D. Pedro Vieira da Silva, bispo de Leiria (1670 -1676) - sua vida, seus ascendentes e descendentes

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Cadernos de Estudos Leirienses – 3

D. Pedro Vieira da Silva, bispo de Leiria (1670–1676) – sua vida, seus ascendentes e descendentes Ricardo Charters d’Azevedo*

I – Introdução Afonso Zúquete no seu “Leiria – subsídios para a História da sua diocese”, recentemente reeditado, escreve, citando LACERDA, que «Pedro Vieira da Silva nasceu em Leiria em 1598. Foram seus pais Gaspar Rebelo da Guerra Dias Preto, juiz dos Órfãos e D. Clemência Vieira da Silva. Pela linha paterna era neto de Lourenço Dias Preto, que casou em Leiria com D. Ana Soares, Pela mesma linha e pelo apelido Guerra descendia do Infante D. João, filho de D. Pedro I e de D. Inês de Castro. O apelido Guerra continuou na descendência de sua tia paterna D. Jerónima Soares da Guerra, que tinha solar em Alvorge.» Sendo o Doutor D. Pedro Vieira da Silva natural de Leiria, pareceu-nos interessante recolher e expor a sua genealogia, incluindo um resumo da sua atividade como bispo em Leiria. A curiosidade sobre D. Pedro Vieira da Silva aumenta quando descobrimos que teve inúmeros descendentes, mas não nos devemos esquecer que foi somente ordenado após de ter enviuvado e nomeado para bispo de Leiria já septuagenário. Uma biografia mais alargada encontrará o leitor em ZÚQUETE (p. 201-212). * Engenheiro eletrotécnico, com estudos publicados sobre genealogia e história (ver: www.familiasdeleiria.com)

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II - D. Pedro Vieira da Silva D. Pedro Vieira da Silva nasceu em Leiria a 15 de setembro de 1598. Filho de Gaspar Rebelo da Guerra Dias Preto (juiz dos Órfãos na cidade de Leiria) e de Clemência Vieira da Silva. Terá feito os seus primeiros estudos na cidade do Lis, depois, matriculou-se em Coimbra em Leis a 3 de outubro de 1614, tendo obtido o grau de bacharel a 18 de julho de 1620 e de licenciado em 13 de julho de 1623. Obteve o doutoramento a 14 de outubro de 1623 e lecionou como professor substituto na Universidade de Coimbra. Foi Colegial na Colegiada de S. Paulo em 9 de abril de 1624 (Memória: p. 138). Deputado da Relação do Fisco de Coimbra, Desembargador da Relação do Porto e da Casa da Suplicação e dos Agravos, Juiz dos Feitos da Coroa, Conselheiro e Procurador da Real Fazenda, por questões não bem claras (TINOCO: p. 614), foi enviado para Castelo Branco, segundo se julga, por ter incorrido no desagrado das Cortes (TINOCO: p. 614). Depois de Castelo Branco passou para Madrid onde advogou. Mais tarde, por determinação de Filipe III, foi para o Algarve com a missão de tentar impedir uma revolta contra o domínio castelhano. Com a independência de Portugal, em 1640, foi nomeado Secretário de Estado em 1643 (ERICEIRA, T. I), mantendo-se no cargo durante a regência de D. Luísa de Gusmão até subir D. Afonso VI ao trono. Assinou a providência régia em que se “tomou” a Imaculada Conceição como padroeira e defensora do reino, em 1646. Em 1660 foi afastado do cargo, pensa-se que por questões políticas, sendo deportado para Évora e mais tarde para Ourém. É, em 1667, novamente secretário de Estado no reinado de D. Pedro II. Foi em ministro plenipotenciário para a conclusão da paz entre Portugal e a Espanha em 1668. Após enviuvar e refeita a paz no país assim como retomadas as relações com a Santa Sé, D. Pedro Vieira da Silva talvez tenha considerado que tendo contribuído bastante para a política nacional era altura de se “virar para dentro” pelo que professou, sendo ordenado presbítero. Mais tarde o poder político apresenta-o para a Mitra leiriense a 28 de setembro de 1668, confirmando-o o Papa a 11 de maio de 1670 e tomando posse a 22 de abril de 1671, já com 73 anos de idade. D. Pedro Vieira da Silva foi responsável pela construção (Cadernos, p. 309) do Convento dos Capuchos em Leiria, ainda como secretário de Estado, e fundador do Seminário Diocesano, já nas funções de Bispo da Diocese de Leiria. Em 19 de outubro de 1673 autorizou os Agostinhos Descalços a fun254

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Santo António dos Capuchos enquanto hospital militar

darem um convento na ermida do Bom Jesus na vila de Porto de Mós que lhes tinha sido doada pela Misericórdia daquela vila. Deixou imensos manuscritos (TINOCO: p. 614 a 616), alguns deles verdadeiros testemunhos da vida conturbada que se vivia em Portugal em pleno século XVII. D. Pedro Vieira da Silva faleceu, na cidade de Leiria, a 12 de setembro de 1676 e foi sepultado no convento de Santo António dos Capuchos da Província da Arrábida, em Leiria. Em 1864 os seus restos mortais foram tras-

Placa tumular de D. Pedro Vieira da Silva na Sé de Leiria

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ladados para o cemitério da Sé de Leiria e já em pleno século XX, em 1907, foram novamente transladados para o interior da Sé de Leiria. III – A genealogia de D. Pedro Vieira da Silva O antepassado mais longínquo de D. Pedro Vieira da Silva que conhecemos é o seu penta-avô, Diogo Dias Preto, do qual pouco se sabe além de com quem se casou. Concordamos com QUEIROZ (p. 454) quando ele afirma, que há ainda muito a esclarecer sobre as origens desta família Preto. O seu neto Diogo Gil Preto parece ser quem fundou a Capelinha da Senhora do Monte (GAIO: Título de Pretos, § 1) num local conhecido popularmente como Pé-da-Cabeça-do-Bom-Dia, a nascente do lugar da Abadia, na freguesia das Cortes, concelho de Leiria, podendo ler-se na legenda que sobrepuja a porta principal: «Esta casa mandou fazer Diogo Gil por sua devoção a onra.d.Nosa.S 1550» A capela é muito simples, com um alpendre. Numa das fachadas laterais tem uma placa que presta homenagem aos soldados da freguesia que com-

Capelinha de Nossa Senhora do Monte

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bateram na Grande Guerra. A imagem da padroeira foi roubada em 1991, sendo substituída por uma escultura de Fernando Marques. A genealogia de D. Pedro Vieira da Silva, que apresentamos, quer a dos seus ascendentes, quer a dos seus descendentes, foi naturalmente construída a partir da consulta a inúmera documentação e a muitas publicações e estudos. Tivemos o cuidado de procurar indicar todas as fontes consultadas. Naqueles tempos as famílias eram numerosas pelo que temos a certeza que não devemos ter conseguido obter a indicação de todos os filhos pois muitas vezes deles não se encontra notícia. A representação adotada é a de Jacques d’Abovile desenvolvida por ele em 1940 (HENRY): IV – A descendência de Diogo Dias Preto, penta avô de D. Pedro Vieira da Silva I. Diogo Dias1 Preto (COSTA: V. III, p. 68) casou com Mécia Lopes. Frei José de Jesus Maria em “Espelho de Penitentes e Crónica de Santa Maria da Arrábida” publicado em 1737, no capítulo XIV – Fundação do Convento de Santo António na cidade de Leiria, escreve que Diogo Dias Preto e sua mulher D. Mécia Lopes, eram já, no tempo d’El-Rei D. João I, venerados por muito nobres em Leiria (Cadernos: p. 209). 1. Gaspar Dias2 Preto, filho de Diogo Dias Preto e de Mécia Lopes, viveu em Leiria, casou com Catarina de Lemos (Nobiliário Queiroz), filha de Pedro de Lemos, fidalgo da casa do Infante D. Pedro, o de Alfarrobeira, falecido em 1449 (GOMES: nota 30, p. 27) e de Teresa Gomes da Silva (irmã de Isabel Lemos, dama da casa da infanta D. Isabel mulher do infante D. Pedro, filho de D. João I), casou com Lopo Peixoto, cevadeiro-mor de D. Afonso V. Foi a Lopo Peixoto e a Isabel de Lemos que Catarina de Castro, condessa de Loulé, filha mais nova de D. Fernando I (1403-1478), 2º duque de Bragança e de Dona Joana de Castro (1410-1479), casada ou prometida em casamento a D. João Coutinho (1450-1471), conde de Loulé e Marialva, (falecido na tomada de Arzila, a 24 de agosto de 1471, acompanhando D. Afonso V), comprou a propriedade onde veio mandar edificar o Convento de Sant’Ana de Leiria, sob a observância da Ordem de S. Domingos (GOMES: nota 30, p. 27).

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1.1 Diogo Gil3 Preto, filho de Gaspar Dias Preto e de Catarina de Lemos, foi tesoureiro da casa de Ceuta. Parece mas outra versão é-nos contada por Fr. Agostinho de Santa Maria (MARIA: 344 a 346) que foi fundador da capela da Senhora do Monte (Nobiliário Queiroz) «que teve problemas involuntários em contas prestadas e que, retirando-se para Leiria, prometeu «edificar uma ermida no monte mais alto do termo daquela Cidade» se, julgado o seu processo, as contas se ajustassem.» (GAIO: Títulos dos Pretos, § 4). Como é sabido, a legenda que sobrepuja a porta daquela ermida confirma que foi seu fundador justamente Diogo Gil, embora não refira o apelido Preto. Instituidor do morgado da Cruz da Areia (QUEIROZ: p. 454) em Leiria, de que é cabeça a capela de Nª Srª da Apresentação do Convento de São Francisco da dita cidade, onde estão sepultados muitos dos seus descendentes (COSTA: V. III, p. 68). Casou com Ana da Guerra natural de Leiria (Nobiliário Queiroz), filha de Fernão da Guerra (GAIO: V. III, p. 68), comendador de Pinhel. 1.1.1 Gaspar Dias4 Preto, ou Gaspar Dias da Guerra, filho de Diogo Gil Preto e de Ana da Guerra, nasceu na Redinha. Casou com sua prima Isabel da Guerra, senhora da Torre e Quinta do Alvorge, em Coimbra, filha de Álvaro Pires de Távora, 2.º senhor de Mogadouro e de Inês da Guerra irmã de sua mãe, e herdeira de seu avô materno Pedro da Guerra, bisneto do infante D. João, duque de Valência de Campos (filho de D. Pedro I e de Dona Inês de Castro) e de Teresa Andeiro. Esta era filha de Juan Fernandes Andeiro, 2º conde de Ourém, o que foi morto pelo Mestre de Avis, e de Maior Fernandes de Moscovo. 1.1.1.1 Lourenço Dias5 Preto, filho de Gaspar Dias Preto e de Isabel da Guerra, conhecido igualmente como Lourenço Dias da Guerra, casou com Maria Rebelo, dos Rebelo do Porto (COSTA: V. III, p. 68), filha de António Rebelo, “cidadão de Leiria” (Nobiliário Queiroz) e de Camila de Moura, faleceu em agosto de 1577 (Inquirições). Foi vereador da Câmara Municipal de Leiria em 1597 (POUSÃO-SMITH: V. I, p. 268). Casou em segundas núpcias com a cristã-nova Ana Soares (QUEIROZ: p. 455). Teve delas: 1.1.1.1.1 Belchior Dias6 Preto, filho de Lourenço Dias Preto e de Maria Rebelo, colegial de S. Pedro (MORAIS), ou de São Paulo segundo o Felgueiras Gaio, Desembargador do Paço, Desembargador da Relação do Porto e da Casa da Suplicação, Inquisidor na Índia, Deputado da Mesa da Consciência 258

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e instituidor do Morgado de Majões (QUEIROZ; V. I, p. 455). Casou com Ana Negreiros e teve (GAIO: Titulo de Pretos § 1): 1.1.1.1.1.1 Lourenço Dias7 Preto, filho de Belchior Dias Preto e de Ana Negreiros, sucedeu em um Morgado que seu pai lhe instituiu nos Majões (MORAIS: V. III), «não casou mas teve bastarda Maria, ou casou, e anulou-se o matrimónio por ser incapaz e passou o Morgado a seu primo Pedro Vieira da Silva.» 1.1.1.1.1.1.1 Maria Dias8 Preto, filha bastarda de Lourenço Dias Preto, casou com Francisco Cardoso Montalvão (MORAIS: V. III, p. 457) sobrinho de um inquisidor, sem geração (MORAIS: T. II, V. 2, p. 346). 1.1.1.1.2 Gaspar Rebelo da6 Guerra, filho de Lourenço Dias Preto e de Maria Rebelo, igualmente conhecido como Gaspar Rebelo da Guerra Dias Preto (QUEIROZ: V. I, p. 453), ou Gaspar Rebelo (POUSÃO-SMITH: V. I, p. 95), nasceu por volta de 1555 em Leiria sendo o filho herdeiro. Viveu em Leiria e foi Juiz dos Órfãos de Propriedade. Seguiu o partido de D. António Prior do Crato com quem esteve na batalha de Alcântara, sendo capitão de infantaria, e nela foi preso e maltratado porque tendo à sua guarda a fortaleza de S. Lourenço da Cabeça Seca, ou do Bugio (começada a erguer em 1598) no Tejo, não a quis entregar nem receber cartas do rei de Castela (GAIO: Titulo de Pretos, § 4). Segundo Alão serviu de Meirinho em Leiria. Foi ainda capitão-mor de Leiria (Genealogias Manuscritas: p. 149). Foi vereador da CMLeiria em 1611 e 1612 (POUSÃO-SMITH: V. I, p. 268). O Bispo de Leiria, D. Martim Afonso Mexia, classificava-o como “tosco”, e “de fraco estofo” e de “gente mal entendida”!. (POUSÃO-SMITH: V. I, 276 e QUEIROZ: V. I, p. 455). Casou com Clemência Vieira da Silva, filha de Pedro Vieira da Silva e neta paterna de Clemente Vieira, senhor da Quinta do Ribeiro (GAIO: Titulo dos Vieiras, § 19 e § 106), e de Vitória Tagarro, de Coimbra. Esta era filha de Gaspar Dias Tagarro, vereador da Câmara de Coimbra. 1.1.1.1.2.1 Vitória7, filha de Gaspar Rebelo da Guerra e de Clemência Vieira da Silva, foi freira no Convento de Sant’Ana de Coimbra (QUEIROZ; V. I, p. 457). 1.1.1.1.2.2 D. Pedro7 Vieira da Silva, filho de Gaspar Rebelo da Guerra e de Clemência Vieira da Silva, bispo de Leiria entre 1670 a 1676, nasceu a 259

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15 de setembro de 1598 em Leiria, batizado a 23 de setembro de 1598 na Sé de Leiria (Cadernos: p. 209), vem a falecer a 12 de setembro de 1676 em Leiria, com 77 anos. Fez os primeiros estudos em Leiria (ZÚQUETE: p. 201 a 212), tendo-se doutorado em Leis pela Universidade de Coimbra a 14 de outubro de 1623, e aí lecionou como professor substituto. Já depois de viúvo foi ordenado presbítero e apresentado para a mitra de Leiria a 28 de setembro de 1668, confirmado pelo papa Clemente X a 11 de maio de 1670, tomando posse a 22 de abril de 1671, já com 73 anos de idade. Em 1671 mandou construir o seminário de Leiria. Neste seminário

Cruz peitoral de D. Pedro Vieira da Silva na posse dos seus descendentes

Brasão de D. Pedro Vieira da Silva, colocado no séc. XIX no edifício do antigo Seminário em Leiria

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episcopal existe um brasão atribuído a D. Pedro Vieira da Silva que, colocado no século XIX, apresenta erros, como afirma Zúquete. No ano seguinte, a 16 de Dezembro de 1671, entregou a sua direção à ordem de Santo Agostinho, da qual viria a ser provincial o seu filho António. Governou o bispado com a «prudência, de que era dotado, e toda lhe era necessária para domar a liberdade dos súbditos, que havia 30 anos viviam sem pastor». Afonso Zúquete publicou uma boa biografia deste bispo (pp. 201-212). Casou com Leonor de Távora, filha de Martim de Távora e Noronha e de Maria (e Ana) Leme (2.º casamento, dado que Leonor de Noronha tinha enviuvado de João Rodrigues Novais, s.g., em 1 de janeiro de 1631) (FREITAS: V. VIII, p. 225) que vem a falecer em 1658 (CADERNOS: p. 209). 1.1.1.1.2.2.1 Gaspar8 Vieira da Silva, filho de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, foi batizado a 7 de abril de 1635 em Santa Marinha (V. N. de Gaia) comendador de Sta. Maria de Lamide (COSTA: V. III, p. 65) ou de Cadima (MORAIS: T. III, V. 2, p. 344) na Ordem de Cristo, de Moios da Brás, Palha e do Forno da Porta Nova na Ordem de Santiago (SOUSA, Liv. XIII, p. 143). Casou com Filipa Coutinho de Menezes, filha de António José de Almada e Melo e de Úrsula de Vasconcelos, c. g. (COSTA: T. III, p. 96) (GAIO: Titulo de Pretos § 4) e (Genealogias Manuscritas), ou Úrsula de Vilhena segundo Felgueiras Gaio. Ela, depois de viúva, recolheu ao mosteiro da Encarnação (Lisboa) onde fez testamento a 26 de junho de 1696. Ela faleceu em 1714, em Lisboa (FREITAS: V. VIII, p. 225). 1.1.1.1.2.2.1.1 Pedro Vieira da Silva e9 Melo, filho de Gaspar Vieira da Silva e de Filipa Coutinho de Menezes, foi batizado a 1 de março de 1659, foi senhor de Ansiães. Casou com Catarina Josefa da Silva, filha de Fernão Teles de Menezes e Beja e de Ana Maria (ou Mariana) de Castro. «Depois de terem Gaspar Vieira da Silva e outros filhos se apartaram e de comum consentimento se fez ele clérigo e ela freira nas Descalças de S. Bernardo no Convento de N. Sr.ª da Nazaré do Mocambo [da ordem de São Bernardo], a 18 de fevereiro de 1704 (SOUSA: L. XIII, p. 144), onde se passou a chamar de Catarina de Cristo.» Ele faleceu a 28 de março de 1744. 1.1.1.1.2.2.1.1.1 Gaspar Vieira10 da Silva, filho de Gaspar Vieira da Silva e de Filipa Coutinho de Menezes, foi tenente de Mar e Guerra e morreu sem sucessão a 22 de maio de 1726. 261

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1.1.1.1.2.2.1.1.2 Gonçalo Vieira Teles10 da Silva, filho de Gaspar Vieira da Silva e de Filipa Coutinho de Menezes, nasceu a 20 de Maio de 1694 e por morte de seu irmão sucedeu na casa de seu pai. Licenciou-se em Direito, foi beneficiado de Santa Eulália do Sardoal (SOUSA: L. XIII, p. 144). Casou-se com Iria Luísa Baptista, segundo Gaio filha de um seu caseiro, António Mendes da Silva e de sua mulher Maria da Luz. Teve um filho de nome Pedro Vieira da Silva Brás Teles de Menezes Preto Feo de Melo Coelho de Miranda Lobo (FREITAS: V. VIII, p. 227) nascido a 3 de maio de 1746 e falecido a 10 de dezembro de 1822 e duas filhas: Ana Filipa, nascida a 29 de Julho de 1749, prelada no Convento de Santos e Maria Catarina, nascida a 4 de maio de 1745, moça de coro no Real Convento de Santos 1.1.1.1.2.2.1.1.3 Francisco Vieira10 da Silva Lobo, filho de Gaspar Vieira da Silva e de Filipa Coutinho de Menezes, nasceu a 18 de Outubro de 1699 1.1.1.1.2.2.1.1.4 Manuel de10 Távora, filho de Gaspar Vieira da Silva e de Filipa Coutinho de Menezes, nasceu a 4 de janeiro de 1700, cavaleiro da Ordem de Malta. Comendador de Torres Novas, de Torres Vedras e do Landal, Recebedor e Procurador-Geral da Ordem de Malta, em Lisboa. Copeiro-mor do Príncipe Grão Mestre da Ordem de Malta. 1.1.1.1.2.2.1.1.5 Ana Maria de10 Jesus, filho de Gaspar Vieira da Silva e de Filipa Coutinho de Menezes, que conjuntamente com sua mãe entrou como religiosa no Mosteiro de Nossa Senhora da Nazaré de religiosas reformadas da Ordem de S. Bernardo (SOUSA: L. XIII, p. 144), tendo falecido a 8 de maio de 1717. 1.1.1.1.2.2.2 Martim de Távora e8 Noronha, filho segundo de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, secretário de Estado de D. Pedro II, recebedor dos Prestimónios de S. Salvador de Mourojusa e sua anexa no concelho de Valadares, senhor do Paço de Molelos pelo casamento com Ana de Tovar, senhora do morgado de Tovar e das honras de Molelos e Botulho (e Nandufe). Comendador de S. Maria da Trave da Ordem de Cristo. Casou com Ana Maria de Tovar, filha de Diogo de Tovar e de Mécia de Sousa, tiveram (SOUSA: L. XVI, p. 342). 1.1.1.1.2.2.2.1 Maria de9 Tovar, filha de Martim de Távora e Noronha e de Ana Maria de Tovar, batizada em março de 1642, em Molelos (Tondela), 262

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freira em Santa Mónica de Lisboa, que pertencia à Ordem das Agostinhas Calçadas e estava situado na freguesia de São Vicente. 1.1.1.1.2.2.2.2 Marinha de9 Tovar, filha de Martim de Távora e Noronha e de Ana Maria de Tovar, freira no Convento da Encarnação da Ordem de São Bento de Avis, que abrigava as Comendadeiras da referida Ordem. 1.1.1.1.2.2.2.3 Joana de9 Tovar, filha de Martim de Távora e Noronha e de Ana Maria de Tovar, freira na Encarnação da Ordem de São Bento de Avis. 1.1.1.1.2.2.2.4 Leonor Catarina de Tovar e9 Noronha, filha de Martim de Távora e Noronha e de Ana Maria de Tovar, batizada a 9 de abril de 1647, senhora da Honra de Molelos e Botulho, casou com seu tio Jerónimo de Távora e Noronha ou Jerónimo Vieira da Silva (COSTA: V. III, pag 69), filho de D. Pedro Vieira da Silva, secretário de Estado e depois bispo de Leiria e de Leonor de Távora (SOUSA: Liv XVI, p. 342). 1.1.1.1.2.2.2.4.1 Diogo Vieira da Silva de10 Tovar, filho de Jerónimo de Távora e Noronha e de Leonor Catarina de Tovar e Noronha, nasceu em 1668 e foi batizado na freguesia de Santa Iria da Azoia a 11 de Abril na sua Quinta de Majões. Foi senhor da Honra de Molelos, comendador dos Prestimónios de Santa Maria da Ermida e Baltar da Ordem de Cristo. Faleceu na sua Quinta de Molelos a 6 de julho de 1742, havendo sido casado com Catarina Maria Vicência da Silva de quem teve geração (FREITAS: V. VIII, p. 229 e seguintes). 1.1.1.1.2.2.2.4.2 Maria de10 Melo, filha de Jerónimo de Távora e Noronha e de Leonor Catarina de Tovar e Noronha, freira em Santa Mónica de Lisboa. 1.1.1.1.2.2.2.4.3 Ana de10 Tovar, filha de Jerónimo de Távora e Noronha e de Leonor Catarina de Tovar e Noronha, recolhida na Encarnação de Lisboa. 1.1.1.1.2.2.2.4.4 Francisca de10 Tovar, filha de Jerónimo de Távora e Noronha e de Leonor Catarina de Tovar e Noronha, recolhida na Encarnação de Lisboa. 1.1.1.1.2.2.3 Francisca8, filha de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, freira em Santa Mónica de Lisboa (Genealogias Manuscritas).

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1.1.1.1.2.2.4 Maria8, filha de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, freira em Santa Mónica de Lisboa (Genealogias Manuscritas). 1.1.1.1.2.2.5 Clemência8, filha de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, freira em Santa Mónica de Lisboa (Genealogias Manuscritas). 1.1.1.1.2.2.6 Joana8 Silva, filha de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, freira em Santa Mónica de Lisboa (Genealogias Manuscritas). 1.1.1.1.2.2.7 Belchior Dias8 Preto, filho de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, colegial e depois reitor do Colégio de São Paulo da Universidade de Coimbra no ano de 1668 (Cadernos: p. 210). Chantre da Colegiada de Ourém. Faleceu a 7 de setembro de 1676 em Lisboa (QUEIROZ: V. I, p. 459), cinco dias antes da morte de seu pai (CONCEIÇÃO: T. 5, p. 17). 1.1.1.1.2.2.8 Pe. Luís8 Vieira da Silva, filho de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, fidalgo Capelão da Casa Real. Nasceu em Lisboa, estudou direito pontifício na Universidade de Coimbra onde se doutorou. Colegial do Colégio de São Pedro, admitido a 26 de fevereiro de 1662. Foi cónego da Sé de Évora e Arcediago do Lavre, deputado do Santo Ofício e da Mesa da Consciência, “grande letrado, discreto e cortesão”, recusou o bispado de Portalegre em 1705. «Mereceu distinta admiração de toda a nobreza consultando-o nos momentos mais graves, cujo voto era venerado como decisão por ser estabelecido em profunda literatura, e consciência timorata. Regulava com tão escrupulosa advertência as suas ações se serviam de claros espelhos aos eclesiásticos para comporem perfeitamente as vidas. Sem detrimento da gravidade era sumamente agradável a sua conversação em que muitas vezes com descrição jovial increpava alguns abusos que a política menos cristã tinha introduzido na corte. Resoluto em interpor algum tempo entre a vida, e a morte, se recolheu a sua casa onde abstraído do comércio humano dividia as horas do dia, e noite em devotos exercícios que lhe alcançaram o prémio eterno em o primeiro de Janeiro de 1725. Sendo muito versado na história portuguesa alcançou pela sua incansável investigação a maior notícia das famílias ilustres de Portugal composto em vários tomos com elegante estilo» (MACHADO: V. III, p. 157). Faleceu a 1 de janeiro de 1725. 1.1.1.1.2.2.9 Frei Tomás de8 Távora, filho de Pedro Vieira da Silva e de 264

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Leonor de Távora, religioso Bernardo (MORAIS). Foi conhecido igualmente como Tomás da Silva. 1.1.1.1.2.2.10 Jerónimo de Távora e8 Noronha, filho de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, comendador da Ordem de Cristo, capitão de cavalos, 8º senhor das honras de Molelos e Botulho por casamento com sua sobrinha, D. Leonor Catarina de Tovar e Noronha, batizada a 9 de abril de 1647, filha de seu irmão Martim de Távora e Noronha e de Ana Maria de Tovar. Foi apoiante de D. António Prior do Crato. Esteve muitos anos fugido em Castela por ter morto António Cabral de Barros corregedor do Crime do bairro de S. Paulo (Nobiliário de Queiroz, V. 21, Titulo Pretos, f. 226). Foi igualmente conhecido como Jerónimo Vieira da Silva (GAIO: Titulo de Pretos, § 4) (ver os descendentes acima) 1.1.1.1.2.2.10.1 Diogo Vieira da9 Silva (ver acima 1.1.1.1.2.2.2.4.1) 1.1.1.1.2.2.10.2 Maria9 (ver acima 1.1.1.1.2.2.2.4.2) 1.1.1.1.2.2.10.3 Ana de10 Tovar (ver acima 1.1.1.1.2.2.2.4.3) 1.1.1.1.2.2.10.4 Francisca de10 Tovar (ver acima 1.1.1.1.2.2.2.4.4) 1.1.1.1.2.2.11 Filipe de Távora e8 Noronha, filho de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, morador e fidalgo da Casa Real, general de Galés, Bailio de Leça na ordem de Malta (QUEIROZ: V. I, p. 453), Conselheiro d’El-Rei, Comendador de Rossas e Oleiros, falecido a 24 de agosto de 1715 em La Valetta (Malta) 1.1.1.1.2.2.12 Frei António do Sacramento ou de8 Távora, filho de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, nasceu em Santa Marinha, Lisboa. Cavaleiro na Ordem de Cristo, professou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho a 8 de maio de 1661. Prior do Mosteiro de Santo Agostinho em Leiria a 24 de janeiro de 1676 (GONÇALVES: p. 113). Foi eleito Provincial dos Agostinhos a 1 de maio de 1700 pelo Papa Clemente XI (AZEVEDO). Faleceu a 19 de maio de 1711 no convento da Graça. Foi mais tarde transladado para o Convento dos Capuchos de Leiria (CADERNOS: p. 210).

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1.1.1.1.2.2.13 Francisco Vieira da Silva de8 Araújo, filho de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, escudeiro fidalgo e cavaleiro fidalgo com 900 reis de moradia, serviu na Índia onde foi armado Cavaleiro por alvará de 14 de março de 1642 (FREITAS: V. VIII, p. 226). 1.1.1.1.2.2.14 Frei Gaspar de8 S. José, filho de Pedro Vieira da Silva e de Leonor de Távora, “que no mundo se chamava” Gaspar Dias da Guerra, aos 18 anos de idade professa na Ordem dos Carmelitas Descalços a 27 de janeiro de 1619 tendo tomado o hábito a 23 de Janeiro do ano precedente (Códice n.º 8930). 1.1.1.1.2.3 Dr. Belchior Dias7 Preto, filho de Gaspar Rebelo da Guerra e de Clemência Vieira da Silva, Moço-Fidalgo da Casa Real, Juiz dos Órfãos de Leiria, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Deão em Leiria (Nobiliário de Queiroz, V. 21, Título Pretos, f. 223), Inquisidor de Lisboa, “primeira cadeira” da Inquisição de Évora e cónego da Sé de Évora. Nasceu por volta de 1600. 1.1.1.1.2.4 Maria Rebelo da7 Silva, filho de Gaspar Rebelo da Guerra e de Clemência Vieira da Silva, casou com António Vaz de Castelo-Branco de Leiria (COSTA: V. III, p. 73), 4º senhor do prazo do Lagar d’El-Rei, em Leiria (hoje é a chamada Prisão-Escola de Leiria e anteriormente uma quinta do Visconde S. Sebastião), juiz dos Órfãos de Leiria, etc. Conhecida igualmente por Maria Rebelo. Nasceu por volta de 1605, em Leiria. 1.1.1.1.2.4.1 Joana de8 Valadares, ou Joana da Silva ou ainda Joana de Santa Teresa, filha de Maria Rebelo e de António Vaz de Castelo-Branco. Casou com seu primo Felix da Silva, filho de Jorge da Silva Costa, da Casa do Terreiro de Leiria, e de Brites de Sousa, neto paterno de Pedro da Silva e Gregória Veloso, neto materno de Álvaro de Sousa, 6º senhor do Guardão e de Antónia de Sousa (que era filha de António Vaz de Castelo Branco, 2º senhor do Largar d’El-Rei e de Ana de Sousa) que faleceu por volta de 1660. Em 2 de outubro de 1663 era Prioresa no Convento de Sant’Ana de Leiria e posteriormente a partir de 1672 tinha o cargo de Depositária (TRINDADE: p. 319). 1.1.1.1.2.4.2 Heitor Vaz de8 Castelo-Branco (QUEIROZ: V. I, p. 453), filho de Maria Rebelo e de António Vaz de Castelo-Branco casou com Luísa Maria da Silva Athayde, filha de Luís da Silva da Costa, guarda-mor dos Pinhais de Leiria. Juiz dos Órfãos de Leiria, procurador por Leiria às Cortes, 266

D. Pedro Vieira da Silva, bispo de LeiriaLeirienses (1670–1676) Cadernos de Estudos –3

Comendador de Santa Marinha de Caminha na Ordem de Cristo e 6º senhor do prazo do Lagar d’El-Rei (quinta que foi do Visconde de S. Sebastião e hoje é a chamada Prisão-Escola de Leiria). Nasceu por volta de 1622 e vem a falecer com cerca de 40 anos, c. g. (QUEIROZ: V. I, p. 453). 1.1.1.1.2.4.3 José de Sousa de8 Castelo-Branco, filho de Maria Rebelo e de António Vaz de Castelo-Branco, membro do Conselho de Sua Majestade e da Fazenda, Chanceler das três ordens militares, Desembargador da Casa da Suplicação, Fidalgo-Cavaleiro da Casa Real, Familiar do Santo Ofício, Comendador de Vila Franca na Ordem de Cristo e 11º senhor do Guardão. Nasceu em Leiria a 18 de março de 1624 e vem a falecer em Lisboa a 10 de dezembro de 1701, c.g. 1.1.1.1.3 Maria6 Rebelo, filha de Lourenço Dias Preto e de Maria Rebelo, casada com o Dr. António Gomes Rodovalho conselheiro da Casa da Suplicação, s. g. (Nobiliário de Queiroz, V. 21, Titulo Pretos, f. 221v). 1.1.1.1.4 Jerónima Soares da6 Guerra, filha de Lourenço Dias Preto e de Ana Soares, casou com Sebastião Gomes de Abreu, de Pombal. 1.1.1.1.4.1 Luísa7 Guerra, filha de Jerónima Soares da Guerra e de Sebastião Gomes de Abreu, casou, em 1630, com João Rodrigues de Figueiredo, capitão-mor em Alforge e senhor da casa dos Figueiredos em Condeixa. Instituiu em testamento de 20 de junho de 1658 o vínculo dos Guerras na Torre e quinta da Ladeia no Alvorge. 1.1.1.1.4.1.1 João António Figueiredo da8 Guerra, filho de Luísa Guerra e de João Rodrigues de Figueiredo. Desconhece-se com quem casou. Faleceu a 7 de agosto de 1731. 1.1.1.1.4.1.1.1 Manuel Rodrigues de9 Figueiredo, filho de João António Figueiredo, casou com Esperança Maria de Campos. Opositor na Faculdade de Cânones em 1680. Desembargador da Relação do Porto em 1726. 1.1.1.1.4.1.1.1.1 Teotónio Valério de10 Figueiredo, filho de Manuel Rodrigues de Figueiredo e de Esperança Maria de Campos, casa-se com Catarina Eufrásia Luisa de Sousa, c. g. 267

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1.1.1.1.4.1.2 José Figueiredo da8 Guerra, filho de Luísa Guerra e de João Rodrigues de Figueiredo. 1.1.1.1.4.1.3 Pedro Figueiredo da8 Guerra, filho de Luísa Guerra e de João Rodrigues de Figueiredo, nasceu a 7 de fevereiro de 1634. Capitão-mor em Alforge, senhor do morgado do Alforge, cavaleiro professo na Ordem de Cristo e fidalgo da casa do duque de Bragança. Casou com Filipa Carneiro Sottomaior a 20 de janeiro de 1670 em Alvorge, Ansião, Leiria, c. g. 1.1.1.1.4.1.4 Paula8 filha de Luísa Guerra e de João Rodrigues de Figueiredo, nasceu a 29 de setembro de 1636. 1.1.1.1.4.1.5 Leonor8 filha de Luísa Guerra e de João Rodrigues de Figueiredo, nasceu a 16 de julho de 1641. 1.1.1.1.4.1.6 Jerónima8, filha de Luísa Guerra e de João Rodrigues de Figueiredo, foi batizada em 1643. 1.1.1.1.4.2 Vitória7 Guerra, filha de Jerónima Soares da Guerra e de Sebastião Gomes de Abreu, freira no Mosteiro de Sant’Ana de Coimbra. 1.1.1.1.5 Manuel Soares6 Guerra, filho de Lourenço Dias Preto e de Ana Soares (Nobiliário de Queiroz, V. 21, Titulo Pretos, f. 221v), casou com Vicência Rodolfo, filha de Jerónimo Borges e de Luísa Rodolfo de Coimbra. Foi escrivão em Leiria. Pousão-Smith dá-o como filho de Ana Soares e de Gaspar Rebelo da Guerra (POUSÃO-SMITH: V. I, p. 211 e 334-335). 1.1.1.1.5.1 Manuel Coutinho de7 Brito, filho de Manuel Soares da Guerra e de Vivencia Rodolfo, viveu em Leiria. Casou com Lucrécia de Lacerda, filha de Manuel da Guerra Freire e de Isabel de Mesquita, da Batalha (Nobiliário de Queiroz, V. 21, Titulo Pretos, f. 228v). 1.1.1.1.5.1.1 Manuel Coutinho8 Rodolfo, filho de Manuel Coutinho de Brito e de Lucrécia de Lacerda. 1.1.1.1.5.1.2 Vicência8 Rodolfo, filho de Manuel Coutinho de Brito e de Lucrécia de Lacerda. 268

D. Pedro Vieira da Silva, bispo de LeiriaLeirienses (1670–1676) Cadernos de Estudos –3

1.1.1.1.5.1.3 Isabel Teresa de8 Vasconcelos, filho de Manuel Coutinho de Brito e de Lucrécia de Lacerda. 1.1.1.1.5.1.4 Maria8 Coutinho, filha de Manuel Coutinho de Brito e de Lucrécia de Lacerda. 1.1.1.1.5.1.5 Joana8 Coutinho ou de Lacerda, filha de Manuel Coutinho de Brito e de Lucrécia de Lacerda. 1.1.1.1.5.2 Jerónimo Borges7 Coutinho, filha de Manuel Soares da Guerra e de Vivencia Rodolfo. 1.1.1.1.5.3 Jerónima7, filha de Manuel Soares da Guerra e de Vivencia Rodolfo. 1.1.1.1.6 Frei João6, filho de Lourenço Dias Preto e de Ana Soares, frade de S. Francisco, “de grande autoridade foi confessor do Duque de Parma, no tempo de seu governo” (Nobiliário de Queiroz, V. 21, Titulo Pretos, f. 221v). 1.1.1.2 André Dias5 Preto, filho de Gaspar Dias Preto e de Isabel da Guerra, viveu em Leiria, casou com Maria “Bispo” de Barros, natural de Braga segundo Gaio, sobrinha de Fr. Brás de Barros, 1º bispo de Leiria, filha de João de Barros e de sua mulher Inês Vaz. Tabelião, “homem principal da terra” e “honrado escrivão” (QUEIROZ: V. I, p. 454). 1.1.1.2.1 Luís de Araújo e6 Barros, filho de André Dias Preto e de Maria de Barros, nascido em Leiria por volta de 1560, o qual foi Colegial de São Paulo e depois Corregedor da Corte e Desembargador do Paço. Este Luís Araújo e Barros era sobrinho de um outro, com o mesmo nome, Deão da Sé de Leiria e Governador do Bispado durante o período em que D. Frei Gaspar do Casal se ausentou para participar no Concílio de Trento (QUEIROZ: V, I, p. 455). Casou com Jerónima Bezerra mas não teve geração. Deixou “sua fazenda vinculada em morgadio” que passa para um seu sobrinho (Nobiliário de Queiroz, vol. 21, Titulo Pretos, f. 230v) 1.2 Belchior Dias3 Preto, filho de Gaspar Dias Preto e de Catarina de Lemos, cónego em Évora (Nobiliário de Queiroz, vol. 21, Titulo Pretos, f. 221). 269

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Bibliografia – AZEVEDO, Carlos A. Moreira – Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho de Portugal, 1254 – 1834. Porto: Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa, 2011. – Cadernos de Estudos Leirienses, n.º 1. Textiverso: Leiria, maio 2014. – Códice nº 8930 - BNP, secção de reservados, coleção fundo geral, fólio 214, Livro 1.º dos noviços e professos desta Província de S. Filipe dos Carmelitas Descalços de Portugal. – CONCEIÇÃO, Frei Cláudio da – Gabinete Histórico […]. Lisboa, Imp. Régia. – COSTA, Pe. António Carvalho da – Corografia Portuguesa. Braga: Tip Domingos Gonçalves Gouveia, 1869, 2.ª edição. – ERICEIRA, Conde de – História de Portugal Restaurado. Porto: Liv. Civilização, 1947. – FREITAS, Eugénio et all – Carvalhos de Basto – descendência de Martim Pires Carvalho, cavaleiro de Basto. Porto: 1998. – GAIO, Manuel José da Costa Felgueiras – Nobiliário de famílias de Portugal. Braga: Carvalho de Basto, 1989. – Genealogias Manuscritas por Manuel Alves Pedrosa. Bib. da Ajuda, Ms, 49-XIII, Tomo VI, fls 265269 (Pretos e Vieiras da Silva de Leiria). – GOMES, Saul António – Notícias e Memórias Paroquiais Setecentistas – Leiria. Coimbra: Palimage, 2009. – GONÇALVES, Alda Sales Machado – Heráldica Leiriense. Leiria: C.M.L., 1992. – Inquirições do Real Colégio de S. Pedro de Coimbra, Arq. da Univ. de Coimbra, Cx 15, nº 2. – HENRY, Reginald Buchanan – Genealogies of the Families of the Presidents. Rutland, Vermont: The Tuttle Company, 1935. – LACERDA, Pe. José Ferreira de Lacerda – “D. Pedro Vieira da Silva”, in Echos do Lis, n.º 16. – MACHADO, Diogo Barbosa – Bibliotheca Lusitana. Lisboa: Atlântida Editora, 1752, Volume 3. – MARIA, Frei Agostinho de Santa Maria – Santuário Mariano e histórias das Imagens Milagrosas de Nossa Senhora… Lisboa: Oficina de António Pedroso Galram, 1711. – Professorvm vniversitatis conimbrigensis 1290 – 1772. Coimbra: Arquivo da Universidade, 2013. – MORAIS, Cristóvão Alão de – Pedatura Lusitana. Braga: Carvalhos de Basto, 1997, 2.ª edição. – Nobiliário de Queiroz, DGArq/TT vol. 21, Titulo Pretos. – POUSÃO-SMITH, Selma – Rodrigues Lobo, os Vila Real e a estratégia do Dissimulatio. Lisboa: Ed. do autor, 2008. – QUEIROZ, Francisco – A Casa do Terreiro: História da Família Ataíde em Leiria. Leiria: Fundação Caixa Agrícola de Leiria, 2010, Vol I, 1.ª edição. – SOUSA, António Caetano de – Historia genealógica da Casa Real Portugueza... Lisboa, 1735. – TINOCO, Agostinho Gomes – Dicionário de Autores do Distrito de Leiria. Leiria: Assembleia Distrital, 1979, (1.ª edição). – TRINDADE, Ana Rita de Palma – Dissertação de Mestrado – O Convento de Santana de Leiria: história, vivências e cultura material (cerâmicas dos seculos XVI a XVIII). Lisboa, FCSH da UNL, setembro de 2012. – ZÚQUETE, Afonso – Leiria. Subsídios para a história da sua diocese. Leiria: Folheto, 2013, 2.ª edição.

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