COMO CAPITAL INTELECTUAL PROPORCIONA A VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES.

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UNIVERSIDADE GAMA FILHO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DA SAÚDE

COMO CAPITAL INTELECTUAL PROPORCIONA A VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES

MARCELO CHI LOON TAM

SÃO PAULO – SP Março – 2013

UNIVERSIDADE GAMA FILHO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DA SAÚDE

COMO CAPITAL INTELECTUAL PROPORCIONA A VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES

Monografia apresentada como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Especialização em MBA em Gestão Estratégica da Saúde sob a orientação do Profa Ma Elaine Mandotti de Oliveira Britto.

São Paulo - SP Março – 2013

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Dedicatória

Criatividade e espírito de aventura são qualidades só inerentes á raça humana. Do aprendizado rudimentar passamos a conquistar novos horizontes de conhecimentos resultantes de pouco inspiração e de muita perspiração. De tudo que a natureza criou, o cérebro humano e o universo como um todo são o apogeu da inteligência divina, preservando os cérebros que ainda podem produzir trabalho, criatividade e amor humano. Ciência é a arte conjugada, mas grande desafio é aplicar os conhecimentos que já possuímos contidos.

"O que torna o sonho impossível não é o sonho em si, e sim o fato de não fazermos nada para realizá – lo”. Marcelo TAM

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Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus, meu maior e melhor amigo. Agradeço especialmente a minha família por todos os momentos que estiveram ao meu lado, aos meus amigos que me auxiliaram nos momentos mais difíceis, e aos meus amigos cativados nestes anos de luta. Em particular agradeço aos docentes da Universidade do Gama Filho do Curso em MBA em Gestão Estratégica da Saúde, por alto conhecimento teórico, que somamos na nossa própria experiência profissional, que fazemos parte, e outros que participamos a título de observação e aprendizagem. Juntamos também a experiência de algumas pessoas, profundas conhecedoras do assunto, que muito nos incentivaram e ajudaram, inclusive abrindo o caminho para o conhecimento, que pudesse extrair deles o máximo de experiência possível, não poupando esforços para nos ajudar. A todos o meu profundo agradecimento.

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Resumo

As organizações estão inseridas em um ambiente globalizado, de extrema competitividade e com necessidade contínua de aprendizado e excelência, onde o desenvolvimento organizacional torna-se um diferencial competitivo, capaz de transformar a atitude e o resultado das empresas. O conhecimento tem se tornado uma ferramenta de grande importância para as organizações modernas, por ser o mais valioso e poderoso investimento de lucratividade. O capital intelectual tem se tornado o principal recurso para o contínuo desenvolvimento das organizações em função das mudanças tecnológicas, econômicas, políticas e sociais. O mercado tem buscado novos conhecimentos e valores que fazem parte dessa nova fase global. Para sobreviver no mercado competitivo, às organizações necessitam de mudanças estratégicas para acompanhar as demandas do mercado, proporcionando melhores resultados a essa nova estrutura organizacional que tem privilegiado o capital intelectual. O presente trabalho caracteriza-se como um estudo qualitativo, exploratório e com ensaios que abordam conceitos, características e ambiente competitivo, com o objetivo de analisar a importância do capital intelectual para definição estratégica nas organizações e como conseqüente vantagem competitiva.

Palavras-chave: Capital Intelectual, Gestão do Conhecimento, Vantagem Competitiva .

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Abstract

The organizations are embedded in a globalized environment, extreme competitiveness and need continuous learning and excellence, organizational development where it becomes a competitive, able to transform the attitude and results of companies. Knowledge has become an important tool for modern organizations, for being the most valuable and powerful investment profitability. Intellectual capital has become the primary resource for the continuing development of organizations in terms of technological, economic, political and social. The market has been seeking new knowledge and values that are part of this new global stage. To survive in the competitive market, organizations need strategic changes to keep up with market demands, providing better results with this new organizational structure that has privileged intellectual capital. This work is characterized as a qualitative study and exploratory essays that deal with concepts, features and competitive environment, in order to analyze the importance of intellectual capital in organizations to define strategic and competitive advantage as a consequence.

Keywords:

Intellectual

Capital,

Knowledge

Management,

Competitive

Advantage.

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Sumário

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Sumário 1. Introdução ..................................................................................................................................... 9 1.1 Objetivos ................................................................................................................................11 1.2 Objetivo Geral ........................................................................................................................11 1.3 Objetivos Específicos ..............................................................................................................11 1.4 Justificativa.............................................................................................................................11 2. Revisão de Literatura ....................................................................................................................13 2.1 Capital Intelectual...................................................................................................................13 2.2 A importância da gestão do conhecimento nas organizações ..................................................19 2.3 As pessoas como principal fonte de capital intelectual ...........................................................25 2.4 Gestão do capital Intelectual nos serviços de saúde ................................................................28 2.5 Capital intelectual como estratégia competitiva .....................................................................32 2.6 A importância do capital intelectual para a qualidade dos serviços .........................................36 3. Metodologia .................................................................................................................................38 Conclusões........................................................................................................................................39 Referências Bibliográficas .................................................................................................................41

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1. INTRODUÇÃO As organizações estão passando por grandes modificações no mercado competitivo interno e externo. As transformações das organizações não estão limitadas a suas estruturas organizacionais, mas afetando principalmente seus padrões comportamentais, culturais, políticos e de relações internas e externas de poder, ou seja, processos contínuos na vida das empresas (FISCHER, 1992). Diante de um mundo globalizado, temos uma sociedade que busca por conhecimentos através de uma preocupação da necessidade para a obtenção de resultados satisfatórios tanto nos empreendimentos profissionais, quanto pessoais. A crescente globalização no mundo dos negócios e o avanço da tecnologia fazem com que o conhecimento intelectual humano mais do que nunca alcance índices de investimentos organizacionais, tudo com vista à elevação financeira e prosperidade mercadológica. As organizações brasileiras, nas ultimas três décadas, tanto privadas como públicas passaram a se conscientizar da importância da revisão dos seus modelos de gestão (PEREIRA apud SANTOS, 2001), no caso das empresas privadas devido a sua sobrevivência e competitividade no mercado e nas públicas demonstrando a sua capacidade de cumprir sua missão, ou seja, atender com qualidade a prestação dos serviços de interesse da sociedade. O atual nível de competitividade e exigência do mercado demonstra a necessidade das empresas na busca de novas formas capazes de gerar vantagem competitiva, que proporcionem condições ao sucesso da organização dentro da chamada Nova Economia, já que nesta, fatores tradicionais até então sinônimos de riqueza, excede á produção distinta de valor, cuja matéria prima é o conhecimento. Com aumento das informações, as novas organizações baseiam-se no conhecimento e Para Graeml (2000) a informação é um ativo e exige manutenção, assim como qualquer outro ativo de capital. Neste contexto, para que as pessoas possam utilizar o conhecimento, é necessário gerar informações confiáveis e corretas. As organizações, na busca da solidificação para que possam se perpetuar em suas atividades, deparam-se com á necessidade de possuírem cada vez mais e melhor o capital que só é formado através do conhecimento, é o chamado conhecimento intelectual. O gestor que retém deste poderoso demarcador de mercado cabe à utilização de forma proveitosa para que 9

possa estar no âmbito do mercado mundial e expor o seu diferencial, já que a moeda poderosa deste século é o conhecimento (PÓRTELA, 2000; PAVEZ, 2000; CHIAVENATO, 2010) obtido através da busca contínua em aperfeiçoar o que já foi adquirido e encaminhar-se por caminhos até o momento desconhecidos, através da pesquisa. A finalidade é demonstrar como o diferencial competitivo identificado como conhecimento intelectual agrega valor às organizações. Nas últimas décadas, a transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento gerou mudanças gradativas, tendo como o ápice à globalização. Até então, os recursos existentes valorizados e utilizados na produção eram a terra, o capital e o trabalho. Com o novo cenário, acrescenta-se aí o conhecimento, alterando, principalmente, a estrutura organizacional, de modo a valorizar o ser humano como recurso inovador e imprescindível no núcleo econômico. Em todas as regiões, o conhecimento intelectual é responsável pelos resultados obtidos por uma sociedade que através do mesmo tem a possibilidade de transformar a realidade local de modo proveitoso para seus indivíduos. Este conhecimento não possui origem financeira, entretanto a sua utilização conduz a resultados financeiros que são revertidos em benefícios para a própria organização e a sociedade, atendendo desde as necessidades primárias a secundárias. Esse diferencial, denominado de Capital Intelectual, vem agregar valores aos produtos, serviços e profissionais e, conseqüentemente nas organizações mediante a ampliação do conhecimento humano, esse é o grande instrumento que auxilia a administração na tomada de decisões (MARION, 2003, p. 23) e é de suma importância o engajamento desse capital no processo de mudanças que evidencia o verdadeiro valor de uma empresa. As novas formas de informações e os tipos de usuários têm mudado substancialmente a estrutural organizacional das empresas, em diversas organizações tem-se demonstrado dificuldades para fornecer informações qualificadas e diferenciadas condizentes com a realidade das empresas. Essas mudanças têm ocorrido em função da tecnologia da informação e das telecomunicações, onde novos mercados e serviços têm sido criados, surgindo um novo cenário, a era da informação. Ao mesmo tempo, focando a realidade empresarial brasileira, constata-se que as organizações nacionais, tanto públicas como privadas, já desenvolvem esforços no sentido de se atualizarem conforme o mercado econômico (SANTOS, 2001). No entanto, no Brasil há· poucas empresas brasileiras como mesmo nível de competitividade se comparado à economia mundial. 10

A globalização e a evolução tecnológica transformaram o tempo e o conhecimento em um significativo diferencial competitivo para as empresas, sendo o fator determinante para o sucesso ou fracasso das mesmas, portanto, nota-se que o conhecimento é o ativo mais importante das organizações (TERRA, 2000). Atualmente, com o desenvolvimento acelerado da tecnologia da informação e a diminuição das distâncias, o processo de busca e disseminação do conhecimento nas organizações se tornou facilitado, devido à velocidade e interatividade da internet. Mas as facilidades na aquisição do conhecimento trazem consigo a necessidade de um gerenciamento maior por parte das organizações, buscando transformar o conhecimento adquirido em produtividade, inovação e qualidade, ou seja, buscar resultados que sustentem o diferencial competitivo almejado (TERRA, 2000). De acordo com Valentim (2002, p.1) a Sociedade da Informação traz paradigmas da economia, como a produtividade e a qualidade e cria novos caminhos para o desenvolvimento, bem como exige uma nova postura diante das mudanças sociais. Gerar, obter e aplicar conhecimento passa a ser item básico para enfrentar essas mudanças.

1.1. Objetivos 1.2. Objetivo Geral 1.2.1. Analisar a importância do capital intelectual para definição estratégica nas organizações. 1.3. Objetivos Específicos 1.3.1. Analisar a manutenção da vantagem competitiva nas organizações. 1.3.2. Avaliar á relação entre capital intelectual, vantagem competitiva e estratégia empresarial. 1.4. Justificativa Há tempos, uma nova era do conhecimento tem provocado mudanças e, a cada dia que passa, toma uma maior abrangência. Com a globalização, observam-se tanto transformações econômicas, quanto sociais, tornando a nova ordem mundial cada vez mais competitiva, as organizações necessitam buscar formas de gerir suas empresas. O Capital Intelectual gera vantagem competitiva aos empreendedores e gestores que aproveitam do desempenho humano, suas habilidades, criatividade, qualificações, 11

conhecimentos, entre outros, para serem utilizados em favor da empresa, para que estas consigam atingir suas metas e assim poder aumentar seus patrimônios e finanças. O presente estudo se justifica pelo fato de ser esse um tema de grande relevância para os gestores, pois demonstra á evolução, o conceito e a importância do Capital Intelectual e como este pode servir de apoio para a organização em busca de investir em seu capital estrutural, valorizando seu capital humano em função de fidelizar este capital e conquistar novos mercados. Além disso, as organizações, provavelmente, aumentarão sua competência na geração do conhecimento, tornando-se mais competitivas (PORTER, 1986). Também tem o intuito de contribuir no âmbito empresarial servindo como fonte de estudo para administradores, gestores, empresários, dentre outros, principalmente a todos que fazem parte de organizações.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Capital intelectual Em 2002, Marx definiu que o trabalho humano possui características particulares que o diferencia do trabalho realizado pelos outros animais. O homem é dotado de uma ferramenta, o cérebro, que o permite projetar mentalmente aquilo que ele deseja realizar. Sendo assim, é possível caracterizar o trabalho humano como consciente e proposital (BRAVERMAN, 1981). O conhecimento faz parte do interior de cada pessoa e pode ser extraído do que foi experimentado ou vivenciado por alguém, ele não pode ser descrito, o que se descreve é a informação, o conhecimento é subjetivo. Podemos subdividi-lo de acordo com a forma que ele é adquirido, assim têm-se as seguintes classes: Intelectual, popular, científico, filosófico, teológico e intuitivo (HERCKERT, 2002, p.1). Essa capacidade humana traduz as relações que o trabalho estabelece dentro do macrossistema e que afeta todos os aspectos do sistema cultural, social e econômico. Os avanços tecnológicos, fruto da invenção humana, produzem um grande impacto nas organizações, assim como na sociedade em geral (RODRIGUEZ, 2002). Na sociedade capitalista do século XXI, é a caracterização do conhecimento o ativo de produção mais importante, é a moeda mais valiosa do século, estando à frente dos ativos tradicionais como mão-de-obra, capital e tecnologia (CHIAVENATO, 2008). As evoluções ocorridas no ambiente profissional têm levado à ampla discussão sobre a importância do conhecimento para as organizações, sobre a necessidade de retê-lo e de valorizar os profissionais que o detêm. Este novo modelo está direcionada para viabilizar o sucesso das empresas, aumentando sua vantagem competitiva diante dos concorrentes, o que envolve vários aspectos, dentre os quais encontram-se o gerenciamento e a qualidade do conhecimento que é empregado pelas empresas. Atualmente, a competitividade é uma das maiores preocupações das organizações. Por isso, as empresas têm que reagir rapidamente às condições de novos mercados, como também às novas necessidades dos clientes, que constantemente procuram soluções criativas e melhoria contínua em produtos e processos. As organizações constantemente têm que se adaptar, desenvolver e inovar. 13

Segundo Drucker (1997), o nível intelectual presente em cada indivíduo caracteriza como o bem intangível mais importante para a empresa, pois garante a diferenciação da empresa no mercado entre seus concorrentes. Sterwart em 1998 denominou o conjunto de bens intangíveis como Capital Intelectual. O surgimento dessa nova idéia dirige à obrigação de se aplicar novas estratégias, novos conceitos em gestão e novas formas de estimativas de valor da organização, em especial as que consideram o recurso humano, do conhecimento, para gerar novos negócios e aplicar a novas estratégias de mercado. A sociedade está se modificando a cada dia e o conhecimento ou capital intelectual tornou-se o fator mais importante no ambiente competitivo das organizações (TEIXEIRA FILHO, 2000). Essas transformações consolidam a sociedade como a Sociedade do Conhecimento (CAVALCANTI et. al., 2001). Há muito tempo, o conhecimento tem sido importante, mas a forma como gerenciá-lo revolucionou o modo das organizações trabalharem, tornando seu maior diferencial competitivo (STEWART, 1998). Novos conhecimentos precisam ser criados continuamente para que a empresa sobreviva no ambiente competitivo atual (TAKEUCHI; NONAKA, 2008; HERRERA, 2008). A utilização correta do conhecimento vem causando impacto no valor das organizações. Os recursos tecnológicos disponíveis, empregado como instrumentos impulsionadores vem preparado para operar em um ambiente globalizado, produzindo benefícios intangíveis que acrescentam valor às organizações. Conforme Silvi (2002) enfatiza que os ativos intelectuais, tendo como composição básica o conhecimento, são fundamentais para um bom desempenho competitivo. Essa autora declara que nada adiantaria ativos materiais de alta tecnologia, se as pessoas não tiverem o conhecimento básico necessário para fazê-los funcionar adequadamente, porque são as pessoas da organização que possuem a capacidade de renovar e inovar o negócio em busca de vantagem competitiva. Para Nonaka & Takeuchi (1997), o conhecimento é um processo humano dinâmico de justificar a crença pessoal com relação à verdade. Herckert (2002, p.1) define o conhecimento individual “[...] como sendo aquele que se acha representado pela educação, experiência, habilidades e atitudes das pessoas que trabalham empresa [...]”, pois através destes conhecimentos as empresas podem criar novos produtos, técnicas, investimentos, a fim de gerar lucros e contribuir para a melhoria das decisões e resultados do comprometimento 14

organizacional utilizado em benefício da criação de valor para a empresa, sempre alinhado com seus objetivos estratégicos. Da mesma forma o entende Probst et al. (2002, p. 29), para quem o conhecimento é “[...] o conjunto total incluindo cognição e habilidades que os indivíduos utilizam para resolver problemas. Ele inclui tanto a teoria quanto a prática, as regras do dia-a-dia e as instruções sobre como agir [...]”. Em 1999, Drucker reconhecidamente um dos maiores pensadores do mundo dos negócios, sustenta que os resultados oriundos do conhecimento serão os ativos mais valiosos no século XXI. Por outro lado, será evidenciada a verdadeira relação existente entre a economia e o Capital Intelectual no tocante à mensuração dos valores ativos intangíveis.

O setor

econômico deverá estar preparado e capacitado para apurar esses novos valores da sociedade, demonstrando esses ativos “invisíveis”, não palpáveis ou concretos, procedente da inteligência humana e dos recursos intelectuais, exigindo profissionais que dominam tal conhecimento, aptos a oferecer ao mercado e serviços essa habilidade. O seu valor é restringido pelos direitos e vantagens que sua detenção confere aos seus proprietários, assim definido por Ludícibus (1993). Davenport & Prusak (1998), descreve que: O conhecimento é uma mistura fluída de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. O conhecimento existe dentro das pessoas, faz parte da complexidade e imprevisibilidades humanas. Assim, o conhecimento pode ser comparado a um sistema vivo, que cresce e se modifica à medida que interage com o meio-ambiente.

O conhecimento é único, difícil de imitar e substituir, uma vez que é resultado da interpretação individual da informação, influenciado pelo indivíduo e suas características, pelo contexto da solução de problema (Cabrera & Cabrera, 2002). Sá e Sá (1995), afirma que o ativo intangível é o mesmo que um ativo imaterial, que encerra valores que não encontram correspondentes corpóreos, como, por exemplo, fundo de comércio, patentes de invenção, direitos de autoria, softwares, carteira de clientes, etc. O capital intelectual para Low e Kalafut (2003) é o principal ativo da organização na nova economia, suplantando os recursos naturais, maquinário e até mesmo o próprio capital financeiro. Com a abertura do mercado surgem oportunidades para os ativos intangíveis

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composto pelo capital intelectual, representando o valor das idéias, a pesquisa e o desenvolvimento, propriedade intelectual, habilidade da força de trabalho, marcas e patentes. Para Drucker (apud MONTEIRO, 2007, p.17) o capital intelectual é “[...] a soma do conhecimento de todos de uma empresa, o que lhe proporciona vantagem competitiva[...]”. Chiavenato

(2010) afirma que, no mundo complexo e competitivo, as pessoas se tornam vitais para o bom funcionamento da empresa. Para Alvarez Lopez & Blanco Ibarra (2000), por capital intelectual entende-se o conhecimento que pode ser convertido em lucro. É o conjunto de ativos que, apesar de não estarem refletidos nas demonstrações contábeis tradicionais, geram valor para a empresa, desse modo, compreende invenções, idéias, experiências, projetos, processos dentre outros. Diversos autores conceituam maneiras diferentes sobre o significado de capital intelectual, alguns o tratam como recursos ou capital, se vistos pela economia, e ativos ou bens e direitos, se vistos pela contabilidade. Edvisson e Malone (1998, p. 28) descreve o capital intelectual como conjunto de valores ocultos, que agregam valores às organizações, permitindo sua continuidade. Conforme O’Brien (2003), empresas geradoras de conhecimento exploram dois tipos de conhecimento, a saber: conhecimento explícito e o conhecimento tácito. O conhecimento, definido como tácito é aquele que as pessoas possuem, mas não está descrito em lugar nenhum, também chamado de conhecimento inconsciente é o conhecimento intrínseco, ou seja, é individualizado e próprio de cada pessoa (CRUZ, 2002, p.262). O conhecimento explícito é aquele que está registrado de algumas formas, e assim disponível para as demais pessoas (NONAKA & TAKEUCHI, 2004). O modelo dinâmico da criação do conhecimento está baseado no conhecimento humano sendo criado e expandido por meio da interação social entre o conhecimento tácito e explícito, chamado de conversão do conhecimento, sendo um processo social entre indivíduos. Traduzir experiência em conhecimento não é algo fácil. É necessário ter intenção e direção para criar conhecimento das experiências. As Pessoas capazes e dispostas a colaborar que possuem uma cultural organizacional de aprendizagem e colaboração, com o perfil necessário para essa nova economia é difícil de encontrar, de contratar, gerenciar e também de reter. Conforme Teixeira Filho (2000), gerenciar as pessoas que já compõem a empresa é uma tarefa mais árdua ainda, pois necessitaria encontrar nessas pessoas uma série de habilidades e capacidades, tais como: pensamento sistêmico, abertura cultural, criatividade, propensão ao aprendizado contínuo, capacidade de comunicação e expressão oral e escrita, capacidade de 16

pesquisa e análise de informações relativas ao negócio, propensão ao trabalho em equipe e ao compartilhamento de conhecimento, dentre outras. Stewart (1998) descreve que capital humano é a toda capacidade, conhecimento, habilidade e experiência dos empregados e gerentes. O capital humano inclui também a criatividade e a inovação organizacional, observando-se com que freqüência novas idéias são geradas dentro da empresa, ou com que freqüência estas idéias são implementadas, ou ainda qual o percentual de sucesso na implementação destas idéias. Capital humano é aquilo que as pessoas levam para a casa no final do expediente (STEWART, 1998). É importante ter em mente que este patrimônio intangível é extremamente inócuo se não for devidamente valorizado quanto à estrutura organizacional, administrativa e produtiva. Ele é o diferencial competitivo entre as organizações, e em muitos casos, mais valioso que o próprio capital financeiro. Arnosti e Neumann (2001) salientam que o novo valor “o capital intelectual”, está diretamente influenciando o real valor das organizações, requerendo, portanto, que os modelos contábeis tradicionais insiram informações suplementares, principalmente no que tange aos parâmetros de avaliação de patrimônio. Entre as diversas conceituações sobre capital intelectual, Drucker (1999) descreve que é ferramenta mais valiosa e a importância desse ativo agregador de valor aos empreendimentos, vem da metáfora orgânica empregada por Edvinsson (1998): Se considerarmos uma empresa como um organismo vivo, digamos uma árvore, então o que é descrito em organogramas, relatórios anuais, demonstrativos financeiros trimestrais, brochuras explicativas e outros documentos constitui o tronco, os galhos e as folhas. O investidor inteligente examina essa árvore em busca de frutos maduros para colher. Presumir, porém, que essa é a árvore inteira, por representar tudo que seja imediatamente visível, é certamente um erro. Metade da massa, ou o maior conteúdo dessa árvore, encontra-se abaixo da superfície, no sistema de raízes.

Segundo Marras (2005, p. 128) “[...] é necessário que as empresas considerem, principalmente, a importância dos seus ativos intangíveis, como o capital intelectual e as competências profissionais dos seus trabalhadores [...]”. O capital humano é intangível e não pode ser gerenciado da mesma maneira que as empresas gerenciam cargos, produtos e tecnologias. Uma das razões para isso é que são os funcionários, e não a empresa, os detentores do capital humano. Ao saírem funcionários valiosos de uma empresa, eles levam consigo seu capital humano, e qualquer investimento que a empresa tenha feito no

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treinamento e desenvolvimento dessas pessoas fica perdido para ela (BOHLANDER, 2005, p.09).

Cavalcanti et. al. (2001) diz que se antes a riqueza e o poder eram domínio do capital, da terra e do trabalho, atualmente a realidade é outra, e ressaltam que mais de 55% da riqueza mundialmente produzida é resultante do conhecimento e de produtos e bens intangíveis, como patentes, royalties, softwares e serviços de consultoria. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE ou OECD), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), as grandes organizações vem desaparecendo do topo da lista das mais ricas do planeta. Isto demonstra que mais de 55% da riqueza mundial advêm do conhecimento e dos denominados bens ou produtos intangíveis, como softwares, patentes, franquias, música, arte, etc. (LOPES, 2002). O conhecimento promove junto as empresas uma série de mudanças, sobretudo, no modelo de produção, evidenciando toda uma nova sorte de atributos que se contrapõem ao antigo modelo, eminentemente associado à sociedade industrial. Ou seja, a Sociedade do Conhecimento demanda exibilidade no modelo de produção, exige pessoal polivalente e empreendedor, além de respostas em tempo real. (Cavalcanti et al., 2001). Com o surgimento da sociedade do conhecimento, os modelos econômicos que vão regê-la precisam ser revistos no sentido de incorporar o conhecimento não somente como mais um fator de produção, mas como fator essencial do processo de produção e geração de riqueza (DRUCKER, 1993). Como já dizia o economista inglês Alfred Marshall (1982), o mais valioso de todos os capitais é aquele investido no ser humano. Os investimentos em capital humano tornam-se importantes, então, porque possibilitam às empresas uma sensível melhoria do grau de capacitação de seus trabalhadores e técnicos, aumentando assim a sua satisfação e o seu grau de dedicação, o que se refletirá nos níveis de produtividade e qualidade como também na própria capacidade inovadora da empresa, pois, a competitividade e a lucratividade não são conseguidas somente mediante processos, mas, sobretudo, por intermédio de pessoas. Na sociedade do conhecimento, são elas, as pessoas, que fazem a diferença (BIRCHAL, 1998). Cohen e Levinthal (1990) destacam que o conhecimento confere a habilidade de reconhecer o valor da nova informação, assimilá-la e aplicá-la para fins comerciais. Deste modo, a capacitação de absorção do conhecimento constitui uma habilidade que possibilita estabelecer uma relação entre o objeto do aprendizado e o conhecimento existente.

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O conhecimento é, também, o grande diferencial competitivo das empresas e dos países. Ele se consolida como a chave para o êxito organizacional (ZABOT; SILVA, 2002; DRUCKER, 1993; HERRERA, 2008; LAKSHMAN, 2008) O Manual da Oslo (OECD, 2005), reforça a opinião de Plessis (2007) que o conhecimento é a implementação de novas idéias a diversos níveis, seja no produto, processo, marketing e organização, que representem uma mudança significativa para as organizações e para o mercado. 2.2. A importância da gestão do conhecimento nas organizações Na década de 90, desenvolveu-se a Teoria do Capital Intelectual (SANTOS, 2004). O conhecimento é fator de produtividade decisivo e central nos novos modelos de produção e de gestão do trabalho. Segundo SVEIBY (1998, p. 3), “[...] a Gestão do Conhecimento não é mais uma moda de eficiência operacional, é a uma estratégia empresarial [...]”.

A gestão do conhecimento tem sido pesquisas por diversas organizações, a partir do momento em que perceberam a importância do conhecimento na inovação e vantagem competitiva (Dayan & Evans, 2006). Na visão de Setzer (1999) o conhecimento é uma abstração interior, pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado, por alguém. Nesse sentido, o conhecimento não pode ser descrito, o que se descreve é a informação. Até então, a informação detinha o papel principal, uma vez que era escassa, caro e de difícil acesso, já os colaboradores das organizações eram vistos como elementos físicos, secundários, de interesse relativo. Com uma transformação de paradigma, as organizações entenderam que a sua vantagem não residia somente no domínio da informação, mas que era igualmente importante proteger o conhecimento dos indivíduos que a constituíam. As mudanças constantes e evoluções que ocorrem no ambiente organizacional, uma das maneiras de se enfrentar, é gerar, obter e aplicar conhecimento continuamente. Para Bukowitz e Williams (2002, p.17) “[...] A gestão do conhecimento é o processo pelo qual a organização gera riqueza, a partir do seu conhecimento ou capital intelectual [...]”.

Conforme Woida e Valentim (2006, p.10) a gestão do conhecimento é compreendida como um novo processo necessariamente social e organizacional provido de estratégias, objetivos e etapas simultâneas, que visa desenvolver nas pessoas a capacidade de percepção, de criação de significado e de construção de conhecimento, e promover nas pessoas a capacidade de transformação do conhecimento em informação em riqueza.

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Conforme Valentim (2003) na gestão do conhecimento a complexidade está no reconhecimento e na inserção do conhecimento e seu compartilhamento no espaço organizacional, ou seja, vários indivíduos da organização socializam seus conhecimentos, experiências, vivências, crenças, valores e sentimentos. Por isso, muitas empresas estão tentando, de alguma maneira, descobrir o verdadeiro valor deste recurso (TOFFLER, 1990). Para Davenport e Prusak (2002), os valores e crenças exercem forte impacto no conhecimento organizacional, porque influenciam a visão, os pensamentos e os atos das pessoas, logo, o poder de organização, seleção, aprendizado e julgamento do conhecimento, provém de valores e crenças, tanto quanto a informação provém da lógica. De acordo com Drucker (1993), na sociedade do conhecimento, os recursos da sociedade industrial como máquinas, trabalho e recursos naturais, vão perdendo o foco, que se direciona para o conhecimento. O conhecimento corporativo gerado dentro de uma organização é um ativo intangível que possui aporte estratégico e competitivo imprescindíveis às organizações, havendo, para tanto, a necessidade de uma gestão efetiva junto aos processos de criação e difusão. Com a incorporação do capital intelectual a empresa poderá reagir mais rápido que a concorrência e se antecipar às necessidades do mercado. Uma eficiente gestão desse conhecimento pode transformá-lo em uma vantagem competitiva. Porém, essa gestão vai muito além de investimentos em tecnologia e deve abranger as formas de relações interpessoais e de como os dados e as informações tornam-se conhecimentos e de como eles são divididos. Para LACOMBE (2003) gestão do conhecimento pode ser definida como: O

conjunto

de

esforços

ordenados

e

sistematizados

visando

criar

novosconhecimentos, difundi-lo na organização para os que dele precisam eincorporá-los a produtos,serviços e sistemas, bem como a protegê-lo do usoindevido (LACOMBE, 2003, p.490).

Sicsú e Rosenthal (2005), o conhecimento é único ativo ilimitado e é um ativo que aumento como uso, propicia o sucesso das empresas, talvez para a sobrevivência das organizações, e precisam geri-lo como ativo corporativo. Atualmente, as organizações vêem a gestão do conhecimento como fonte de vantagem competitiva, buscando assim, suprir as necessidades dos atores organizacionais, atendendo as demandas de informação e conhecimento. É importante mencionar que para se obter algum resultado positivo é necessário um cuidadoso processamento das informações, assim como é importante focar os produtores de conhecimento no âmbito organizacional. 20

A organização pode fornecer muitos instrumentos para fortalecer o pensamento livre, mas é mais importante estabelecer um ambiente no qual são encorajadas a criatividade, a experimentação e a receptividade (BUKOWITZ; WILLIAMS, 2002, p.107). Lacombe (2005) destaca também que o maior desafio das organizações é o de permitir que a enorme quantidade de conhecimento da organização é gerada individualmente e que as organizações deixam de registrar tal conhecimento como forma de disponibilizá-lo aos que permanecem na empresa. As transformações por que passa o cenário empresarial, evidenciam á importância de as empresas aprenderem como fazer a gestão do conhecimento, tornando-se este um fator crucial e diferenciador para o sucesso de qualquer organização. Para Canongia et al. (2004) a gestão do conhecimento pode ser sintetizada como um processo articulado e intencional, destinado a sustentar ou a promover o desempenho global de uma organização, tendo como base a criação e a circulação de conhecimento. Essa gestão ganhou destaque nos últimos anos em função da importância que o conhecimento vem exercendo dentro das organizações, além da relevância que o capital intelectual das empresas e seus ativos intangíveis ganham a cada dia no cenário organizacional. Isso possibilita às organizações o desenvolvimento de novos produtos, aperfeiçoamento de práticas e desenvolvimento de estratégias em função do conhecimento adquirido por ela. A Gestão do conhecimento já não pode mais ser vista como modismogerencial, e, sim, como uma evolução gerencial pela qual as organizaçõe deverão passar como requisito para alcançar estágios avançados de competitividade e da sua própria sustentabilidade. (PEREIRA, 2006, p.06).

O surgimento da gestão do conhecimento está ligado à globalização e além de outros diversos tipos de tecnologias empregados nas organizações, sendo que os mesmos transformaram intensamente a maneira das organizações trabalharem. No cenário atual onde as mudanças acontecem com uma velocidade cada vez maior, o conhecimento pode ser considerado a principal vantagem competitiva da organização e, saber como administrar esse conhecimento é essencial para a sobrevivência das organizações na chamada era do conhecimento. Grande parte do conhecimento das organizações está dentro da mente dos seus colaboradores, ou seja, o capital intelectual que possuem. Por isso nas organizações

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modernas, as pessoas com maiores competências são mais valorizadas e, assim, o capital intelectual passou a ser a chave para o sucesso das empresas. Capital intelectual é a soma dos conhecimentos, informações, propriedade intelectual e experiência de todos em uma empresa, que podem ser utilizados para gerar riqueza e vantagem competitiva, e é com uma rede eletrônica que transporta informação na empresa à velocidade da luz. (LACOMBE, 2003, p.490).

A gestão do conhecimento não é apenas o gerenciamento de pessoas, mas compreende infinitas atividades, começando pelos gestores estratégicos e passando por toda a estrutura organizacional. Para Ramos e Júnior (2006, p.11), as organizações necessitam de tipos de conhecimentos que ajudem na análise e definição dos problemas; respondem às questões operacionais e de negócios e solucionem problemas e melhorem o desempenho pessoal e organizacional. O capital intelectual dá condições à empresa que as permitam criar novos produtos e serviços, prevendo as necessidades do mercado e que elas tenham uma reação rápida às ações da concorrência. A capacitação dos recursos humanos das organizações é o atual diferencial entre as empresas, já que o mercado globalizado permite uma alta competitividade em que os produtos finais são de qualidades semelhantes. Segundo Lacombe (2003), um dos fatores que levou a gestão do conhecimento a ganhar tanto destaque foi á facilidade de ordenar, armazenar, recuperar e disseminar informações proporcionadas pela rede de computadores e pelos softwares de gerenciamento dessas redes, com custos relativamente baixos. Existem pessoas valorizadas, e estas, em geral, são credoras de um rol de atenções diferenciadas pelo seu potencial de geração de valor econômico e aplicação futura de conhecimentos. Este é um importante argumento a ser levado em conta quando se pretende trabalhar com a apropriação do capital intelectual. Lacombe (2003) afirma que a preocupação com estruturas organizacionais simples também colaborou com o destaque da gestão do conhecimento em muitas organizações. Cabe, aqui, citar Bassi (2000), quando lembra que no início dos anos 90, o maior risco que um empregado enfrentava era a perda de seu emprego. E, quando isso acontecia, a possibilidade de vir a receber um retorno sobre os seus investimentos feitos para obter conhecimento caía à zero por algum tempo, ainda que se considere que a capacidade de produzir informações e os conhecimentos que as pessoas detinham. As demissões eliminavam as vagas, mas não tornavam as pessoas incompetentes para trabalhar em outras empresas.

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Nas décadas de 80 e 90, nos Estados Unidos, muitas organizações passaram por uma reestruturação econômica, promovendo demissões maciças, apresentaram aumentos substanciais no valor de suas ações. Parte deste aumento foi o resultado da percepção correta ou não, de que alguma despesa estava sendo eliminada. Mas, uma parte do aumento foi o resultado de que, quando pessoas são demitidas, os custos diminuem e, conseqüentemente, os lucros aumentam, pelo menos temporariamente. As empresas que demitiram esses integrantes deixaram de contar com aqueles conhecimentos e capacidades produtivas, acrescentando-se que muitas delas haviam investido no aumento de conhecimento e competências por parte desses integrantes demitidos. Assim, os resultados obtidos por estas empresas foram apenas de curtíssimo prazo, uma vez que muitas delas haviam perdido valiosos recursos intelectuais. Algumas tiveram que readmitir colaboradores dispensados, em função das propriedades intelectuais que possuíam, pelo fato de que estas organizações não haviam documentado e disseminado o conhecimento dos demitidos. Ao contrário dos ativos tangíveis da organização que se depreciam com o uso, o conhecimento é o único ativo que valoriza com a sua utilização. Segundo Probst (2002), as organizações inovadoras formam grupos de trabalho focando a gestão do conhecimento, enquanto os dirigentes enfatizam o papel especial que o conhecimento desempenhará em moldar o futuro de suas empresas. Stewart apud Lopo Martinez (1999) descreve o Capital Intelectual como sendo o conhecimento que existe em uma organização que pode ser usada para criar uma vantagem diferencial no mercado. Como Stewart (1998) relata, o conhecimento é mais precioso e importante do que os recursos naturais, até recursos financeiros nas grandes instituições. Segundo Quel (2006), pensando no futuro as organizações vêm se aprimorando por séculos, buscando a longevidade, e, para tal, apóiam-se no processo de aquisição, transformação e disseminação do conhecimento. As organizações têm de saber lidar com os fenômenos da globalização, em que o ciclo de vida dos produtos e processos é muito curto, exigindo das empresas estejam sempre conectadas, para tomarem decisões acertadas. A importância da gestão do conhecimento para a eficiência organizacional, ainda não é do conhecimento de muitas empresas, implantar a gestão do conhecimento pode contribuir enormemente para que a empresa permaneça no mercado durante muitos anos, pois saberá dar valor às informações que possui e ao capital intelectual das pessoas que atuam na empresa,

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facilitando a geração de novos conhecimentos a partir de uma maior integração entre seus integrantes. Chiavenato (2004 apud SOARES et. al., 2008 p.05) descreve com a seguinte idéia, as organizações bem-sucedidas são aquelas que sabem conquistar e motivar os funcionários para que eles aprendam e apliquem seus conhecimentos para resolver os problemas na busca de inovações rumo a excelência. Granstrand (1999, p.3), a propósito, observa que uma parcela crescente da atividade econômica atual consiste na troca de conhecimentos, informações e serviços, e percebe-se que a lucratividade corporativa é impulsionada muito mais pelas capacidades organizacionais, pelas possibilidades de produção e de geração de idéias inovadoras, ou seja, pela conjugação de fatores intangíveis, do que pelo controle sobre recursos físicos. Um capital invisível composto de ativos intangíveis. O valor de mercado das organizações não depende mais apenas do seu valor patrimonial físico, mas principalmente do seu capital intelectual. Sabemos que hoje a organização não vive só de lucros, necessitam das pessoas para gerar resultados duradouros. Por isso, o investimento está cada vez maior no capital intelectual para aumentar a vantagem competitiva. Em 2003, Lacombe e Heilborn declaram que o Capital intelectual é a soma dos conhecimentos, informações, propriedade intelectual e experiências de todos em uma organização, que podem ser utilizados para gerar riquezas e vantagens competitivas. Em 1982, foi descrito que os ativos físicos representavam 62% do valor de mercado de uma companhia. Dez anos depois, este número caiu para 38% (DZINKOWSKI, 2000, p.1). Um dos aspectos que se pode concluir deste fato é que, á proporção que existe uma demanda crescente por produtos e serviços baseados em conhecimento, altera-se a própria estrutura da economia global, e o papel do conhecimento na busca de vantagem competitiva torna-se uma questão gerencial importante em todos os setores, áreas e meios de gestão das empresas. Lynn (2000, p.3), afirma que é cada vez mais amplo o consenso sobre o que o conhecimento realmente significa, e muitos aceitam que o conhecimento aplicado é um fator competitivo fundamental e indispensável nos negócios hoje em dia. A missão dos profissionais da Gestão do Conhecimento concentra-se em identificar, classificar, organizar e encaminhar conhecimentos úteis às áreas da organização responsáveis pela tomada de decisões, análise das necessidades do setor e solução dos problemas. “[...] aquele que descobrir como fazer uso da genialidade coletiva das pessoas da sua organização, vai mandar a concorrência para o espaço [...]” (WRISTON apud STARKEY, 1997, p. 343).

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Em 2007, á Fundação Nacional da Qualidade, em seus estudos demonstrou que em média, 90% do conhecimento necessário para manter uma organização competitiva no mercado e melhorar significativamente seu desempenho já se encontra dentro da própria empresa, o que reforça a idéia de que o caminho crítico não é a geração do conhecimento, mas sim a sua gestão. Assim sendo, a gestão do conhecimento tem uma importância crescente para as organizações, bem como, as tecnologias de informação e comunicação têm um papel fundamental no seu suporte. Maximiano em 2004, afirma que a gestão do conhecimento organizacional torna-se indispensável para a manutenção da vantagem competitiva das organizações.

2.3. As pessoas como principal fonte do capital intelectual O conhecimento se tornou o fator fundamental para o desenvolvimento das organizações e as pessoas são as peças-chave para a produção, aprendizado e aplicação do conhecimento. Tanto os conhecimentos adquiridos, o aprendizado, quanto à disseminação da informação, a aplicação e as apropriações são fruto dos atos das pessoas, assim como, pertencentes a elas (LENHARI E QUADROS, 2002). Para Chiavenato (2004), a descoberta da individualidade aconteceu também, devido ao fato de existir uma diversidade elevada na distribuição das tarefas. As organizações mais avançadas estão tentando valorizar mais as diferenças para melhor aproveitamento da essência existente em cada integrante. Cada pessoa deve ser entendida como única e não com peça moldável ao que a situação exige. As pessoas são fontes de competitividade, porque possuem valores e não são copiadas tão facilmente. Muitas empresas não valorizam o conhecimento de seus colaboradores, pois ainda estão ligadas a Era Industrial, tendo como conseqüência pouca duração no mercado. Conforme Chiavenato (1999, p. 30), as pessoas eram vistas como meros recursos, mas com o avanço tecnológico um novo conceito surgiu em relação às pessoas que por sua vez passaram a serem reconhecidas como o mais precioso recurso de uma organização. As organizações de sucesso se deram conta disso e tratam seus integrantes como parceiros de negócios e fornecedores de competências e não mais como simples empregados contratados. Antes a parte financeira era o principal ativo e as pessoas eram passivas na organização, atualmente elas fazem parte do ativo, pois, o patrimônio deixou de ser o recurso mais importante, cedendo lugar ao conhecimento.

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Dentro desse contexto, no qual as pessoas devem ser visualizadas como parceiras das organizações, elas são fornecedoras de conhecimentos, habilidades, competências e, sobretudo, o mais importante para as organizações: a inteligência que proporciona decisões racionais e que imprime significado e rumo aos objetivos globais. Neste sentido, as pessoas constituem parte integrante do capital intelectual da organização. Diante dos obstáculos oferecidos por um mercado da competitividade, o desafio de da organização é manter-se equilibrada entre seus concorrentes. E deverá buscar alternativas de estratégias no seu recurso mais valioso. Sabe-se que lidar com pessoas é uma tarefa complexa, mas as organizações “dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões” (CHIAVENATO 2002, p.19). De acordo com Kanaane (1999, p.25), as organizações têm que estar comprometidas com as pessoas, mostrando-lhes sua principal necessidade. Elas “necessitam adotar posturas mais flexíveis com relação às concepções sobre poder e influência, o que implica a adoção de estratégias compatíveis com o envolvimento e o engajamento dos trabalhadores, possibilitando a valorização do potencial humano”. Stewart (1998, p.76) alerta que “[...] o trabalho rotineiro, que exige pouca habilidade, mesmo quando feito manualmente, não gera nem emprega capital humano para a organização [...]”, e que “[...] o valor marginal do investimento em capital humano é cerca de três vezes maior do que o valor do investimento em equipamentos [...]” (STEWART, 1998, p.77).

As pessoas possuem a capacidade de renovar e inovar processos, são considerados os recursos raros e intangíveis de uma organização, daí a fundamental importância delas. Na realidade atual, o mundo empresarial vem exigindo grandes esforços das empresas e seus gestores, em identificar os seus principais ativos intelectuais e como explorá-los para que atinjam as metas estratégicas; “hoje em dia, há uma percepção difundida que o controle correto desses intangíveis está se tornando uma exigência básica para o sucesso empresarial contemporâneo”. (MARTINEZ, 1999). Dessler (2003), destaca a importância das pessoas através de uma afirmação do vicepresidente de recursos humanos da Toyota Motor Manufaturing em Georgetown, Kentucky: Pessoas estão por trás do nosso sucesso. Máquinas não têm idéias, não resolvem problemas, não agarram oportunidades. Somente pessoas que estejam envolvidas e pensando fazem à diferença (...). Todos os fabricantes de automóveis nos Estados Unidos têm basicamente o mesmo maquinário. Mas o modo como as pessoas são utilizadas e envolvidas varia muito de um empresa para outra. A força de trabalho

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dá a qualquer empresa o seu verdadeiro poder competitivo” (DESSLER, 2003, p. 11).

Para que uma empresa torne seu conhecimento competitivo, se faz necessário proporcionar um ambiente favorável à ligação entre os aprendizados internos e externos; explícito e implícito e, indivíduo e organização. Nonaka & Takeuchi (1997) em seus estudos, demonstrou que esse foi o principal segredo do sucesso das empresas japonesas. Seguindo com a inovação nos processos, que como um dos alicerces para esta referência mundial, tornaram as empresas japonesas um modelo e exemplo a ser seguido e respeitado nas áreas da gestão da produção e da gestão do conhecimento. O conhecimento acumulado externamente é compartilhado de forma ampla dentro da organização, armazenado como parte da base de conhecimentos da empresa e utilizado pelos envolvidos no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. 4). As organizações não existem sem pessoas, para Carvalho e Souza (1999, p.2) as pessoas precisam estar envolvidas na transformação dos processos, produzindo produtos e serviços que são o motivo pelo qual os clientes procuram a empresa e não o concorrente, sendo fator primordial para o sucesso das organizações. As pessoas são detentoras do capital intelectual, as empresas têm como função transformar o intelectual humano em riquezas. Para manterem-se nesse mercado cruel, as organizações enfrentam árduas tarefas, mas para isso necessitam do auxílio das pessoas. Rasera (2002) destaca que, com um mercado cada vez mais exigente, mais competitivo e instável, é preciso que uma organização possua cultura forte e flexível, capaz de lidar com o ambiente de mudanças e, ao mesmo tempo, capaz de aprender. Com os desenvolvimentos, os gestores necessitam de pessoas que estejam desenvolvendo o seu capital intelectual, para a empresa, a qual se denomina trabalhador do conhecimento. O que diferencia este profissional dos demais é que a ferramenta do seu trabalho não está sobre uma mesa ou em um computador, está em seu cérebro e na sua busca por novos conhecimentos. Sendo assim, as organizações para sobreviverem precisam de bons profissionais, que realmente desejem fazer parte de um mercado turbulento, não adianta as organizações investirem em pessoas que não estão comprometidas com o futuro da empresa, sendo então necessário á dedicação de ambos lados, afinal um depende do outro.

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2.4. Gestão do capital intelectual nos serviços de saúde No mundo globalizado têm levado as empresas a buscarem novas formas de gestão com a intenção de aprimorar o desempenho, alcançar resultados e atingir à missão institucional, assim, podemos afirmar que o sucesso das organizações depende do investimento nas pessoas, identificando, aproveitando e desenvolvendo o capital intelectual (HITT, 2001). Conforme Chesbrough (2012) defende a necessidade dos gestores gerenciarem o Capital Intelectual por meio de modelos de negócios abertos, buscando recursos para a inovação no mundo globalizado. A gestão do capital intelectual, influência na competitividade das organizações, pois com seus sistemas e com o conhecimento do processo, viabilizam e tornam exeqüíveis princípios de gestão que visam a excelência e à busca contínua por melhorias. (CASTRO, 2002). Segundo Pacheco (2005), a gestão do conhecimento na área da saúde surge como uma oportunidade de desenvolvimento dos conceitos de evolução de tecnologia na saúde, medicina baseada em evidências científicas, gestão clínica, economia da saúde e investigação dos serviços sanitários. Todos estes conceitos estavam associados à necessidade de fundamentar as decisões clínicas e de política de saúde ao rigor cientifico e a partir de fenômenos mensurados e comprovados mediante metodologias e técnicas protocoladas. São estratégias que ainda seguem vigentes e que se baseiam na necessidade de justificar as decisões nos denominados critérios racionais, assim como garantir que os processos de decisões cumpram critérios de equivalência, eficiência e qualidade. Neste sentido, o conhecimento se converte em uma estratégia de avaliação dos processos sanitários e dos resultados no setor de saúde (ALLEVATO, 2007). As instituições de saúde onde atividades intelectuais são mescladas com ciência e tecnologia de procedimentos utilizados diretamente em seres humanos, com componentes sociais, culturais e educacionais, interferindo na estrutura, no processo e nos resultados (BITTAR, 1997). As organizações de saúde, especificamente a saúde ocupacional, são tipos de organização profissional cujo bom funcionamento depende principalmente de seus integrantes. O conhecimento dos profissionais tem importante papel em sua dinâmica. Logo, é 28

evidente que as estratégias gerenciais devem incluir processos de negociação e comunicação intensas com os diversos grupos internos (MINTZBERG, 1995). Na área da saúde possui um conjunto de procedimentos a serem cumpridos, pois exige que as organizações sempre buscam apenas como uma obrigação legal. Ao atender as exigências legais, são gerados grandes volumes de documentos e dados. Esses dados devem ser analisados e enviados ao Instituto Nacional de Seguro e Saúde (INSS), isto demonstra uma visão simplificada do cumprimento da Legislação Trabalhista e Previdenciária (ASSMANN, 2005). A “Era do Conhecimento” é possível extrapolar o nível mínimo de informação para além das exigências legais, utilizando as informações para solução de problemas e para a obtenção de um diferencial competitivo baseado na importância do capital intelectual. O capital intelectual engloba, além da capacidade intelectual humana, os nomes de produtos, marcas, fatores como liderança tecnológica, capacitação de funcionários, agilidade no atendimento aos clientes, caracteriza estas determinantes nas intuições, em especial nos serviços de saúde. Pereira, Omelczuk, Cintra e Abreu (2002) fazem referência a Davenport e Prusak ao lembrar que a única vantagem sustentável que uma empresa tem é aquilo que ela coletivamente sabe, aliado à eficiência com que ela usa esse conhecimento e a prontidão com que ela o adquire. As diferenças de capital intelectual dizem respeito às especializações dos saberes e das intervenções, entre os vários profissionais. Esse processo tende a aprofundar verticalmente o conhecimento e a intervenção em aspectos individualizados das necessidades de saúde, sem contemplar simultaneamente a articulação das ações e dos saberes. Conforme as palavras de Reis e Silva (2003) ao fazer referência à importância da gestão do conhecimento sobre a saúde dos trabalhadores para a empresa, as informações referentes ao capital humano, representado pelos membros que fazem a organização, são estratégicas para a manutenção da competitividade da organização. Os autores ainda continuam afirmando que os trabalhadores são o principal ativo da organização, sendo assim, o cuidado com a saúde deles representa uma ação estratégica. Segundo Reis e Silva (2005) constatou que a escassez e inconsistência das informações sobre a real situação de saúde dos trabalhadores dificultam, sobremodo, a definição de prioridades para o planejamento e implementação das ações de saúde, além de privar a empresa de instrumentos importantes para a melhoria das condições de vida e trabalho, em um processo integral e integrador da saúde. 29

Em alguns casos o Enfermeiro pode atuar como gestor da equipe multidisciplinar dirigindo e coordenando o trabalho de outros profissionais da saúde (O.M.S., 2001). Pode ter responsabilidade sobre toda a equipe, pessoal de enfermagem ou programas específicos (HAAG, 2001 p 4). A Associação de Enfermeiros do Canadá reconhece que o profissional enfermeiro aumenta os ganhos dos empregados, previne doenças, diminui os custos das empresas e o tempo de trabalho perdido por doença (C.N.A., 2000). Colabora com a equipe multidisciplinar na gestão, definição, implementação e avaliação de programas, políticas e estratégias de saúde e segurança de acordo com a cultura da instituição, objetivos de gestão e necessidades da organização (A.A.O.H.N., 2007; R.C.N., 2005). É essencial á garantia e melhoria de qualidade na prestação de serviços de saúde no trabalho, podendo o enfermeiro contribuir e estar envolvido na monitorização da qualidade, iniciativas de melhoria e construção de métodos de avaliação para medir coeficientes de saúde (O.M.S., 2001; A.A.O.H.N., 2004). Deve encaminhar os colaboradores para unidades de saúde e facultar as informações necessárias aos serviços. Providencia tratamentos aos colaboradores que deles necessitem, de acordo com prescrição médica e redige um plano de cuidados. No âmbito da sua ação de prestação de cuidados tem em atenção á visão holística do trabalhador, ou seja, em todas as vertentes física, psíquica, social e emocional. Os serviços de saúde são uma componente importante do sistema de saúde para garantir saúde igual para todos, aumentar a coesão social e reduzir o absentismo por doença (O.M.S., 2001). Ferlie & Cols. (1999) descreve que o profissional habilitado e preparado para lidar com os trabalhadores a nível emocional, estimulando-os a ter um elevado nível de satisfação pessoal, lidando com um dos problemas de saúde detectados, as emoções. Estas competências possibilitam intervir no local de trabalho, quer no imediato quer em situações subseqüentes de tratamento, possibilitando um acompanhamento diário. O trabalhador é o ativo mais valioso de qualquer organização, pois é justamente ele quem detém o recurso mais necessário para manter a saúde e o vigor empresarial, o conhecimento humano. O gerenciamento do capital intelectual promove a equipe de saúde, no desenvolvimento e avaliação das políticas internas de saúde e dos programas de prevenção e ação tendo em conta a cultura da instituição, objetivos de gestão e as necessidades dos trabalhadores.

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Rosini e Palmisano (2003, p. 128) apontam que a informação é fator fundamental para as organizações, incluindo nesta colocação todos os funcionários, sejam estes da alta gerência, seja do chão de fábrica, e ressaltam a necessidade do rápido acesso aos dados para alcançar o mercado aberto e comum, a competitividade, a concorrência e qualidade. Informação, qualidade, gestão organizacional, lucros. Embora cada um tenha uma particularidade completamente diferente, a utilização conjunta destes instrumentos converge para o estabelecimento de programas de melhorias organizacionais, que beneficiam não somente o cliente, mas o trabalhador é justamente o responsável pela existência do produto final. O valor de um operário para a organização é incalculável. Cada vez que uma vida se perde, não é somente um trabalhador que deixa de fazer parte do quadro de funcionários daquela instituição, mas também um membro da sociedade, que leva consigo uma gama de conhecimentos, que pode ainda não ter sido disseminada. Neste caso, além do operário, a organização perde também um valioso ativo intangível: o conhecimento materiais. (CALURI, 2005; BENITE, 2004). À estratégia do conhecimento produz conhecimento, quando associado á saúde, se atribui o progresso associado aos avanços de diagnósticos e terapêuticos (CORNELLA, 2003), assim as diferenciam os profissionais baseado no conhecimento. Estas organizações e seus profissionais alcançam o seu prestígio e o seu poder na capacidade de gerar e controlar esse conhecimento. Rosini e Palmisano (2003, p. 128) apontam que a informação é fator fundamental para as organizações, cabe aos gestores, reconhecer os recursos do capital intelectual como um instrumento de gestão de saúde no Brasil, para que haja uma contribuição válida e visível aos olhos da alta gerência. Neste sentido, o capital intelectual se converte em uma estratégia competitiva no serviço ocupacional na avaliação dos processos e dos resultados na organização e na busca não somente da eficiência, mas também da eficácia na produção e prestação de serviços. As vantagens para a empresa colocar em prática essa gestão são imensas, desde conhecer objetivamente a saúde do seu funcionário; coletar informações para traçar estratégias de prevenção; obter um perfil epidemiológico de seus colaboradores; ter acesso a indicadores de morbidade sem e com absenteísmo; atender a legislação trabalhista e previdenciária; reduzir o custo com exames desnecessários, com processos trabalhistas e com planos de saúde; até a traçar estratégias focadas na atenção primária e qualidade de vida para

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redução de custos nas organizações como um todo. Pois, se o Capital Humano da empresa não estiver saudável, a empresa também não estará saudável. A gestão do capital intelectual no setor de saúde cria um espectro sinérgico de compartilhamento do conhecimento, efetivamente beneficia a redução do tempo de ciclo dos serviços, diminui os custos, gera mais retorno dos investimentos, melhora a satisfação dos integrantes e incentiva o aprendizado contínuo dos profissionais na saúde e prestação de serviços com mais excelência. Em tempos quando a qualidade, a competitividade e a transparência da organização contam para a determinação de sua fatia de mercado, ainda há muito para se explorar na área de gestão do capital intelectual dentro das organizações, visto que o conhecimento explícito representa uma parcela muito pequena do que realmente vale o conhecimento organizacional. É importante investir no capital intelectual para os integrantes em gestão da saúde. Todas estas características singulares justificam a adoção de uma estratégia de gestão do capital intelectual voltada para a saúde que transcenda uma simples estratégia de contenção de custos e de evolução da prática de prevenção mediante ensaios controlados e aleatórios. Estas práticas são essenciais para a gestão do conhecimento, ao promover um acesso ao conhecimento no momento e no lugar onde se produz o ato assistencial, na difusão da informação e do conhecimento no momento em que este conhecimento é necessário e oportuno (JOVELL, 2006).

2.5. Capital intelectual como estratégia competitiva Nas últimas décadas percebeu-se, a partir do trabalho de economistas e sociólogos, que o conhecimento e a informação são privilegiados geradores de riqueza (XAVIER, 1998). Atualmente, as organizações brasileiras passaram a se conscientizar da importância da revisão nos modelos de gestão, principalmente nas organizações privadas. A grande motivação era a sua sobrevivência e competitividade no mercado, com a aplicabilidade das novas praticas gerenciais que garantirão a sua sobrevivência num mercado cada vez mais globalizado e competitivo. Cabe salientar a importância da estratégia competitiva nas empresas, como Porter (1986) destaca que, a análise competitiva é tão importante, não apenas na formulação das estratégias empresariais, mas também, em finanças, marketing, análise de mercado e em muitas outras áreas da empresa. A estratégia competitiva faz um exame, do modo como uma empresa pode competir com eficácia para fortalecer sua posição no mercado. 32

A ABRAIC (2007, p. 01) afirma que a “[...] Inteligência Competitiva está mais voltada para a produção do conhecimento referente ao ambiente externo da empresa [...]”. Salienta, também, “[...] que a implantação da Gestão do Conhecimento nas empresas facilita a atuação da área de Inteligência Competitiva e vice-versa [...]”.

Xavier (1998, p.111) menciona que, a inteligência permitiu ao homem que sobrevivesse com suas limitações físicas em um ambiente hostil e criasse a civilização. A inteligência permitirá às organizações a sobrevivência em ambientes competitivos, mutantes e exigentes pelos quais passaremos no processo de globalização. Sabe-se que o capital intelectual tem capacidade de gerar riqueza, mas para que isso aconteça a organização precisa atrair, reter e desenvolver esse capital da melhor maneira possível. Segundo Milkovich a solução para obter-se um diferencial competitivo, através dos colaboradores é: Talvez a melhor estratégia de RH seja contratar, treinar e remunerar as pessoas para que elas criem as melhores estratégias futuras, não importa em que condições. Essa estratégia daria menos ênfase na capacidade das pessoas em implementar as estratégias de hoje, e mais ênfase nos traços humanos genéricos, como inteligência, curiosidade, confiabilidade e comprometimento com a organização, o que conduziria a estratégias mais eficazes. (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000, p. 137). A valorização do capital intelectual, ou seja, as tem influenciado de forma muito positiva nas organizações, provocando aperfeiçoamento constante por parte das empresas como por parte dos integrantes, trazendo como conseqüência uma postura muito mais eficácia em todos os processos organizacionais responsáveis pela tomada de decisão, análise das necessidades do setor e solução dos problemas. Conforme Chaparro (1998), a Gestão do Conhecimento surge então como uma metodologia de gerenciamento. Essa metodologia vai além do simples processo de inovação, é necessário contemplar mercados e tendências nos processos de desenvolvimento tecnológico e outros fatores que determinem a vantagem competitiva de uma organização. A importância da interação dos capitais do conhecimento na gestão da inovação, Cavalcanti et. al. (2001, p. 73) assinalam que “[...] a interação entre esses quatro capitais é a fonte de riqueza das organizações: é o mapa da mina! [...]” Stewart (1997) confirma que a interação entre estes capitais é

a fonte de riqueza nas organizações. Segundo este autor, o capital intelectual não é criado a partir de partes distintas de capital humano, capital estrutural e do cliente, mas do intercâmbio entre eles. Segundo Dzinkowski (2000, p.2), quando se analisa o balanço de uma companhia rica em capital intelectual, como a Microsoft, pode ser utilizada como um eficiente exemplo para 33

demonstrar a importância, para o mercado, do valor não registrado dos ativos intelectuais de uma empresa, haja vista que, em 1996, o valor de mercado da Microsoft era 11,2 vezes maior que seu valor expresso em ativos tangíveis, e este valor oculto, em um grau mais amplo, representa a estimativa de mercado do estoque de capital intelectual da Microsoft que não foi identificado em seus relatórios financeiros. Esta não constitui uma exceção, mas sim a regra dos relatórios financeiros, a qual ilustra uma das maiores limitações do modelo atual dos relatórios contábeis. Estimativas recentes sugerem que de 50% a 90% do valor gerado por uma empresa tem origem não no gerenciamento de ativos físicos tradicionais, mas no gerenciamento do capital intelectual (DZINKOWSKI, 2000, p.2). Dentro dessa visão de conhecimento, baseada no capital intelectual, a organização é vista como uma instituição que realiza a integração de conhecimentos, insumo crítico na produção e fonte primária de valor (GRANT, 1996). Segundo Stickney & Weil (2001), as empresas bem-sucedidas geralmente investem em pesquisa e desenvolvimento por várias razões: procuram desenvolver competência tecnológica ou de marketing que lhes propicie vantagem competitiva sobre os concorrentes, bem como explorar possíveis aplicações da tecnologia existente, visando o desenvolvimento de novos produtos ou o aperfeiçoamento de produtos antigos e, com isso, em geral, produzem vários ativos intangíveis nos processos de produção de bens tangíveis, objetivo final das atividades de pesquisa e desenvolvimento. Garantir que a informação geradora de conhecimentos melhores e mais completos esteja ao alcance não apenas da administração superior, mas de todos aqueles cujo trabalho agrega valor a produtos e serviços, se transformará num fator cada vez mais importante de sucesso no atual contexto em que as empresas brigam por ocupar, manter posições e avançar ainda mais, ou seja, na economia globalizada do século XXI (BARCLAY; KAYE, 2002). A tarefa da organização é saber como transformar esse capital em riqueza. Em primeiro lugar, sabe-se que as pessoas têm capacidade de criar e inovar. A inovação é uma ferramenta do ser humano que vem ocupando espaço e tornando-se competitiva. As empresas ganham agilidade e produtividade com a disseminação do conhecimento nas organizações, com isso, as empresas baixam os custos dos seus produtos. A aceitação dessa idéia a coloca como o recurso-chave de competitividade efetiva, de diferencial de mercado e de lucratividade nesta nova sociedade.

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Esse é o ponto principal em relação à economia do conhecimento, é evidente considerar a diferença entre os conceitos de informação e conhecimento, mas, quem tem informação e conhecimento será mais competitivo. Com a crescente competitividade empresarial, saber trabalhar adequadamente com o conhecimento existente se torna um diferencial. Diante tantos desafios, criar soluções é o caminho para manter-se competitivo, a oportunidade de inovar é encontrada no capital intelectual. Mesmo as empresas tendo esse capital, muitas delas não sabem como buscar. A fim de aumentar a produtividade, as organizações devem aprender como desenvolver e aproveitar o que o capital intelectual tem de melhor para suportar os cenários imprevisíveis. Não é uma tarefa fácil reter o capital intelectual transformando-o em vantagem competitiva, mas as organizações têm que atentar-se que maquinários, tecnologias e estruturas hoje em dia todos que estão no mercado já possuem, então como concorrer em um ambiente onde todas as estratégias são parecidas, a única solução é fazer com que os seus integrantes façam á diferença. Considerar o conhecimento como fator estratégico da produção e ignorar sua própria mercantilização e o controle de sua produção e distribuição de acordo com a divisão internacional do trabalho levaria a uma concepção acrítica da relação capital-trabalhoconhecimento-poder. Além de obscurecer o antagonismo de classes e o problema da propriedade privada dos meios de produção. As organizações não registram o capital intelectual, sendo este avaliado pelo mercado, quando a empresa negocia ações na Bolsa de Valores. Os agentes de mercado estimam o valor do capital intelectual, e atribuem este valor através da valorização das ações da empresa. Além de influenciar no aumento das ações da organização, o capital intelectual propicia a vantagem competitiva, pode afetar a participação de mercado e o desempenho operacional da empresa, em diferentes momentos e situações. A empresa rica em conhecimento e gestora do conhecimento gera qualidade, criatividade e eficiência. A vantagem do conhecimento é sustentável porque gera retornos crescentes e contínuos, visto que o conhecimento é multiplicador de novos conhecimentos a empresa, tornando-se mais competitivo ao mercado. Esses conhecimentos individuais, quando organizados pelos gestores, são capazes de gerar conhecimento coletivo, e muito mais eficiente em relação a cada conhecimento individual, o que se torna o maior instrumento de desenvolvimento econômico da atualidade. Essa concepção do conhecimento mostra muito mais eficiente para as organizações, causando 35

diminuição do custo de produção e o aumento do retorno de investimento. O conhecimento que mantém competitiva a empresa está presente em seus atos e nas suas decisões cotidianos que demandam o trabalho de seus profissionais, sendo eles sócios, administradores e empregados. Por fim, há um longo caminho a percorrer na construção da sociedade do conhecimento, pois a experiência das organizações mostra desconhecimento do tema gestão do conhecimento, da mesma forma observa-se, que as organizações, revelam a vantagem competitiva e o valor do conhecimento sequer sentem percebidos, porém, gestão do conhecimento não é mais um “modismo”, significa ter processos definidos para lidar com o capital intelectual, sobretudo, valorizar atividades de quem as realiza (SOCINFO, 2001). No ambiente altamente volátil, onde as fontes de vantagem competitiva se esgotam rapidamente, a única fonte confiável será a habilidade da organização em utilizar seu capital intelectual, como soluções inovadoras, tornando-se uma das mais importantes e complexas para a administração de recursos humanos (MOHRMAN & LAWLER III, 1995). A necessidade de uma organização ter capacidade de se re-configurar em resposta ao mercado advém do declínio da sustentabilidade de sua vantagem competitiva fixada em modelos existentes. Quando as vantagens não duram muito, também não duram as organizações que as exercem. As vantagens competitivas em torno das quais a empresa sistematicamente projeta sua atuação, correndo o risco de serem rapidamente copiadas e superadas. Neste momento, é o conhecimento que a organização detém, juntamente com sua capacidade de aprendizado coletivo e flexibilidade de adaptação, que permite à organização uma remodelagem adequada ao ambiente atual, onde a mudança é algo permanente. 2.6. A importância do capital intelectual para a qualidade dos serviços A organização privada cujo capital é detido na sua maioria pelos agentes econômicos, ou seja, indivíduos particulares, e cujo objetivo final é o lucro através de atividade produtiva ou prestação de serviços (BRASIL, 2006). Existem várias transformações que vêm acontecendo rapidamente e, para se estabelecerem no mercado, as empresas utilizam o capital intelectual como um diferencial frente a outras empresas, proporcionando a qualidade dos serviços. Quando se fala em qualidade, pode-se encontrar várias definições. Chowdhury (2006) diz que a qualidade é definida pelo cliente e não pela empresa. 36

A qualidade do trabalho, por sua vez, depende do conhecimento na ausência de defeitos, na confiabilidade ou na segurança á longo prazo. Capital intelectual permite-nos definir próprio crescimento como um processo de acumulação generalizada de capital, ou seja, como uma sucessão ininterrupta, ao longo do tempo em capital físico, humano e tecnológico, que produzirá o efeito de aumentar a capacidade produtiva, ano após ano. Não é por outra razão, por exemplo, que um integrante com anos de estudo, bem treinado e bem instruído possua capacidade superior de gerar rendimentos do que um outro sem estudo e treinamento. Outro fator importante que diz respeito às empresas e as pessoas que pertencem a estas empresas é a comunicação, mais especificamente, as informações que percorrem os diversos departamentos da determinada organização. Pode-se citar além da informação como meio de comunicação entre as pessoas, a informação como conhecimento que cada indivíduo possui e pode usufruir no ambiente de trabalho. Segundo Cobra (2004), se o cliente interno está insatisfeito, ele tende a ser descortês com o cliente externo, levando-o a procurar outro fornecedor; quando se sente estimulado, consegue surpreender o cliente. Neste período, conhecido como Sociedade do Conhecimento (CAVALCANTI et al., 2001), grande parte da força de trabalho ativa começa a depender da geração e distribuição de produtos e serviços de informação como meio de subsistência (CIANCONI, 1999) e, ainda, como insumo capaz de gerar o conhecimento que se traduz em diferencial competitivo para a maioria das empresas em todo mundo. No mercado tão disputado em que vivemos nos dias atuais, o ser humano é o principal instrumento capaz de torna a empresa permanentemente competitiva e passa a ser o centro das atenções, pois somente esses profissionais com capital intelectual, competentes e devidamente qualificados poderão produzir ou prestar serviços com qualidade. Por isso, a excelência em serviços, vem se mostrando uma grande preocupação para as organizações, que buscam no capital intelectual como diferencial na competitividade do mercado em que atuam.

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3. METODOLOGIA O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, exploratória por meio de ensaios bibliográficos uma vez que se esperam encontrar dados e informações, além de se explorar idéias entre: conhecimento e vantagem competitiva como variável dependente, o investimento em Capital Intelectual. Bibliografia é o conjunto das produções escritas para esclarecer as fontes, para divulgá-las, para refutá-las ou para estabelecê-las; é toda a literatura originária de determinada fonte ou a respeito de determinado assunto (RUIZ, 1996, p. 58). Diehl (2004, p. 44) destaca que as vantagens do ensaio bibliográfico, ou da pesquisa bibliográfica, se referem ao fato de que os documentos constituem fonte rica e estável de dados e de que não exige contato com os sujeitos da pesquisa. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica está no fato de permitir ao pesquisador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço (GIL, 2002). Segundo o autor, a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Assim, a pesquisa bibliográfica se constitui num “conjunto de conhecimentos reunidos nas obras tendo como base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e à produção, [...] e utilização” (SANTOS, 1998). Portanto, o levantamento da bibliografia em conjunto com comparações qualitativas agrega valor à discussão existente na formação de um futuro construto ou modelo. As variáveis da pesquisa se limitam ao processo de criação e disseminação do conhecimento, à gestão deste recurso através das ferramentas citadas pelos autores e às vantagens competitivas proporcionadas às organizações por meio do capital intelectual. Desta forma, para o presente trabalho foram utilizadas fontes bibliográficas relacionadas à temática com o intuito de refletir acerca dos conceitos e da aplicabilidade dos mesmos no contexto organizacional. Foram utilizados artigos publicados entre janeiro de 1995 á novembro 2012, em diversos idiomas, para o embasamento do referencial, em pesquisas de livros, revistas e publicações cientificas, teses e dissertações, na base de dados da Scielo, FGV, FEA-USP, UFRGS, Biblioteca digital, contemplarem á temática. 38

CONCLUSÕES Atualmente, as organizações estão passando por um processo de globalização, muitas delas conseguem manter-se no mercado por meio de vantagens competitivas. As organizações vivenciam um momento de grande competitividade, assim, possuir algum diferencial é de extrema relevância para se manter no mercado. Com a Sociedade da Informação, dá-se maior valor à informação e ao conhecimento, que devidamente analisados e contextualizados, geram vantagem competitiva. Nas últimas décadas, a transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento gerou mudanças gradativas, tendo como o ápice à globalização, antes da competitividade estava ligada à tecnologia, entretanto percebe-se que a realidade está voltada para o conhecimento. Com o novo cenário, acrescenta-se aí o conhecimento, alterando, principalmente, a estrutura organizacional, de modo a valorizar o ser humano como recurso inovador e imprescindível no núcleo econômico. Até então, os recursos existentes valorizados e utilizados na produção eram a terra, o capital e o trabalho. Na era do conhecimento, as organizações precisam gerir seu capital intelectual de forma mais sistêmica. Precisam elaborar diretrizes, estratégias, plano de ação que leve o seu capital humano, o indivíduo detentor de conhecimento, a organizações focalizadas em conhecimentos. Importante destacar que a organização do conhecimento exige uma base sólida de investimentos em infra-estrutura educacional e de aprendizagem, para se criar ambiente de reprodução, mas também de criação de conhecimento. Investimentos na melhoria da infraestrutura de tecnologias de informação fazem-se necessários para garantir o suporte às atividades das organizações. Apesar de opiniões diversas sobre a possibilidade de se promover uma gestão do conhecimento que agreguem vantagem competitiva às organizações e que possam funcionar como estratégias diferenciadas para seus negócios. O capital intelectual é importante, porquanto possibilita às organizações conhecerem o que possuem em termos de informação e conhecimento, além de criar uma dinâmica entre o tácito e o explícito, gerando um ambiente de conhecimento. Portanto, o capital intelectual além de auxiliar a organização no desempenho de ações estratégicas, também, auxilia o 39

processo de inteligência competitiva, subsidiando a geração de idéias, a solução de problemas e a tomada de decisão. Para muitos autores, esta abordagem de gestão vem contribuir com a gestão estratégica empresarial nas instituições e vem permitir um olhar especial sobre a informação e o conhecimento e sua importância para o sucesso e o desenvolvimento das organizações na atualidade. Sendo assim, as organizações terão que aprender a valorizar seu recurso humano, pois só terá sucesso quem souber gerir seu capital intelectual que representa potencial de serviços futuros, inovação e conseqüentemente rendimentos futuros. Pessoas bem organizadas e leais são os ativos mais importante, porque elas são capazes de produzir serviços futuros e pessoas treinadas são fonte de lucratividade. As pessoas serão o recurso mais desejado e disputado nos próximos anos pelo seu patrimônio mais valioso, seus recursos humanos, ou seja, o capital intelectual humano.

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