Comunicação libertadora segundo Paulo Freire

July 22, 2017 | Autor: Marcelo Sabbatini | Categoria: Paulo Freire, Filosofia da Educação, Fundamentos da Educação
Share Embed


Descrição do Produto

Comunicação libertadora segundo Paulo Freire Marcelo Sabbatini FREIRE, Paulo. Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. In: FÁVERO, Osmar (org.). Cultura popular, educação popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Grasi, 1983. p. 99126. Publicado originalmente na Revista de Cultura da Universidade do Recife, n. 4, abr./jun. 1963.

A cada ano o Carnaval eclético e multicultural de Pernambuco nos traz imagens de um colorido marcante. Entre elas, os bonecos gigantes, com suas imensas cabeças e altíssimos corpos, destacando-se em meio às multidões de foliões em festa. Alguns dos mais interessantes são míticos, como por exemplo o Homem da Meia Noite e sua acompanhante, a Mulher do Meio-Dia e o filho hipotético do casal, o Menino da Tarde; míticos tanto em sua incorporação à cultura carnavalesca pernambucana, como em sua origem, marcada por narrativas da cultura popular. Há outros, porém, que são icônicos e representam personagens reais, famosos ou celebridades. Um deles nos chama a atenção, por sua longa barba branca, cabeça calva e óculos de armações grossas. Este conjunto de traços, uma autêntica marca de identidade visual, não deixa lugar a dúvidas: trata-se de Paulo Freire, em meio a outros grandes cientistas em suas versões agigantadas, numa curiosa e divertida iniciativa que mescla divulgação científica e Carnaval1.

Esta força com a qual sua imagem é projetada no imaginário social brasileiro é acompanhada de outra percepções que temos desta figura emblemática. Educador, idealista, visionário. Combativo, exilado, pernambucano. Possivelmente um dos intelectuais brasileiros com maior prestígio e repercussão internacional. Alfabetizador de adultos. Andarilho da utopia. Sobre o recém-nomeado “Patrono da Educação Brasileira” e especialmente no ano seguinte às comemorações dos 50 anos da experiência de Angicos2, apresentar Paulo Freire de forma chamativa ou original consiste um desafio. Por este motivo, para compor este itinerário autoral, permitimo-nos lançar mão de uma abordagem inovadora, recentemente publicada em um livro-coletânea que teve como objetivo analisar a contribuição freireana nas vertentes filosófica, antropológica histórica e sociológica da educação. 1

2

O bloco carnavalesco Com Ciência na Cabeça e Frevo no Pé é uma iniciativa do Espaço Ciência, um centro de ciências interativo localizado na divisão dos municípios de Recife e Olinda. Entre os companheiros de Paulo Freire, encontramos os bonecos de Charles Darwin, Albert Einstein, Santos Dumont, Marie Curie e César Lattes, além de outros homenageados. Destas ações comemorativas destacamos a publicação de livros que resgatam a obra de Paulo Freire (SANTIAGO & BATISTA NETO, 2013; PEREIRA, SABBATINI & VOSS, 2013) e também a celebração do VIII Colóquio Internacional Paulo Freire (http://coloquio.paulofreire.org.br), com a apresentação de mais de 250 trabalhos nas mais diversas áreas de aplicação, com procedência geográfica nacional e internacional, evidenciando a atualidade de seu pensamento.

Em seu “Paulo Freire e os tempos do Recife: prelúdio para uma pedagogia libertadora”, Rita Voss (2013) compõe um retrato da trajetória de formação intelectual deste pensador, não mais a partir de datas e acontecimentos cronologicamente organizados, mas segundo “acionadores cognitivos”, entendidos como as ligações entre os processos cognitivos e as experiências subjetivas, interpessoais, na perspectiva de Edgar Morin. Para isto, utiliza-se da própria narrativa do mestre (narrativa inevitavelmente interpretada e acrescentada de elementos ficcionais, como nos adverte a autora), já com seu 74 anos, escrevendo para sua sobrinha, Cristina.

De forma breve, parafraseamos os principais acionadores cognitivos desta memória, assim como as repercussões para a formação da obra freireana. O primeiro deles, a fome, não somente em sua concepção biológica, experimentada por Freire em sua infância na classe média empobrecida, mas entendida também na distribuição desigual dos bens e materiais e simbólicos, que “o aproxima ideológica e espiritualmente do oprimido, como um sentimento de fidelidade com companheiros de privação” e que influenciará a “compreensão da relação oprimido/opressor, tema central de sua produção acadêmico-filosófica” (VOSS, 2013, p. 26-27).

Logo, a curiosidade, mola acionadora da busca pelo conhecimento, que desvela por parte de Freire, a “absoluta esperança na capacidade humana de inquirir a realidade, de desvelar o mundo, de aprender com ele a recriá-lo em outras bases” (VOSS, 2013, p. 31). É com base nesta curiosidade que homens e mulheres buscarão a compreensão de uma realidade mediada pela linguagem, o “desvelamento do real” em outras palavras, em busca de sua emancipação da opressão.

Finalmente, a palavra, essência da leitura e do conhecimento, também marca a obra de Paulo Freire, elemento básico para a tolerância e para o diálogo. Da vivência familiar e de sua alfabetização precoce, ligada às experiências de contato com a realidade, a palavra “é o próprio mundo humano”, pois “toda transformação se dá no ato de proferir o mundo, de interpretá-lo mediado pela interação das pessoas” (VOSS, 2013, p. 39), especialmente num idealizado e desejável mundo livre da opressão.

Um segundo elemento de desafio para compor a análise da contribuição do pensamento de Paulo Freire para o pensamento comunicacional consiste na própria singularidade do texto em questão, nada menos que o texto paradigmático através do qual o educador pernambucano apresenta sua metologia de alfabetização. Assim, tanto o que veio a ser conhecido posteriormente como “método

Paulo Freire”, como os desdobramentos comunicacionais que sustentam esta proposta são já amplamente conhecidos e difundidos. Dito isso, consideramos que o contato direto com as palavras originais de Freire, que um reencontro com este texto ora recuperado, seja de grande interesse. Sobretudo por suas implicações políticas, que como iremos ver, encontram-se bastante atuais. Procedamos, então a sua análise.

Publicado em meados de 1963, portanto um ano antes do golpe militar que encerraria o momento progressista que o Brasil vivia na época, “Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo” encontra-se estruturado em três partes, não tituladas. Através de uma progressão lógica, o autor nos levará através de seu entendimento do que constitui a realidade (e da ação humana sobre ela), para suas implicações na relação entre os homens e na transformação da sociedade (e consequentemente, das relações políticas que se estabelecem entre eles) e daí para a especificidade de sua proposta de método alfabetizador, numa perspectiva de educação crítica, progressista e popular.

Na primeira destas partes, Freire estabelece os fundamentos filosóficos, com especial atenção para a ontologia e para a epistemologia, que basearão sua proposta revolucionária. Com forte influência da filosofia existencialista de Karl Jaspers, Freire trata de superar uma epistemologia realista (base da pedagogia tradicional e do autoritarismo político), na medida que o homem não está no mundo, mas está com o mundo3. Em linhas gerais, o que ele quer dizer com isto é que o homem, ao interagir com sua realidade, apropria-se das noções de temporalidade, criticidade e de transcendência que lhe fazem único. É mais, ao estar dotado de tais capacidades, ao indivíduo se abre a possibilidade de se integrar ao mundo, mais que se acomodar a ele.

É a partir deste conceito de integração que Paulo Freire parte então à discussão sobre a mudança social e de suas conotações políticas, partindo do princípio de que a sociedade brasileira foi historicamente moldada como fechada e autoritária. Neste momento, Paulo Freire se utiliza de recursos da análise marxista, destacando o confronto de classes e a dialética. Podemos destacar aqui também o conceito de trânsito, entendido como a passagem de uma época para outra, marcada pelas “fortes contradições que se aprofundam com o choque entre valores emergentes em busca de afirmação, de plenificação e, de valores de ontem, em busca de preservação” (p. 102). Neste ponto, 3

No texto original, Paulo Freire também lança mão dos grifos para destacar estas sutis diferenças (no plano da linguagem), com grandes repercussões no âmbito filosófico.

surge uma primeira menção à “educação”, com seu alerta de que a não integração efetiva dos indivíduos ao processo de trânsito poderia simplesmente levar a uma sociedade de massa, com um homem “descriticizado”, “acomodado” e “domesticado”. Caberia, portanto, aos educadores não se desmembrarem do “tecido geral do novo clima cultural que se instala” e auxiliar as classes populares em sua emersão.

Logo o autor passa de uma abordagem mais generalizada e teórica, para uma mais específica, criticando a “Aliança Para o Progresso”, uma das ações de assistência internacional estabelecidas pelos Estados Unidos como forma de contra-arrestar a influência da revolução cubana na América Latina. Classificando esta e outras iniciativas similares como “amaciamento” e chamando a atenção para que “a verdadeira assistência é a que ajuda alguém a ajudar-se”, Freire ressalta que estas ações não seriam suficientes para deter a marcha de democratização e de autoafirmação da sociedade brasileira4. E, subindo de tom, clama pela emancipação, mediante “soluções com o povo e nunca sobre ele, ou simplesmente para ele” (p 108).

Esta é a deixa para que ele faça jus à necessidade de uma educação que “liberte para a conscientização”, o tema da segunda parte. Aqui, Freire se torna mais específico, relatando algumas premissas de sua atuação junto ao Movimento de Cultura Popular (MCP) 5 e ao Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife – SEC. Retomando a necessidade de integração (ou de transitivação) das classes populares no processo de emancipação, Freire ressalta: “sempre confiamos no povo. Sempre rejeitamos fórmulas doadas Sempre acreditamos que tínhamos algo a permutar com ele, nunca exclusivamente a oferecer-lhe” (p. 111).

Através de um recorrido das ações deste grupo, destacando o sucesso da atuação dos Círculos de Cultura nos quais as classes, tanto urbanas quanto rurais – camponeses, proletários e subproletários – discutem e problematizam questões como desenvolvimento, política, analfabetismo e socialismo, Freire questiona “se não seria possível encontrar um método ativo que nos desse na alfabetização resultados iguais aos que vínhamos obtendo na análise de aspectos da realidade brasileira” (p. 112). Completa ainda o que seriam as bases do “método Paulo Freire”: a ação do sujeito sobre o conhecimento exterior6 e a dialética da educação com a cultura. Um terceiro ponto, relacionado com 4 5 6

“Nem com estas, nem com outras de caráter violento, repressor”, acrescenta, de formainfelizmente errônea, como pouco tempo depois os acontecimentos demonstrariam. Criado em 1960 pelo então governador de Pernambuco Miguel Arraes, este foi o primeiro de uma série de movimentos político-educacionais que visavam resgatar a cultura popular e liderar o povo para práticas que transformassem o país. E não ao contrário, como viria a criticar posteriormente, com sua construção da “educação bancária”; em outras

a psicologia e a semiose, leva o pensador a crer na indissociabilidade entre a percepção física e sensorial dos signos e sua compreensão crítica; daí a necessidade de suas célebres “palavras geradoras” que estabelecerão a ponte entre a realidade social do sujeito e sua representação escrita, mediante os fonemas básicos que compõe a língua. Com isto, estão estabelecidos os fundamentos de um “método dialogal, ativo, participante”, capaz de fazer com que o homem analfabeto superasse sua concepção mágica da realidade.

Antes de prosseguir com a descrição deste método, com o detalhamento de suas várias fases e dos embasamentos linguísticos e psicológicos da proposta (ainda que forma bastante seminal) iremos nos deparar com o conceito-chave trazido por Paulo Freire para a compreensão do processo comunicativo: o diálogo. É portanto na busca conjunta pela verdade e no respeito mútuo que todos os conceitos filosóficos e sociológicos discutidos anteriormente se materializam para um processo de trânsito, com a integração efetiva das classes que buscam sua emancipação, ao situarem-se com a realidade. Como diz Freire, quando um destes polos da comunicação se superpõe ao outro, “desaparece a comunicação e só há comunicados” (p. 115).

A dialogicidade será portanto a base de sua educação libertária, detalhada posteriormente no também paradigmático Pedagogia do Oprimido (1970). Neste sentido, a ausência de diálogos reais caracterizam uma educação “preponderantemente assistencializadora (sic)”. Em contraposição, Paulo Freire sugere a substituição da escola pelos Círculos de Cultura, a figura do professor detentor dos saberes pelo “coordenador de debates”, a do aluno passivo pelo “participante do grupo” e da aula, lógico está, pelo diálogo. Contudo, a dialogicidade não é uma proposta que se limita à educação; vários outros campos de saberes e da atuação humana irão se apropriar deste legado freireano, na perspectiva de uma comunicação libertadora.

Na última e terceira parte, somos apresentados então às experiências realizadas com o método Paulo Freire de alfabetização e aos resultados obtidos. Juntamente ao posicionamento politico em relação à transformação social elaborado no primeiro segmento do texto, percebemos a razão pela qual este pensador revelou-se eminentemente subversivo para os poderes e elites instaurados. Após alguns primeiros ensaios, o grupo de Freire recebe investimento do Ministério de Educação, liderado então por Darcy Ribeiro, além de ser convidado pelo governo do Rio Grande do Norte para aplicar o método neste Estado. Como resultado, “trezentos homens eram alfabetizados em Angicos em menos de 40 horas. Não só alfabetizados. 300 homens se conscientizavam e se alfabetizavam em Angicos. palavras, “não há de ser feita de fora para dentro, nem de cima para baixo”.

Trezentos homens aprendiam a ler e a escrever, e discutiam problemas brasileiros” (p. 124). E para finalizar seu artigo, Freire ressalta ainda mais o aspecto de conscientização e de emancipação inerente a este método, trazendo os depoimentos dos homens e mulheres de Angicos7.

Além da já comentada oportunidade de contato direto com os escritos de Paulo Freire, a leitura deste texto em tempo presente chama a atenção por sua atualidade. Especificamente, sua discussão sobre trânsito-revolução-reacionarismo nos remete às manifestações de rua que marcaram o ano de 2013 e aos esperados protestos que ocorrerão durante a Copa do Mundo FIFA de Futebol, mas especialmente à reação do aparato policial militar, prometida por um governo ligado em sua origem às classes trabalhadora e popular. Assim, Em nome da liberdade, repelem a participação do povo. E defendem “uma estranha democracia sem povo, que a atrapalhe e perturbe” (…). Rotulam os que se integram no trânsito e se fazem representantes dele de “subversivos”. De “subversivos” dizem, “porque ameaçam a ordem”. Esquecem-se porém de que o conceito de ordem não é só ético mas histórico, também (p. 106).

Com isso, voltamos a destacar a crítica de Paulo Freire em relação às relações horizontais, às “doações”, às narrativas impostas. Como comentamos, é o conceito de diálogo que se fará mais pertinente como contribuição para os estudos comunicacionais.

Como exemplo, em obra posterior, Extensão ou Comunicação? (1977), Freire expande sua concepção acerca da natureza dialogal da comunicação e analisa especificamente a situação da extensão agrária ou rural. Naquele momento, predominava um conceito de extensão como difusão das inovações, de natureza mecanicista e tecnicista, verticalizada, partindo do detentor de conhecimentos para o leigo8. Diante deste contexto de “invasão cultural”, Freire irá propor então um modelo baseado na comunicação, envolvendo educadores do campo, agrônomos, gestores, planificadores e, logicamente, os próprios camponeses. Um modelo baseado no diálogo e no reconhecimento das realidades específicas (econômica, histórica, social, cultural…) das comunidades envolvidas. Este pensamento será incorporado não somente pelo setor acadêmico, na composição de um conceito atualizado de comunicação e extensão rural, como influenciará as políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, agroecologia, desenvolvimento agrário 7

8

O caráter sociopolítico da educação, ou melhor a ausência dela, e especificamente da tragédia humana que é o analfabetismo, fica patente no seguinte depoimento. Quando perguntado sobre o que faria, uma vez alfabetizado, um jovem responde: “nós vamos desferrar o nome [a reprodução mecânica da assinatura, utilizada no título de eleitor e no momento da votação], aprender mesmo a escrever e votar em quem a gente quiser”. Este mesmo paradigma pode ser encontrado em outras especialidades da comunicação, como podem ser a comunicação em saúde e no jornalismo e divulgação científica. Neste último caso, ainda que não conheçamos a influência direta de Paulo Freire, o modelo tradicional de comunicação unidirecional, do sistema científicotecnológico para um público geral passivo já se encontra amplamente superado (MACIELL & SABBATINI, 2013)

sustentável, entre outras áreas de atuação, principalmente quando em articulação com os movimentos sociais (GOHN, 2009). Para concluir, a leitura deste clássico também poderá chamar a atenção para um fato: nos dias atuais, este texto dificilmente seria publicado em um “periódico Qualis”. Especificamente no que seria sua seção de “Resultados e Discussão”, Freire abandona o formalismo acadêmico e relata os êxitos obtidos através de seu método sem fazer uso de instrumentos analíticos, sejam eles índices, gráficos ou tabelas. Além disso, o caráter subjetivo, politizador, frequentemente apaixonado do discurso textual tampouco se adéqua aos padrões praticados pela academia atualmente. Como estas são justamente algumas das características que contribuíram para a disseminação das ideias de Paulo Freire e para seu êxito em âmbito internacional, este texto também nos leva a refletir a respeito da configuração atual do sistema de publicação científica e, especialmente, sobre os mecanismos de avaliação da produção acadêmica vigentes.

Referências FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. New York: Herder and Herder, 1970 (manuscrito em Português de 1968). _____________. Extensão ou Comunicação? Rio de Janeiro, Paz e Terra,1977. GOHN, Maria da Glória. Paulo Freire e a formação de sujeitos sociopolíticos. Cadernos de Pesquisa. Pensamento Educacional [online], Curitiba, v. 4, n. 8, 2009. Disponível em: . Acesso em 7 mar. 2013. MACIEL, Betania; SABBATINI, Marcelo. Novas perspectivas de modelos participativos de Comunicação Pública da Ciência e Desenvolvimento Local: classificação dos meios da Folkcomunicação Científica e Tecnológica. In: XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2013, Manaus. Anais....[online] São Paulo: Intercom, 2013. Disponível em: . Acesso em 7 mar. 2013. PEREIRA, Celia Maria Rodrigues; SABBATINI, Marcelo; VOSS, Rita Ribeiro (org.). Paulo Freire em debate. Recife: Editora Universitária UFPE, 2013. SANTIAGO, Eliete; BATISTA NETO, José (org.). Paulo Freire e a educação libertadora: memórias e atualidades. Recife: Editora Universitária UFPE, 2013. VOSS Rita Ribeiro. Paulo Freire e os tempos do Recife: prelúdio para uma pedagogia libertadora In: PEREIRA, Celia Maria Rodrigues; SABBATINI, Marcelo; VOSS, Rita Ribeiro (org.). Paulo Freire em debate. Recife: Editora Universitária UFPE, 2013. p. 23-47.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.