DOS TECNOPOLOS ÀS NOVAS GEOGRAFIAS DOS SISTEMAS DE INOVAÇÃO: O Exemplo de Berlim-Adlershof

July 27, 2017 | Autor: MÁrio Vale | Categoria: Economics of Innovation, Technopoles, Science and Technology Parks
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DOS TECNOPOLOS ÀS NOVAS GEOGRAFIAS DOS SISTEMAS DE INOVAÇÃO O EXEMPLO DE BERLIM-ADLERSHOF

Miguel GERALDES1, Mário VALE2, Herculano CACHINHO3 1

Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa,

Emails: [email protected]; [email protected]; [email protected]

PALAVRAS CHAVE Sistema, Inovação, Tecnopolo, Berlim-Adlershof, 1991-2009. RESUMO Nas últimas décadas o fenómeno da inovação tem sido um forte modelador do território, traduzindo diferentes dinâmicas. Expõe-se um projeto de seminário da licenciatura em Geografia, em que foram analisados e discutidos os modelos de inovação e o seu impato, propondo o recurso a um caso de estudo: o tecnopolo de Adlershof, em Berlim. Visou-se a compreensão do tecnopolo com variáveis extraídas da perspetiva subjetiva dos empresários. A criação de inovação e a transferência tecnológica para o tecido empresarial não se confina com a rigidez de uma estrutura de orientação top-down, como é a de um tecnopolo, embora este possa ter efeitos positivos. KEYWORDS System, Innovation, Technopole, Berlin-Adlershof, 1991-2009. ABSTRACT FROM

TECHNOPOLES TOWARDS THE NEW GEOGRAPHIES OF INNOVATION SYSTEMS: THE EXAMPLE OF BERLIN-ADLERSHOF.

In recent decades, the phenomenon of innovation has proved a powerful shaper of the territories, reflecting different dynamics. A research project based on the final work of the degree in Geography is presented, in which the models of innovation and its impacts were reviewed; the use of a case study is proposed: the technopole of Adlershof in Berlin, Germany. The aim was to understand the technopole with new variables from the perspectives of the entrepreneurs, which is that the creation of innovation and the transfer of technology to market are not trapped in the guidance of a top-down structure like a technopole, albeit this might have some positive effects. 1. ABORDAGEM À GEOGRAFIA DOS SISTEMAS DE INOVAÇÃO ATRAVÉS DE UM CASE STUDY. ESTADO DA ARTE: PLURALIDADE DE MODELOS E CONTROVÉRSIA A questão de partida foi saber em que medida investir no tecnopolo de Berlim-Adlershof, resulta num aumento da inovação de um território. O primeiro objetivo do artigo foi mostrar se um tecnopolo estimula significativamente a criação de inovação no tecnopolo e transferência de tecnologia para o sistema de produção. Entender esses processos e mecanismos (realismo, não estabelecendo leis) foi o segundo objetivo. O terceiro foi compreender o papel duplo do território (palco e agente), assumindo uma leitura conjunta de fenómenos/fatos (regularidades empíricas) e

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de processos/estruturas (mecanismos causais) (André, 2005: 38), usando um estudo de caso para discutir os processos (id, 2005: 68). Inovação não é mais do que encontrar novas formas de fazer as coisas com vista à obtenção de vantagens estratégicas (Tidd, Bessant e Pavvit, 2001 apud Agostinho, 2008). Para Komninos (2002), a inovação tecnológica pode ser um processo novo (de transferência e transformação de conhecimento tecnológico para os produtos e os serviços) ou um resultado novo (produto ou organização). A sua intensificação transforma os territórios (Méndez, 2002), envolvendo o indivíduo e as práticas sociais (Mira Godinho, 2003). Não basta o empreendedorismo,

como

na

teoria

de

Schumpeter,

é

necessária

uma

acumulação

de

conhecimento (technology intangible assets). Nem se confunde com a tecnologia, que consiste no conjunto de conhecimentos aplicados na produção de bens e serviços, podendo incorporar elementos inovadores e tradicionais (Dicken, 2004). A transição da economia industrial para uma economia do conhecimento está marcada pela liberalização dos fluxos de bens imateriais e serviços do sector quaternário (recolha, processamento e gestão de informação e de capital), pelo declínio do preço dos transportes e das comunicações e por transformações significativas na produção (Carroué, 2006). Nela, entre as regiões que ganham, estão espaços inovadores como os tecnopolos (Becattini, 1994; Dicken, 2004). O tecnopolo1 insere-se numa tipologia mais ampla de sistemas de inovação, como reflexo espacial de uma política estratégica de desenvolvimento. Definido pela Associação Internacional de Parques Tecnológicos (IASP), é “uma organização gerida por profissionais especializados, cujo objetivo é aumentar a riqueza e o bem-estar da sua comunidade, por meio da promoção da cultura da inovação e da competitividade dos empreendimentos e das instituições técnico-científicas (...) [onde se] gere e estimula o fluxo de conhecimento e de tecnologia entre universidades, instituições de I&D, empresas e mercados; facilita a criação e o crescimento de empresas de base tecnológica por meio da incubação e de spin-offs; e fornece outros serviços de alto valor acrescentado aliados a um espaço físico e serviços de apoio de alta qualidade.” 2. QUESTÃO DE INVESTIGAÇÃO, MODELO DE ANÁLISE E CONTEXTUALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO CASO DE ESTUDO DE BERLIM-ADLERSHOF A Alemanha faz parte do clube restrito dos inovadores (Swann et al., 2002), mas possui realidades distintas no respeitante à inovação. Segundo Freund (2006), a taxa de patentes mostra que Länder como Baden-Württenberg, Baviera e Hessen têm sistemas regionais de inovação em rede, ou seja, existe uma hierarquia de instituições com rápida transferência de tecnologia para a indústria, surgindo Berlim muito atrás. Após a reunificação, a aposta do Governo alemão e do Senado de Berlim foi alavancar o desenvolvimento regional, em 1991, através da criação de um meio inovador (Castells e Hall, 1994). A especificidade do espaço (organização regional da Alemanha) surge como uma variável principal (político-institucional) a influenciar a localização. É um modelo dirigista (top down), em que o tecnopólo é um instrumento ideológico dos reaganomics da altura, subsidiando a localização e incubação de spin-offs de ADN universitário e apoiando, nas três fases do modelo linear (invenção, inovação e difusão), a transferência de tecnologia para o sistema produtivo, enquanto Munique, Frankfurt ou Estugarda não têm estes parques, pois não precisam (Sternberg e

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As denominações abundam na doutrina: parques de inovação, parques de ciência e tecnologia ou parques de investigação, entre outros.

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Schätzl, 2004). Salientam-se mais dois fatores de localização em Adlershof (fig. 1): aproveitar as instalações da ex-Academia de Ciências da RDA e os fundos europeus EFRE. Foi implementado o Master Plan de Adlershof e constituída a sociedade WISTA-Management GmbH (Wissenschaft- und Wirtschaftsstandort Berlin-Adlersof), de acordo com a orientação do GREMI, com a transferência de instalações de departamentos da Universidade Humboldt em 1998. A questão de investigação passou a ser em que medida investir o centro de incubação de Berlim-Adlershof constituiu um instrumento efetivo de estimular a inovação, com enfoque nas percepções dos empresários do Centro de Incubação, como meio de avaliar se houve estímulo dos processos de criação de inovação e de transferência de conhecimento das universidades e institutos de I&D para as empresas e entre empresas. Por isso, a hipótese de trabalho foi a de que existe uma forte dinâmica de criação de inovação e transferência de tecnologia dentro do Centro de Incubação.

Figura 1. Localização de Adlershof (WISTA GmbH, 2007, adaptado)

3. A METODOLOGIA UTILIZADA NA INCUBADORA DE BERLIM-ADLERSHOF (IGZ) Circunscrito o enfoque na incubadora, seleccionaram-se 18 empresas de um universo de 104. O depoimento escrito de Gandy e as entrevistas exploratórias a Freund, Kulke e Krätke forneceram pistas de investigação (Quivy e Campenhoudt, 2008) para refazer as perguntas do guião das entrevistas. Segundo Romer et al. (2005), “It is relatively easy to build theoretical models that capture this dynamic. The difficulty comes in finding empirical counterparts for the variables that stand for the intangibles.” Méndez (2002) propõe indicadores tangíveis para medir fenómenos imateriais como a inovação tecnológica. Dentro do leque de variáveis, muitas são proxy (Feio e Ferrão, 2001)2. No guião acolheram-se orientações do guideline do EURODITE (2007), para explorar as biografias dos 18 empreendedores, destacando o contributo da Geografia: origem dos empresários,

bases

territoriais

de

recrutamento,

políticas

territoriais,

cultura,

envolvente

socioeconómica. Foram feitas entrevistas semi-diretivas (id, 2008) ou semi-estruturadas (Byrne, 2000: 182), com questões fechadas seguidas por questões abertas e flexíveis, nos escritórios, assegurando confidencialidade para uso académico exclusivo. Contrapusemos-lhes a opinião doutros insiders: a WISTA e a IZBM, sociedades gestoras dos espaços. Quanto aos dados secundários, não havendo, a este nível de desagregação, informação estatística abundante, recorreremos à WISTA, à IZBM e ao auditor DIW econ GmbH, fontes já utilizadas por Kulke 2

O nº de start ups, nº de spin-offs, nº das que vieram de fora, nº de meras delegações de I&D, volumes de negócios, nº de doutorados e sua proveniência, nº de RH em TI, nº de maduras que saíram, nº de protocolos com empresas, universidades e institutos de pesquisa (conhecimento codificado), as biografias dos empresários e gestão das suas expectativas, entre outras.

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(2007a, 2008). Triangularam-se dados qualitativos e quantitativos (Austrian, 2000). A observação direta, registada em diário de campo, serviu, não para testar a hipótese, mas para observar, in loco, o funcionamento do IGZ (disposição dos escritórios, copas, cafetarias, posters). 4. TRIANGULAÇÃO DE DADOS PRIMÁRIOS (QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS) COM OS DADOS SECUNDÁRIOS: A MENOR DINÂMICA DE INOVAÇÃO NA INCUBADORA IGZ No IGZ não há uma política de cluster na incubadora International Gründer-Zentrum (Kulke, 2008), como a que existe no tecnopólo, em relação à indústria fotovoltaica. Comparando a informação secundária com as entrevistas, a proximidade foi muitas vezes referida como acessória. Os registos de patentes no EPO são poucos. A maioria das empresas analisadas nasceu no IGZ e tem-se mantido um ritmo elevado de constituição de sociedades, a maior parte delas do ramo das TIC e media, com poucos sócios e baixo capital social, seguida da fotónica e óptica (sinal do cluster fotovoltaico no tecnopolo). Não precisaram, em regra, de capital de risco da IGZ e de tiveram um tempo de incubação curtíssimo, atingindo rapidamente um volume de negócios suficiente para se manterem: desde o início, das mais de 400 start ups, apenas 15 tinham falido até 2005, sendo cerca de 100 resultantes de spin-offs de universidades berlinenses. Comparando o relatório da WISTA (2007) com as respostas negativas, em cinco dimensões de análise3, face à existência de colaboração entre empresas dentro do IGZ, parece haver mais colaboração entre empresas maduras de fora do que entre as start ups do IGZ. Também é a opinião do diretor da Sulfurcell. Quanto à origem dos recursos humanos, o número de altamente qualificados é elevado e quase metade dos empresários vem dos PECO ou do Extremo Oriente4. A motivações cruciais para a localização em Berlim-Adlershof foram: o prestígio da localização (20 unidades de registo na análise de conteúdo) e a qualidade das instalações (15 unidades). A proximidade às empresas no IGZ, testada no rooster call, só teve 4 registos (pequenas spin-offs em TIC). As empresas de fora, que instalaram no IGZ uma unidade de I&D, estão associadas à universidade, onde captam estagiários, ou à colaboração com institutos de I&D. A hipótese de existir uma forte dinâmica de criação de inovação e transferência de tecnologia dentro da incubadora, que constitui o âmago do tecnopolo, não parece verificar-se. Embora exista uma tendência para o crescimento do tecnopolo, e apesar do marketing intenso da WISTA e da IZBM, não pode falar-se de sucesso da “Fórmula Parque de Ciência e Tecnologia” (Feio e Ferrão, 2001; Agostinho, 2008). O entendimento dos processos e mecanismos de criação de inovação e transferência do conhecimento, à luz dos dados primários, mostrou que não se confirma uma transferência intensa de tecnologia, porque a criação de inovação (nº de patentes) e a transferência de conhecimento (rede de conexões) dentro do Centro de Incubação foram baixos, tendo justificado o encerramento precoce do gabinete de patentes da IGZ. Quando questionados, os responsáveis da IZBM referiram ter dado apoios como: rendas baixas, gestão postal, gestão das cafetarias… Muito pouco para um verdadeiro Centro de Incubação. Apesar de os resultados apresentarem variações importantes consoante o tipo de

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1) importância das relações com as outras empresas, com a universidade e/ou com os institutos de I&D, se possível de proximidade (para medir a transferência de tecnologia); 2) quantidade de patentes registadas (para medir a criação de inovação); 3) a qualidade das instalações; 4) prestígio por se estabelecer num tecnopolo e, finalmente, 5) o peso da biografia do empresário 4 Massey (1994, 2005) afirma que os tecnopolos afrontam o sentido global do local, pois o local tem raízes no passado, mas só o é em ligação com o resto do mundo. Swann et al. (2002:7) afirmam, a este propósito: geography matters!

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empresa presente – e.g. redes mais fracas (respostas sucessivas no irrelevante ou pouco relevante) nos setores de atividade TIC, tecnologia de materiais e micro-sistemas -, existe uma relativização da proximidade espacial, pesando mais as redes distantes, sintoma do trânsito da teoria da aglomeração para a teoria da flexibilização e da especialização (Storper, 1993 apud Méndez, 2002), que reconcetualiza os ambientes criativos (innovative milieus) em regiões nodais de inovação (innovation islands) (Komninos, 2002)5. Em segundo lugar, o pouco tempo de incubação para estar no mercado e a pouca importância conferida aos apoios (através do recurso ao capital de risco para spin-offs, num mercado muito agressivo como é o das TIC) mostram que poderemos estar perante uma nova fantasia high-tech (Massey et al., 1991), um tecno-sonho (Castells e Hall, 1994). Com efeito, foi mais pela excelência das infra-estruturas e acessibilidades e pela imagem de modernidade e de prestígio, sem uma vertente tecnológica e inovadora bem desenvolvida e as vantagens das transferências interempresariais e académicas, que algumas das empresas estudadas ali se instalaram. É um problema diagnosticado em muitos tecnopolos, em que pesa mais a componente imobiliária, numa lógica de rentabilização do espaço, embora quer a WISTA, quer a IZBM nos tenham afirmado que queriam atrair empresas de base tecnológica e intensivas em alta tecnologia. O IGZ parece mais um arrendatário de prestígio6, do que um centro de inovação. Houve, em terceiro lugar, sobre-representação das atividades mais intensivas em alta tecnologia na eleição nas empresas que elegeram, como motivo crucial de instalação no IGZ, a proximidade a redes de inovação: as relações de conhecimento e de business são diferentes nas empresas grandes, que ali instalam uma unidade de I&D, do que nas pequenas spin-offs. A tecnologia foi tida como importante para as empresas da indústria química/materiais, das TIC e da fotónica; no outro lado encontramos as prestadoras de serviços, que consideram as instalações e o prestígio muito mais importantes. Em quarto lugar, os entrevistados desvalorizaram as redes de inovação (entre empresas colaborantes em produtos, business e comércio comuns, com universidades e institutos de pesquisa em processos comuns), contribuindo a ausência de canais de transferência de conhecimento (tácito e codificado) para a conclusão de que a cooperação é forte no tecnopolo, mas fraca na incubadora. Por fim, a origem dos empresários revela a importância de Berlim-Adlershof como porta de entrada na Europa Ocidental para os PECO e para o Extremo Oriente. O terceiro objetivo, que foi compreender o papel do território nessas dinâmicas, foi atingido através de um conceito explicativo de nível hierárquico inferior: o meio inovador (Aydalot, 1986 apud Méndez, 2002), valorizado em Geografia porque é o espaço a fazer a diferença. A tradição inovadora centenária deste território (Kulke, 2008)7, deve ser lida com cautela, porque o parque deve-se mais ao investimento público por transferência de outros Länder, do que a uma localização propícia à inovação. as percepções dos empresários da incubadora de Adlershof forneceram novas variáveis para futura investigação. Conclui-se que a hipótese não se demonstra e deve reformular-se, pois, a inovação na incubadora é baixa e os entrevistados escolheram-na, as mais das vezes, pela qualidade das instalações, não pela proximidade a outras empresas, à 5

Muitas empresas locais estabelecem redes distantes para aprender e inovar (New Growth theories), interligadas por laços culturais, redes de transporte e canais de comunicação. Outros tipos de proximidade devem, portanto, ser tidos em conta para explicar a arquitectura dos espaços de conhecimento, de aprendizagem e inovação (Amin e Cohendet, 2004 apud Vale e Caldeira, 2007). 6 Fenómeno que Agostinho (2008) apelida de “condomínio de empresas”. 7 Divisível em dois períodos: até 1945 funcionava ali um cluster da aeronáutica (aeródromo de Johannisthal, túnel de vento e laboratório alemão para a aviação e fábrica da Fokker) e, no tempo da RDA, as instalações da televisão pública e pela Academia das Ciências.

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universidade ou a institutos de I&D. Tal significa uma relação de inteligibilidade na sua dimensão hermenêutica, i.e., um desajustamento entre o projeto de 1991 (lugar de inovação e forte transferência de conhecimento) e a realidade do IGZ em 2009 (lugar de alguma inovação, redes fracas de transferência). BIBLIOGRAFIA André I M (2005) Metodologias de investigação em geografia humana: programa. CEG-UL, Lisboa. Agostinho R (2008) Os Parques de Ciência e Tecnologia enquanto Instrumentos de Desenvolvimento Regional e Local: o Caso do Taguspark. Dissertação de Mestrado em Geografia Humana, Universidade de Lisboa, Lisboa. Austrian Z (2000) Cluster Case Studies: The Marriage of Quantitative and Qualitative Information for Action. Economic Development Quarterly, 14: 97-110. Becattini G (1994), O Distrito Marshalliano. In Benko G, Lipietz A (eds) As regiões Ganhadoras: Os Novos Paradigmas da Geografia Económica. Celta Editora, Oeiras. Byrne B (2000) Qualitative interviewing. In Seale, C (ed) Researching society and culture. Sage, Londres. Carroué L (2007) Géographie de la mondialisation. Armand Colin, Paris. Castells M (1997) The information age. Economy, society and culture. Vol. I: The rise of the network society. Blackwell, Londres. Castells M, Hall P (1994) Technopoles of the world. The Making of 21 st Century Industrial Complexes. Routledge, Londres. Dicken P (2004) Global Shift: reshaping the global economic map in the 21 st Century. Sage, Londres. EURODITE (2007) Guidelines to the WP6 Firm Level Case Studies Feio P, Ferrão J (2001) “Taguspark: gestão de expectativas num parque de criação recente”. In Antonelli C, Ferrão J (ed) Comunicação, Conhecimento Colectivo e Inovação: As vantagens da aglomeração geográfica, Estudos e Investigações 17. ICS, Lisboa: 101-120. Freund B (2006) Forms and spaces of creativity in Germany. In Deben L e Bontje M (eds) Creativity and Diversity. Key challenges to the 21st-century city. Het spinhuis, Amesterdão. Komninos N (2002) Intelligent Cities: Innovation, Knowledge Systems and Digital Spaces. Routledge, Londres e Nova Iorque. Kulke E (2008) The technology park Berlin-Adlershof as an example of spatial proximity in regional economic policy. Zeitschrift für Wirtschaftsgeographie, 52 (4):193-208. Kulke E (2007a) Economic change and urban development in Berlin. In Simões JM (ed) Geophilia: o sentir e os sentidos da Geografia. Homenagem a Jorge Gaspar. CEG-UL, Lisboa. Massey D, Quintas P, Wield D (1991) High tech fantasies: science parks in society, science and space. Routledge, Londres. Méndez R (2002) Innovación y desarrollo territorial: algunos debates teóricos recentes. Eure 28 (84): 63-83. Mira-Godinho M (2003) Inovação: conceitos e perspectivas fundamentais. In Rodrigues MJ, Neves A, Mira Godinho M (eds) Para uma Política de Inovação em Portugal. D. Quixote, Lisboa. Quivy R, Campenhout L (2008) Manual de Investigação em Ciências Sociais (5ª ed). Gradiva, Lisboa. Romer P, Jaffe A, Trajtenberg M (2005) Patents, Citations, and Innovations. A Window on the Knowledge Economy. MIT Press, Cambrige (MA). Sternberg R, Schätzl L (2004) Clusteransätze in der in der regionalen Wirtschafsförderung. Zeitschrift für Wirtschaftsgeographie, (51) 3-4: 164-181. Swann PGM, Prevezer M, Stout D (2002) Introduction. In Swann G, Prevezer M, Stout D (eds) The dynamics of industrial clustering. International comparisons in computing and biotechnology (2nd ed). Oxford University Press, Oxford. WISTA GmbH (2007) Berich über Adlershof. WISTA, Berlim.

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