Ecomotricity in the state of Sergipe: building a theoretical framework (2015-2016) / A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico (2015-2016)

May 29, 2017 | Autor: Cae Rodrigues | Categoria: Sociology of Sport, Sport Psychology, Environmental Science, Education, Environmental Education, Teacher Education, Environmental Psychology, Research Methods in Physical Education and Sport, Environmental Studies, Environmental History, Outdoor Recreation, Sports History, Environmental Management, Aesthetics Of Nature, Environmental Policy and Governance, Outdoor Education, Nature Culture, Nature-based tourism, Environmental Sustainability, Anthropology Of Nature, Philosophies of Human Nature, Environmental Security, Philosophy of Nature, Physical Education, Physical Education and Sport Pedagogy, Environmental Education and Play, Outdoor Play and Learning, Nature, Earth and Environmental Sciences, Children's Outdoor Education, Sport, Sports, Experiences in nature and psychological well-being, Educación, Educación Ambiental, Environmental Sciencies and Education, Educação Ambiental, Environmental education, awareness and public policy, Human nature, Human interaction with the environment, Environmental attitudes and behaviour, Environmental education and Environmental Conflict, Outdoor Learning, Meio Ambiente, Health and Physical Education, Medio Ambiente, Outdoor Education and Learning, Connectedness to Nature, Nature Conservation, Curriculum theory, Environmental Edcuation, Teacher Edcuation, Caracterizaciones ambientales, PSICOLOGIA AMBIENTAL, Protecção da Natureza, Sport Science, Environmental justice, global sustainability, Environmental Politics and Governance, Indigenous Knowledge Systems, Education for Sustainable Development, Environmental Sustainability. Global Development and Environmental Protection, Environmental Education in Early Childhood Education, Physical Education and Sports, Sports Science and Physical Education, Physical Education and Sport, Conservation Psychology, Sustainability, Environmental Ethics and Environmental Education, Physical Education Teacher Education, Natureza, Psychology and Outdoor Education, Innovation of Physical Education and Sports, Sociedade E Natureza, Filosofia da natureza, Children and Nature, Environmental Education, Environmental Interpretaction, Outdoor Studies, Physical Education for Young Children, History of Physical Education, Natureza E Cultura, Outdoor Education and Sport Psychology, Benefits of Outdoor Learning, The Child and Nature Relationship, Outdoor Activities, Environmental Interpretation and Education, Environmental Education and Human Ecology, Teacher Education, Environmental Psychology, Research Methods in Physical Education and Sport, Environmental Studies, Environmental History, Outdoor Recreation, Sports History, Environmental Management, Aesthetics Of Nature, Environmental Policy and Governance, Outdoor Education, Nature Culture, Nature-based tourism, Environmental Sustainability, Anthropology Of Nature, Philosophies of Human Nature, Environmental Security, Philosophy of Nature, Physical Education, Physical Education and Sport Pedagogy, Environmental Education and Play, Outdoor Play and Learning, Nature, Earth and Environmental Sciences, Children's Outdoor Education, Sport, Sports, Experiences in nature and psychological well-being, Educación, Educación Ambiental, Environmental Sciencies and Education, Educação Ambiental, Environmental education, awareness and public policy, Human nature, Human interaction with the environment, Environmental attitudes and behaviour, Environmental education and Environmental Conflict, Outdoor Learning, Meio Ambiente, Health and Physical Education, Medio Ambiente, Outdoor Education and Learning, Connectedness to Nature, Nature Conservation, Curriculum theory, Environmental Edcuation, Teacher Edcuation, Caracterizaciones ambientales, PSICOLOGIA AMBIENTAL, Protecção da Natureza, Sport Science, Environmental justice, global sustainability, Environmental Politics and Governance, Indigenous Knowledge Systems, Education for Sustainable Development, Environmental Sustainability. Global Development and Environmental Protection, Environmental Education in Early Childhood Education, Physical Education and Sports, Sports Science and Physical Education, Physical Education and Sport, Conservation Psychology, Sustainability, Environmental Ethics and Environmental Education, Physical Education Teacher Education, Natureza, Psychology and Outdoor Education, Innovation of Physical Education and Sports, Sociedade E Natureza, Filosofia da natureza, Children and Nature, Environmental Education, Environmental Interpretaction, Outdoor Studies, Physical Education for Young Children, History of Physical Education, Natureza E Cultura, Outdoor Education and Sport Psychology, Benefits of Outdoor Learning, The Child and Nature Relationship, Outdoor Activities, Environmental Interpretation and Education, Environmental Education and Human Ecology
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Descrição do Produto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA COORDENAÇÃO DE PESQUISA

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC

A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico

Área de Concentração: Ciências Biológicas e da Saúde

Bolsista: Adriano Lima Sacramento PICVOL

Orientador: Cae Rodrigues Departamento de Educação Física

Relatório Final Período 2016 / 2017

RESUMO

Esse plano de trabalho é associado ao projeto de pesquisa “A ecomotricidade no estado de Sergipe”, iniciado no ano de 2014. Ecomotricidade é compreendida como a intencionalidade do ser em suas inter-ações com a natureza, desde que essa inter-ação seja lúdica e ecológica. A relação é lúdica quando o que traz significação para a experiência é a alegria ou o prazer circunscritos à própria experiência. A relação é ecológica quando se satisfazem os preceitos (ecosomaestéticos-ambientalmente éticosecopolíticos) da justiça ambiental. Nesse ano de pesquisa foram finalizadas as etapas de unitarização e categorização (Análise Textual Qualitativa) dos 93 textos que totalizam o corpus da pesquisa. Dessa análise emergiram sete (7) categorias, nas quais foram enquadradas todas as unidades de significado destacadas do corpus, a saber: Relação com meio ambiente/natureza; Relações com o jogo e com o esporte; Risco; aventura; radical; Benefícios e sensações positivas; Espaço e tempo para educação (ambiental); Opção de lazer; Formação de culturas e identidades. A análise interpretativa dessas categorias possibilitou discussões e conclusões em relação aos objetivos centrais da pesquisa.

PALAVRAS-CHAVES: Motricidade Humana, Experiências na Natureza, Fenomenologia do Corpo, Pesquisa em Educação Ambiental, Ecosomaestética.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO

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OBJETIVOS

7

METODOLOGIA

7

RESULTADOS E DISCUSSÕES

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CONCLUSÕES

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PERSPECTIVAS

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OUTRAS ATIVIDADES

24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

24

APÊNDICE 1

27

APÊNDICE 2

28

APÊNDICE 3

34

APÊNDICE 4

61

3

INTRODUÇÃO Esse plano de trabalho é associado ao projeto de pesquisa “As atividades da ecomotricidade no estado de Sergipe”, iniciado no ano de 2014. Portanto, parte do pressuposto de que a ecomotricidade é compreendida como a intencionalidade do ser em suas inter-ações com a natureza, desde que essa inter-ação seja lúdica (experiência significada pela alegria ou o prazer circunscritos à própria experiência) e ecológica (satisfazem os preceitos ecosomaestéticos-ambientalmente éticos-ecopolíticos da justiça ambiental). Apesar da repercussão acadêmica sobre a necessidade de programas mais específicos e com objetivos pedagógicos quando o que se objetiva é o pensamento crítico por meio de práticas de ecomotricidade, ainda há um grande contingente de textos, programas e propostas que se fundamentam na ideia de que a simples interação com a natureza, independentemente das motivações para essa interação, resultam em uma maior percepção ou sensibilidade do meio que necessariamente levará o indivíduo à conscientização/educação ambiental. Justificando-se nessa realidade, o objetivo do projeto é investigar aspectos fundamentais da relação de homens e mulheres com suas experiências de ecomotricidade no estado de Sergipe, buscando a identificação de categorias analíticas que fundamentem percepções sobre como essas relações influenciam percepções ser humano-mundo. Diante desse objetivo geral, destaca-se o potencial para se (re)conhecer possibilidades e limitações para o desenvolvimento de processos educativos nas relações corpo-meio ambiente, especialmente pela “normalização” de valores (estéticos, éticos e políticos) da ecomotricidade localizados geo-epistemologicamente no habitus de movimento do indivíduo. Considerando os objetivos do mencionado projeto de pesquisa, esse plano de trabalho compreende a criação de subsídios teóricos em torno da construção geral da terminologia “ecomotricidade”. Considerando os documentos oficiais da área, a questão sobre a inserção da dimensão ambiental na educação física é abordada com maior ênfase nos PCN para a educação física no terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental (BRASIL, 1998), especificamente na sessão que aborda os temas transversais, entre eles, o meio ambiente. No documento, a discussão está diretamente associada à prática, mais especificamente, às atividades corporais praticadas em ambientes abertos e próximos da natureza, seja por meio de esportes radicais (o surfe, o alpinismo, o bici4

cross e o jet-ski são exemplos citados no documento), do lazer ecológico (montanhismo, caminhadas, mergulho e exploração de cavernas são citados) ou pela utilização de espaços da escola e áreas próximas (tais como parques, praças e praias) para a realização de práticas que viabilizem a discussão sobre a adequação de espaços para a prática da cultura corporal. Assim como a maior parte dos trabalhos científicos que abordam as relações entre questões ambientais e educação física, o documento coloca em evidência as experiências recreativas e esportivas na natureza (EREN), associando essas atividades especialmente a duas grandes áreas da educação física: esporte e lazer. Dentro dessa mesma discussão, o documento evidencia alguns dos principais problemas de uma proposta educativa de inserção da dimensão ambiental por meio das EREN, destacando, especialmente, elementos associados a processos de esportivização dessas práticas e a difícil dissociação da indústria do lazer. Nesse contexto, a popularização das EREN é marcante, se enquadrando como “consumo” que abrange sob um mesmo rótulo um vasto e indefinido leque de ações, incluindo desde atividades fundamentalmente pedagógicas até atividades de turismo predatório (RODRIGUES; SILVA, 2011). Parte da razão para isso se encontra no pouco tempo de “vida social” das relações que constituem esse “novo” campo de atuação e de conhecimento (RODRIGUES, 2015a). Como todo campo incipiente, a pouca quantidade ou a falta de “profundidade” de estudos na área ainda gera um estado de embate no qual os papéis de dominância e de marginalização teóricas se apresentam com certa confusão/incerteza. Isso dificulta a formação de bases teóricas sólidas que permitam avanços mais “consistentes” em direção a uma epistemologia própria do campo. Considerando esse estado de “confusão” teórica em torno das propostas de inserção da dimensão ambiental na educação física, justifica-se a busca por subsídios teóricos que possibilitam uma melhor compreensão sobre o fenômeno, sendo esse um importante primeiro passo em direção a identificação dos alcances e limitações das práticas de ecomotricidade. A primeira parte do Plano de Trabalho, iniciada no primeiro ano do projeto (2014/2015), foi a realização de uma análise inicial de noventa e três artigos (93) que constituem o corpus da pesquisa. Uma tabela com o corpus é apresentada nesse relatório como Apêndice 1. O corpus também está disponível para visualização na plataforma virtual do projeto (www.ecomotricidade.blogspot.com), com links de acesso 5

direto aos artigos (direto no periódico ou pelos arquivos do projeto no Google Drive), possibilitando a visualização de todos os artigos na íntegra. No primeiro ano do projeto, a análise do corpus, que envolveu o processo de destaque de unidades de significado dos textos e pré-categorização dessas unidades (etapas da metodologia Análise Textual Qualitativa), foi realizada quase que exclusivamente pela bolsista do presente Plano de Trabalho. No segundo ano do projeto, compreendendo o período de 2015/2016, uma segunda etapa dessa análise foi realizada, composta pelos seguintes procedimentos:

 Revisão da análise realizada pela bolsista no primeiro ano do projeto pelo coordenador do projeto. Desse modo, o coordenador do projeto revisou as unidades de significado destacadas dos textos e o processo de précategorização dessas unidades. Esse processo foi realizado em 40 dos 93 textos que totalizam o corpus da pesquisa, sendo esse o recorte da pesquisa no segundo ano do projeto;  Após a revisão pelo coordenador do projeto dos dados coletados, o resultado foi compartilhado com todo o grupo para que opinassem sobre possíveis divergências ou validassem o resultado alcançado;  Uma vez que a análise foi validada por todo o grupo, o texto retorna ao bolsista para que se prossiga com o processo de categorização das unidades, ou seja, o enquadramento de cada uma das unidades de significado em categorias simbólicas em busca de convergências e divergências entre as unidades de diferentes textos;  Após o processo de categorização dos textos, o resultado é enviado para: 1) validação do coordenador do projeto; 2) validação dos demais membros do projeto.

Ao final do segundo ano do projeto, 40 textos foram considerados devidamente analisados e categorizados, número equivalente a 43% do corpus total. No terceiro ano do projeto, referente ao presente relatório de pesquisa (2016-2017), o mesmo processo descrito acima foi realizado com o restante dos textos do corpus. A partir da descrição das categorias emergentes na análise dos 93 textos, foi possível o levantamento de 6

algumas conclusões que são apresentadas em “resultados e discussões” e “conclusões” nesse relatório. De maneira geral, o trabalho concluído compreendeu uma análise minuciosa e em grupo. Apesar da relativa lentidão do processo, destaca-se o valor da aprendizagem de todo o grupo a partir desse processo coletivo e conjunto, destacando esse como um dos principais objetivos da Iniciação Científica. Esse processo será continuado no diálogo do grupo para a divulgação dos dados coletados em eventos científicos e periódicos.

OBJETIVOS



Investigar aspectos fundamentais da relação de homens e mulheres com

experiências de ecomotricidade levantadas por estudos que abordam o tema, buscando a identificação de categorias analíticas que fundamentem percepções sobre como essas relações influenciam percepções ser humano-mundo. •

Realizar pesquisa bibliográfica para contínuo processo de construção do

conceito de ecomotricidade. •

Compreender se/como o conceito de ecomotricidade possibilita novos/diferentes

olhares sobre as relações corpo-meio ambiente, especialmente, que desafiem as lógicas atualmente estabelecidas nessas relações em diferentes campos de conhecimento. •

Criar estratégias de divulgação (nacional e internacional) dos resultados da

pesquisa com uso de tecnologias virtuais.

METODOLOGIA

Metodologia utilizada para análise dos dados

O corpus da pesquisa (conjunto de textos que constituem a amostra de análise) foi analisado a partir da “Analise Textual Qualitativa”, metodologia que se caracteriza pela produção de um metatexto a partir da interpretação de sentidos e significados de um conjunto de textos ou documentos (MORAES, 2003). A metodologia compreende três ciclos:

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1. Desmontagem dos textos: também denominado de processo de unitarização, implica examinar os materiais em seus detalhes, fragmentandoos no sentido de atingir unidades constituintes, enunciados referentes aos fenômenos estudados. 2. Estabelecimento de relações: processo denominado de categorização, implicando construir relações entre as unidades de base, combinando-as e classificando-as no sentido de compreender como esses elementos unitários podem ser reunidos na formação de conjuntos mais complexos, as categorias. 3. Captando o novo emergente: a intensa impregnação nos materiais da análise desencadeada pelos dois estágios anteriores possibilita a emergência de uma compreensão renovada do todo. O investimento na comunicação dessa nova compreensão, assim como de sua crítica e validação, constitui o último elemento do ciclo de análise proposto. O metatexto resultante desse processo representa um esforço em explicitar a compreensão que se apresenta como produto de uma nova combinação dos elementos construídos ao longo dos passos anteriores (MORAES, 2003, p.191).

Levando em consideração que todo texto possibilita uma multiplicidade de leituras, uma vez que cada leitor parte de diferentes referenciais teóricos e campos semânticos em que se inserem, a primeira fase (ou primeiro ciclo) da Análise Textual Qualitativa tem como principal objetivo a atribuição de sentidos e significados construídos a partir da leitura minuciosa de um conjunto de materiais textuais, que são, por sua vez, compreendidos como referências linguísticas de um determinado fenômeno em um determinado tempo. Nesse sentido, “os textos são assumidos como significantes em relação aos quais é possível exprimir sentidos simbólicos” (MORAES, 2003, p.193). Desta maneira, o conjunto de textos selecionados representa o corpus da análise textual, sua matéria-prima, e pode ter sido produzido especialmente para a pesquisa, como pode ser referente a documentos já existentes previamente. Entre os textos produzidos especialmente para a pesquisa aparecem entrevistas com atores da área investigada, registros de observação, depoimentos produzidos por escrito, anotações e diários diversos, etc. Documentos já existentes podem ser publicações de variada natureza, como relatórios diversos, editoriais de jornais e revistas, produções científicas, resultados de avaliações, etc. (MORAES, 2003). Nesse plano de trabalho o corpus é composto por artigos científicos que abordam atividades na natureza. Todos os processos previstos na metodologia proposta (unitarização do corpus, categorização das unidades de significado e elaboração de metatexto) foram realizados a partir da análise interpretativa dos pesquisadores, sempre tendo como base para esse processo interpretativo as questões e objetivos centrais da pesquisa.

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Definição do corpus e coleta de dados

O corpus do presente plano de trabalho é composto por artigos científicos que abordam atividades na natureza. Os seguintes critérios foram usados para a seleção do corpus: a) primeiro, foram selecionados os periódicos nos quais seriam feitas as buscas pelos artigos seguindo os seguintes critérios: (a) são reconhecidos nacionalmente como veículos de divulgação científica na área de educação física, estando listados no Sistema Integrado da CAPES na Área de Avaliação “Educação Física” ou “Interdisciplinar”; (b) possuem banco de dados digitalizado de livre acesso com possibilidade de pesquisa computadorizada por palavra chave; (c) apresentam uma descrição de “foco e escopo” com abertura para a possível publicação de artigos com ênfase na temática abordada nessa pesquisa (a tabela com a lista completa de periódicos pesquisados é apresentada como Apêndice 1). Não foi definido, a priori, um espaço temporal para a seleção dos artigos. Esse espaço foi definido em cada periódico pela disponibilização de seu banco de dados digitalizado; b) após a seleção dos periódicos, começou a busca nos bancos de dados digitais usando palavras-chave para serem pesquisadas em cada um dos periódicos. As seguintes palavras-chave foram definidas para a busca: “Aventura”; “Radical”; “Radicais”; “Esportes de ação”; “Atividades de ação”; “Natureza”; “Meio Ambiente”. A pesquisa resultou em uma seleção de noventa e três (93) artigos completos que constituem, em seu conjunto, o corpus da pesquisa (a tabela com a lista completa de artigos que compõem o corpus da pesquisa é apresentada como Apêndice 2).

Divulgação dos resultados da pesquisa

Além da publicação dos resultados da pesquisa em periódicos científicos, faz parte da metodologia de divulgação dos resultados da pesquisa uma plataforma virtual (www.ecomotricidade.blogspot.com). Essa plataforma também tem como objetivo a comunicação direta com interessados no tema por meio de canais de diálogo e fóruns de discussão.

RESULTADOS E DISCUSSÕES/CONCLUSÕES

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A partir da análise dos noventa e três (93) textos que compõem o corpus da pesquisa foram realizadas as etapas de unitarização (as unidades de significado destacadas dos 93 textos são apresentadas como Apêndice 4) e categorização (processo iniciado já durante a unitarização dos textos; esse processo de pré-categorização é apresentado juntamente com as unidades de significado no Apêndice 4) referentes à metodologia de Análise Textual Qualitativa. A análise resultou na emergência de sete (07) categorias que agrupam todo o conjunto de unidades de significado destacadas do corpus: Relação com meio ambiente/natureza; Relações com o jogo e com o esporte; Risco; aventura; radical; Benefícios e sensações positivas; Espaço e tempo para educação (ambiental); Opção de lazer; Formação de culturas e identidades. Nas próximas páginas apresentamos a descrição de cada uma das categorias, assim como algumas unidades de significado enquadradas nas respectivas categorias para melhor contextualização. De modo geral, as categorias colocam em evidência as principais características associadas às terminologias e experiências descritas nos textos analisados. Uma tabela com as terminologias, as características significadoras e exemplos de atividades destacadas do corpus é apresentada como Apêndice 3.

Relação com meio ambiente/natureza:

Essa categoria reúne unidades de significado que colocam em evidência a direta relação das experiências descritas nos trabalhos com o meio ambiente ou com a natureza, sendo essa uma característica fundamental das experiências na natureza. De modo geral, reúnem-se nessa categoria unidades de significado que trazem ações/movimentos, práticas, atividades que têm o meio ambiente ou a natureza como fator/lugar específico para a expressão de suas manifestações. A análise das unidades mostra como essas relações se manifestam de diferentes maneiras, destacando-se: a) o convívio (harmonioso) com o meio ambiente; b) o contato direto com a natureza; c) a necessidade da natureza como cenário para realização/expressão da prática; d) uma intensa relação com a natureza. Acreditamos que o conhecimento e as vivências das AFA proporcionem aos alunos do Ensino Fundamental sensações e experiências que atinjam a todos seus aspectos formativos, de maneira que sejam práticas adaptadas à estrutura da escola e que propiciem o convívio com meio ambiente (Unidade 1.1).

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[...] essas novas atividades que surgem representam práticas alternativas e criativas de manifestação do lazer, que podem aqui ser exemplificadas pelos “novos esportes” que requerem a natureza como cenário principal para a sua realização (Unidade 11.1). Nas palavras de Cláudio Consolo (2003, p.24), presidente da Associação Brasileira de Parapente, “entendemos que a interação com a natureza proporcionada pelas práticas esportivas de aventura é o elo que unem todos os ‘radicais’ a seus esportes”. A relação com a natureza pode mesmo ser vista como um dos elos fundamentais na caracterização dessas práticas (Unidade 15.3). É notória a estreita relação entre esporte de aventura e natureza, uma vez que o meio ambiente se apresenta como cenário para a realização das modalidades do referido segmento esportivo, que suscita constante interação entre praticante e natureza (Unidade 45.6).

Dentre as experiências descritas, existem também as que são realizadas no meio urbano, evidenciando-se nos discursos relações mais intensas ou apenas “superficiais” com a natureza. Em alguns casos caracterizam uma relação com o meio de forma harmônica, cuidadosa, despertando princípios educativos; em outros, caracterizam uma relação desconexa e exploratória. A quarta categoria tratou de identificar as relações que se estabelecem entre ser humano e caverna, por meio da prática do caving. Entre essas, pode se destacar a relação de respeito à natureza e de defesa do meio ambiente [...] (Unidade 22.15). Vivências corporais na natureza precisam estabelecer uma relação harmônica do homem com o meio ambiente, pautada no respeito aos recursos naturais, superando, dessa forma, a relação de domínio e de uso inadequado desses recursos (Unidade 21.6). Nas atividades de aventura na natureza, o envolvimento com os parceiros, o deslizamento pela água, o cheiro da mata, os ruídos das cachoeiras e dos animais, as cores do céu e das flores segregam um espírito lúdico, evocando a sensibilidade (Unidade 43.8). Ofertadas em atividades do âmbito do lazer, muitas opções visam a resgatar, não só as sensações e as percepções construídas a partir de uma corporeidade urbana, mas também, permitem auto-reflexão e questionamento profundos sobre as formas com que o ser humano se relaciona com o meio a que está exposto e interage sistematicamente (Unidade 44.1).

Um ponto a levar em consideração é que não foi encontrada nenhuma idiossincrasia nessa categoria. Ou seja, não houve nenhuma orientação nos artigos analisados que indique uma possível dissociação entre as experiências descritas e o meio ambiente/natureza. Essa consideração, aliada ao elevado número de unidades nessa categoria, evidencia como a relação com o meio ambiente/natureza é uma forte característica das experiências descritas/analisadas nos trabalhos. 11

Relações com o jogo e com o esporte

As unidades enquadradas nesta categoria mostram como característica das experiências

descritas

nos

trabalhos

analisados

uma

próxima

relação

às

atividades/práticas de esporte, mais especificamente os esportes tradicionais, assim como relações diretas com o (conceito de) jogo. Nesse sentido, as unidades destacam: a) a valorização da singularidade das posturas e movimentos consequentes das atividades; b) o pertencimento ao universo dos jogos; c) a concepção do esporte como fenômeno polissêmico (incluindo as experiências na natureza). Sobre as características desses esportes, vou me deter na abordagem de Pociello (1995: 118), o qual destaca uma tendência na substituição de gestos envolvendo força e energia, por gestos de domínio e controle informacional do corpo, valorizando a singularidade das posturas e movimentos, estetizando a exploração curvilínea dos impulsos (Unidade 4.7). [...] esse “novo esporte” contém características do esporte tradicional, mas o praticante busca nele outro motivo para a prática ou então muda determinados códigos no jogo encontrando um sentido mais individualizado a prática (Unidade 12.2). Não obstante, esse estado de profundo envolvimento com a atividade só é alcançado quando a pessoa atinge uma série de fatores, como ter metas claras e feedback compatível e os desafios e habilidades estarem equilibrados, ou seja, quando ela perceber que tanto os desafios quanto suas capacidades são elevados. Assim a atenção se torna ordenada e recebe total investimento (Unidade 55.5). Nesse contexto de evolução, observa-se, nos estudos empreendidos por Coiceiro (2007), que, a partir da transição paradigmática, da modernidade para pós- modernidade, surgem novas práticas esportivas, entre elas os esportes praticados na natureza. Trata-se de uma vertente esportiva que elegeu os diferentes ambientes naturais (terrestre, aéreo e aquático) como locus privilegiado para sua manifestação (Unidade 70.2).

Nessa categoria há uma alta incidência de idiossincrasias. Considerando que a categoria reúne unidades de significado que associam as experiências descritas nos textos com o esporte (tradicional) ou com o jogo, as idiossincrasias reúnem unidades que contrariam essa lógica, ou seja, compreendem experiências “cujas características se diferenciam dos esportes tradicionais” (unidade 20.5) ou dos jogos. Ao contrário de esportes tradicionais e institucionalizados que possuem regras previamente definidas para sua prática, o montanhismo não possui normas oficiais que o regulem. Talvez, por suas características, o montanhismo não necessite de regras oficias, uma vez que abarca diversas

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modalidades e é realizada em um ambiente sobre o qual o ser humano não tem controle (Unidade 14.4). Atividades na natureza” foi o termo, por mim escolhido, para designar as diversas práticas manifestadas, nos mais diferentes locais naturais (terra, água ou ar), cujas características se diferenciam dos esportes tradicionais, tais como as condições de prática, os objetivos, a própria motivação e os meios utilizados para o seu desenvolvimento, além da necessidade de inovadores equipamentos tecnológicos possibilitando uma fluidez entre os praticantes e o meio ambiente (Unidade 31.2). Segundo Costa (2000), o aparecimento e a difusão de esportes que têm como característica a aventura e o risco calculado reorganizaram o sistema de esportes, produzindo uma ruptura com as práticas esportivas convencionais, veiculadas no esporte-espetáculo, produzindo uma renovação simbólica e de signos que se fizeram presentes no imaginário esportivo de séculos passados, bem como remanejando elementos existentes anteriormente nos esportes, dando-lhes novas configurações (Unidade 75.1). Embora a aventura, como experiência subjetiva da busca de emoções frente ao inusitado, talvez seja uma constante antropológica, é na contemporaneidade que se experimenta uma diversificação de atividades de aventura, na perspectiva do lazer. Em tese, elas estão ligadas a sensações de risco e vertigem, exacerbações controladas das emoções e, em muitos casos, congraçamento com a natureza e com outras dimensões sensíveis, cuja busca de revalorização aponta para um diferencial dessas práticas em relação aos esportes convencionais (BRUHNS, 2003; SCHWARTZ, 2006; MARINHO, 2008) (Unidade 82.1).

A equivalência quantitativa na categoria entre unidades consonantes e idiossincráticas demonstra como a relação entre as experiências na natureza e os esportes tradicionais e os jogos ainda é um tema de debate pelos pesquisadores da área – posto como questão: como as experiências na natureza se assemelham às práticas tradicionais de esporte ou de jogo e quais características dessas experiências podem ser compreendidas como particulares?

Risco; aventura; radical

Todas as unidades de significado que se enquadram nessa categoria estão diretamente relacionadas à caracterização das experiências descritas a partir de elementos de risco, da aventura ou que trazem a ideia de “radical”, associados, especialmente, a sensações de adrenalina e de medo. Dentre as análises feitas nos artigos, pode-se destacar: a) a presença de riscos de diferentes proporções; b) relativa exposição a riscos (risco virtual ou imaginado diante de um cenário de muita segurança; ilusão de segurança na presença real do risco); c) busca intencional pela aventura; d) imprevisibilidade do terreno de prática; e) risco controlado (análise de risco). 13

Nos anos 80, houve um grande desenvolvimento dos “esportes radicais”, que atingiram na presente década um maior nível de organização e controle dos riscos envolvidos, devido principalmente à contribuição dos meios de comunicação, dos equipamentos de segurança utilizados e dos recursos empregados (Unidade 7.1). A relativa exposição a riscos, a intencional busca pela aventura e a imprevisibilidade do terreno de prática, são todos elementos que acabam reforçando tais sentidos nesses esportes (Unidade 13.7). Aliados às fortes sensações, vertigem e possibilidades de testar os próprios limites, encontram-se, na prática do esporte de aventura, riscos de diferentes proporções, como quedas, colisões, escoriações, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estar, entre outros (Unidade 25.3). Os praticantes das AFAN lidam a todo instante com o risco, mesmo que controlado, com a vertigem, com o medo, evocando sentimentos de aventura e emoção (Unidade 38.9). Dentre os possíveis adeptos dessas atividades, são muitos os que acreditam na concretização do “sonho de aventura”, promovido por diversos meios de comunicação (Unidade 85.6). [...] O risco e as práticas corporais na natureza são atividades interligadas ao lúdico, em que podem ser classificadas em risco calculado ou real. [...] Estudos revelam que as práticas corporais na natureza podem ser favoráveis ao risco sejam elas mais ou menos arriscadas (Unidade 90.1).

A elevada quantidade de unidades enquadradas nessa categoria mostra como a associação a elementos de risco (reais, controlados ou imaginários) e à busca da aventura ou do radical ainda é uma forte característica das experiências na natureza.

Benefícios e sensações positivas

Essa categoria apresenta unidades de significado nas quais se destacam como características das experiências descritas nos textos diferentes benefícios e sensações positivas. Como exemplo dos benefícios encontrados nos textos, destacam-se: a) a relativa autonomia proporcionada pelas experiências na natureza e como essa autonomia possibilita a construção de um “saber ambiental”; b) benefícios associados ao desenvolvimento pessoal; c) benefícios associados ao desenvolvimento comunitário, especialmente econômico, em comunidades onde se encontram os “lugares de privilégio” para as experiencias na natureza. As práticas de esportes e lazer devem funcionar, portanto, como alimento de nossas células, de nossos organismos, de nossos corpos que, como ecossistemas abertos, vai alimentar a nossa autonomia, ainda que dependente em relação ao meio externo. É essa autonomia que vai possibilitar a

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construção do nosso conhecimento, a construção do saber ambiental (Unidade 30.1). As sensações sentidas durante as AFAN despertam em seus praticantes características de compromisso, superação de limites, autoconfiança, companheirismo, tolerância ao sucesso e ao fracasso, e são apontadas como sinônimo de prazer e bem-estar (Unidade 38.15). Assim, a aderência às atividades físicas na natureza estimula uma integração entre necessidade e prazer, oriundos dos diversos aspectos positivos das vivências em meio natural (Unidade 72.5). Ao serem indagados sobre possíveis impactos ambientais e sociais (população local) que a prática de esportes de aventura possa vir a provocar, os entrevistados foram unânimes na consideração de que o turismo de aventura, especificamente em Brotas, tem possibilitado impactos positivos à população local, no que se refere à economia local, à geração de renda e de empregos (Unidade 75.6).

Já em relação às sensações positivas, há uma grande variedade descrita nos textos, tais como sensações de liberdade, de diversão, de desafio, de bem-estar, de paz, de tranquilidade, dentre tantas outras. Desse modo, as sensações positivas colocam-se como forte característica das experiências descritas, muitas vezes, inclusive, como uma particularidade desse tipo de experiência em relação às experiências cotidianas, demonstrando certo sentido de “fuga” ou de “válvula de escape”, criando um antagonismo em relação aos fardos do dia-a-dia (liberdade em oposição ao confinamento do trabalho, do trânsito, das cidades; diversão em oposição à monotonia do cotidiano; bem-estar em oposição ao estresse; paz e tranquilidade em oposição à correria do fast life; socialização em oposição à frieza das relações urbanas; etc.). Acreditamos que as AFA proporcionam a auto-realização, liberdade, superação, emoção, desafio e prazer (Unidade 1.5). Na análise dos resultados, da primeira categoria (significados e sentidos da caverna e do caving), os dados indicam que os participantes da amostra atribuem à caverna sentidos desejados e não encontrados em seu cotidiano do dia-a-dia, destacando, dentre eles, paz, tranquilidade, descanso, encontro pessoal, espontaneidade, harmonia e sociabilidade (Unidade 22.8). O prazer, o contato com a natureza, a diversão, a emoção, a aventura, a não distinção de sexo ou idade, o risco e a incerteza são características das atividades junto ao meio natural (Unidade 28.4). Além disso, as AFAN oferecem a possibilidade de vivenciar sentimentos de prazer e alegria, em função de suas características que promovem, inclusive, a ampliação do senso de limite da liberdade e da própria vida (Unidade 53.16). Bruhns (2003) expõe que essas práticas de aventura podem ser responsáveis por proporcionar um efeito purificador (catártico), conduzindo as pessoas ao bem-estar e à alegria, por sua constituição no ambiente natural, onde há o

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intenso contato com a fauna, a flora, com alturas e outros aspectos peculiares, elementos estes capazes de provocar tal efeito catártico, o qual produz prazer e sensações de leveza aos corpos aventureiros (Unidade 64.8). Uma característica a ser ressaltada é a de que a prática dessas atividades, muitas vezes, passa a ser uma válvula de escape da vida cotidiana e do estresse da vida urbana, que se reflete na busca do elemento “exótico” nas viagens à natureza e em uma certa fuga de valores que são vividos no cotidiano das pessoas (Unidade 75.3). Há a morte simbólica de um homem que se desafiou, que penetrou num túnel obscuro de treinamentos, de sacrifícios e, ao vencer, ultrapassou o portal da imortalidade e desfruta a experiência de retornar ao mundo dos comuns mais forte, mais espiritualizado e assim sentir-se renascido (Unidade 88.5).

Há algumas idiossincrasias enquadradas nessa categoria, relacionadas a pontos negativados associados às atividades. Destacam-se como os mais recorrentes os impactos (socioambientais) degradantes e a submissão à lógica do mercado. Somado a esse perfil atual de indiferença, há uma gestão dificultosa das áreas protegidas nacionais, tanto pelo poder público como por usuários, sejam entidades civis ou turistas esporádicos, influenciados pela divulgação, por parte da mídia, de uma natureza reduzida a cenário, para o lazer compensatório/amenizador da rotina urbana. Nesse contexto, as atividades de aventura ao ar livre parecem não se encaixar como ações ambientais, ou seja, não propiciam benefícios evidentes à natureza quando de suas execuções e sempre causarão impactos, por mínimos que possam ser (Unidade 23.15). As AFAN apresentam-se como espaços de reintegração entre os seres humanos e a natureza. Entretanto, como acontece com a maioria das atividades criadas no âmbito das sociedades ocidentais modernas, acabam submetendo-se à lógica do mercado, e afastando-se da possibilidade de interesses voltados à cidadania e à emancipação humana e social (INÁCIO et. al., 2005 a) (Unidade 38.10). No entanto, esses autores também ressaltam a presença de aspectos negativos com a prática constante e sem critérios éticos dessas atividades no ambiente natural, o que promove a degradação e a destruição desses espaços de fruição (Unidade 39.6). Diversas atividades de aventura têm sido denunciadas por seu caráter degradante: veículos motorizados em regiões sensíveis, visitação acima da capacidade adaptativa dos locais, rastros na forma de lixo, equipamentos avariados/esquecidos, entre muitas outras. O acesso livre amplia as possibilidades de degradação (Unidade 78.1). Conforme Silva e Freitas (2010), são necessárias estratégias de intervenção para estas práticas, visto que, com o aumento do interesse e da procura de citadinos pela aventura em ambientes incertos, cresce também a degradação ambiental, causada pela falta de orientações e de intervenções educacionais propícias para a conservação e a ética ambiental (BARROS; DINES, 2000) (Unidade 87.2).

Essa é a categoria com o número mais representativo de unidades de significado, tanto de unidades consonantes quanto de idiossincrasias. Fica evidente a forte tendência 16

dos textos em associar sensações positivas e benefícios às experiências na natureza, mostrando uma preocupação dos textos em “divulgar” essas experiências como “boas práticas”, tanto para o desenvolvimento do ser humano como de sua relação com o meio, ou seja, caracterizando as experiências descritas como um interessante meio para o desenvolvimento socioambiental. No entanto, interessante observar nos textos como há a presença, mesmo que tímida, de preocupações em relação às possíveis consequências negativas dessas experiências, como o fortalecimento de uma indústria cultural (associada, especialmente, aos mercados de lazer e turismo) pela apropriação da natureza como um bem de consumo (que também teriam graves consequências no plano das relações ser humano-natureza) e os possíveis impactos socioambientais das experiências descritas, como a transformação de ambientes nativos, assim como culturas que dependem desses ambientes (comunidades que vivem nesses ambientes).

Espaço e tempo para educação (ambiental)

Esta categoria reúne unidades de significado que evidenciam uma direta relação das experiências descritas nos textos a possibilidades de educação, incluindo uma educação voltada para aspectos de conservação do meio e de reconstrução das relações ser humano-meio ambiente (educação ambiental). Diante da análise dos artigos, pode-se destacar como as atividades dependem de alguns fatores, dentre eles: a) as características regionais e os recursos naturais disponíveis; b) a compreensão sobre a necessidade de conservação do meio ambiente; c) ao potencial para o desenvolvimento de práticas de educação ambiental. Essas possibilidades de atividades de lazer em contato com o meio natural de maneira equilibrada e orientada possibilitam ao individuo desenvolver uma melhor compreensão a cerca das necessidades de preservação do meio ambiente, entra aí a educação ambiental como complementador desse despertar da consciência dos cuidados necessários a serem tomados quando se pretende usar ambientes naturais para a prática do lazer (Unidade 18.6). Ações ambientais vinculadas às atividades de aventura ao ar livre são possibilitadas quando há predisposição do visitante do ambiente natural a aprender e contribuir com a conservação da natureza e quando são delineadas estratégias a promover vivências que agreguem responsabilidade ambiental (Unidade 23.14). Acreditamos no grande potencial existente nas atividades na natureza de maneira geral, e não somente no montanhismo, para o desenvolvimento de práticas de educação ambiental que englobem as três ecologias de Guattari –

17

social, do meio ambiente e da subjetividade humana – e que sejam multidisciplinares (Unidade 28.11). Ou seja, as atividades na natureza requerem um repensar sobre o meio ambiente a partir de três principais aspectos interdependentes: a prática; a conservação ambiental e o processo educativo (Unidade 31.10). As práticas lúdicas, usando essas trilhas temáticas, contribuíram sociopedagogicamente com a orientação e as vivências de práticas lúdicas junto à natureza, com jogos, contemplação, caminhadas, brincadeiras, expressão corporal, norteando princípios para consolidar atitudes de exploração e preservação ecológica, com base no conhecimento, expressão e sensibilidade corporais (Unidade 81.3). O objetivo da Declaração é definir valores atuais nessas práticas, não se instituindo como leis deterministas para o esporte, mas colocando-se como orientação à reflexão do escalador. Buscar a conscientização dos praticantes de atividades esportivas na natureza nos reporta a Morin (2003) quando afirma que é por essa reflexão que pode nascer a consciência para a concretização de valores (Unidade 86.3).

As idiossincrasias enquadradas nessa categoria indicam as limitações das experiências descritas como meio para a educação (ambiental). As preocupações relativas à minimização de impactos são pertinentes e proliferam, pois segundo Costa (2000), nem sempre os praticantes de atividades na natureza apresentam uma maior preocupação com a preservação ambiental, apesar dos mesmos dependerem da mesma para suas atividades e serem gradualmente seduzidos pela natureza, por suas paisagens e por sua energia (Unidade 28.8). No caso das atividades esportivas em ambientes naturais, muitas vezes, a satisfação trazida por tais práticas relaciona-se a uma espécie de (pseudo) aventura, produzindo uma definição bastante reduzida da natureza. Esta, por sua vez, passa a ser encarada como um mero local de atividades, cujo propósito é limitado a servir às necessidades do praticante que procura por satisfação e prazer (Unidade 79.1).

O que fica evidenciado nessa categoria é uma tendência em se associar as experiências na natureza com possibilidades de aprendizagem, inclusive em relação a aspectos de conservação do meio e de reconstrução das relações ser humano-natureza. Essa tendência segue a lógica construída pelos discursos de educação ao ar livre (outdoor education/learning) e de educação experiencial que ganham força internacionalmente nas últimas décadas. No entanto, importante destacar nos textos a presença, mesmo que tímida, de preocupações sobre possíveis limitações dessa relação, uma vez que a maneira como o ser se relaciona com o meio pelas experiências na natureza varia muito, podendo, inclusive, se constituir em relações que reforçam atitudes compreendidas como predatórias/impactantes. 18

Opção de lazer

Todas as unidades de significado enquadradas nessa categoria trazem características que relacionam as experiências descritas com contextos de lazer, inclusive as contextualizando como experiências de lazer. Dentre as características que se inserem nessa descrição pode-se destacar: a) a contextualização das experiências na natureza como hábito de lazer ou como vivências de lazer; b) o pertencimento ao âmbito do lazer (características semelhantes); c) diferentes formas de lazer caracterizadas pelo envolvimento com o meio. Já sob estes aspectos, vemos, em primeiro lugar, sua incorporação como um veículo para a fruição do tempo livre, ou seja, um esporte capaz de se constituir como possibilidade cada vez mais atraente para vivências de lazer (Unidade 13.10). É neste contexto que, encontra-se o montanhismo, uma prática corporal de aventura na Natureza, pertencente ao âmbito do lazer e que tem os morros e montanhas como lócus para realizar-se (Unidade 14.6). É fato que as atividades de esporte de aventura e risco calculado vêm despertando a atenção das pessoas, aumentando-lhes a popularidade em todo o mundo como forma de lazer nos diferentes meios naturais (Unidade 25.9). A prática de atividades de aventura despontam nesse sentido: impulsionadas pelo desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas, utilizando-se da tecnologia infiltrada na esfera da recreação e do lazer (Unidade 79.8).

Apesar de sentirmos a necessidade de criação de uma categoria específica para enquadrar as unidades de significado que associam as experiências descritas ao universo do lazer, essa categoria não apresenta muitas unidades de significado. De maneira geral, as unidades enquadradas nessa categoria aparecem em textos que iniciam a discussão já caracterizando as experiências descritas como “experiências de lazer”, buscando compreender as possibilidades de desenvolvimento socioambiental a partir dessas experiências. No entanto, ainda é bem mais recorrente a caracterização das experiências na natureza associadas ao esporte ou a atividades de aventura. Mesmo que a caracterização como esporte ou atividade de aventura possa ser posteriormente enquadrada também como contextos de lazer, não há uma grande frequência de textos que discutam diretamente as relações entre essas experiências e os contextos específicos do lazer.

Formação de culturas e identidades 19

As unidades de significado que se encontram nessa categoria estão diretamente relacionadas a características que evidenciam a potencial formação de culturas e identidades a partir das experiências (regulares) na natureza. Nesse sentido, os textos destacam como a cultura específica criada/legitimada nos limites temporais e espaciais das experiências na natureza pode refletir na identidade do indivíduo que, ao ter essas experiências com frequência, começa a incorporar essa cultura específica em seus modos de pensar e agir. Assim, foram identificadas nessa categoria unidades que evidenciam: a) conjuntos de símbolos definidores de identidade; b) elementos que podem contribuir para a formação integral do ser humano; c) incorporação de referências comportamentais das experiências na natureza. Aliás, a incorporação cotidiana de um universo de referências comportamentais extraídas do esporte será mesmo um traço distintivo do surfe, onde não é exagerado afirmar que o estilo de vida dos surfistas já se tornou uma cultura popular (RENNEKER, 1987). Nesse sentido, tornar-se praticante de um desses esportes significa, em outras palavras, vincular-se a um determinado conjunto de símbolos definidores de identidade (DIAS; ALVES JUNIOR, op.cit.) (Unidade 13.8). As atividades de aventura ao ar livre podem ser vistas como propostas de lazer na perspectiva do desenvolvimento, visando contribuir para a formação de um ser humano integral, crítico e criativo, consciente “[...] de sua responsabilidade para com o meio que o cerca” (DUMAZEDIER, 1980, p. 24), capaz de participar intelectual e culturalmente da vida em grupo, num acampamento, no bairro, no país, no planeta, vivenciando e gerando valores questionadores da ordem social vigente, de modo a promover mudanças na sociedade como um todo (Unidade 23.3). Uma explicação mais aprofundada de sentimentos como satisfação, felicidade e auto-realização percorre caminhos teóricos de vários aspectos do ser holístico que é o ser humano, no qual se compreende o inacabado, a procura da evolução como busca do mais humano, inventando sua identidade cultural a partir de intervenções em si mesmo e na natureza (VILLAÇA e GÓES, 1998) (Unidade 29.1). É neste sentido que considero possível entender o lazer, particularmente as práticas corporais vivenciadas na natureza, como campo de experiências humanas privilegiadas junto aos processos de constituição de subjetividades, já que, ao potencializar os aspectos anteriormente destacados, oferece uma rica possibilidade de exercitar e intensificar uma relação renovada consigo próprio, com a cultura e com a alteridade, aí incluídos os outros seres humanos e os demais seres e elementos do planeta (Unidade 32.1). Apesar disso, não é possível reduzir as práticas e as atitudes dos praticantes de esportes de aventura ao simples “gosto pela aventura” e por “adrenalina”, haja vista que alguns demonstraram perceber as possibilidades de mudança de comportamentos em sua vida na cidade, tanto no que se refere à convivência no trabalho e na família, quanto no que se refere à mudança de

20

atitudes em relação aos comportamentos adotados no meio ambiente (Unidade 75.7). De lá para cá, outros investigadores, fundamentados, em sua maioria, na opção dialética, apontam a relação seres humanos-natureza, por meio das atividades de aventura, como um espaço-tempo significativamente privilegiado para uma transformação do sujeito, da sociedade e das relações (Unidade 78.6).

Essa categoria apresenta uma característica fundamental para a compreensão das possíveis transformações que podem ocorrer nas relações ser humano-natureza decorrentes diretamente das experiências na natureza. Independente da intencionalidade inicial que leva o indivíduo a buscar essas experiências, os elementos evidenciados nessa categoria destacam a possibilidade da transformação não só de valores específicos nesse indivíduo, como uma simples incorporação de normas, mas de uma transformação mais profunda, que envolve sua identidade, ou seja, a maneira como constrói a visão de si e de si com o mundo (com os outros e com o ambiente). Essa concepção pode ter profundas repercussões na construção dos discursos que buscam compreender as possibilidade e limitações entre as experiências na natureza e possíveis (re)construções de parâmetros socioambientais.

CONCLUSÕES

As categorias construídas a partir da análise das unidades de significado destacadas do corpus da pesquisa colocam em evidência algumas das principais características atribuídas às experiências na natureza tais como descritas por pesquisadores/autores que vêm publicando sobre o assunto no Brasil. O agrupamento dessas características também se faz importante por evidenciar que, por mais distintas que essas experiências sejam, variando desde esportes, atividades de aventura e contextos de lazer, algumas características são convergentes, criando uma identidade para esse tipo de experiência que tem a relação com o meio como ponto em comum. Considerando, mais especificamente, o contraste com o conceito de ecomotricidade desenvolvido no projeto “A ecomotricidade no estado de Sergipe”, esse mapeamento das características das experiências na natureza, assim como as convergências, idiossincrasias e pontos silenciosos dessa análise, são fundamentais. Compreendendo a ecomotricidade como a intencionalidade do ser em suas inter-ações com a natureza, desde que essa inter-ação seja lúdica (experiência significada pela 21

alegria ou o prazer circunscritos à própria experiência) e ecológica (satisfazem os preceitos ecosomaestéticos-ambientalmente éticos-ecopolíticos da justiça ambiental), as seguintes conclusões podem ser feitas a partir da análise realizada sobre o corpus desse Plano de Trabalho: a) Há uma grande diversidade de nomenclaturas utilizadas para a designação das diferentes manifestações de experiências na natureza. No entanto, a direta relação do ser com a natureza (independente da concepção de natureza apreendida) é uma das características fundantes das experiências na natureza. Desse modo, as experiências descritas, mesmo considerando-se a diversidade de expressões e ambientes envolvidos, se enquadram na primeira característica instituinte da ecomotricidade – a intencionalidade do ser à inter-ação com a natureza. b) Há uma série de características identificadas na análise dos textos que evidenciam o caráter fundamentalmente lúdico das experiências descritas. Essas características aparecem, sobretudo, nas categorias “Relações com o jogo e com o esporte” (compreendendo o lúdico como a origem da busca pelo jogo e pelo esporte – HUIZINGA, 1980); “Risco; aventura; radical” (uma vez que a busca pelo risco, pela aventura e pelo radical, nesses casos, é voluntária e espontânea, caracterizando-se a essência lúdica nesses elementos – PIMENTEL; MARINHO, 2010); “Benefícios e sensações positivas” (compreendendo-se a essencialidade do prazer e da alegria associada ao lúdico, elementos que estão na base das sensações positivas – PIMENTEL, 2010); “Opção de lazer” (campo no qual o lúdico se manifesta de maneira mais proeminente – MARCELLINO, 2000). c) O elemento de maior restrição à caracterização mais geral das atividades descritas nos textos analisados como manifestações de ecomotricidade é a necessária essência ecológica pressuposta nas inter-ações do ser com a natureza na ecomotricidade. O prefixo “eco” só se justifica diante desse pressuposto ecológico, diretamente associado aos preceitos ecosomaestéticos-ambientalmente éticos-ecopolíticos (PAYNE et al., no prelo) da justiça ambiental. Apesar do número representativo de unidades de significado reunidas na categoria “Espaço e tempo para educação (ambiental)”, as limitações à associação entre as experiências descritas nos textos e os pressupostos ecológicos não se limitam às idiossincrasias apontadas nessa categoria. Há uma série de fatores que inibem a relação ecológica em experiências na natureza, destacando-se as motivações diversas que levam o indivíduo a buscar tais experiências, podendo ser essa 22

motivação, por exemplo, utilitária (como o uso da natureza simplesmente como palco para a prática de esportes e atividades da saúde, como o ecofitness e o exercício verde) ou consumista (como a apropriação de uma experiência turística ou recreativa) (RODRIGUES; GONÇALVES JUNIOR, 2009). Nesse sentido, destaca-se ainda a forte influência do mercado do lazer/entretenimento na composição do imaginário das experiências na natureza (RODRIGUES; STEVAUX, 2011). De modo geral, o ideal inevitável da ecomotricidade em seus pressupostos lúdicos e ecológicos é a efetiva mudança em direção ao habitus ecológico (CARVALHO, 2010). Tal possibilidade de mudança no habitus, evidenciada, inclusive, pelas unidades de significado reunidas na categoria “Formação de culturas e identidades”, não conjuga-se na mera reflexão momentânea de valores “ambientalmente corretos”, como uma normatividade que em nada se diferencia dos manuais de etiqueta que instauram certo código de conduta socialmente determinado, geralmente, pela instância dominante daquela sociedade, logo, de difícil apreensão pelas camadas oprimidas, reforçando-se sua marginalização. A mudança de habitus que se instaura como o ideal inevitável da ecomotricidade depende de uma série de fatores experiencias (temporais; espaciais; pedagógicos) que dificilmente se fazem presentes em experiências esporádicas na natureza (FAY, 1987; RODRIGUES, 2015b). Tal envolvimento aflora, sobretudo, na regularidade da experiência ecológica; na vivência repetida na/com a natureza, conduzida por uma ecosomaestética-ética ambientalecopolítica refletida na cotidianidade do movimento intencional de transcendência.

PERSPECTIVAS Com a finalização do presente Plano de Trabalho, a perspectiva é a publicação da análise sobre os dados coletados, assim como o contínuo desenvolvimento da temática em ações futuras. Como ações mais específicas, destacam-se: a) submissão dos resultados como proposta de comunicação oral para o VII Colóquio de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana, que será realizado em Aracaju em outubro de 2017, com temática central “ecomotricidade e bem viver”; b) elaboração de um dossiê sobre a temática “ecomotricidade” envolvendo todos os membros que participaram dos três anos do projeto “A ecomotricidade no estado de Sergipe”; o dossiê já está em fase de confecção, sendo 10 artigos escritos pelos participantes do projeto como membros externos (todos professores de instituições de ensino superior) e 1 artigo escrito pelo 23

grupo de desenvolvimento local do projeto; c) contínuo desenvolvimento da plataforma digital

do

projeto,

que

pode

ser

acessada

no

endereço

eletrônico

.

OUTRAS ATIVIDADES Além das atividades previstas no atual Plano de Trabalho, outras foram colocadas em prática dentro dos planos de trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: tecnologias virtuais e construção de conhecimentos” e “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo empírico”. Entre as atividades realizadas nesses Planos de Trabalhos destacam-se: a) coleta de novos dados por meio de pesquisa em sítios eletrônicos e entrevistas em pesquisas de campo; b) atualização da plataforma virtual, na qual são divulgados os resultados da pesquisa; c) participação nas discussões para construção de metatextos a partir dos dados coletados. Além disso, foi iniciada a elaboração de trabalhos para apresentação no VII Colóquio de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana, que será realizado em Aracaju em outubro de 2017, com temática central “ecomotricidade e bem viver”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MARCELLINO, N. C. Lazer e educação. 6.ed. Campinas: Papirus, 2000.

MORAES, R. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência e Educação, v.9, n.2, p.191-211. 2003.

PAYNE, P.; RODRIGUES, C.; CARVALHO, I.; FREIRE, L.; AGUAYO, C.; IARED, V. G. Affectivity in Environmental Education Research. Pesquisa em Educação Ambiental. No Prelo.

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PIMENTEL, G. G. A.; MARINHO, A. Dos clássicos aos contemporâneos: revendo e conhecendo importantes categorias referentes às teorias do lazer. In: PIMENTEL, G. G. A. (Org.). Teorias do lazer. Maringá: Eduem, 2010. p.11-42.

RODRIGUES, C. O (não) lugar das sinergias motricidade-meio ambiente em contextos escolares. In: CORRÊA, D. A.; LEMOS, F. R. M.; RODRIGUES, C. Motricidade escolar. Curitiba: CRV, 2015a. p.147-172.

RODRIGUES, C. O vagabonding como estratégia pedagógica para a “desconstrução fenomenológica” em programas experiencias de educação ambiental. Educação em Revista, v.31, n.01, p.303-327, 2015b.

RODRIGUES, C.; GONÇALVES JUNIOR, L. Ecomotricidade: sinergia entre educação ambiental, motricidade humana e pedagogia dialógica. Revista Motriz, v.15, n.4, p.987-995, out./dez. 2009.

25

RODRIGUES, C.; SILVA, R. A. Encontros contemporâneos entre lazer e educação ambiental: um possível caminho para a educação ambiental pelo lazer. Lazer e Sociedade, v.3, p.9-24, 2011. (Lazer e Ambiente: propostas, tendências e desafios).

RODRIGUES, C.; STEVAUX, R. P. Do chronos ao kairos: os tempos da educação para o lazer. Lazer e Sociedade, v.1, p. 28-42, 2010. (Lazer, Educação e Cidadania).

26

Apêndice 1: Tabela com os periódicos pesquisados na busca por artigos de pesquisadores brasileiros que abordam as atividades na natureza.

Título do Periódico Acta do Movimento Humano Arquivos em Movimento Caderno de Educação Física: Estudos e Reflexões Cadernos CEDES Cadernos de Pesquisa Conexões Educação e Realidade Educação Física em Revista Inter-ação Interface Licere Motrivivência Motriz : Revista de Educação Física Movimento & Percepção Movimento Pensar a Prática Revista Brasileira de Ciência e Movimento Revista Brasileira de Ciências do Esporte Revista Brasileira de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação Física Revista Brasileira de Educação Física e Esporte Revista da Educação física Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental Revista Eletrônica Fafit/Facic Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação Revista Teias FIEP Bulletin On-line

ISSN do Periódico 1808-0987 1809-9556 1676-2533 0101-3262 0100-1574 1983-9030 0100-3143 1983-6643 0101-7136 1807-5762 1981-3171 2175-8042 1980-6574 1677-7360 1982-8918 1980-6183 0103-1716 0101-3289 2175-8093 1807-5509 1983-3083 1517-1256 2176-9443 1980-6892 1679-8775 1982-0305 0256-6419

27

Apêndice 2: Tabela com artigos que abordam atividades na natureza, corpus de análise da pesquisa do Plano de Trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico”.

Texto 1

Texto 2

Texto 3

Texto 4

Texto 5

Texto 6 Texto 7 Texto 8

Texto 9 Texto 10

Texto 11 Texto 12

Texto 13

Texto 14 Texto 15 Texto 16

Título do artigo

Autor (es)

Periódico

Ano de Publicação 2011

Atividades físicas de aventura: Proposta de um Conteúdo na Educação Física Escolar no Ensino Fundamental Comparação da posição estática da escápula entre indivíduos que praticam e que não praticam a escalada esportiva Atividade de aventura: prática para um tempo livre para o consumo ou para um tempo livre mais humano? Lazer e meio ambiente: a natureza como espaço da experiência O avanço da civilização e as atividades físicas de aventura como meio de lazer: a tecnologia como fator de afastamento e aproximação da natureza A mundialização e os esportes na natureza Esportes radicais: referência para um estudo acadêmico Educação física e educação ambiental: refletindo sobre a formação e atuação docente Lazer na natureza: um diálogo de espelhos Do bambi ao rambo ou viceversa? Nossas relações com a (e na) natureza Natureza, tecnologia e esporte: novos rumos Esporte radicais, de aventura e ação: conceitos, classificações e características Da praia para o mar: motivos á adesão e à prática do surfe Seres humanos e natureza: o lazer como mediação Notas e definições sobre esporte, lazer e natureza Perspectivas históricas para

FRANCO, L. C. P. e col.

Arquivos em Movimento

VILAR, B.B.; CARNEIRO, R. L.

Aquivos em Movimento

2012

PIOVANIL, V. G. S.

Cadernos de Educação Física

2013

BRUHNS, H. T.

Conexões

1999

CANTORANI, J. R. H.; OLIVEIRA JUNIOR, C. R.

Conexões

2005

DIAS, C. A. G.

Conexões

2008

FERNANDES, R. C.

Conexões

1998

INÁCIO, H. L. D.; MORAES, T. M.; SILVEIRA, A. B. LADISLAU, C. R.

Conexões

2013

Conexões

1999

MARINHO, A.

Conexões

1999

MARINHO, A.

Conexões

1999

PEREIRA, D. W.; ARMBRUST, I.; RICARDO, D. P.

Corpo Consciência

2008

AMARAL, A. V.; DIAS, C. A. G.

Licere

2008

ARMAS, C. S.

Licere

2010

DIAS, C. A. G.

Licere

2007

DIAS, C. A. G.

Licere

2011

28

Texto 17

Texto 18

Texto 19

Texto 20

Texto 21

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Texto 24

Texto 25

Texto 26 Texto 27

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Texto 30

Texto 31

Texto 32

o lazer e a educação na natureza Por um programa investigativo para os esportes na natureza Lazer e meio ambiente: as práticas educativas e de sensibilização na natureza por meio do lazer e seu potencial na estação de pesquisa, treinamento e educação ambiental – Mata do Paraíso em Viçosa-MG A prática do kitesurf e o universo da preservação ambiental Lazer, meio ambiente e turismo: reflexões sobre a busca pela aventura Lazer e educação ambiental: relato de experiências na formação inicial em educação física O caving como atividade de aventura e lazer na natureza Atividades de aventura na natureza: significados para praticantes divulgadores Educação ambiental e lazer: articulações a partir do esporte de canoagem Voo livre: práticas aventureiras e condutas de risco por entre as montanhas de Minas Bicicross: relações entre corpo, natureza e cultura O parkour como possibilidade para a educação física escolar Contribuições do montanhismo para a educação ambiental Relação homem/natureza e o lazer como uma possibilidade de sensibilização da questão ambiental Educação física, esporte e lazer na natureza: preservação, modismo, apologia. Será tudo isso? Atividade na natureza, lazer e educação e educação ambiental: refletindo sobre algumas possibilidades Subjetividade, amizade e montanhismo:

DIAS, C. A. G.

Licere

2008

GARCIA, L. G.

Licere

2009

LUCENA, A. B.

Licere

2012

MARINHO, A.

Licere

2007

MELLO, A. S.

Licere

2013

MENDES, M. T.

Licere

2011

NABETA, N. N.; SILVA, C. L.

Licere

2010

NETO, J. G. F. e col.

Licere

2013

PAIXÃO, J. A.

Licere

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Licere

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ALVES, C. S. R.

Motrivivência

2013

BETIOLLO, G. M.; SANTOS, S. S.

Motrivivência

2003

CHAO, C. H. N.

Motrivivência

2004

LEITE, D. M. T.; CAETANO, C. A.

Motrivivência

2004

MARINHO, A.

Motrivivência

MONTEIRO, S. V.

Motrivivência

2004

29

Texto 33

Texto 34

Texto 35

Texto 36 Texto 37

Texto 38

Texto 39

Texto 40

Texto 41

Texto 42

Texto 43

Texto 44 Texto 45

Texto 46

Texto 47

Texto 48

potencialidades das experiências de lazer e aventura na natureza Slackline: Vivências acadêmicas na educação física Esporte aquático: uma visão de lazer e sustentabilidade para o complexo poliesportivo da Ponta Negra Mulheres e esporte de risco: um mergulho no universo das apneístas O skate e suas possibilidades educacionais Territorial disputes, identity conflicts, and violence in surfing A educação pela aventura: desmistificando sensações e emoções Atividades de aventura e educação ambiental como foco nos periódicos da área de Educação Física Corridas de aventura e lazer: um percurso analítico para além das trilhas Adventurous activities, embodiment and nature: Spiritual, sensual and sustainable? Embodying environmental justice A democratização das atividades de aventura na natureza: o projeto “Canoagem Popular” Lazer, aventura e ficção: possibilidades para refletir sobre as atividades realizadas na natureza “Caminho da fé”: reflexões sobre lazer ambiência Esporte de aventura e ambiente natural: dimensão preservacional na sociedade de consumo Práticas aventureiras e situações de risco no voo livre: uma análise a partir do conceito de redoma sensorial Caracterização da demanda potencial por atividades de aventura Perspectivas ecológicas da educação corporal – rumo á qualidade total de vida

PEREIRA, D. W.

Motrivivência

2013

SANTOS, S. M.; QUEIROZ, M. C. M. C.

Motrivivência

2009

ABADALAD, L. S. e col.

Motriz

2011

ARMBRUST, I.; LAURO, F. A. A. BANDEIRA, M. M.

Motriz

2010

Motriz

2014

CARDOSO, A. R.; S. A.; FELIPE, G. R.

Motriz

2006

FIGUEIREDO, J. P.; SCHWARTZ, G. M.

Motriz

2013

GOMES, O. C.; ISAYAMA, H. F.

Motriz

2009

HUMBERSTON, B.

Motriz

2013

LAVOURA, T. N.; SCHWARTZ, G. M.; MACHADO, A. A.

Motriz

2007

MARINHO, A.

Motriz

2009

MOREIRA, J. C. C.; SCHWARTZ, G. M. PAIXÃO, J. A.; COSTA, V. L. M.; GABRIEL, R. E. C. D.

Motriz

2010

Motriz

2009

PAIXÃO, J. A. e col.

Motriz

2010

PIMENTEL, G. G. A.; SAITO, C. F.

Motriz

2010

RIBEIRO, I. C.

Motriz

1997

30

Texto 49

Texto 50

Texto 51

Texto 52

Texto 53

Texto 54

Texto 55

Texto 56

Texto 57

Texto 58

Texto 59 Texto 60

Texto 61

Texto 62 Texto 63

Texto 64

Texto 65

A ambientalização dos currículos de Educação Física no ensino superior Ecomotricidade: sinergia entre educação ambiental, motricidade humana e pedagogia dialógica Qualidade de vida relacionada á prática de atividade física de surfistas Emoções e riscos nas práticas na natureza: uma revisão sistemática Meio ambiente e atividades de aventura: significados de participação Atividades de aventura: reflexões sobre a produção cientifica brasileira Estado de fluxo em praticantes de escalada e skate downhill Pluralidade cultural: os esportes radicais na Educação Física escolar A influência do riscoaventura no processo de coesão das diferentes comunidades do voo livre Pescadores Artesanais, surfistas e a natureza: reflexões a partir de um olhar da Educação Física O surfe e a moderna tradição brasileira Escalada urbana - faces de uma identidade cultural contemporânea Lazer, aventura e risco: reflexões sobre atividades realizadas na natureza Ritos e risco na prática do vôo livre A educação ambiental e o desporto na natureza: uma reflexão crítica sobre os novos paradigmas da educação ambiental e o potencial do desporto como metodologia de ensino Atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) e academias de ginástica: motivos de aderência e benefícios advindos da prática Esporte de aventura: processo instrucional e

RODRIGUES, C.

Motriz

2012

RODRIGUES, C.; GONÇALVES JUNIOR, L.

Motriz

2009

ROMARIZ, J. K.; GUIMARÃES, A. C. A.; MARINHO, A. SILVA, P. P. C.; FREITAS, C. M. S. M.

Motriz

2011

Motriz

2010

TAHARA, A. K.; CARBICELLI FILHO, S.; SCHWARTZ, G. M. TEXEIRA, F. A.; MARINHO, A.

Motriz

2006

Motriz

2010

VIEIRA, L. F. e col.

Motriz

2011

ARMBRUST, I.; SILVA, S. A. P. S.

Movimento

2012

AZEVEDO, S. L. G. e col.

Movimento

2010

BRASIL, F. K.; CARVALHO, Y. M.

Movimento

2009

DIAS, C. A. G.

Movimento

2009

MARINHO, A.; BRUHNS, H. T.

Movimento

MARINHO, A.

Movimento

2008

PIMENTEL, G. G. A.

Movimento

2008

ROSA, P. F.; CARVALHINHO, L. A. D.

Movimento

2012

TAHARA, A. K.; CARNICELLI FILHO, S.

Movimento

2009

PAIXÃO, J. A.

Movimento

31

Texto 66

Texto 67

Texto 68

Texto 69

Texto 70

Texto 71

Texto 72

Texto 73

Texto 74

Texto 75

Texto 76 Texto 77

Texto 78

Texto 79

Texto 80 Texto 81

Texto 82

Texto 83

situações de risco Atividade de aventura na natureza como ferramenta para o desenvolvimento humano Educação física, esporte e desenvolvimento sustentável Lazer, educação e meio ambiente: uma aventura em construção Cultura de movimento: reflexões a partir da relação entre corpo, natureza e cultura Risco e aventura por entre as montanhas de minas: a formação do profissional de esporte de aventura Relação ser humanonatureza: reflexão e desafio da educação física A aventura e o lazer como coadjuvantes do processo de educação ambiental Trilhas ecológicas com orientação para pessoas surdas Agenda21: uma referência para elaborar políticas públicas de esporte e lazer Lazer-meio ambiente em busca das atitudes vivenciadas nos esportes de aventura Esportes de ação: notas para uma pesquisa acadêmica Educação física no ensino médio e as discussões sobre meio ambiente: um encontro necessário Educação física, meio ambiente e aventura: um percurso por vias instigantes Lazer, natureza e aventura: compartilhando emoções e compromissos Práticas corporais num ambiente rural amazônico Trilhas interpretativas reconhecendo os elos com a educação física Esportes na natureza e atividades de aventura: uma terminologia aporética Curitiba cidade-jardim: a relação entre espaços públicos e natureza no

ARRUDA, T. L.

Pensar a prática

2011

COSTA, R. S. O.; SILVA, C. A. F.; VOTRE, S. J. INÁCIO, H. L. D.

Pensar a prática

2011

Pensar a prática

2006

MENDES, M. I. B. S.; NÓBREGA, T. P.

Pensar a prática

2009

PAIXÃO, J. A.; TUCHER, G.

Pensar a prática

2010

SILVA, P. P. C. e col.

Pensar a prática

2011

TAHARA, A. K.; DIAS, V. K.; SCHWARTZ, G. M. VENDITTI JUNIOR, R.; ARAÚJO, P. F.

Pensar a prática

2006

Pensar a prática

2008

VERONEZ, L. F. C. e col.

Pensar a prática

2012

BAHIA, M. C.; SAMPAIO, T. M. V.

Revista Brasileira de Ciências do Esporte

2007

BRANDÃO, L.

2010

GUIMARÃES, S. M. e col.

Revista Brasileira de Ciências do Esporte Revista Brasileira de Ciências do Esporte

MARINHOS, A.; INÁCIO, H. L. D.

Revista Brasileira de Ciências do Esporte

2007

MARINHO, A.

Revista Brasileira de Ciências do Esporte

2001

MATOS, G. C. G.; FERREIRA, M. B. R. PAIVA, A. C.; FRANÇA, T. L.

Revista Brasileira de Ciências do Esporte Revista Brasileira de Ciências do Esporte

2007

PIMENTEL, G. G. A

Revista Brasileira de Ciências do Esporte

2013

RECHIA, S.

Revista Brasileira de Ciências do Esporte

2007

2007

2007

32

Texto 84

Texto 85

Texto 86

Texto 87

Texto 88

Texto 89

Texto 90

Texto 91

Texto 92

Texto 93

âmbito das experiências do lazer e do esporte “Do outside”: corpo e natureza, medo e gênero no surfe universitário paulistano Questões de gênero em universitários praticantes de esportes de aventura A ética na escalada: uma análise a partir da complexidade de Edgar Morin Práticas corporais na natureza: por uma educação ambiental Ultramaratona: em busca do limite humano

BANDEIRA, M. M.; RUBIO, K.

Revista Brasileira Educação Física e Esporte Revista da Educação Física/UEM

2011

Revista da Educação Física/UEM

2013

SILVA, P. P. C.; CHAO, C. H. N.

Revista da Educação Física/UEM

2011

COICEIRO, G. A.; COSTA, V. L. M.

Revista Brasileira de Ciência e Movimento

2010

Alterações fisiológicas do salto de para- quedas: uma revisão Risco e práticas corporais na natureza: uma revisão sistemática Determinação da intensidade da corrida de aventura a partir da frequência cardíaca

MARTIN, J. M. e col.

Revista Brasileira de Ciência e Movimento

2009

SILVA, P. P. C. e col.

Revista Brasileira de Ciência e Movimento

2010

DELMONEGO JÚNIOR, J. A. e col

Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte

2008

Efeitos do treinamento de força com uso de materiais resistidos na performance de nadadores de águas abertas Parkour: história e conceitos da modalidade

SANTOS, T. M. e col.

Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte

2007

STRAMANDINOLI, A. L. M.; REMONTE, J. G.; MARCHETTI, P. H.

Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte

2012

CARDOSO, F. L.; MARINHO, A.; PIMENTEL, G. G. A. PEREIRA, D. W.; PICCOLO, V. Leni N.

2013

33

Apêndice 3: Tabela com terminologias, características significadoras e exemplos de atividades destacadas do corpus do Plano de Trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico”.

Nº TEXTO

TERMINOLOGIA(S) UTILIZADAS

01

Atividades Aventura

02

Esportes de Aventura

Não foram encontradas unidades de significado no texto. O autor não apresenta uma definição sobre a terminologia utilizada para descrever a escalada esportiva, a saber: Esporte de Aventura.

03

Atividades de Aventura

04

Esportes na Natureza

- Ampliação o tempo livre mais humano - Presença de risco - Desafio de capacidades - Requerem habilidades - Experiência de desafio e do imprevisível. - Sentimento de satisfação/superação. - Potencial educativo. - Interação entre pessoas - Criação de situações que possibilitam diversidade pontos de vista. - Oferece um espaço propício para emancipação do individuo. - Lazer e recreação - Vai além do divertimento - Atinge valores, crenças e convicções do ser humano. - Novos esportes - Praticados na natureza - Efeito adrenalina - Estreita relação com tecnologia - Busca pela superação da racionalidade - Natureza como dominador comum - Aventura, desafio, risco, natureza, discurso ecológico. - Cerceadas por risco e perigos fictícios - espetacularização - Acentuação da experiência presente - Afeto

Físicas

CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADORAS de

- Convívio com meio ambiente - Pertencente ao universo do jogo - Divergente do esporte como fenômeno moderno - Exprimem imprevisibilidade e risco controlado - Proporcionam auto realização, liberdade, superação, emoção, desafio e prazer - Possibilidade de aproximação entre o individuo e o meio ambiente

ATIVIDADES CITADAS - Arvorismo - Skate - Patins - Le Parkour - Corrida de Orientação - Surf - SkysurF - SnowboarD - Windsurf - Bungee jump - Rafting - Rapel - Escalada - Escalada esportiva

- Não apresentou atividades.

- Canyoning - Rafting - Bóia- cross

34

- Estética - Prazer - Corresponde a forma “aberta”, com os elementos incontroláveis, informações imprecisas e requerem tomadas rápidas de decisão - Desenvolvimento no meio natural - Nas práticas envolvem caráter deslizante - Produção de sensações corporais - Sentido de aventura Imaginário condicionado pela explosão de emoções e risco (por vezes fictícios e artificiais) - Valorização da singularidade das posturas e movimentos - Envolvem tecnologia de ponta e sensações pura - Envolvem vertigem e disciplina - Envolvem situações hibridas com muitas variações - Práticas pouco regaladas - Envolvem ambiente imprevisível e hostil 05

Atividades de Aventura

- Destinadas a não atletas - Exigem relativa destreza física - Fortes emoções - Possibilidades de reaproximação da natureza - Distanciamento da condição cotidiana - Imaginário do risco - Tensão/excitação prazerosa

Não apresentou atividades.

06

Esportes na Natureza

- Hibridismo entre modalidades esportivas - Busca pela aventura na natureza

07

Esportes Radicais

08

Práticas Corporais Aventura na Natureza

- Envolvimento de risco controlado - Confronto com valores - Produção de adrenalina - Superação de desafios impostos pela natureza - Presença de competições organizadas - Práticas organizadas e esportivizadas - Melhor desempenho aos praticantes (Atletas) - Descarga do estresse cotidiano - Conviver com os desafios, limites, incertezas (mimetismo). - Meio natural como cenário - Adaptação ao termo Atividades Físicas

- Moutain bike - Vôo livre, - Snowboarding - Rafting - Surfe - Montanhismo - Skate - Kitesurfe - Bungee jumping - Asa delta - Windsurf - Surf - Bungee jump - Skate - Skysurfing - Rafting - Canyoning - Rapel - Patinação In-line - Escalada esportiva, - Snowboarding, - Wakeboarding

de

Não apresentou atividades.

35

de Aventura na Natureza. - Ampliação da percepção sobre as dimensões humanas - Conhecimento das possibilidades de relações entre os seres humanos e o meio ambiente - Distanciamento espaço-temporal das experiências cotidianas - Possibilidades de autoconhecimento e mudança de hábitos - Contato do ser humano com a natureza - Proporciona uma variedade de sensações e sentimentos positivos - Podem ser usadas em contextos educativos e formadores (educação ambiental) - Interação mais harmoniosa com o meio em que vivemos. 09

10

Atividades de Lazer/Esportivas em Contato com a Natureza Atividades de Aventura na Natureza

11

Esportes na Natureza

12

Esportes Radicais

- Realizadas no meio natural - Realizadas em momentos de lazer

Não apresentou atividades.

- Praticadas no meio natural Possibilidade sensível de reconhecimento do outro e de nós mesmos - Sentimento coletivo - Requerem natureza como cenário para sua realização - Possibilidade educativa - Prazer mediado pelo risco/vertigem - Potencial sensação de liberdade.

- Escalada - Ski - Surf

- Atividades corporais de risco - Caracterizado como “novo” em relação a esportes “tradicionais” - Envolvem caráter cultural e social - Atividades ligadas á condição caótica - Abrange concepção do esporte como fenômeno polissêmico - Concepção de radical associada a manifestações particulares dos praticantes - Inclui atividades radicais praticadas no meio urbano - Envolvem ação e aventura - Enraizados na busca por existência significativa - Têm o risco como elemento fundamental para vivência de experiências emocionais

- Canyoing - Escalada - Rafting, - Skysurf, - Trekking, - Hidrospeed - Surf - Windsurfe - Base jump - Sky surf - Bungee Jump - Sandboarding - Kite surf - Escalada indoor - Skate - Patins in line - Bike (trial, bmx) Mergulho (livre e autônomo) - Canoagem (rafting, caiaque, aqua ride, canyonning) - Paraquedismo, balonismo - Vôo livre - Montanhismo (escalada em rocha, escalada em gelo, técnicas verticais, tirolesa, rapel, arvorismo) - Mountain bike (downhill, cross country) - Trekking - Corrida de Aventura - Le parkour.

36

13

Práticas Esportivas

- Opção para divertimentos praianos - Desejo de estar com os amigos - Envolvem habito de lazer - A pratica em meio com a natureza age reestruturando o equilíbrio mental - Envolvem um forte sentido de busca e de reencontro coma natureza - Exposição de risco Busca pela aventura e a imprevisibilidade do terreno de pratica - Compreende de um conjunto de símbolos definidores de identidade - Encara a prática como uma possibilidade de trabalho

- Surfe - Montanhismo

14

Práticas Corporais de Aventura/ Práticas Corporais de Aventura na Natureza

- As atividades estão em um ambiente natural e exótico - Compreende como opção de lazer - Busca ‘literalmente um ‘mergulho na natureza podendo causar uma ‘emoção á flor da pele’ - Proporciona uma relação harmônica entre o homem e a natureza - Realizado em ambiente sobre o qual o ser humano não tem controle - Envolvem sensações como prazer, diversão e satisfação - Risco motivado por prazer - Compreende que não existe regra - As sensações de prazerosas proporcionam recuperar as energias - Serve para a manutenção de valores da sociedade do capital - Promove a liberdade e a sensibilidade do ser humano

- Montanhismo

15

Esportes na Natureza

- Entende-se que é campo muito amplo e variado de expressão deste fenômeno cultural - Pratica que estabelece relações intersubjetivas com a natureza - Extrai prazer dessa interação Busca-se e valoriza-se a imprevisibilidade - Existe um elo que unem todos os radicais a seus esportes - Envolvem aspectos de aventura e risco - Corresponde a um jogo regulamentado realizado na natureza e assentado na proeza física -

-Montanhismo - Wakeboard - Rafting - Vôo livre - Mountain bike - Canoagem - Surfe - Skate - Asa delta - Escalada - Mergulho - Bungee jumping

16

Práticas Corporais Ambientes Naturais

- Compreende de um cenário social e ‘pós-moderno’ - Constituem uma das mais bem

- Caminhada

em

37

acabadas expressões da mentalidade alemã de divertimentos - Realizadas na natureza - Compreende o surgimento de experimentos interpretativos

17

Esportes na Natureza

18

Atividades de Aventura

19

Atividades Físicas Aventura na Natureza/ Prática Náutica

20

Atividades de Aventura na

de

- Alpinismo - Surfe - Montanhismo - Snowboarding - Esqui - Futebol

- Entendidas como radicais - Atividades onde se configuram o risco, a vertigem e a superação de limites, tanto internos quanto externos, a conquista e a concretização de um ideal de liberdade - Procura pelo novo e pela aventura - Propiciam o conhecimento de princípios de ecologia e desenvolvimento sustentável - Busca do prazer e da satisfação pessoal - Possibilita que o homem construa novas formas de sentir, pensar e agir - Oportunizam a aproximação do homem e a natureza, evocando representações sociais - Proporcionam sensações, emoções e percepções bastante diversas daquelas do cotidiano, associadas aos sabores da aventura, do ineditismo - Possibilita ao individuo desenvolver uma melhor compreensão a cerca das necessidades de preservação do meio ambiente - Potencialidades de bem-estar - Erupção de sentimentos agradáveis fortes - Compreende um reencatamento da visão do mundo - Congregam qualidades como desafio, espontaneidade e impulsividade - Proporciona aos praticantes novas perspectivas de agir, pensar e comportar-se no cotidiano - Despertar fatores psicoemocionais - Proporciona uma liberdade total - Melhorias nas sensações de bem-estar, disposição, melhorando a saúde em geral - Podem dar sentido e significado a própria vida - Provoca impacto ambiental, na qual, vem crescendo, tornando uma problemática socioambiental - Apresentam a possibilidade de trabalhar a conscientização e a educação ambiental

- Trilhas

- Desperta, cada vez mais, novos olhares

Não apresentou atividades.

- Kitesurf - Windsurf - Wakeboard - Surf

38

21

Natureza

- Requerem um olhar cuidadoso capaz de valorizar tanto a qualidade da prática, quanto à conservação e à educação ambientais e os desenvolvimentos pessoal e social inerentes a elas - Procuram, de várias formas, estar sempre em segurança - Buscam se expor a riscos - Potencialidades diante das mudanças sociais e culturais contemporâneas Entendidas como práticas manifestadas, em diferentes locais naturais, que se diferenciam dos esportes tradicionais - São praticadas em grupos - Vive-se um prazer e uma emoção compartilhados no ambiente natural - A própria participação nas atividades é elitiza - Envolvem emoções e sentimentos - Envolvem inquietação na necessidade de aprendizados específicos, como apreensão e domínio do ambiente natural - Desenvolve impacto negativo em relação a exploração do espaço natural pela indústria do entretenimento - Estão diretamente atreladas á harmonia entre os aspectos interdependentes do turismo, do lazer, da conservação, da cultura e da educação

Atividades de Lazer

- Existem varias atividades que são desenvolvidas no meio ambiente - Caracterizado pela sua “especificidade abstrata” - Com o novo modo de vida “descolado”, tais atividades estão vinculadas ao consumo de bens e serviços - Envolvem dimensões de prazer e auto realização - Precisam estabelecer uma relação harmônica do homem com o meio ambiente - Apresenta variado risco que são negligenciados pela euforia e pela atração que causam em seus praticantes

- Rapel - Montanhismo - Rafting - Surf - Arborismo - Caminhada ecológica - Canoa Havaiana

- As atividades dependem de alguns fatores, dente eles, as características regionais e os recursos naturais disponíveis - Tem sido buscada com o intuito de enfrentar o desconhecido, de se ter maior intimidade com a natureza, seus mistérios e belezas originárias

- Caving - Montanhismo - Mountain bike - Camping - Corrida de orientação - Moto cross - Skate - Trekking

22 Atividades de Aventura e Lazer na Natureza

39

23

Atividades de Aventura

- Provoca um cansaço bom - Contato direto com a flora, a fauna, as alturas, as amplitudes e outros aspectos peculiares o efeito catártico que “produz leveza” gerando bem-estar e alegria - Proporcionam sensações, emoções e percepções bastante diversas das presentes no cotidiano - Possibilidade de formação de um novo estilo de vida - Caracterizado pela adoção de novos valores e hábitos na forma de viver e perceber a importância da natureza - Melhoria da qualidade de vida - Potenciais propulsores tanto do surgimento quanto do resgate dos sentidos corporais - Busca literal de mergulhar na natureza - Envolvem uma emoção “à flor-dapele”, permitindo uma sensação de corpo inteiro - Precisam se constituir em si momentos de plena experiência humana de afirmação da vida que podem ser vivenciadas de modo crítico e criativo - Produto da indústria cultural

- Balonismo - Pára-quedismo - Vôo livre - Asa delta - Bad jump - Tirolesa - Bóia cross - Rafting - Caiaque - Canoagem -Mergulho - Surf - Alpinismo

- Causam impactos ambientais - Insere-o como conteúdo do lazer - Possibilidade de educação pelo e para o prazer - Envolvem excitação do corpo, o raciocínio, a habilidade manual e o relacionamento social - Podem desenvolver processos educacionais que se realizam nos momentos de lazer - Consumo rápido de fim-de-semana a compensar a insatisfação e a alienação do trabalho - Privilegiam a aventura e/ou a competição esportiva e priorizam o contato profundo e respeitoso com a natureza - Compreende experiências ativas de lazer, lúdicas e de sensibilização - Caracterizada como experiências sensíveis e sensoriais a desenvolver novas percepções de mundo - Envolvem frequência, longa duração, intensidade e estimulo individual - Remetem a uma característica compensatória ou amenizadora do lazer - Proporciona uma relação mais estreita e equilibrada com os seres vivos - Os praticantes conhecem a real dimensão dos riscos - Oportunidade a compensar ou amenizar sua inquietação em morar na

- Caminhada - Ciclismo - Montanhismo - Escalada - Canoagem - Mergulho

40

24

Atividades de Lazer

25

Esporte de Aventura e Risco

26

Esportes Competitivos

27

Esportes Aventura

Radicais

de

cidade grande - Busca inicial por vivencias emocionantes - Envolvem Aventura, risco, emoção exacerbada, quebra de rotina - Compreende mudanças na maneira de gerir o lixo; apreciar o meio; olhar para as pessoas; enfrentar desafios - Podem potencialmente transformar o indivíduo - Podem sensibilizar adeptos para mudanças de modo de vida - Parece não se encaixar como ações ambientais - Vivencia de experiência profundas podem demonstrar mudanças de percepções, de condutas e de valores - O artigo só trás características do esporte de canoagem - Evolvem diferentes ambientes naturais, cujo eixo norteador é o risco da aventura Trata-se do desejo de experimentarmos algo novo, algo singular, específico, perpassado por emoções prazerosas - É compreendida como forma de .lazer, associado as vivencias de momentos de fortes excitações emocionais - Envolvem riscos de diferentes proporções (Quedas, colisões, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estar, entre outros.) - Envolvem lazer ou competição - Existem ambientes imprevisíveis que podem levar o praticante a consequências graves, como a morte - Prática atrativa e apresenta fortes emoções - Vêm despertando a atenção das pessoas aumentando-lhes a popularidade em todo o mundo como forma de lazer nos diferentes meios naturais - Pode causar adrenalina, superação e vertigem - Envolvem aspectos biológicos e aspectos culturais do movimento humano - Envolvem relação entre corpo, natureza e cultura - Envolve competição - Pode ser uma das ferramentas utilizadas para estimular a reflexão e autonomia dos alunos - Relativamente recentes na cultura

- Canoagem - Voo livre - Paraquedismo - Escalada - Surfe

- Bissicross

- Parkour - Asa delta - Para quedas - Surfe. - Windsurf

41

esportiva - Envolvem risco - Intimamente ligada á atitude, movimento, comportamento, ou a capacidade de fazer algo - Possui o significado de incerto, perigoso e o que ainda está para acontecer

28

Atividades na Natureza

- Surge como uma nova dimensão social - Rápido crescimento como forma de lazer e campo de trabalho - Promovem uma reaproximação do homem com a natureza - Resgata valores de beleza, auto realização, liberdade, cooperação e solidariedade -Envolve contato com a natureza Busca um desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população - Desenvolve-se em um meio não habitado e pouco modificado pela mão do homem - Proporciona prazer, contato com a natureza, diversão, emoção, aventura, não distinção de sexo ou idade, risco e incerteza - Crescente interesse das pessoas - Riqueza de estímulos decorrentes das incertezas provenientes do meio - A massificação das atividades pode causar impactos ambientais no meio - O ambiente natural e a preservação do mesmo é fator importante para que as atividades sejam realizadas - Proporciona alguns benéficos como a integração, socialização, camaradagem e amizade - Pode levar a ver a vida sob outros aspectos, mais harmoniosos, adotando condutas mais equilibradas

29

Práticas Educativas

- Envolvem momentos de aventura - Possibilita o desenvolvimento de varias sensações e a proteção do meio ambiente - Relação de contato com a natureza - A característica “primitiva” é importante para que a própria prática tenha continuidade -

- Kitesurf - Base jumpe - Sky surf - Bungeejump - Sandboarding - Escaladaindoor - Skate - Patins roller - Bike - Mergulho - Canoagem - Balonismo - Voo livre - Montanhismo - Montainbike - Corrida de aventura - Montanhismo - Rafting - Trekking - Canoagem - Rapel - Mountainbike - Rally - Paraquedismo - Asa delta - Vela - Surf

-Trekking - Canyoing - Rapel - Escaladas

42

30

Praticas de Esportes e Lazer

- Existe uma autonomia que possibilita a construção do conhecimento, a construção do saber ambiental Envolve disputa, competição, vencedores - Estão inseridos no universo de tecnologias intelectuais

Não apresentou atividades.

31

Atividades na Natureza

- Potencialidades que são capazes de estabelecer uma configuração inovadora por todas as esferas humanas - Diversas práticas manifestadas, nos mais diferentes locais naturais (terra, água ou ar) - Proporciona uma fluidez entre os praticantes e o meio ambiente - Cercadas por riscos e perigos - Envolve o mergulho, a vertigem, a velocidade, os desequilíbrios - Desperta novas sensibilidades em diferentes níveis - Desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas, utilizando-o na esfera da recreação e no lazer - Compreende um novo estilo de vida - Busca práticas mais excitantes que brincam com o risco e com o perigo - Envolve competição e expressão lúdica - Requerem um repensar sobre o meio ambiente: a pratica; a conservação ambiental e o processo educativo - Pode contribuir para o despertar de uma sensibilidade e de uma responsabilidade ambiental coletiva

- Surfe - Corridas de aventura - Escalada - Indoor - Rafting - Caminhada - Canoagem

32

Práticas Corporais Aventura na Natureza

- Compreende como campo de experiências humanas privilegiadas junto aos processos de constituição de subjetividades - Consumo em massa por ser em um ambiente ecológico e/ou por ser de aventura - São incorporadas pelo mercado através do consumo turístico ou esportivo - As relações de amizades podem torna mais ativas o uso das praticas - Compreende que existe uma relação renovada do sujeito consigo mesmo, com o outro e com a natureza

- Montanhismo

33

Atividades de Lazer

- Slackline

34

Esportes Aquáticos

Não foi possível identificar nenhuma característica significadora nesse artigo - Indústria do tempo livre - É um meio de educação física importante e rica em seus benefícios - Desenvolvem a força, resistência velocidade e a convivência

de

- Natação

43

35

Esportes de Risco Extremo

36

Esportes Radicais, de Ação e de Aventura

37

Esportes ao ar Livre

38

Atividades Físicas Aventura na Natureza

de

- Envolve participação ativa, semiativa ou passiva - São realizadas em piscinas, mas com o intuito de ser realizada em um ambiente aberto - Pode mudar os efeitos ambientais - Desafiam seus limites corporais - Envolve a competição - Busca constante de manutenção do condicionamento físico para que possam suportar o grande esforço pelo qual corpos serão submetidos - Imenso prazer pela conquista do objetivo predeterminado pelo esportista - Compreende que ambos os gêneros podem exercer a pratica - Envolvem situações arriscadas e exposição deliberada á incerteza - Destaca-se da rotina do cotidiano - Conquista de liberdade - Instante total de prazer - Existem discussões e preconceitos sobre algumas práticas por transgredirem alguns princípios e valores tradicionais - Esta ligada a eventos que tem incertezas (risco) - Sensação de risco - São praticadas em meio á natureza ou em áreas urbanas que tendem a estimularem as pessoas a testarem a coragem, aliada ao prazer de ser praticado em ambientes diversificados - Envolvem risco potencial e adrenalina - Preocupação com meio ambiente - Envolve qualidade de vida - Domínio de tecnologia inovadora - Compreende uma pluralidade de expressões - Envolvem fuga da rotina e descanso - Representam uma forma de comunicação, um dialogo entre o homem e o mundo natural - Podem propiciar uma riqueza de estímulos aguçando o contato do homem com a natureza, despertando o espirito aventureiro - São praticadas muitas vezes de forma irrefletida e refugiando-se sob a adjetivação do ecológico - Possibilitam o desenvolvimento de processos educativos relacionados às questões ambientais Uma ferramenta de grande importância para analisar este corpo que se movimenta - Compreende-se em seu espaço global, e entender que não se restringem apenas ao homem como um ser dotado de

- Mergulho de apneia

- Skate - Surfe - Alpinismo - Bicicross - Mergulho - Caminhada - Montanhismo - Exploração de cavernas

- Surf

- Montanhismo

44

corpo físico, mas sim, como um ser biopsicossocial - Lidam a todo instante com o risco, com a vertigem, com o medo - Acabam submetendo-se á logica do mercado - Envolve sensação de prazer, uma sensação boa, de liberdade, adrenalina, superação - Há possibilidades de manifestação de três tipos de praticas educativas (a educação informal, não-formal e formal) - Procura de um cenário desconhecido e as sensações diferenciadas - Envolvem situações de superação Sensações que despertam características de compromisso, superação de limites, autoconfiança, companheirismo, tolerância ao sucesso e ao fracasso, prazer e bem- estar - Torna-se um vicio, necessárias, desejadas e imprescindíveis à vida dos indivíduos 39

Atividades de Aventura

- Caracterizam-se por serem vivenciadas durante o tempo livre, permeadas pelos aspectos imaginários, podendo proporcionar sensações e emoções - As atividades apresentam risco e o mesmo faz com que proporcione momentos de total prazer e superação de limites para os participantes - Existe um potencial destas atividades na construção de valores pessoais e sociais - Contribuam para a construção de novos valores e condutas pró-ambientais - Pode contribuir efetivamente na educação ambiental, tornando-o importante na construção de uma sociedade mais sustentável - O uso constante e sem critérios éticos dessas atividades no ambiente natural pode promover a degradação e a destruição desses espações de fruição - Envolve diversas emoções excitantes atrelados a desafios a serem superados - Busca de alternativas sobre a identidade pessoal - Deixa de abranger as atividades realizadas no meio urbano ou em locais com estruturas artificiais - Pode-se abarcar uma diversidade de vivencias do universo natural - Os praticantes se envolvem de modo esporádico e superficial com o ambiente natural - Os participantes prezam pela

- Skate - Corrida de aventura - Caminhada longa - Surfe

45

conservação e utilizam das atividades para satisfação própria 40

Práticas Esportivas e de Lazer na Natureza

41

- Caracterizando-o como adeptos ao ecoturismo Envolve novas sensibilidades relacionadas ao corpo que podem e devem ser vivencias - Uma preferencia por ambientes naturais com caráter exploratório e com o intuito de conhecer novas regiões, onde a visita possui um fim em si mesmo - Parecem passar por uma maximização não apenas de um, mas de todos sentidos - Compreende que vem quebrando as barreiras de idade, classe social, língua, raça e, até mesmo, dos limites físicos - Envolve caráter competitivo e aventureiro

- Corrida de aventura - Trekking - Mountain bike - Canoagem - Patins in-line - Paraquedismo - Vela - Corrida de camelo - Cavalgada

- Envolve experiência (corporal; sensorial) na natureza - Envolvem incorporação da natureza Possibilidade de percepção/consciência ambiental - Envolve experiências transcendentais - Envolve união/integridade com a natureza - Envolve espiritualidade - Envolve ambiguidade; fluidez; potencialidade pedagógica não fragmentária das relações corpo/mente - Envolve experiências transcendentais - Potencial de percepção/consciência ambiental

- Windsurfe - Mergulho Surf - Caminhadas em trilhas (Hiking) - Ciclismo

42

Atividades de Aventura na Natureza

- Manifestações no lazer, capazes de favorecer experiências significativas e marcantes - Compreende com um ‘mix atrativo’, pensando no turismo, na natureza, no esporte e na aventura, facetas do setor do lazer que se uniram e obtiveram um abrupto crescimento - Desperta a necessidade de repensar a aproximação do ser humano com a natureza

- Canoagem

43

Atividades de Aventura na Natureza

- Enquadram-se entre os segmentos mais promissores do mercado de turismo - Tornam diferenciados dos novos adeptos que emergem a cada dia - São impulsionados apenas pelo desejo de distinção ao fazer algo novo - Podem estimular emoções, produzindo

- Caminhada - Escalada

46

tensões de um tipo particular, sob a forma de uma excitação controlada - Somos capazes de aguçar nossos sentidos, em diferentes níveis - Sermos potencializados a refletir sobre nós mesmos e nossas diferentes formas de relação com o outro e com a vida - O corpo se transforma em um campo de recepção e emissão continua de informações que devem ser precisas e as tomadas de decisões imediatas Procuram viver intensamente, explorando tais vivências em profundidade - Segregam espirito lúdico, evocando a sensibilidade - Pode-se estimular a criatividade, o autoconhecimento, a responsabilidade, a liderança, a solidariedade, a comunicação e o trabalho em equipe - São capazes de desenvolver e instigar diferentes habilidades e competências, muitas vezes, desconhecidas 44

Atividades Físicas Aventura na Natureza

de

- Visam resgatar sensações e as percepções construídas a partir de uma corporeidade urbana Permitem autorreflexão e questionamento profundos sobre as formas com que o ser humano se relaciona com o meio - Necessidade da conscientização de preservação desses ambientes e sistemas - Permite grande variedade de praticas com valorização ambiental, comportamento ambiental - Proporciona dinâmicas em ambientes sociais variados - Esta inserida no contexto de lazer na natureza

- Caminhada

45

Esportes de Natureza

na

- São praticadas em diferentes ambientes naturais como o aéreo, aquático e terrestre - Movimentam uma verdadeira indústria voltada ao entretenimento, seja ela atrás do lazer ou competição - Vem alavancando o desenvolvimento econômico de diferentes regiões do país Configuram-se como práticas absolutamente significativas e traduzem muito bem os desejos do homem - Configura-se se em objeto de estudo que busca compreender diferentes aspectos relacionados à sua prática - Constante interação entre praticante e natureza - Resulta em uma exploração ainda maior dos fatores ambientais

- Rafting - Voo livre - Mergulho - Automobilismo off-road - Alpinismo - Mountain bike

Aventura

47

- Pode parecer conveniente e prazerosa - O mal uso do ambiente natural pode trazer sérios risco de degradação e consequente ameaça à vida do planeta - Busca de aventura, sensação de risco, vertigem, momentos de lazer - São realizadas em áreas de natureza praticamente intocada 46

Esportes de Aventura

- Vêm despertando a atenção das pessoas, aumentando-lhes cada vez mais a popularidade no universo esportivo - Perpassa sensações como risco, aventura, adrenalina e superação dos próprios limites - Podem propiciar inúmeros benefícios ao praticante, assim como também colocar em risco a sua integridade física - Implicam riscos de diferentes proporções, como quedas, colisões, escoriações, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estar - Praticado em ambientes naturais distintos - O praticante busca em si mesmo, no seu limite físico, a sua referência - Busca vivenciar de maneira prazerosa situações de risco nos diferentes ambientes naturais - Envolve fortes emoções, vertigem e risco

- Voo livre - Montanhismo

47

Atividades de Aventura

- Pára-quedismo - Surf - Vôo livre - Rodeio - Rapel - Motocross

48

Atividades Físicas

49

Atividades na Natureza

- Compreende de experiência invulgar de risco e incerteza, podendo ser procurada em diferentes ambientes, os quais estão associados a novas descobertas - São caracterizadas por praticantes bem estabelecidos financeiramente e profissionalmente - Promovem a saúde - São vivenciadas em interação com a natureza, a partir de sensações e de emoções, em condições de incerteza em relação ao meio e de risco - Busca pelo prazer em um desafio pacifico e controlado coma natureza - Pode relacionar-se ao descontrole controlado da aventura no lazer Importantes a agentes de sensibilização corporal e emocional - Praticadas em ambientes abertos e próximos da natureza - Estão associadas ao esporte e o lazer - Buscam a educação ambiental - Contribuem para mudanças na visão do homem sobre o ambiente natural

Não apresentou atividades. - Surfe - Alpinismo - Bicecross - Jet-ski - Caminhada - Mergulho

48

50

Atividades Esportivas Realizadas na Natureza

51

Atividades de Aventura na Natureza

52

Práticas Natureza

Corporais

na

- Novos padrões motores desenvolvidos em contato com a natureza - Educação baseada no conhecimento das características de diferentes ecossistemas - Desenvolvimento de fundamentos esportivos, de capacidades físicas e de habilidades cognitivas coletivas - Envolve compromisso, superação de limites, autoconfiança, companheirismo, tolerância ao sucesso e ao fracasso - Buscam atividades longe dos centros urbanos, e deslocam-se ao encontro “direto” com a natureza para respirar ar puro, para reencontrar-se consigo mesmo - Buscar sensações e emoções fortes e provar limites pessoais em situações de perigo eminente - Compreende como forma moderna de lazer, se desligando do ambiente urbano e entra em contato com a natureza - Busca adrenalina, emoção, sair da rotina, desestressar, desafio e risco Associam-se a abordagens preservacionistas de educação ambiental, afastando-se dos ideais da educação ambiental crítica

- Exploração de cavernas.

- Realizadas na natureza distantes do meio urbano - Através do contato com a natureza, o indivíduo crie uma consciência de preservação pelo meio - Não gera por si só, uma sensibilização das pessoas para com o meio natural - Envolve o mergulho; a vertigem; a velocidade; os desequilíbrios e as quedas - Envolve desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas - Busca por práticas mais “excitantes” que brincam com o risco e com o perigo em um jogo - Estimulam uma integração entre necessidade e prazer - Manifesta-se pelo desejo de usufruir as características e particularidades da (e com a) natureza - Possibilidade de conquistar uma vida mais tranquila e prazerosa - Surgem para satisfazer aos praticantes que vão à busca de sensações de prazer e ao mesmo tempo de risco - Intenção de aventurar-se em busca das emoções e dos riscos - Envolvem o imaginário, em que o risco esta associado ao aspecto

Não apresentou atividades.

- Surfe

- Escalada em rocha - Rafting - Voo livre

49

mimético - Proporciona novas sensações e fortes emoções - Os sujeitos encontram-se em um estado emocional - O risco é um fator instigante - Pode torna o risco imaginário em risco real como as lesões - Podem evitar danos a saúde e a morte - Estão se desenvolvendo em um ritmo acelerado - Envolve caráter competitivo - Apresentam sensações prazerosas, como a alegria e o desafio - Apresentam sensações receosas, como o medo - Compreende como ponderações para reflexão de si mesmo Podem apresentam sensações benéficas á saúde ou podem intervir na saúde biopsicossocial - Podem apresentar um viés de riscos epidemiológicos - Compreende que não existe acidentes - Surge com o sentido de comunhão, levando o homem a reencontrar-se como parte integrante da natureza desconhecida 53

Atividades Aventura

Físicas

de

- Utilizado como lazer - Vêm ganhando adeptos e representam importantes focos na indústria do entretenimento - Envolve Desejo de romper com o cotidiano e ir ao encontro da natureza, respirar ar puro, reencontrarem-se consigo mesmo, buscar sensações e emoções fortes, provar limites pessoais em situações de perigo eminente - Envolve o turismo, o ócio, a natureza, o esporte, a aventura - Vivenciar momentos propícios a concreta revisão de valores e atitudes - Possibilidade de promoção de mudanças axiológicas e de valores - Pode gerar um contato com o homem e a natureza de forma mais significativa e consciente - Oportunizar momentos propícios à revisão de valores e atos cometidos consigo próprio e com outros ao seu redor - Compreende superar e vencer os obstáculos desafiadores do meio natural - Busca por aventura - Proporciona um efeito purificador, conduzindo as pessoas ao bem-estar, alegria e sensação de leveza aos corpos aventureiros

- Rafting - Rapel - Moutain bike - Boia- cross - Trekking por trilhas e matas - Canyoning - Corridas

50

- Proporcionam possibilidades de vivenciar novas emoções e sensações, numa tentativa de amenizar as tensões das rotinas recorrentes da vida social - Proporciona melhoria relacionada a estética corporal - Maximização das sensações de bemestar e satisfação pessoal

54

Atividades de Aventura

- Constituem-se nas diversas práticas manifestadas, em diferentes locais naturais - Compreende de características que se diferenciam dos esportes tradicionais

Não apresentou atividades.

55

Atividades de Aventura

- Escalada - Skate downhill

56

Esportes Radicais

- São praticadas por uma diversidade de pessoas - São dotadas de um forte sentido de risco e incerteza, na qual originalmente eram praticas em ambientes naturais - Envolvem vertigem, risco controlado e emoções pelas diferentes situações e experimentação - Envolve sensações prazerosas e receosas - O praticante só consegue esta totalmente envolvida com a atividade quando atinge uma serie de fatores - Praticam por satisfação pessoal, prazer ou outras razões intrínsecas - Possui muita competitividade, o que aumenta a exposição do praticante ao risco - Conseguem abranger qualquer prática que desperte o instinto aventureiro e que tenha uma ligação profunda com o meio natural - Representa uma atividade de diversão realizada no tempo livre - Não abarcam as possibilidades competitivas e/ou educativas - Aglutinam-se como atividades de risco associados ao movimento humano - Contem características como o jogar com os outros e a busca da vitória - Busca a inventividade de uma manobra e o aproveitamento do momento exato para tentar algo inusitado Caracterizam-se pelas regras institucionalizadas e por atividades motoras que visam ao alcance de recordes - Despertam aspectos como atitudes hedonistas, cooperativas, sensibilizadoras, deslocamentos, experimentações - Podem promover a consciência para o

- Corrida de aventura - Escalada - Surfe - Skate - Parkour

51

enfrentamento das incertezas - Envolve melhoria do condicionamento físico e das habilidades motoras - Possibilidade de estimular o desenvolvimento do ser autoecoorganizador - Compreende ser um excelente norteador da renovação dos conteúdos e das práticas escolares - As pessoas podem ter uma estreita relação com a superação de obstáculos físicos, simbólicos e imaginários - Parecem ser dotados de uma grande magnitude de energia agregadora, comunicativa e desencadeadora do desejo de realização 57

Praticas Esportivas de RiscoAventura

- Manifesta a ousadia, o desejo de conquistar novos espações, de buscar outros caminhos, de fugir da dura realidade cotidiana - Pode caracterizar-se por situações onde o indivíduo enfrenta ambientes imprevisíveis, se dispondo a resultados incertos

- Voo livre - Paraquedismo - Escalada - Surfe

58

Práticas Corporais

- Compreende como produção de gestualidade, de linguagem para além da expressão escrita e verbal

- Surfe - Pesca

59

Esportes na Natureza

Não apresentou atividades.

60

Atividades Natureza

Não foi identificado nenhuma característica significadoras. - Compreende que não tem garantia de uma semana produtiva de trabalho - Envolve manifesto de inovação, criatividade e espirito coletivo

61

Atividades de Aventura na Natureza

Esportivas

na

- São manifestadas nos momentos de lazer - Envolve características inovadoras e diferenciadas dos esportes tradicionais, cerceadas por risco e perigos - Enquadram-se entre os segmentos mais promissores do mercado de turismo - São impulsionados apenas pelo desejo de distinção ao fazer algo novo, pelo modismo ou simples consumo - Ocorrem em momentos de lazer e turismo, parecem estar relacionadas com o elemento risco - Podem causar mortes - Procura por situações novas, desafiadoras e transmissoras de novos conhecimentos Podem tanto despertar a espontaneidade nas pessoas, quanto tolher e inibir tal comportamento

- Escalada - Ciclismo - Pára-quedismo - Bóia-cross - Rafting - Alpinismo - Base jump - Escalada solo - Esqui extremo - Rafiting

52

- Manifesta uma relação de confiança e amizade - Existem um grande sentimento de cooperação e união - Manifesta-se uma cobrança de comportamentos - Objetivo de vivenciarem diferentes experimentações e emoções 62

Atividades de Aventura na Natureza

63

Prática de Natureza

64

Atividades Físicas Aventura na Natureza

Desportos

na

de

- Representam uma necessidade de encontrar novas formas de sociabilidade e racionalidade, buscando emoções relacionadas à descoberta que envolvem o risco no meio natural Apresenta-se a contraditória conciliação entre elementos racionais e não racionais na vivência - Compreende que valoriza um conjunto de sensações como o prazer, a satisfação, o bem-estar e a saúde - Necessidade dos indivíduos na procura de atividades de lazer, onde tem uma intervenção direta na qualidade de vida - Compreensão do próprio corpo e caminho para uma relação Homemnatureza mais respeitosa - Ganham cada vez mais adeptos, devido ao facto de serem imprevisíveis e excitantes - Compreende que estão abertas a qualquer pessoa seja qual for à idade ou sexo - Crescimento de novos setores do turismo de natureza - Fonte potencial de bem-estar, divertimento, liberdade e imprevisibilidade, afastando daquilo que é o desporto competitivo - Envolve alguns indicadores de consciência ecológica - Envolve respeito próximo e pelo meio natural - Caracterizado por experiências muito marcantes (que importem risco, sensações fortes e aventura) - Poderá potenciar alguns benefícios como a reflexão, a preservação, o contato direto, a aventura, o risco, o culto do corpo e do movimento - Podem ser potenciais causadores de alterações (físicas e paisagísticas) no meio ambiente - Pode potencializar a educação ambiental.

- Vôo livre

- Desperta o instinto aventureiro e tem uma ligação profunda com o meio natural

- Rafting - Rapel - Mountain bike

- Caminhada

53

- Praticados no âmbito de lazer - Envolve bem estar/ prazer, autoestima, socialização, condicionamento físico e força muscular, estética, nenhuma percepção - Expressa vontade dos indivíduos de romper com a vida diária - Envolve risco iminente, almejando vencer limites pessoais em situações de extremo perigo - Compreende testar seu valor pessoal a todo o momento - A fascinação pela vertigem extrema, vivendo perigosamente, em situações que provocam verdadeiros desafios ao ser humano - Proporciona um efeito purificador (catártico) - Envolve um mix de prazer, emoção, diversão e aventura - Compreende na melhoria relacionada á estética corporal - manifestam-se características de sociabilidade e coletividade

- Boia-cross - Trekking por trilhas e matas - Canyoning - Arvorismo - Corridas de aventura

65

Esportes de Aventura

- Vêm despertando a atenção das pessoas, aumentando-lhes a popularidade - Traz á mente as sensações fortes, as imagens de risco e emoções - Envolve conexão entre risco e aventura valorizada pela ousadia que pode levar o indivíduo a inúmeras descobertas - O perigo é um elemento inerente e constante - Proporciona fortes emoções, vertigem e risco

- Surf - Rafting - Canoagem - Asa delta - Ski

66

Atividades de Aventura

- Corrida de orientação

67

Atividades Físico-Desportivas

- Envolve elementos de risco real ou aparente - Envolve valores de respeito ao oponente e a cooperação com os pares - Compreende formação do pensamento critico - Faz uso dos recursos ambientais - Pode colaborar para a consciência individual e coletiva natureza e como vilão quando aumenta a sua destruição -

68

Práticas Corporais Natureza Práticas Corporais

Não foi possível identificar nenhuma característica significadora - Podem ser consideradas como possuidoras de diferenças simbólicas e constituem uma verdadeira linguagem

Não apresentou atividades.

69

na

- Capoeira - Caminhada - Corrida - Surfe

- Boi de Reis - Bodyboard - Caminhadas - Saltos - Rolamentos na areia da

54

70

Esportes de Aventura

71

Práticas Natureza

72

Práticas Físicas na Natureza.

Corporais

- Envolve diferentes ambientes naturais - Envolve aventura, risco e fortes emoções - Envolve a (re) aproximação com a natureza, a autor realização, o lazer e na melhoria da qualidade de vida - Implicam riscos de diferentes proporções (quedas, colisões, escoriações, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estares entre outros) - Busca incessante por fortes emoções, e em condições arriscadas - Apresentam abertas para ambos os sexos que buscam diferentes vivências e sensações na

praia - Subidas nas árvores - Jogos como sinuca e totó - Escalada - Trekking - Rapel - Tirolesa - Asa delta

Transcende questões técnicoesportivas e ressignifica, do ponto de vista ecológico, a cultura corporal esportiva - Envolve aproximação entre o ser humano-natureza - Proporciona mudanças aos praticantes e um respeito com á natureza - Incidem as mudanças axiológicas, referentes aos novos conceitos e estilos de vida

Não apresentou atividades.

- Compreende que o espaço possa tornar-se um recurso findável - Envolve contato com o meio natural, no âmbito de lazer - Envolve um mix atrativo (o turismo, o ócio, a natureza, o esporte, a aventura) - Envolve necessidade e prazer - Procura por emoções fortes, a possibilidade de descansar e aliviar as tensões da rotina urbana, a oportunidade de vivenciar momentos que favoreçam a integração com outras pessoas e com as belezas inerentes à natureza Surgi uma indústria de entretenimentos e um consumo de elementos naturais com fins lucrativos - Compreende como uma excelente oportunidade de negócios - Tende a proporcionar aos adeptos bem-estar físico e psicológico recorrente - Ensina a respeitar seus próprios limites corporais - Promove perspectiva educacional e de conscientização para a educação ambiental

Não apresentou atividades

55

73

Práticas Esportivas Ambientes Naturais

74

em

- Compreende que torna-se regular e saudável, trazendo momentos de lazer, entretenimento e satisfação pessoal aos participantes - Envolve contato ativo com o meio ambiente

- Trekking

Esportes de Aventura

- Envolve perigo controlado na natureza - Compreende que não podem ser de degradação - Transformaram-se em um eficiente catalisador de desenvolvimento econômico e desenvolvimento econômico aliado ao desenvolvimento social e à preservação do meio ambiente

Não apresentou atividades.

75

Esportes de Aventura

Não apresentou atividades.

76

Esportes de Ação

- Envolve aventura e risco calculado - Buscam sentimento de glória e vitória, além de identidade própria, de “ser diferente” - Remete a uma exacerbação do individualismo pela busca do elemento risco - Compreende que passa a ser uma válvula de escape da vida cotidiana e do estresse da vida urbana - Busca do elemento “exótico” - Buscam de emoção, risco e sensações não vivenciadas cotidianamente em suas vidas, fuga da rotina, busca de um lazer funcionalista e compensatório - Pode a vir a provocar possíveis impactos ambientais e sociais - Demonstra gosto pela aventura, adrenalina - Envolve mudança no comportamento em sua vida na cidade, mudança de atitudes em relação aos comportamentos adotados no meio ambiente Não foi identificado características significadoras

77

Atividades de Aventura

- Envolve caráter degradante - Permitem certo afastamento de expressões céticas e individualistas que permeiam o cotidiano urbano - Agrega altas doses de aventura - Pode levar o praticante a um nível de consciência importante sobre diversas relações humanas - Permitem um distanciamento espaçotemporal das experiências cotidianas, inclusive as sensoriais e motoras, ampliando as possibilidades de autoconhecimento e de mudanças de hábito em diversas dimensões

- Descer corredeiras de rios em botes infláveis ou cachoeiras por meio de cordas - Explorar cavernas - Trilhas - Caminhada - Corrida de orientação - Canoagem - Escalada

- Skateboard - Surf - Body-board

56

79

Atividades de Aventura

80

Práticas Corporais Ambiente Rural

81

Práticas Lúdicas

82

Esportes na Natureza

- Proporcionam um entorno com altos níveis de incerteza motora - Manifesta diferentes situações emocionais em inúmeras circunstâncias - Favorece a conscientização e a sensibilização para com o meio natural e seus problemas - Esta relacionada ao lazer e a natureza - Existe uma relação seres humanosnatureza - Servir às necessidades do praticante que procura por satisfação e prazer - Vive-se uma experimentação de riscos nem sempre previsíveis e calculáveis - Compreende que o enfrentamento de perigos conduzem aos mais variados acidentes ocorridos - Busca pelo risco, pela aventura, a natureza - Pode ser percebidas atitudes de respeito e cuidado - Envolve lazer - Envolve noções de aventura, risco calculado, adrenalina e prazer - Parecem estar despertando maiores sensibilidades, em diferentes níveis. - Impulsionadas pelo desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas na esfera da recreação e do lazer - Busca de práticas mais “excitantes” que brincam com o risco e com o perigo num

- Corrida de aventura - Canoagem - Rafting - Moutain bike - Trekking - Natação - Travessia pelas encostas do mar - Surf - Skate

- São atividades essenciais para manutenção da vida e reprodução familiar - São ricas por serem diversificadas, permitindo suprir necessidades básicas - O perfil das práticas desenvolvidas muda durante todo o ano, buscando ajustar-se ao ambiente - Envolve domínio de habilidades especializadas

- Pesca - Coleta - Cultivo do solo - Caça a capivara - Caça de canoa - Caça diurna - Caça noturna

- Junto á natureza aprende a explorar e preservar o meio ambiente, além de ampliar as relações sociais, interações e formas de comunicação - Desencadeia um processo de conscientização por práticas que materializem ações - Revelou a importância dos aspectos da experiência ambiental e sensibilização dos processos cognitivos, perceptivos e afetivos

- Trilha interpretativa - Jogos - Contemplação - Caminhadas - Brincadeiras - Expressão corporal

- Estão ligadas a sensações de risco e vertigem, exacerbações controladas das

-Mountain bike - Voo livre - Rafting

57

emoções, congraçamento com a natureza e com outras dimensões sensíveis - Evocam sensações e relações diferenciadas com o meio - O esporte como uma prática que estabelece relações intersubjetivas com a natureza, a fim de extrair prazer dessa interação - Possuem a codificação esportiva nítida ou potencia - Envolve baixo nível de previsibilidade, menor estereotipia dos movimentos, disposição ao risco, busca por emoções, presença de novas tecnologias e contato com a natureza - Vivenciadas como lazer

- Montanhismo - Bungee jumping - Rapel - Espeleologia - Boia-cross - Arvorismo - Trilha ecológica - Parkour - Skate - Base jump -Corrida de aventura - Surf.

- Subir em arvores - Soltar pipa - Jogar bola -Andar de bicicleta - Tomar banho de rio - Surfe - Windsurf - Body boarders

83

Práticas Corporais

- Possibilitando liberdade e contato com a natureza

84

Esportes na Natureza

- Envolve contato com belos cenários naturais - Compreende de padrão linguístico, gírias Envolve preconceitos com modalidades e seus praticantes

85

Esportes de Aventura

86

Atividades Natureza

- Envolve o lazer, a recreação, o turismo - Compreende como opção de escape da rotina - Envolve bom condicionamento físico dos praticantes - Praticantes de ambos os gêneros que tiveram infância mais agitada, dinâmica e agressiva Praticantes são na maioria sexualmente mais ativos - Rotulação de modalidade por gênero mesmo todas as práticas sendo assexuadas - Busca por fortes aventuras, juvenidade, sentimento de prazer e satisfação de encarar o risco, causando muita adrenalina - Envolve sentimento estilo de vida aventureiro - Busca por sonho -Envolve criação da autoconfiança e confiança nos companheiros - Envolve fortalecimento das relações sociais dentro de um grupo Envolve conscientização de preservação - Compreende a criação e adequação de um consenso ético para as praticas

Esportivas

na

- Paraquedismo - Surfe - Voo livre - Patins - Skate - Snowboarding

- Montanhismo - Escalada - Voo livre

58

87 Práticas Natureza

Corporais

na

88 Esportes de Aventura e Risco Extremo

89

Esportes Radicais

90

Práticas Natureza

91

Esportes de Aventura/ Atividades de Aventura

Corporais

na

- Compreende como meio de fugir do caos urbano - Ferramenta de reaproximação do homem com a natureza - Envolve degradação ambiental, causada pela falta de orientações - Envolve socialização, respeito mutuo, solidariedade e confiança quando trabalhado em grupo - Compreende que educa, amplia e modifica os conceitos da relação do homem consigo mesmo, com o outro e com a natureza - Podem ser realizadas em vários tipos de ambientes - Envolve fascínio dos praticantes sempre querendo mais dificuldade e em se aproximar dos seus limites - Envolve superação do desafio e do risco - Envolve desenvolvimento emocional, mental e autocontrole - Deslumbre pelo pleno desgaste superado seguido do desfrute da exclusividade - Desejo de se afirma capaz de realizar tais desafios de extrema resistência física e mental e de se mostrar consciente de suas escolhas

- Rapel - Trilha

- Podem causar estresse psicológico - Envolve presença de risco exacerbado, aventura, “adrenalina”, e a necessidade de treinamento específico - Envolvem fatores naturais presente no ambiente e de tecnologias - Envolve superação do desafio e exposição a uma situação de risco - Realizada normalmente por pessoas extrovertidas e estáveis - Tendem a melhorar a ansiedade e até mesmo humor do praticante

- Salto de pára-quedas

- Práticas interligadas ao lúdico - Envolve risco real ou calculado - Proporciona melhoria na autoestima - Pode proporcionar sensações que fazem com que os praticantes queiram mais, vicio - Envolve contato com belos cenários naturais - Compreende a minimizar os riscos - Procura por fortes emoções - Maleabilidade de condições/terrenos para pratica de uma mesma modalidade - Envolve intensidade da pratica regulável - Variação de grupos musculares

- Andar a cavalo - Mountain bike - Atividades aquáticas - Caminhadas - Atividades em montanhas - Esportes na neve - Surfe - Patinação in-line - Escalada esportiva - Wakeboarding

- Ultramaratona

- Mountain bike - Trekking - Canoagem (remo) - Rapel - Escalada

59

trabalhados/exigidos de acordo com a modalidade

92 93

Não foi identificado Esportes Radicais

Não foi identificado Não foi identificado

- Equitação - Balonismo - Patinação In-line - Escalada esportiva - Wakeboarding - Natação Parkour

60

Apêndice 4: Unitarização e pré-categorização do corpus.

TEXTO 1

Referência Atividades Físicas de Aventura: proposta de um conteúdo na Educação Física Escolar no Ensino Fundamental (Franco e col., 2011)

Terminologia(s) Atividades Físicas de Aventura

Unidades de significado / Características significadoras

1.1 – “Acreditamos que o conhecimento e as vivências das AFA proporcionem aos alunos do Ensino Fundamental sensações e experiências que atinjam a todos seus aspectos formativos, de maneira que sejam práticas adaptadas à estrutura da escola e que propiciem o convívio com meio ambiente” (p.2).  Convívio com meio ambiente

1.2 – “Como meio de se atingir os objetivos gerais da Educação Física, propomos a prática das AFA, dentro do universo do jogo [...]” (p.5).  Pertencente ao universo do jogo

1.3 – “(...) ao longo da evolução humana, sempre existiram práticas que envolvesse desafios e aventuras em que fortes emoções se faziam presentes. Contudo, tais práticas não podem ser chamadas de “esporte de aventura”, pelo fato, é claro, de que não eram atividades esportivas pelo menos não no sentido que é atribuído hoje à expressão. E, por fim, estas não eram dotadas da função que o esporte assumiu mais recentemente em nossa sociedade. (CANTORANI; PILATTI, s/p, 2005)” (p.6).  Divergente do esporte como fenômeno moderno

1.4 – “(...) Atividades Físicas de Aventura atingem os alunos de uma forma mais abrangente, deixando abertas as possibilidades de um conteúdo que tratará de práticas 61

corporais de caráter competitivo ou não, mas que exprimem imprevisibilidade e um determinado e controlado risco a ser superado no meio urbano (como o skatismo, por exemplo), ou na natureza, ou em simulações desta em meio urbano. (FRANCO, 2008, p.29)” (p.6).  Exprimem imprevisibilidade e risco controlado

1.5 – “Acreditamos que as AFA proporcionam a auto-realização, liberdade, superação, emoção, desafio e prazer.  Proporcionam auto-realização, liberdade, superação, emoção, desafio e prazer.

1.6 – “Quando praticada na natureza, representa mais uma possibilidade de aproximação entre o individuo e o meio ambiente, devido à interação com os elementos naturais e suas variações como o sol, o vento, montanha, rios, vegetações densas e desmatadas, lua, chuva e tempestade” (p.7).  Possibilidade de aproximação entre o individuo e o meio ambiente (quando praticada na natureza).

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Arvorismo; Skate; Patins; Le Parkour; Corrida de Orientação (resumo); Surf; Skysurf, Snowboard; Windsurf; Bungee jump; Rafting, Rapel, Escalada (p.6).

62

TEXTO 2

Referência Comparação da posição estática da escápula entre indivíduos que praticam e que não praticam a escalada esportiva (Vilar; Carneiro, 2012)

Terminologia(s) Esporte de aventura

Unidades de significado / Características significadoras Não foram encontradas unidades de significado no texto. O autor não apresenta uma definição sobre a terminologia utilizada para descrever a escalada esportiva, a saber: Esporte de Aventura.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Escalada esportiva (resumo)

63

TEXTO 3

Referência Atividades de aventura: prática para um tempo livre para o consumo ou para um tempo livre mais humano? (Piovani, 2013)

Terminologia(s) Atividades de Aventura (Esportes de Aventura; Atividades de Risco)

Unidades de significado / Características significadoras 3.1 - Atualmente, as atividades de aventura, esportes de aventura, atividades de risco, entre outras denominações que são adotadas para determinadas práticas que possuem a característica comum do “risco” ou desafio das capacidades e habilidades individuais e coletivas, estão se tornando cada vez mais presentes na oferta de serviços para ampliar o tempo livre das pessoas. (p.62). 

As atividades de aventura estão sendo utilidades para ampliar o tempo livre das pessoas. Práticas que possuem a característica comum do risco ou desafio de capacidades e habilidades.

3.2 - Para assim, chegar a conclusão de que as características atribuídas as atividades de aventura oferecem o espaço propicio para gerar uma intervenção para um tempo livre mais humano. (p.62). 

Espaço propício para um tempo livre mais humano.

3.3 - Como foi descrito anteriormente, ao utilizar o termo atividades de aventura, se destaca o conceito de aventura, o qual se caracteriza como uma experiência de desafio, do imprevisível que coloca a prova nossas capacidades e que ao atingir os objetivos, gera o sentimento de satisfação, de ter crescido, de estar vivo e de superação. (p.63).

64



Experiência de desafio e do imprevisível. Destaque para aventura, caracterizada como experiência de desafio que gera sentimento de satisfação/superação ao atingir objetivos propostos.

3.4 - [...] é importante destacar a importância desse contato diferente com o espaço e com a natureza, que promovem as atividades de aventura, o qual se vincula ao potencial educativo. (p.64). 

Vinculadas a potencial educativo.

3.5 - Além disso, nas atividades de aventura, existiria a possibilidade de interagir com os outros, tendo que escolher entre diversas situações e modos de agir, sozinho e acompanhado. Ainda mais, as atividades de aventura teriam a característica de colocar ao sujeito em situações nas quais poderia perceber a realidade considerando outros pontos de vista. (p.65). 

Possibilidade de interação entre pessoas e de criação de situações que possibilitam diversos pontos de vista.

3.6 - Ao considerar as abordagens elencadas neste texto sobre as características das atividades de aventura e a concepção de tempo livre e recreação, se apresenta a ideia de que as atividades de aventura podem oferecer um espaço propício para emancipação do indivíduo. (p.66). 

Oferece um espaço propício para emancipação do individuo.

3.7 - Por este motivo, se entende que as atividades de aventura podem ser organizadas e planejadas para serem utilizadas em propostas de lazer e recreação que procuram ir além do divertimento e atingir outros aspectos do ser humano, como seus valores, crenças e convicções. (p.66). 

Podem ser utilizadas em propostas de lazer e recreação que procuram ir além do divertimento e atingir valores, crenças e convicções do ser humano. 65

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Não apresentou atividades.

66

TEXTO 4

Referência Lazer e meio ambiente: a natureza como espaço da experiência. (Bruhns, 1999).

Terminologia(s) Esportes na Natureza; Aventura na natureza; Atividades de aventura.

Unidades de significado / Características significadoras 4.1 - A terceira refere-se a uma opção de lazer, pelos “novos esportes” despontados no contexto contemporâneo, praticados na natureza, utilizando-se de corredeiras de rio e cachoeiras, os quais para alguns, possuem efeito “adrenalina”. A inserção desse tema tomará como palco os elementos introduzidos anteriormente no texto, buscando a representação desses esportes, através de seus traços específicos, suas características, a estreita relação com a tecnologia, revelando tentativas históricas de superação das racionalidades presentes nos esportes convencionais, também denominados modernos. (p.6).  “Novos esportes”, praticados na natureza; efeito adrenalina; estreita relação com tecnologia; busca pela superação da racionalidade presente nos esportes convencionais (modernos).

4.2 - Estes esportes, onde a natureza é utilizada como denominador comum, respondem a opções atreladas a vários fatores, como a aquisição de imagens através da compra de um sistema de signos (estilo de vida envolvendo aventura, desafio, risco, natureza). Um discurso “ecológico” vem legitimar sua prática, adjetivo que, por si só, torna-se suficiente para execução de qualquer proposta dessa espécie, mesmo esta não estando comprometida com nenhum vínculo educativo, valorizando e difundindo a diversidade cultural e biológica. (p. 16).  Natureza como dominador comum. Significado pela aventura, desafio, risco, natureza. Legitimado por discurso ecológico.

67

4.3 - Práticas cerceadas por simulacros (riscos e perigos fictícios), espetacularização, intensidades acentuadas na experiência do presente, isolada e carregada de afeto, num espaço onde se manifesta certa estética e prazer. (p.16).  Cerceadas por riscos e perigos fictícios, espetacularização, acentuação da experiência presente, afeto, estética e prazer.

4.4 - Esportes não correspondendo a uma forma “fechada”, mas a uma situação “aberta”, onde elementos incontroláveis, “caóticos” como o “acaso” e a “anarquia” podem “jogar”, num ambiente deveras incerto, efêmero (considerando as corredeiras e cachoeiras), com informações não muito precisas, necessitando tomadas rápidas de decisão, em algumas circunstâncias. (p.16).  Correspondem a forma “aberta”, com elementos incontroláveis, informações imprecisas e que requerem tomadas rápidas de decisão.

4.5 - Segundo Betrán (op. cit.), são caracterizadas como “atividades deslizantes de aventura e sensação na natureza”, em razão de quatro parâmetros básicos: seu desenvolvimento no meio natural, o caráter deslizante de suas práticas, a produção de sensações corporais e o sentido de aventura que imprime sua realização para grande parte dos praticantes. (p.17)  Desenvolvimento no meio natural; caráter deslizante; produção de sensações corporais; sentido de aventura.

4.6 - Um amplo leque de valores simbólicos associados a práticas muito diversas, porém unidas por este imaginário fortemente condicionado pela explosão das emoções e do risco. Emoções, de certa forma fictícias e riscos provocados, artificiais, de certa forma, imaginários. (p.18).  Imaginário condicionado pela explosão de emoções e risco, por vezes fictícios e artificiais.

68

4.7 - Sobre as características desses esportes, vou me deter na abordagem de Pociello (1995: 118), o qual destaca uma tendência na substituição de gestos envolvendo força e energia, por gestos de domínio e controle informacional do corpo, valorizando a singularidade das posturas e movimentos, estetizando a exploração curvilínea dos impulsos. (p.19)  Valorização da singularidade das posturas e movimentos.

4.8 - Tentando transformar toda experiência banal e cotidiana numa “sensação pura”, sem mediação, esses esportes abusam de uniões outrora incompatíveis, como tecnologia de ponta e sensação pura, vertigem e disciplina (Sant’Anna, op. cit.: 260). Eu acrescentaria aqui mais uma união outrora incompatível, qual seja, natureza e desenvolvimento tecnológico, principalmente se nos atermos às críticas em relação ao progresso, realizada pelo movimento ativista crítico da década de 1960. (p.20)  Uniões improváveis: tecnologia de ponta e sensação pura; vertigem e disciplina; natureza e desenvolvimento tecnológico.

4.9 - O cenário dos novos esportes aponta uma variedade complexa de situações híbridas e muitas variações. Há neles uma preferência por ações mantendo certa independência (embora com a presença grupal), com práticas pouco reguladas. Exaltase o risco (ciente de seu controle) e a aventura em empreitadas não enfrentando adversários, num ambiente imprevisível e hostil. (p.23).  Situações híbridas com muitas variações; tendência a práticas pouco regaladas; ambiente imprevisível e hostil.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Canyoning; rafting; bóia-cross (p.17); Ginástica; corrida; musculação (p.22).

69

TEXTO 5

Referência O avanço da civilização e as atividades físicas de aventura como meio de lazer: a tecnologia como fator de afastamento e aproximação da natureza. (Cantorini e Oliveira Jr., 2005)

Terminologia(s) Atividades de Aventura (Atividades Físicas de Aventura; Atividades de aventura na natureza; Atividades de risco)

Unidades de significado / Características significadoras

5.1 - [...] o fato é que nos interessamos por essas atividades porque são destinadas a pessoas que vivem uma vida rotineira, com poucas oportunidades para atividades de relativa destreza física e que sejam pautadas em fortes emoções. (p.2).  Destinadas a não atletas; exigem relativa destreza física; pautadas em fortes emoções.

5.2 - Nestas atividades; estão presentes as possibilidades de reaproximação da natureza, a condição de se vivenciar algo que está muito distante do dia-a-dia, do corriqueiro, e de experimentar tensões prazerosas a muito distantes do cotidiano das sociedades modernas, ou seja, atividades que vertem a noção de algo altamente arriscado. Diante deste contexto, parece-nos adequado o momento para se salientar a mimese verificada em tais atividades, ou seja, o fenômeno apresentado acontece dentro de uma esfera em que o risco é monitorado, é controlado, é amenizado.

 Possibilidades de reaproximação da natureza; distanciamento da condição cotidiana; imaginário do risco.

5.3 - Ou seja, é justamente a alta carga de rotina, pressão e stress em suas vidas que levam as pessoas a terem necessidades de viverem um tipo específico de tensão, uma 70

tensão/excitação prazerosa, que é verificada em atividades de risco, e oferecida a sociedade na forma de atividades miméticas. (p.13).  Tensão/excitação prazerosa.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Não apresentou nenhum exemplo.

71

TEXTO 6

Referência A Mundialização e os Esportes na Natureza (Dias, 2008)

Terminologia(s) Esportes na natureza (Lazer esportivo na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

6.1 – Esses esportes expressam o resultado de um intenso processo de intercâmbio e de combinações de técnicas, de símbolos ou de materiais entre as diversas modalidades que têm na busca pela aventura na natureza o seu elo de ligação. (p.61).

 Hibridismo entre modalidades esportivas; busca pela aventura na natureza.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Moutain bike, vôo livre, snowboarding, rafting, surfe, montanhismo (p.55); Skate (p.59) Kitesurfe; bungee jumping, asa delta (p.60); Windsurf (p.63).

72

TEXTO 7

Referência Esportes radicas: referências para um estudo acadêmico (Fernandes, 1998)

Terminologia(s) Esportes Radicais

Unidades de significado / Características significadoras

7.1 – Nos anos 80, houve um grande desenvolvimento dos “esportes radicais”, que atingiram na presente década um maior nível de organização e controle dos riscos envolvidos, devido principalmente à contribuição dos meios de comunicação, dos equipamentos de segurança utilizados e dos recursos empregados. (p.97).

 Envolvimento de risco controlado.

7.2 – Porém, considero importantes duas características presentes nestas práticas, que seria o comportamento diferenciado expresso pelos indivíduos, ou seja, um comportamento que confronta valores antes estabelecidos frente aos desafios proporcionados por estas práticas, e também o fato de funcionarem como meio de produzir adrenalina. Há, por um lado, a preocupação em fugir dos mecanismos de controle social impostos pela natureza. Por outro, a preocupação em vencer os limites impostos pela natureza. (p.99).

 Confronto de valores; produção de adrenalina; superação de desafios impostos pela natureza.

7.3 – [...] E para uma atividade física ”radical” ser considerada esporte são necessárias, entre outras características, a presença de competições organizadas. (p.99).

 Presença de competições organizadas. 73

7.4 – Acredito que em relação aos “esportes radicais” seria mais interessante atentarmos para quatro desses atributos: especialização, ou seja, dedicação do atleta a uma única modalidade esportiva, em busca do aperfeiçoamento técnico; racionalismo, que envolve normatização, padronização das regras e aperfeiçoamento tático; organização burocrática, com controle centralizado de calendários e hierarquização administrativa e busca de recordes, grande ênfase em relação á superação de marcas estabelecidas por outros atletas. (p.100).

 Práticas organizadas e esportivizadas visando melhor desempenho aos praticantes (atletas).

7.5 – [...] um dos objetivos seria amenizar o estresse do cotidiano e ao mesmo tempo conviver com os desafios, os limites e incertezas. [...] Enfim, estas práticas estariam voltadas tanto para a “busca da excitação” como para uma liberação das emoções de forma regrada, o “descontrole controlado das emoções”. (p.102).

 Descarga do estresse cotidiano; conviver com desafios, limites, incertezas (mimetismo).

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surf, Bungee jump, skate, skysurfing, rafting, canyoning, rapel (p.97); Patinação Inline, escalada esportiva, snowboarding, wakeboarding (p.103).

74

TEXTO 8

Referência Educação física e educação ambiental: refletindo sobre a formação e atuação docente (Inácio e col., 2013).

Terminologia(s) Práticas Corporais de Aventura na Natureza (PCANs)

Unidades de significado / Características significadoras

8.1 – Este fenômeno de oferta e busca de atividades que tenham o meio natural como cenário. (p.3).

 Atividades que têm o meio natural como cenário

8.2 – [...] uma adaptação para o contexto brasileiro do conceito Atividades Físicas de Aventura na natureza –AFANS, apresentado por Olivera & Olivera em 1995, na Revista espanhola Apunts. E falo em adaptação – não em crítica, porque há um entendimento diferenciado dos conceitos brasileiro e espanhol de atividade física. Ao falar “atividade física”, na Espanha, o entendimento geral do termo se aproxima bastante do que chamo aqui de práticas corporais, e se afasta do uso brasileiro, o qual exprime ações mais ligadas ao exercício físico voltado para a saúde. (p.5).

 Adaptação ao termo Atividades Físicas de Aventura na Natureza.

8.3 – Esta expressão nos permite ainda uma percepção sobre os limites e possibilidades dos próprios seres humanos: “Utilizar a expressão Práticas Corporais ao invés de atividade física, porque esta última nos remete a uma compreensão restrita de humano, limitada a uma concepção biologicista; enquanto a primeira possibilita um entendimento mais ampliado das múltiplas dimensões humanas. (INACIO et al., 2005, p.69-87)”. (p.5). 75

 Ampliação da percepção sobre as dimensões humanas.

8.4 – Por meio destas práticas, o ser humano pode ser levado a construir uma consciência sobre as relações que o mesmo pode ter com o meio ambiente e as próprias relações sociais, aproveitando-se do fato de que estas atividades permitem um distanciamento espaço-temporal das experiências cotidianas, inclusive as sensoriais e motoras, ampliando as possibilidades de autoconhecimento e de mudanças de hábito em diversas dimensões. (p.5).

 Conhecimento das possibilidades de relações entre os seres humanos e destes com o meio ambiente; distanciamento espaço-temporal das experiências cotidianas; possibilidades de autoconhecimento e mudança de hábitos.

8.5 – [...] aventura, nesse âmbito, como sinônimo de a) brincadeira e travessura; b) travessia, como deslocamento de um ponto a outro, e c) transformação humana, como mudança de estado de civilidade, uma mudança positiva que acrescente novos valores. [...] busca distanciar-se da compreensão cotidiana que o conceito assume na atualidade, qual seja, a de sinônimo de adrenalina, risco, emoção desenfreada, além de entender as PCANs como uma mera atividade física de contato do ser humano com a natureza. Encontra-se nelas a busca pela aventura; diversão; alegria; companheirismo; superação; prazer; cooperação; solidariedade; compreensão da realidade; revitalização de forças, dentre outras sensações e sentimentos. (p.6).

 Além do contato do ser humano com a natureza, proporciona uma variedade de sensações e sentimentos positivos.

8.6 – As PCANs podem ser trabalhadas de uma forma comprometida com um vínculo educativo, discutindo valores, desenvolvendo experiências e sensações no decorrer de sua prática, potencializando reflexões sobre as questões socioambientais. [...] possibilitam o debate sobre as representações da relação do ser humano com o meio ambiente, favorecendo a conscientização do educando acerca dos problemas ambientais e a necessidade de enfrentamento dos mesmos. (p.6) 76

 Podem ser usadas em contextos educativos e formadores (educação ambiental).

8.7 – Pois as PCANs proporcionam uma ligação com o meio ambiente desse modo faz com que possamos interagir de maneira mais harmoniosa com tudo que há a nossa volta. (SILVEIRA, 2009). (p.15).

 Interação mais harmoniosa com o meio em que vivemos

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Não foram encontrados exemplos de atividades, apenas exemplos de locais onde ocorrem essas práticas, como: fazendas, locais privados, acidentes geográficos distantes dos centros urbanos. (p.6).

77

TEXTO 9

Referência Lazer na natureza: um diálogo de espelhos (Ladislau, 1999)

Terminologia(s) Atividades de lazer/esportivas em contato com a natureza

Unidades de significado / Características significadoras

9.1 – [...] realizadas em ambientes naturais, intimamente relacionadas ao desenvolvimento do ecoturismo. (p.33).

 Realizadas no meio natural.

9.2 – [...] inclusive no espaço daquelas atividades desenvolvidas em ambientes naturais nos momentos de lazer. (p.34).

 Realizadas no meio natural e em momentos de lazer.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Não foram citados exemplos de atividades.

78

TEXTO 10

Referência Do Bambi ao Rambo ou vice-versa? Nossas relações com a (e na) natureza (Marinho, 1999)

Terminologia(s) Atividades de Aventura na Natureza

Unidades de significado / Características significadoras

10.1 – “Fica claro, portanto, que estas atividades praticadas no meio natural causam, por si só, um determinado impacto [...]” (p.43).

 Atividades praticadas no meio natural

10.2 – A oportunidade de estar em relação com o meio natural possibilita o reconhecimento do outro e de nós mesmos. O sensível vivido num dado lugar (neste caso específico, a natureza) com os outros é consideravelmente relevante para a história humana, tendo em vista o vigente processo fragmentário, globalizante e, muitas vezes, efêmero, impedindo a sensibilidade de se aflorar no dia-a-dia humano. (p.46).

 Possibilidade sensível de reconhecimento do outro e de nós mesmos.

10.3 – Vive-se um prazer e uma emoção compartilhada e, de certa forma, algumas diferenças (língua, raça, sexo) são apagadas por este sentimento coletivo. Talvez esta característica particular faça destas atividades uma reação à nossa realidade atual, repleta de efemeridade e superficialidade, como uma forte e criativa expressão dos diferentes grupos sociais.

 Sentimento coletivo.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia 79

Esportes

ao

ar

livre

(p.3);

Escalada,

Ski,

Surf

(p.42).

80

TEXTO 11

Referência Natureza, Tecnologia e Esporte: novos rumos (Marinho, 1999)

Terminologia(s) Esportes na natureza; Esportes de aventura;.Atividades físicas na natureza.

Unidades de significado / Características significadoras

11.1 – [...] essas novas atividades que surgem representam práticas alternativas e criativas de manifestação do lazer, que podem aqui ser exemplificadas pelos “novos esportes” que requerem a natureza como cenário principal para a sua realização. (p.68).

 Requerem natureza como cenário para sua realização.

11.2 – No entanto, cabe destacar que a simples ação de praticar atividades físicas na natureza não gera por si só uma sensibilização do homem para com o meio natural, pois esta depende do tratamento educativo que o indivíduo ou o grupo recebe quando inicia a atividade, bem como suas atitudes e comportamentos. (p.70).

 Possibilidades educativas, porém com orientação específica para esse fim.

11.3 – Diante das diferentes concepções de tecnologia e de natureza que estão sendo manifestadas, este novo momento para o qual estamos caminhando instala um novo princípio de prazer; e, provavelmente, os esportes praticados em contato com o meio natural são uma expressão dessa busca. Nos “esportes de aventura” o prazer é mediado pelo risco, pela vertigem, marcando os limites da liberdade e da vida. O envolvimento profundo com a prática dessas atividades pode resultar na conquista do desejado “estar livre” fazendo com que seja assumido um compromisso (criativo) de vida. (p.71).

 Prazer mediado pelo risco/vertigem; potencial sensação de liberdade. 81

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia canyoing, escalada, rafting, skysurf, trekking, hidrospeed (p. 69).

82

TEXTO 12

Referência Esportes Radicais, de Aventura e Ação: conceitos, classificações e características (Pereira e col., 2008).

Terminologia(s) Esportes Radicais

Unidades de significado / Características significadoras

12.1 – Assim nos deparamos com a problemática da conceituação do que chamaremos a partir de agora de Esportes Radicais, no sentido de elucidarmos algumas questões, gerarmos conflitos e contradições necessárias ao crescimento e propiciar um ambiente de discussão produtiva que eleve nossas concepções das atividades corporais de risco […]. (p.2).

 Atividades corporais de risco.

12.2 – [...] esse “novo esporte” contém características do esporte tradicional, mas o praticante busca nele outro motivo para a prática ou então muda determinados códigos no jogo encontrando um sentido mais individualizado a prática.

 Caracterizado como “novo” em relação a esportes “tradicionais”.

12.3 – Afinal a cultura está fora do ambiente escolar tanto quanto é produto deste. Nesse sentido nos chamam a atenção os chamados Esportes Radicais, pois são formas de movimento que ganharam expressão nas últimas duas décadas e vem se firmando objeto de desejo de crianças e jovens, reforçando cada vez mais seu caráter cultural e social. (p.4).

 Caráter cultural e social 83

12.4 – O sentido das atividades de risco parece estar ligado a uma condição acidental ou caótica, fora do padrão da Ciência Clássica e em conformidade com as transformações do século XXI. Corroborando com essa idéia, Costa (1999), mostra que o aventureiro conta com a sorte a seu favor. (p.5).  Ligado à condição caótica.

12.5 – Defendemos o uso do termo Esporte dentro da concepção proposta por Tubino (2002) que concebe três dimensões para o esporte moderno: esporte - rendimento (voltado a competição e ao treinamento); esporte - participação (refere-se as atividades realizadas por prazer e lazer) e esporte - educação (quando o esporte é uma ferramenta educacional). (p.8).

 Abrange concepção do esporte como fenômeno polissêmico.

12.6 – Outra decisão é pela escolha de Radical como receptor das atividades de Aventura e Ação. [...] Esportes Radicais pelo comportamento diferenciado presente nessas práticas não bastando estar na natureza [...]. (p.8).

 Concepção de radical associada a manifestações particulares dos praticantes.

12.7 – Ampliamos essa classificação para abranger também atividades praticadas no meio urbano e que por essa razão tem características particulares distintas, além disso, organizamos também as atividades mistas que envolvem mais de um tipo de ambiente. (p.9).

 Inclui atividades radicais praticadas no meio urbano.

12.8 – Dentro de nossa classificação decidimos por dividir os Esportes Radicais em dois tipos distintos: Esportes de Ação e Esportes de Aventura. [...] Em comum tem o fato de estarem enraizados na busca por uma existência significativa e com o risco como agente fundamental para se viver experiências emocionais. (p.9).

84

 Envolvem ação e aventura; enraizados na busca por existência significativa; têm o risco como elemento fundamental para vivência de experiências emocionais.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surf, windsurfe, Base jump, sky surf, Bungee Jump, sandboarding, Kite surf, Escalada indoor, skate, patins in line, bike (trial, bmx), Mergulho (livre e autônomo), canoagem (rafting, caiaque, aqua ride, canyonning), Paraquedismo, balonismo, vôo livre, Montanhismo (escalada em rocha, escalada em gelo, técnicas verticais, tirolesa, rapel, arvorismo); mountain bike (down hill, cross country), trekking, Corrida de Aventura, Le parkour. (p.10).

85

TEXTO 13

Referencia Da praia para o mar: motivos á adesão e á pratica do surfe. (Amaral; Dias. 2008)

Terminologia(s) Esportes na natureza (p.21)

Unidades de significado/ Característica significadoras

13.1 - No Rio de Janeiro, onde a prática teve seu primeiro e derradeiro impulso no Brasil, já em meados dos anos 60 se falava de um crescente contingente de jovens que buscavam nessa modalidade um suporte para sua formação identitária ou apenas uma opção para seus divertimentos praianos. (p.2) 

Formação identitária ou opção para seus divertimentos praianos

13.2 - No surfe, especificamente, essa variabilidade motivacional pode ser demonstrada como no caso de muitos adeptos procurarem o esporte com objetivo de sociabilização, isto é, impulsionados pelo desejo de estar com os amigos. (p.6) 

Esporte com objetivo de sociabilização

13.3 - Assim, se deixaria de lado, supostamente, outras importantes dimensões que constituem e fazem parte desse universo esportivo: a subjetiva relação de respeito para com a natureza; a conformação do esporte enquanto um estilo de vida e uma visão de mundo; a necessária preocupação com a preservação do meio ambiente ou ainda, de maneira menos profunda, a compreensão das variáveis naturais que influenciam na sua prática, como a formação das ondas, ventos e marés. (p.11) 

Subjetiva relação de respeito para com a natureza; Conformação como estilo de vida e visão de mundo; Necessária preocupação preservação do meio ambiente. 86

13.4 - Buscamos também apreender quais seriam os principais fatores que mais estimulavam na adesão do surfe enquanto um hábito de lazer. Nesse sentido, os principais aspectos mencionados foram: o contato com a natureza, a saúde e o bem estar, o convívio com os amigos, a diversão, a superação de desafios, o estilo de vida e as possibilidades profissionais. (p.12) 

Hábito de lazer; Contato com a natureza; Saúde; Bem estar; Convivência; Diversão;

Superação

de

desafios;

Estilo

de

vida;

Possibilidades

profissionais.

13.5 - A questão de estar em um ambiente natural representa para os surfistas uma possibilidade de interagir e de estar em equilíbrio com a natureza. Alguns praticantes relataram que o fato de se poder realizar uma atividade física nessas condições é importante no sentido de compensar as situações de estresse do trabalho ou da vida metropolitana, agindo na reestruturação do seu equilíbrio mental. (p.12) 

Interação e equilíbrio com a natureza; Compensação estresse trabalho e vida metropolitana.

13.6 - De fato, o surfe é um esporte perpassado por um forte sentido de busca e de reencontro com a natureza. (p.12) 

Sentido de busca e reencontro coma natureza.

13.7 - A relativa exposição a riscos, a intencional busca pela aventura e a imprevisibilidade do terreno de prática, são todos elementos que acabam reforçando tais sentidos nesses esportes. (p.15) 

Relativa

exposição

a

riscos;

intencional

busca

pela

aventura;

imprevisibilidade do terreno de pratica.

87

13.8 - Aliás, a incorporação cotidiana de um universo de referências comportamentais extraídas do esporte será mesmo um traço distintivo do surfe, onde não é exagerado afirmar que o estilo de vida dos surfistas já se tornou uma cultura popular (RENNEKER, 1987). Nesse sentido, tornar-se praticante de um desses esportes significa, em outras palavras, vincular-se a um determinado conjunto de símbolos definidores de identidade (DIAS; ALVES JUNIOR, op.cit.). (p.17) 

Referências comportamentais extraídas do esporte; Conjunto de símbolos definidores de identidade.

13.9 - Isso pode estar ligado ao desenvolvimento deste esporte e do seu mercado de trabalho, que permite encarar o surfe não só como saúde, lazer e diversão, mas também como uma possibilidade de trabalho. (p.17) 

Saúde; Lazer; Diversão; Possibilidade de trabalho.

13.10 - Já sob estes aspectos, vemos, em primeiro lugar, sua incorporação como um veículo para a fruição do tempo livre, ou seja, um esporte capaz de se constituir como possibilidade cada vez mais atraente para vivências de lazer. (p.19) 

Veículo para fruição do tempo livre; Possibilidade vivências de lazer.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surfe (resumo); Montanhismo (p.15).

88

TEXTO 14

Referencia Seres humanos e natureza: o lazer como mediação. (Armas; Inácio. 2010)

Terminologia(s) Práticas corporais de aventura na Natureza (resumo)

Unidades de significado/ Características significadoras

14.1 - Como práticas corporais de aventura experienciadas na natureza, consideramos todas as atividades permeadas pela aventura e que possuem como local para sua realização, os ambientes naturais pouco ou ainda intocados pelo ser humano, compreendendo mais uma alternativa de lazer da atualidade. Corredeiras, cachoeiras, cânions, trilhas em florestas, em morros ou montanhas, falésias, entre outros ambientes e formações geológicas que são apropriadas de diversas maneiras. (p.13)  Atividades permeadas pela aventura; Realização em ambientes naturais pouco ou ainda intocados pelo ser humano; Alternativa contemporânea de lazer.

14.2 - Em geral, podemos dizer que aqueles que se dedicam às práticas de aventura na natureza buscam “literalmente um ‘mergulho na natureza’, o que pode causar uma ‘emoção à flor da pele’, experimentando a aventura imaginada ou captando-a através de todos os poros, absorvendo o impacto visual com o corpo inteiro”. (BRUHNS, 2003, p.45) Através destas práticas de aventura, tocamos a natureza e por ela somos tocados, “ver, ouvir, tocar, cheirar ou degustar sons, cores, superfícies, cheiros ou sabores, faz parte de um conjunto intenso em que a tatilidade agora é representada pelo corpo como um todo”. (BRUHNS, 2003). (p.14)  Contato direto com a natureza; Busca por emoção.

89

14.3 - É importante dizer que, tal quais as diversas atividades de lazer existentes, as práticas de aventura na natureza inserem-se em uma ordem socioeconômica capitalista e, portanto, são submetidas às lógicas de mercado, do utilitarismo e afastam-se dos interesses atrelados à emancipação humana. (INÁCIO e MARINHO, 2007a; INÁCIO et al, 2005). (p.14)  Inseridas em uma ordem socioeconômica capitalista, submetidas às lógicas de mercado e do utilitarismo, afastando-se dos interesses atrelados à emancipação humana.

14.4 - Ao contrário de esportes tradicionais e institucionalizados que possuem regras previamente definidas para sua prática, o montanhismo não possui normas oficiais que o regulem. Talvez, por suas características, o montanhismo não necessite de regras oficias, uma vez que abarca diversas modalidades e é realizada em um ambiente sobre o qual o ser humano não tem controle. (p.15)  Difere esportes tradicionais, pois não possui normas oficiais reguladoras (montanhismo); Realizado em ambiente sobre o qual o ser humano não tem controle.

14.5 - Pode-se dizer que tanto na escalada como no trabalho há risco de vida, porém também se apresenta de maneira diversa nos dois espaços: os riscos em uma escalada estão presentes, pois a utilização dos equipamentos de segurança requer conhecimento, porém esse risco é motivo de prazer entre os escaladores; enquanto no trabalho, se morre todos os dias um pouco de desgosto, de insatisfação e de tédio. (p.22)  Risco motivado por prazer.

14.6 - É neste contexto que, encontra-se o montanhismo, uma prática corporal de aventura na Natureza, pertencente ao âmbito do lazer e que tem os morros e montanhas como lócus para realizar-se. (p.25)  Pertence ao âmbito de lazer. 90

14.7 - As sensações prazerosas que esta prática proporciona recuperam as energias dos montanhistas para enfrentar as agruras cotidianas do mundo do trabalho. (p.25) 

Compensação do trabalho.

14.8 - Ao mesmo tempo em que, em alguns, momentos essa prática de aventura na Natureza serve para a manutenção de valores da sociedade do capital, em outros momentos, promove a liberdade e a sensibilidade do ser humano. (p.26) 

Promove tanto manutenção de valores da sociedade do capital como a liberdade e a sensibilidade do ser humano.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Montanhismo (resumo)

Observações: *O autor utiliza a prática esportiva como um item que se enquadra dentro da prática corporais de aventura. * Esportes tradicionais e institucionalizados : Achei interessante como o autor usa essa terminologia para indicar as demais praticas que não se enquadram nas praticas corporais de aventura e atividade de lazer.

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TEXTO 15

Referência Notas e definições sobre esporte, lazer e natureza. (Dias, 2007)

Terminologia(s) Esportes na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

15.1 - Outra proposição conceitual é a dos “esportes na natureza”. Essa proposta concentra-se em descrever o esporte como uma prática que estabelece relações intersubjetivas com a natureza, a fim de extrair prazer dessa interação. (p.9)  Relações intersubjetivas com a natureza, a fim de extrair prazer dessa interação.

15.2 - Daí, o entendimento de que os chamados “esportes de aventura”, pelas suas origens, estivessem, num primeiro momento, associados às práticas na natureza, onde seu significado também poderia ser contrastado com os esportes mais convencionais, ao passo que nessas modalidades busca-se e valoriza-se a imprevisibilidade, enquanto que “nos outros”, busca-se, pelo contrário, reduzir sistematicamente o risco através da domesticação do espaço. (p.10)  Busca pela imprevisibilidade.

15.3 - Nas palavras de Cláudio Consolo (2003, p.24), presidente da Associação Brasileira de Parapente, “entendemos que a interação com a natureza proporcionada pelas práticas esportivas de aventura é o elo que unem todos os ‘radicais’ a seus esportes”. A relação com a natureza pode mesmo ser vista como um dos elos fundamentais na caracterização dessas práticas. (p.22)  Relação com a natureza. 92

15.4 - Pois a modulação desse comportamento esportivo é fortemente marcada por tais imaginários de retorno à natureza, onde sua descrição por intermédio do adjetivo “na natureza” não significa o abandono de outras características tão presentes nessas atividades, como é o caso dos aspectos de aventura e de risco. (p.26)  Imaginários de retorno à natureza; Aspectos de aventura e de risco.

15.5 - Grosso modo, ao falarmos do conceito de esportes na natureza estamos falando então de um conjunto de modalidades cuja posição dentro do espaço esportivo mais geral corresponde a um jogo regulamentado realizado na natureza e assentado na proeza física, em que níveis variáveis de seriedade e ludicidade, cooperação e competição, amadorismo e profissionalismo, sensibilidade e insensibilade ecológica, intervêm simultaneamente, variando de acordo com a especificidade da atividade, mas sem nunca escapar a esse esquema geral. (p.28)  Jogo regulamentado realizado na natureza; Assentamento na proeza física.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Montanhismo; wakeboard; rafting; vôo livre; mountain bike (p.2); Canoagem, surfe (p.8); Skate (p.10); Asa delta (p.14); Escalada (p.16); Mergulho (p.17); Bungee jumping (p. 29).

93

TEXTO 16

Referência Perspectivas históricas para o lazer e a educação na natureza. (Dias, 2011)

Terminologia(s) Práticas corporais em ambientes naturais (Práticas de lazer e esportes na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

16.1 - Parte desta literatura especializada tem se ocupado de enfatizar o potencial educativo dessas atividades, ressaltando, quase sempre, sua contemporaneidade. São análises que destacam as experiências na natureza como um lugar privilegiado para a formação e disseminação de valores humanisticamente mais desejáveis, como a solidariedade ou a responsabilidade ambiental.  Potencial educativo e para formação/disseminação de valores sociais e ambientais.

16.2 - Teoricamente, portanto, predomina o entendimento de que é um cenário social “pós-moderno” o vetor e o catalisador de práticas na natureza (com finalidades educativas ou não, como é o caso também do ecoturismo). (p.7)  Fenômeno social “pós-moderno”.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Caminhadas (p.9).

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TEXTO 17

Referência Por um programa investigativo para os esportes na natureza. (Dias e col., 2008)

Terminologia(s) Esportes na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

17.1 - Pra longe disso, minha idéia foi, em primeiro lugar, a de tentar situar os estudos dos esportes na natureza no âmbito dos estudos dos esportes de um modo mais geral. Em segundo lugar, tentar localizá-los de maneira radical na esfera da cultura, entendendo-a aqui como um modo de vida, no seu sentido antropológico. (p.19).  Inserido na esfera da cultura como modo de vida.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Alpinismo (p.6); Surfe; montanhismo (p. 10); Snowboarding; esqui (p.11).

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TEXTO 18

Referência Lazer e meio ambiente: as práticas educativas e de sensibilização na natureza por meio do lazer e seu potencial na estação de pesquisa, treinamento e educação ambiental Mata do Paraíso em Viçosa- MG. (Garcia; Kowalski; Alves. 2009)

Terminologia(s) Atividades de lazer na natureza (Atividades de aventura; Atividades físicas de aventura; atividades junto à natureza; vivências junto à natureza; atividades de lazer desenvolvidas no meio ambiente; atividades de lazer em contato com o meio natural; atividades de lazer em contato direto com o meio ambiente natural).

Unidades de significado / Características significadoras

18.1 - As atividades físicas de aventura são tomadas atualmente como portadoras de características entendidas como “radicais”, ou seja, atividades onde se configuram o risco, a vertigem e a superação de limites, tanto internos quanto externos, a busca pelo prazer, a conquista e a concretização de um ideal de liberdade, pelo qual os indivíduos se sentem atraídos por meio do entretenimento e da superação. (p.4)  Entendidas como radicais, configurando risco, vertigem, superação de limites (internos e externos), busca pelo prazer, conquista e concretização de um ideal de liberdade.

18.2 - A procura pelo novo, pela aventura, são fatores que apresentam relevância na escolha das atividades junto à natureza, podendo ser também fonte de reflexão a respeito das questões ambientais vistas hoje em nossa sociedade. Normalmente as práticas de tais atividades propiciam o conhecimento de princípios de ecologia e desenvolvimento sustentável. (p.5)

96

 Procura pelo novo e pela aventura. Propiciam conhecimento de princípios de ecologia e desenvolvimento sustentável.

18.3 - As atividades de lazer se caracterizam pela busca do prazer e da satisfação pessoal. Nas atividades de lazer desenvolvidas no meio ambiente esta busca pelo prazer e a satisfação pessoal possibilita ao ser humano o contato e a ressignificação da natureza e construindo, assim novas formas de sentir, pensar e agir (IANNI, 2000). (p.7)  Busca do prazer e da satisfação pessoal. Atividades de lazer no meio ambiente possibilitam construção de novas formas de sentir, pensar e agir.

18.4 - Para o autor há uma crescente demanda pelas atividades de lazer que oportunizam a aproximação do homem e a natureza, sendo que estas experiências têm o poder de evocar representações sociais porque resgatam as dimensões de liberdade, de poder, de auto-realização e de auto-superação. (p.7)  Oportunizam aproximação homem-natureza, experiências que têm o poder de evocar representações sociais.

18.5 - Os sujeitos envolvidos nas vivências junto à natureza têm efetivas oportunidades de autodesafio e de rompimento com a monotonia do dia-a-dia, pois os riscos controlados pelo auxílio de dispositivos utilizados nas práticas de atividade física de aventura proporcionam sensações, emoções e percepções bastante diversas daquelas do cotidiano, associadas aos sabores da aventura, do ineditismo, da novidade, que são características nessas práticas de lazer (VILLAVERDE, 1999). (p.7)  Rompimento com monotonia do cotidiano por meio da aventura, do ineditismo e da novidade.

18.6 - Essas possibilidades de atividades de lazer em contato com o meio natural de maneira equilibrada e orientada possibilitam ao individuo desenvolver uma melhor compreensão a cerca das necessidades de preservação do meio ambiente, entra aí a 97

educação ambiental como complementador desse despertar da consciência dos cuidados necessários a serem tomados quando se pretende usar ambientes naturais para a prática do lazer. (p.9)  Possibilitam compreensão sobre necessidade de preservação do meio ambiente (educação ambiental).

18.7 - As potencialidades e abrangências dos níveis de satisfação pessoal e de bemestar, propiciadas pela interação do homem com o meio ambiente natural, por meio de atividades de lazer na natureza representam outro elemento marcante para os indivíduos pesquisados. (p.17)  Potencialidade de satisfação pessoal e de bem-estar.

18.8 - Com o aumento expressivo na procura por vivências naturais, presente nas atividades de lazer em contato direto com o meio ambiente natural, estas práticas representam um importante espaço para o desenvolvimento pessoal e social (MARCELLINO, 1990; 1995). (p.26)  Espaço para desenvolvimento pessoal e social.

18.9 - Na busca por atividades de aventura denota-se a possibilidade de um “reencantamento” da visão de mundo. Emergem assim novas formas de perceber o corpo e de se relacionar com o outro valorizando as trocas solidárias e complementares. (p.27)  Possibilitam “reencatamento” da visão de mundo e surgimento de novas formas de perceber relações ser humano-mundo.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Trilhas (p.13).

98

TEXTO 19

Referência A prática do kitesurf e o universo da preservação ambiental. (Lucena; Silva; Brasileiro. 2012).

Terminologia(s) Atividades Físicas de Aventura na Natureza (Esportes na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras 19.1 - As AFANs congregam qualidades como desafio, espontaneidade e impulsividade, podendo proporcionar aos praticantes, novas perspectivas de agir, pensar e comportar-se no cotidiano, construindo uma interligação entre o ser humano e o ambiente natural. (p.3)  Congregam qualidades como desafio, espontaneidade e impulsividade; podem proporcionar aos praticantes novas perspectivas de agir, pensar e comportar-se no cotidiano.

19.2 - Outros aspectos que foram destacados pelos entrevistados pela adesão ao kitesurf, são os fatores psicoemocionais que são despertados por meios das AFANs. (p.6)  Despertam fatores psicoemocionais.

19.3 - Neste sentido, o entrevistado 15 aponta que sente “uma sensação de liberdade quando estou no mar. Eu sempre curti esportes náuticos. É uma liberdade total. O vento, a água batendo no rosto... É bacana”. Estas sensações também são observadas nos estudos de outras AFANs. (p.7)  Proporcionam sensação de liberdade

99

19.4 - Esta relação, entre a promoção da saúde e as AFANs, também é discutida por Rosa e Vaisberg (2002) e Franchi e Montenegro Junior (2005), que apontam melhorias nas sensações de bem-estar, disposição, melhorando a saúde em geral. (p.7)  Proporcionam melhoria na saúde em geral.

19.5 - No que se refere aos sentimentos de alívio e superação de tensões e estresses, as AFANs podem dar sentido e significado à própria vida (LE BRETON, 2009). (p.8)  Proporcionam sentimento de alívio e superação de tensões e estresses, podendo dar sentido e significado à própria vida.

19.6 - Os estudos de Paixão, Costa e Gabriel (2009) e Garayeb, Silva e Meireles (2005) apresentam os impactos ambientais que vem aumentando em função do crescimento de práticas das AFANs, tornando uma problemática socioambiental. (p.8)  Geram

impacto

ambiental,

tornando-se

uma

problemática

socioambiental.

19.7 - As práticas de aventura podem ser analisadas, portanto, a partir de duas vertentes, ou seja, a primeira diz respeito aos impactos negativos e a segunda recai sobre os impactos positivos das referidas práticas em relação ao meio ambiente. Com base nos resultados deste estudo, bem como na literatura pesquisada, as AFANs apresentam a possibilidade de trabalhar a conscientização e a educação ambiental dos praticantes desses esportes na natureza. (p.11)  Potenciais relações positivas e negativas com meio ambiente; apresentam possibilidade de trabalhar a conscientização e a educação ambiental.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Kitesurf (Resumo); Windsurf ; wakeboard; surf (p.1).

100

TEXTO 20

Referência Lazer, meio ambiente e turismo: reflexões sobre a busca pela aventura. (Marinho, 2007)

Terminologia(s) Atividades de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

20.1 - Vale lembrar que a associação de práticas esportivas à natureza não é nova, porém, as formas mais recorrentes como tais atividades têm ocorrido estão despertando, cada vez mais, novos olhares e saberes. (p.2)  Despertam,novos olhares e saberes.

20.2 - Neste sentido, as reflexões aqui empreendidas partem do pressuposto que as inovadoras atividades de aventura, desenvolvidas na natureza, independentemente do nome que as qualifique (“turismo de aventura”; “esporte de aventura”; “esportes radicais”, etc.), requerem um olhar cuidadoso capaz de valorizar tanto a qualidade da prática, quanto à conservação e à educação ambientais e os desenvolvimentos pessoal e social inerentes a elas. (p.2)  Potencial para conservação, educação ambiental e desenvolvimento pessoal e social.

20.3 - De fato, é importante enfatizar o quadro contraditório em que as atividades de aventura na natureza emergem: por um lado, as pessoas procuram, de várias formas, estar sempre em segurança (em inúmeras situações cotidianas, no trabalho, com a família, etc.) e, por outro, buscam se expor a riscos (ainda que fictícios, imaginários e controlados) em atividades de aventura na natureza. (p.5)

101

 Contradição entre a busca constante pela segurança (cotidiano) e pelo risco (atividades de aventura).

20.4 - Neste quadro que se mostra, é preciso que sejamos capazes de perceber as potencialidades das práticas de lazer diante das mudanças sociais e culturais contemporâneas, traduzidas em movimentos complexos, associados aos novos padrões de competitividade e à aceleração tecnológica, por um lado, e, por outro, capazes de estabelecer uma configuração inovadora por todas as esferas da vida humana e, por conseqüência, nos significados do lazer, do trabalho e da própria natureza (MARINHO, 2003). (p.5)  Relações com lazer e potencial mudanças (inovações) nos significados de natureza.

20.5 - Trago, então, para esta discussão as atividades de aventura na natureza, entendidas como práticas manifestadas, em diferentes locais naturais (terra, água ou ar), cujas características se diferenciam dos esportes tradicionais, tais como: condições de prática, objetivos, motivação e meios utilizados para o seu desenvolvimento, além da necessidade de inovadores equipamentos tecnológicos possibilitando uma fluidez entre os praticantes e o meio ambiente. (p.7)  Manifestadas em diferentes locais naturais (terra, água ou ar); se diferenciam dos esportes tradicionais; fluidez entre praticantes e meio ambiente.

20.6 - As atividades de aventura, na maioria das vezes, são praticadas em grupos, dos quais fazem parte pessoas de diferentes estilos de vida. (p.7)  Geralmente praticadas em grupos heterogêneos.

20.7 - Assim como enfatiza o autor, referindo-se a diversas aglomerações contemporâneas, neste caso, nas atividades de aventura na natureza, vive-se um prazer e

102

uma emoção compartilhados no ambiente natural e, de uma certa forma, determinadas diferenças (língua, raça, gênero) são apagadas por este sentimento coletivo. (p.7)  Proporcionam vivências prazerosas e emoções compartilhadas no ambiente natural; possuem potencial para minimizar diferenças sociais.

20.8 - Faz-se necessário, de antemão, reiterar que as atividades de aventura na natureza estão, igualmente, expostas às condições de reprodução social, uma vez que o movimento ecoturístico mais amplo, no qual estão inseridas, é permeado por relações produtivas e mercantis. (p.8)  Estão expostas às condições de reprodução social; influenciadas por relações produtivas e mercantis.

20.9 - A própria participação em atividades de aventura na natureza deve, portanto, ser lembrada, afinal tais práticas são, de certa forma, elitizadas. Os altos custos dos equipamentos específicos, imprescindíveis para algumas modalidades, provocam acessos desiguais; bem como o fazem os custos com as viagens e com os condutores e guias locais. (p.8)  Atividades elitizadas; provocam acessos desiguais.

20.10 - Essas atividades estão envolvidas por emoções e sentimentos que extrapolam suas formas e seus conteúdos, pois se relacionam a rituais, mitos, temores, bem como a imagens de aventura, de risco, de ousadia, de distinção, estilo de vida e outros. (p.10)  Estão envolvidas por emoções e sentimentos que extrapolam suas formas e conteúdos, pois se relacionam a rituais, mitos, temores, imagens de aventura, de risco, de ousadia, de distinção, estilo de vida.

20.11 - Emerge, neste sentido, uma nova inquietação referente à necessidade de aprendizados específicos relacionados à administração e à participação em algumas atividades, como apreensão e domínio do ambiente natural, conhecimento dos 103

equipamentos específicos, técnicas de sobrevivência na natureza, educação e preservação, técnicas apropriadas para algumas modalidades, entre tantas outras, as quais podem ter interferência decisiva nesse processo. (p.11)  Requerem aprendizados específicos - apreensão e domínio do ambiente natural, conhecimento dos equipamentos específicos, técnicas de sobrevivência na natureza, educação e preservação, técnicas apropriadas para algumas modalidades.

20.12 - Por um lado, a experimentação de novas emoções e sensibilidades, potencializadas nas atividades de aventura na natureza, de acordo com Bruhns (1997a), poderá conduzir os seres humanos a diferentes formas de percepção e de comunicação com o meio em que vivem. Por outro, importantes contribuições apontam críticas ao impacto negativo da exploração do espaço natural pela indústria do entretenimento e para os desafios de serem encontradas alternativas para uma prática consciente de atividade física ligada à natureza (DA COSTA ,1997). (p.12)  Potencialidades positivas e negativas em relação ao meio ambiente pode conduzir seres humanos a diferentes formas de percepção e de comunicação com o meio em que vivem; podem ter impacto negativo da exploração do espaço natural pela indústria do entretenimento.

20.13 - De fato, as atividades em contato direto com o ambiente natural estão diretamente atreladas à harmonia entre os aspectos interdependentes do turismo, do lazer, da conservação, da cultura e da educação. (p.12)  Diretamente atreladas à harmonia entre aspectos interdependentes do turismo, do lazer, da conservação, da cultura e da educação.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Não foi identificado nenhuma atividade.

104

TEXTO 21

Referência Lazer e educação ambiental: relato de experiências na formação inicial em educação física. (Mello, 2013)

Terminologia(s) Práticas (de lazer) na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

21.1 - Rapel, montanhismo, rafting, surf, arborismo, caminhada ecológica são alguns exemplos de atividades de lazer desenvolvidas no meio ambiente. Há uma série de nomenclaturas para designar as práticas de lazer na natureza, como esporte de aventura, atividades outdoor, esportes radicais, atividades físicas de aventura, esportes selvagens etc. Independentemente da definição na denominação das atividades, duas vertentes se destacam: uma atrelada à competição e outra vinculada à expressão lúdica. (p.2)  Duas vertentes principais para práticas na natureza: uma atrelada à competição e outra vinculada à expressão lúdica

21.2 - Apesar do aumento expressivo do número de participantes nessas atividades, as práticas na natureza têm se caracterizado pela sua “especificidade abstrata” (MARCELLINO, 1996), ou seja, por uma vivência desvinculada da dinâmica social em que os sujeitos estão inseridos. No caso específico da relação entre lazer e meio ambiente, os espaços naturais vêm se constituindo como um “não-lugar”,2 como um ambiente cênico, ao qual as pessoas recorrem para fugir do cotidiano, especialmente os cidadãos provenientes dos grandes centros urbanos. (p.2)  Caracterizado pela sua “especificidade abstrata”, ou seja, vivência desvinculada da dinâmica social em que os sujeitos estão inseridos.

105

21.3 - Guy Debord (2006) afirma que vivemos na Sociedade do Espetáculo e que, nos dias atuais, ter um modo de vida “descolado” virou uma obrigação. Nesse sentido, muitas atividades na natureza estão vinculadas ao consumo de bens e serviços, alijando o acesso de parcela significativa da população a tais atividades. (p.3)  Vinculação práticas na natureza ao consumo de bens e serviços.

21.4 - Sem negar as dimensões de prazer e a autorrealização inerentes às atividades de lazer, em especial, aquelas associadas com a natureza, sinalizamos outras possibilidades para efetivar a relação entre lazer e meio ambiente. Concordamos com Marinho (1999, p. 62), quando afirma que: “[...] neste contexto – consumista, alienado, ausente de diálogos e reflexões – podemos pensar em saídas estratégicas [...] o lazer e a educação ambiental podem surgir como possibilidade de mudança, como espaço de pausa para respirar, tomar fôlego, refletir e discernir”. (p.3)  Possibilidades relação lazer e meio ambiente – educação ambiental.

21.5 - Bruhns (1997) ressalta que a experimentação de novas emoções e sensibilidades, mediada pelas práticas na natureza, poderá conduzir os seres humanos a diferentes formas de percepção e de comunicação com o meio em que vivem. Para isso, as atividades na natureza requerem pensar sobre o meio ambiente em três dimensões interdependentes: a prática, a conservação ambiental e o processo educativo.  Direção para diferentes formas de percepção e comunicação com meio.

21.6 - Vivências corporais na natureza precisam estabelecer uma relação harmônica do homem com o meio ambiente, pautada no respeito aos recursos naturais, superando, dessa forma, a relação de domínio e de uso inadequado desses recursos. (p.7)  Precisam estabelecer uma relação harmônica do homem com o meio ambiente.

106

21.7 - Embora sejam atraentes, certas atividades da natureza apresentam variados riscos, que, muitas vezes, são negligenciados pela euforia e pela atração que causam em seus praticantes. (p.9)  Atraente, mas apresenta variados riscos por vezes negligenciados.

21.8 - As experiências aqui relatadas denotam o potencial socioeducativo que as atividades de lazer na natureza oferecem. Esse enfoque é capaz de gerar novas sensibilidades, para que o homem se relacione com o seu meio natural e social de maneira harmônica e consciente, superando, dessa forma, vivências baseadas no consumismo e na degradação dos espaços naturais. Entretanto, para que isso aconteça, é preciso mediação pedagógica que problematize os dilemas ambientais e sociais presentes nos espaços naturais.  Potencial socioeducativo que as atividades de lazer na natureza oferecem.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Rapel, montanhismo, rafting, surf, arborismo, caminhada ecológica (p.2); Canoa Havaiana (p.8).

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TEXTO 22

Referência O caving como atividade de aventura e lazer na natureza. (Mendes e col., 2011)

Terminologia(s) Atividade de aventura e lazer na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

22.1 - As atividades que englobam esta temática, independente da nomenclatura adotada, podem ser classificadas em conformidade com o ambiente onde são realizados – meios terrestres (montanhismo, mountain bike, camping, corrida de orientação, moto cross, skate, trekking, caving), meio aéreo (balonismo, pára-quedismo, vôo livre, asa delta, bad jump, tiroleza) e meio aquático (bóia cross, rafting, caiaque, canoagem, mergulho, surf) –, estando sua oferta relacionada a diversos fatores, dentre eles, as características regionais e os recursos naturais disponíveis. (p.2)  As atividades dependem de alguns fatores, dente eles, as características regionais e os recursos naturais disponíveis.

22.2 - Essa condição tem sido observada nas mais diferentes faixas etárias, pois “os adultos têm utilizado tais práticas para sair da rotina e combater o estresse, jovens estão à procura de atividades que proporcionem mais adrenalina e as crianças praticam tais atividades para sair da monotonia e a falta de espaços abertos” (PEREIRA; PIMENTEL; LARA, 2004, p. 112). (p.3)  Fuga da rotina; combate ao stress; adrenalina.

22.3 - Outro fator que tem levado as pessoas a procurar atividades esportivas e de lazer na natureza é a busca de reconciliação do ser humano com a natureza (BAHIA; SAMPAIO, 2005; UVINHA, 2005; SAMPAIO, 2010), haja vista que as práticas corporais na natureza podem agir como via de re-significação da relação ser humano108

natureza, os reaproximando e sensibilizando, havendo possibilidades, ainda, de que, com isso, ocorram contribuições para com a minimização dos impactos ecológicos (SILVA; FREITAS, 2010).  Busca de reconciliação do ser humano com a natureza; re-significação da relação ser humano-natureza.

22.4 - Desta forma, as atividades na natureza têm sido buscadas com o intuito de enfrentar o desconhecido, de se ter maior intimidade com a natureza, seus mistérios e belezas originárias, um encontro consigo mesmo e a possibilidade de “ler” o mundo por meio de outros sentidos, superando a racionalidade como única e prioritária forma de conhecimento. (p.4)  Tem sido buscada com o intuito de enfrentar o desconhecido, de se ter maior intimidade com a natureza,. “ler” o mundo por meio de outros sentidos, superando a racionalidade como única e prioritária forma de conhecimento.

22.5 - Nesse sentido, encontramo-nos com um espaço que pode se transformar em ambiente propício para atividades de lazer na natureza, sendo necessário inserir no cenário a reflexão e os processos organizados de proteção, de preservação da natureza e sustentabilidade para que, de fato, representem qualidade de vida não apenas aos praticantes, mas ao ecossistema como um todo. (p.5)  Preservação da natureza e qualidade de vida por atividades na natureza.

22.6 – “[...] do ponto de vista esportivo uma diferença básica distingue a espeleologia de outros esportes congêneres: nela não se privilegia a competição entre os indivíduos ou grupos, ao contrário, exige a solidariedade e o trabalho de equipe. Não se trata, igualmente, de vencer a natureza, mas suplantar-se a si mesmo, suplantando limites físicos, técnicos e de conhecimento” (LINO, 1989, p. 45). (p.5)  Diferenças para outros esportes. 109

22.7 - Conforme afirma Munster (2004, p. 145), a atividade de aventura na natureza configura-se “como uma prática esportiva derivada da espeleologia, consiste na visitação de cavidades naturais para desfrute pessoal ou coletivo, onde prevalece o espírito de interação com o grupo e com o meio natural”. (p.5)  Prevalece espírito de interação com o grupo e com o meio natural.

22.8 - Na análise dos resultados, da primeira categoria (significados e sentidos da caverna e do caving), os dados indicam que os participantes da amostra atribuem à caverna sentidos desejados e não encontrados em seu cotidiano do dia-a-dia, destacando, dentre eles, paz, tranquilidade, descanso, encontro pessoal, espontaneidade, harmonia e sociabilidade. (p.8)  Paz, tranquilidade, descanso, encontro pessoal, espontaneidade, harmonia e sociabilidade.

22.9 - À vontade do ser humano, de romper com o cotidiano estressante usufruindo maior tranquilidade e paz, desencadeia sua aproximação das atividades físicas de aventura na natureza com o intuito de conquistar uma vida mais tranquila e prazerosa, contrária à vivenciada no dia-a-dia, evadindo-se, assim, das tensões que afetam os estados emocionais do ser humano atualmente (LACRUZ; PERICH, 2000). [...] Contudo, sem cair em uma visão funcionalista de tornar esta atividade uma válvula de escape e sim um aprendizado de novas possibilidades de relação ser humano e ecossistema. (p.9)  Intuito de conquistar uma vida mais tranquila e prazerosa

22.10 - Em relação à segunda categoria (benefícios do caving como atividade física e de lazer), os integrantes do Espeleogrupo Peter Lund consideram a experiência como aquela que provoca “um cansaço bom”, marcada por intervalos de descanso e de avanço, traz mais disposição, mais preparo físico, maior dinâmica, revigoramento, integridade das dimensões do ser humano. (p.12) 110

 Benefícios do caving como atividade física e de lazer.

22.11 - Bruhns (2003), em sua reflexão sobre a prática de aventura na natureza, atribui ao contato direto com a flora, a fauna, as alturas, as amplitudes e a outros aspectos peculiares o efeito catártico que “produz leveza” gerando bem-estar e alegria como parte integrante da própria experiência. (p.12)  Sensações positivas.

22.12 - Moraes e Oliveira (2006) admitem que os esportes na natureza proporcionam sensações, emoções e percepções bastante diversas das presentes no cotidiano, possibilitando dar vazão às angústias, aos medos, aos preconceitos desenvolvidos cultural e socialmente. (p.14)  Proporcionam sensações, emoções e percepções bastante diversas das presentes no cotidiano.

22.13 - Na terceira categoria (emoções presentes na prática do caving), os depoimentos indicaram relação com a busca de lazer e emoção, em função da aventura, do risco, da novidade, do desconhecido e do confinamento temporário, intercalando sensações de medo, de prazer, de beleza, de descoberta, entre outras. (p.14)  Emoções presentes na prática do caving.

22.14 - O elemento emocional bastante enfatizado pelos integrantes caracteriza o prazer, associado ao belo, ao risco, à aventura, ao medo, ao perigo, aos obstáculos, ao desconhecido, ao bem-estar corporal e a tranquilidade, durante a prática do caving, demarcando tal prática como beneficio pessoal e coletivo para os seus adeptos. (p.16)  Sensações positivas presentes na prática do caving.

111

22.15 - A quarta categoria tratou de identificar as relações que se estabelecem entre ser humano e caverna, por meio da prática do caving. Entre essas, pode se destacar a relação de respeito à natureza e de defesa do meio ambiente [...]. (p.16)  Relação de respeito à natureza e de defesa do meio ambiente.

22.16 - Uma nova percepção sobre o estilo de vida, determinada por posturas éticas, morais, sobretudo relacionadas à questão da vivência do tempo e espaço de lazer pode ser observada, redimensionando a perspectiva de que as atividades na natureza precisam estar abertas para um aprendizado novo – que é o do respeito e cuidado com o meio ambiente [...]. (p.17)  Respeito e cuidado com o meio ambiente.

22.17 - Bruhns (2003), ao tecer considerações a respeito do significado das sensações e emoções relacionadas às atividades de aventura na natureza, admite a possibilidade de formação de um novo estilo de vida, caracterizado pela adoção de novos valores e hábitos na forma de viver e perceber a importância da natureza resultando na melhoria da qualidade de vida. (p.18)  Adoção de novos valores e hábitos na forma de viver e perceber a importância da natureza resultando na melhoria da qualidade de vida.

22.18 - Outra descoberta importante ao analisar o resultado da relação ser humano e natureza é a perspectiva de religiosidade encontrada em alguns depoimentos [...]. A visita à caverna, para alguns integrantes, configura-se numa espécie de ritual religioso, místico, que põe em sintonia o humano e o divino, principalmente no que concerne ao mistério e à contemplação [...]. (p.18)  Perspectiva de religiosidade.

22.19 - Em relação à quinta categoria referindo-se aos sentidos corporais presentes na vivência do caving, os resultados encontrados mostram uma necessária e constante 112

utilização dos sentidos sensoriais importantes e fundamentais na primeira infância e depois abandonados quando da inclusão da racionalidade operacional como suficiente para a experiência humana de conhecer o mundo. Na experiência dos praticantes do caving ocorre um processo de resgate dos sentidos corporais com grande intensidade e qualidade. (p.19)  Processo de resgate dos sentidos corporais com grande intensidade e qualidade.

22.20 - A autora demonstra que a incursão em ambientes naturais pode consistir em um elemento importante no processo de descoberta do próprio corpo e da natureza, favorecendo as pessoas com deficiência visual a exploração do seu potencial sensorial, com mais intensidade e qualidade. Esse resultado apresenta a importância de se considerar atividades físicas e de lazer na natureza como potenciais propulsores tanto do surgimento quanto do resgate dos sentidos corporais importantes para a experiência de ser e estar no mundo. (p.20)  Potenciais propulsores tanto do surgimento quanto do resgate dos sentidos corporais.

22.21 - Bruhns (2003), em outro estudo, argumenta que, nos esportes de aventura, há uma busca literal de mergulhar na natureza, onde uma emoção “à flor-da-pele” pode ser experimentada como aventura imaginada ou captada por meio de todos os poros, da absorção do impacto visual, permitindo uma sensação de corpo inteiro. (p.21)  Permitem sensação de corpo inteiro.

22.22 - A respeito das relações estabelecidas entre o ser humano e a caverna, os depoimentos demonstraram que o contato com o desconhecido é muito intenso e proporciona conhecimentos novos em relação à natureza, faz aflorar a consciência de preservação, como oportuniza uma experiência muito distinta do cotidiano. (p.21)

113

 Proporciona conhecimentos novos em relação à natureza, faz aflorar a consciência de preservação.

22.23 - Não no sentido de fortalecer uma visão funcionalista do lazer, cabe ressaltar que a experiência narrada pelos praticantes está marcada pelos elementos fundamentais do lazer, que são o descanso, o divertimento e o desenvolvimento pessoal e social. (p.22)  Relação com lazer.

22.24 - As atividades na natureza e o lazer precisam se constituir em si momentos de plena experiência humana de afirmação da vida que podem ser vivenciadas de modo crítico e criativo. (p.22)  Podem ser vivenciadas de modo crítico e criativo.

22.10 - Ainda, a estimulação da vivência do caving na perspectiva crítica e/ou críticacriativa pode contribuir para que essas atividades não se tornem apenas mais um produto da indústria cultural a ser consumido enquanto mercadoria, de forma alienante e predatória, por um público seleto, particularizado, sobretudo, pelo poder econômico de que dispõe [...]. (p.23)  Pode ser visto como produto da indústria cultural, ou seja, vista como produção capitalista.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Caving (Resumo); Montanhismo; mountain bike; camping; corrida de orientação; moto cross; skate; trekking. (p.2); Balonismo; pára-quedismo; vôo livre; asa delta; bad jump; tirolesa. (p.2); Bóia cross; rafting; caiaque; canoagem; mergulho; surf. (p.2); Alpinismo (p.14).

114

TEXTO 23

Referência Atividade de aventura na natureza: significados para praticantes divulgadores. (Nobeta; Silva. 2010)

Terminologia(s) Atividade de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

23.1 Em incursões na natureza, seja em atividades de curta duração, seja em expedições que duram dias, nos deparamos com áreas cada vez mais degradadas por seus visitantes. Adeptos de atividades de aventura, quando concebem e praticam suas atividades de lazer de forma a atender exclusivamente seus prazeres e desejos pessoais, ingressam no ambiente natural de forma predatória, causando impactos ambientais às áreas visitadas. (p.2)  Causam impactos ambientais.

23.2 O entendimento da atividade de aventura ao ar livre nesse trabalho insere-o como conteúdo do lazer. Dessa forma, antes de qualquer outra ponderação, devemos visualizar o tema lazer em uma perspectiva atual concisa e que se alinhe a esse trabalho. (p.4)  Insere-o como conteúdo do lazer.

23.3 As atividades de aventura ao ar livre podem ser vistas como propostas de lazer na perspectiva do desenvolvimento, visando contribuir para a formação de um ser humano integral, crítico e criativo, consciente “[...] de sua responsabilidade para com o meio que o cerca” (DUMAZEDIER, 1980, p. 24), capaz de participar intelectual e culturalmente da vida em grupo, num acampamento, no bairro, no país, no planeta, vivenciando e

115

gerando valores questionadores da ordem social vigente, de modo a promover mudanças na sociedade como um todo. (p.4)  Podem contribuir para a formação integral do ser humano

23.4 Desse modo, as atividades de aventura ao ar livre podem constituir-se, repetindo Marcellino (2002), nessas possibilidades pedagógicas muito grandes de educação pelo e para o lazer, e entre outros fatores, pelo caráter de experiência vivida e catalisadora de relações concretas e afetuosas, entre o indivíduo e o meio, que tais atividades propiciam. (p.6)  Possibilidade de educação pelo e para o lazer

23.5 Consideramos o lazer na natureza como um tempo privilegiado para a vivência de valores que, potencialmente, podem vir a educar indivíduos, criando pessoas questionadoras da ordem social estabelecida e contribuindo para mudanças morais e culturais necessárias para o surgimento de, dentre outras, novas condutas ambientais. (p.8)  Tempo privilegiado para vivência de valores

23.6 As atividades de aventura ao ar livre podem ser desenvolvidas como oportunos processos educacionais que se realizam nos momentos de lazer, mas é importante verificarmos que, para tal, há a necessidade de reflexão sobre a concepção de educação que está na base desse processo e, a partir daí, moldarmos sua relação com as atividades de lazer e meio ambiente natural. (p.9)  Processos educacionais que se realizam nos momentos de lazer.

23.7 Educação assistemática e prazerosa, efetuada por livre arbítrio pelo indivíduo e que o atinge e modifica num processo contínuo e sem fim, são características possíveis das atividades ao ar livre como lazer. (p.9)

116

 Meio para educação assistemática e prazerosa

23.8 A procura pelas atividades de aventura ao ar livre, mesmo como propostas de cunho educativo, ainda possui um viés de lazer a satisfazer desejos pontuais, como consumo rápido de fim-de-semana a compensar a insatisfação e a alienação do trabalho e de outras esferas de atuação humana (MARCELLINO, 2002). (p.11)  Consumo da natureza e compensação da insatisfação e alienação do trabalho pelas atividades na natureza.

23.9 Mascarenhas (2003, p. 92) especifica essa linha de atitudes extremas dentro das atividades de aventura ao ar livre quando sugere, de forma ampla, classificar seus adeptos, ou, em suas palavras, os ecoturistas esportivos, em dois blocos: os que privilegiam a aventura e/ou a competição esportiva, e aqueles que priorizam o contato profundo e respeitoso com a natureza. (p.13)  Dualidade de vivências: aventura e/ou competição esportiva vs. contato profundo e respeitoso com a natureza.

23.10 Inseridas nesse contexto, das visitações à natureza com interesses integrativos, a caminhada, o excursionismo, o ciclismo, o montanhismo e a escalada, a canoagem, o mergulho e toda a sorte de atividade de aventura ao ar livre próximas, antecessoras ou derivadas e correlacionadas a essas, são experiências ativas de lazer, lúdicas e de sensibilização, que favorecem e exacerbam a curiosidade, a aproximação natural, a criatividade, a sensibilidade e a afetividade (SCHWARTZ, 2001), agregando um forte caráter emocional à relação. (p.13)  São experiências ativas de lazer, lúdicas e de sensibilização, agregando um forte caráter emocional à relação.

23.11 A educação ao ar livre, caracterizada pelas vivências das atividades de aventura como experiências sensíveis e sensoriais a desenvolver novas percepções de mundo, podem potencialmente gerar novas condutas e valores. (p.15) 117

 Caracterizada como experiências sensíveis e sensoriais a desenvolver novas percepções de mundo.

23.12 Assim, quando esses elementos – freqüência, longa duração, intensidade e estímulo individual – são identificados nas atividades de aventura ao ar livre, elas se apresentam como potenciais oportunidades capazes de transformar as percepções do sujeito praticante para a concepção do contato ambientalmente mais coerente e para uma ressignificação do lazer por meio das atividades de aventura ao ar livre. (p.18)  Frequência, longa duração, intensidade e estimulo individual como fatores essenciais para transformar percepções ambientais.

23.13 Por meio da realização das atividades de aventura ao ar livre, embasadas e sustentadas por esses parâmetros, em atividades de imersão na natureza, então potencializadas por e propiciadoras de sentimentos e o afloramento de sensibilidades, são vivenciadas experiências com significados marcantes. Nesse contexto de arrebatamento causado pelo contato e convívio diretos com outros seres vivos e em ambientes naturais, são criados no sujeito o respeito, o fascínio, o afeto e o amor, a si próprio, aos nossos semelhantes (ou nem tanto) e ao nosso mundo (NABETA, 2006). (p.34)  Potencializadas por e propiciadoras de sentimentos e o afloramento de sensibilidades.

23.14 Ações ambientais vinculadas às atividades de aventura ao ar livre são possibilitadas quando há predisposição do visitante do ambiente natural a aprender e contribuir com a conservação da natureza e quando são delineadas estratégias a promover vivências que agreguem responsabilidade ambiental. (p.34)  Possibilidades de ações ambientais por meio de atividades na natureza.

118

23.15 Somado a esse perfil atual de indiferença, há uma gestão dificultosa das áreas protegidas nacionais, tanto pelo poder público como por usuários, sejam entidades civis ou turistas esporádicos, influenciados pela divulgação, por parte da mídia, de uma natureza reduzida a cenário, para o lazer compensatório/amenizador da rotina urbana. Nesse contexto, as atividades de aventura ao ar livre parecem não se encaixar como ações ambientais, ou seja, não propiciam benefícios evidentes à natureza quando de suas execuções e sempre causarão impactos, por mínimos que possam ser. (p.35)  Em certos contextos se afastam radicalmente de ações ambientais, causando impactos degradantes.

23.16 Praticantes divulgadores, por meio de seus discursos, e em concordância com o vislumbrado por estudiosos do tema, demonstram que mudanças de percepções, de condutas e de valores podem ocorrer, quando da vivência de experiências profundas em atividades de aventura e amparadas por adeptos mais experientes, ou seja, em imersões na natureza. (p.35)  Mudanças de percepções, condutas e valores por meio de atividades na natureza podem ocorrer.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Caminhada; ciclismo; montanhismo; escalada; canoagem; mergulho (p.13).

119

TEXTO 24

Referência Educação ambiental e lazer: articulações a partir do esporte de canoagem. (Neto e col., 2013)

Terminologia(s) Esporte de canoagem

Unidades de significado / Características significadoras

O artigo trás características do esporte de canoagem, por vezes o associando ao lazer. Como esporte ou lazer, compreende possibilidades de educação ambiental a partir da canoagem.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Canoagem (Resumo).

120

TEXTO 25

Referência Voo livre: práticas aventureiras e condutas de risco por entre as montanhas de minas. (Paixão, 2011)

Terminologia(s) Esportes de aventura

Unidades de significado / Características significadoras

25.1 Nesse contexto, destacam-se os estudos empreendidos por Betrán e Betrán (1995) ao afirmar que, a partir da transição paradigmática da modernidade para a pósmodernidade, surgem novas práticas corporais, entre elas, as modalidades de esporte radicais. Trata-se de uma vertente que elegeu os diferentes ambientes naturais como lócus privilegiado para a sua manifestação, cujo eixo norteador é o risco da aventura. Assim, a prática das modalidades de esportes radicais manifesta-se impulsionada pelo desejo de experimentarmos algo novo, algo singular, específico, perpassado por emoções prazerosas, utilizando da tecnologia para o campo da recreação e do lazer. (p.2)  Diferentes ambientes naturais como lócus privilegiado para a sua manifestação, eixo norteador é o risco da aventura. Trata-se do desejo de experimentarmos algo novo, algo singular, específico, perpassado por emoções prazerosas, utilizando da tecnologia para o campo da recreação e do lazer.

25.2 A adoção dessas atividades como forma de lazer, associado as vivências de momentos de fortes excitações emocionais se deve, em grande parte, à confiança no material utilizado, em outras palavras, à confiança na tecnologia empregada no fabrico dos materiais pertinentes a cada uma das modalidades de esporte de aventura em questão. Agrupadas a tudo isso, encontram-se a ousadia e competência técnica do praticante que representam, juntamente com os demais componentes mencionados, 121

condição essencial para que a aventura possa se manifestar nos momentos em que ele vivencia uma modalidade de esporte de aventura e risco calculado na natureza. (p.2)  Forma de lazer, associado as vivencias de momentos de fortes excitações emocionais.

25.3 Aliados às fortes sensações, vertigem e possibilidades de testar os próprios limites, encontram-se, na prática do esporte de aventura, riscos de diferentes proporções, como quedas, colisões, escoriações, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estar, entre outros. (p.3)  Presença de riscos de diferentes proporções (quedas, colisões, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estar, entre outros.)

25.4 Independentemente do nível de habilidade do praticante dessas modalidades, o risco lhe é elemento integrador. (p.4)  Risco como elemento integrador dos esportes de aventura.

25.5 Mary Spink (2001) apresenta, em seu estudo, a existência de uma velha conexão entre risco e aventura valorizada pela ousadia, que pode levar o indivíduo a inúmeras descobertas. Essa conexão encontra-se presente nas diferentes modalidades que atualmente compõem o esporte de aventura na natureza. (p.6)  Relação risco e aventura com ousadia e descoberta, conexão rpesente em esportes de aventura na natureza.

25.6 Essas práticas corporais na natureza podem ser realizadas dentro ou fora de esquemas comerciais de aventura na perspectiva do lazer ou competição. No entanto, será risco-aventura se o praticante encontrar-se envolvido em desafios consideráveis e/ou extremos às suas habilidades em ambientes imprevisíveis, como ar, água, floresta, desertos, entre outros, que podem gerar conseqüências pessoais graves, como a morte, no caso de falha e/ou erro, como ocorre no vôo livre, no páraquedismo, na escalada, no 122

surfe e em muitas outras atividades realizadas na natureza (SPINK, 2001; SPINK; MENEGON, 2004). (p.7)  Podem ser realizadas dentro ou fora de esquemas comerciais de aventura na perspectiva do lazer ou competição. Depende de certos fatores para ser risco-aventura.

25.7 Embora necessários os procedimentos que visam à integridade física dos praticantes das modalidades de esporte de aventura, não se pode perder de vista que a possibilidade do controle total dos riscos eliminaria a atratividade e as fortes emoções buscadas pelos praticantes (MORGAN; FLUKER, 2006; PAGE; BENTLEY; WALKER, 2003; RYAN, 2003; BENTLEY; WILKS; EDWARDS, 2006). (p. 7)  Necessidade de certo grau de risco para atratividade dos esportes de aventura.

25.8 Apesar de seu caráter imprevisível, o risco pode revelar-se um elemento positivo e agregador. No caso do vôo livre, são encontrados atores de diferentes segmentos sociais que, guiados por suas escolhas e afinidades, vão formar comunidades onde encontrarão a possibilidade de partilhar, de forma lúdica, momentos repletos de prazer, emoções, incertezas e, em alguns casos, angústias. (p.7)  Caráter positivo e agregador do risco em atividades de aventura.

25.9 É fato que as atividades de esporte de aventura e risco calculado vêm despertando a atenção das pessoas, aumentando-lhes a popularidade em todo o mundo como forma de lazer nos diferentes meios naturais. Termos como adrenalina, superação e vertigem passaram a fazer parte da linguagem do cotidiano, trazendo à mente as sensações fortes, as imagens de risco e emoções vividas nessas atividades. (p.14)  Forma de lazer nos diferentes meios naturais, além de causar adrenalina, superação e vertigem associado a sensações fortes, imagens de risco e emoções vividas nessas atividades. 123

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia: Voo livre (Resumo); Paraquedismo; escalada; surfe (p.7).

124

TEXTO 26

Referência Bicicross: relação entre corpo, natureza e cultura. (Torres; Nascimento; Mendes, 2014)

Terminologia(s) Manifestações da cultura de movimento

Unidades de significado / Características significadoras

26.1 É uma modalidade considerada ‘radical’, ‘de aventura’, o que exige de seus praticantes, tanto homens quanto mulheres, coragem” (MÜHLEN, 2009, p.68). (p.3)  Bicicross é modalidade radical e de aventura.

26.2 Portanto, neste estudo compreendemos que o bicicross pode ser considerado como uma das manifestações da cultura de movimento. O conceito de “cultura de movimento” não se restringe ao movimento corporal como sendo somente um deslocamento do corpo no espaço, mas como afirmam Mendes e Nóbrega (2009) abarca o reconhecimento cultural e intencional desse movimento. Afinal o movimento não é somente um fenômeno puramente físico, pois o corpo que se movimenta se relaciona com o mundo em que está inserido. (p.5)  Manifestação da cultura de movimento.

26.3 Assim, a natureza tem destaque no local de prática do bicicross, sendo ela um dos componentes e uma das características marcantes para a vivência dessa manifestação da cultura de movimento, já que mantém uma relação de co-pertença com o praticante. (p.6)  Natureza como componente e característica marcante, estabelecendo relação com praticante.

125

26.4 A respeito deste debate, Mendes e Nóbrega (2009) dizem que ao mesmo tempo em que o corpo é organizado e reorganizado pelo ambiente, pelas pessoas e pela sociedade, ele também é um agente modificador, o que torna a recíproca verdadeira entre corpo e mundo. (p.23)  Relação recíproca de transformação entre corpo e mundo.

26.5 É certo que o corpo possui história e que as experiências de qualquer manifestação da cultura de movimento modifica a historicidade dele, gerando novos gestos, que expressam significados. E sendo assim, eles podem ser considerados como bioculturais, tendo em vista que não há somente um sentido biológico, mas também um sentido histórico. Nesse pensamento, compreendemos esses gestos a partir da noção de técnica do corpo de Marcel Mauss (2003), que se refere aos usos do corpo, e o modo como cada cultura se utiliza dele para se expressar. De fato, no bicicross, e nas diversas manifestações corporais, as técnicas do corpo provocam mudanças no biológico que estão associadas aos aspectos simbólicos. (p.23)  Formação de culturas de movimento próprias por meio das práticas corporais.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Bissicross (Resumo); Futebol de areia; caminhada (p.10); Mergulho (p.17).

126

TEXTO 27

Referência O parkour como possibilidade para educação física escolar. (Alves; Corsino, 2013)

Terminologia(s) Esporte de aventura

Unidades de significado / Características significadoras

27.1 Antes de tecer qualquer análise é preciso contextualizar o que são esportes radicais, de aventura e de ação, pois são atividades relativamente recentes na cultura esportiva, se comparadas às mais tradicionais, já que foi a partir da década de 1990 que ganharam maior destaque na mídia. (p.250)  Relativamente recentes na cultura esportiva.

27.2 O esporte radical de aventura apontado por Vieira et al (2011) possui o significado de incerto, perigoso e o que ainda está para acontecer. (p.250)  Possui o significado de incerto, perigoso e o que ainda está para acontecer.

27.3 Os esportes de aventura podem oferecer novos e significativos desafios tanto para os alunos quanto para os professores. Portanto, entende-se que o Parkour pode ser compreendido como um esporte capaz de contemplar os princípios norteadores da Cultura Corporal de Movimento, apresentando-se como um tema de extrema relevância para o cotidiano da Educação Física escolar.  Oferecem desafios a alunos e professores; contempla princípios norteadores da cultural corporal de movimento.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia 127

Parkour (Resumo); Asa delta; para quedas; surfe. (p.250); Windsurf; kitesurf; base jumpe; sky surf; bungeejump; sandboarding; escaladaindoor; skate; patins roller; bike; mergulho; canoagem; balonismo; voo livre; montanhismo; montainbike; corrida de aventura (p.250).

128

TEXTO 28

Referência Contribuições do montanhismo para a educação ambiental. (Betiollo; Santos, 2003)

Terminologia(s) Atividades na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

28.1 Estas atividades promovem uma reaproximação do homem com a natureza e, segundo Costa(2000, p.26), “...resgata valores de beleza, auto-realização, liberdade, cooperação e solidariedade, valores omitidos pelas práticas mecanizadas do esporteespetáculo...”. (p.164)  Resgatam valores de beleza, auto-realização, liberdade, cooperação e solidariedade; nesse sentido se diferenciam de práticas mecanizadas do esporte-espetáculo.

28.2 Além deste resgate de valores, a prática das atividades junto ao meio natural surge como um poderoso instrumento pedagógico, pois suas características notadamente lúdicas, de prática esportiva e de contato com a natureza podem – e devem - ser utilizadas por todos os educadores para o desenvolvimento da ecopedagogia, defendida por Gutiérrez (2000). (p.164)  Poderoso instrumento pedagógico para a ecopedagogia.

28.3 A atividade na natureza que nos referimos neste estudo é aquela que se desenvolve, fundamentalmente, “...em um meio não habitado e pouco modificado pela mão do homem, ainda que às vezes, e sobre tudo durante a aprendizagem de algumas técnicas, se utilizem espaços totalmente artificiais”(Funollet, 1989, p. 2). (p. 165)  Realizadas em meio não habitado e pouco modificado pelo ser humano. 129

28.4 O prazer, o contato com a natureza, a diversão, a emoção, a aventura, a não distinção de sexo ou idade, o risco e a incerteza são características das atividades junto ao meio natural. (p.166)  Envolvem prazer, contato com natureza, diversão, emoção, aventura, não distinção de sexo ou idade, risco e incerteza.

28.5 O primeiro valor diz respeito à riqueza de estímulos apresentados por estas práticas, decorrentes das incertezas provenientes do meio que acompanham suas realizações. (p. 167) 

Riqueza de estímulos decorrentes das incertezas provenientes do meio.

28.6 O conhecimento que nos referimos aqui possui como elemento central a afetividade, a sensibilização, e não a frieza e a insensibilidade presentes no mundo mecanicista e individualista. É a emotividade e os sentimentos que nos levam a um processo de construção pessoal de atitudes e valores de respeito para com o meio e com os outros seres. (p. 167)  Construção de atitudes e valores de respeito para com o meio e com os outros seres por meio da afetividade.

28.7 A reaproximação do homem com a natureza e a mudança de percepção da relação ser humano/meio ambiente também são promovidas por nossas vivências. (p. 167)  Reaproximação do homem com a natureza.

28.8 As preocupações relativas à minimização de impactos são pertinentes e proliferam, pois segundo Costa (2000), nem sempre os praticantes de atividades na natureza apresentam uma maior preocupação com a preservação ambiental, apesar dos mesmos dependerem da mesma para suas atividades e serem gradualmente seduzidos pela natureza, por suas paisagens e por sua energia. (p. 172) 130

 Não há uma necessária ligação entre praticantes e conservação ambiental.

28.9 Integração, socialização, camaradagem e amizade são alguns dos benefícios das atividades na natureza citados por Miranda, Lacasa e Muro (1995), e que condizem com um trabalho educacional que englobe as ecologias citadas por Guattari (1997) - neste exemplo específico a ecologia social e da subjetividade humana. (p. 181)  Proporciona

alguns

benéficos como a

integração,

socialização,

camaradagem e amizade.

28.10 Destacando a importância das vivências ocorridas nas atividades na natureza para o desenvolvimento de condutas éticas em seus praticantes Costa (2000, p. 103), afirma que “é possível que a prática do exercício de autocontrole a que são submetidos ao longo das atividades os leve a ver a vida sob outros aspectos, mais harmoniosos, fazendo com que adotem condutas mais equilibradas”. (p. 182)  Pode levar a ver a vida sob outros aspectos, mais harmoniosos, adotando condutas mais equilibradas.

28.11 Acreditamos no grande potencial existente nas atividades na natureza de maneira geral, e não somente no montanhismo, para o desenvolvimento de práticas de educação ambiental que englobem as três ecologias de Guattari – social, do meio ambiente e da subjetividade humana – e que sejam multidisciplinares. (p.185)  Grande potencial para desenvolvimento de práticas de educação ambiental.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Montanhismo (Resumo); Rafting; trekking; canoagem; rapel; mountainbike (p.164); Rally; paraquedismo; asa delta; vela; surf, corrida de aventura (p. 167).

131

TEXTO 29

Referência Relação homem/natureza e o lazer como uma possibilidade de sensibilização da questão ambiental. (Chao, 2004)

Terminologia(s) Atividades físicas na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

29.1 Uma explicação mais aprofundada de sentimentos como satisfação, felicidade e auto-realização percorre caminhos teóricos de vários aspectos do ser holístico que é o ser humano, no qual se compreende o inacabado, a procura da evolução como busca do mais humano, inventando sua identidade cultural a partir de intervenções em si mesmo e na natureza. (VILLAÇA e GÓES, 1998). (p. 214)  Influenciam formação de identidade cultural.

29.2 Integrar elementos da educação ambiental na dimensão do lazer implica assim, uma capacitação, um direcionamento do profissional nas diversas temáticas relacionadas ao meio ambiente e com suficiente entendimento das possibilidades da educação fora da sala de aula, junto à natureza, vivenciando diferentes experiências que extrapolam o senso comum. (p. 214)  Potencial educativo fora da sala de aula, junto à natureza.

29.3 Outro argumento de Serrano (2000) para a necessidade da reflexão é justamente a incorporação destas atividades pelo mercado, permitindo também sua interpretação como mais um artifício para a continuidade da reprodução da lógica capitalista (p.7). (p. 214)  Podem reproduzir lógica capitalista. 132

29.4 As atividades físicas criadas na perspectiva do contato com a natureza, principal chamativo está na promessa de momentos de aventura. (p. 214)  Principal chamativo está na promessa de momentos de aventura.

29.5 Tais atividades mostram-se como uma nova forma de consumo da natureza, contudo, percebe-se que, além de possibilitar o desenvolvimento de várias sensações e com isso o auto-desenvolvimento, ainda demonstram a possibilidade de proteção do meio ambiente através do contato direto com a natureza. (p. 214)  Podem se desenvolver como forma de consumo da natureza e como possibilidade de proteção do meio ambiente.

29.6 As principais atividades corporais de exploração da natureza, como o trekking, o canyoing, o rapel e as escaladas passam a ser praticados por grupos distintos de pessoas, que se identificam não só pela relação de contato com a natureza, mas por uma vestimenta, que não é simplesmente funcional, mas articuladora de relações entre o corpo do indivíduo e o seu meio, o espaço que ele ocupa servindo como construção de uma nova identidade. (p. 215)  Levam a construção de identidades.

29.7 No âmbito do lazer, já se inicia uma tentativa de harmonização com os ideais ambientalistas, muitos “esportes radicais” partem do princípio que a manutenção da paisagem, da característica primitiva de cada ambiente que é visitado é essencial para que a própria prática tenha continuidade. (p.218)  A característica primitiva é importante para que a própria prática tenha continuidade.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia: Trilhas ecológicas (p. 219); Trekking; canyoing; rapel; escaladas (p. 215). 133

TEXTO 30

Referência Educação física, esporte e lazer na natureza: preservação, modismo, apologia. Será tudo isso? (Leite; Caetano, 2004)

Terminologia(s) Esporte e lazer na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

30.1 As práticas de esportes e lazer devem funcionar, portanto, como alimento de nossas células, de nossos organismos, de nossos corpos que, como ecossistemas abertos, vai alimentar a nossa autonomia, ainda que dependente em relação ao meio externo. É essa autonomia que vai possibilitar a construção do nosso conhecimento, a construção do saber ambiental. (p. 139)  Autonomia proporcionada pelo lazer possibilita construção do saber ambiental.

30.2 Aqui pretendemos ver o esporte como prática social, inserido no contexto das comunidades mais carentes e que têm na prática esportiva – talvez – a melhor porta para um projeto de educação ambiental e construção do conhecimento. Porque o esporte possibilita o crescimento de cada pessoa no plano das inter-relações pessoais, da experiência do trabalho em grupo e da própria socialização, sem falar na construção de comportamentos éticos de respeito ao outro. (p.140)  Esportes na natureza podem ser caminho para educação ambiental.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia: Nenhuma atividade encontrada.

134

TEXTO 31

Referência Atividades na natureza, lazer e educação ambiental: refletindo sobre algumas possibilidades. (Marinho, 2004)

Terminologia(s) Atividades na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

31.1 [...] é preciso que sejamos capazes de perceber as potencialidades das práticas de lazer diante das mudanças sociais e culturais contemporâneas, traduzidas em movimentos complexos, associados aos novos padrões de competitividade e à aceleração tecnológica, por um lado, e, por outro, capazes de estabelecer uma configuração inovadora por todas as esferas humanas e, por conseqüência, nos significados do lazer e da própria natureza. (p.3)  Potencialidade lazer reconfiguração significados de natureza.

31.2 “Atividades na natureza” foi o termo, por mim escolhido, para designar as diversas práticas manifestadas, nos mais diferentes locais naturais (terra, água ou ar), cujas características se diferenciam dos esportes tradicionais, tais como as condições de prática, os objetivos, a própria motivação e os meios utilizados para o seu desenvolvimento, além da necessidade de inovadores equipamentos tecnológicos possibilitando uma fluidez entre os praticantes e o meio ambiente. (p.3)  Práticas manifestadas nos mais diferentes locais naturais (terra, água ou ar) proporcionando uma fluidez entre praticantes e meio ambiente; diferentes de esportes tradicionais nas condições de prática, objetivos, motivações, meios de desenvolvimento (equipamentos).

135

31.3 Estou entendendo-as como práticas cercadas por riscos e perigos, na medida do possível, calculados, não ocorrendo treinamentos intensivos prévios (como no caso dos esportes tradicionais e de práticas corporais como a ginástica e a musculação). A experimentação acontece de maneira mais direta, havendo um afastamento de rendimentos planejados. (p. 4)  Cercadas por riscos e perigos (calculados); sem envolver treinamento (diferente de esportes tradicionais).

31.4 As informações devem ser precisas e, em certas circunstâncias, as tomadas de decisão devem ser rápidas. O mergulho, a vertigem, a velocidade, os desequilíbrios e as quedas são características presentes nessas práticas, possíveis a quaisquer pessoas, pois o desenvolvimento e aprimoramento tecnológicos proporcionam, a qualquer um, o deslizar-se no ar, na água e na superfície terrestre, concretizando, como aponta Betrán (1995), alguns sonhos de aventura. (p. 4)  Necessidade de informações precisas e tomada rápida de decisão; características

presentes:

mergulho,

vertigem,

velocidade,

desequilíbrio; promove sonhos de aventura.

31.5 Essas atividades requerem os elementos naturais para o seu desenvolvimento, de formas distintas e específicas, despertando novas sensibilidades, em diferentes níveis. (p.4)  Requerem

elementos

naturais

para

seu

desenvolvimento;

Despertam novas sensibilidades.

31.6 Nesta perspectiva, parece que a busca por estas atividades desponta, a cada dia mais, impulsionada pelo desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas, utilizando-se da tecnologia infiltrada na esfera da recreação e do lazer. (p.5)  Desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas, utilizando tecnologia na esfera da recreação e do lazer. 136

31.7 Os “aventureiros” envolvidos em tais práticas parecem estar fortalecendo um novo estilo de vida, em busca de práticas mais “excitantes” que brincam com o risco e com o perigo em um jogo no qual os parceiros e os equipamentos tecnológicos compõem a dinâmica a ser vivida. (p.5)  Fortalecem novo estilo de vida, na qual busca prática mais excitantes que brincam com o risco e com o perigo.

31.8 Continuando a delinear as características das atividades na natureza, vale a pena lembrar que duas principais e diferentes vertentes manifestam-se: uma mais atrelada à competição e outra mais vinculada à expressão lúdica. (p. 5)  Duas vertentes principais: uma atrelada à competição e outra à expressão lúdica.

31.9 Ou seja, as atividades na natureza requerem um repensar sobre o meio ambiente a partir de três principais aspectos interdependentes: a prática; a conservação ambiental e o processo educativo. (p.6)

Requerem um repensar sobre o meio ambiente a partir de 3 aspectos interdependentes: a prática; a conservação ambiental e o processo educativo.

31.10 Deixo, portanto, um último “recado”: trabalhar com as atividades na natureza exige de nós mais que familiaridade com questões socioambientais e com conceitos sobre lazer; exige um envolvimento dinâmico, intenso, inovador e muito responsável. Somente assim, as atividades na natureza se consumarão como oportunidades não apenas para se tomar decisões (momentâneas) sobre determinada prática, mas, principalmente, para o desenvolvimento de uma sensibilidade mais profunda. Ou seja, as experiências na natureza podem, efetivamente, contribuir para o despertar de uma sensibilidade e de uma responsabilidade ambiental coletiva, contribuindo, até mesmo, para impulsionar o estabelecimento de políticas em níveis local e global. (p. 12) 137

 Podem contribuir para o despertar de uma sensibilidade e de uma responsabilidade ambiental coletiva.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surfe (p.4); Corridas de aventura; escalada; indoor; rafting (p. 5); Caminhada; canoagem (p. 6).

138

TEXTO 32

Referência Subjetividade, amizade e montanhismo: potencialidades das experiências de lazer e aventura na natureza. (Monteiro, 2004)

Terminologia(s) Experiências de lazer e aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

32.1 É neste sentido que considero possível entender o lazer, particularmente as práticas corporais vivenciadas na natureza, como campo de experiências humanas privilegiadas junto aos processos de constituição de subjetividades, já que, ao potencializar os aspectos anteriormente destacados, oferece uma rica possibilidade de exercitar e intensificar uma relação renovada consigo próprio, com a cultura e com a alteridade, aí incluídos os outros seres humanos e os demais seres e elementos do planeta. (p. 76)  Campo de experiências humanas privilegiadas junto aos processos de constituição de subjetividades; oferece rica possibilidade de exercitar e intensificar relação renovada consigo próprio, com a cultura e com a alteridade, inclusive outros seres e elementos do planeta.

32.2 Mas é preciso ter presente também, sem dúvida, as contradições e paradoxos presente no contexto das práticas de lazer e aventura na natureza como um todo. Estas têm sido, de forma geral, fortemente incorporadas pelo mercado esportivo e/ou turístico, este último especialmente em sua versão “ecológica” ou “de aventura”, passando assim, a despeito de suas potencialidades e do discurso ecológico que as sustentam, a reproduzir acriticamente a lógica do consumo de massa, do espetáculo esportivo e da indústria do entretenimento, sobretudo nesta fase da modernidade. (p. 77)  Incorporadas pelo mercado esportivo/turístico como forma de consumo acrítico. 139

32.3 Ainda assim, a existência das diversas contradições e paradoxos vinculados a essas práticas em sua incorporação pelo mercado, seja ele turístico ou esportivo, não deve invalidar o esforço de tentar perceber o que elas trazem de renovado e potencialmente transformador na relação do indivíduo consigo próprio e com a alteridade.  Potencialmente transformadoras na relação do indivíduo consigo próprio e com a alteridade.

32.4 Se falar de amizade em Foucault é falar de multiplicidade, intensidade, experimentação e desterritorialização, pode-se também afirmar que as relações de amizade vividas no contexto dos grupos pesquisados tendem a ser marcadas pela experimentação e intensidade no âmbito das práticas corporais de lazer e aventura na natureza. (p. 87)  Marcam relações de amizades em contextos de grupos.

32.5 Diante destas considerações, seria possível, a propósito da indagação inicial do estudo, sustentar o argumento sob o qual o envolvimento com estas práticas coletivas de lazer e aventura na natureza podem, em algumas situações, ser entendidas como experiências existenciais férteis para o exercício de uma relação renovada do sujeito consigo mesmo, com o outro e com a natureza. (p. 88)  Podem ser entendidas como experiências existenciais férteis para o exercício de relação renovada do sujeito consigo mesmo, com o outro e com a natureza.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Montanhismo (Resumo).

140

Texto 33

Referência Slackline: vivências acadêmicas na educação física. (Pereira, 2013)

Terminologia(s) Práticas de aventura e de risco calculado

Unidades de significado / Características significadoras

33.1 A inclusão de temas voltados à aventura e as práticas de risco calculado, são uma possibilidade ainda incipiente na EF brasileira, porém que a cada dia trazem novas perspectivas. Buscar a compreensão de uma dessas formas, o slackline, como possibilidade pedagógica, relativa à disciplina de aventura nos cursos de formação pode gerar novas perspectivas de aprendizagem e inclusive de se discutir a questão avaliativa, levando em consideração os aspectos atitudinais, conceituais e procedimentais. (p.225).  Possibilidade pedagógica (novas perspectivas de aprendizagem).

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Slackline (Resumo).

141

TEXTO 34

Referência Esporte aquático: uma visão de lazer e sustentabilidade para o complexo poliesportivo da Ponta Negra. (Santos; Queiroz, 2009)

Terminologia(s) Prática em contato com a natureza

Unidades de significado / Características significadoras

34.1 A “moda” muda e com ele surgem novas alternativas de esportes e novas maneiras de praticar os antigos. As propensões dessas atividades surgem tendo como palco, cenário e público, a natureza. (p. 405).  Têm como palco, cenário e público a natureza.

34.2 A prática em contato com a natureza fez surgir a “indústria do tempo livre” que se não for bem planejada e gerida de forma correta, o local com tantas belezas cênicas poderão desaparecer. (p. 405)  Potencial de ação negativa da indústria do tempo livre na natureza.

34.3 Segundo Pillmann (1992) apud RUSCHMANN (1997), os impactos ambientais causado pelo turismo de esportes na água, citam: natação, esqui, passeio de barco, participação em competições, tem impactos diretamente nos a uentes, poluição do ar e da água, danos a áreas residenciais, agressão á natureza pela construção de equipamentos e ginásio de esporte, vandalismo. (p.407).  Causam impactos à natureza.

34.4 [...] é possível maximizar os pontos positivos e minimizar os negativos no que se refere ao lazer na natureza. A proximidade do rio fará um resgate da vivencia da vida 142

antes de Manaus, trazendo a qualidade de vida, a valoração de novos conhecimentos, auto-re exão, a oportunidade de estreitar as relações com os familiares e de amizade, através de um lazer que não reduz o consumo do bem, que é a água. (p.408).  Potencial positivo e negativo no que se refere à natureza; pode trazer qualidade de vida, valoração de novos conhecimentos, auto-reflexão, estreitamento de relações familiares e de amizade.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Natação (p. 405; 407); Esqui aquático; passeio de barco; competições aquáticas (407).

143

TEXTO 35

Referência Mulheres e esporte de risco: um mergulho no universo das apneístas. (Abdalad e col., 2011)

Terminologia(s) Esporte de risco extremo

Unidades de significado / Características significadoras

35.1 As mergulhadoras das grandes profundidades sabem que ao praticarem um esporte de risco extremo desafiam seus limites corporais, e precisam tomar cuidado para não extrapolar esses limites. (p. Resumo)  Desafiam limites corporais.

35.2 Os esportes de risco parecem envolver seus adeptos em alguns sentidos distintos dos esportes institucionalizados, como a competição, que desloca-se do outro humano para uma competição paradoxal com os elementos da natureza, que deve ser companheira e adversária ao mesmo tempo, afim de que os indivíduos consigam ter êxito em sua atividade esportiva (COSTA, 2000). (p. 225)  Alguns sentidos distintos dos esportes institucionalizados; envolvem competição.

35.3 Neste sentido, um esporte de risco extremo exige de suas participantes uma busca constante de manutenção do condicionamento físico para que possam suportar o grande esforço pelo qual corpos serão submetidos em uma grande profundidade. (p. 256)  Busca constante de manutenção do condicionamento físico para suportar grande esforço pelo qual corpos serão submetidos.

144

35.4 Mas este sacrifício, no caso dos esportes de risco extremo, parece ser compartilhado com um imenso prazer pela conquista do objetivo predeterminado pelo esportista. (p 256)  Imenso prazer pela conquista do objetivo predeterminado pelo esportista.

35.5 Giddens (2002) afirma que uma das características presente nos indivíduos que se lançam em situações arriscadas são as emoções que podem ser atingidas na vivência do risco cultivado. Para senti-las, os sujeitos dependem de uma exposição deliberada à incerteza, o que permite que a atividade vivenciada se destaque da rotina do cotidiano. (p. 257)  Emoções atingidas na vivência do risco cultivado dependente da exposição deliberada à incerteza; destacam-se da rotina do cotidiano.

35.6 No entanto, a informante afirma que precisa conquistar sua liberdade por meio de uma prática esportiva. (p. 231)  Conquista de liberdade.

35.7 Para Le Breton (2009) as práticas físicas de risco provocam instantes de total prazer àqueles que as buscam. (p. 232)  Instante de total prazer.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Mergulho de apneia (apneia estática; apneia dinâmica; lastro constante; imersão livre; “no limits”) (por todo o texto).

145

TEXTO 36

Referência O Skate e suas possibilidades educacionais. (Armbrust; Lauro, 2010)

Terminologia(s) Esportes radicais (de ação e de aventura).

Unidades de significado / Características significadoras.

36.1 Os esportes radicais têm sido objetos de discussões, devido ao interesse de aplicabilidade de seus conteúdos relacionados ao lazer, ao esporte e a educação.  Passíveis de associação com o desenvolvimento do lazer, do esporte e da educação.

36.2 Mesmo assim, ainda existem discussões e preconceitos sobre algumas práticas ou praticantes de esportes radicais, por transgredirem alguns princípios e valores tradicionais, como os sujeitos que utilizam os espaços urbanos de maneira dinâmica, empregando manobras sobre um skate nos monumentos da cidade, nos bancos, que antes serviam apenas para sentar, ou os corrimãos de uma escadaria que, agora, além de apoiar as mãos para subir ou descer, os skatistas usam-nos para deslizar com o skate. (p. 799)  Passíveis de preconceitos por transgredirem princípios e valores tradicionais.

36.3 Mas há um contraponto no que diz respeito às formas de controle, pois Spink (2001 p. 1277), sugere a ideia de risco desejado nas atividades de aventura, referindo-se as “subjetividades dos praticantes em contato com as atividades ou eventos que têm incertezas quanto aos resultados ou consequências, essas incertezas são compreendidas como componentes essenciais e propositais do comportamento humano”. No risco, o equilíbrio está na percepção risco-competência (Ibid). (p. 800) 146

 Envolvem desejo de risco consequentes da incerteza quanto aos resultados ou consequências.

36.4 E na área dos esportes, a palavra radical se aproxima, muitas vezes, das sensações de risco. O risco, conforme Le Breton (2006) está associado à exposição e à sobrevivência em situações de confronto com a natureza. Trata-se de abandonar, provisoriamente, o conforto e a segurança, de levar o corpo ao limite de seus recursos, de ir o mais longe possível e de jogar com a imprevisibilidade. (p. 800) 

Associadas à sensação de risco associado ao confronto com a natureza, ao abandono provisório do conforto e da segurança, ao levar o corpo ao limite e ao jogar com a imprevisibilidade.

36.5 [...] o crescimento dessas práticas é tão significativo que muitas pessoas acreditam nelas como possibilidades educacionais e formadoras dos cidadãos.  Possibilidades educacionais e de formação de cidadãos.

36.6 Essas atividades praticadas em meio à natureza ou em áreas urbanas ganham espaço na escola, pois estimulam os alunos a testarem a coragem, aliada ao “[...] prazer de práticas em ambientes diversificados fazendo com que conheçam os próprios limites” (ARAÚJO, 2006, p. 41). (p. 801)  Praticadas em meio à natureza ou em áreas urbanas; tendem a estimularem as pessoas a testarem a coragem, aliada ao prazer de ser praticado em ambientes diversificados e possibilitando conhecimento dos próprios limites.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Skate (Resumo); [atividades corporais praticadas junto à natureza] Surfe; alpinismo; bicicross; jet ski (p. 801); [esportes radicais] mergulho; caminhada; montanhismo; exploração de cavernas (p. 801). 147

TEXTO 37

Referência Territorial disputes, identity conflicts, and violence in surfing. (Bandeira, 2014)

Terminologia(s) Esportes ao ar livre (outdoor sports) (p.17)

Unidades de significado/ Característica significadoras

37.1 - A new swell and speculation about its characteristics, the possibilities of each surfer’s performance, and the uncontrollable behaviors of nature incited excitement about the potential risk. The surfers gave this combination of sensations the neologisms “adrenante” or “adrenado,” which are similar to “adrenalizing” or to “be adrenalized”. (p.19) 

Risco potencial; Adrenalina.

37.2 - Hull (1976), in his study about Santa Cruz surfers, and Albuquerque (2006), in her study on Fortaleza surfers, suggest that some characteristics of surfing practice, such as the preference for risky sports, concerns about environmental awareness, quality of life, and mastery of technological innovation, may be limited to a privileged social strata that is able to frequently consume products related to surfing. (p.20) 

Risco potencial; Preocupação com meio ambiente; Qualidade de vida; Domínio de tecnologia inovadora; Práticas restritas a poucos privilegiados que podem consumir produtos relacionados às práticas.

37.3 - Therefore, the ethnographic data herein present a critical perspective on unilateral studies that are biased either against or in favor of outdoor sports and do not consider the plurality of thinking and acting models that exist among different groups of practitioners and within groups. (p.24) 

Pluralidade de Expressões. 148

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surf.

149

TEXTO 38

Referência A educação pela aventura: desmistificando sensações e emoções. (Cardoso; Silva; Felipe, 2006)

Terminologia(s) Atividades físicas de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

38.1 As visitações na natureza, que expressam pelas manifestações do corpo (através das AFAN), possuem influências que permeiam desde a questão ambiental, até questões pessoais, como a fuga da rotina e descanso. (p.78)

 Envolvem questões ambientais e pessoais, como fuga da rotina e descanso.

38.2 As experiências íntimas do corpo com a natureza, representam uma forma de comunicação, um diálogo entre o homem e o mundo natural. (p78)  Representam uma forma de comunicação, um dialogo entre o homem e o mundo natural.

38.3 Assim poderíamos afirmar que as AFAN podem propiciar uma riqueza de estímulos que facilita um maior desenvolvimento dos mecanismos perceptivos, de decisão e execução, através da exploração desta percepção, que se torna mais aguçada no contato do homem com a natureza, despertando o que poderíamos chamar de espírito aventureiro. (p. 78)  Podem propiciar riqueza de estímulos aguçadas pelo contato do homem com a natureza, despertando o espírito aventureiro.

150

38.4 Essas várias AFAN, porém, muitas vezes são praticadas de forma irrefletida, não sendo discutidas, e refugiando-se sob a adjetivação do ecológico, ou seja, a prática por si só torna-se insuficiente, pois não está comprometida com nenhum vínculo educativo e nem se preocupa em valorizar e difundir a diversidade cultural e biológica da região (BRUHNS, 1998). (p.78)  Praticadas muitas vezes de forma irrefletida, insuficientes para comprometimento educativo em relação às relações ser humanonatureza.

38.5 As visitações na natureza e a prática de AFAN possibilitam, portanto, o desenvolvimento de processos educativos relacionadas também as questões ambientais, uma vez que, contribuem para uma mudança na visão do homem sobre o ambiente natural, fazendo com que este perceba a importância e o significado da natureza. (UVINHA, 2004). (p.78)  Possibilitam o desenvolvimento de processos educativos relacionados às questões ambientais, fazendo com que as pessoas percebam a importância e o significado da natureza.

38.6 Ainda, pelo crescimento das AFAN em nossa sociedade atual, pelas possibilidades que as AFAN promovem em seus praticantes no que concerne ao desenvolvimento do homem integral, pela possibilidade das AFAN serem um campo de atuação da Educação Física, pois envolvem as relações do corpo em contato com a natureza, suas manifestações por meio dos sentimentos, das ações e dos movimentos (BRUHNS, 1997 a ). (p.79)  Possibilidade de desenvolvimento do homem integral pelo envolvimento das relações do corpo em contato com a natureza estimulando sentimentos, ações e movimentos.

151

38.7 A prática corporal na natureza foi uma ferramenta de grande importância para analisar este corpo que se movimenta. Esse corpo que busca expressões busca seu espaço de forma lúdica. (p.80)  Uma ferramenta de grande importância para analisar corpo que se movimenta e que busca expressões de forma lúdica.

38.8 Entretanto, continuaremos a nos remeter a estas práticas como AFAN, por compreendê-las em seu aspecto global, e entender que as atividades físicas não se restringem apenas ao homem como um ser dotado de corpo físico, mas sim, como um ser biopsicossocial. (p. 80)  Compreende-se em seu aspecto global, relacionando-se a um ser humano compreendido como um ser biopsicossocial.

38.9 Os praticantes das AFAN lidam a todo instante com o risco, mesmo que controlado, com a vertigem, com o medo, evocando sentimentos de aventura e emoção. (p. 80)  Associadas a todo instante com o risco, mesmo que controlado, envolvendo vertigem e medo e evocando sentimentos de aventura e emoção.

38.10 As AFAN apresentam-se como espaços de reintegração entre os seres humanos e a natureza. Entretanto, como acontece com a maioria das atividades criadas no âmbito das sociedades ocidentais modernas, acabam submetendo-se à lógica do mercado, e afastando-se da possibilidade de interesses voltados à cidadania e à emancipação humana e social (INÁCIO et. al., 2005 a). (p. 81)  Apresentam-se como espaços de reintegração entre seres humanos e a natureza; ao serem submetidas à logica do mercado afastam-se dos interesses da cidadania e emancipação humana e social.

152

38.11 No questionamento seguinte, “qual é o tipo de sensação sentida na prática das AFAN”, nossa intenção foi instigar os entrevistados a olharem para dentro de si mesmos, buscando reviver as sensações sentidas e aguçando a procura por explicações de sentimentos tão indefinidos. As respostas obtidas vieram ratificar a dificuldade dos praticantes em expressar as sensações e emoções presentes nestas atividades. Citam-se o “prazer”, “uma sensação boa, de liberdade”, a ”adrenalina”, a “superação”. (p. 82)  Associadas à sensações de prazer, sensações boas, de liberdade, adrenalina, superação.

38.12 Podemos encontrar nas AFAN as possibilidades de manifestação dos três tipos de práticas educativas identificadas por Libâneo (2005): a educação informal, não-formal e formal ou, como acontece constantemente, a interpenetração destas três modalidades. (p. 83)  Possibilitam diferentes práticas educativas nos âmbitos informais, não formais e formais.

38.13 É exatamente este cenário desconhecido e as sensações diferenciadas que levam os indivíduos a buscarem a natureza para a prática das AFAN. (p. 84)  Alimentam a busca pelo desconhecido e por sensações diferenciadas.

38.14 Estas situações de superação durante a prática de aventura na natureza refletem no cotidiano dos indivíduos. (p. 84)  Criam situações de superação que refletem no cotidiano do indivíduo.

38.15 As sensações sentidas durante as AFAN despertam em seus praticantes características de compromisso, superação de limites, autoconfiança, companheirismo, tolerância ao sucesso e ao fracasso, e são apontadas como sinônimo de prazer e bemestar. (p. 85)

153

 Despertam características de compromisso, superação de limites, autoconfiança, companheirismo, tolerância ao sucesso e ao fracasso, prazer e bem- estar.

38.16 Os praticantes de AFAN procuram estas atividades, movidos, inicialmente, pela curiosidade pelo novo e pela sede de descobrir as indescritíveis sensações e emoções vividas por seus pioneiros. Após a primeira experiência, sua prática torna-se um vício, ou melhor, a sensação de prazer e bem-estar tornam-se necessárias, desejadas e imprescindíveis à vida dos indivíduos. (p. 86)  Procuradas, inicialmente, pela curiosidade pelo novo e sede de descobrir indescritíveis sensações e emoções; São “viciantes” pelas sensações de prazer e bem-estar associadas a elas.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Montanhismo.

154

TEXTO 39

Referência Atividades de aventura e educação ambiental como foco nos periódicos da área de Educação Física. (Figueiredo; Schwartz, 2013).

Terminologia(s) Atividades de Aventura

Unidades de significado / Características significadoras

39.1 De acordo com Betrán e Betrán (1995), as atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) caracterizam-se por serem vivenciadas durante o tempo livre, permeadas pelos aspectos imaginários, podendo proporcionar sensações e emoções, em contato com um ambiente natural. (p. 467) 

Vivenciadas durante o tempo livre, permeadas pelos aspectos imaginários, podendo proporcionar sensações e emoções.

39.2 Ainda no que se refere ao risco presente nestas atividades, Le Breton (2009) ressalta que é justamente este elemento que proporciona momentos de total prazer aos participantes e agrega valores pessoais, os quais remetem à superação de limites. (p. 468) 

Presença do risco diretamente relacionada com manifestação de prazer que, por sua vez, agrega valores pessoais associados à superação de limites.

39.3 As características que envolvem estas atividades já permeiam estudos como os de Lavoura, Schwartz e Machado (2008), evidenciando o seu potencial de oferta de sensações e emoções prazerosas e significativas, e de Bruhns (2003), a qual ressalta o potencial destas atividades na construção de valores pessoais e sociais. (p. 468)

155



Potencial de oferta de sensações e emoções prazerosas e significativas; Potencial para construção de valores pessoais e sociais.

39.4 Sendo assim, uma das possibilidades que se apresenta é a de que as vivências dessas atividades de aventura na natureza contribuam para a construção de novos valores e condutas pró-ambientais. (p. 468) 

Potencial para a construção de novos valores e condutas pró-ambientais.

39.5 Esses autores abordam, em seus estudos, questões referentes à afetividade necessária durante as atividades de aventura, para que esta possa contribuir efetivamente para a educação ambiental, pelo fato de poder potencializar novas reflexões aos participantes, fazendo-os protagonistas na construção de uma sociedade mais sustentável. (p. 469) 

Pode contribuir efetivamente na educação ambiental, pelo potencial em despertar novas reflexões e em tornar participantes em protagonistas na construção de uma sociedade mais sustentável.

39.6 No entanto, esses autores também ressaltam a presença de aspectos negativos com a prática constante e sem critérios éticos dessas atividades no ambiente natural, o que promove a degradação e a destruição desses espaços de fruição. (p. 469) 

Uso constante e sem critérios éticos dessas atividades no ambiente natural pode promover a degradação e a destruição desses espaços de fruição.

39.7 Costa (2000) e McDermott (2004) também apontam a configuração de diversas emoções excitantes atreladas às vivências nas atividades de aventura, cuja compreensão representa desafios a serem superados. (p. 470) 

Associadas a diversas emoções excitantes atreladas a desafios a serem superados.

156

39.8 Na relação das atividades de aventura e a qualidade de vida, Tahara e Schwartz (2003) traçam elementos dessa associação, em função de o envolvimento com estas práticas em contato com a natureza oportunizar a revisão de valores e a busca de alternativas sobre a identidade pessoal. (p. 471) 

Associação direta com qualidade de vida em função do potencial para revisão de valores e a busca de alternativas sobre a identidade pessoal.

39.9 Entretanto, a terminologia que privilegia o uso do termo natureza, como, por exemplo, atividades de aventura na natureza ou, simplesmente, atividades na natureza, por sua vez, deixa de abranger as atividades realizadas no meio urbano ou em locais com estruturas artificiais, como ginásios, quadras poliesportivas e academias com atividades indoor. Ao se considerar que estas atividades não são, necessariamente, desenvolvidas apenas no ambiente natural, estes termos voltam a ser questionados. (p. 472) 

Terminologias que privilegiam uso do termo “natureza” deixam de abranger as atividades realizadas no meio urbano ou em locais com estruturas artificiais (como ginásios, quadras poliesportivas e academias).

39.10 Ao preconizar o uso do termo atividades de aventura, pode-se abarcar uma diversidade de vivências do universo da aventura, sejam elas no meio natural, urbano ou artificial, com características turísticas, recreativas ou físicas e, até mesmo, educativas. (p. 472) 

Terminologia com foco na aventura abarca diversidade de vivências em diferentes meios e com diferentes características.

39.11 O envolvimento dos sujeitos com o meio ambiente, nos estudos focalizados, se processa de maneira diferenciada, haja vista que os condutores de atividades de aventura e outros profissionais envolvidos nesta área possuem uma relação intensa com a natureza, ao passo que os praticantes se envolvem, na maioria das vezes, de modo esporádico e superficial com o ambiente natural (BEEDIE, 2003). (p. 474) 157



Condutores e outros profissionais envolvidos possuem relação intensa com a natureza, ao passo que os praticantes se envolvem de modo esporádico e superficial com o ambiente natural.

39.12 Sendo assim, os autores apontam que, apesar de os participantes prezarem pela conservação, os mesmos retratam que têm por finalidade a utilização das atividades para satisfação própria, ou seja, demonstram, ainda, uma visão antropocêntrica. (p. 475) 

Participantes prezam pela conservação, porém utilizam atividades para satisfação própria e sob visão antropocêntrica.

39.13 De acordo com Moreira e Schwartz, pode-se concluir, a partir dos resultados, que as atividades de aventura mostram-se como facilitadoras para a internalização de valores e construção de novas atitudes ambientais. (p. 476) 

Mostram-se como construtoras de valores e de novas atitudes ambientais.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Corridas de aventura (p. 471 – Lazer na natureza); Caminhada longa; surfe (p. 474).

158

TEXTO 40

Referência Corridas de aventura e lazer: um percurso analítico para além das trilhas. (Gomes; Isayama, 2009)

Terminologia(s) Práticas esportivas e de lazer na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

40.1 Nesse sentido concordamos com Bruhns (2001), para quem o desporto necessita do meio ambiente natural, mas também o consome. Dessa maneira, visualizamos a questão da ética ambiental, “de respeito e não dominação” (BRUHNS, 2001. p. 97), capaz de envolver os adeptos do esporte de aventura, caracterizando-os não somente como praticantes de um esporte, mas como adeptos ao ecoturismo. (p.70)  Caracteriza envolvidos como praticantes de um esporte e como adeptos ao ecoturismo.

40.2 A representação da natureza, na ótica do ecoturismo, envolve um sentimento de união, de preservacionismo, de gratuidade no contato com a natureza e os indivíduos. Uma natureza enquanto espaço de experiências, “de nova sensibilidades relacionadas ao corpo” (BRUHNS, 2003. p.31). Sensações estas que também podem e devem ser vivenciadas nas atividades físicas de aventura na natureza. (p. 70)  Despertam sentimento de união, de preservacionismo, de gratuidade no contato com a natureza e indivíduos - novas sensibilidades relacionadas ao corpo que podem e devem ser vivencias.

40.3 Constata-se também a predileção para determinadas áreas naturais, ditas preservadas, exóticas, regiões ainda intocadas pelo homem: são espaços com belezas exuberantes, com visuais inesquecíveis, na maioria das vezes de difícil acesso. Tal 159

preferência normalmente é adotada por praticantes que visam uma prática em ambiente natural em caráter exploratório, com o intuito de conhecer novas regiões, onde a visita possui um fim em si mesma. (p. 70)  Preferência por áreas naturais preservadas, exóticas, intocadas pelo homem, de belezas exuberantes e difícil acesso. Evidencia ênfase em caráter exploratório e com o intuito de conhecer novas regiões, onde a visita possui um fim em si mesmo.

40.4 Por isso, Marinho (2003) afirma que “nas atividades de aventura em geral, os envolvidos parecem passar por uma maximização não apenas de um, mas de todos os sentidos” (p. 24). (p. 70)  Maximização de todos os sentidos.

40.5 Justificamos, assim, o termo atividades na natureza, e não esportes na natureza, com o intuito de enfatizar outros elementos intrínsecos às vivências corporais em ambientes naturais. (p. 71) 

Terminologia atividades na natureza (e não esportes na natureza) enfatiza outros elementos intrínsecos às vivências corporais em ambientes naturais além do esporte.

40.6 A busca por atividades de alto risco, em ambientes hostis, estranhos e que a incerteza está presente, são por pessoas que normalmente são acostumadas ao conforto, à tecnologia e à segurança. (p. 71) 

Geralmente buscados por pessoas normalmente acostumadas ao conforto, à tecnologia e à segurança.

40.7 Marinho (2006) afirma que a procura por tais atividades tem crescido tanto que vem quebrando as barreiras de idade, classe social, língua, raça e, até mesmo, dos limites físicos. (p. 73) 160



Apresentam grande crescimento, quebrando barreiras de idade, classe social, língua, raça e, até mesmo, dos limites físicos.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Corrida de aventura (Resumo).

161

TEXTO 41

Referencia Adventurous activities, embodiment and nature: spiritual, sensual and sustainable? Embodying environmental justice. (Humberstone, 2013)

Terminologia(s) Atividades de aventura (Adventurous activities ) (título) (Atividades físicas de aventura na natureza [adventurous physical activities in nature]; [resumo]; Esportes/Lazer na natureza [nature-based sport/leisure] [p.566]; Atividades ao ar livre [outdoor activities] [p.569].

Unidades de significado/ Característica significadoras

41.1 - This attention to being there in nature and the corporeal, sensual experience of nature based sport is central to how we make sense of adventurous activities and our relations with the human and non-human worlds in which these practices in nature take place. (p.567) 

Experiência (corporal; sensorial) na natureza

41.2 - I would suggest that whilst the sociology of adventurous nature-based research in many cases takes seriously the social and natural environment in which it is practiced and learning takes place, there are still few examples of research in which the complex relationships through which the body ‘learns’ to be in the natural environment, how it ‘embodies’ nature and how or if environmental awareness becomes embodied. (p.567) 

Incorporação da natureza; Possibilidade de percepção/consciência ambiental

41.3 - These transcendental experiences are also identified by participants in a variety of nature-based sport from those perceived to be high-risk through to those appearing to be low risk. (p.568)

162



Experiências transcendentais.

41.4 - For both of these activities in nature, one which is repetitive and continuous and the other which is both reactive and proactive in relation to the elements and equipment, there is a sense of, on occasion, a oneness with nature, a body-mind absorption something in the sense of spirituality. (p.569) 

União/integridade com natureza; Espiritualidade.

41.5 – These embodied adventurous practices in nature, whether they are perceived as high or low risk, are ambiguous and fluid and may challenge dominant sporting narratives of body/mind separation and potentially afford pedagogic processes or ‘techniques of the body’ fostering a form of shared ‘kinetic empathy.’ (p.569) 

Ambiguidade; Fluidez; Potencialidade pedagógica não fragmentária das relações corpo/mente.

41.6 – I suggest that there is in many cases a oneness with nature, a body-mind absorption something in the sense of spirituality, in which practitioners experience transcendental experiences that are embodied when the senses and body nexus are in tune which may foster a greater shared environmental awareness. (p.570) 

União/integridade

com

natureza;

Espiritualidade;

Experiências

transcendentais; Potencial de percepção/consciência ambiental.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Windsurfe; Mergulho; Surf; Caminhadas em trilhas (Hiking); Ciclismo

163

TEXTO 42

Referência A democratização das atividades de aventura na natureza: o projeto “Canoagem Popular”. (Lavoura; Schwartz; Machado, 2007)

Terminologia(s) Atividades de aventura na natureza.

Unidades de significado / Características significadoras

42.1 [...] do trabalho e não trabalho, do tempo disponível, da premência da educação ambiental, dos espaços educacionais e de alterações atitudinais, apresentando possíveis vias alternativas neste sentido, incluindo-se, aquelas manifestações no lazer, capazes de favorecer experiências significativas e marcantes, como as atividades de aventura na natureza (SCHWARTZ, 2001, 2002), quando voltadas para o desenvolvimento do comportamento pró-ambiental. (p. 80)  Manifestações no lazer, capazes de favorecer experiências significativas e marcantes.

42.2 Como bem evidencia Betrán (2003, p. 159), encontrou-se nas atividades de aventura na natureza um “mix atrativo”, pensando no turismo, na natureza, no esporte e na aventura, facetas do setor do lazer que se uniram e obtiveram um abrupto crescimento, se desenvolvendo na década de 70 e se consolidando na década de 90, mas que, além destes aspectos, podem representar espaço profícuo para reflexões. (p. 80)  Permitem encontros “atrativos” - turismo, natureza, esporte e aventura, facetas do setor do lazer que se uniram e obtiveram um abrupto crescimento. Podem representar espaço profícuo para reflexões.

42.3 Com a percepção acadêmica sobre a emergência deste campo, deu-se início abrangentes discussões e reflexões acerca do tema, em especial sobre a relação humana 164

com o meio natural, especialmente no âmbito do lazer, focalizando-se a busca por novos estilos de vida, a procura por outras sensibilizações e emoções catalisadoras dos processos de conscientização e preservação da natureza. (p.81)  Permitem sobre a relação humana com o meio natural, especialmente no âmbito do lazer, focalizando-se a busca por novos estilos de vida, a procura por outras sensibilizações e emoções catalisadoras dos processos de conscientização e preservação da natureza.

42.4 Por outro lado, ainda são raros os enfoques referentes à relação destas atividades de aventura com as condições socioeconômicas afloradamente delineadas nesta sociedade. (p.81)  Pouca discussão sobre potencial elitismo associado à esse tipo de atividade.

42.5 Não se pode negar, entretanto, a possibilidade de alterações de valores e atitudes, experimentação de emoções, novas sensibilizações, mudanças de hábitos e estilos de vida nas vivências e (re)aproximações com os ambientes naturais. (p.81)  Inegável

possibilidade

de

alterações

de

valores

e

atitudes,

experimentação de emoções, novas sensibilizações, mudanças de hábitos e estilos de vida.

42.6 [...] busca a popularização da modalidade canoagem, destacada por ser caracterizada como uma atividade física de aventura na natureza, possibilitando aos seus praticantes o despertar de novas sensações e emoções, conscientização ecológica, novos estilos de vida, com hábitos ativos e saudáveis, colaborando para maior nível de qualidade de vida e formação integral dos indivíduos. (p.83)  Possibilita despertar de novas sensações e emoções, conscientização ecológica, novos estilos de vida, com hábitos ativos e saudáveis,

165

colaborando para maior nível de qualidade de vida e formação integral dos indivíduos.

42.7 [...] compreendendo aqui as atividades de aventura na natureza, e suas relações com o lazer e a necessidade de repensar a aproximação do ser humano com a natureza. (p. 84)  Potencial para repensar a aproximação do ser humano com a natureza.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Canoagem (p. 81; 83).

166

TEXTO 43

Referência Lazer, aventura e ficção: possibilidades para refletir sobre as atividades realizadas na natureza. (Marinho, 2009)

Terminologia(s) Atividade de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

43.1 Inúmeros fatores indicam o crescimento expressivo da visitação em áreas naturais no Brasil e no mundo e, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, as atividades de aventura na natureza se enquadram entre os segmentos mais promissores do mercado de turismo, com um crescimento mundial estimado entre 10% e 30% ao ano (BRASIL, 2006). (p.1)  Enquadram-se entre os segmentos mais promissores do mercado de turismo.

43.2 Os sujeitos/atores deste estudo possuíam experiência prévia em atividades em contato com a natureza, tornando-os, em parte, diferenciados dos novos adeptos que emergem a cada dia, os quais, muitas vezes, são impulsionados apenas pelo desejo de distinção ao fazer algo novo, pelo modismo ou simples consumo. (p.2)  Tornam diferenciados dos novos adeptos que emergem a cada dia, os quais são impulsionados apenas pelo desejo de distinção ao fazer algo novo.

43.3 Ou seja, algumas atividades de lazer podem estimular emoções, produzindo tensões de um tipo particular, sob a forma de uma excitação controlada, ou seja, uma agradável tensão-excitação, sem riscos, de alguma forma relacionada à excitação provocada em outras situações diárias. (p. 6) 167

 Podem estimular emoções, produzindo tensões de um tipo particular, sob a forma de uma excitação controlada.

43.4 Assim, acredito ser possível nos aproximarmos das atividades de aventura na natureza, pois, por meio delas, somos capazes de aguçar nossos sentidos, em diferentes níveis, além de sermos potencializados a refletir sobre nós mesmos e nossas diferentes formas de relação com o outro e com a vida. (p. 6)  Somos capazes de aguçar nossos sentidos, em diferentes níveis, além de sermos potencializados a refletir sobre nós mesmos e nossas diferentes formas de relação com o outro e com a vida.

43.5 Nesta perspectiva, deve-se atentar que, em algumas atividades de aventura na natureza, podemos perceber a pressa impedir a contemplação, a reflexão, a imaginação. (p. 7)  Percebe-se a pressa impedir à contemplação, a reflexão, a imaginação.

43.6 Nas atividades de aventura na natureza, o corpo se transforma em um campo de recepção e emissão contínua de informações, as quais, por sua vez, devem ser precisas e as tomadas de decisões, quase sempre, imediatas. (p. 7)  O corpo se transforma em um campo de recepção e emissão continua de informações que devem ser precisas e as tomadas de decisões imediatas.

43.7 Assim como na ficção, não se consegue, nas atividades de aventura na natureza, ultrapassar suas fronteiras (no sentido de viver cotidianamente tais experiências); contudo, nos momentos da aventura propriamente dita, os praticantes procuram viver intensamente, explorando tais vivências em profundidade. (p. 9)  Procuram

viver

intensamente,

explorando

tais

vivências

em

profundidade. 168

43.8 Nas atividades de aventura na natureza, o envolvimento com os parceiros, o deslizamento pela água, o cheiro da mata, os ruídos das cachoeiras e dos animais, as cores do céu e das flores segregam um espírito lúdico, evocando a sensibilidade. (p. 10)  As diversas características que envolvem as atividades segregam um espirito lúdico, evocando a sensibilidade.

43.9 Portanto, não se pode negligenciar que as atividades de aventura na natureza são capazes de criar metáforas que se aplicam ao cotidiano das pessoas e, por meio delas, pode-se estimular a criatividade, o auto-conhecimento, a responsabilidade, a liderança, a solidariedade, a comunicação e o trabalho em equipe; além de serem capazes de desenvolver e instigar diferentes habilidades e competências, muitas vezes, desconhecidas. (p. 10)  São capazes de criar metáforas que se aplicam ao cotidiano das pessoas e a partir delas, pode-se estimular a criatividade, o autoconhecimento, a responsabilidade, a liderança, a solidariedade, a comunicação e o trabalho em equipe; além de serem capazes de desenvolver e instigar diferentes habilidades e competências, muitas vezes, desconhecidas.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Caminhada; escalada (p. 9).

169

TEXTO 44

Referência Caminho da fé: reflexões sobre lazer e ambiência. (Moreira; Schwartz. 2010)

Terminologia(s) Atividades físicas de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

44.1 Ofertadas em atividades do âmbito do lazer, muitas opções visam a resgatar, não só as sensações e as percepções construídas a partir de uma corporeidade urbana, mas também, permitem auto-reflexão e questionamento profundos sobre as formas com que o ser humano se relaciona com o meio a que está exposto e interage sistematicamente. (p. 559)  Visam resgatar sensações e as percepções construídas a partir de uma corporeidade

urbana,

permitem

autorreflexão

e

questionamento

profundos sobre as formas com que o ser humano se relaciona com o meio a que está exposto e interage sistematicamente.

44.2 Proporcionalmente a esse aumento, cresceu também a preocupação com a saturação dos locais de prática, as condições estruturais e de sustentabilidade para manutenção dessas atividades, como também, a necessidade da conscientização de preservação desses ambientes e sistemas. (p. 559)  Com o aumento das atividades, cresceu também a preocupação com a saturação dos locais de prática, as condições estruturais e de sustentabilidade para manutenção dessas atividades e a necessidade da conscientização de preservação desses ambientes e sistemas.

44.3 As AFAN permitem grande variedade de práticas com valorização ambiental, que vão desde a preocupação quanto ao impacto ecológico, intensidade, duração da 170

atividade, estação do ano, momento do dia, vulnerabilidade das espécies animais e vegetais, assim como o comportamento ambiental dos participantes; além de proporcionar dinâmicas em ambientes sociais variados, de individuais à colaboração e acompanhamento de equipes. (p. 560)  Permite grande variedade de praticas com valorização ambiental, comportamento ambiental e proporciona dinâmicas em ambientes sociais variados.

44.4 Infere-se, com isso, a possibilidade de atitudes elaboradas a partir da presença e participação em atividades de aventura no contexto do lazer na natureza serem catalisadoras do comportamento pró-ambiental. (p. 569)  Esta inserida no contexto de lazer na natureza.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Caminhada (Resumo).

171

TEXTO 45

Referência Esporte de aventura e ambiente natural: dimensão preservacional na sociedade de consumo. (Paixão; Costa; Gabriel. 2009)

Terminologia(s) Esporte de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

45.1 Nesse contexto de transição social, em meio às implicações da sociedade de consumo na vida cotidiana do individuo é que surgem as modalidades de esporte de aventura praticadas em diferentes ambientes naturais como o aéreo, aquático e terrestre. (p. 369)  São praticadas em diferentes ambientes naturais como o aéreo, aquático e terrestre.

45.2 Na verdade, ao considerarmos a dimensão econômica que perpassa o esporte de aventura na sociedade de consumo é necessário não perder de vista que essas práticas corporais na natureza movimentam uma verdadeira indústria voltada ao entretenimento. (p. 369)  Movimentam uma verdadeira indústria voltada ao entretenimento, seja ela atrás do lazer ou competição.

45.3 Indubitavelmente, o esporte de aventura vem alavancando o desenvolvimento econômico de diferentes regiões do país que apresentam conformações geográficas, vegetação e clima propiciador à prática das diferentes modalidades que surgem de forma ininterrupta no âmbito do esporte e ou do lazer. (p. 369)

172

 Vem alavancando o desenvolvimento econômico de diferentes regiões do país que apresentam conformações geográficas, vegetação e clima propiciador à prática das diferentes modalidades.

45.4 As vivências das modalidades que compõem o esporte de aventura configuram-se como práticas absolutamente significativas e que por sua vez traduzem muito bem os desejos do homem efetivados nos diferentes segmentos que compõem o meio natural como aquelas praticadas na água, na terra, no gelo ou ainda no ar nesta contemporaneidade. (p. 370)  Configuram-se como práticas absolutamente significativas e traduzem muito bem os desejos do homem.

45.5 Vale ressaltar que o esporte de aventura na natureza configura-se se em objeto de estudo que busca compreender diferentes aspectos relacionados à sua prática como, por exemplo, promoção da saúde, imaginário social, motivação, riscos, mercantilismo, dentre outros. (p. 370)  Configura-se se em objeto de estudo que busca compreender diferentes aspectos relacionados à sua prática (imaginário social, motivação, riscos, mercantilismo, dentre outros).

45.6 É notória a estreita relação entre esporte de aventura e natureza, uma vez que o meio ambiente se apresenta como cenário para a realização das modalidades do referido segmento esportivo, que suscita constante interação entre praticante e natureza. (p. 370)  Constante interação entre praticante e natureza.

45.7 No entanto, é importante considerar que se por um lado pode-se lançar um olhar positivo em relação a esta interação do homem com a natureza através da prática do esporte de aventura, por outro este processo merece atenção, pois o crescente surgimento de modalidades esportivas que utilizam o meio natural, associado ao aumento do número de praticantes, resulta em uma exploração ainda maior dos fatores 173

ambientais envolvidos no desenvolvimento dessas atividades (MAROUN e VIEIRA, 2007). (p. 370)  Utilizam o meio natural com grande numero de praticantes, resulta em uma exploração ainda maior dos fatores ambientais.

45.8 Nesse âmbito, faz-se necessário considerar as implicações decorrentes dessas atividades físicas no meio natural, pois usá-lo possa parecer conveniente e prazeroso, mas, sem os devidos cuidados pode trazer sérios riscos de degradação e conseqüente ameaça à vida do planeta. (p. 370)  Usando as praticas em um ambiente natural pode parecer conveniente e prazerosa, mas, sem os devidos cuidados pode trazer sérios riscos de degradação e consequente ameaça à vida do planeta.

45.9 Com tal procedimento, a natureza reduz-se a um mero lócus atrativo e destinado a prática desportiva, limitando-se ao atendimento do praticante na busca de aventura, sensação de risco, vertigem, momentos de lazer dentre outros. (p. 370)  Busca de aventura, sensação de risco, vertigem, momentos de lazer dentre outros.

45.10 A partir dessas considerações, pode-se afirmar que as práticas do esporte de aventura podem ocasionar a um determinado meio natural impacto ambiental que, dependendo da qualidade da intervenção ali desenvolvida poderá se configurar como positivo ou negativo ao ambiente natural onde é praticado. (p.371)  Podem ocasionar a um determinado meio natural impacto ambiental, sendo este impacto positivo ou negativo ao ambiente natural.

45.11 No entanto, atividades físicas na natureza como rafting, vôo livre, mergulho, automobilismo off-road, alpinismo, mountain bike dentre outras, como afirma Jesus (1999), realizam-se em áreas de natureza praticamente intocada como montanhas, alto 174

curso de rios e mesmo desertos, tendendo a causar impactos significativos, sobretudo quando em ocasiões de realização de eventos que mobilizam grande fluxo de praticantes e visitantes. (p. 371)  São realizadas em áreas de natureza praticamente intocada.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Rafting; voo livre; mergulho; automobilismo off-road; alpinismo; mountain bike. (p. 371).

175

Texto 46

Referência Práticas aventureiras e situações de risco no voo livre: uma análise a partir do conceito de redoma sensacional. (Paixão; Costa; Gabriel. 2010)

Terminologia(s) Esporte de aventura

Unidades de significado / Características significadoras

46.1 As atividades físicas e esportivas denominadas esporte de aventura e risco na natureza vêm despertando a atenção das pessoas, aumentando-lhes cada vez mais a popularidade no universo esportivo (MARINHO; BRUHNS, 2003). Termos como risco, aventura, adrenalina e superação dos próprios limites, passaram a fazer parte da linguagem do cotidiano, trazendo à mente as sensações fortes, as imagens de risco e emoções vividas por aqueles que buscam vivenciar o desafio e o prazer propiciados por esses esportes (COSTA, 1999). (p. 672)  Vêm despertando a atenção das pessoas, aumentando-lhes cada vez mais a popularidade no universo esportivo, perpassando sensações como risco, aventura, adrenalina e superação dos próprios limites.

46.2 Ainda que o esporte de aventura apresente inúmeras possibilidades como prática corporal, é importante ressaltar a necessidade de se considerar que, da mesma forma que elas podem propiciar inúmeros benefícios ao praticante, podem, na mesma proporção, colocar em risco a sua integridade física. (p. 673)  Podem propiciar inúmeros benefícios ao praticante como também na mesma proporção, colocar em risco a sua integridade física.

176

46.3 Seja no âmbito da competição ou do lazer, a prática do esporte de aventura implica riscos de diferentes proporções, como quedas, colisões, escoriações, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estar, entre outros. (p. 673)  Implicam riscos de diferentes proporções, como quedas, colisões, escoriações, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estar, entre outros.

46.4 As diversas modalidades que compõem o esporte de aventura praticado em ambientes naturais distintos como aéreo, aquático e terrestre, reúnem um verdadeiro conjunto de elementos potencialmente extraordinários como aqueles ligados ao fator risco. (p. 674)  Praticado em ambientes naturais distintos, reúnem um verdadeiro conjunto de elementos potencialmente extraordinários como aqueles ligados ao fator risco.

46.5 Diferente do que ocorre nas modalidades de esporte clássico como o futsal, vôlei, dentre outros, as práticas ligadas ao esporte de aventura na natureza caracterizam-se pela complexidade de intenções com que se processa sua adesão pelo praticante. (p. 675)  Caracterizam-se pela complexidade de intenções com que se processa sua adesão pelo praticante.

46.6 Nesse contexto, a partir da prática de esporte de aventura o praticante busca em si mesmo, no seu limite físico, a sua referência. (p. 675)  O praticante busca em si mesmo, no seu limite físico, a sua referência.

46.7 É importante ressaltar que não se trata de um suicida, e sim de um individuo que busca vivenciar de maneira prazerosa situações de risco através das modalidades que compõem o esporte de aventura nos diferentes ambientes naturais. (p. 678) 177

 Busca vivenciar de maneira prazerosa situações de risco nos diferentes ambientes naturais.

46.8 Esses aventureiros precisam conscientizar-se de que o êxito na aventura encontrada em práticas físicas nos diferentes ambientes naturais, precisa ser buscado na mesma proporção de que o são as fortes emoções, a vertigem e o risco. (p. 679)  Precisa ser buscado na mesma proporção de que o são as fortes emoções, a vertigem e o risco.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Voo livre (Resumo); Montanhismo (p. 675).

178

TEXTO 47

Referência Caracterização da demanda potencial por atividades de aventura. (Pimentel; Saito. 2010)

Terminologia(s) Atividades de aventura (Esporte de aventura)

Unidades de significado / Características significadoras

47.1 Para tanto, se parte do entendimento mais abrangente de “atividades de aventura” como toda experiência invulgar de risco (real ou imaginado) e incerteza, podendo ser procurada em diferentes ambientes, os quais estão associados a novas descobertas. (p. 152)  Toda experiência invulgar de risco e incerteza, podendo ser procurada em diferentes ambientes, os quais estão associados a novas descobertas.

47.2 No Brasil, as pessoas que procuram as atividades de aventura são caracterizadas como praticantes com idades entre 25–50 anos, bem estabelecidos financeira e profissionalmente. (p. 153)  São caracterizadas por praticantes bem estabelecidos financeiramente e profissionalmente.

47.3 De modo complementar, estaria relacionado ao bem-estar por pressupor a “troca de uma vida sedentária pela prática de atividades que promovem a saúde”. (p.153)  Promovem a saúde.

179

47.4 Porém, o esporte de aventura denota envolver maior autonomia do praticante sobre a segurança e, em última instância, sua moral ser influenciada pela codificação esportiva, podendo ser conceituado como “conjunto de práticas esportivas formais e não formais, vivenciadas em interação com a natureza, a partir de sensações e de emoções, sob condições de incerteza em relação ao meio e de risco, realizadas em ambientes naturais (ar, água, gelo e terra, sob controle das condições de uso de equipamentos” (COSTA; MARINHO; PASSOS, 2007, p. 108). (p. 153)  São vivenciadas em interação com a natureza, a partir de sensações e de emoções, em condições de incerteza em relação ao meio e de risco, realizadas em ambientes naturais.

47.5 Conforme o tipo-ideal de Betrán (2003) para as atividades físicas de aventura na natureza, as pessoas buscam prazer em um desafio pacífico e controlado com a natureza (com risco, mas sem perigos). (p. 155)  Busca pelo prazer em um desafio pacifico e controlado coma natureza (com risco, mas sem perigos).

47.6 Assim, considerando essa contradição inefável entre a necessidade de adequação social e o desejo pela aventura que o homem carrega dentro de si, estamos interpretando que o franco desenvolvimento das práticas esportivas de aventura pode relacionar-se ao “descontrole controlado” da aventura no lazer. (p. 156)  Pode relacionar-se ao descontrole controlado da aventura no lazer.

47.7 Nesse sentido, nos aproximamos da teses de Norbert Elias sobre as atividades de risco controlado se constituírem numa forma socialmente aceita pela sociedade para a descarga emocional das tensões do cotidiano. (p. 156)  Forma de descarga emocional das tensões do cotidiano.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia 180

Pára-quedismo; surf; vôo livre (Resumo); Surfe (p. 153); Rodeio (p. 154); Rapel (p. 155); Motocross (p. 159).

181

TEXTO 48

Referência Perspectivas ecológicas da educação corporal - rumo á qualidade total de vida. (Ribeiro. 1997)

Terminologia(s)

Unidades de significado / Características significadoras

Nenhuma unidade de significado encontrada

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia: Nenhuma atividade encontrada.

182

TEXTO 49

Referência A ambientalização dos currículos de Educação Física no ensino superior. (Rodrigues. 2012)

Terminologia(s) Atividades na natureza (Atividades esportivas e recreativas da natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

49.1 No documento, a discussão está diretamente associada à prática, mais especificamente às atividades corporais praticadas em ambientes abertos e próximos da natureza, seja por meio de esportes radicais (o surfe, o alpinismo, o bice-cross e o jet-ski são exemplos citados no documento), do lazer ecológico (montanhismo, caminhadas, mergulho e exploração de cavernas são citados) ou pela utilização de espaços da escola e áreas próximas (tais como parques, praças e praias) para a realização de práticas que viabilizem a discussão sobre a adequação de espaços para a prática da cultura corporal (BRASIL, 1998b). (p.563)  Praticadas em ambientes abertos e próximos da natureza.

49.2 O documento coloca em evidência as atividades na natureza associando essas atividades a duas grandes áreas da educação física: esporte e lazer. (p. 563)  Associadas a duas grandes áreas da educação física: o esporte e o lazer.

49.3 Desta maneira, pensarmos em mudanças de postura diante do mundo assim como em transformações na ordem moral e intelectual através de sinergias entre educação e lazer pode ser uma possibilidade real (RODRIGUES; STEVAUX, 2010). Pois é nessa perspectiva que se sustentam as abordagens que buscam a educação ambiental pelas atividades esportivas e recreativas na natureza. (p.565) 183

 Buscam a educação ambiental

49.4 Segundo Uvinha (2004), as atividades na natureza possibilitam o desenvolvimento de processos educativos relacionados a questões ambientais, uma vez que contribuem para mudanças na visão do homem sobre o ambiente natural por meio de novas percepções sobre a importância e o significado da natureza. (p. 565)  Possibilitam o desenvolvimento de processos educativos relacionados a questões ambientais, já que contribuem para mudanças na visão do homem sobre o ambiente natural.

49.5 Outros autores destacam características específicas que podem ser desenvolvidas por meio das atividades na natureza: novos padrões motores desenvolvidos em contato com a natureza (baseando-se na grande diversidade de estímulos encontrados em diferentes ambientes, oportunizando a manifestação de diferentes situações emocionais em inúmeras circunstâncias, como estresse, dificuldade, risco, etc.) e a educação baseada no conhecimento das características de diferentes ecossistemas, tanto no contexto sociocultural como na utilização responsável dos recursos materiais e tecnológicos que promovem o deslizamento controlado pelo ar, água e terra (BETRÁN; BETRÁN, 2006); desenvolvimento de fundamentos esportivos, de capacidades físicas (aptidão e desenvolvimento de habilidades motoras) e de habilidades cognitivas (tomada de decisão e resolução de problemas), coletivas (habilidades cooperativas e de comunicação) e pessoais (autoestima) (MARINHO, 2004); características de compromisso, superação de limites, autoconfiança, companheirismo, tolerância ao sucesso e ao fracasso (CARDOSO, 2006).  Existem

algumas

características

específicas

que

podem

ser

desenvolvidas: Novos padrões motores desenvolvidos em contato com a natureza; educação baseada no conhecimento das características de diferentes ecossistemas; desenvolvimento de fundamentos esportivos, de capacidades físicas e de habilidades cognitivas coletivas; compromisso,

184

superação de limites, autoconfiança, companheirismo, tolerância ao sucesso e ao fracasso.

49.6 Dessa maneira, os participantes buscam atividades longe dos centros urbanos, e deslocam-se ao encontro “direto” com a natureza para respirar ar puro, para reencontrarse consigo mesmo, ou buscar sensações e emoções fortes e provar limites pessoais em situações de perigo eminente (LACRUZ; PERICH, 2000). (p. 566)  Buscam atividades longe dos centros urbanos, e deslocam-se ao encontro “direto” com a natureza para respirar ar puro, para reencontrar-se consigo mesmo, ou buscar sensações e emoções fortes e provar limites pessoais em situações de perigo eminente.

49.7 Essa realidade fica bastante evidente em afirmações comumente encontradas em trabalhos que desenvolvem a relação entre as atividades na natureza e as questões educacionais (inclusive de educação ambiental), compreendendo as atividades na natureza como “(...) uma forma moderna de lazer, procurada, a cada dia, por um contingente maior de pessoas, desejosas pelo desligamento, mesmo que temporário, do meio urbano, e pelo contato com a natureza” (CARDOSO et al., 2006, p.86). (p. 566)  Forma moderna de lazer, na qual as pessoas procuram se desligar do ambiente urbano e entra em contato com a natureza.

49.8 Nas falas de alguns sujeitos, mesmo os que estavam vivenciando pela primeira vez alguma modalidade, algumas palavras-chave ou expressões se destacaram, sendo as mais citadas: “a busca por um contato maior com a natureza”; seguida de perto pelas palavras “adrenalina”; “busca de emoção”; “sair da rotina”; “desestressar”; “desafio”; “risco”. (p. 566)  Busca por um contato maior com a natureza; adrenalina; busca de emoção, sair da rotina; desestressar; desafio; risco.

185

49.9 No entanto, considerando propostas de ambientalização do currículo de educação física e a inserção da educação ambiental na formação inicial de professores da área, uma abordagem restrita a essas atividades revela-se insuficiente/simplista, considerando que,

de

maneira

geral,

essas

atividades

ainda

associam-se

a

abordagens

preservacionistas de educação ambiental, afastando-se dos ideais da educação ambiental crítica. (p. 567)  Associam-se a abordagens preservacionistas de educação ambiental, afastando-se dos ideais da educação ambiental crítica.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia: Surfe; alpinismo; bicecross; jet-ski; caminhada; mergulho; exploração de cavernas. (p. 563).

186

TEXTO 50

Referência Ecomotricidade: sinergia entre educação ambiental, motricidade humana e pedagogia dialógica. (Rodrigues; Gonçalves Junior. 2009)

Terminologia(s) Ecomotricidade

Unidades de significado / Características significadoras

50.1 Esportes de Aventura, Esportes na Natureza, Esportes Radicais, Esportes em Integração com a Natureza, são algumas das denominações encontradas na literatura especializada1 e na mídia em geral para classificar as atividades esportivas realizadas na natureza distante do meio urbano. (p. 987)  São varias terminologias que a mídia em geral classifica tais atividades realizadas na natureza distantes do meio urbano.

50.2 Nessa concepção, espera-se que, pelo contato com a natureza, o indivíduo crie uma consciência de preservação pelo meio, protegendo o lugar onde desenvolve atividades educativas ou de lazer. (p. 992)  Através do contato com a natureza, o indivíduo crie uma consciência de preservação pelo meio, protegendo o lugar onde desenvolve as atividades.

50.3 Assim, concordamos com Schwartz (2006) ao destacar que a simples ação de realizar práticas corporais na natureza não gera, por si só, uma sensibilização das pessoas para com o meio natural, pois toda ação implica no tratamento educativo que o indivíduo ou o grupo recebe quando inicia a atividade, bem como suas atividades e comportamentos posteriores a ela. (p. 994)

187

 Não gera por si só, uma sensibilização das pessoas para com o meio natural, pois toda ação implica no tratamento educativo que o indivíduo ou o grupo recebe quando inicia a atividade.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia: Nenhuma atividade encontrada.

188

TEXTO 51

Referência Qualidade de vida relacionada á prática de atividade física de surfistas. (Romariz; Guimarães; Marinho. 2011)

Terminologia(s) Atividade de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

51.1 Segundo Betrán (1995), o mergulho, a vertigem, a velocidade, os desequilíbrios e as quedas são características presentes nessas práticas, possíveis a diversos tipos de pessoas, pois o desenvolvimento e aprimoramento tecnológico proporcionam o deslizarse no ar, na água e na superfície terrestre. (p. 477)  O mergulho; a vertigem; a velocidade; os desequilíbrios e as quedas são características presentes que são praticadas por diversos tipos de pessoas.

51.2 A busca por atividades em contato com o ambiente natural desponta a cada dia mais, impulsionada pelo desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas, utilizando-se da tecnologia infiltrada na esfera da recreação e do lazer. (p. 477)  Desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas.

51.3 Os aventureiros envolvidos em tais práticas parecem estar fortalecendo um novo estilo de vida, em busca de práticas mais “excitantes” que brincam com o risco e com o perigo em um jogo, no qual os parceiros e os equipamentos tecnológicos compõem a dinâmica a ser vivida (MARINHO, 2010). (p. 477)  Busca por práticas mais “excitantes” que brincam com o risco e com o perigo em um jogo.

189

51.4 Assim, as atividades de aventura estimulam uma integração entre necessidade e prazer, oriundas dos diversos aspectos positivos provenientes das vivências em meio natural (TAHARA; SCHWARTZ, 2002). (p. 478)  Estimulam uma integração entre necessidade e prazer.

51.5 A manifestação da paz e da tranqüilidade são benefícios que podem ser encontrados na prática do surfe e foram citados pelos surfistas investigados, sendo corroborados por estudos enfatizando que a procura por atividades de aventura no ambiente natural, entre outros fatores, manifesta-se pelo desejo de usufruir as características e particularidades da (e com a) natureza e a possibilidade de conquistar uma vida mais tranquila e prazerosa (BRUHNS, 2009; MARINHO, 2003). (p. 482)  Manifesta-se pelo desejo de usufruir as características e particularidades da (e com a) natureza e a possibilidade de conquistar uma vida mais tranquila e prazerosa.

51.6 Assim, as atividades de aventura estimulam uma integração entre necessidade e prazer, oriundos dos diversos aspectos positivos provenientes das vivências em meio natural (TAHARA; SCHWARTZ, 2002). (p. 482)  Estimulam uma integração entre necessidade e prazer.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surfe (p. 478).

190

TEXTO 52

Referência Emoções e riscos nas práticas na natureza: uma revisão sistemática. (Silva; Freitas. 2010)

Terminologia(s) Práticas corporais na natureza (Esportes radicais; Atividade corporal de movimento; Atividades na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

52.1 As práticas corporais na natureza surgem para satisfazer aos praticantes que vão à busca de sensações de prazer e ao mesmo tempo de risco (LE BRETON, 2006; 2007a; 2007b). Esta temática aborda qualitativamente as emoções e os riscos, nos quais despertam o interesse do homem de reaproximar-se com a natureza ao encontro de novos significados. (p. 221)

 Surgem para satisfazer aos praticantes que vão à busca de sensações de prazer e ao mesmo tempo de risco.

52.2 As práticas corporais na natureza estão crescendo consideravelmente, na qual as pessoas buscam nestas atividades múltiplas formas e, intenção de aventurar-se em busca das emoções e dos riscos que estas manifestações proporcionam, as quais se caracterizam fortemente com o trabalho em equipe, e exprime o respeito à natureza, assim como na promoção ambiental (SPINK; ARAGAKI; ALVES, 2005). (p. 222)  Intenção de aventurar-se em busca das emoções e dos riscos.

52.3 Ainda seguindo as idéias dos autores, ao se apoiarem em Aristóteles, que caracteriza a mimese como formas artísticas de representação da realidade, adotaram este termo relacionando-o com as práticas de lazer. Nesta perspectiva, as práticas

191

corporais na natureza envolvem o imaginário, em que o risco está associado ao aspecto mimético. (p. 222)  Envolvem o imaginário, em que o risco esta associado ao aspecto mimético.

52.4 Ainda seguindo as ideias da autora, este “mundo de ficção” torna-se “mais real”, no sentido de proporcionar novas sensações e fortes emoções por meio da prática corporal na natureza. (p. 222)  Proporciona novas sensações e fortes emoções.

52.5 A partir destas premissas, pode-se compreender que nas práticas corporais na natureza, os sujeitos encontram-se em um estado emocional, em que o risco pode tornar um fator instigante nestas práticas. (p. 222)  Os sujeitos encontram-se em um estado emocional, em que o risco pode tornar um fator instigante nestas práticas.

52.6 A busca de novas emoções está ligada ao risco encontrado na natureza desconhecida, pois desperta no praticante a sensação de conhecer o novo, vivenciando o risco e ao mesmo tempo o prazer. (p. 222)  Sensação de conhecer o novo, vivenciando o risco e ao mesmo tempo o prazer.

52.7 A busca das emoções nas práticas corporais na natureza pode tornar o risco imaginário em risco real, transformando as sensações de prazer em verdadeiras lesões, por imprudência, e falta ou falha na segurança dos equipamentos de determinadas práticas. (p. 222)  Pode torna o risco imaginário em risco real como as lesões.

192

52.8 Assim, os autores discutem que por meio de prevenções adotadas, as práticas corporais na natureza, pode-se evitar danos à saúde e a morte. (p. 223)  Podem evitar danos a saúde e a morte.

52.9 Nesta perspectiva, as práticas corporais na natureza estão se desenvolvendo em um ritmo acelerado, o que necessita ampliar os conhecimentos nos mais diversos contextos que estas atividades proporcionam aos sujeitos praticantes, seja no âmbito educacional, social ou econômico. (p. 224)  Estão se desenvolvendo em um ritmo acelerado, o que necessita ampliar os conhecimentos nos mais diversos contextos, seja no âmbito educacional, social ou econômico.

52.10 Diante destas possibilidades, Dias et al. (2007), ao tratar dos conceitos dos esportes na natureza, remete primeiramente ao entendimento do esporte que refere a atividade corporal de movimento, no qual tem caráter competitivo. (p.224).  Tem caráter competitivo.

52.11 Neste momento, é preciso lembrar os escritos de Bourdieu (1996), que contribuiu para a sociologia do desporto, apontando o esporte como práticas sociais em que estabelecem rituais celebrados pela sociedade. O autor ainda ressalta que não deve avaliar um esporte em particular, mas cada elemento existente em que ganha seus valores caracterizados. (p. 224)  Não deve avaliar um esporte em particular, mas cada elemento existente em que ganha seus valores caracterizados.

52.12 Pode-se observar ainda esta ambiguidade nos escritos de Lavoura et al. (2008), ressaltando que estas práticas apresentam sensações prazerosas, como a alegria e o desafio, mas para outros sujeitos destacam as sensações receosas, como o medo. (p. 225)

193

 Apresentam sensações prazerosas, como a alegria e o desafio, assim como também as sensações receosas, como o medo.

52.13 Os estudos que manifestam as práticas corporais na natureza como ponderações para reflexões de si mesmo, revelam adquirir novos valores e significados para a vida cotidiana, como destacam Marinho (2009); Lavoura et al. (2008; 2007) e Tahara et al. (2007). (p. 225)  Ponderações para reflexões de si mesmo.

52.14 Assim pode-se observar que as emoções vivenciadas em práticas tão distintas, oferecem sensações análogas, onde as práticas corporais na natureza apresentam sensações benéficas à saúde, enquanto dependentes de ópio podem intervir na saúde biopsicossocial. (p. 226)  Podem apresentam sensações benéficas á saúde ou podem intervir na saúde biopsicossocial.

52.15 Os estudos selecionados apontam que as práticas corporais na natureza podem apresentar um viés de riscos epidemiológicos, principalmente quando não são prevenidos com os cuidados básicos a saúde dos participantes, como adquirir doenças causadas por bactérias e parasitas, apresentados nos estudos de Sejvar et al. (2003); Eli Schwartz et al. (2005) e Seppänen et al. (2004). (p. 226)  Podem apresentar um viés de risco epidemiológicos.

52.16 Nesta categoria os estudos apontaram um número significativo de acidentes provocados durante as práticas corporais na natureza. (p. 226)  Numero significativo de acidentes.

52.17 As práticas corporais na natureza surgem com o sentido de comunhão, levando o homem a reencontrar-se como parte integrante da natureza desconhecida. Os 194

conhecimentos desenvolvidos nestas práticas apresentam-se como essência revelada pelas emoções e riscos inerentes, associados às condições de vida na Terra.(p. 228)  Surge com o sentido de comunhão, , levando o homem a reencontrar-se como parte integrante da natureza desconhecida.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Escalada em rocha; rafting; voo livre (p. 222).

195

TEXTO 53

Referência Meio ambiente e atividades de aventura: significados de participação. (Tahara; Carnicelli Filho; Schwartz. 2006)

Terminologia(s) Atividades físicas de aventura (Atividade de aventura na natureza; Esportes radicais)

Unidades de significado / Características significadoras

53.1 Um dos importantes elementos do lazer que vem crescendo ultimamente, em termos de interesses popular e acadêmico, é a prática de atividades físicas, inerentes ao conteúdo cultural físico-esportivo do lazer. (p. 59)  Utilizado como lazer.

53.2 Mesmo que possam existir elementos desfavoráveis, tais como o alto preço dos equipamentos ou a distância dos principais centros de práticas, estas atividades vêm ganhando adeptos e representam importantes focos na indústria do entretenimento. (p. 60)  Vêm ganhando adeptos e representam importantes focos na indústria do entretenimento.

53.3 De acordo com Lacruz e Perich (2000), o desejo de romper com o cotidiano e ir ao encontro da natureza, respirar ar puro, reencontrar-se consigo mesmo, buscar sensações e emoções fortes, provar limites pessoais em situações de perigo eminente, são algumas das causas que têm motivado a aderência às diversas atividades físicas de aventura. (p. 60)

196

 Desejo de romper com o cotidiano e ir ao encontro da natureza, respirar ar puro, reencontrarem-se consigo mesmo, buscar sensações e emoções fortes, provar limites pessoais em situações de perigo eminente.

53.4 Conforme elucida Betrán (2003, p. 159) “O turismo, o ócio, a natureza, o esporte, a aventura, os relacionamentos... unindo esses conceitos encontramos um mix atrativo [...]”, referindo-se às possíveis características que reforçam a admiração pela prática das atividades de aventura na natureza. (p. 60)  O turismo, o ócio, a natureza, o esporte, a aventura.

53.5 No que tange ao real significado de participação nas AFAN, para a maioria dos sujeitos participantes da pesquisa (31,8%), este envolvimento significa conseguir vivenciar momentos propícios à concreta revisão de valores e atitudes. (p. 61)  Vivenciar momentos propícios a concreta revisão de valões e atitudes.

53.6 Ampliando a discussão, Schwartz (2002) enfatiza a relação homem-natureza tendo como ponto de interseção as possibilidades de promoção de mudanças axiológicas e de valores que são proporcionados pelas experiências físicas de lazer junto ao ambiente natural. (p. 61)  Possibilidade de promoção de mudanças axiológicas e de valores.

53.7 A relação homem-natureza, segundo Teruya (2000), dando enfoque à participação nas AFAN, pode gerar um contato do homem contemporâneo de maneira mais consciente e significativa com a natureza, abrindo-se possibilidades que tangenciam aquisições de novas atitudes e hábitos e, por conseguinte, melhoria na qualidade de vida. (p. 62)  Pode gerar um contato do homem contemporâneo de maneira mais consciente e significativa com a natureza, abrindo-se possibilidades de

197

adquirir novas atitudes e hábitos e, por conseguinte, melhoria na qualidade de vida.

53.8 Os desafios para a concretização de mudanças atitudinais referentes às atividades de aventura representam uma premissa no aprimoramento das perspectivas relacionadas ao aprendizado que se pode ter com a própria natureza, no sentido de oportunizar momentos propícios à revisão de valores e atos cometidos consigo próprio e com outros ao seu redor. (p. 62)  Oportunizar momentos propícios à revisão de valores e atos cometidos consigo próprio e com outros ao seu redor.

53.9 Villaverde (2003) evidencia que a experiência do coletivo pode ser plenamente vivenciada nas AFAN, em uma espécie de aventura compartilhada, capaz de gerar um estreitamento dos laços interpessoais entre aqueles indivíduos que buscam se unir para chegar a um fim comum: superar e vencer os obstáculos desafiadores do meio natural. (p. 62)  Superar e vencer os obstáculos desafiadores do meio natural.

53.10 Em se tratando das AFAN, conforme elucidam Lacruz e Perich (2000), não é difícil perceber o valor da interação social como fato real, onde há a formação de determinados grupos imbuídos na busca por aventura, nos quais manifestam-se características de sociabilidade e coletividade. (p. 62)  Percebe o valor da interação como fato real, onde os grupos buscam por aventura, nos quais se manifestam características de sociabilidade e coletividade.

53.11 Bruhns (2003) expõe que essas práticas de aventura podem ser responsáveis por proporcionar um efeito purificador (catártico), conduzindo as pessoas ao bem-estar e à alegria, por sua constituição no ambiente natural, onde há o intenso contato com a fauna, a flora, com alturas e outros aspectos peculiares, elementos estes capazes de 198

provocar tal efeito catártico, o qual produz prazer e sensações de leveza aos corpos aventureiros. (p. 63)  Podem ser responsáveis por proporcionar um efeito purificador, conduzindo as pessoas ao bem-estar e à alegria, além de produzir prazer e sensações de leveza aos corpos aventureiros.

53.12 Nessa ótica de reflexão, Camacho (1999) expõe que as atividades de aventura na natureza proporcionam possibilidades de vivenciar novas emoções e sensações, numa tentativa de amenizar as tensões das rotinas recorrentes da vida social e, assim, possibilitar aos adeptos níveis satisfatórios de bem-estar e prazer. (p. 63)  Proporcionam possibilidades de vivenciar novas emoções e sensações, numa tentativa de amenizar as tensões das rotinas recorrentes da vida social e, assim, possibilitar aos adeptos níveis satisfatórios de bem-estar e prazer.

53.13 Dando prosseguimento à discussão, Funollet (1989) salienta que as AFAN podem ser traduzidas por sensações capazes de promover bem-estar e prazer aos adeptos de aventura, onde o contato direto com a natureza torna-se importante elemento catalisador neste sentido. (p. 63)  Sensações capazes de promover bem-estar e prazer aos adeptos de aventura.

53.14 Acerca do atual debate, Capuano (2000) elucida que são vários os benefícios oriundos da realização de atividades de aventura em contato com a natureza, entre os quais pode-se citar a melhoria relacionada à estética corporal, em virtude dos inúmeros e cansativos esforços físicos empreendidos para vencer os desafios propostos. (p. 63)  Melhoria relacionada a estética corporal.

199

53.15 Ainda referente ao objetivo do estudo, as possíveis ressonâncias positivas advindas da prática das AFAN giram em torno da maximização das sensações de bemestar e satisfação pessoal, em decorrência do misto “atividade física de aventura e contato direto com a natureza”. (p. 63)  Maximização das sensações de bem-estar e satisfação pessoal.

53.16 Além disso, as AFAN oferecem a possibilidade de vivenciar sentimentos de prazer e alegria, em função de suas características que promovem, inclusive, a ampliação do senso de limite da liberdade e da própria vida. (p. 63)  Oferecem a possibilidade de vivenciar sentimentos de prazer e alegria, promovendo a ampliação do senso de limite da liberdade e da própria vida.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Rafting; Rapel; moutain bike; boia- cross; trekking por trilhas e matas; canyoning; corridas (p. 60).

200

TEXTO 54

Referência Atividades de aventura: reflexões sobre a produção científica brasileira. (Teixeira; Marinho. 2010)

Terminologia(s) Atividade de aventura

Unidades de significado / Características significadoras

54.1 As atividades de aventura constituem-se nas diversas práticas manifestadas, em diferentes locais naturais (terra, água ou ar), cujas características se diferenciam dos esportes tradicionais, tais como as condições de prática, os objetivos, a própria motivação e os meios utilizados para o seu desenvolvimento, além da necessidade de inovadores equipamentos tecnológicos possibilitando uma fluidez entre os praticantes e o meio ambiente (MARINHO, 2006). (p. 538)  Constituem-se nas diversas práticas manifestadas, em diferentes locais naturais (terra, água ou ar), cujas características se diferenciam dos esportes tradicionais.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Não há nenhum exemplo.

201

TEXTO 55

Referência Estado de fluxo em praticantes de escalada e skate downhill. (Vieira, e col. 2011)

Terminologia(s) Atividades de aventura

Unidades de significado / Características significadoras

55.1 As atividades de aventura vêm se difundindo desde a última década e hoje são praticadas por uma diversidade de pessoas que, muitas vezes, têm pouco conhecimento sobre os aspectos técnicos e de segurança que esta prática exige, porque, acima de tudo, estes praticantes querem viver suas emoções (PEREIRA; ARMBRUST; RICARDO, 2008). (p. 591)  São praticadas por uma diversidade de pessoas.

55.2 Estas atividades são dotadas de um forte sentido de risco e incerteza, e, embora hoje tenham conotação urbana, o seu sentido foi produzido originalmente em interface com práticas em ambientes naturais. Outro diferencial em relação aos esportes convencionais é a busca e valorização do imprevisível em seus objetivos (DIAS, 2007). (p. 591)  São dotadas de um forte sentido de risco e incerteza, na qual originalmente eram praticas em ambientes naturais.

55.3 Neste tipo de prática, conforme citam Lavoura e Machado (2006), os sentimentos e emoções ganham uma conotação maior, devido às características de vertigem (ilinx), risco controlado e emoções desencadeadas pelas diferentes situações e experimentações que ocorrem no contato do homem com a natureza. (p. 591)

202

 Os sentimentos e emoções ganham uma conotação maior, devido às características de vertigem, risco controlado e emoções desencadeadas pelas diferentes situações e experimentações que ocorrem no contato do homem com a natureza.

55.4 No contexto da prática destas atividades, os seus adeptos muitas vezes afirmam sentir sensações prazerosas no momento da prática, assim como confirma o estudo de Lavoura, Schwartz e Machado (2008), em que os sujeitos da pesquisa citaram sentir sensações prazerosas e receosas, além de emoções durante a prática de esportes de aventura. (p. 591)  Sentir sensações prazerosas e receosas, além de emoções.

55.5 Não obstante, esse estado de profundo envolvimento com a atividade só é alcançado quando a pessoa atinge uma série de fatores, como ter metas claras e feedback compatível e os desafios e habilidades estarem equilibrados, ou seja, quando ela perceber que tanto os desafios quanto suas capacidades são elevados. Assim a atenção se torna ordenada e recebe total investimento. (p. 592)  O praticante só consegue esta totalmente envolvida com a atividade quando atinge uma serie de fatores, sendo elas ter metas claras e feedback compatível e os desafios e habilidades estarem equilibrados.

55.6 Comparando o nível de motivação dos praticantes na tabela 2, podemos perceber que houve diferença significativa entre as motivações intrínsecas e extrínsecas. Esses praticantes de atividades de aventura demonstraram ser mais motivados intrinsecamente para atingir objetivos, para experiências estimulantes e para conhecer. (p. 597)  Demonstraram ser mais motivados intrinsecamente para atingir objetivos, para experiências estimulantes e para conhecer.

203

55.7 Os praticantes que buscam os esportes de aventura, independente de sua meta, praticam-nos por satisfação pessoal, prazer ou outras razões intrínsecas (correspondendo à experiência autotélica). (p. 598)  Praticam por satisfação pessoal, prazer ou outras razões intrínsecas.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Escalada; skate downhill (Resumo).

204

TEXTO 56

Referência Pluralidade cultural: os esportes radicais na educação física escolar. (Armbrust; Silva. 2012)

Terminologia(s) Esportes Radicais

Unidades de significado / Características significadoras

56.1 Em contrapartida, os ER possuem muita competitividade, o que aumenta a exposição do praticante ao risco, contribuindo para a disseminação de práticas exaustivas e com pequeno número de praticantes (MARINHO; BRHUNS, 2006). (p. 282)  Possui muita competitividade, o que aumenta a exposição do praticante ao risco.

56.2 Tahara e Carnicelli Filho (2009), por sua vez, apontam que as AFAN, da forma como são propostas pelos espanhóis Betrán e Betrán (2006), conseguem abranger qualquer prática que desperte o instinto aventureiro e que tenha uma ligação profunda com o meio natural, representando uma atividade de diversão realizada no tempo livre. Contudo, não abarcam as possibilidades competitivas e/ou educativas que podem ser desenvolvidas pelas AFAN. (p. 282)  Conseguem abranger qualquer prática que desperte o instinto aventureiro e que tenha uma ligação profunda com o meio natural, representando uma atividade de diversão realizada no tempo livre. Mas, não abarcam as possibilidades competitivas e/ou educativas.

56.3 Atualmente os ER, que se aglutinam como atividades de risco associadas ao movimento humano, valorizaram-se socialmente e têm ganhado novos significados. O 205

risco destacado nos ER é manifestação inerente à sua prática e pensamos que é interessante que as pessoas se confrontem com ele para, só assim, poderem assimilar os valores vivenciais que se extraem dessa experiência. (p. 283)  Aglutinam-se como atividades de risco associados ao movimento humano.

56.4 Esse 'novo esporte' contém características do esporte tradicional, como o jogar com os outros e a busca da vitória, porém, há outras razões para que os praticantes busquem os ER como a inventividade de uma manobra, o aproveitamento do momento exato para tentar algo inusitado, ou ainda, para mudar determinados códigos no jogo ou desafio em busca de um sentido mais individualizado e, ao mesmo tempo, coletivo para a prática (PEREIRA; ARMBRUST; RICARDO, 2008). (p. 284)  Contem características como o jogar com os outros e a busca da vitória, buscando a inventividade de uma manobra, o aproveitamento do momento exato para tentar algo inusitado.

56.5 Percebemos que muitas práticas esportivas que se caracterizam pelas regras institucionalizadas e por atividades motoras que visam ao alcance de recordes, podem ser vistas de outra forma e influenciadas por outros sentidos humanos como as sensações que o movimento pode proporcionar; os sentimentos com os quais os praticantes devem se confrontar para experimentar a atividade e a intuição enquanto elemento essencial na tomada de decisão. (p. 284)  Caracterizam-se pelas regras institucionalizadas e por atividades motoras que visam ao alcance de recordes.

56.6 De acordo com Marinho (2008), os aventureiros valorizam a espontaneidade possível nas atividades de aventura na natureza, já que elas parecem despertar aspectos do comportamento humano, menos controlados, tais como: atitudes hedonistas, cooperativas,

sensibilizadoras,

deslocamentos,

experimentações,

dentre

outras

possibilidades. (p. 284) 206

 Parecem despertar aspectos do comportamento humano, menos controlados,

tais

sensibilizadoras,

como:

atitudes

deslocamentos,

hedonistas,

experimentações,

cooperativas, dentre

outras

possibilidades.

56.7 Quando pensamos nos inúmeros objetivos de desenvolvimento humano presentes na EF escolar, pensamos que os ER podem ser abordados para promover a consciência para o enfrentamento das incertezas, o que pode colaborar com o processo do desenvolvimento do pensamento, julgamento e comportamento autônomos do indivíduo, seja em sua vida pessoal, seja voltado a questões do seu coletivo mais próximo, como também àquelas relativas ao cuidado com o planeta. (p. 285)  Podem ser abordados para promover a consciência para o enfrentamento das incertezas.

56.8 Tradicionalmente, costuma-se entender que essas atividades quando inseridas no currículo escolar, vinculam-se e são de responsabilidade da EF e que suas possibilidades pedagógicas se restringem à melhoria do condicionamento físico e das habilidades motoras dos alunos. (p. 288)  Melhoria do condicionamento físico e das habilidades motoras dos alunos.

56.9 Nessa linha de pensamento, a inclusão dos ER como possibilidade curricular cria a possibilidade de estimular o desenvolvimento do ser auto-ecoorganizador, que organiza a si mesmo com a ajuda do meio ambiente (MORIN, 2007). (p. 289)  Possibilidade

de

estimular

o

desenvolvimento

do

ser

auto-

ecoorganizador, que organiza a si mesmo com a ajuda do meio ambiente.

56.10 Visualizamos os ER como um excelente norteador da renovação dos conteúdos e das práticas escolares, lembrando que tais conteúdos específicos, como outros 207

quaisquer, não deveriam ser selecionados por se pensar que possuem fins em si mesmos, mas seriam inclusos no currículo escolar aqueles que passassem pelo crivo da abrangência da sua potencialidade no sentido de promover o desenvolvimento das pessoas, propiciando apropriação e produção de conhecimentos, valores e atitudes. (p. 289)  Um excelente norteador da renovação dos conteúdos e das práticas escolares.

56.11 Marinho (2008) ao estudar praticantes de atividades de aventura observou que estas pessoas podem ter uma estreita relação com a superação de obstáculos, não apenas físicos, mas também simbólicos e imaginários, não necessariamente os mais arriscados e difíceis, mas que, de alguma forma, agregam o sentido de novidade, do desconhecido e do não-explorado. (p. 291)  As pessoas podem ter uma estreita relação com a superação de obstáculos físicos, simbólicos e imaginários, podendo ser os mais arriscados e difíceis que se agregam o sentido de novidade, do desconhecido e do não explorado.

56.12 De acordo com esse crivo, os ER parecem ser dotados de uma grande magnitude de energia agregadora, comunicativa e desencadeadora do desejo de realização. (p. 293)  Parecem ser dotados de uma grande magnitude de energia agregadora, comunicativa e desencadeadora do desejo de realização.

56.13 O diferencial dos ER se encontra, primeiramente, no enfrentamento do risco. Envolvem atividades nas quais os indivíduos se colocam em reais situações de risco e que precisam saber o que fazer para sair delas. (p. 294)  Os indivíduos se colocam em reais situações de risco.

208

56.14 Ainda que haja este cálculo e sejam tomados os devidos cuidados na prática dos ER, o risco sempre existe e talvez seja esse o fator que desencadeia maior prazer no praticante. (p. 295)  O risco ao praticar o esporte pode ser um fator que desencadeia maior prazer no praticante.

56.15 Os ER costumam promover um convívio interpessoal visto como fundamental já que aumenta a motivação do grupo e confere a agradável sensação de pertencer a algo que tem significados compartilhados. (p. 296)  Costumam promover um convívio interpessoal e confere a agradável sensação de pertencer a algo que tem significados compartilhados.

56.16 Se visualizarmos o currículo escolar como uma entidade complexa, e se entendermos que complexo significa tecido, trama de componentes que atuam em conjunto, pensamos que os ER podem ser significativos para promover a riqueza da convivência humana, constituir uma via para expansão de saberes. (p.296)  Podem ser significativos para promover a riqueza da convivência humana, constituir uma via para expansão de saberes.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Corrida de aventura; escalada; surfe ( p. 283); Skate; parkour (p. 287).

209

TEXTO 57

Referência A influência do risco-aventura no processo de coesão das diferentes comunidades do voo livre. (Azevedo; Cocchiarale; Costa. 2010)

Terminologia(s) Praticas esportivas de risco-aventura

Unidades de significado / Características significadoras

57.1 Essa ousadia, esse desejo de conquistar novos espaços, de buscar outros caminhos, de fugir da dura realidade cotidiana, têm se manifestado de forma expressiva em diferentes segmentos sociais da atualidade, como é o caso das inúmeras tribos de aventureiros que transitam pelas práticas esportivas de risco-aventura. (p. 260)  A ousadia, o desejo de conquistar novos espações, de buscar outros caminhos, de fugir da dura realidade cotidiana.

57.2 O risco presente nessas práticas pode caracterizar-se por situações onde o indivíduo enfrenta ambientes imprevisíveis como ar, água, floresta, desertos, entre outros, se dispondo a resultados incertos, como ocorre no voo livre, no paraquedismo, na escalada, no surfe e em muitas outras atividades realizadas na natureza. (p. 260) 

O risco presente nessas práticas pode caracterizar-se por situações onde o indivíduo enfrenta ambientes imprevisíveis, se dispondo a resultados incertos.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Voo livre (Resumo); Paraquedismo; escalada; surfe (p.260).

210

TEXTO 58

Referência Pescadores artesanais, sufistas e a natureza: reflexões a partir de um olhar da educação física. (Brasil; Carvalho. 2009)

Terminologia(s) Práticas corporais

Unidades de significado / Características significadoras

58.1 No âmbito da formação, os cursos de graduação não privilegiam questões epistemológicas - que, invariavelmente, estão ligadas à reflexão sobre o ser humano e a Natureza – e tampouco exploram reflexões a respeito dos valores em relação às práticas corporais e do corpo como produção de gestualidade, de linguagem para além da expressão escrita e verbal. (p. 234)  Produção de gestualidade, de linguagem para além da expressão escrita e verbal.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surfe (p. 221); Pesca (p. 228).

211

TEXTO 59

Referência O surfe e a moderna tradição brasileira. (Dias, 2009)

Terminologia(s) Esportes na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

Nenhuma unidade de significado identificada.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surfe (Resumo); Mergulho; caça submarina (p. 258); Montanhismo (p. 282).

212

TEXTO 60

Referência Escalada urbana- faces de uma identidade cultural contemporânea. (Marinho; Bruhns.)

Terminologia(s) Atividades esportivas na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

60.1 Apesar dessa afirmação, tomando as críticas realizadas acima sobre a ingenuidade dessas propostas, nada garante que uma semana produtiva de trabalho subseqüente às atividades, anteriormente comentadas, seja resultado dessas vivências. (p. 42)  Não há garantia de que a pessoa tenha uma semana produtiva de trabalho em consequência a pratica das atividades.

60.2 Portanto, os grupos de escalada urbana (assim como outras atividades de aventura) que se formam a cada dia fazem parte desses movimentos, manifestando inovação, criatividade e espírito coletivo. (p. 44)  Manifestando inovação, criatividade e espirito coletivo.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Escalada (Resumo); Ciclismo; pára-quedismo; bóia-cross, rafting; alpinismo (p.38).

213

TEXTO 61

Referência Lazer, aventura e risco: reflexões sobre atividades realizadas na natureza. (Marinho, 2008)

Terminologia(s) Atividades de aventura na natureza (Atividades de risco na natureza; Atividade de aventura)

Unidades de significado / Características significadoras

61.1 Tais atividades estão sendo entendidas como as diversas práticas manifestadas, privilegiadamente nos momentos de lazer, com características inovadoras e diferenciadas dos esportes tradicionais, pois as condições de prática, os objetivos, a própria motivação e os meios utilizados para o seu desenvolvimento são outros e, além disso, há também a presença de inovadores equipamentos tecnológicos, permitindo uma fluidez entre o praticante e o espaço da prática – terra, água ou ar. São atividades cerceadas por riscos e perigos, na medida do possível, calculados, não ocorrendo treinamentos intensivos prévios (como no caso dos esportes tradicionais e de práticas corporais como a ginástica e a musculação). (p. 182)  São manifestadas nos momentos de lazer, com características inovadoras e diferenciadas dos esportes tradicionais, cerceadas por risco e perigos.

61.2 Inúmeros fatores indicam o crescimento expressivo da visitação em áreas naturais no Brasil e no mundo e, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, as atividades de aventura na natureza enquadram-se entre os segmentos mais promissores do mercado de turismo, com um crescimento mundial estimado entre 10% e 30% ao ano (BRASIL, 2006). (p. 183)  Enquadram-se entre os segmentos mais promissores do mercado de turismo. 214

61.3 Os sujeitos/atores deste estudo possuíam experiência prévia em atividades em contato com a natureza, tornando-os, em parte, diferenciados dos novos adeptos que emergem a cada dia, os quais, muitas vezes, são impulsionados apenas pelo desejo de distinção ao fazer algo novo, pelo modismo ou simples consumo. (p. 185)  São impulsionados apenas pelo desejo de distinção ao fazer algo novo, pelo modismo ou simples consumo.

61.4 Experiências deste tipo têm despertado o interesse de diferentes estudiosos, no sentido de desvendar a busca pela aventura. De acordo com alguns autores (EWERT, 1989; DONNELLY; WILLIANS, 1985), as atividades de aventura ocorridas em momentos de lazer e, ainda, de turismo (haja vista que muitas delas ocorrem ao longo de viagens), de alguma forma, parecem estar relacionadas com o elemento risco. (p. 187)  Ocorrem em momentos de lazer e turismo, parecem estar relacionadas com o elemento risco.

61.5 É pertinente evocar Le Breton (2006, p. 107-108), autor que tem investigado especificamente as atividades de risco na natureza, focando práticas que, de fato, podem causar mortes. (p. 188)  Podem causar mortes.

61.6 Contudo, tanto quanto a busca por situações de risco, a base das atividades de aventura desenvolvidas na natureza também parece aproximar-se da procura por situações novas, desafiadoras e transmissoras de novos conhecimentos. (p. 189)  Procura por situações novas, desafiadoras e transmissoras de novos conhecimentos.

215

61.7 Portanto, as atividades de aventura na natureza, podem tanto despertar a espontaneidade nas pessoas, quanto tolher e inibir tal comportamento, devido à forma de condução de um grupo por um guia, por exemplo. (p. 194)  Podem tanto despertar a espontaneidade nas pessoas, quanto tolher e inibir tal comportamento.

61.8 Comentando o desfecho da situação acima, a praticante também chama a atenção para a relação de confiança e amizade manifestada nas atividades de aventura na natureza. (p. 195)  Manifesta uma relação de confiança e amizade.

61.9 Além da ênfase nas questões da união, parceria e identificação existentes no grupo, é preciso destacar uma contradição observada nas atividades de aventura na natureza: por um lado, existe um grande sentimento de cooperação e união; porém, por outro lado, manifesta-se uma cobrança de comportamentos (não se deve reclamar das chateações e cansaços, deve-se acompanhar o ritmo imposto na caminhada, etc.). (p. 197)  Existe um grande sentimento de cooperação e união, como também, manifesta-se uma cobrança de comportamentos.

61.10 As atividades de aventura na natureza, por meio da vivência coletiva de emoções e sensações, representam uma das mais recentes práticas fundadoras da vida social, nas quais, por sua vez, o componente lúdico é o efeito e a conseqüência de toda esta sociabilidade vivida. (p. 199)  O componente lúdico é o efeito e a consequência de toda esta sociabilidade vivida.

61.11 Neste sentido, pode-se afirmar que os aventureiros contemporâneos se engajam em tais práticas com o objetivo de vivenciarem diferentes experimentações e emoções, 216

as quais têm relações e ressonâncias significativas em todas as esferas da vida humana. (p. 202)  Objetivo de vivenciarem diferentes experimentações e emoções.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Base jump; escalada solo; esqui extremo (p. 188); Rafiting (p. 198).

217

TEXTO 62

Referência Ritos e risco na prática de vôo livre. (Pimentel. 2008)

Terminologia(s) Atividade de aventura na natureza (Atividades Físicas de Aventura na Natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

62.1 Essas características são encontradas em diferentes práticas corporais contemporâneas, as quais representam uma necessidade de encontrar novas formas de sociabilidade e racionalidade, buscando emoções relacionadas à descoberta, particularmente no meio natural. Práticas corporais incluídas nessa tendência são pontuadas por Betrán (2003) como Atividades Físicas de Aventura na Natureza (AFANs). Nelas, a busca por emoções é recorrente entre praticantes, tendo feições mais grandiosas quando envolvem risco. (p. 14)  Representam

uma necessidade

de

encontrar

novas

formas de

sociabilidade e racionalidade, buscando emoções relacionadas à descoberta na qual, envolvem o risco, particularmente no meio natural.

62.2 Nesse sentido, por meio de um olhar sociocultural sobre as AFANs, apresenta-se a contraditória conciliação entre elementos racionais e não-racionais na vivência dessas práticas corporais. (p. 15)  Apresenta-se a contraditória conciliação entre elementos racionais e não racionais na vivência.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Vôo livre (Resumo).

218

TEXTO 63

Referência A educação ambiental e o desporto na natureza: uma reflexão crítica sobre os novos paradigmas da educação ambiental e o potencial do desporto como metodologia de ensino. (Rosa; Carvalhinho. 2012).

Terminologia(s) Pratica de desportos na natureza (Desportos de aventura; Prática corporal na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

63.1 Neste contexto, Carvalhinho, Sequeira, Serôdio-Fernandes e Rodrigues (2010) são da opinião de que a prática desportiva em contato com a natureza valoriza um conjunto de sensações como o prazer, a satisfação, o bem-estar e a saúde, refletindo assim, uma necessidade de compensação de um sistema de vida mais sedentário e centrado na vida urbana. (p. 260)  Valoriza um conjunto de sensações como o prazer, a satisfação, o bemestar e a saúde.

63.2 Tahara e Filho (2009), ao citar Schwartz (2002) e no mesmo sentido que os autores citados anteriormente, enfatiza a necessidade dos indivíduos na procura de atividades de lazer, que pelas suas características (e.g. liberdade, prazer, lucidade) tem uma intervenção direta na qualidade de vida. (p. 261)  Necessidade dos indivíduos na procura de atividades de lazer (liberdade, prazer, lucidade), onde tem uma intervenção direta na qualidade de vida.

63.3 Ao explorar o conceito, encontramos uma valorização da prática corporal na natureza como compreensão do próprio corpo e como caminho para uma relação Homem-natureza mais respeitosa. (p. 263) 219

 Compreensão do próprio corpo e caminho para uma relação Homemnatureza mais respeitosa.

63.4 Num mesmo sentido, Rodrigues e Darido (2006) apontam que o desporto de aventura, sobretudo aquele realizado junto à natureza, representa mais uma possibilidade de aproximação entre esta e o indivíduo, devido à interação com os elementos naturais e as suas variações promovendo assim o respeito pelo meio. (p. 264)  Possibilidade de aproximação entre a natureza e o individuo, promovendo o respeito pelo meio.

63.5 Soares e Paixão (2010) com base na perspetiva de Elias e Dunning (1990), defendem que as atividades de aventura na natureza ganham cada vez mais adeptos, devido ao facto de serem imprevisíveis e excitantes e estarem abertas a qualquer pessoa seja qual for a idade ou sexo (ELIAS; DUNNING, 1990 apud SOARES; PAIXÃO, 2010). (p. 264)  Ganham cada vez mais adeptos, devido ao facto de serem imprevisíveis e excitantes e estarem abertas a qualquer pessoa seja qual for à idade ou sexo.

63.6 Contrastando com a realidade europeia, resultados mais recentes de Probstl et al. (2010), identificam o crescimento de novos setores do turismo de natureza, fortemente associados aos desportos na natureza. (p. 264)  Crescimento de novos setores do turismo de natureza.

63.7 Existem nas posições dos diversos autores agora citados, uma clara tendência para a valorização das atividades desportivas em contato com a natureza, como fonte potencial de bem-estar, divertimento, liberdade e imprevisibilidade, características que se afastam ligeiramente daquilo que é o desporto competitivo. (p. 265)

220

 Fonte

potencial

de

bem-estar,

divertimento,

liberdade

e

imprevisibilidade, afastando daquilo que é o desporto competitivo.

63.8 É neste prisma que abordamos alguns estudos associados a diferentes práticas desportivas na natureza e cujos resultados apontam para a aquisição de uma relação harmoniosa com a natureza e alguns indicadores de consciência ecológica. (p. 266)  Relação harmoniosa com a natureza e alguns indicadores de consciência ecológica.

63.9 Tahara e Filho (2009), noutra pesquisa acerca dos benefícios da prática de atividades físicas na natureza, reconheceram que 16% dos respondentes consideraram que o respeito pelo próximo e pelo meio natural se tinham tornado mais incidentes na sua vida após iniciarem estas práticas. (p. 267)  Respeito próximo e pelo meio natural tinham tornado mais incidentes.

63.10 Numa outra perspetiva, 2) Educação ambiental associada ao movimento radical outdoor1: Este caso vai ao encontro da perspetiva de Rodrigues e Junior (2009), na defesa de um lado mais extremo das atividades desportivas, sendo centrado sobretudo em adultos e caracterizado por experiências muito marcantes e de forte contato com a natureza (que importem risco, sensações fortes e aventura). (p. 273)  Caracterizado por experiências muito marcantes e de forte contato com a natureza (que importem risco, sensações fortes e aventura).

63.11 A prática desportiva na natureza poderá potenciar alguns benefícios como a reflexão, a preservação, o contato direto, a aventura, o risco (mais ou menos extremo), o culto do corpo e do movimento, ou seja, a vivência continua com a natureza quer em momentos prazerosos quer de conflito. (p. 274)  Poderá potenciar alguns benefícios como a reflexão, a preservação, o contato direto, a aventura, o risco, o culto do corpo e do movimento, ou 221

seja, a vivência continua com a natureza quer em momentos prazerosos quer de conflito.

63.12 Por outro lado, dado o fato de as atividades desportivas na natureza serem potenciais causadoras de alterações (físicas e paisagísticas) no meio ambiente. (p.274)  Podem ser potenciais causadores de alterações (físicas e paisagísticas) no meio ambiente.

63.13 Acreditamos que o desporto na natureza poderá potencializar a educação ambiental, servindo como uma das várias (ou muitas) metodologias que poderão ser utilizadas para este fim. (p. 274)  Pode potencializar a educação ambiental.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Caminhada (p. 267).

222

TEXTO 64

Referência Atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) e a academia de ginastica: motivos de aderência e benefícios advindos da prática. (Tahara; Carnicelli Filho. 2009).

Terminologia(s) Atividades físicas de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

64.1 Para este estudo, será utilizado o termo Atividades Físicas de Aventura na Natureza (AFAN), corroborando a definição proposta originariamente por Betrán (1995), já que esta consegue abranger qualquer prática que desperte o instinto aventureiro e que tenha uma ligação profunda com o meio natural, representando uma atividade de diversão em seu tempo livre, tendo o corpo não como meio, mas como um fim em si mesmo, por ser o portador de emoções e sensações vivenciadas. (p. 190)  Desperte o instinto aventureiro e que tenha uma ligação profunda com o meio natural, representando uma atividade de diversão em seu tempo livre.

64.2 Sendo assim, o presente estudo teve por objetivo comparar, na visão de praticantes regulares, os principais fatores de aderência às atividades físicas de aventura na natureza e aos exercícios praticados em academias, no âmbito do lazer, bem como as possíveis alterações físicas e psicológicas advindas da prática regular das atividades. (p. 187)  Praticados no âmbito de lazer.

64.3 Logo em seguida, foram determinados os indicadores, os quais nortearam o agrupamento das respostas em categorias temáticas semelhantes, sendo estas: motivos de aderência às AFAN (fuga do cotidiano; desafio e risco; emoções e sensações; gênero; mídia; estética); motivos de aderência às academias de ginástica (estética; qualidade de 223

vida; socialização; emoções e sensações; condicionamento físico e força muscular; reabilitação); benefícios da prática de AFAN (bem-estar/ prazer; autoestima; socialização; condicionamento físico e força muscular; estética; nenhuma percepção); benefícios da prática dos exercícios em academias (estética; autoestima e bemestar/prazer; qualidade de vida; socialização; motivação em geral; condicionamento físico e força muscular). (p. 193)  Bem estar/ prazer, autoestima, socialização, condicionamento físico e força muscular, estética, nenhuma percepção.

64.4 Os estudos de Lacruz e Perich (2000) apontam para várias causas desencadeantes da aderência às AFAN, sendo uma das mais expres-sivas a vontade dos indivíduos de romper com a vida diária que levam nos centros urbanos e de aproximar-se da natureza com o intuito de usufruir sobremaneira de suas características e particularidades, a fim de abrir novas chances de conquistar uma vida mais tranquila e prazerosa. (p. 195)  A vontade dos indivíduos de romper com a vida diária que levam nos centros urbanos e de aproximar-se da natureza, a fim de conquistar uma vida mais tranquila e prazerosa.

64.5 Dentre as várias características das AFAN, uma delas diz respeito ao risco iminente, fator este capaz de influenciar alguns dos entrevistados a aderirem a tais práticas, almejando vencer limites pessoais em situações de extremo perigo, conforme demonstra a Tabela 1. (p. 196)  Risco iminente, almejando vencer limites pessoais em situações de extremo perigo.

64.6 Enfatiza ainda que, no discurso dos adeptos, essas práticas são uma maneira de testar seu valor pessoal a todo momento. (p. 197)  Testa seu valor pessoal a todo o momento.

224

64.7 Em se tratando de AFAN, a fascinação pela vertigem extrema em atividades de alto risco parece ser um chamariz para indivíduos que gostam de viver perigosamente, em situações que provocam verdadeiros desafios ao ser humano. (p. 197)  A fascinação pela vertigem extrema, vivendo perigosamente, em situações que provocam verdadeiros desafios ao ser humano.

64.8 Bruhns (2003) expõe que essas práticas de aventura podem ser responsáveis por proporcionar um efeito purificador (catártico), conduzindo as pessoas ao bem-estar e à alegria, por sua constituição no ambiente natural, onde há o intenso contato com a fauna, a flora, com alturas e outros aspectos peculiares, elementos estes capazes de provocar tal efeito catártico, o qual produz prazer e sensações de leveza aos corpos aventureiros. (p. 201)  Um efeito purificador (catártico), conduzindo as pessoas ao bem-estar e à alegria.

64.9 Dando prosseguimento à discussão, Betrán (2003) elucida que as AFAN tornam-se um mix de prazer, emoção, diversão e aventura, sendo que tais práticas podem ser traduzidas por sensações capazes de promover bem-estar e prazer aos adeptos de aventura, onde o contato direto com a natureza torna-se importante elemento catalisador neste sentido. (p. 201)  Mix de prazer, emoção, diversão e aventura, sendo que tais práticas podem ser traduzidas por sensações capazes de promover bem-estar e prazer.

64.10 Acerca do atual debate, Capuano (2000) elucida que são vários os benefícios oriundos da realização de atividades de aventura em contato com a natureza, entre os quais pode-se citar a melhoria relacionada à estética corporal, em virtude dos inúmeros e cansativos esforços físicos empreendidos para vencer os desafios propostos. (p. 202)  Melhoria relacionada á estética corporal. 225

64.11 Em se tratando das AFAN, conforme elucidam Lacruz e Perich (2000), não é difícil perceber o valor da interação social como fato real, em que há a formação de determinados grupos imbuídos na busca por aventura, nos quais manifestam-se características de sociabilidade e coletividade.  Manifestam-se características de sociabilidade e coletividade.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Rafting; Rapel; Mountain bike; boia-cross; trekking por trilhas e matas; canyoning; arvorismo; corridas de aventura. (p. 194).

226

TEXTO 65

Referência Esporte de aventura: processo instrucional e situação de risco. (Paixão. 2009)

Terminologia(s) Esportes de aventura (Prática de esporte de aventura; Práticas corporais na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

65.1 Recentemente, as diferentes modalidades de esporte de aventura e risco calculado na natureza vêm despertando a atenção das pessoas, aumentando-lhes a popularidade. Termos como alto risco, extremo, adrenalina, passaram a fazer parte da linguagem do cotidiano, trazendo à mente as sensações fortes, as imagens de risco e emoções vividas nestas atividades. (p. 91)  Vêm

despertando

a

atenção

das

pessoas,

aumentando-lhes

a

popularidade, trazendo à mente as sensações fortes, as imagens de risco e emoções.

65.2 Beck (1993) e Spink (2001) apontam a existência de uma velha conexão entre risco e aventura valorizada pela ousadia que pode levar o indivíduo a inúmeras descobertas. Tal conexão se encontra presente nas diferentes modalidades que atualmente compõem o esporte de aventura na natureza. (p. 92)  Conexão entre risco e aventura valorizada pela ousadia que pode levar o indivíduo a inúmeras descobertas.

65.3 O instrutor de esporte de aventura, no decorrer do processo instrucional, precisa considerar que, para além do domínio da técnica, da adaptação físico-motora e mesmo da manipulação correta dos equipamentos específicos a uma dada modalidade, faz-se necessário conscientizar o seu aprendiz de que o perigo é um elemento inerente e 227

constante nas práticas de esporte de aventura. Acima de tudo, o aprendiz precisa perceber que a sua integridade física e emocional junto às diferentes práticas corporais no meio natural, deve ser buscada na mesma proporção de que o são as fortes emoções, a vertigem e o risco. (p. 98)  O perigo é um elemento inerente e constante. Além de proporcionar fortes emoções, vertigem e risco.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surf, rafting, canoagem, asa delta, ski (p. 91).

228

TEXTO 66

Referência Atividade de aventura na natureza como ferramenta para o desenvolvimento humano. (Arruda. 2011)

Terminologia(s) Atividade de aventura na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

66.1 Assim, o PAAOD refere-se a um tipo de atividade geralmente realizada em um ambiente (cenário) natural, e que contém elementos de risco real ou aparente, cujo final é incerto e dependente da ação do individuo e circunstância que os envolvem (EWERT, 1986). (p. 02)

 Elementos de risco real ou aparente.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Corrida de orientação (Resumo).

229

TEXTO 67

Referência Educação física, esporte e desenvolvimento sustentável. (Costa; Silva; Votre. 2011)

Terminologia(s) Esportes na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

67.1 Autores tais como Costa (2006) e Silva, Terra e Votre (2006) apostam no esporte como meio para a transformação. Esses autores vêm argumentando que na educação física se trabalha, sobretudo, com valores. Uma parte desses valores se refere ao respeito ao oponente; outra parte se refere à cooperação com os pares, o que contribui para uma saudável convivência e favorece a resolução de problemas. (p. 03)  Valores me relação ao respeito ao oponente e a cooperação com os pares.

67.2 A formação do pensamento crítico do aluno deve cobrir todos os aspectos de sua vida ativa, a começar por uma reavaliação do uso que ele faz dos recursos ambientais de que dispõe para o exercício físico, para a caminhada, a corrida, o uso dos recursos da natureza nas suas atividades de lazer, a utilização dos equipamentos urbanos, o respeito ao ambiente construído e manipulado em que reside. (p. 08)  Formação do pensamento critico; uso dos recursos ambientais.

67.3 Um exemplo de parceria escola e comunidade que pode ser dado é a associação que a educação física pode fazer com certos esportes na natureza, considerando a ambivalência do esporte. Ou seja, a crescente expansão do desporto, por vezes em desarmonia com a natureza, o torna mais um dos padrões de produção e consumo não sustentáveis. Embora possa colaborar para a consciência individual e coletiva em relação à natureza, ele também atua como vilão quando aumenta a sua destruição.

230

Embora possa colaborar para a consciência individual e coletiva em relação à natureza, ele também atua como vilão quando aumenta a sua destruição. (p. 08)  Possa colaborar para a consciência individual e coletiva natureza, ele também atua como vilão quando aumenta a sua destruição.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Capoeira (p. 07); Caminhada; corrida (p. 08); Surfe (p. 08).

231

TEXTO 68

Referência Lazer, educação e meio ambiente: uma aventura em construção. (Inácio. 2006)

Terminologia(s) Práticas corporais na natureza (Esportes de aventura; Atividades de aventura no lazer)

Unidades de significado / Características significadoras

Não foram encontradas unidades de significado.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Nenhuma atividade encontrada.

232

TEXTO 69

Referência Cultura de movimento: reflexão a partir da relação entre corpo, natureza e cultura. (Mendes; Nóbrega. 2009)

Terminologia(s) Práticas corporais

Unidades de significado / Características significadoras

69.1 A autora investigou as manifestações da cultura de movimento da Vila de Ponta Negra, comunidade de Ponta Negra em Natal, no Rio Grande do Norte. No contexto pesquisado, o Boi de Reis, o bodyboard, as caminhadas, os saltos e os rolamentos na areia da praia, as subidas nas árvores, os jogos como sinuca, totó, além de outras práticas corporais identificadas, podem ser consideradas como possuidoras de diferenças simbólicas e constituem uma verdadeira linguagem, contribuindo com a representação do local em que estão inseridas. (p. 07)

 Podem ser consideradas como possuidoras de diferenças simbólicas e constituem uma verdadeira linguagem.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Boi de Reis, bodyboard, caminhadas, os saltos, rolamentos na areia da praia, subidas nas árvores, jogos como sinuca, totó. (p. 07).

233

TEXTO 70

Referência Risco e aventura por entre as montanhas de Minas: a formação do profissional de esporte de aventura. (Paixão; Tucher. 2010)

Terminologia(s) Esportes de aventura (Esportes praticados na natureza; Prática corporal na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

70.1 Seguramente, o esporte configura-se como um dos maiores fenômenos socioculturais em escala mundial na contemporaneidade. (p. 01)  Um dos maiores fenômenos socioculturais em escala mundial na contemporaneidade.

70.2 Nesse contexto de evolução, observa-se, nos estudos empreendidos por Coiceiro (2007), que, a partir da transição paradigmática, da modernidade para pósmodernidade, surgem novas práticas esportivas, entre elas os esportes praticados na natureza. Trata-se de uma vertente esportiva que elegeu os diferentes ambientes naturais (terrestre, aéreo e aquático) como locus privilegiado para sua manifestação. (p. 01)  Diferentes ambientes naturais (terrestre, aéreo e aquático).

70.3 Tendo a aventura, o risco e as fortes emoções como eixos norteadores, o esporte de aventura surge a partir de novos paradigmas centrados na (re)aproximação com a natureza, na autorrealização, no lazer e na melhoria da qualidade de vida, os quais buscam substituir os de competição, rendimento e esforço pela incerteza, risco e liberdade (COICEIRO, 2007; COSTA, 2000; MARINHO; BRUHNS, 2003; PASSOS, 2004). (p. 02)

234

 Aventura, risco e fortes emoções. A (re) aproximação com a natureza, a autor realização, o lazer e na melhoria da qualidade de vida.

70.4 Essas práticas físicas, tanto no âmbito do esporte de alto rendimento como no contexto do lazer, implicam riscos de diferentes proporções, como quedas, colisões, escoriações, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estares entre outros. (p. 02)  Implicam riscos de diferentes proporções (quedas, colisões, escoriações, fraturas, afogamentos, congelamentos, mal-estares entre outros).

70.5 Essas considerações fornecem elementos para se refletir acerca do tipo de instrução recebida pelos praticantes, como, por exemplo, se esses atores, na busca incessante por fortes emoções, e em condições arriscadas, o estão fazendo sob a segurança de um instrutor profissional competente, de forma a prever, controlar e minimizar os riscos a que podem vir a ser submetidos. (p. 02)  Busca incessante por fortes emoções, e em condições arriscadas.

70.6 Apesar de o esporte de aventura ser uma realidade em termos de prática física no cenário brasileiro, tanto no âmbito do esporte de alto rendimento como no contexto do lazer, verifica-se que as discussões geradas sobre o profissional que se encontra à frente do processo instrucional das diferentes modalidades de esporte de aventura, ainda não contemplam em maior magnitude questões e implicações que a temática demanda. (p. 03)  Lazer

70.7 Esse quadro se deve a uma série de fatores, dentre eles, está o fato dessas práticas físicas se apresentarem abertas para ambos os sexos, que buscam diferentes vivências e sensações, tal qual acontece com a prática das diferentes modalidades de esporte tradicional, como o voleibol, futsal, natação dentre outras. Ainda que o presente estudo não tenha objetivado segmentar a amostra pelo critério gênero, em sua totalidade (100%), a mesma se compôs de instrutores do sexo masculino. (p. 10) 235

 Apresentam abertas para ambos os sexos que buscam diferentes vivências e sensações.

70.8 Dessa feita, recorre-se aos estudos sobre as práticas físicas na natureza na contemporaneidade, empreendidas por autores como Costa (2000), Le Breton (2004) e Spink (2001), para inferir que, entre os principais motivos que influenciaram os informantes sobre a opção em atuarem como instrutores, encontram-se presentes o esporte de aventura como a possibilidade de um (re)encontro com a natureza e a forma de se colocarem à prova os próprios limites e busca de novas e fortes sensações, como o risco e a vertigem, os quais, muitas vezes, não são obtidos por meio da prática dos esportes tradicionais, como o voleibol, futsal e outros. (p. 11)  Um (re) encontro com a natureza e a forma de se colocarem à prova os próprios limites e busca de novas e fortes sensações, como o risco e a vertigem.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Escalada, trekking, rapel (p. 14); Tirolesa, asa delta (p. 15).

236

TEXTO 71

Referência Relação ser humano-natureza: reflexão e desafio da educação física. (Silva, e col. 2011)

Terminologia(s) Práticas corporais na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

71.1 Pensar as práticas corporais na natureza, como fator de reaproximação do ser humano com a natureza, exige uma ressignificação da educação física, enquanto prática esportiva. Essa prática transcende questões técnico-esportivas e ressignifica, do ponto de vista ecológico, a cultura corporal esportiva. (p. 01)  Transcende questões técnico-esportivas e ressignifica, do ponto de vista ecológico, a cultura corporal esportiva.

71.2 Os estudos desenvolvidos pelos referidos autores indicam que as práticas corporais na natureza permitem uma aproximação na relação ser humano-natureza, contudo, a educação física necessita repensar a unidade do ser humano, como elemento cosmo. (p. 03)  Aproximação relação ser humano-natureza.

71.3 Estudo realizados por Inácio et al. (2005a; 2005b); Betrán e Betrán (2006); Marinho (2008; 2009), Bruhns (2009); Anjos (2009); Silva e Freitas (2010) trazem as práticas corporais na natureza como meio de retomar vivências e experiências do ser humano com a natureza, as quais foram distanciada pela evolução da cultura. (p. 06)  Como meio de retomar vivências e experiências do ser humano com a natureza.

237

71.4 Quanto a este aspecto, Bruhns (2009) lembra que não é apenas uma vivência que vai proporcionar mudanças aos praticantes; o respeito à natureza por meio dessas práticas se dá pelas experiências vivenciadas aos poucos, despertando os sujeitos para a problemática ambiental. (p. 06)  Uma vivência que vai proporcionar mudanças aos praticantes; o respeito à natureza.

71.5 Assim, as práticas na natureza podem contribuir para o desenvolvimento humano integrado à natureza, visto que estas despertam para uma nova forma de pensa-la. (p. 07)  Podem contribuir para o desenvolvimento humano integrado à natureza.

71.6 Ainda no contexto, as intervenções nas práticas corporais na natureza incidem as mudanças axiológicas, referentes aos novos conceitos e estilos de vida como apresentam o estudo de Schwartz (2006), em que os valores são desenvolvidos nas relações humanas e concepção de si. (p. 07)  Incidem as mudanças axiológicas, referentes aos novos conceitos e estilos de vida.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Nenhuma atividade encontrada.

238

TEXTO 72

Referência A aventura e o lazer como coadjuvantes do processo de educação ambiental. (Tahara; Dias; Schwartz. 2006)

Terminologia(s) Práticas físicas na natureza (Atividade física de aventura na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

72.1 No que tange à ética ambiental é necessário conscientizar as pessoas a respeito da valorização e preservação do meio ambiente natural, do qual tanto dependem os adeptos das diversas práticas de AFAN, sob pena de que este espaço possa tornar-se um recurso findável. (p. 02)  O espaço possa tornar-se um recurso findável.

72.2 Isto se faz necessário perante a crescente aderência às práticas físicas em contato com o meio natural, no âmbito do lazer. Para tanto, realizamos uma revisão bibliográfica, com o propósito de auxiliar a compreensão desse universo de estudo tão discutido nos dias atuais. (p. 03)  Contato com o meio natural, no âmbito de lazer.

72.3 Alguns locais do Brasil favorecem a prática de AFAN, por possuírem características naturais em seu relevo. (p. 03)  Características naturais.

72.4 Conforme elucida Bétran (2003, p. 159): “O turismo, o ócio, a natureza, o esporte, a aventura, os relacionamentos, unindo esses conceitos encontramos um mix atrativo”, 239

referindo-se às possíveis características que reforçam a admiração pela prática das atividades de aventura na natureza. (p. 03)  Mix atrativo (o turismo, o ócio, a natureza, o esporte, a aventura)

72.5 Assim, a aderência às atividades físicas na natureza estimula uma integração entre necessidade e prazer, oriundos dos diversos aspectos positivos das vivências em meio natural. (p. 04)  Necessidade e prazer, oriundos dos diversos aspectos positivos das vivências em meio natural.

72.6 Capuano (2000) explicita que a busca pelas AFAN pode ser traduzida pela existência de alguns elementos promotores do contato inicial com tais atividades, entre os quais destacam-se a procura por emoções fortes, a possibilidade de descansar e aliviar as tensões da rotina urbana, a oportunidade de vivenciar momentos que favoreçam a integração com outras pessoas e com as belezas inerentes à natureza. (p. 04)  A procura por emoções fortes, a possibilidade de descansar e aliviar as tensões da rotina urbana, a oportunidade de vivenciar momentos que favoreçam a integração com outras pessoas e com as belezas inerentes à natureza.

72.7 A demanda centrada nessas atividades realizadas em meio natural fez surgir uma indústria de entretenimentos e um consumo de elementos naturais, trazendo à tona nova perspectiva de fins mercadológicos. (p. 04)  Surgi uma indústria de entretenimentos e um consumo de elementos naturais com fins lucrativos.

240

72.8 O envolvimento cada vez maior nessas atividades não desperta somente o interesse de praticantes, mas também a atenção de empresários, que vêem nelas uma excelente oportunidade de negócios. (p. 05)  Uma excelente oportunidade de negócios.

72.9 Uma das possibilidades para a efetiva conscientização da população em relação ao meio ambiente, conforme salienta Requião (1991), está relacionada à promoção de atividades ligadas à natureza com orientação adequada. Este contato com o ambiente tende a proporcionar aos adeptos bem-estar físico e psicológico recorrente, além da chance de ensinar o respeito aos seus próprios limites corporais. (p. 07)  Tende a proporcionar aos adeptos bem-estar físico e psicológico recorrente, além da chance de ensinar o respeito aos seus próprios limites corporais.

72.10 Costa (1997) salienta em seu estudo que, apesar de haver um discurso “ecológico” que legitime a presença de esportes em montanhas, rios, grutas, utilizandose um jargão de “integração com a natureza”, o mesmo demonstra um caráter não muito otimista na realização de atividades no meio natural, pois estas aumentam os riscos de ofensas ecológicas e o consumo sem precedentes. (p. 08)  Aumentam os riscos de ofensas ecológicas e o consumo sem precedentes.

72.11 De qualquer forma, é inegável a perspectiva educacional e de conscientização para a educação ambiental promovida pelas diversas modalidades de AFAN, tornandose um novo desafio para estudiosos em todas as áreas do conhecimento, inclusive no que concerne à motricidade humana e ao lazer, evidenciando-se a possibilidade de incorporação de estilos ativos, porém conscientes e compromissados. (p. 09)  Promove perspectiva educacional e de conscientização para a educação ambiental.

241

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Nenhuma atividade encontrada.

242

TEXTO 73

Referência Trilhas ecológicas com orientação para pessoas surdas. (Venditti Junior; Araújo. 2008)

Terminologia(s) Práticas esportivas em ambientes naturais

Unidades de significado / Características significadoras

73.1 Ao mesmo tempo, esta se torna uma prática esportiva regular e saudável, trazendo momentos de lazer, entretenimento e satisfação pessoal aos participantes; além do contato e interação (particip) ativa com o meio ambiente. (p. 270).  Torna-se regular e saudável, trazendo momentos de lazer, entretenimento e satisfação pessoal aos participantes, além do contato ativo com o meio ambiente.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Trekking (Resumo).

243

TEXTO 74

Referência Agenda 21: uma referencia para elaborar politicas publicas de esporte e lazer. (Veronez; e col. 2012)

Terminologia(s) Esporte de Aventura (Esporte de natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

74.1 A principal característica das modalidades que integram essa categoria de prática esportiva, além do perigo controlado envolvido (daí serem também denominadas de esportes radicais), é seu vínculo com a natureza, ou melhor, com as dificuldades e obstáculos naturais cuja superação caracteriza o objetivo a ser atingido. (p. 760)  Perigo controlado na natureza, ou seja, dificuldades e obstáculos naturais.

74.2 Seriam necessários estudos que quantificassem esses impactos de acordo com as atividades realizadas e com o local onde elas são desenvolvidas. O esporte de natureza e o turismo de natureza não podem ser de degradação da natureza. Para tanto, investimentos em pesquisas são imprescindíveis. (p. 761)  Não podem ser de degradação.

74.3 Se, por um lado, os esportes de aventura transformaram-se em um eficiente catalisador de desenvolvimento econômico (mais correto seria chamar de crescimento), aliando turismo, esporte e natureza, por outro lado, devido a suas características, seria imprescindível estar presente nas propostas de políticas públicas para o setor a ideia de sustentabilidade, isto é, desenvolvimento econômico aliado ao desenvolvimento social e à preservação do meio ambiente. (p. 762)

244

 Transformaram-se em um eficiente catalisador de desenvolvimento econômico e desenvolvimento econômico aliado ao desenvolvimento social e à preservação do meio ambiente.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Nenhuma atividade encontrada.

245

TEXTO 75

Referência Lazer – Meio ambiente e busca das atitudes vivenciadas nos esportes de aventura. (Bahia; Sampaio. 2007)

Terminologia(s) Esportes de aventura (Esportes de risco e aventura; Prática de lazer na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

75.1 Segundo Costa (2000), o aparecimento e a difusão de esportes que têm como característica a aventura e o risco calculado reorganizaram o sistema de esportes, produzindo uma ruptura com as práticas esportivas convencionais, veiculadas no esporte-espetáculo, produzindo uma renovação simbólica e de signos que se fizeram presentes no imaginário esportivo de séculos passados, bem como remanejando elementos existentes anteriormente nos esportes, dando-lhes novas configurações. (p. 179)

 Aventura e risco calculado.

75.2 Alguns grupos se formam, de acordo com a convergência de seus interesses e desejos, em torno dessas práticas, revelando emoções, sentidos, simbolismo, dimensões culturais de vivenciar tais experiências e buscam, em atividades de risco e aventura, o sentimento de glória, de vitória. Além disso, a busca de uma identidade própria, de “ser diferente”, de tentar ir de encontro aos preceitos de um mundo globalizado, canaliza motivações para vivenciar atividades na natureza. Na análise de Serrano (2000), a presente vivência de atividades físicas na natureza remete a uma exacerbação do individualismo pela busca do elemento risco. (p. 180)

246

 Sentimento de glória e vitória, além de identidade própria, de “ser diferente”. Remete a uma exacerbação do individualismo pela busca do elemento risco.

75.3 Uma característica a ser ressaltada é a de que a prática dessas atividades, muitas vezes, passa a ser uma válvula de escape da vida cotidiana e do estresse da vida urbana, que se reflete na busca do elemento “exótico” nas viagens à natureza e em uma certa fuga de valores que são vividos no cotidiano das pessoas. (p. 180)  Passa a ser uma válvula de escape da vida cotidiana e do estresse da vida urbana, busca do elemento “exótico”.

75.4 Mesmo sem um conhecimento profundo sobre as novas tecnologias e os novos equipamentos específicos que existem no mercado, voltados à prática de tais esportes, o iniciante, ou até mesmo os mais experientes, apesar de conhecerem os riscos e terem consciência da necessidade de um nível maior de segurança, aventuram-se em busca de emoções e risco, numa demonstração de confiança nas empresas existentes no mercado. (p. 182)  Buscam emoções e risco.

75.5 É possível perceber na fala dos sujeitos uma maneira de interligar esses esportes à busca de emoção, risco e sensações não vivenciadas cotidianamente em suas vidas, o que remete à “fuga da rotina”, como é citada por alguns, numa transparente busca de um lazer funcionalista e compensatório (MARCELLINO, 1987). (p. 183)  Buscam de emoção, risco e sensações não vivenciadas cotidianamente em suas vidas, fuga da rotina, busca de um lazer funcionalista e compensatório.

75.6 Ao serem indagados sobre possíveis impactos ambientais e sociais (população local) que a prática de esportes de aventura possa vir a provocar, os entrevistados foram unânimes na consideração de que o turismo de aventura, especificamente em Brotas, 247

tem possibilitado impactos positivos à população local, no que se refere à economia local, à geração de renda e de empregos. (p.184)  Possa vir a provocar possíveis impactos ambientais e sociais (população local).

75.7 Apesar disso, não é possível reduzir as práticas e as atitudes dos praticantes de esportes de aventura ao simples “gosto pela aventura” e por “adrenalina”, haja vista que alguns demonstraram perceber as possibilidades de mudança de comportamentos em sua vida na cidade, tanto no que se refere à convivência no trabalho e na família, quanto no que se refere à mudança de atitudes em relação aos comportamentos adotados no meio ambiente. (p. 185)  Demonstra gosto pela aventura, adrenalina como também mudança no comportamento em sua vida na cidade, mudança de atitudes em relação aos comportamentos adotados no meio ambiente.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Nenhuma atividade encontrada.

248

TEXTO 76

Referência Esportes de ação notas para uma pesquisa acadêmica. (Brandão. 2010)

Terminologia(s) Esporte de ação (Esportes radicais de ação)

Unidades de significado / Características significadoras

Não foram encontradas unidades de significado.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Skateboard; Surf; body-board (p.63).

249

TEXTO 77

Referência Educação física no ensino médio e as discussões sobre meio ambiente um encontro necessário. (Guimarães; e col. 2007)

Terminologia(s) Esportes da natureza (Esportes de aventura na natureza; Atividades na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

77.1 Como uma primeira abordagem facilitadora da entrada do profissional nesse universo, a partir de conhecimentos que já possui, podemos lembrar Marinho (2004), quando afirma que a educação física, por meio das atividades na natureza, pode potencializar o desenvolvimento das capacidades físicas e das habilidades motoras dos alunos. (p. 167)  Pode potencializar o desenvolvimento das capacidades físicas e das habilidades motoras dos alunos.

77.2 Em virtude do crescimento das práticas de atividades físicas em contato com a natureza e da constante criação de novas modalidades esportivas nessa área, fica evidente ser esse um campo com enormes possibilidades de ação e atuação para o desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito do meio ambiente. (p.167)  Tem enormes possibilidades de ação e atuação para o desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito do meio ambiente.

77.3 Pelo exercício dessas atividades, abre-se um caminho para o desenvolvimento da conscientização ambiental. As experiências vividas por meio de tais práticas podem ser uma oportunidade para o surgimento de novas atitudes e sentimentos, podendo unir as vivências corporais e o respeito pelo meio ambiente (BAHIA, 2005). (p. 167) 250

 Desenvolvimento da conscientização ambiental. Podem surgi novas atitudes e sentimentos, podendo unir as vivências corporais e o respeito pelo meio ambiente.

77.4 Nessa relação associativa, por um lado, tem-se a oportunidade de oferecer atividades que permitem um contato com a natureza, em que os mesmos conteúdos aplicados em quadras, campos e piscinas podem ser aplicados de uma nova forma, proporcionando novos desafios aos seus praticantes. Por outro lado, a tomada de consciência da dependência da natureza para a realização dessas atividades, sem dúvida, irá gerar a compreensão da importância da preservação do meio ambiente. (p. 168)  Proporciona novos desafios aos seus praticantes e importâncias da preservação do meio ambiente.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Nenhuma atividade encontrada.

251

TEXTO 78

Referência Educação física, meio ambiente e aventura um percurso por vias e aventura. (Marinho; Inácio. 2007)

Terminologia(s) Atividade de aventura (Praticas corporais de aventura na natureza; Atividades de aventura na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

78.1 Diversas atividades de aventura têm sido denunciadas por seu caráter degradante: veículos motorizados em regiões sensíveis, visitação acima da capacidade adaptativa dos locais, rastros na forma de lixo, equipamentos avariados/esquecidos, entre muitas outras. O acesso livre amplia as possibilidades de degradação. (p. 58)  Caráter degradante.

78.2 As atividades de aventura permitem certo afastamento de expressões céticas e individualistas que permeiam o cotidiano urbano por meio do contato com a natureza, mediante relações humanas mais diretas e intensas, agregando altas doses de aventura. Tais práticas são “recheadas” de experiências estéticas e de relações de “composição” (SANT’ANNA, 1999), podendo levar o praticante a um nível de consciência importante sobre diversas relações humanas (sociais, ambientais etc.). (p. 61)  Permitem certo afastamento de expressões céticas e individualistas que permeiam o cotidiano urbano e podendo levar o praticante a um nível de consciência importante sobre diversas relações humanas (sociais, ambientais, etc.).

78.3 Essas atividades permitem um distanciamento espaço-temporal das experiências cotidianas, inclusive as sensoriais e motoras, ampliando as possibilidades de 252

autoconhecimento e de mudanças de hábito em diversas dimensões; seduzindo, além dos praticantes, as federações, clubes, empresários, escolas, organizações nãogovernamentais (ONGs), pesquisadores etc. (p. 61)  Permitem

um

distanciamento

espaço-temporal

das

experiências

cotidianas, inclusive as sensoriais e motoras, ampliando as possibilidades de autoconhecimento e de mudanças de hábito em diversas dimensões.

78.4 No entender de Betrán e Betrán (2006), as atividades de aventura na natureza, como práticas constituintes do projeto da educação física, subsidiam novos padrões motores desenvolvidos em contato com a natureza, possibilitando diversos contextos ambientais, bem como proporcionam um entorno com altos níveis de incerteza motora, oportunizando a manifestação de diferentes situações emocionais em inúmeras circunstâncias (estresse, dificuldade, risco). Os autores enfatizam que tais atividades favorecem a conscientização e a sensibilização do aluno para com o meio natural e seus problemas, promovendo uma educação ambiental baseada no conhecimento das características dos ecossistemas utilizados, no contexto sociocultural a que pertencem, na utilização responsável dos recursos materiais e tecnológicos que promovem o deslizamento controlado pelo ar, água e terra. (p. 63)  Subsidiam novos padrões motores, proporcionam um entorno com altos níveis de incerteza motora, oportunizando a manifestação de diferentes situações emocionais em inúmeras circunstâncias (estresse, dificuldade, risco). Além de favorecer a conscientização e a sensibilização para com o meio natural e seus problemas.

78.5 Essa autora reflete sobre os conteúdos dos cursos de formação em que as atividades na natureza possam ser inseridas, privilegiando essa nova demanda relacionada ao lazer e à natureza. (p. 63)  Relacionada ao lazer e à natureza.

253

78.6 De lá para cá, outros investigadores, fundamentados, em sua maioria, na opção dialética, apontam a relação seres humanos-natureza, por meio das atividades de aventura,

como um espaço-tempo significativamente

privilegiado para uma

transformação do sujeito, da sociedade e das relações. (p. 67)  Existe uma relação seres humanos-natureza, como um privilegiado para uma transformação do sujeito, da sociedade e das relações.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Descer corredeiras de rios em botes infláveis ou cachoeiras por meio de cordas, explorar cavernas, fazer trilhas. (p. 60); Caminhada, corrida de orientação, canoagem, escalada. (p. 64).

254

TEXTO 79

Referência Lazer, natureza e aventura: compartilhando emoções e compromissos. (Marinho. 2001)

Terminologia(s) Atividades de aventura

Unidades de significado / Características significadoras

79.1 No caso das atividades esportivas em ambientes naturais, muitas vezes, a satisfação trazida por tais práticas relaciona-se a uma espécie de (pseudo) aventura, produzindo uma definição bastante reduzida da natureza. Esta, por sua vez, passa a ser encarada como um mero local de atividades, cujo propósito é limitado a servir às necessidades do praticante que procura por satisfação e prazer. (p. 144)  Servir às necessidades do praticante que procura por satisfação e prazer.

79.2 Vive-se, nessas práticas esportivas, uma experimentação de riscos nem sempre previsíveis e calculáveis, distanciando-se, de certa forma, da continuidade diária da vida. (p. 147)  Vive-se uma experimentação de riscos nem sempre previsíveis e calculáveis.

79.3 O enfrentamento de perigos conduzem aos mais variados acidentes ocorridos nas atividades de aventura, levando-nos a crer que os mesmos assumiram uma qualidade particular que, decisivamente, transcendem o cotidiano vivido. (p.147)  O enfrentamento de perigos conduzem aos mais variados acidentes ocorridos.

255

79.4 Uma outra questão é pertinente para a nossa discussão: se por um lado, reportagens mostram que, nessa busca pelo risco, pela aventura, a natureza, algumas vezes, pode ser percebida como um mero cenário atrativo para a prática esportiva, por outro, atitudes de respeito e cuidado também surgem nas entrelinhas desse jogo de representação. (p. 147)  Busca pelo risco, pela aventura, a natureza, pode ser percebidas também atitudes de respeito e cuidado.

79.5 Que o lazer, para os envolvidos nessas atividades de aventura, não se tenha convertido (como tende a parecer) também, em trabalho, em obrigação: “vamos produzir diversão, vertigem, adrenalina...”. (p. 149)  Lazer

79.6 Portanto, as atividades esportivas, em geral, praticadas em ambientes naturais estão inseridas nesse contexto, permeadas pelas noções de aventura, risco calculado, adrenalina e prazer. (p. 149)  Noções de aventura, risco calculado, adrenalina e prazer.

79.7 Nesse contexto, é igualmente preciso destacar que, no turismo de aventura, as atividades as quais requerem os elementos naturais para o seu desenvolvi mento, de formas distintas e específicas, parecem estar despertando maiores sensibilidades, em diferentes níveis. As intensas manifestações corporais nessas práticas, permitem que as experiências na relação corpo-natureza expressem uma tentativa de reconhecimento do meio ambiente e dos parceiros envolvidos, expressando, ainda, um reconhecimento dos seres humanos enquanto parte desse meio. (p. 150)  Parecem estar despertando maiores sensibilidades, em diferentes níveis. Além do mais as intensas manifestações corporais permitem que as experiências na relação corpo-natureza expressem um reconhecimento do meio ambiente e dos parceiros envolvidos. Seres humanos enquanto parte desse meio. 256

79.8 A prática de atividades de aventura despontam nesse sentido: impulsionadas pelo desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas, utilizando-se da tecnologia infiltrada na esfera da recreação e do lazer. (p. 150)  Impulsionadas pelo desejo de experimentar algo novo, emoções prazerosas na esfera da recreação e do lazer.

79.9 Especificamente quanto às atividades esportivas em ambientes naturais, os “aventureiros” envolvidos parecem estar fortalecendo um novo modo de vida, em busca de práticas mais “excitantes” que brincam com o risco e com o perigo em um jogo no qual os parceiros e os equipamentos tecnológicos compõem a dinâmica a ser vivida. (p. 151)  Parecem estar fortalecendo um novo modo de vida, em busca de práticas mais “excitantes” que brincam com o risco e com o perigo.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Corrida de aventura: canoagem, rafting, moutain bike, trekking, natação, travessia pelas encostas do mar. (p. 178); Surf, skate (p. 151).

257

TEXTO 80

Referência Práticas corporais num ambiente rural amazônico. (Matos; Ferreira. 2007)

Terminologia(s) Práticas corporais num ambiente rural

Unidades de significado / Características significadoras

80.1 Falar sobre práticas corporais valendo-se da articulação entre educação física/ ciências do esporte e meio ambiente, no mínimo, instiga-nos. E, aqui, não se trata de esportes de aventura, mas a experiência das andanças pelos rios, lagos e florestas amazônicas. É nesse ambiente que as anotações são feitas sobre as práticas de populações ribeirinhas do universo amazônico, nas quais o “cultivo do solo e o extrativismo da pesca, da caça e outros produtos regionais” são atividades essenciais para manutenção da vida e reprodução familiar, e são essas práticas que se elegeram como objeto de estudo e para tanto se pergunta: por que é importante a educação física entender o homem amazônico em suas práticas? (p. 73)

 São atividades essenciais para manutenção da vida e reprodução familiar.

80.2 No decorrer dos anos, a observação participante proporcionou constatar que as práticas corporais na área pesquisada são ricas por serem diversificadas, permitindo suprir necessidades básicas. (p. 78)  São ricas por serem diversificadas, permitindo suprir necessidades básicas.

80.3 No período da seca do rio, observa-se que se intensifica o caminhar dos habitantes dessas comunidades, pois as áreas de atividades se distanciam, o que implica dizer que o perfil das práticas desenvolvidas muda durante todo o ano, buscando ajustar-se ao ambiente, ou seja, o homem inserido nesse meio natural não “faz o tempo”, não 258

consegue apressar a natureza, mas sim espera que ela, mais lenta em sua produção natural, “[...] respeite o seu próprio fazer do tempo” (D’OLNE CAMPOS, 1994), isto é, de tempos em tempos, manifeste-se com seus animais, flores, frutos etc. (p. 79)  O perfil das práticas desenvolvidas muda durante todo o ano, buscando ajustar-se ao ambiente.  80.4 Nessas comunidades, o valor da atividade corporal está no domínio de habilidades especializadas que possibilitam ao homem melhor qualidade de vida, à medida que suas investidas pelos rios e florestas tenham resultados positivos, no que tange à prática da caça, pesca, coleta e, por conseguinte, o cultivo do solo. (p. 84)  Domínio de habilidades especializadas.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Pesca, coleta, cultivo do solo (p. 84); Caça a capivara (p. 81); Caça de canoa (p. 83); Caça diurna, caça noturna (p. 83).

259

TEXTO 81

Referência Trilhas interpretativas reconhecendo os elos com a educação física. (Paiva; França. 2007)

Terminologia(s) Práticas lúdicas

Unidades de significado / Características significadoras

81.1 As práticas lúdicas junto à natureza, para além do aprendizado de explorar e preservar o meio ambiente, ampliam as relações sociais, interações e formas de comunicação. (p. 111)  Junto á natureza aprende a explorar e preservar o meio ambiente, além de ampliar as relações sociais, interações e formas de comunicação.

81.2 Tratar o elemento lúdico nas práticas junto à natureza significa desencadear um processo de conscientização por práticas que materializem ações, como incorporação crítica e criadora e não como justaposição de informações ou de prescrições superadas. (p. 111)  Desencadeia um processo de conscientização por práticas que materializem ações.

81.3

As

práticas

lúdicas,

usando

essas

trilhas

temáticas,

contribuíram

sociopedagogicamente com a orientação e as vivências de práticas lúdicas junto à natureza, com jogos, contemplação, caminhadas, brincadeiras, expressão corporal, norteando princípios para consolidar atitudes de exploração e preservação ecológica, com base no conhecimento, expressão e sensibilidade corporais. (p. 120)

260

 Contribuíram

sociopedagogicamente,

norteando

princípios

para

consolidar atitudes de exploração e preservação ecológica, com base no conhecimento expressão e sensibilidade corporais.

81.4 A análise das discussões sobre essas atividades revelou a importância dos aspectos da experiência ambiental e sensibilização dos processos cognitivos, perceptivos e afetivos, além de estimularem a acuidade interpretativa relativa ao entorno, permitindo novas experiências ambientais exploratórias, desestabilização construtiva de bagagens experienciais e dos níveis de conhecimento. (p. 120)  Revelou a importância dos aspectos da experiência ambiental e sensibilização dos processos cognitivos, perceptivos e afetivos, além de estimularem a acuidade interpretativa relativa ao entorno, permitindo novas experiências ambientais exploratórias.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Trilha interpretativa; Jogos, contemplação, caminhadas, brincadeiras, expressão corporal (p. 120).

261

TEXTO 82

Referência Esportes na natureza e atividades de aventura: uma terminologia aporética. (Pimentel. 2013)

Terminologia(s) Esportes na natureza (Atividades de aventura)

Unidades de significado / Características significadoras

82.1 Embora a aventura, como experiência subjetiva da busca de emoções frente ao inusitado, talvez seja uma constante antropológica, é na contemporaneidade que se experimenta uma diversificação de atividades de aventura, na perspectiva do lazer. Em tese, elas estão ligadas a sensações de risco e vertigem, exacerbações controladas das emoções e, em muitos casos, congraçamento com a natureza e com outras dimensões sensíveis, cuja busca de revalorização aponta para um diferencial dessas práticas em relação aos esportes convencionais (BRUHNS, 2003; SCHWARTZ, 2006; MARINHO, 2008). (p. 688)  Na perspectiva do lazer. Estão ligadas a sensações de risco e vertigem, exacerbações controladas das emoções, congraçamento com a natureza e com outras dimensões sensíveis.

82.2 Diante de tal problemática terminológica, o diálogo central do texto será com o autor Cleber Dias, analisando o conceito Esportes na natureza. Para tanto, a partir dos argumentos de sua defesa, se estabelece juízo crítico sobre essa categoria, refutando ou corroborando sua contribuição para o entendimento dessas manifestações lúdicas que, em tese, recorrem a novas tecnologias, se diferenciam ética e esteticamente dos esportes convencionais e evocam sensações e relações diferenciadas com o meio. (p. 689)  Evocam sensações e relações diferenciadas com o meio. 262

82.3 Primeiramente, Dias (2007, p. 9) não insere “esportes na natureza” como uma categoria geral para designar todas as práticas às quais outros autores tentam agrupar em termos como AFAN, esportes de aventura ou radicais. Seu alvo é “o esporte como uma prática que estabelece relações intersubjetivas com a natureza, a fim de extrair prazer dessa interação”. É justamente isso que o conceito possui de mais decepcionante e, ao mesmo tempo, mais producente. Não se propõe ao conjunto de práticas, mas àquelas que possuem a codificação esportiva nítida (mountain bike, voo livre, rafting, montanhismo entre outros) ou em potência. (p. 690)  O esporte como uma prática que estabelece relações intersubjetivas com a natureza, a fim de extrair prazer dessa interação. Possuem a codificação esportiva nítida ou potencia.

82.4 Os critérios para o esporte na natureza são outros: baixo nível de previsibilidade, menor estereotipia dos movimentos, disposição ao risco, busca por emoções, presença de novas tecnologias e, claro, o contato com a natureza. Nesse caso, é aceitável como esporte na natureza até mesmo aquela experiência feita por meio de bricolagem de técnicas esportivas (bungee jumping, rapel, espeleologia, boia-cross). (p. 690)  Baixo nível de previsibilidade, menor estereotipia dos movimentos, disposição ao risco, busca por emoções, presença de novas tecnologias e, claro, o contato com a natureza.

82.5 Interessa destacar que o termo atividades de aventura, a exemplo de esporte na natureza, vai nomear práticas vivenciadas como lazer. (p. 696)  Vivenciadas como lazer.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Mountain bike; Voo livre; Rafting; Montanhismo. (P. 690); Bungee jumping; Rapel; Espeleologia; Boia-cross. (p. 690); Arvorismo; Trilha ecológica; Parkour; Skate; Base jump; Corrida de aventura; Surf. (p. 695). 263

TEXTO 83

Referência Curitiba cidade-jardim a relação entre espações públicos e natureza no âmbito das experiências do lazer e do esporte. (Rechia. 2007)

Terminologia(s) Práticas lúdicas (Práticas corporais)

Unidades de significado / Características significadoras

83.1 Nessa direção, ao entrevistar mulheres curitibanas na faixa etária de 30 a 50 anos3, detectou-se o fato de que quase todas realizavam práticas corporais cotidianas nos parques da cidade com a justificativa de que tais espaços faziam parte de suas vidas, possibilitando liberdade e contato com a natureza. (p. 91)

 Possibilitando liberdade e contato com a natureza.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Subir em arvores; Soltar pipa; Bola, Andar de bicicleta; tomar banho de rio. (p.90).

264

TEXTO 84

Referência “Do outside”: corpo e natureza, medo e gênero no surfe universitário paulistano. (Bandeira, 2011)

Terminologia(s) Esportes na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

84.1 – “[...] O privilégio dos refl exos do sol e da lua no mar, das cores vistas de um outro ângulo, pequenos arco-íris formados no quebrar do “lip” da onda quando o mesmo é espalhado pelo vento terral, de um outro lugar, do “outside”.”(p.101)

 Contato com belos cenários naturais;

84.2 – “[…]Já, se quebrarem com impulso excessivo ao longo de toda sua extensão e de uma vez são insurfáveis, “fecham” ou são fechadeiras. E, se não quebram, são marolas. Se forem lentas e largas, de “drop” fácil, oferecendo pouco impulso são gordas e se são rápidas, desafi antes e tubulares são cavadas ou ocas.” (p.101)

 Padrão linguistico, girias, adotado pelos praicantes das modalidades ;

84.3 – “[...]Entre os surfi stas universitários paulistanos, o surfe de “morey” era tido como prática menor e também como prática feminina. O consenso de que o surfe de peito é menos exigente em termos de habilidade física, motora e também o que demanda menos coragem era claro entre os surfi stas de pranchinha[...]” (p.103)

 Preconceitos com modalidades e seus praticantes (gênero);

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Surfe (p.99); Windsurf (p.100); Body boarders (p.103). 265

266

TEXTO 85

Referência Questões de gênero em universitários praticantes de esportes de aventura. (Cardoso, Marinho e Pimentel, 2013)

Terminologia(s) Esportes de Aventura (Atividades de aventura)

Unidades de significado / Características significadoras

85.1 – “[...] atividades de aventura transcendam o conceito de esporte, abarcando o lazer, a recreação, o turismo e outros.” (p.597)

 Abrange bem mais artifícios/significados/características além dos que já então encarnados no esporte.

85.2 – “[…]o perfil atribuído pela população aos praticantes de esportes de aventura, que se caracteriza por pertencerem às camadas médias e altas, estarem entediados com a rotina, e terem um bom condicionamento físico.”(p.598)

 Opção de escape da rotina para as classes média e alta; Bom condicionamento físico dos praticantes;

85.3 – “Em relação aos praticantes de esportes de aventura, os homens, de forma geral, aparecem como mais fisicamente ativos, brigavam física e verbalmente mais na infância, gostavam de quebrar as regras quando crianças, têm mais parceiros sexuais e gostam de variar de parceiros no sexo. Já as mulheres que se apresentam mais fisicamente ativas, brincavam com meninos na infância, conhecem melhor a própria genitália e têm vida sexual mais ativa.” (ps.601 e 602) “[...]a predominância dos homens nos esportes e, mais especificamente, nos esportes de aventura parece ter um forte componente histórico, no tocante às condições que cada 267

sexo teve para experimentar seu corpo, no que se refere à sexualidade, agressividade e descoberta espacial.[...]” (p.605)

 Praticantes de ambos os gêneros que tiveram infância mais agitada, dinâmica e agressiva (com base no estudo); Praticantes são na maioria sexualmente mais ativos (com base no estudo);

85.4 – “A desigualdade na visibilidade entre homens e mulheres nos esportes de aventura é recorrente não somente na cobertura jornalística, mas, também, nas revistas especializadas.” (p.603)

 Rotulação de modalidade por gênero mesmo todas as práticas sendo assexuadas(no sentido de superarem a noção de virilidade e as divisões de gênero);

85.5 – “As imagens fortificam um mercado consumidor, baseando-se no fascínio das pessoas por atividades que carregam mensagens de aventura e de fortes emoções, haja vista a crescente participação em esportes de aventura. Portanto, as atividades esportivas, em geral, praticadas em ambientes naturais estão inseridas nesse contexto, permeadas pelas noções de aventura, risco calculado, adrenalina e prazer (MARINHO, 2001).”(p.604)

“[...] como a demanda real nos esportes de aventura é retroalimentada pela sensação de fortes emoções conjugada à saúde, sair da rotina e rejuvenescer (PIMENTEL; SAITO, 2010)[...]” (p.604)

 Busca por fortes aventuras, juvenidade, sentimento de prazer e satisfação de encarar o risco, causando muita adrenalina;

85.6 – “Dentre os possíveis adeptos dessas atividades, são muitos os que acreditam na concretização do “sonho de aventura”, promovido por diversos meios de comunicação.”(p.604) 268

 Sentimento estilo de vida aventureiro, a busca por sonho (para alguns);

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Paraquedismo, surfe e voo livre (p.598); Patins, Skate e snowboarding (p.603).

269

TEXTO 86

Referência A ética na escalada: uma análise a partir da complexidade de Edgar Morin. (Pereira e Piccolo, 2013)

Terminologia(s) Atividades esportivas na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

86.1 – “[...]portanto aprender a escalar é criar um elo de responsabilidade com a vida das pessoas. Pimentel (2006) observou fenômeno parecido em praticantes de voo livre, que apresentam a relação de socialidade, risco e corpo como elementos complementares na assunção da responsabilidade sobre a vida.” (p.63)

 Criação da autoconfiança e confiança nos companheiros (praticas em grupo); Fortalecimento das relações sociais dentro de um grupo;

86.2 – “[...]Durante a prática sempre haverá algum impacto ao meio, mas esse deve ser mínimo, porque o sujeito se reconhece como parte da natureza.[...]”(p.64)

 Conscientização de preservação, por mais que o dano seja inevitável, que seja amenizado;

86.3 – “O objetivo da Declaração é definir valores atuais nessas práticas, não se instituindo como leis deterministas para o esporte, mas colocando-se como orientação à reflexão do escalador. Buscar a conscientização dos praticantes de atividades esportivas na natureza nos reporta a Morin (2003) quando afirma que é por essa reflexão que pode nascer a consciência para a concretização de valores.” (p.65)

 Criação e adequação de um consenso ético para as praticas; 270

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Montanhismo e escalada (p.62); Voo livre (p.63).

271

TEXTO 87

Referência Práticas corporais na natureza: por uma educação ambiental. (Silva e Chao, 2011)

Terminologia(s) Práticas corporais na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

87.1 – “As práticas corporais na natureza, na perspectiva do lazer, estão crescendo a cada ano desde a década de 1970 (BRUNHS, 2009). Esse crescimento está relacionado a vários fatores, como, por exemplo: a melhoria dos apetrechos e equipamentos usados nestas práticas - mostrada por Marinho (2009); a fuga do caos urbano - apontada por Tahara e Schwartz (2003, e Tahara, Dias e Schwartz )2006); e o processo de industrialização, que provocou o deslocamento da população rural para as grandes cidades industrializadas, embora se saiba que essa população tem uma necessidade instintiva de retornar à natureza (CHAO; SILVA, 2007).” (p.89)

 Meio de fugir do caos urbano; Ferramente de reaproximação do homem com a natureza;

87.2 – “conforme Silva e Freitas (2010), são necessárias estratégias de intervenção para estas práticas, visto que, com o aumento do interesse e da procura de citadinos pela aventura em ambientes incertos, cresce também a degradação ambiental, causada pela falta de orientações e de intervenções educacionais propícias para a conservação e a ética ambiental (BARROS; DINES, 2000).”(p.89)

 Degradação ambiental, causada pela falta de orientações;

87.3 – “[...]as práticas corporais na natureza, por serem desenvolvidas em grupos, favorecem a preservação, a amizade, a colaboração do “eu, o outro e o planeta”, como aponta Pimentel (2006, p.70).”(p.90) 272

“O fato de as atividades geralmente serem praticadas em grupos permite perceber a valorização e os esforços da ação coletiva (INÁCIO, et al., 2005). Assim, as práticas corporais na natureza favorecem um sentimento afetivo e o cuidado com o próximo, podendo gerar um círculo de amizades em que o companheirismo, a solidariedade e o respeito se encontram interligados aos praticantes.”(p.94)

 Ferramenta de socialização, respeito mutuo, solidariedade e confiança quando trabalhado em grupo;

87.4 – “Cada entrevistado opinou de acordo com sua experiência particular, e as mais citadas foram: a parte de fazer a trilha foi emocionante, a questão do contato com a natureza, o contato com as pessoas, um ajudando o outro (E1). Este comentário vai ao encontro dos estudos de Monteiro (2006) e Pimentel (2006), os quais revelaram que as práticas corporais na natureza sensibilizam o eu, trazendo uma relação de amizade e respeito com a natureza.” (p.93) “[...]as práticas corporais na natureza promovem a sensibilização dos que as exercitam, os quais se tornam indivíduos reflexivos percebem a relação intrínseca existente entre o homem e natureza (GOMES, 2010).”(p.94) “[...]essas práticas permitem uma formação que capacite o homem compreender-se a si mesmo como elemento da natureza.”(p.95)

 Educa, amplia e modifica os conceitos da relação do homem consigo mesmo, com o outro e com a natureza;

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Rapel (p.91); Trilha (p.92).

273

TEXTO 88

Referência Ultramaratona: em busca do limite humano. (Coiceiro e Costa, 2010)

Terminologia(s) Esportes de aventura e risco extremo (Esportes de risco extremo)

Unidades de significado / Características significadoras

88.1 – “É interessante ressaltar que a ultramaratona pode ser feita em locais como uma pista de atletismo, por bosques, e até mesmo pelas ruas da cidade.” (p.22)

 Os praticas podem ser realizadas em vários tipos de ambientes.

88.2 – “Para Costa (1999), a espetacularização dos esportes de risco gera consumidores dessas atividades, que se tornam protagonistas dos esportes de risco extremo.”(p.23)

 Fascínio dos praticantes sempre querendo mais dificuldade e em se aproximar dos seus limites;

88.3 – “Para o autor há um dualismo, mas não o do corpo versus a alma, mas sim do homem versus o corpo, uma vez que limite moral está sendo substituído pelo limite físico, onde o sofrer e o superar modelam a vida desses indivíduos, fornecendo um significado e um valor renovados.” (p.24)

 Superação do desafio e do risco, resultando numa conquista moral.

88.4 – “Com a prática eles tornam-se física e mentalmente fortes, e o que muitos praticantes

buscam

é

exatamente

isso.

Com

esse

desenvolvimento

mental/espiritual/emocional eles vão adquirir um autodomínio rigoroso para conseguir realizar seus objetivos.” (p.25) 274

“Este ponto, inclusive, tem feito muitos empresários, ou mesmo pessoas que tenham cargos que envolvem um estresse emocional grande, procurarem a prática dos esportes de ultra-resistência, o que introduz um caráter educacional a essas atividades.” (p.25)

 Desenvolvimento emocional, mental e autocontrole; A procura desse autoconhecimento e controle para ser aplicado no dia-a-dia.

88.5 – “Há a morte simbólica de um homem que se desafiou, que penetrou num túnel obscuro de treinamentos, de sacrifícios e, ao vencer, ultrapassou o portal da imortalidade e desfruta a experiência de retornar ao mundo dos comuns mais forte, mais espiritualizado e assim sentir-se renascido”. (p. 26)

 O deslumbre pelo pleno desgaste superado seguido do desfrute da exclusividade (não são todos que realizam e completam provas extremas);

88.6 – “O caminho encontrado pelo ultramaratonista para provar e legitimar sua existência é o risco extremo, buscando no seu limite físico e mental mostrar para todos e para si o valor da sua existência, e dessa forma, sustentar a sua identidade pessoal.” (p.28)

 Desejo de se afirma capaz de realizar tais desafios de extrema resistência física e mental e de se mostrar consciente de suas escolhas.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Ultramaratona (p.22).

275

TEXTO 89

Referência Alterações fisiológicas do salto de para- quedas: uma revisão (J. Martin, C. Martin, Pimentel, Netto de Oliveira e Bassoli de Oliveira, 2009)

Terminologia(s) Esportes Radicais (Atividades físicas de aventura na natureza)

Unidades de significado / Características significadoras

89.1 – “Os esportes radicais são caracterizados por um forte componente de risco e aventura, sendo responsáveis por desencadear elevados níveis de estresse psicológico e fisiológico. O estresse é uma reação do organismo que ocorre em função de alterações psicológicas e fisiológicas desencadeadas no indivíduo, quando esse se depara com situações que o amedrontam, excitam, confundem ou até mesmo promovem sensações de prazer.”(p.2) “O pára-quedismo é considerado um esporte radical devido à presença de risco exacerbado, aventura, “adrenalina”, e a necessidade de treinamento específico.” (p.17)

 Práticas que chegam a causar estresse psicológico e fisiológico, proporcionado pelas situações de riscos e aventura (situações de medo, excitação, prazer); Presença de risco exacerbado, aventura, “adrenalina”, e a necessidade de treinamento específico;

89.2 – “[…]práticas corporais que utilizam forças da natureza (vento, térmica, ondas) e de aparatos tecnológicos para superar desafios (com risco controlado) em ambientes naturais.”(p.3)

 Mescla de equipamento (tecnologia) com fatores naturais presentes no ambiente (vento, ondas, motanhas); Superação do desafio e exposição a uma situação de risco (controlado) 276

89.3 – “[...]Determinados traços de personalidade favorecem a busca pela aventura e risco, como por exemplo, a extroversão e estabilidade. Indivíduos introvertidos e instáveis são menos tolerantes a estímulos nervosos intensos. Entretanto, também podem ingressar na prática de esportes de aventura como o pára-quedismo. O tempo de experiência diminui os níveis de ansiedade antes do salto[...]”

 Prática realizada normalmente por pessoas extrovertidas e estáveis; A repetição e pratica regular tendem a melhorar a ansiedade e até mesmo humor do praticante;

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Salto de pára-quedas (p.2).

277

TEXTO 90

Referência Risco e práticas corporais na natureza: uma revisão sistemática. (P. Silva, Azevedo, E. Silva e Freitas, 2010)

Terminologia(s) Práticas corporais na natureza

Unidades de significado / Características significadoras

90.1 – “[...]O risco e as práticas corporais na natureza são atividades interligadas ao lúdico, em que podem ser classificadas em risco calculado ou real.[...] Estudos revelam que as práticas corporais na natureza podem ser favoráveis ao risco sejam elas mais ou menos arriscadas.”(p.85)

 Práticas interligadas ao lúdico; Favoráveis ao risco(real ou calculado);

90.2 – “Estudos revelam que a sensação de risco proporcionada pelas práticas corporais na natureza são fatores que melhoram a auto-estima.” (p.85)

 Proporciana/Busca melhora da auto-estima;

90.3 –

“[...]Além disso, outros estudos afirmam que as sensações do risco

proporcionadas por estas atividades são semelhantes aos dependentes de drogas, que se arriscam com aplicações de substâncias químicas.” (p.85)

 Tende a proporcionar sensações que fazem com que os praticantes queiram mais, vicio;

90.4 – “A concentração dos estudos recai em pesquisas desenvolvidas na Nova Zelândia, pelo fato do país ser um dos mais ricos em belezas naturais.” (p.88) 278

 Contato com belos cenários naturais;

90.5 – “[...]As empresas que comportam o turismo de aventura devem estar informadas e cientes dos riscos das práticas, alertando aos sujeitos interessados.”(p.89) “[...]é necessária uma mudança de comportamento e atitude nos aspectos relacionados às atividades educativas, além das intervenções no tocante a segurança, tanto para usuários quanto para as próprias empresas que oferecem as mais diversas práticas, objetivando minimizar os riscos e as reivindicações advindas da execução destas atividades.”(p.89)

 Empresas de turismo bem instruidas para prestar suporte e orientação; Praticantes/instrutores cientes das questões de segurança, objetivando minimizar os riscos;

90.6 – “[...]os mesmos atores que buscam cuidados em si, lançam-se no meio do desconhecido, nas práticas corporais na natureza na busca de fortes emoções. Estas atividades tem como fio condutor a próxima aventura, que consiste na busca de novos caminhos tecendo estratégias do pensamento.’ (p.89)

 A procura por práticas que forneça fortes emoções e utilização de estratégias para as execuções das mesmas;

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Andar a cavalo, mountain bike, atividades aquáticas, caminhadas, atividades em montanhas, esportes na neve e surfe (p.88); Patinação In-line, escalada esportiva e wakeboarding (p.103);

Obs.: Tal pesquisa teve acessos no seu processo de seleção e análise dos textos as vários textos nos quais foram vistas inúmeras nomenclaturas: “Cabe ressaltar que diversas terminologias foram utilizadas nos artigos selecionados para determinar as atividades vivenciadas na natureza, tais como: turismo de aventura, esporte de aventura, ecoturismo, viagem de aventura, ecoesporte, atividade física de aventura na natureza (AFAN), esporte na natureza, entre outros. Entretanto, para esta 279

pesquisa, optou-se por empregar o termo práticas corporais na natureza, para sumarizar todos esses termos, contudo, ciente de suas especificidades”. (p.86)

280

TEXTO 91

Referência Determinação da intensidade da corrida de Aventura a partir da frequência cardíaca. (Júnior, Lima-Silva, Gress e Zimmermann, 2008)

Terminologia(s) Esportes de aventura (Atividades de aventura)

Unidades de significado / Características significadoras

91.1 – “[...] na primeira prova o trekking foi realizado em região pantanosa, que exige maior esforço, enquanto o mountain bike em uma região predominantemente plana. Entretanto, na segunda prova o mountain bike foi realizado predominantemente em região de dunas e com subidas pesadas, aumentando a exigência fisiológica”. (p.100)

 Maleabilidade de condições/terrenos para pratica de uma mesma modalidade; Intensidade da pratica regulável de acordo com a escolha do local;

91.2 – “Os resultados do remo e trekking são mais difíceis de serem comparados com os demais estudos devido a diferença na quantidade de massa muscular envolvida entre as modalidades estudadas. Enquanto o trekking recruta uma grande massa muscular, com maior dependência dos membros inferiores, o oposto acontece no remo”. (p.99)

 Variação de grupos musculares trabalhados/exigidos de acordo com a modalidade;

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Mountain bike, trekking, canoagem (remo), rapel, escalada, equitação e balonismo. (p.90); Patinação In-line, escalada esportiva e wakeboarding (p.103).

281

TEXTO 92

Referência Efeitos do treinamento de força com uso de materiais resistidos na performance de nadadores de aguas abertas. (Santos, Rodrigues, Junior e Barbosa, 2007)

Terminologia(s) Nenhuma terminologia encontrada

Unidades de significado / Características significadoras

Nenhuma unidade de significado encontrada.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Nenhuma atividade encontrada.

282

TEXTO 93

Referência Parkour: história e conceitos da modalidade. (Stramandinoli, Remonte e Marchetti, 2012)

Terminologia(s) Esportes radicais

Unidades de significado / Características significadoras

Nenhuma unidade de significado encontrada.

Exemplos de atividades que se enquadram na terminologia Parkour (p.13).

Obs.: “os esportes radicais” são citados apenas como termo-chave na busca metodológica, não sendo citado no texto características que não fossem direcionadas apenas ao Parkour:

“[...] Por conta desse sedentarismo, policiais, bombeiros, médicos, entre outras forças militares foram criadas e treinadas para resgatar e salvar, a fim de preservar a nossa vida quando não conseguimos fazer por nós mesmos, ou o fazemos com grande dificuldade. Esse é um ponto-chave que distingue o Parkour de ser apenas um esporte radical ou uma atividade de diversão.” (p.16).

283

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