CONVERGÊNCIA DO PIB E DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA DAS MICRORREGIÕES CATARINENSES ENTRE 1970-2000 [email protected]

July 22, 2017 | Autor: Irineu Santos | Categoria: Economic Growth, Santa Catarina, GDP Per Capita, Household Income
Share Embed


Descrição do Produto

CONVERGÊNCIA DO PIB E DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA DAS MICRORREGIÕES CATARINENSES ENTRE 1970-2000 [email protected] Apresentação Oral-Desenvolvimento Rural, Territorial e regional JONAS IRINEU DOS SANTOS FILHO1; ARLEI LUIZ FACHINELLO2; LEILA HARFUCH3. 1.UFSCAR, SOROCABA - SP - BRASIL; 2.EMBRAPA SUINOS E AVES, CONCORDIA SC - BRASIL; 3.ICONE, SÃO PAULO - SP - BRASIL. Convergência do PIB e da Renda domiciliar per capita das microrregiões catarinenses entre 1970-2000

Grupo de Pesquisa: Desenvolvimento Rural, Territorial e Regional. Resumo O presente artigo analisou se há convergência do PIB e da renda domiciliar per capita das microrregiões catarinense, utilizando as metodologias de β-convergência e de σconvergência citados em Barro & Sala-i-Martin (1995). Os resultados indicam que, no período de 1970 e 2000, houve uma pequena convergência do PIB per capita e essa convergência ocorreu a uma taxa de 1,68% ao ano. Isso indica que as microrregiões mais pobres reduzirão metade dessa diferença do PIB em 41 anos. Também se constatou a convergência da renda domiciliar per capita no mesmo período. Entretanto a velocidade da convergência foi de 1,20% ao ano, o que indica que 50% da diferença entre a renda dos pobres e dos ricos se reduzirão em 58 anos. Esses resultados foram fortalecidos pelo teste de σ-convergência, pois a variância do PIB per capita e da renda domiciliar per capita (em ln) reduziram-se significativamente no período analisado. Palavras-chaves: economia catarinense, crescimento econômico, convergência de renda. Abstract This paper analized if there is convergence of the GDP per capita in the regions of Santa Catarina state using β-convergence and σ-convergence methodologies, based on Barro & Sala-i-Martin (1995). As a result, during the period of 1970 to 2000, the convergence was confirmed at a speed of 1,68% and 1,20%, for GNP and Income respectively, per year and the poor regions will reduce half of the difference of income in forty one and fifty seven years. These results were confirmed by the σ-convergence test because the variance of GDP and Income per capita and household income per capita (on ln form) reduced a lot during the analized period. Key-words: Santa Catarina’s economy; economic growth; income convergence.

1. Introdução

1

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

Santa Catarina possui um dos maiores índices de desenvolvimento brasileiro e a distribuição de renda é também uma das mais eqüitativas. Porém, no seu interior constatase significativas desigualdades de renda regionais. O desenvolvimento econômico catarinense trás até os dias atuais os reflexos do modelo de colonização adotado no estado. O contexto histórico-geográfico condicionou e condiciona pontos elementares ao desenvolvimento das regiões e do Estado. No período recente um fator que incidiu no desenvolvimento do Estado foi o agravamento de problemas econômicos, mas cabe aí pontuar também falhas nas políticas públicas. A industrialização fez com que as políticas públicas se pautassem na modernização da infraestrutura urbana e deixasse de lado o espaço rural. Em decorrência, ocorreu o aumento da migração e dos problemas urbanos (RAUD, 1999). O interesse em desigualdade regional vem crescendo nos últimos anos. Os modelos teóricos de crescimento endógeno e neoclássico foram uma grande motivação para este fato. Ainda que criados para estudar a desigualdade de renda entre países, estes modelos vem sendo utilizados para estudar as desigualdades entre regiões no mesmo país. No trabalho de Barro e Sala-i-Martin (1990), os autores estudaram a convergência de renda nos Estados Unidos; Jian et al (1996) fizeram o estudo de convergência entre regiões na China e Kim (1998) estudou a convergência de renda também nos Estados Unidos. No Brasil também se verifica um grande número de trabalhos tratando do tema, tais como Azzoni (1994 e 1996), Schwartzman (1996), Ferreira (1995), Ferreira e Diniz (1995), Zini e Sachs (1995) e Ellery e Martins (1996). Recentemente, Silva; Fontes e Alves (2005) analisaram a convergência de renda das microrregiões de Minas Gerais, confirmando tal fato entre 1985 e 2000 a uma velocidade anual em torno de 2% ao ano. Harthung e Santos Filho (2007) também realizam essa análise aplicada para as microregiões do Paraná. Concluíram que houve convergência do PIB per capita a uma velocidade de 3,6% ao ano. O presente estudo visa verificar se houve convergência de renda entre as microrregiões catarinenses nas últimas décadas utilizando-se das metodologias βconvergência absoluta e σ-convergência. A partir dessa constatação é possível estudar os fatores condicionantes desse processo.

2. Metodologia No modelo de economia fechada de Solow-Swan (S-S), as diferenças entre renda per capita entre países estão relacionadas às suas diferenças na relação capital-trabalho (K/L) utilizada. Para um dado nível de poupança, uma menor relação K/L é associada com um rápido crescimento proporcional da relação K/L no ponto de equilíbrio. Então a tendência de países mais pobres é crescer a taxas mais elevadas que países ricos. Se existir mobilidade de fatores entre as diferentes regiões ou países, os trabalhadores irão migrar das regiões mais pobres para as mais ricas, enquanto o capital migrará na direção contrária. A migração de capital e trabalho irá igualar as relações K/L entre o país (ou região) mais pobre e o mais rico. Segundo Romer (2001) há três razões para que exista convergência. Primeiro, o modelo de Solow prevê a convergência de países de acordo com seus “caminhos” de crescimento balanceado. Os países apresentam tendências diferenciadas porque iniciam em 2

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

diferentes pontos dessa linha de crescimento, fazendo com que os países mais pobres alcancem os mais ricos. Em segundo lugar, esse modelo também implica que a taxa de retorno do capital é menor em países que possuem alta relação capital por trabalhador, incentivando a migração desse capital em países mais pobres, impulsionando a convergência. Terceiro, se houver defasagem na difusão do conhecimento, pode-se ter diferenças de renda porque muitos países ou, nesse caso, regiões, não estão utilizando a melhor tecnologia disponível. Ainda deve-se perceber que a convergência não ocorrerá caso a tecnologia apresentar retornos crescentes à escala ao invés de retornos constantes a escala no modelo S-S. No caso de retornos crescentes na tecnologia, um país (região) que comece com uma maior relação capital-trabalho tenderá a manter a sua liderança no nível da sua renda per capita em relação a um país ou região que comece com uma menor razão capital-trabalho. No modelo do Romer, capital refere-se não somente ao capital físico, mas também ao capital humano e a acumulação endógena de tecnologia. As diferenças entre as economias de diferentes países não se resumem somente ao montante de recursos disponíveis, tais como: capital humano, capital físico, trabalho, recursos naturais e tecnologia endógena. Questões como estabilidade política e macroeconômica, existência de direitos de propriedade, grau de intervenção governamental, vantagens e desvantagens geográficas são também determinantes do grau de crescimento econômico de um país. Estas diferenças podem resultar em persistentes diferenciais no nível de renda per capita entre países. Desta forma, a convergência não ocorreria mesmo em situações de retornos constantes a escala da tecnologia. As tendências sobre convergência de renda ainda existiriam, ou seja, países com menor relação capitaltrabalho poderiam crescer mais rapidamente que países com alta relação capital-trabalho inicial, mas somente após solucionar os condicionantes de longo prazo do nível de renda. Como o presente trabalho considera as microrregiões do estado de Santa Catarina, não deve haver diferenças que comprometam a análise da convergência, apesar de que exitem diferenças de recursos naturais, capital humano, capital físico e tecnologia entre essas regiões. No entanto, pressupõe-se que existe livre mobilidade de fatores entre as regiões analisadas. 2.1 Convergência de Renda A convergência de renda significa que regiões ou países de baixa renda per capita tendem a crescer mais rapidamente em relação às regiões ou países mais ricos, reduzindo então esse diferencial de renda. Na literatura existem duas medidas básicas de convergência: β-convergência e σ-convergência. No primeiro caso, efetua-se uma regressão entre o crescimento do logaritmo natural do PIB per capita entre dois períodos como função do valor inicial do logaritmo natural deste PIB. Esta medida é conhecida na literatura do crescimento econômico como a regressão de Barro, sendo escrita como: 1  y i ,T  ln = a + ln β y i,0 + ε i ,[0,T ] T  y i , 0  Onde: T é o tempo entre os dois períodos analisados. 3

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

yi ,T é o PIB per capita no período final yi ,0 é o PIB per capita no ano inicial

ε i ,[0,T ] é o erro que se assume ter média zero e variância constante A partir do coeficiente estimado (β*) e sendo λ a velocidade anual de convergência tem-se, de acordo com Barro & Sala-i-Martin (1992): λT

β* =

e

−1

T

O coeficiente λ é extraido Para calcular o tempo necessário para eliminar total ou parcialmente a divergência de renda entre as regiões utiliza-se: T = ln(1− x) , onde x é a porcentagem da divergência de λ

renda que se objetiva eliminar. A partir desse procedimento, assume-se que está ocorrendo convergência absoluta da renda per capita quando o β é menor que zero e significativo estatisticamente. Quanto maior esse coeficiente, mais rápido se dará a convergência ao “estado estacionário”1. Barro & Sala-i-Martin (1995 p.28) afirmam que esse tipo de convergência ocorre quanto mais homogênea for a região analisada, ou seja, essas regiões ou países devem ter o mesmo estado estacionário. Se ocorrer significativa heterogeneidade nas regiões analisadas devese utilizar o teste de convergência condicional. No modelo Solow-Swan, por exemplo, o estado estacionário ocorre quando a taxa de crescimento do capital é zero. No modelo neoclássico as taxas de crescimento per capita do capital, do produto e do consumo no estado estacionário é zero. Ou seja, nesse caso, essas variáveis variam à mesma taxa de crescimento da população. No caso da medida de dispersão σ-convergência assume-se que a mesma converge quando a variância da renda vai diminuindo ao longo do tempo, ou seja:

σ 02 > σ 12 > σ 22 > ... > σ T2 Valdés (1999) afirma que, ao se usar este teste, deve-se ter o cuidado ao analisar a variância da renda per capita para diversos períodos. Segundo este autor, a razão deste fato é que diferentes países se encontram fora da sua trajetória de longo prazo devido a choques econômicos de curto prazo. Portanto, se não se trabalhar com longos períodos de tempo e se observar à tendência de comportamento da variância os resultados podem conter viezes de curto prazo. Deve-se destacar também que a presença de β-convergência não implica em σconvergência, enquanto que o contrário é verdadeiro, ou seja, a presença de σconvergência implica na presença de β-convergência (Valdés, 1999). Desta forma pode-se dizer que, em termos da robustez de teste, σ-convergência é o melhor. Entretanto, do

1

Barro & Sala-i-Martin (1995) autores definem “estado estacionário” como sendo a situação na qual o crescimento se dá a uma taxa constante no tempo. 4

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

parâmetro estimado a partir do β-convergência pode-se obter a velocidade de convergência, caso esta ocorra. Os dados utilizados para a análise foram o PIB per capita em reais do ano 2000 (deflacionado pelo deflator implícito do PIB) dividido pela população residente das microrregiões catarinenses dos anos de 1970, 1980, 1996 e 2000, sendo considerado para a regressão o ano de 1970 como inicial e 2000 o ano final. Para o estudo da renda domiciliar foi utilizado os dados de renda domiciliar per capita calculado a partir dos microdados dos censos demográficos para os anos de 1970, 1980, 1991 e 2000. As 20 microrregiões foram definidas segundo a classificação do IBGE para 2000 sendo, no caso do PIB e da renda domiciliar per capita, a soma dos municípios pertencentes a cada microrregião em cada período considerado.

3. Análise dos Dados e Resultados As microrregiões do estado de Santa Catarina apresentaram um PIB real per capita médio de R$ 2.637 no ano de 1970, sendo os valores máximo e mínimo de R$ 5.186 e R$ 1.420, das microrregiões de Joinville e Tabuleiro, respectivamente. A renda real domiciliar per capita média foi de R$ 2.133 no mesmo ano, sendo os valores máximos e mínimo de R$ 3.137 e R$ 1.133, nas microrregiões de Florianópolis e Tabuleiro. Como era de se esperar a renda domiciliar per capita é inferior ao PIB A preocupação com a relação entre processos de inovação e desenvolvimento regional surge no contexto da redefinição do padrão dominante de desenvolvimento socioeconômico do Estado de Santa Catarina. No contexto de um cenário nacional marcado por um processo de modernização acelerado, impulsionado por uma presença destacada do Estado, que muitas vezes se sobrepôs às especificidades culturais e ambientais de cada região, a experiência de Santa Catarina sempre foi apresentada como diferenciada em relação ao país – aí se destacando, precisamente, os casos do Vale do Itajaí e do Vale do Cubatão. Os aspectos predominantes deste diagnóstico referem-se tanto ao modelo de ocupação quanto à estrutura socioeconômica. Com relação ao modelo de ocupação, este foi marcado pela colonização estrangeira, que introduziu uma estrutura fundiária na qual prevalecia a pequena propriedade e a policultura. Quanto à estrutura socioeconômica, esta vinha sendo caracterizada pela capacidade de desenvolvimento sustentado da pequena e média indústria, que voltava sua produção para o mercado local. Estas pré-condições históricas responderiam, assim, pela relativamente equilibrada distribuição espacial da população e das atividades econômicas, complementadas pelo desenvolvimento de uma rede de pequenas e médias cidades e uma menor concentração de renda. Estes seriam os fundamentos do que se convencionou caracterizar como modelo catarinense de desenvolvimento. A partir da década de 1970, contudo, observa-se uma redefinição desta dinâmica de desenvolvimento. Por um lado, cresce a importância das grandes empresas, um crescimento patrocinado, principalmente, por políticas públicas que forneceram suporte financeiro para a expansão do setor têxtil e do setor metal-mecânico, acompanhando a tendência nacional do período (Goularti Filho, 2003; Raud, 1999). Por outro lado, intensificou-se o processo de concentração da população nas maiores cidades destas regiões, notadamente nas cidades de Joinville e Blumenau, invertendo-se, desta forma, a 5

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

estrutura fundiária que caracterizou o anterior. Em função das características do processo de ocupação do espaço e do padrão de apropriação dos recursos, essa redefinição da tendência histórica de desenvolvimento acabou gerando um conjunto de problemas característicos da concentração das atividades produtivas e da população: disso são exemplos a sobrecarga da capacidade regenerativa do ambiente natural e a sobrecarga da capacidade assimilativa causada pela poluição crescente. Este processo tornou as cidades de ambas as regiões aqui consideradas áreas das mais vulneráveis do Estado a impactos sócio-ambientais negativos (Lenzi, 2000; Mattedi, 2000, p. 195-230). A Figura 1 mostra o PIB real per capita em ordem crescente para o ano de 1970. Deve-se observar que, das 20 microrregiões catarinenses, 12 estão abaixo desse PIB real per capita médio (em cor vermelha no gráfico), indicando elevada concentração econômica regional da renda em 1970. 6000 5000

Abaixo da média Acima da média

4000 3000 2000 1000 0

Joinville

Blumenau

São Bento do Sul

Florianópolis

Campos de Lages

Joaçaba

Itajaí

Criciúma

Concórdia

Curitibanos

Rio do Sul

Canoinhas

Chapecó

São Miguel d'Oeste

Ituporanga

Xanxerê

Araranguá

Tubarão

Tijucas

Tabuleiro

Figura 1 – PIB per capita das microrregiões catarinenses em 1970 (em R$ mil de 2000). De forma semelhante, a Figura 2 mostra a renda domiciliar per capita em ordem crescente para o ano de 1970. Pode-se perceber que o PIB é menos concentrado que a renda domiciliar per capita. Nesta variável, 14 microrregiões estão abaixo da renda domiciliar média. A correlação entre o PIB per capita e a renda domiciliar per capita média em 1970 foi de 0,85, indicando uma forte relação existente entre estas duas variáveis.

6

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

3500 3000

Abaixo da Média 2500

Acima da Média 2000 1500 1000 500 0 Florianópolis

Blumenau

Joinville

São Bento do Sul

Itajaí

Criciúma

Campos de Lages

Joaçaba

Curitibanos

Canoinhas

Ituporanga

Rio do Sul

Chapecó

Concórdia

Tubarão

Araranguá

Xanxerê

São Miguel d'Oeste

Tijucas

Tabuleiro

Figura 2 – Renda domiciliar média per capita das Microrregiões catarinenses em 1970 (em R$ mil de 2000).

A Figura 3 mostra a participação dos setores da indústria, de serviços e agropecuário no PIB total da microrregião em 1970, que estão organizados em ordem crescente do PIB per capita.

R$ 800,000.00 R$ 700,000.00 R$ 600,000.00

Industria

R$ 500,000.00

Servicos Agropecuaria

R$ 400,000.00 R$ 300,000.00 R$ 200,000.00 R$ 100,000.00 R$ 0.00

Joinville

Blumenau

São Bento do Sul

Florianópolis

Campos de Lages

Joaçaba

Itajaí

Criciúma

Concórdia

Curitibanos

Rio do Sul

Canoinhas

Chapecó

São Miguel d'Oeste

Ituporanga

Xanxerê

Araranguá

Tubarão

Tijucas

Tabuleiro

Figura 3- Composição do PIB por Microrregião de Santa Catarina em 1970 (em R$ mil de 2000). Ao contrário do estado do Paraná (Harthung & Santos Filho, 2006), em Santa Catarina era a indústria o setor que determinava o grau de desenvolvimento da economia. 7

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

Assim, em 1970 as microrregiões com menor PIB per capita tinham uma economia fortemente agropecuária, com destaque para as microrregiões do Oeste, Norte e Sul catarinenses. Por outro lado, as regiões com maior PIB per capita tinha na indústria e no setor serviços os pilares para o seu desenvolvimento. Os setores mais dinâmicos tinham comportamentos diferenciados dentro das microrregiões. Nesse período a indústria ainda era nascente no Estado do Santa Catarina e de caráter familiar. A microrregião de Joinville, o maior PIB per capita do estado, apresentou grande dinamismo do setor industrial, que corresponde a 57,3% do PIB total em 1970, sendo seguido pelo setor serviços, com 36,4%, e o setor agropecuário, com 6,3%. Já a microrregião de Tabuleiros, com menor PIB per capita, apresentava na agropecuária a sua atividade mais importante (68,8% do PIB), seguida do setor serviços (19,2%) e do setor agropecuário (12,0%). No ano de 2000, o PIB real per capita médio foi de R$ 7.840, sendo o valor máximo de R$ 12.640 (microrregião de Concórdia) e o mínimo, de R$ 4.665 (Ararangua). Pode-se observar pela Figura 4 que a diferença de renda per capita das microrregiões catarinenses aumentou em termos absolutos em relação ao ano de 1970. Entretanto em termos relativos a diferença apresentou decréscimo e assim sendo, o número de microrregiões com PIB per capita abaixo da média decresceu sensivelmente, passando de doze em 1970 para sete em 2000. 14.000,00 12.000,00

Abaixo da Média

10.000,00

Acima da Média 8.000,00 6.000,00 4.000,00 2.000,00 0,00 Concórdia

Joinville

Joaçaba

Blumenau

São Bento do Sul

Chapecó

Xanxerê

Criciúma

Florianópolis

Rio do Sul

Tijucas

Curitibanos

Campos de Lages

São Miguel d'Oeste

Ituporanga

Canoinhas

Tubarão

Itajaí

Tabuleiro

Araranguá

Figura 4 – PIB per capita das Microrregiões de Santa Catarina em 2000 (em R$ mil de 2000). A renda domiciliar per capita média do estado de Santa Catarina no ano de 2000 foi de R$ 4.879, o que, semelhante ao que ocorreu em 1970, é inferior ao PIB per capita de Santa Catarina. Para além de ser inferior ao PIB, a distância entre os dois indicadores também aumentou. Assim, enquanto que em 1970 a renda domiciliar per capita representava 80,9% do PIB per capita, em 2000 este percentual passou a ser de 62,2%. A correlação entre o PIB e a renda domiciliar per capita média foi de 0,27, indicando baixa correlação existente entre estas duas variáveis no ano de 2000. Existe uma forte mudança no comportamento deste índice entre os anos de 1970 e 2000 e o mesmo 8

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

pode estar relacionado com a mudança no modelo de desenvolvimento da economia que ocorreu neste período. 8.000,00 7.000,00

Abaixo da Média 6.000,00

Acima da Média

5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00

Florianópolis

Itajaí

Blumenau

Joinville

Criciúma

Concórdia

Rio do Sul

Tubarão

Chapecó

Joaçaba

São Bento do Sul

Tijucas

Campos de Lages

Xanxerê

Araranguá

Ituporanga

Canoinhas

São Miguel d'Oeste

Tabuleiro

Curitibanos

Figura 5 – Renda domiciliar média per capita das microrregiões de Santa Catarina em 2000 (em R$ mil de 2000). Deve-se observar na Figura 6 que, em geral, as microrregiões mais industrializadas apresentaram maior PIB per capita, ou seja, a partir da década de 1990 o estado de Santa Catarina consolidou os setores industrial e agroindustrial como os mais dinâmicos da economia, junto com o setor de serviços. 5000000 4500000 4000000 3500000

Industria

3000000

Servicos

2500000

Agropecuaria

2000000 1500000 1000000 500000 0

Concórdia

Joinville

Joaçaba

Blumenau

São Bento do Sul

Chapecó

Xanxerê

Criciúma

Florianópolis

Rio do Sul

Tijucas

Curitibanos

Campos de Lages

São Miguel d'Oeste

Ituporanga

Canoinhas

Tubarão

Itajaí

Tabuleiro

Araranguá

9

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

Figura 6 - Composição do PIB por microrregião de Santa Catarina em 2000 (em R$ mil de 2000). Em relação ao setor agrícola, segundo Rezende e Parré (2005), a década de 1990 apresentou intensificação tecnológica, provocando alteração na pauta de produção e aumento na concentração fundiária. Em Santa Catarina ocorreu o aumento na produção de milho, em detrimento do trigo e da soja. No ano de 2000 a média do PIB real per capita saltou para R$ 7.370, ampliando a diferença de renda entre a microrregião mais pobre (Ararangua com R$ 4.655) e a mais rica (Concórdia com R$ 12.640). O desvio-padrão da série reduziu. Segundo Theis e Butzke (2008), desde o processo de abertura da economia brasileira no início da década 1990, presencia-se uma nova inflexão na estrutura socioeconômica das duas regiões. A estratégia de estabilização macroeconômica expôs tanto o setor têxtil quanto o setor metal-mecânico à competição internacional, comprometendo a estratégia de desenvolvimento regional sustentada na especialização rígida das atividades produtivas, impulsionada pela inversão de recursos governamentais. Este processo provocou a falência de indústrias em ambas as regiões, forçando as que resistiram a adotarem programas de reestruturação produtiva, visando o aumento da competitividade de seus produtos e o seu ajuste à nova conjuntura. As conseqüências deste processo ainda não foram plenamente avaliadas, mas as evidências sugerem um movimento ambivalente. Por um lado, as transformações recentes apontam para o aumento do desemprego, a precarização das relações de trabalho, a diminuição da renda per capita, em função de falências e modificações observadas na estrutura produtiva. Por outro, essas transformações apontam para a diversificação das atividades produtivas, com o fortalecimento de novos setores econômicos e o surgimento de novos atores sociais na esfera política. Theis e Vargas (2007), em estudo recente sobre os Sistemas Produtivos Regionais [SPR] em Santa Catarina, revelam a existência de grandes disparidades entre as regiões catarinenses. Cinco das vinte microrregiões concentravam 51,2% da População Economicamente Ativa [PEA] do Estado em 2002. Cerca de 56% do Produto Interno Bruto [PIB] de 2002 concentrava-se em quatro microrregiões e 14 microrregiões detinham menos de 5% do PIB. O desenvolvimento desigual de Santa Catarina é condicionado por fatores histórico-geográficos, bem como, fatores sócio-políticos. Para compreender a influência dos fatores sócio-políticos no desenvolvimento desigual catarinense recente, torna-se importante descrever e analisar o processo de mobilização dos atores regionais e também a atuação governamental no planejamento. As aglomerações de Blumenau, Joinville, Itajai e Florianópolis receberam mais de ¾ dos investimentos previstos para atividades econômicas do estado, reforçando o grau de concentração. Estas regiões respondem por 1,9 milhões de habitantes, com taxa de crescimento populacional superior a média do estado. A participação desse complexo no valor adicionado catarinense é superior a 50%, numa dinâmica que destaca a aglomeração de Joinville, pela estrutura setorial nitidamente industrial, com perfil caracterizado por segmentos modernos. A aglomeração de Blumenau, com a segunda maior contribuição, tem uma dinâmica pautada fundamentalmente em atividades da industrial têxtil e de confecção. A pré-metropolitana de Florianópolis tem menor participação na renda, porém distingue-se por uma estrutura ocupacional que confirma seletividade dos serviços 10

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

financeiros e técnico-especializados e por um terciário moderno e complexo (MOURA E KLEINKE, 2000) Assim, estas microrregiões tradicionalmente mais ricas no estado continuam a ter uma posição expressiva tanto na renda como no PIB per capita dentre as microrregiões catarinenses. Apesar das diferenças de renda per capita verificadas entre as microrregiões catarinenses, é interessante analisar se elas se reduzem ao longo do tempo, ou seja, se as regiões com menor PIB per capita cresce mais rápido que as de maior PIB per capita. A Tabela 1 mostra o resultado da regressão de convergência absoluta para essas microrregiões entre 1970 e 2000. Deve-se observar que as microrregiões com menor PIB per capita inicial possuem uma taxa de crescimento maior, ou seja, parece estar havendo convergência. No entanto, devem-se analisar as estatísticas da regressão, como o coeficiente de determinação e o teste t-student, como mostra a Tabela 1. A partir dos resultados da Tabela 1 pode-se afirmar que, a partir do coeficiente de F, que os dados, para o período total, se ajustaram bem nessa regressão. O coeficiente β foi negativo e altamente significativo, aceitando a hipótese da existência de convergência absoluta de renda per capita das microrregiões catarinenses. Utilizando esse coeficiente pode-se calcular a velocidade de convergência, que foi de 1,68, ou seja, as microrregiões mais pobres convergem para as mais ricas a uma taxa anual de 1,68% ao ano. A partir desses resultados pode-se afirmar que em aproximadamente quarenta e um anos 50% da diferença do PIB per capita entre as microrregiões catarinenses iram desaparecer. Tabela 1 – Resultado da regressão do PIB per capita de convergência absoluta Período Teste F Beta R-quadrado Velocidade de Tempo p/ Estimado Estimado ajustado Ajustamento corrigir 50% MQO70-80 0,057ns -0,00266ns -0,052 ns Infinito MQO80-2000 10,63* -0,01945* 0,3363 -2,50% 27,73 MQO70-2000 7,15** -0,01308* 0,2445 -1,68% 41,33 ns= não significativo; *= significativo a 1%; **=significativo a 5% Fonte: Resultados da pesquisa

A renda domiciliar per capita também apresentou convergência, ainda que em velocidade inferior a observada no PIB per capita. Semelhante ao que ocorreu com o PIB per capita, o coeficiente β estimado para a equação da renda domiciliar foi negativo e significativo, aceitando a hipótese da existência de convergência absoluta de renda domiciliar per capita das microrregiões catarinenses. Os resultados podem ser visualizados na Tabela 2. Tabela 2 – Resultado da regressão da renda domiciliar per capita de convergência absoluta Período Teste de F Beta R-quadrado Velocidade de Tempo p/ Estimado Estimado ajustado Ajustamento corrigir 50% MQO7080 8,61* -0,0246* 0,2758 -2,87% 24,16 MQO8091 0,025ns -0,00258ns -0,0512 ns infinito MQO91-00 7,52** -0,01733** 0,2554 -1,90% 36,42 MQO70-2000 4,50** -0,00999** 0,1554 -1,20% 57,95 11

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

ns= não significativo; *= significativo a 1%; **=significativo a 5% Fonte: Resultados obtidos pelos autores.

A Figura 7 mostra a variância do PIB e da renda domiciliar media per capita das microrregiões catarinenses entre 1970-2000. Pode-se observar claramente a presença de convergência, ou seja, reduziu-se a disparidade de renda entre as microrregiões analisadas nesse período. A década de 1970 foi marcada por grande crescimento econômico no país. No caso das microrregiões catarinenses pode-se afirmar que não houve redução na desigualdade do PIB per capita. Na década de 1980, o país passou por instabilidades macroeconômicas com conseqüente redução no crescimento econômico. No entanto, a partir de 1994 com o Plano Real e com a melhora nos fundamentos macroeconômicos do país houve redução na diferença do PIB per capita nas microrregiões catarinenses, impulsionada também pelo crescimento econômico do estado como um todo. No ano de 2000, após a forte desvalorização cambial e a mudança no regime de câmbio, as regiões voltadas às exportações se beneficiaram consideravelmente, fazendo com que a dispersão do PIB per capita apresentasse melhora. Os dados mostram que após 1980 a disparidade do PIB vem se reduzindo nas regiões analisadas. Segundo Valdés (1999), o σ-convergência é útil para checar a validade dos resultados do β-convergência, ou seja, a partir desses resultados, pode-se considerar a existência de convergência no caso das regiões analisadas. Portanto, as microrregiões mais pobres cresceram mais rapidamente que as mais ricas, reduzindo a disparidade de renda ao longo do tempo no estado de Santa Catarina.

2000

0,056

1980

0.044 ns

Renda

1970

0,064

0,08 0,13

PIB 0,11 0,04

0,05

0,06

0,07

0,08

0,09

0,1

0,11

0,12

0,13

Figura 7 – Variância do PIB e da renda per capita (em ln) das microrregiões catarinenses. Segundo Goularti Filho (2005), os planos econômicos implementados em Santa Catarina após 1955 foram inócuos em termos de melhorar a distribuição da renda. De fato, diferentemente de outros planos econômicos implementados em outros estados, os planos elaborados não tiveram de forma implícita este objetivo. Mesmo em termos de crescimento econômico, estes planos somente apresentaram alguma efetividade entre os anos de 1961 e 1978, pois conseguiram eliminar os gargalos estruturais, sobretudo no tocante a energia e transporte, que impediam o desenvolvimento industrial da economia catarinense. 12

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

Finalmente, esses resultados mostram que, apesar de estar ocorrendo convergência do PIB per capita nas microrregiões catarinenses, a disparidade de renda levará muito tempo para se reduzir substancialmente, necessitando de intervenção governamental no sentido de incentivar o desenvolvimento econômico das regiões mais pobres do estado. 200

(anos para convergência entre 1970 e 2000)

180 160 PIB per capita 140

Renda domiciar per capita

120 100 80 60 40 20 0 0%

5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% (% de ajustamento)

Figura 8 – Tempo de ajustamento para se eliminar as discrepâncias do PIB e da Renda domiciliar per capita entre as microrregiões catarinenses entre os anos de 1970 e 2000. Em termos de capital humano existe uma grande concentração de recursos federais e estaduais alocados nas regiões tradicionalmente mais ricas do estado ficando para o poder público local a incumbência de investir recursos na educação de nível superior através das fundações educacionais e assim as regiões mais ricas tendem a ter um maior potencial para gerar recursos humanos qualificados. Exemplos tem-se na Unoesc, na UNC e na Unochapeco que atuam no oeste catarinenses, na FURB em Blumenau e a Universidade do Extremo Sul com sede em Criciúma.

4. Considerações Finais Este trabalho buscou avaliar se houve convergência do PIB per capita entre 1970 a 2000 entre as microregiões de Santa Catarina. A partir da regressão β-convergência, sugerida por Barro & Sala-i-Martin (1992), pode-se afirmar que houve convergência absoluta do PIB real e a renda domiciliar média per capita entre as microrregiões catarinenses, ou seja, as microrregiões mais pobres (de menor renda inicial) cresceram mais rapidamente que as regiões que apresentavam renda inicial maior. A velocidade de convergência foi de 1,6% ao ano para o PIB e 1,2% ao ano para a renda domiciliar, respectivamente, sendo que metade da disparidade desaparecerá em, aproximadamente, 41 anos e 58 anos, respectivamente. Ou seja, sob a condição ceteris paribus, o estado de Santa Catarina irá demorar um tempo consideravelmente longo para reduzir as diferenças de renda. No entanto, intervenções governamentais no sentido de fomentar o desenvolvimento 13

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

das regiões consideradas menos prósperas podem reduzir consideravelmente esse período de convergência e melhorar a distribuição de renda no estado. O desenvolvimento econômico e social das microrregiões catarinenses ocorre, principalmente, através do setor agroindustrial, como o surgimento e consolidação dos complexos de suínos e frangos, em detrimento dos setores tradicionais no estado como o madeireiro e erva-mate. Por outro lado, se expande o setor industrial nos setores de metalurgia, cerâmica e têxtil. Deve-se destacar que, a partir da metodologia aqui considerada, algumas pressuposições fortes foram consideradas, tais como: todas as regiões possuem a mesma estrutura de produção e a tecnologia possui retornos constantes à escala; a convergência ocorre para um mesmo estado estacionário em todas as microrregiões; todas as regiões possuem os mesmos fundamentos macroeconômicos. Uma análise mais profunda pode até não aceitar essas pressuposições. Porém, metodologicamente pode-se considerar que elas não comprometem a análise aqui apresentada. Uma análise mais aprofundada da desigualdade econômica e social dessas regiões pode ser realizada utilizando índices como T-Theil (concentração industrial), Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Índice de Gini e deverão ser trabalhos futuros a seres efetuados.

Referências Bibliográficas AZZONI, C. R. Concentração regional e dispersão das rendas per capita estaduais: análise a partir de séries históricas estaduais de PIB, 1993-1995. Estudos Econômicos: São Paulo, v.27, n.3, 1997. AZZONI, C. R. Distribuição pessoal de renda nos estados e desigualdade de renda entre estados no Brasil: 60,70,80,91. FEA/USP. Programa de Seminários Acadêmicos. Texto para discussão interna. n. 06/96. 1996. BARRO, R.J. et. al. Convergence Across States and Regions. Brookings Papers on Economic Activity, n.1, 1991. BARRO, R.J.; SALA-I-MARTIN, X. Convergence. Journal of Political Economy, v.100, n.2, 1992. BARRO, R.J.; SALA-I-MARTIN, X. Economic Growth. New York: McGraw-Hill, 1995. BARRO, R.J.; SALA-I-MARTIN, X. Economic growth and convergence across the United States. National Bureau of Economic Research Working Paper n. 3419, 1996. GOULARTI FILHO, A. Formação econômica de Santa Catarina. V Congresso Brasileiro de História Econômica e 6ª Conferência Internacional de História de Empresas. Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE): Caxambu, MG, 7 a 10 de setembro de 2003, 14 p. GOULARTI FILHO, A. O planejamento estadual em Santa Catarina de 1955 a 2002. UFRGS: Ensaios FEE, v. 26, n.1, p. 627-660, jun. 2005. KIM, S. Economic Integration and Convergence: U.S. Regions, 1840-1987. Cambridge: The Journal of Economic History, v.58, n.3, sep. 1998. MOURA, R.; KLEINKE, M. de L. U. Espacialidade e institucionalidades: uma leitura do arranjo sócio-espacial e do modelo de gestão das regiões metropolitanas do Sul do Brasil. XXIV Encontro anual da ANPOCS. Petrópolis: ANPOCS. Outubro, 2000. 20 p. 14

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

REZENDE, L.P.F.; PARRÉ, J.L. A Hierarquização dos Municípios Paranaenses Segundo as Suas Atividades Agrícolas. Toledo: Informe GEPEC, v.9, n.1, jan-jun 2005. Disponível em: http://www.unioeste.br/cursos/toledo/revistaeconomia/edatual.htm. ROMER, D. Advanced Macroeocnomics. New York: McGraw-Hill, 2001. SILVA, E.; FONTES, R.; ALVES, L.F. Crescimento e Desigualdade em Minas Gerais. In: THEIS, I. M. ; BUTZKE, L. . Planejamento e desenvolvimento desigual em Santa Catarina. In: III Simpósio Lutas Sociais na América Latina, 2008, Londrina. III Simpósio Lutas Sociais na América Latina. Londrina : Universidade Estadual de Londrina, 2008. THEIS, I. M. ; BUTZKE, L. . A evolução recente do sistema de planejamento de Santa Catarina. In: IV Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Regional, 2008, Santa Cruz do Sul. Anais do IV Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Regional. Santa Cruz do Sul : UNISC, 2008. THEIS, I. M. ; MATTEDI, Marcos Antônio ; MENEGHEL, Stela Maria . Ciência, tecnologia e inovação no desenvolvimento regional de Santa Catarina: um estudo comparativo entre BLUSOFT e CDB. In: VI Jornadas Latinoamericanas de Estudios Sociales de la Ciencia y la Tecnología [ESOCITE 2006], 2006, Bogotá. Memorias ESOCITE 2006, 2006. VALDÉS, B. Economic growth: theory, empirics and policy. Edward Elgar Publishing Limited. Reino Unido. 1999.

15

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.