Composições tecidual e química do lombo de cordeiros alimentados com rações contendo semente de girassol em comedouros privativos

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Revista Brasileira de Zootecnia © 2008 Sociedade Brasileira de Zootecnia ISSN impresso: 1516-3598 ISSN on-line: 1806-9290 www.sbz.org.br

R. Bras. Zootec., v.37, n.10, p.1860-1868, 2008

Composições tecidual e química do lombo de cordeiros alimentados com rações contendo semente de girassol em comedouros privativos1 Vicente de Paulo Macedo2, Cledson Augusto Garcia3, Antônio Carlos Silveira4, Alda Lúcia Gomes Monteiro5, Francisco de Assis Fonseca de Macedo6, Rodolfo Cláudio Spers3 1

Projeto financiado pela Universidade de Marília (UNIMAR) e FMVZ, UNESP de Botucatu. ESAPP, Paraguaçu Paulista - SP. 3 Departamento de Zootecnia - FCA-UNIMAR, CP.504, CEP: 17.525-902, Marília -SP. 4 Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal, FMVZ-UNESP, Campus de Botucatu - SP. 5 Departamento de Zootecnia - UFPR. 6 Departamento de Zootecnia - UEM, Maringá - PR. 2

RESUMO - O experimento foi realizado objetivando avaliar a composição tecidual e química do músculo Longissimus dorsi de cordeiros Suffolk alimentados em comedouros privativos com ração contendo 0; 6,60; 13,20 ou 19,80% de semente de girassol. Ao nascer, os cordeiros foram numerados, pesados e distribuídos aleatoriamente nos piquetes compondo quatro repetições por tratamento em um total de 16 cordeiros. As rações continham 2,65; 2,78; 2,89 ou 2,93 Mcal/kg de energia metabolizável e 18,38; 18,75; 19,98 ou 21,18% de proteína bruta e foram fornecidas à vontade aos cordeiros. Os cordeiros foram pesados a cada 14 dias e mantidos com as ovelhas até atingirem o peso vivo de abate pré-estabelecido (28 kg). As carcaças foram mantidas durante 24 horas na câmara frigorífica a 5ºC e, posteriormente, foram seccionadas em sete regiões anatômicas para coleta dos lombos esquerdo e direito e obtenção, no músculo Longissimus dorsi, do peso dos componentes do lombo (músculo, osso e gordura) e da composição química e do perfil de ácidos graxos do músculo, do osso e da gordura. A semente de girassol influenciou o peso total do lombo, os pesos de músculo e tecido conjuntivo e o rendimento do tecido conjuntivo. O aumento no percentual de semente de girassol na ração diminuiu a quantidade dos ácidos láurico e palmítico (saturados) e aumentou a dos ácidos oléico e linoléico (insaturados). A qualidade nutricional da carne dos cordeiros melhora com aumento da utilização de semente de girassol na dieta. Palavras-chave: ácidos graxos, carne, ovinos

Tissue and chemical compositions of loin from lambs fed sunflower seed in creep feeding ABSTRACT - The experiment carried out in aiming to evaluate the tissue and chemical composition of longissimus dorsi muscle of Suffolk lambs fed on creep feeding system with ration containing 0.0, 6.60, 13.20 and 19.80% of sunflower seed. At kidding, the lambs were identified, weighed and randomly distributed to paddocks composing four replicates per ration, totaling 16 lambs. The rations contained 2.65, 2.78, 2.89 or 2.93 Mcal/kg of ME and 18.38, 18.75, 19.98 and 21.18% of CP and were ad libitum fed to the lambs. The lambs were weighed every 14 days and kept with the ewe until they reach the pre-established slaughter body weight (28 kg). The carcasses were chilling in cold chamber at 5°C for 24 hours, and then were split into seven anatomical regions for collection of the left and right loins and obtention of the variables: measures of L. Dorsi muscle, weight of the loin components (muscle, bone and fat); chemical composition and profile of fatty acids of muscle, bone and fat. The sunflower seed influenced total loin weight, muscle and connective tissue weights and connective tissue yield. The increase in sunflower seed percentage in the diet decreased the amount of lauric acid and palmitic (saturated), and increased oleic and linoleic acids (unsaturated). The nutritional quality of meat of lamb improves with increased use of sunflower seed in the diet. Key Words: fatty acids, meat, sheep

Introdução O consumo de carne magra tem aumentado em muitos países com a mudança nos hábitos alimentares e a preocupação dos consumidores com a qualidade de vida. Este artigo foi recebido em 25/5/2007 e aprovado em 11/4/2008. Correspondências devem ser enviadas para [email protected].

O excesso de gordura, como conseqüência de pesos de abate inadequados, além de afetar a qualidade do produto final, afeta a viabilidade econômica do sistema de produção, como conseqüência da transformação de parte dos nutrientes ingeridos em tecido indesejável. Por sua vez,

Macedo et al.

a gordura é desejável para que não haja prejuízos na qualidade da carne, uma vez que evita a desidratação excessiva e as possíveis perdas originadas pelo processo de congelamento (Owen, 1976). Em razão desses fatores, têm-se considerado nos sistemas de classificação de carcaças o grau de gordura como critério de qualidade e preço (Sañudo et al., 2000b) para a carne ovina. A determinação da proporção de gordura, músculo e osso dos cortes cárneos passaram a ter grande importância nos estudos dos efeitos que influenciam a composição da carcaça. Técnicas foram desenvolvidas para avaliar com precisão esta composição, entre elas, a utilização de ultrasonografia, raios-X e ressonância magnética. Entretanto, normalmente são utilizadas as técnicas de baixo custo, realizadas nas carcaças após o abate, por exemplo, as medidas do músculo Longissimus dorsi, a dissecação de cortes da carcaça e a determinação da composição química por procedimentos laboratoriais (Stanford et al., 1998). Outro aspecto importante é a qualidade da gordura produzida pelo animal, sobretudo o perfil de ácidos graxos. A partir dos anos 70, a chamada “hipótese lipídica” (Schaefer, 1995) tem correlacionado o consumo de gorduras de origem animal a doenças coronarianas, o que levou à mudança brusca nos hábitos alimentares, refletindo em exigência cada vez maior de produtos de origem animal com baixo teor de colesterol e de gordura, preferencialmente com ácidos graxos insaturados e poliinsaturados. Vários fatores afetam a composição da carcaça e têm sido estudados na literatura, entre eles, o peso e a idade ao abate, o sexo, a raça e o sistema de produção e alimentação (Sañudo et al., 2000a). Para antecipar a idade de abate, deve-se explorar a fase de crescimento dos animais. Entre as alternativas adotadas visando à antecipação da idade ao abate, que resulta em aumento da produção de carcaças de cordeiros, tem-se preconizado o uso de comedouros individuais (Garcia et al., 2003a), que representa a suplementação em comedouros individuais durante a fase lactente do cordeiro (Santra & Karim, 1999). Essa alternativa tem sido freqüentemente utilizada mais por técnicos que atuam na ovinocultura (Pereira & Santos, 2001; Villas Bôas et al., 2003). A influência da nutrição do animal nos tecido adiposo e muscular tem sido estudada em cordeiros, tanto na composição em ácidos graxos quanto nos teores de colesterol (Matthes et al., 1996; Yamamoto, 2006). Geay et al. (2001) afirmaram que é possível aumentar a insaturação e reduzir o teor relativo de ácidos graxos saturados e transmonoinsaturados na carne de ruminantes aumentando-se a proporção de ácidos graxos na dieta desses animais.

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Assim, o teor de gordura, a composição em ácidos graxos e os níveis de colesterol na carne podem sofrer variações com o uso de sistemas de produção juntamente com o uso de alimentos ricos em ácidos graxos essenciais, como aqueles ricos em ácidos oléico e linoléico (Rowe, 1998). Entre os alimentos com altos teores de ácido graxos essenciais, o girassol (Helianthus annuus L.) tem sido uma opção para formulação de rações, mostrando-se potencialmente eficiente, por ser rico em proteína e energia (Silva, 1990). O teor de óleo na semente de girassol varia entre 20 e 40%, de acordo com o cultivar (Daghir et al., 1980; Karunojeewa et al., 1989), e caracteriza-se pela alta relação de ácidos graxos poliinsaturados/saturados (65,3%:11,6%) e os poliinsaturados são constituídos, quase totalmente, pelo ácido linoléico (65%). Além disso, apresenta aproximadamente 20% de ácido graxo saturado oléico, também benéfico à saúde humana (Cheva-Isarakul & Tangtwewipat, 1991). Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a inclusão de semente de girassol na ração de cordeiros sobre a composição tecidual, química e o perfil de ácidos graxos do lombo.

Material e Métodos O experimento foi realizado no Setor de Ovinocultura da Fazenda Experimental Marcelo Mesquita Servo, pertencente à Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade de Marília (UNIMAR), em Marília, São Paulo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos (níveis de semente de girassol na ração: 0,0; 6,6; 13,2 e 19,8%) e quatro repetições. Foram utilizados 16 cordeiros não-castrados, mestiços Suffolk, provenientes de parto simples, alimentados à vontade no período de terminação em comedouros individuais (Tabela 1). Após o parto, as ovelhas e os cordeiros foram identificados, pesados e distribuídos aleatoriamente em quatro piquetes de estrela-branca (Cynodon plectostachyus), cada um com área de 2,75 ha. Na primeira semana de vida, os cordeiros foram mantidos em área fechada, cercada dos comedouros individuais, por 4 horas diárias (2 horas pela manhã e 2 horas pela tarde) para adaptação às instalações e para o contato inicial com o alimento sólido. As ovelhas receberam diariamente suplementação com ração farelada (18,50% PB e 76% NDT) duas vezes ao dia, em quantidade correspondente a 1% do peso corporal (PC), com base na matéria seca, para atender os requerimentos nutricionais dessa fase (NRC, 1985). A ração era disponibilizada em comedouro, ao qual somente as ovelhas tinham acesso. © 2008 Sociedade Brasileira de Zootecnia

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Composições tecidual e química do lombo de cordeiros alimentados com rações contendo semente de girassol ...

Tabela 1 - Composição química e nutricional das rações experimentais Ingrediente (kg)

Nível de semente de girassol (%) 0

6,6

13,2

19,8

91,50 18,38 73,35 2,65 3,07 22,10

91,74 18,75 76,87 2,78 6,47 22,40

91,00 19,98 79,85 2,89 10,68 24,51

90,22 21,18 81,02 2,93 13,05 24,21

Nutriente* Matéria seca (%) Proteína bruta (%) Nutrientes digestíveis totais (%) Energia metabolizável (Mcal/kg) Extrato etéreo (%) Fibra em detergente neutro (%)

* Análises realizadas no Laboratório de Alimentos da FMVZ - Botucatu. Obs: Inclusão de 300 g de Rumensin para cada tonelada de ração.

A semente de girassol foi utilizada na forma física quebrada, depois de processada em moinho do tipo faca, sem peneira, em única passagem. Quando os cordeiros atingiram 28 kg peso corporal, após 18 horas de jejum de dieta sólida, foram sacrificados. A insensibilização foi feita por eletronarcose com descarga elétrica de 220V por 8 segundos e sangria pela secção das veias jugulares e artérias carótidas. Após resfriamento por 24 horas a 5 oC, as carcaças foram seccionadas ao meio e divididas longitudinalmente. Os dois lados foram divididos em sete regiões anatômicas (paleta, perna, lombo, costelas falsas, costelas verdadeiras, baixo e pescoço), segundo Garcia et al. (2003b). Em seguida, foram separados os lombos esquerdo e direito (compreendendo as seis vértebras lombares). No lombo esquerdo resfriado, entre a última vértebra torácica e a primeira lombar, foram obtidas as seguintes medidas com o uso de paquímetro (Garcia et al. 2003b): medida A = largura máxima do músculo; medida B = profundidade máxima do músculo; medida C = menor espessura de gordura sobre o músculo; medida J = maior espessura de gordura de cobertura no perfil do lombo. Para determinação da área de olho-de-lombo, foi colocada uma folha de papel transparente sobre a área transversal do músculo, entre a última vértebra torácica e a primeira lombar, e desenhado o contorno do músculo, o que possibilitou a obtenção da área de olho-de-lombo com o uso do planímetro. O lombo esquerdo foi congelado e, no dia da dissecação, retirado do congelador e mantido à temperatura ambiente por aproximadamente 2 horas. Os lombos foram dissecados e os tecidos ósseo, muscular, adiposo (gorduras subcutânea e intermuscular) e conjuntivo foram separados e pesados em balança eletrônica de precisão de 1 g. Amostras foram coletadas do músculo Longissimus dorsi, do lombo, referente ao lado direito da carcaça, sem a

porção de gordura de cobertura localizada nesta região, para análises dos teores de umidade, cinzas, proteína e extrato etéreo (gordura intramuscular) (AOAC, 1990). A análise da composição em ácidos graxos foi realizada por meio de cromatografia gás-líquido e os ésteres de ácidos graxos analisados em cromatógrafo Shimadzu, com coluna capilar de sílica fundida (Folch et al., 1957; Hartman & Lago, 1973), no Laboratório de Tecnologia de Alimentos de Maringá. A análise estatística para estudo das variáveis foi realizada por análise de variância utilizando-se o Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas (SAEG - UFV, 1997) de acordo com o seguinte modelo: Yij = μ + Ni + eij em que: Yij = valor observado da variável estudada no indivíduo j recebendo o nível de semente de girassol i; μ = constante geral; Ni = efeito do nível de semente de girassol na ração i, i = 0,0; 6,6; 13,2 e 19,8; e eij = erro aleatório associado a cada observação Yij. Os resultados significativos (P = 0,05) foram submetidos à análise de regressão polinomial.

Resultados e Discussão Os níveis de semente de girassol na ração não influenciaram (P>0,05) as medidas do músculo Longissimus dorsi (Tabela 2), resultado próximo aos observados por Neres (2000 et al., 2001 b) e Garcia et al. (2003 b) em experimento com cordeiros Suffolk abatidos com 28 kg peso corporal alimentados em comedouro individual. Stanford et al. (1998) relataram que as medidas realizadas no músculo Longissimus dorsi para avaliação das carcaças de cordeiros são feitas desde 1939. Embora não sejam muito precisas para serem consideradas como estimativa da composição da carcaça, são ainda muito utilizadas pela facilidade de obtenção e pelo custo reduzido. Entretanto, Macedo (1998) e Bueno et al. (2000) citaram que a área do olho-de-lombo é considerada medida objetiva de grande valor na predição da quantidade de músculo na carcaça, enquanto a avaliação da gordura é fundamental, uma vez que pode ser fator determinante de sua qualidade. Salienta-se que este músculo é importante por fazer parte do conjunto de cortes de elevado valor comercial; portanto, quanto maior a área do olho-de-lombo, mais valorizada será a carcaça (Siqueira & Fernandes, 2000). Fatores como nutrição, sexo, genótipo, idade e peso ao abate podem ter afetado as medidas do Longissimus dorsi avaliadas neste trabalho. O peso ao abate é um dos principais fatores que afetam a área de olho-de-lombo, como © 2008 Sociedade Brasileira de Zootecnia

Macedo et al.

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Tabela 2 - Características do músculo Longissimus dorsi de cordeiros alimentados com rações contendo semente de girassol Característica

Nível de semente de girassol (%)

(cm 2)

Área de olho-de-lombo Profundidade máxima (mm) Largura máxima (mm) Espessura mínima de gordura (mm) Espessura máxima de gordura (mm)

Média

0,00

6,60

13,20

19,80

11,24 52,64 27,15 1,76 4,97

11,00 52,72 27,64 1,87 6,52

10,78 53,74 28,17 1,97 5,43

12,26 52,61 29,22 1,93 6,91

11,32 52,84 28,05 1,88 5,96

CV (%)

Efeito

10,29 15,62 6,61 24,66 22,84

NS NS NS NS NS

NS = não-significativo (P>0,05).

constatado nos trabalhos de Silva & Pires (2000) e Bueno et al. (2000), nos quais cordeiros abatidos mais pesados apresentaram maior área de olho-de-lombo. Quando os cordeiros foram abatidos com pesos próximos aos deste estudo, como nos trabalhos de Neres et al. (2001 a), Siqueira & Fernandes (2000) e Carvalho (2002), não foram observadas diferenças na área do olho-de-lombo, mesmo quando utilizadas diferentes dietas. Os resultados referentes à área do olho-de-lombo foram próximos aos obtidos por Neres et al. (2001b), 11,55 cm2, Siqueira & Fernandes (2000), 9,44 cm2, e Reis et al. (2001), 12,60 cm2, uma vez que o peso vivo ao abate dos cordeiros foi também semelhante. Do mesmo modo, não foi possível observar efeito (P>0,05) dos níveis de semente de girassol, mesmo com o aumento no extrato etéreo de 3 a 13% da MS (Tabela 1) nas dietas sobre as medidas de espessura da gordura subcutânea sobre o Longissimus dorsi. A gordura subcutânea tem grande importância nas carcaças ovinas e consiste em fator determinante nos sistemas de classificação de carcaças (Yamamoto, 2006). Não houve efeito (P>0,05) dos níveis de semente de girassol na ração sobre os pesos das gorduras subcutânea e intermuscular (Tabela 3), o que está de acordo com os resultados observados de espessuras mínima e máxima de gordura. Monteiro et al. (2002) encontraram pesos de gordura subcutânea e intermuscular iguais a 39,10 e 39,36 g, respectivamente, em pesquisa com cordeiros Suffolk abatidos com 28 kg PC, disponibilizando dietas isoprotéicas (21% PB) e isoenergéticas (3,0 Mcal EM/kg MS) em comedouro privativo. Sá (2001) também obteve pesos iguais a 38,76 e 22,19 g para as respectivas gorduras, utilizando cordeiros Hampshire Down abatidos com PC próximos aos 30 kg. Siqueira & Fernandes (2000), no entanto, trabalhando com cordeiros de raça lanígera Corriedale e mestiços Ile de France × Corriedale abatidos com 30 a 32 kg, verificaram pesos de 12,7 g para gordura subcutânea e 5,8 g para intermuscular, provavelmente em razão da característica da raça. Os resultados encontrados

neste experimento para a gordura subcutânea foram bastante superiores aos obtidos por esses pesquisadores. Os valores médios de gordura subcutânea encontrados neste estudo devem ser vistos com cautela, pois são semelhantes aos de gordura total do lombo obtidos por Siqueira et al. (2001) e Oliveira et al. (2002) em cordeiros abatidos com 28 e 45 kg de peso corporal, respectivamente. Harrington & Kempster (1989), citados por Neto (1997), sugeriram que a gordura intermuscular deve ser reduzida na carne, fato que traria significativa melhora na qualidade, do ponto de vista nutracêutico. Neste trabalho, a quantidade de gordura intermuscular estava em quantidades aceitáveis. Então, a inclusão de fonte lipídica na dieta pela semente de girassol não afetou os componentes teciduais nas variáveis peso e rendimento de gorduras (Tabela 4), assim como observado para as medidas de espessura mínima e máxima de gordura. Os pesos de lombo, de tecido muscular e tecido conjuntivo tiveram efeito quadrático (P0,05) dos níveis de semente de girassol na ração sobre o percentual dos ácidos graxos mirístico (C14:0), heptadecanóico (C17:1) e esteárico (C18:0) (Tabela 6). Os teores de ácidos graxos palmítico (C16:0), oléico (C18:1) e linoléico (C18:2) responderam de forma linear (P0,05); 1 - Efeito linear (P
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