Construção ou Processo Natural? Estudo de uma estrutura semelhante a um “Túmulo de Portal” do Complexo Megalítico da Grota do Medo, Terceira, Açores, Portugal

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Construção ou Processo Natural? Estudo de uma estrutura semelhante a um “Túmulo de Portal” do Complexo Megalítico da Grota do Medo, Terceira, Açores, Portugal Picanço, F., Pereira, N., Braga, R., Correia, R. & Rodrigues A.F. Departamento de ciências Agrárias da Universidade dos Açores

Resumo Um Túmulo de Portal, também designado por dólmen é um monumento pré-histórico que data do período Neolítico. Tem formas retangulares ou trapezoidais e são considerados túmulos coletivos. Os túmulos de portal são característicos de várias culturas do Norte da Europa, como a cultura celta, eslava ou mesmo báltica (Lynch, 1997). No Complexo Megalítico da Grota do Medo existe uma estrutura com pedras gigantes e claras semelhanças com os dólmens do Norte da Europa, o que provoca perplexidade quer pela Região onde se insere quer pela polémica que tem gerado na área da arqueologia e ciências naturais no que se refere à sua origem: se natural se antrópica. Assim sendo, este trabalho tentou contribuir com uma análise físico-matemática da estrutura abordando o tema com uma questão de investigação formulada do seguinte modo: A estrutura que se localiza no topo do Pico do Espigão, no Complexo Megalítico da Grota do Medo, é Natural ou Construída? Para responder a essa questão, decompôs-se, virtualmente, a estrutura nas suas peças fundamentais e tentou-se perceber como se encaixariam umas nas outras através de translações de vetores aplicados, e que também podem representar, forças físicas. Apesar de ser matematicamente possível explicar o encaixe de pedras a partir de vetores, há de imediato outra questão que se levanta: como poderiam ser deslocadas pedras tão grandes para o local? Também se tentou neste trabalho de investigação explorar essa questão, recorrendo a comparações.

Palavras-chave: Megalitismo, Translações, Vetores Aplicados, Equilíbrio Físico, Arqueologia, Matemática.

Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo 4 e 5 de Abril de 2014-Angra do Heroísmo

1-Introdução

Desde a descoberta do Complexo Megalítico da Grota do Medo, inventariado na Carta Arqueológica dos Açores (inventário CAA-146-A) em consequência da nota entregue na Direção Regional de Cultura e Câmara Municipal de Angra do Heroísmo pelo seu descobridor, Félix Rodrigues, em 2012 (Vieira et al., 2013), e coautor deste artigo, que se desencadeou uma polémica em torno da origem natural ou antrópica das estruturas que aí se encontram. Houve numa primeira fase o pronunciamento de uma especialista nacional em arqueologia, a pedido do Governo Regional dos Açores, que afirmou que “Os monumentos que tem vindo a ser considerados megalíticos “…correspondem a grandes penedos soltos que equivalem ao que em geologia é conhecido por caos de blocos….” (Arruda, 2013). Rodrigues, (2013) apresentou então no 16th Annual Mediterranean Studies Association Congress, uma comunicação sobre “Os monumentos megalíticos da Grota do Medo”, onde comparou as estruturas encontradas nesse local com aqueles que existem no período megalítico do Norte da Europa. De imediato e após visita ao local, arqueólogos internacionais afirmam ao jornal Diário Insular (Patrizia Granziera e Isik Sahin) que consideram que o sítio é "neolítico e pré-histórico". Para a arqueóloga Patrizia Granziera “….não faz qualquer sentido a hipótese levantada num estudo preliminar da direção regional da Cultura. ” (Diário Insular de 1 de Junho de 2013). A 9 de Junho de 2013, o Jornal o Expresso publica um artigo sobre “Misteriosas descobertas arqueológicas nos Açores” onde vários arqueólogos se prenunciaram sobre o Complexo Megalítico. Está patente nessa notícia a fratura nas classificações dadas pelos arqueólogos entrevistados acerca de origem das hipotéticas construções megalíticas do Posto Santo: um grupo afirma serem construções, e o outro, o seu oposto, ou seja, estruturas naturais. Por proposta do Deputado Regional Paulo Estevão, é criada uma Comissão da Assembleia Legislativa Regional para se pronunciar sobre a criação de uma equipa interdisciplinar para se estudar, entre outros, esse local. A Comissão pronuncia-se, após visita ao local, favoravelmente às pretensões do Deputado Paulo Estevão (ALRA, 2013). No parecer dos deputados da Comissão o posicionalmente é claro: “Necessitam de informação técnica para tomarem uma posição inequívoca”. Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo 4 e 5 de Abril de 2014-Angra do Heroísmo

No mesmo dia em que a proposta é levada a plenário na Assembleia Legislativa Regional, e aprovada por unanimidade, a Comissão criada pelo Governo Regional já terminara o seu parecer, concluindo, também por unanimidade, que as estruturas do Complexo Megalítico da Grota do Medo eram de origem natural (Meneses, et al., 2013). É neste contexto de indefinição, quanto à génese das estruturas do Complexo Megalítico da Grota do Medo, que se decidiu investigar uma das estruturas de modo a perceber se a análise matemática ou física seria capaz de fornecer pistas para uma resposta cabal à pergunta: Serão as estruturas naturais ou construídas?

2- Metodologia

A metodologia utilizada neste trabalho constou do recorte virtual das peças que constituem a estrutura de pedras gigantes no cimo do Pico do Espigão, em CAD (Desenho Assistido por Computador), de forma a poder-se isolar e separar as suas partes constituintes, que em seguida, se tentava montar, como se de um puzzle se tratasse. Na montagem e remontagem das peças, tentou-se perceber se existiam orientações específicas de vetores que permitissem levar a encaixá-las corretamente, e se a partir deles, poderíamos concluir algo quanto à génese da estrutura: se natural se antrópica. Apesar de Arruda (2013) considerar que “…não se devem estabelecer paralelismos formais entre estruturas arqueológicas,…sem que haja qualquer espólio a que se associar..”, entendeu-se que a comparação de estruturas se torna fundamental para uma maior objetividade dos dados que desta investigação pudessem sair. Assim sendo tentou-se enquadrar o observado, não só do ponto de vista da tipologia das construções megalíticas, mas também do ponto de vista das hipóteses técnicas que tem vindo a ser descritas para justificar as construções aí existentes.

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Numa primeira fase do trabalho utilizou-se uma imagem da estrutura localizada no cimo do Pico do Espigão e decompusemo-la como na figura 1.

Figura 1- Identificação das principais peças constituintes da fachada da estrutura localizada no cimo do Pico do Espigão.

Assumiu-se que a reconstrução da fachada da estrutura com pedras gigantes seria a parte mais importante de uma construção megalítica. Por outro lado, a dificuldade em trabalhar com um modelo tridimensional da estrutura levou a que o objeto de estudo fosse nuclearizado à sua fachada, que se considerou plana. Assim sendo, o objeto de estudo não tem todas as caraterísticas do objeto real, passando a ser um objeto conceptual, que se crê ter as principais características do objeto real. Para cada uma das situações esquematizadas tentou-se explicar a construção do puzzle da fachada do hipotético “Túmulo de Portal” quer por uma hipótese natural quer por uma hipótese antrópica.

3- Tratamento de dados e hipóteses interpretativas

A planificação da fachada da estrutura megalítica em estudo está representada na figura 2, onde não se teve em conta quer os trabalhos efetuados nas pedras, por se desconhecer a sua datação, ou, tal como anteriormente referido, a sua volumetria. Também não se teve em conta as pedras gigantes que fecham a estrutura na parte de trás, por se encontrarem num plano diferente do da fachada.

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Figura 2 – Esquema conceptual da estrutura com pedras gigantes localizada no cimo do Pico do espigão.

Com este esquema explorámos duas hipóteses: a) A estrutura foi construída; b) A estrutura é natural. Relativamente à hipótese a) é fácil verificar que as pedras 3, 5, e 6 são fundamentais para o equilíbrio da pedra 4. Do mesmo modo, as pedras 1 e 2 são fundamentais para o equilíbrio da pedra 3. As pedras 5 e 6 não se equilibrariam sem a pedra 4 e a pedras 1 e 2, estão em posição de equilíbrio estável. O conjunto de pedras 7, não é mais do que um arranjo para tapar parte da fachada da estrutura, não havendo qualquer dúvida que a sua colocação naquele local se deveu à ação do homem, num trabalho que se pode classificar de minimalista. A partir daqui é possível criar os seguintes conjuntos de pedras que correspondem a diversos estados de equilíbrios: 𝐸1 = {1}; 𝐸2 = {2}; 𝐸3 = {1,2} ; 𝐸4 = {1,2,3,5,6}; 𝐸5 = {1,2,3,4,6}; 𝐸6 = {1,2,3,4,5} onde 𝐸𝑖 corresponde ao conjunto de pedras que equilibram a pedra i. Cruzando os elementos dos vários conjuntos, verifica-se que as pedras do lado esquerdo da construção dependem de todas as outras para o seu equilíbrio, enquanto as do lado direito, apenas a pedra 3 depende da 1 e da 2. Nesta primeira análise somos levados a concluir que a probabilidade das pedras 4, 5, e 6 terem sido propositadamente movimentas é de facto elevada, pois essa probabilidade é

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tanto maior quanto maior é o número de elementos do conjunto de pedras necessárias ao 1

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seu equilíbrio, ou seja: 𝑃1 = 6; 𝑃2 = 6; 𝑃3 = 3 ; 𝑃4 = 6; 𝑃5 = 6; 𝑃6 = 6. Analisemos agora a hipótese b) onde se admite que a estrutura megalítica é natural. Para que a estrutura tenha origem natural, o afloramento que lhe deu origem só poderá ter sido horizontal. Na figura 2 apresenta-se um típico afloramento horizontal de origem vulcânica.

Figura 2 – Afloramento vulcânico horizontal (Escócia). Foto de Dreamstime, (2014).

As posições das rochas 1, 2 e 3 da estrutura em análise são compatíveis com uma explicação natural associada a um afloramento rochoso horizontal. No entanto, não se conhecem afloramentos horizontais que se orientem simultaneamente da direita para a esquerda e da esquerda para a direita, numa distância tão curta quanta aquela que corresponde à largura do hipotético Portal, o que indicia mais uma vez que as pedras da esquerda tem elevada probabilidade de terem sido aí colocadas pela ação do homem, enquanto as três pedras da direita poderão ter uma explicação natural. Outra possibilidade de interpretação natural das posições das pedras do lado esquerdo da estrutura, constituída pelas pedras 4, 5 e 6, implicaria ter ocorrido um rolamento de pedras de cima para baixo, que encaixariam nas pedras 1, 2 e 3. Tal situação é impossível uma vez que a estrutura se encontra no ponto mais elevado do Pico do Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo 4 e 5 de Abril de 2014-Angra do Heroísmo

Espigão, o que faz com que a pedra 4 tenha que ter sido elevada para a colocar sobre as outras, e com ela, completar o teto da estrutura. Atente-se agora ao diagrama da figura 3.

Figura 3 – Direções segundo as quais as pedras deveriam ser movidas para que encaixassem, como um puzzle, umas nas outras.

De acordo com este diagrama, poderíamos encaixar as pedras da estrutura com movimentos horizontais e verticais, caso não existisse nenhuma rocha naturalmente colocada no espaço que a estrutura ocupa. Coloquemos perante este diagrama duas novas hipóteses a) e b). a) A estrutura foi construída e b) A estrutura é natural. Na lógica da hipótese a) a pedra 4, a da cúpula, só poderá ter sido aí colocada. Para que essa pedra pudesse ficar em equilíbrio teria que encontrar numa posição adequada a rocha 5. É então pouco provável que a rocha 5 rolasse de cima para baixo e não fosse embater na rocha 1, deixando uma abertura semelhante a uma porta entre as duas. Por outro lado, a parte lateral da pedra 6, apresenta-se horizontal, indiciando que o bloco lávico se encontrava noutra posição natural aquando da sua formação. Ademais, o assentamento da base dessa pedra sobre a horizontal corresponde a uma posição de equilíbrio muito mais estável do que aquela que tem na atualidade.

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Perante o esquema de translações sistematizado na figura 3, fica-se com dúvidas que as grandes pedras 1, 2 e 3, também não tenham sido transportadas para o local de modo a permitir que exista, pelo interior, um ângulo de 90º entre a rocha 3 e 4. Relativamente à hipótese b), as rochas 1, 2, 3 e 5, poderiam ter uma explicação natural. Paras as rochas 1, 2 e 3, a explicação seria o afloramento horizontal, enquanto a posição da rocha 5 se justificaria por um ligeiro rolamento. O que falha na hipótese explicativa do rolamento da rocha 5 é que se tal tivesse acontecido, era muito pouco provável que se encontrasse naquela posição, pois o seu lado direito oferece uma maior base de sustentação do que aquela que possui na atualidade. Qualquer corpo tende a ocupar uma posição de equilíbrio estável que corresponde a ter a maior área possível como base de sustentação. Admitamos agora que para a construção de uma cúpula se colocaram duas pedras basilares, com algumas semelhanças, em termos de utilidade, a alicerces. Para que a cúpula encaixasse com um ângulo de 90º, os movimentos das pedras deveriam ser aqueles que se apresentam na figura 4. Um esquema semelhante ao da figura 4 pressupõe que possa ter havido escavação do terreno, e por seu turno, todas as pedras acabariam por ser movimentadas. Nesta situação não se encontra uma explicação natural para o aparecimento da estrutura. Do ponto de vista físico, para que uma estrutura se mantenha em equilíbrio é necessário que todas as forças internas sejam nulas. Assim sendo, as reações exercidas sobre as pedras da cúpula, aplicam-se nos pontos de contato entre rochas, e devem ter uma distribuição tal que não possa produzir rotação das rochas, pela formação de binários de forças. O equilíbrio da estrutura estudada é muito estável, o que faz com que a explicação natural seja fraca em termos de hipótese explicativa. Por outro lado, a figura anterior aponta para que as rochas do topo encaixem nas da base, com tal perfeição, como se de peças de um lego se tratassem.

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Figura 4- Esquema de assentamento de pedras para que as rochas da cúpula fizessem um ângulo de 90º entre si.

O que se torna difícil de explicar, sendo a estrutura em análise construída, é a forma como se movimentaram as peças, especialmente aquelas que constituem o teto. Algumas hipóteses explicativas para explicar as construções com pedras gigantes do Posto Santo apontam para o encaixe de rochas que rolaram pela encosta até encontrarem uma base de apoio. Tal explicação não se pode aplicar à situação em análise pois a construção encontra-se no ponto mais alto do Pico do Espião, por isso julga-se ser necessário procurar paralelismos, noutros locais, com construções do mesmo tipo. Existem claros paralelismos entre a construção do Pico do Espigão e a aquela que se encontra no Aideen’s Grave, na Irlanda, e que recebe o nome de “The Howth Castle Portal Tomb” (ver figura 5). Na “Howth Castle Portal Tomb” observa-se na construção da porta ou portal, a presença de duas pedras gigantes em posições semelhantes às pedras 1 e 5 da construção em análise. No lado lateral esquerdo da “Howth Castle Portal Tomb” encontra-se uma grande pedra com função semelhante e paralelismos claros com a pedra 6 da construção do Pico do Espigão. A silhueta da entrada para a “Howth Castle Portal Tomb” é semelhante à silhueta produzida pela entrada da construção do Pico do Espigão.

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A grande pedra que forma a cúpula da “Howth Castle Portal Tomb” apresenta uma inclinação de cerca de 45º, inclinação semelhante à das duas grandes pedras que formam a cúpula da construção do Pico do Espigão. Verifica-se ainda, na “Howth Castle Portal Tomb”, o assentamento da pedra gigante do teto apenas num ponto ou dois, tal como ocorre na construção do Complexo Megalítico da Grota do Medo. A construção de “Howth Castle Portal Tomb” não possui outras pedras gigantes na sua proximidade imediata, mais uma vez com grandes semelhanças com o que acontece com a construção do Pico do Espigão.

Figura 5- Túmulo de portal do Neolítico irlandês -“Howth Castle Portal Tomb” (McDermott, 2012). A “Howth Castle Portal Tomb” foi construída e possui muitas semelhanças com a forma, disposição e forças aplicadas para garantir o equilíbrio das pedras gigantes, com a estrutura megalítica do Pico do Espigão. A analogia entre essas duas estruturas levaUniversidade dos Açores, Angra do Heroísmo 4 e 5 de Abril de 2014-Angra do Heroísmo

nos mais uma vez a considerar que a hipótese de construção da estrutura tipo “Túmulo de Portal” da Grota do Medo tem muito mais força, em termos explicativos, do que a explicação natural.

4- Considerações finais

Após as análises aqui efetuadas, explorando as posições das pedras gigantes e os seus assentamentos, torna-se claro que há pelo menos três pedras gigantes que foram movimentadas para concluir a estrutura do Pico do Espigão. Existem outras três pedras gigantes da mesma estrutura, cujas posições poderão ter uma explicação geológica ou natural, podendo ter sido usadas como base, para iniciar a construção, minimizando assim o esforço humano posto na construção dessa estrutura. O facto de podermos considerar que uma parte da construção é natural, e outra não, não nos permite negar a existência de megalitismo no local em apreço ou em classificar a estrutura como construída. As dimensões das pedras do lado esquerdo são semelhantes às do lado direito, como tal houve, mesmo que só de um lado, movimentação de pedras gigantes, logo existe um trabalho megalítico. Quando comparamos a construção megalítica do Pico do Espigão, com a construção megalítica de Aideen’s Grave, na Irlanda, instala-se a dúvida, não no sentido de que a construção megalítica do Pico do Espigão é uma estrutura natural, mas sim no sentido de não haver qualquer pedra gigante dessa construção que tivesse sido aí colocada naturalmente. Acresce ainda a favor da teoria da construção megalítica da estrutura do Pico do Espigão, para além da semelhança com túmulos megalíticos encontrados na Irlanda, o facto de o seu interior ser trabalhado, onde se preencheram as pequenas frestas e fissuras com pequenas lascas de pedra. A esse trabalho dá-se o nome de emparedamento que consiste em pegar em pedras de menor tamanho ou de tamanho adequado, de forma a poder tapar todas as aberturas e fissuras encontradas. Esse tipo de trabalho é característico do período megalítico (Costa, 2013).

5- Bibliografia

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ALRA. 2013. Relatório e Parecer sobre o Projeto de Resolução Nº27/X – “Recomenda ao Governo Regional que promova o estudo, de natureza interdisciplinar e com recurso à recolha de material que permita estabelecer a sua datação, dos achados arqueológicos realizados recentemente na Grota do Medo, no Monte Brasil e na Ilha do Corvo”. Processo Nº 109. Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. Horta. Arruda, A.M. 2013. Acerca da ocupação antiga das ilhas do Arquipélago dos Açores. Resumo de parecer técnico. Direção Regional da Cultura. Angra do Heroísmo. Diário Insular. 2013. Arqueólogas estrangeiras admitem estruturas do neolítico na Terceira. 1 de Junho de 2013. Costa, A. 2013. Axis Mundi: Complexo Megalítico da Grota do Medo. Junta de Freguesia do Posto Santo. Angra do Heroísmo. (48pp). Dreamstime. 2014. Afloramento rochoso. http://pt.dreamstime. com/photos-images/ afloramento-rochoso.html. Data de consulta: Janeiro de 2014. Expresso. 2013. Misteriosas descobertas arqueológicas nos Açores. 9 de Junho. Lynch, F. 1997. Megalithic Tombs and Long Barrows in Britain. Shire Publications Ltd. London. McDermott, P. 2012. Aideen’s Grave: The Howth Castle Portal Tomb. http://patmcdermott.blogspot.pt/2012/09/aideens-grave-howth-castle-portal-tomb.html#.UssJ0io faM9. Data de consulta: Janeiro de 2014. Meneses, A., Rodrigues, J.D., Albergaria, M.I., Maduro-Dias, F., Gaspar, J.L., Queiroz, G., Gomes, A., Duncan, A., Torres, C., Vilaça, R., Parreira, R., Sousa, A. & Arruda, A.M. 2013. Parecer Preliminar da Comissão de Especialistas. Direção Regional de Cultura. Angra do Heroísmo. Rodrigues, A.F. 2013. Megalithic Discoveries in the Azores. 16th Annual Mediterranean Studies Association Congress. May, 29th – June 1th. Angra do Heroísmo. Vieira, A., Lemos, J., Mendes, M. & e Rodrigues, A.F. 2013. Estudo exploratório de singularidades e particularidades do Complexo Megalítico da Grota do Medo – Ilha

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Terceira, Açores, Portugal. III Fórum Internacional de Pedagogia (FIPED III). 12 e 13 de Abril de 2013. Angra do Heroísmo.

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