Conheça a história do dinheiro da Idade Média aos dias atuais

June 15, 2017 | Autor: P. Funari | Categoria: Economic History, Historia Economica
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http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/06/conheca-historia-do-dinheiroda-idade-media-aos-dias-atuais.html 08/06/2013 06h23 - Atualizado em 25/01/2014 06h28 Conheça a história do dinheiro da Idade Média aos dias atuais Animais diversos e porções de sal já foram utilizados como moeda de troca imprimir Moedas antigas (Foto: Montagem / André Iunes Pinto)

A invenção da moeda aconteceu no século VII a.C., na Lídia (Fotomontagem/André Iunes Pinto) Você sabe de onde vem a palavra salário? Pois bem, ela surgiu de uma prática muito comum na Idade Média, que era o pagamento feito por meio de determinada quantidade de sal. Parece estranho, mas outras palavras, também comuns do nosso vocabulário atual, como pecúnia, que vem latim pecus, que significa rebanho de gado, também têm em sua origem uma atividade remunerativa exercida no passado. Nesse caso, a moeda de troca eram animais, incluindo ovelhas e cabritos.

saiba mais Assista à íntegra do programa sobre pagamento eletrônico Comportamento do usuário pode reduzir fraudes nas compras online Chip revoluciona a indústria da eletrônica Telefone com cartão de crédito: um dos futuros do pagamento eletrônico Veja imagens do Globo Ciência sobre Negócios e Pagamentos Eletrônicos Segundo explica o professor Pedro Paulo Funari, do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em civilizações americanas, produtos como o cacau, por exemplo, eram utilizados como elemento de troca em negociações. Ele destaca que, no passado, existia uma tabela de equivalência de produtos para que a troca fosse feita de forma justa. “Até o surgimento do dinheiro, o sistema de troca era imperfeito e primitivo, mas muito importante para a humanidade quando vivia da autosuficiência”, destaca o docente. Pedro Paulo ressalta que a moeda, como a que conhecemos hoje, surgiu no Mediterrâneo Oriental no século VII a. C., na antiga cidade grega de Jônia, atual região da Lídia, na Turquia. “Jônia era uma região de colonização grega. As moedas eram feitas em metais nobres, como o ouro a prata e o bronze, e valiam o quanto pesavam, conceito que permaneceu até o século XIX. De um lado da moeda era cunhado um símbolo religioso e, do outro, o nome da cidade de onde ela vinha”, detalha o especialista. O professor atenta para o fato de que a proliferação da moeda no século VII a. C. ajudou a criar um meio de troca que se tornou independente do produto a ser negociado. “O sal era um meio de troca, mas como produto, apesar de poder ser usado para consumo próprio, ninguém precisava de grandes estoques dele. A invenção da moeda foi importante para se criar um equivalente geral”, aponta Pedro Paulo. Pedro Paulo Funari (Foto: Unicamp)

Pedro Paulo Funari, professor do Departamento de História da Unicamp (Foto: Divulgação/Unicamp) Mas o acumulo de moedas criou uma necessidade: onde guardá-las com segurança? Foi a partir dessa demanda, que os negociantes de ouro e prata, por possuírem cofres mais seguros, passaram a se responsabilizar pelo dinheiro que seus clientes depositavam a eles. Desse tipo de serviço prestado, surgiram os bancos e, ao mesmo tempo, nascia o papel moeda. “As pessoas usavam moedas, mas, conforme os primeiros bancos foram surgindo, nos séculos XII e XIII, na Itália, os banqueiros começaram a emitir recibos que equivaliam a determinado peso em metal, surgindo, assim, o papel moeda. Mas foi nos século XVIII que a nota de dinheiro passou a se popularizar, muito devido ao advento da prensa”, ressalta. Mesmo com o dinheiro em papel, grandes nações, como os Estados Unidos, adotaram até a década de 70 o Padrão Ouro. Ou seja, isso significava que o valor do total de papel moeda emitido pela Casa da Moeda norte-americana não deveria ultrapassar ao seu correspondente em reservas de ouro do país. “No dia 15 de agosto de 1971, os EUA abandonaram o Padrão Ouro. O então presidente Nixon mudou isso e parou com essa equivalência. A partir desse fato, hão houve mais uma reserva que garantia valor à moeda emitida, o que a tornou mais instável e imaterial”, destaca. Dinheiro dos tempos modernos Pegando carona na imaterialidade do dinheiro, nos dias de hoje, quando se fala em compras, inevitável que a imagem de um símbolo venha à cabeça: a do cartão de

crédito, considerado por alguns o dinheiro de plástico. Criado nos EUA, na década de 1920, o cartão de crédito surgiu quando postos de gasolina, empresas e hotéis começaram a oferecê-los aos seus clientes mais fiéis, fazendo com que eles pudessem usufruir de seus serviços sem a utilização de dinheiro, ou cheque. Mas somente em 1950 que definitivamente apareceu o primeiro cartão de crédito realmente funcional, lançado pela empresa Diners. A princípio, o cartão era aceito em alguns restaurantes, sendo adotado, em sua maior parte, por homens de negócios que o utilizava em viagens de trabalho. O cartão, feito inicialmente de um tipo de papelão, trazia o nome do associado de um lado e dos estabelecimentos afiliados no verso. Cinco anos mais tarde, o Diners passou a adotar os cartões de plástico.

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