexual. Contudo, a aparente pacificidade e leveza das três crónicas em análise constroem justamente a marca do rebaissement bakhtiniano. A ironia é, ainda, um outro efeito fértil apara a estruturação do risível. Bergson distingue, colocando em pólos opostos, o humor e a ironia. A ironia é um traço indubitável comum a todas estas crónicas. A ironia aparece, aqui, mascarada de simplicidade e simpatia e, de resto, o disfarce é habitual no que toca ao seu código irónico. II – Deformações no Espelho: Entre o Risível e o Grotesco

Os respectivos protagonistas das três crónicas são, desde muito cedo, personagens que inspiram simpatia ao leitor. O protagonista não pretende comover o leitor, mas sim caricaturizar o seu estatuto de imortal. Quem melhor do que ele próprio para rebaixar (não através da injúria) o seu próprio estatuto? Parece-nos possível uma aproximação, de outro modo, ao riso festivo que se praticava no âmbito do furor carnavalesco medieval, tão profundamente tratado por Rabelais: o riso como um meio para contestar uma ordem superior. Agora, longe da injúria e do escárnio explícito, aproximamo-nos do riso puramente satírico. 8 9

Bergson, op. cit., p. 90. João Ubaldo Ribeiro, “Sobrou para Mim”, p. 16.

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Os protagonistas das crónicas eleitas, bem como as personagens que com eles se relacionam, sofrem um processo de deformação representativa. Todos os intervenientes estão investidos de uma aura desfigurada. Lembre-se que as personagens que se relacionam com o protagonista parecem pessoas de pouca instrução, sendo, a todo o momento, estupidificadas. Scudo afirma de forma clara: “Le crime nous fait horreur, le malheur nous touche, les imperfections innocents nous font rire”10. As personagens, neste contexto, são vítimas da caricatura e, portanto, as linhas que as definem primam pelo exagero das formas. Todos os elementos que gravitam em torno da personagem principal contrastam largamente com ela e curioso é encontrar sempre um protagonista que pretende uma aproximação intelectual daqueles que o interpelam, quebrando, deste modo, a dicotomia mortal/imortal. Nesta luta para demonstrar que o dito imortal pode ser um mortal, os protagonistas de “Grandeza e Decadência da Imortalidade” e de “Questões Acadêmicas” tentam cada um, respectivamente, demonstrar que, na academia não parece beber-se somente chá, mas também a conhecida cajuada. Por outro lado, o imortal não tem que conhecer todas as palavras do dicionário, ele é mortal e está ainda longe da perfeição. A caricatura preocupa-se, sobretudo, com a deformação, exagerando: C’est cette nature de l’image grotesque que la tendance abstraite déforme inévitablement. Elle reporte le centre de gravité sur un contenu abstrait, chargé de sens, «moral». Plus encore, elle subordonne le substrat martériel de l’image à l’aspect négatif, et l’exagération devient alors caricature.11

As personagens intervenientes em todas as crónicas são deformadas, não a um nível propriamente físico, mas a um nível semântico. Todas elas, na verdade, sofrem do exagero das linhas que traçam as suas personalidades e daí provém o riso: “La seule déformation ou exravagance des lignes est si bien ce ne quoi consiste le grotesque et, par conséquent, ce qui lui donne son éminente dignité dans le domaine du rire”12. A deformação é a principal arma do grotesco, sendo que esta categoria estética transporta à sua volta tópicos como são exemplo a paródia, a caricatura, a ironia ou o absurdo.

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Scudo, Philosophie du Rire, ed. Fac-simile, Paris, Poirée Libraire-Éditeur, 1840, p. 41. Mikhaïl Bakhtine, L’Oeuvre de François Rabelais et la Culture Populaire au Moyen Âge et sous la Renaissance, França, Gallimard, 2008, p. 72. 12 Paul Gaultier, Le Rire et la Caricature, Paris, Libraire Hachette et Cª, 1906, p. 18. 11

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De alguma maneira, o grotesco é o representante de algo que está em falta, distorcendo o valor natural daquilo que existe: “The grotesque is not concerned with individual actions or the destruction of the moral order (...) is primarily the expression of our failure to orient ourselves in the physical universe.”13 O grotesco tem como um implicação praticamente básica a familiaridade. Com efeito, quem observa um espectáculo ou aquele que lê uma crónica pode encontrar-se, de alguma forma, naquilo que é mostrado. Todavia, o reflexo surge corrompido: a visão que cada um tem de si próprio ao olhar-se no demonstrado não transparece de forma rigorosa aquilo que somos na realidade. É, nesta medida, que podemos relacionar o grotesco como uma categoria que agarra, sem pudor, a mão da sátira. A sátira propõe esse compromisso de mútuo conhecimento da tela de fundo que se pretende desfigurar. Com efeito, este é o único caminho a seguir para que o riso possa ser provocado entre os espectadores. Note-se, porém, que alguns estudiosos distinguem um ponto crucial entre a sátira e o grotesco. O grotesco é, muitas vezes, entendido como um pouco mais diabólico: as reacções que desperta resultam numa confusão de sentimentos, ora riso, ora desgosto. Por outro lado, a sátira pelo seu carácter perverso, pode suscitar o riso ou, de outra forma, a angústia, já que a sátira visa o ataque: “Satire (...) aims at two reactions from the audience: laughter, and anger or disgust, but it aims to produce these separately. The grotesque, as we have seen repeatedly, produces a confusion of reaction.”14 Embora o tom caricatural pareça, a uma primeira vista, preocupar-se com a deformação, tornando as suas linhas curvas e confusas, o valor do riso que dele advém tem cabal importância se pensarmos, sobretudo, na sua contribuição para um determinada concepção do mundo. Isto é, o riso exprime um olhar sobre o mundo, relacionando-se com o que de mais intrínseco e verdadeiro existe no ser humano: “le rire a une profonde valeur de conception du monde, c’est une des formes capitales par lesquelles s’exprime la vérité sur le monde dans son ensemble, sur l’histoire, sur l’homme”15. A visão de cada um relativamente à sua própria figura não deve ser necessariamente sisuda, bem como a rigidez do espírito impede que vejamos de forma lúcida o que de mais íntimo existe dentro de cada um de nós. João Ubaldo Ribeiro utiliza o riso como catarse e, paradoxalmente, como castração e como liberdade. É na 13

Wolfgang Kayser, The Grotesque in Art and Literature, New York, Indiana University Press, 1963, p. 185. 14 Philip Thomson, The Grotesque; The Critical Idiom, London, Methuen & Co Ltd, 1972, p. 42. 15 idem, pp. 75-76.

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predisposição para uma auto-caricatura que o autor deforma o mundo e deixa deformarse por ele. O risível, tendo sempre um moralista dentro dele, permite, antes de tudo, conhecer o mundo para, no mesmo momento, fugir dele.

Bibliografia BAKHTINE, Mikhaïl, L’Oeuvre de François Rabelais et la Culture Populaire au Moyen Âge et sous la Renaissance, França, Gallimard, 2008. BERGSON, Henri, O Riso; Ensaio sobre o Significado do Cómico, Lisboa, Guimarães Editores, 1993. GAULTIER, Paul, Le Rire et la Caricature, Paris, Libraire Hachette et Cª, 1906. HIPÓCRATES, Do Riso e da Loucura; O Inteligente Sorriso dos Deuses perante a Pobre Loucura dos Homens, Lisboa, Padrões Culturais Editora, 2009. KAYSER, Wolfgang, The Grotesque in Art and Literature, New York, Indiana University Press, 1963. MARTINS, Mário, O Riso, o Sorriso e a Paródia na Literatura Portuguesa de Quatrocentos, Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa, Biblioteca Breve, vol. 15, 1978. OLIVIERI-GODET, Rita, João Ubaldo Ribeiro; Littérature Brésilienne et Constructions Identitaires, França, Presses Universitaires de Rennes, 2005. RIBEIRO, João Ubaldo, “Questões Acadêmicas”, “Grandeza e Decadência da Imortalidade”, “Sobrou para mim”, in O Conselheiro Come, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 2000, pp. 7 – 19. SCUDO, Philosophie du Rire, ed. Fac-simile, Paris, Poirée Libraire-Éditeur, 1840. STENDHAL, Do Riso; Um Ensaio Filosófico sobre um Tema Difícil e Outros Ensaios, Lisboa, Publicações Europa-América, 2008. THOMSON, Philip, The Grotesque; The Critical Idiom, London, Methuen & Co Ltd, 1972.

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