Como separar os mitos da aprendizagem da realidade

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Neuro-mito ou, como separar os mitos da aprendizagem da realidade Equívocos sobre como o cérebro funciona são incorporados em programas de treinamento corporativo e estão sabotando sua eficácia. As empresas devem reavalia-las à luz dos mais recentes conhecimentos científicos. O desconhecimento e uso de conceitos errados sobre o funcionamento do cérebro são incorporados em programas de treinamento corporativo e poderiam estar sabotando a sua eficácia. As empresas devem reavaliar ,à luz da ciência, os mais recentes conhecimentos científicos, ao invés de ficarem gastando milhões com “animadores de auditório, autointitulados palestrantes Ao longo dos anos, você provavelmente já pensou, diversas vezes como funciona seu cérebro. Você pode ter feito cursos lido livros que prometeram revelar o segredo de maximizar a sua capacidade mental e transforma-lo em um líder. Segmento que tem sido profícuo para charlatões. No processo, você pode ter lido que, após um período específico na infância das crianças, não há esperança para a significativa aprendizagem, e que metade do seu cérebro está inativo, em determinado momento, ou que você é capaz de aprender corretamente se usar seu estilo preferido. Cada uma destas alegações é o que chamado, hoje, de "neuro-mito," um equívoco com base em interpretações incorretas da neurociência. As verdadeiras boas praticas nas empresas – pouquíssimo usado no Brasil – devem considerar sua lifelong learning, que é a aprendizagem ao longo da vida. É o contínuo, o voluntário e auto-motivado que busca o conhecimento por razões pessoais e profissionais, melhorando a inclusão social, a cidadania ativa o desenvolvimento pessoal e também, a auto-sustentabilidade, ao invés de só sua competitividade e empregabilidade. Essa não observância, dessas premissas, permanece incorporada em muitos programas de treinamento corporativo. Como as empresas estão despejando cada vez mais dinheiro no desenvolvimento do seu empregados, elas não podem se dar ao luxo de investir em programas de treinamento baseados em suposições imprecisas, obsoletas e com prazo de validade Então, como trabalhar o gap entre neuro-mitos e a ciência aplicada? Isso é um desafio crescente.

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Técnicas de mapeamento cerebral modernas, como a ressonância magnética, têm avançado e colaborado no conhecimento, dessas interpretações enganosas feitas por leigos em negócios e treinamento A menos que tais equívocos sejam eliminados, eles vão continuar a minar os esforços de aprendizagem organizacional. Neste artigo, vamos abordar os três neuro-mitos mais proeminentes à luz das últimas pesquisas e explorar algumas das implicações para aprendizagem corporativa. Mito # 1: A janela crítica de infância. A maioria de nós já ouviu falar sobre a aprendizagem crítica nos primeiros anos de vida, vinculada ao desenvolvimento do cérebro. Pensa-se que, o grande desenvolvimento, ocorre nesse período, ou então há a suposição que a trajetória do desenvolvimento humano é parcialmente construída nessa etapa da vida. Isso, deveras, é um exagero. Pesquisas neurocientíficas recentes indicam que as experiências, sociais, familiares, espirituais, podem alterar tanto a estrutura física do cérebro, quanto a sua funcionalidade. Esse fenômeno é descrito como neuroplasticidade. Pesquisadores que estudam a plasticidade do cérebro estão cada vez mais interessados em estudar a consciência das coisas. Praticar técnicas de meditação, por exemplo, ajuda a construir mais massa cinzenta e partes do cérebro associadas ao aprendizado e memória e compaixão. Uma equipe liderada por Cientistas de Harvard mostrou que apenas oito semanas de meditação pode produzir mudanças significativas na estrutura cerebral, o suficiente para ser captado por scanners de ressonância magnética Algumas empresas estão cada vez mais dando oportunidades aos empregados a buscarem plena consciência, via meditação. As maiorias desses programas têm recebido entusiástica aderência de funcionários, que muitas vezes percebem uma melhoria significativa em algumas habilidades específicas e no desempenho no trabalho. Por exemplo, funcionários, voluntários, de uma grande seguradora, que participaram de aulas de ioga e meditação na empresa tiveram uma diminuição média de 28 por cento nos seus níveis de estresse e um aumento de produtividade de 62 minutos por uma semana-valor. Mito #2: Cabeça vazia é moradia do Diabo Uma pesquisa europeia recente, descobriu que quase 50 por cento de professores, pesquisados no Reino Unido e nos Países Baixos acreditava que essa teoria pode ser provada cientificamente.

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Esse mal-entendido originalmente resultou na errônea interpretação de ativação de hot spots em estudos de imagem cerebral. Hoje, mais cuidadosamente interpretado, exames cerebrais mostram que, independentemente do que a pessoa está fazendo, todo o cérebro esta ativo e que, dependendo da tarefa, algumas áreas são mais ativos do que outras. As pessoas podem sempre aprender novas ideias e novas competências, não tocando na parte não utilizada do cérebro, mas através da formação de ligações novas ou mais fortes entre as células nervosas. Esta visão sobre a capacidade do cérebro torna-se particularmente relevante para o ambiente e o contexto em que a aprendizagem tipicamente ocorre. Todo mundo sabe, muito bem, sobre o hábito de verificar, rapidamente, e-mails ou o manipulação do seu celular no meio de uma sessão de treinamento ou aulas em geral. O problema é que tais multitarefas envolvem grandes partes de atividade do cérebro. Isso pode atrapalhar a memorização, com sucesso, e dificulta aprender novas informações. Em suma, multitarefa e aprendizagem não podem ocorrer de forma eficaz e simultaneamente. Algumas organizações, reconhecendo este problema, estão trabalhando para construir ambientes imersivos de aprendizagem onde as distrações são eliminadas. Cria-se uma fábrica modelo onde os participantes atuam para ver as condições de operação em ação. Mas, primeiro, todo mundo está convidado a deixar seus gadgets, celulares, tablets e outros pertences distrativos em um armário, para que possam concentrar-se no exercício de aprendizagem. Empresas e escolas estão trabalhando para afastar a tentação de usar dispositivos móveis durante as sessões Finalmente, estamos voltando ao óbvio da boa aula e da aprendizagem focada. Fora sinal de wi-fi dentro da sala de aula ou aprendizagem. Mito # 3: Os estilos de aprendizagem e a hipótese do cérebro esquerdo / direito Quase todo mundo já leu sobre a teoria de que a maioria das pessoas ou são predominantemente analíticas (lado esquerdo cérebro) ou mais criativas (lado direito cérebro). No entanto, essa dicotomia é falsa. Os dois hemisférios do cérebro estão ligados e comunicam-se extensivamente em conjunto; eles não funcionam isoladamente. A noção simplista de um falso binário levou muita gente, para o equívoco de que cada um de nós tem um estilo de aprendizagem preferido. Estudos recentes têm, categoricamente, refutado esta ideia, sugerindo de vez que o envolvimento de todos os sentidos em uma variedade de formas (por exemplo, audiovisual e tátil) pode ajudar a desenvolver novos conteúdos Os melhores resultados põe em prática essa maneira e usa várias formas de aprendizagem utilizando novas abordagens. As sessões começam com um jogo aplicado,depois traz-se a turma para a realidade com simulações onde toda a equipe assume um papel de Página 3 de 4

acontecimentos reais. Isto é seguido por uma gamificação onde a aprendizagem se encaixa em janelas durante os módulos. Estes módulos de jogos colocam os participantes para lidar com um número de experiências verídicas respondendo a áudios, sinais visuais e de satisfação. No final há um rodízio entre os personagens e interpretações em módulos, buscando organizar uma matriz de resultados e produzindo relatórios sobre o que aprenderam, e o que devem receber como reforço. Embora um progresso significativo tenha sido feito, ainda há muito a ser feito para erradicar os mitos da filosofia de programas de treinamento corporativo. Pesquisas em neurociência tem confirmado algumas das abordagens que os profissionais de aprendizagem já utilizam, como reforço on-the-job e engajamento, sem distrações. As empresas devem aproveitar e precisam repensar seus programas de treinamento e suas conformidades. As simples aulas não funcionam mais. E as empresas, no mínimo, precisam comprar menos “fumaça” (analisado, adaptado e versado de diversas pesquisas da Mckinsey)

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