Desenvolvimento sustentável em escolas públicas

July 6, 2017 | Autor: V. Gentil Almeida | Categoria: Sustainable Development
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7/24/2015

UnB Agência ­ Universidade de Brasília (UnB)

UnB Agência CORREIO BRAZILIENSE ­ DF ­ 10/20/1405

UnB ensina desenvolvimento sustentável em escolas públicas UNB Agência Alunos de ensino médio e fundamental ouvem palestras e ficam mais próximos do mundo acadêmico

Estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas receberam aulas sobre desenvolvimento sustentável durante dois meses. Grupo de professores e alunos de pós­graduação do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) aproveitou a greve da UNB para dar início ao novo projeto. Liderados pela professora Dóris Sayago e pela doutoranda Valéria Gentil, alunos da pós­graduação em Política e Gestão Ambiental vão continuar com o programa mesmo após o fim da paralisação dos professores. Na última sexta­feira, 7 de maio, foi a vez do Centro de Ensino 7 da Ceilândia receber o projeto. Marco Aurélio Guimarães, aluno de doutorado do CDS, deu uma aula para 80 jovens do ensino médio. Um dos desafios é aproximar o conteúdo à realidade de meninos e meninas com idade entre 15 e 17 anos. Esta foi a sexta escola visitada pela equipe. Durante a palestra sobre Unidade de Conservação, Marco citou a criação do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, que deu origem ao conceito de Unidade de Conservação. Ao ilustrar o espaço, ele citou os personagens de desenho animado Zé Colméia e Catatau ­ que fazem parte do cenário do parque.  Professores também aprendem "Minha maior preocupação é conseguir me adequar à linguagem deles e saber em qual nível de aprendizado eles estão", explica Marco. "Tudo isso tem sido muito enriquecedor. Estamos recebendo muito mais do que dando", relatou Thomas Ludewigs, um dos professores da equipe.  Os alunos ficaram surpresos ao saber, por exemplo, que o Parque Nacional de Brasília, a popular Água Mineral, é uma unidade de conservação. Marco também explicou que cada unidade possui uma classificação diferente. Elas são definidas para restringir o acesso a determinados grupos. Algumas são abertas ao público, enquanto outras permitem apenas a visitação para fins científicos. A cada aula os alunos apresentam um tema relacionado ao desenvolvimento ambiental.  A receptividade dos alunos aumentou a expectativa do professor. Os planos são de não só manter, mas ampliar a visita e as aulas às escolas públicas da periferia. "Nós não sabíamos que seria tão bom. A previsão era fazer o projeto apenas pontualmente na greve", diz Thomas. "Se tudo continuar bem queremos expandi­lo para toda UNB. Aí ele vai se chamar UNB vai às escolas", disse. Vestibular Outra tarefa do grupo é desmistificar a Universidade de Brasília. "A ideia é levar estímulo e esperança para que eles saibam que é possível fazer parte do mundo acadêmico", afirma Thomas. "Para muitos, a UNB nem é uma possibilidade", concluiu. Valéria Gentil, que é parte do time, sabe o que é isso. Ela cresceu na Ceilândia e estudou em escolas públicas. Hoje é graduada em Economia e possui mestrado em desenvolvimento sustentável pela UNB. Agora é aluna do doutorado. "Quando vejo esses alunos lembro de mim. Eu sei como eles vivem. Eles pensam na universidade e exergam como algo tão inatingível que se torna assustador", conta. A professora de Língua Portuguesa da escola, Kelly Nunes, compartilha a opinião. Segundo ela, os estudantes http://www.unb.br/noticias/print_email/imprimir.php?u=http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=64013

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acham que entrar na universidade é não é uma opção. "A UNB deixar o campus e vir até a nossa cidade é muito importante para os meninos. Isso traz um sentimento de esperança e torna a possibilidade de ingresso na universidade mais concreta", diz. Em 2009, dos 90 alunos formados na escola, apenas 20 prestaram o vestibular. A surpresa veio com o resultado: seis estudantes foram aprovados, sem participar do sistema de cotas. Kelly explica que a primeira opção dos jovens é conseguir um emprego para ajudar a família. "Para eles quem estuda na UNB é burguês", considera. Luana Paes, 16 anos, é aluna do segundo ano do ensino médio. Diferente da maioria de seus colegas de turma, ela pretende fazer parte da vida universitária. "Estou me preparando. Nem todo mundo da minha sala pensa no vestibular. Eles querem arranjar um trabalho", diz. "E eu vou entrar pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS)", sentencia a futura caloura da Faculdade de Direito.

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