Relato científico GT - Linha 2 – Comunicação Popular e Comunitária e construção de uma nova hegemonia Dando a voz aos esquecidos pelos grandes veículos de comunicação
Wilian de Jesus Ferreira (Faculdades Secal)1 Luciane Silva Navarro (Faculdades Secal)2 A construção do conhecimento e disseminação de informação está cada dia mais centralizada nas mãos dos grandes grupos de comunicação, que produzem noticiários limitados por diversos fatores, como a publicidade, questões tecnológicas e falta de equipe. Muitos assuntos de interesse público acabam esquecidos por não se enquadrarem na política editorial do veículo. A comunicação comunitária surge na contramão dos monopólios comunicacionais e amplia suas possibilidades. No século XXI, com o advento da internet, que possibilita a presença de uma diversidade de atores e questões sociais, seja através das redes sociais ou mecanismos de reclamação nos websites. A interação nas redes sociais revela uma busca de soluções para problemas que chegam por reclamações diretas de usuário, seja pela menção ou através de sistemas de busca. No Brasil, prática comum no Twitter, são as insatisfações em relação as operadoras de telefonia móvel. Nem só de críticas aos serviços sobrevivem as redes sociais. Assuntos de alcance popular também são mencionados em postagens diversas. No Brasil, um acontecimento que tomou grandes proporções foram as manifestações em junho de 2013, em que diversos brasileiros saíram a rua criticando vários problemas do Brasil, mas esse poder de cobrar só acontece nas redes sociais? Existem emissoras de TV que mesmo online fazem trabalho relacionado a população sem palavra nos grandes veículos? Em Curitiba a voz a esta população é veiculada pela TV Comunitária CWB, que transmite pelo sistema de TV a cabo das operadoras NET e Vivo TV analógica para região de Curitiba e pela internet no site cwbtv.net, que fornece a população curitibana mais de 50 programas independentes com duração média de 30 minutos com temas sociais, culturais, educativos, políticos, sindicais, empresárias, esportivos, religiosos, uma gama imensa. Este trabalho de análise de conteúdo, de cunho quantitativo, tem como centro de observação a transmissão da programação da CWB na internet dos diversos programas, com observação da veiculação de conteúdo e alcance nas redes sociais como Twitter e Facebook como atualização e alcance real, disponibilização de conteúdo off-line e a situação na tecnologia móvel, que a cada dia cresce mais, em relação a disponibilização de aplicativos e versão do site para celulares. Como anexo da análise será Wilian de Jesus Ferreira – 3º Período Comunicação Social Hab. Em Jornalismo – Faculdades Secal Pesquisador CNPq Grupo de Mídias Digitais (GEMIDI) UEPG – Ponta Grossa – PR – e-mail:
[email protected] 2 Luciane Silva Navarro – Mestre em Linguagem, Identidade e Subjetividade – UEPG. Co-autora, orientadora – Faculdades Secal e-mail:
[email protected] 1
exposto aspectos editoriais, abertura ao público e sua relevância social a comunidade Curitibana. Também será descrito a temática de cada programa e horário de exibição contextualizando com o público que está assistindo, além da narração do fator TV comunitária e fazer comunitário na internet. Palavras-chave: comunitária, comunicação comunitária, internet, redes sociais; Knowledge creation and dissemination of information is each day more centralized in the hands of large media groups, producing newscasts limited by several factors, such as advertising, technology issues, and lack of team. Many matters of public interest eventually forgotten by do not meet the editorial policy of the vehicle. The Community Communication is a communicational against monopolies and expands your possibilities. In the 21th century, with the advent of the internet, which allows the presence of a diversity of actors and social issues, either through social networks or through complaint mechanisms in websites. The interaction in social networks shows a search for solutions to problems that come from direct user complaints, either by words or by search engines. In Brazil, a common practice on Twitter, are dissatisfactions regarding the mobile operators. Not only critical services to survive social networks. Range of popular subjects are also mentioned in several posts. In Brazil, an event that took large proportions were demonstrations in June 2013, where many Brazilians left the street criticizing many issues in Brazil, but this power to charge only happens in social networks? Exist TV stations even do online work related to population with no word on large vehicles? In Curitiba the voice to this population is makes by Community CWB TV, which broadcasts by cable system operators NET and Live TV for analog region of Curitiba and the internet site cwbtv.net, which provides curitibana population over 50 independent programs with an average duration of 30 minutes with social, cultural, educational, political, trade union, entrepreneurs, sports, religious, an immense gamma topics. This work content analysis, quantitative nature, is centered observation transmission the programming of CWB on the internet of the various programs, observing of transmitting of the content and scope of social networks like Twitter and Facebook to update and effective range, providing off-line content and the situation in the mobile technology, which grows more every day, for application availability and version of the mobile website. As attachment analysis will be exposed editorial aspects, opening to the public and its social relevance to Curitibana community. Also described will be the theme of each program and exhibition schedule with contextualizing the audience that is watching, beyond the narration of community TV and do community factor on the internet. Keywords: community, community media, internet, social networking;
1. DO GATEKEEPING AO GATEWATCHER Desde a mudança do gatekeeping para o gatewatcher, cão de guarda, para cão guia, o jornalismo modificou sua atuação. O jornalista não escolhe mais o que noticiar, ele monitora o que é de interesse público, analisa e aprofunda seu conteúdo. Antes éramos submetidos ao o que a mídia disponibilizava, através do rádio, televisão ou jornal impresso, hoje com o advento da internet nós escolhemos, o quê, como e quais notícias ler. Há
inúmeros portais de notícias mundo a fora. Segundo o site Alexa3 que baseia suas estatísticas através de um painel mundial com milhões de usuários na internet, o portal de notícias mais acessado mundialmente é Reddit4, enquanto no Brasil está o Portal UOL, que possui jornalismo integrado a seu conteúdo na rede. O mundo virtual para o campo jornalístico ainda está sendo escrito. O jornalista nunca vivenciou um desafio tão grande quanto o de guiar os leitores para a notícia correta e com credibilidade. Tudo está online, tudo circula nas redes sociais, desde as reclamações a notícias falsas. Mas notícias falsas, manipuladas estão de fato só nas mãos daqueles que praticam o jornalismo sem habilitação? Aquilo que as pessoas comuns dizem sobre os grandes conglomerados de notícias é verdade? Notícias do mundo inteiro são despejadas em tamanha quantidade, e com tanta rapidez, que mal tomamos conhecimento de um assunto e logo outro já ocupa os telejornais e, consequentemente, as manchetes da mídia impressa, fazendo que rapidamente seja esquecido aquilo que havia pouco ainda era considerado “fundamental”. A aceleração tecnológica do mundo prova-se um eficaz instrumento de comunicação. (PERSEU, 2003, p.5)
A aceleração tecnológica é um grande instrumento de disseminação de notícias. Através disso os grandes portais são capazes de fazer transmissões em tempo real de vídeos, imagens e textos de mídias móveis para sites, através de artifícios como wifi5, e internet móvel. Métodos de comunicação na internet através das redes de interação, chamadas redes sociais são comuns. Com mais de um bilhão de usuários, o Facebook é o grande detentor, possuindo como seus usuários pessoas comuns, artistas e portais de notícias e mídias comunitárias. Segundo o portal do Ministério das Comunicações, no Brasil há um total de 4.556 rádios
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Site analítico que fornece informações de acesso a sites através de um painel de trafego global com milhões de usuários da internet. 4 5
Reddit é uma rede social com comunidades e fóruns onde os usuários votam no conteúdo.
Wifi é uma marca registrada da Wi-Fi Alliance. É utilizada por produtos certificados que pertencem à classe de dispositivos de rede local sem fios (WLAN)
comunitárias, aproximadamente 100 TVs comunitárias6, mais de 100 jornais comunitários7 e diversos portais (sites e blogs) disseminando informação. Mas a informação é feita de qual maneira e atende a quem?
2. CONCEITO DE MÍDIA COMUNITÁRIA O que é mídia comunitária? Pergunta com poucas respostas. Em termos gerais, define-se comunicação comunitária como aquela baseada em princípios públicos e que tem o povo como protagonista. O canal de expressão de uma comunidade (independente do seu nível socioeconômico e território), por meio dos qual os próprios indivíduos possam manifestar seus interesses comuns e suas necessidades mais urgentes. De ser um instrumento de prestação de serviços e formação do cidadão, sempre com a preocupação de estar em sintonia com os temas da realidade local. (DELIBERADOR;VIEIRA, 2005, p.8)
A comunicação comunitária tem como principal papel mostrar a realidade local, que por diversas vezes é esquecida pelos grandes conglomerados de comunicação que possuem tempo para exibição dos seus noticiários que acabam interferidos na produção pela publicidade. Com a ascensão da internet e das redes sociais o fazer comunitário aumentou, abrindo espaço para maiores informações que faltam no papel do jornal ou na tela da TV. A novas mídias trouxeram um novo consumidor que não só consome, mas produz. Entretanto o papel do jornalista continua fundamental na mediação de notícias, já que a produção nas redes pode disseminar notícias de cunho duvidoso.
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Mapeamentos realizado com apoio da Frente Nacional pela Valorização das TVs do Campo Público (FRENAVATEC), sobre TVs COMUNITÁRIAS do país, dentro do sistema de TV à Cabo. 7Dados
fornecidos pelos Google maps
Redes sociais como Twitter e Facebook servem, além da comunicação jornalístic. É usado como disseminador de opiniões sobre livros, filmes e lugares, último item que possui aplicativos de localização próprio como o foursquare8 e agora o novo swarm9, da mesma empresa, que além de fornecerem o check-in ainda solicita ao usuário avaliação do lugar. Mas pelo facebook ou twitter, no youtube ou google+, on wikepedia ou um blog, qualquer pessoa pode criar, o leitor e o editor são frequentemente a mesma pessoa – um consumidor produtor que possui um número de milhões no mundo. (LEVINSON, 2013 p.2)10
Hoje o acesso a criação de conteúdo é feito por todos, sem distinção ou limitações. 3. COMUNICAÇÃO NA TELEVISÃO Antes do surgimento da internet e sua comercialização, a informação era disseminada pelos jornais e rádio, que até então e nos dias atuais é o mais rápido na divulgação da informação .
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Foursquare é um aplicativo de localização da Foursquare Inc que disponibiliza endereços, além de informações de restaurantes, bares e outros de uma cidade, além disso os usuários podem avaliar o estabelecimento deixando dicas e respondendo questões como cartão de crédito e wifi. 9
Swarm é a novidade do foursquare, a funcionalidade é a mesma da antiga rede, mas promete ser mais eficaz e com maior integração de dados Tradução do livro New New Media – LEVINSON, PAUL. New New Media. 2Ed. Boston: Pearson, 2013 10
3.1 MANIPULAÇÃO NA TELEVISÃO Focando nos telejornais, como está a programação brasileira? O Brasil possui uma das maiores emissoras de TV do mundo, a Rede Globo, que por inúmeras vezes é acusada de manipulação da informação, como citadas em uma matéria por Cadu Amaral no blog do Altamiro como o favorecimento ao golpe militar de 1964 e o possível golpe as eleições de Brizola no Rio de Janeiro com o esquema de proconsult11 ou mesmo citações feitas por Abramo no livro Padrões de Manipulação na Grande Imprensa. Mas a televisão brasileira abre espaço para os cidadãos comuns de classe baixa 3.2 PUBLICIDADE NA TV A publicidade é o grande limitador do mundo jornalístico pós moderno. Óbvio que não há como deixar de lado o uso do mecanismos para o lucro, já que a imprensa necessita das atividades publicitárias para custeio financeiro, mas a publicidade não tomou proporções gigantescas questionáveis? Hoje podemos afirmar que a publicidade transformou-se em um dos motores da engrenagem da sociedade capitalista de massa e, sobretudo, qualifica-se já a assumir o lugar de imprensa no posto de quarto poder de nosso modelo econômico de sociedade. (MARSHALL, 2003 p.93)
Estamos vivendo a mudança do jornalismo considerado quarto poder para a submissão a publicidade com seus fatores de limitação? Segundo Marshall (2003) as revistas e jornais americanos reservam 60% a 65% de suas páginas para a propaganda. A edição de domingo do jornal The New York Times chega a ter 350 páginas de anúncios. Será de fato _____________________ 11
O Caso Proconsult foi uma tentativa de fraude nas eleições de 1982 para impossibilitar a vitória de Leonel Brizola, candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ao governo do Rio de Janeiro. Consistia em um sistema informatizado de apuração dos votos, feito pela empresa Proconsult, associada a antigos colaboradores do regime militar. A mecânica da fraude consistia em transferir votos nulos ou em branco para que fossem contabilizados para Moreira Franco, candidato do PDS (antiga Arena). As regras da eleição de 1982, quando se votou para governador, senador, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador impunham que todos os votos fossem em um mesmo partido. Portanto, estimava-se um alto índice de votos nulos. Os indícios de que os resultados seriam fraudados surgiram da apuração paralela contratada pelo PDT à empresa Sysin Sistemas e Serviços de Informática que divergiam completamente do resultado oficial. Outra fonte que obtinha resultados diferentes dos oficiais foi a Rádio Jornal do Brasil. Roberto Marinho foi acusado de participar no caso.
necessário um jornal tradicional como o The New York Times possuir tanta publicidade? A publicidade tornou-se assim a seiva da sociedade, por onde passam, giram e confluem todos os movimentos sociais. Trata-se não somente do universo físico presente no dia-a-dia de cada pessoa, mas também na imensa estrutura invisível e imaterial que se acomoda nas mentes de consumidores de maneira inconsciente. Cria-se, dessa forma, uma atmosfera publicitária que orbita dentro e fora dos indivíduos e influencia as mentalidades e o próprio devir da sociedade. (MARSHALL, 2003 p.95)
Somos escravos da publicidade e não sabemos? Através da propaganda conseguimos reproduzir nossos maiores sonhos, fetiches e medos? Segundo Carlos Domingos, na obra Criação sem Pistolão, a publicidade como indústria começou em 1877 com a fundação da JW Thompson12 nos Estados Unidos de onde surgiram as influências de como trabalhar com publicidade nas agências, entretanto a grande revolução publicitária surgiu em 1947 com o surgimento da Doyle Dane Bernbach (DDB) criando a propaganda provocativa. No Brasil, a televisão se tornou o grande instrumento de publicidade a partir dos anos 60, quando adaptou a programação para aumentar a magnitude da audiência ao dirigir-se às classes mais baixas para satisfazer as necessidades das agências e seus clientes (Iori, Damaris; Moraes, Andressa. História da propaganda na televisão brasileira e sua influência social). Em 1971, a publicidade na TV apresentou sua força arrecadando US$100 milhões, correspondendo a 1,32% do produto interno bruto (PIB). Estima-se que haviam 14 mil aparelhos em funcionamento no país. Foi somente nos anos 80 que as pesquisas sobre publicidade deixaram de analisar os anúncios publicitários como meras mensagens de venda, passando a um enfoque mais amplo que passou a considerar a indústria publicitária como forte elo entre interesses econômicos e políticos através da comunicação de massa.
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JWT é uma agência de publicidade multinacional, de origem americana, fundada em 1864
por William James Carlton, e modificada por John Walter Thompson em 1877 para J. Walter Thompson Company. É a mais antiga agência de publicidade do mundo
Ainda nesta década, das dez maiores agências do país, sete eram nacionais, graças à política oficial do governo de só conceder suas verbas publicitárias a agências nacionais. Com o processo de abertura política, as agências passaram a reivindicar também, uma abertura na distribuição das contas oficiais, o que só vieram conseguir lentamente, depois de muita insistência. Em 1980 dos oito mais importantes anunciantes da televisão, seis eram empresas multinacionais, como a Gessy-Lever, Nestlé e Johnson & Johnson, um banco oficial e duas companhias nacionais privados. A partir do dia 28 de Dezembro de 2000 ocorre grande mudança na propaganda brasileira, ficando proibida a veiculação de qualquer publicidade que propague a venda de cigarros e outros derivados do tabaco. E, finalmente em 2001, a Lei Nº 10.022, de 9 de maio, padroniza o volume de áudio da publicidade veiculada em rádio e TV. As redes de TV contratam profissionais da área de publicidade para ver em sessão privada seus novos shows e programas. Elas utilizam esses experts como barômetro, fazendo uso de suas reações e sugestões para decidir que programas vão transmitir, definir horários de veiculação e identificar tipos de programação mais facilmente vendidos ao patrocinador. (MATTOS, 2000, p.73).
A televisão vive de merchandising.
3.3 TELEVISÕES COMUNITÁRIAS Segundo o Senado Brasileiro, canal comunitário se define como transmissor de programas de comunidades locais, divulgação de atos, trabalhos e projetos, sessões e eventos dos poderes públicos federal, estadual e municipal. Dados disponibilizados pela Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCom, 2012) mostra que no Brasil há 61 emissores de TV comunitárias que atuam na internet e canais fechados. O sudeste possui a maior concentração, cerca de 30 afiliados. No Paraná, estado do objeto de estudo deste trabalho, há seis emissoras de conteúdo comunitário para a TV. 4. CWBTV – CANAL COMUNITÁRIO DE CURITIBA Denominado CWBTV, sigla usada para definir Curitiba, a capital Paranaense possui apenas uma TV comunitária que atua 24 horas transmitindo diversos programas de cunho religioso, de entretenimento, político, sociais,
educativos, sindicais, empresarias entre outros. A programação do canal é transmitida pela internet através de um site próprio mantido pelos mantenedores, transmissão por TV como Net TV e Vivo TV, estes que não integram a base de estudo pelo acesso a classes sociais mais altas. Nas redes sociais a emissora possui perfil no Twitter, Facebook. 4.1 SITE O canal possui transmissão pelo site cwbtv.net. O site possui visual leve com 5 abas com a opção “no ar” que exibe o streaming da programação; a aba “quem somos” que traz informações da emissora; a aba “como participar” que narra como as pessoas podem ter seu próprio programa; aba “programas” que traz a programação da emissora e pôr fim a aba “contato”. O site apesar de possuir fácil acesso é pobre visualmente sem informações em relação as redes sociais e conteúdo off-line. O contato com a emissora só pode ser feito através do telefone e da área contato com formulário exigindo nome e e-mail. O streaming funciona bem, entretanto não fornece a opção alta definição, além de pausa.
4.2 CONTEÚDO OFF Mesmo não possui grande atuação nas redes sociais, a CWB TV possui alguns programas disponíveis para visualização off-line.
No Youtube, há alguns programas exibidos pela internet e TV a cabo. Segundo informações da funcionária Eliane Ramos a emissora disponibiliza o material, ficando a cargo dos apresentadores deixarem o conteúdo na rede. “Caso o apresentador tenha interesse ele mesmo coloca sua matéria no youtube”. Na plataforma de vídeos os resultados de busca com as palavraschave “cbw tv” e “cwbtv” só resultou nos programas Fórum Comunitário; TV Sport Time ambos com mais de 100 vídeos e o programa Ciência e Espiritualidade com hospedagem no canal Naro Hito com vídeos pessoais.
Emissora no youtube no youtube
Busca só resultou nos programas Fórum Comunitário; TV Sport Time ambos com mais de 100 vídeos e o programa Ciência e Espiritualidade com hospedagem no canal Naro Hito com vídeos pessoais
Print canal Fórum Comunitário
O canal apresenta mais de 100 vídeos exibidos na CWB TV
Print canal TV Sportime
No youtube o canal possui mais de 100 vídeos com aproximadamente 1.100 inscritos
Print Canal Naro Hito
Canal no youtube hospeda alguns vídeos do programa Ciência e Espiritualidade
4.3 TWITTER O Twitter rede social famosa pelos 140 caracteres é uma grande divulgador pela facilidade nos posts com links e por não haver necessidade de solicitar uma amizade. A emissora possui uma conta oficial @cwbtv_ctba, entretanto somente dois tweets foram publicados em quatro anos. O perfil possui 21 seguidores e segue a mesma quantidade. Citações no Twitter há poucas citações com as palavras-chave “cwb tv”, “cwb_tv” “tv comunitária em Curitiba”.
CWB TV no twitter através do user @cwbtv_ctba
Busca com a palavra-chave cwb tv no twitter
A busca resultou em um número inferior a 50 menções
4.4 FACEBOOK A emissora possui uma conta oficial no Facebook com 460 curtidas. (https://www.facebook.com/pages/CWB-TV/160774030636577?rf=390190267707221).
Possui posts com divulgação dos programas, fotos, porém não fica clara uma interação com os telespectadores. a) atualização: A atualização é parte essencial do trabalho online de qualquer emissora ou instituição de serviços públicos e comunitários, na análise observa-se que a última atualização aconteceu em 10 de março como divulgação dos programas num todo, o que mostra desinteresse por parte dos produtores
e
demais
funcionários
em
disponibilizar
conteúdo
aos
telespectadores. b) aplicativos: Aplicativos são uma grande facilidade nos nichos virtuais, possibilitando uma maior interação pelos usuários que não estão sempre conectados em seus computadores. Redes sociais como Facebook fornece as páginas alguns aplicativos como o instagram, sortei.me e localizadores. A página do canal não faz uso de nenhum aplicativo disponível incapacitando interação entre os telespectadores online.
Página da CWB TV no Facebook
Único canal comunitário de Curitiba possui 460 likes no facebook, sem atualizações desde março de 2014
4.4.1 ANÁLISE FINAL REDES SOCIAIS Atuar e disseminar conteúdo em uma rede social, seja ela com poucos ou muitos usuários é a maneira mais prática e barata de uma instituição promover seu trabalho, divulgar resultados e interagir com seu público, sem a ferramenta caminha-se no escuro, é um emitir informação mas sem saber se ela chegou aos interessados. Diversas emissoras fazem disso um grande aliado nas produções, seja pela busca de fontes ou mesmo criação de pauta. O canal CWB possui atuação semelhante a zero na maior rede social, resultando em uma página de pouco interesse e utilidade aos curitibanos no Twitter as menções mínimas desclassifica o perfil na rede social.
4.5 TECNOLOGIA MÓVEL – APLICATIVOS E VERSÃO MOBILE O acesso pela internet através de smartphones vem crescendo muito ao longo dos anos e web designer, operadoras de internet e plataformas online estão cada vez mais se aprimorando para fornecer seu conteúdo aos celulares e tablets, que necessitam de dados leves, levando em conta a velocidade da internet móvel brasileira e adaptação as telas dos aparelhos que hoje somam mais de 115 milhões de acessos em uma estimativa divulgada em janeiro deste ano, superando o mesmo período com crescimento de 56%. Pelo celular o site possui a mesma aparência quando acessado pelo computador, entretanto no dispositivo Samsung GT-S6102B android 2.3 não foi possível assistir o programa no ar pela falta do flash que não está integrado ao navegador padrão do dispositivo. Já no dispositivo Iphone o site pediu atualização do flash que foi atualizado, mas em três tentativas falhou.
Captura do site em versão móvel a partir de um celular android
Para assistir o canal é necessário atualizar o flash
Captura do site em versão móvel a partir de um celular IOS
No Iphone 4 o site apresentou o mesmo problema
Não há disponibilização de aplicativos próprios do canal ou da Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCom) na loja de aplicativos Google Play, sistema operacional android, Itunes, sistema operacional IOS e a Loja Virtual do Windows. A busca nas lojas incluiu as palavras-chave: cwbtv; tvs comunitárias e ABCCom.
Play Store
Na loja de aplicativos do google o uso da palavra-chave ABCCom não trouxe resultados satisfatórios
Itunes
Na loja de aplicativos para aparelhos com sistema operacional IOS não houve resultado com o uso da palavra-chave tvs comunitárias
Windows Store
Na loja Windows Store, responsável por aplicativos aos celulares nokia, não houve resultados com a palavra-chave tvs comunitária
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Utilizar a internet principalmente as funcionalidades existentes, como redes sociais para disseminação de notícias e criação de fontes é o que faz o termo mídia cidadã, ou comunicação comunitária começar a espalhar suas raízes e ser vista como um benefício e não malefício ao jornalismo que está estereotipado aos limites impostos pelos grandes veículos de comunicação, que cada vez mais reduzem seus espaços a cidadania por quesitos editoriais ou comerciais. Há perigos em acreditar em tudo que vincula na rede? Com absoluta certeza há, ainda mais quando nos deixamos levar por fontes sem credibilidade. O papel do jornalista deixou de ser aquele impositor; você sabe o que eu desejo, passou a ser aquele que guia a sociedade para a fonte verídica, que observa o que acontece no mundo virtual e faz do seu material algo
relevante para aqueles que estão na rede buscando informações para aquele assunto. Só vence quem se adapta ao novo meio. Televisões comunitárias são o grande escape do chamado “monopólio da comunicação”, entretanto para o exercício comunitário acontecer não basta apenas existir um canal que se proponha a fazer isso, a utilização de meios de interação,
como
redes sociais, espaços abertos para expressão da
comunicação é um auxílio necessário e de graça para a comunicação cidadã acontecer. A CWBTV falha no quesito interação e disponibilização de conteúdo off-line, já que as redes sociais estão desatualizadas, e a disponibilização do conteúdo no youtube é feito pelos apresentadores que compram o espaço na grade, e não pela própria emissora. Em relação a tecnologia móvel, cobrar somente da emissora um aplicativo que disponibilize a programação para celulares é querer demais, já que aplicativos em lojas virtuais demandam investimento. A solução viável deveria vir pela ABCom. A emissora falha? Sim, e muito, ainda mais quando levamos em consideração possuirmos ferramentas gratuitas para disseminar informação e fazermos dela uma defesa e fomentadora de cidadãos conscientes do mundo que os cerca, entretanto devemos levar em conta que fatores econômicos podem realmente prejudicar emissoras que desejam fazer um trabalho legal a sociedade.
6. REFERÊNCIAS Abramo, Perseu. Padrões de manipulação na grande imprensa. Ed. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003. Andre, Alberto. Ética e códigos de comunicação social. 4ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000. Borges,
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O
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manipulação.
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Cross, Rob; Joseph Thomas, Robert. Redes sociais – como empresarios e executivos da vanguarda as utilizam para obtenção de resultados. Ed. São Paulo: Gente, 2009. Deliberador, Luzia; Vieira, Ana Carolina. Comunicação e educação para a cidadania
em
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de
assentamento
do
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http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comeduc/article/view/7004/6315 Acessado em 01 de jun 2014. Iori, Damaris; Moraes, Andressa. História da propaganda na televisão brasileira e sua influência social. Trabalho apresentado como requisito da disciplina prática de Comunicação Publicitária com as Professoras Amanda Fischer e Patrícia Radaelli da Faculdade Assis Gurgas (informações no rodapé do trabalho). Jornais Comunitários https://maps.google.com/maps/u/0/ms?ie=UTF8&hl=ptBR&msa=0&msid=115494384602741054191.000473c85de1067476974&z=4& dg=feature. Acessado em 13 jun 2014. Karam, José Francisco. Jornalismo, ética e liberdade. São Paulo: Summus, 1997. Levinson, Paul. New new media. 2ed. Boston: Pearson, 2013. Lévy, Pierre. Qu’est-ce que le virtuel? Ed. Paris: Éditions La Découverte, 1995. – Tradução: Neves, Paulo. O que é o virtual? Ed. São Paulo: Editora 34 Ltda, 1996. Marshall, Leandro. O jornalismo na era da publicidade. Ed. São Paulo: Summus Editorial, 2003. MATTOS, Sergio. História da Televisão Brasileira. 2 Ed. Universidade do Texas: Editora Vozes, 2000. MOLES, Abraham. et al. Teoria da Cultura de Massa. 6 Ed. Editora Paz e Terra, 2000. PERUZZO, Cicília M. K. Revisitando os Conceitos de Comunicação Popular,
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participativo e a produção aberta de notícias. Trabalho In: VIII Concresso Latino-Amaricano de Pesquisadores da Cominicação (AKAIC), Anais... Porto Alegre, 2006. Quadro social do ABCCom http://abccomorg1.webnode.com/associados/ acessado em 10 de jun. Rádio Comunitária. Ministério das comunicações http://www.mc.gov.br/acoese-programas/radiodifusao-comunitaria . Acessado em 10 jun 2014. Redação. Brasil teve 114,6 milhões de acessos à internet móvel em janeiro.
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internet-movel-emjaneiro,3b31e11603074410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html.
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