Ecomotricity in the state of Sergipe: building an empirical framework (2015-2016) / A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo empírico (2015-2016)

May 29, 2017 | Autor: Cae Rodrigues | Categoria: Sociology of Sport, Sport Psychology, Environmental Science, Education, Environmental Education, Teacher Education, Environmental Psychology, Higher Education, Research Methods in Physical Education and Sport, Educational Psychology, Environmental Studies, Educational Research, Environmental History, Outdoor Recreation, Sports History, Aesthetics Of Nature, Outdoor Education, Philosophy of Sport, Sport And Exercise Psychology, Nature Culture, Nature-based tourism, Environmental Sustainability, Anthropology Of Nature, Outdoor Leadership, Philosophies of Human Nature, Environmental Security, Philosophy of Nature, Physical Education, Physical Education and Sport Pedagogy, Environmental Education and Play, Outdoor Play, Outdoor Play and Learning, Nature, Earth and Environmental Sciences, Children's Outdoor Education, Sport, Sports, Experiences in nature and psychological well-being, Educación, State of Nature, Educación Ambiental, Environmental Sciencies and Education, Physical Education, Sports Sciences,sports Psychology, Educação Ambiental, Human nature, Human interaction with the environment, Environmental attitudes and behaviour, Environmental education and Environmental Conflict, Outdoor Learning, Meio Ambiente, Health and Physical Education, Medio Ambiente, Outdoor Education and Learning, Connectedness to Nature, Nature Conservation, Curriculum theory, Environmental Edcuation, Teacher Edcuation, Caracterizaciones ambientales, PSICOLOGIA AMBIENTAL, Sport Science, Environmental justice, global sustainability, Environmental Politics and Governance, Indigenous Knowledge Systems, Education for Sustainable Development, Environmental Sustainability. Global Development and Environmental Protection, Environmental Education in Early Childhood Education, Physical Education and Sports, Sports Science and Physical Education, Physical Education and Sport, Conservation Psychology, Sustainability, Environmental Ethics and Environmental Education, Physical Education Teacher Education, Educaçao Ambiental, Educacao Ambiental, Innovation of Physical Education and Sports, Educação Ambiental, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Children and Nature, Environmental Education, Environmental Interpretaction, Outdoor Studies, Physical Education for Young Children, History of Physical Education, Benefits of Outdoor Learning, Outdoor Activities, Environmental Interpretation and Education, Environmental Education and Human Ecology, Teacher Education, Environmental Psychology, Higher Education, Research Methods in Physical Education and Sport, Educational Psychology, Environmental Studies, Educational Research, Environmental History, Outdoor Recreation, Sports History, Aesthetics Of Nature, Outdoor Education, Philosophy of Sport, Sport And Exercise Psychology, Nature Culture, Nature-based tourism, Environmental Sustainability, Anthropology Of Nature, Outdoor Leadership, Philosophies of Human Nature, Environmental Security, Philosophy of Nature, Physical Education, Physical Education and Sport Pedagogy, Environmental Education and Play, Outdoor Play, Outdoor Play and Learning, Nature, Earth and Environmental Sciences, Children's Outdoor Education, Sport, Sports, Experiences in nature and psychological well-being, Educación, State of Nature, Educación Ambiental, Environmental Sciencies and Education, Physical Education, Sports Sciences,sports Psychology, Educação Ambiental, Human nature, Human interaction with the environment, Environmental attitudes and behaviour, Environmental education and Environmental Conflict, Outdoor Learning, Meio Ambiente, Health and Physical Education, Medio Ambiente, Outdoor Education and Learning, Connectedness to Nature, Nature Conservation, Curriculum theory, Environmental Edcuation, Teacher Edcuation, Caracterizaciones ambientales, PSICOLOGIA AMBIENTAL, Sport Science, Environmental justice, global sustainability, Environmental Politics and Governance, Indigenous Knowledge Systems, Education for Sustainable Development, Environmental Sustainability. Global Development and Environmental Protection, Environmental Education in Early Childhood Education, Physical Education and Sports, Sports Science and Physical Education, Physical Education and Sport, Conservation Psychology, Sustainability, Environmental Ethics and Environmental Education, Physical Education Teacher Education, Educaçao Ambiental, Educacao Ambiental, Innovation of Physical Education and Sports, Educação Ambiental, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Children and Nature, Environmental Education, Environmental Interpretaction, Outdoor Studies, Physical Education for Young Children, History of Physical Education, Benefits of Outdoor Learning, Outdoor Activities, Environmental Interpretation and Education, Environmental Education and Human Ecology
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Descrição do Produto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA COORDENAÇÃO DE PESQUISA

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC

A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo empírico

Área de Concentração: Ciências Biológicas e da Saúde

Bolsista: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Bolsa COPES

Orientador: Cae Rodrigues Departamento de Educação Física

Relatório Final Período 2016 / 2017

RESUMO Esse plano de trabalho é associado ao projeto de pesquisa “A ecomotricidade no estado de Sergipe”, iniciado no ano de 2014. Ecomotricidade é compreendida como a intencionalidade do ser em suas inter-ações com a natureza, desde que essa inter-ação seja lúdica e ecológica. A relação é lúdica quando o que traz significação para a experiência é a alegria ou o prazer circunscritos à própria experiência. A relação é ecológica quando se satisfazem os preceitos (ecosomaestéticos-ambientalmente éticosecopolíticos) da justiça ambiental. Justificando-se na crítica à associação direta entre o contato com a natureza e as possibilidades de conscientização/educação ambiental e compreendendo a importância do engajamento ecopedagógico para a concretização de mudanças no habitus ecológico do sujeito, o objetivo do projeto é investigar aspectos fundamentais da relação de homens e mulheres com suas experiências de ecomotricidade no estado de Sergipe buscando a identificação de categorias analíticas que fundamentem percepções sobre como essas relações influenciam percepções ser humano-mundo. Tal investigação é realizada a partir do desenvolvimento de dezoito estudos de caso com indivíduos com experiências regulares na natureza. A análise dos dados destaca o potencial para se (re)conhecer possibilidades e limitações para o desenvolvimento de processos educativos nas relações corpo-meio ambiente, especialmente pela “normalização” de valores (estéticos, éticos e políticos) da ecomotricidade localizados geo-epistemologicamente no habitus de movimento do indivíduo.

PALAVRAS-CHAVES: Motricidade Humana, Experiências na Natureza, Fenomenologia do Corpo, Pesquisa em Educação Ambiental, Ecosomaestética, Pesquisa Empírica.

2

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................

4

2 OBJETIVOS........................................................................................................

6

3 METODOLOGIA...............................................................................................

6

3.1 Definição do corpus..........................................................................................

6

3.2 Metodologia utilizada para coleta de dados................................................... 7 3.3 Metodologia utilizada para análise dos dados...............................................

15

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................

17

5 CONCLUSÕES...................................................................................................

25

6 PERSPECTIVAS................................................................................................. 28 7 OUTRAS ATIVIDADES....................................................................................

28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................

29

Apêndice 1: Modelo da tabela para registro dos dados dos colaboradores da pesquisa...................................................................................................................

31

Apêndice 2: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido...............................

32

Apêndice 3: Tabela geral das etapas concluídas com cada colaborador........... 33 Apêndice 4: Entrevistas.........................................................................................

34

Apêndice 5: Relatórios de diálogos entre pesquisador e colaborador sobre as entrevistas................................................................................................................ 94 Apêndice 6: Autodescrições dos colaboradores em forma de narrativas livres......................................................................................................................... 106 Apêndice 7: Descrição dos colaboradores por terceiros.....................................

120

Apêndice 8: Análises de perfis sociais dos colaboradores................................... 142 Apêndice 9: Narrativas livres dos colaboradores sobre suas vivências na natureza................................................................................................................... 159 Apêndice 10: Narrativas livres das etnografias em movimento......................... 174 Apêndice 11: Glossários de expressões................................................................. 189

3

1 INTRODUÇÃO

Esse plano de trabalho é associado ao projeto de pesquisa “As atividades da ecomotricidade no estado de Sergipe”, iniciado no ano de 2014. Portanto, parte do pressuposto de que a ecomotricidade é compreendida como a intencionalidade do ser em suas inter-ações com a natureza, desde que essa inter-ação seja lúdica (experiência significada pela alegria ou o prazer circunscritos à própria experiência) e ecológica (satisfazem os preceitos ecosomaestéticos-ambientalmente éticos-ecopolíticos da justiça ambiental). Justificando-se na crítica à associação direta entre o contato com a natureza e as possibilidades de conscientização/educação ambiental (associação ainda muito presente em propostas e programas de cunho ambiental) e compreendendo a importância do engajamento ecopedagógico para a concretização de mudanças no habitus ecológico do sujeito, o objetivo do projeto é investigar aspectos fundamentais da relação de homens e mulheres com suas experiências de ecomotricidade no estado de Sergipe buscando a identificação de categorias analíticas que fundamentem percepções sobre como essas relações influenciam percepções ser humano-mundo. Diante desse objetivo geral, destaca-se o potencial para se (re)conhecer possibilidades e limitações para o desenvolvimento de processos educativos nas relações corpo-meio ambiente, especialmente pela “normalização” de valores (estéticos, éticos e políticos) da ecomotricidade localizados geo-epistemologicamente no habitus de movimento do indivíduo. Considerando os objetivos gerais do projeto de pesquisa, esse plano de trabalho desenvolve a questão empiricamente. Considerando o caráter potencialmente crítico das experiências de ecomotricidade, propostas nesse contexto terão que lidar com os problemas e limitações históricos associados às teorias críticas. Entre esses problemas destaca-se o comum distanciamento entre a teoria (por vezes idealista) e a prática (em toda sua complexidade). Um dos principais pontos para minimizar esse distanciamento é a construção de propostas teóricas que realisticamente apontam possíveis limitações à prática, além de proposições para a potencial superação dessas limitações. Outro ponto fundamental são exemplos práticos que sirvam de subsídio para futuras propostas. Ambos esses pontos justificam o caráter empírico desse plano de trabalho, destacandose a investigação sobre a relação de homens e mulheres com suas experiências de 4

ecomotricidade no estado de Sergipe, especialmente em relação a como essas experiências influenciam percepções ser humano-mundo. As discussões envolvendo os contextos de experiências recreativas e esportivas na natureza (EREN) no Brasil surgiram e ganharam força num momento anterior do que as discussões envolvendo as sinergias entre as questões ambientais e a educação física em contextos mais amplos (inclusive educacionais). Desse modo, existem no Brasil espaços relativamente mais consolidados/legitimados para a discussão das questões práxicas em torno das EREN, inclusive disciplinas curriculares em programas de educação física em diversas universidades, uma produção acadêmica relevante (livros, artigos científicos, teses de doutorado) e até mesmo espaços específicos para encontros entre especialistas da área, como, por exemplo, o Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA). Essa história (inclusive escrita) em torno das EREN no Brasil pode servir de subsídio para programas que objetivem o desenvolvimento de atividades de caráter esportivo e recreativo na natureza. Por outro lado, a história (especialmente escrita) de experiências de ecomotricidade com outras motivações, inclusive pedagógicas, ainda é incipiente e subsídios práxicos para programas que objetivem esses desenvolvimentos são bastante escassos. Desse modo, a maior parte das propostas de experiências na natureza com objetivos pedagógicos ainda são desenvolvidos a partir de EREN. Há, assim, uma crescente necessidade de uma “história escrita” associada às diversas manifestações da ecomotricidade no Brasil, justificada, inclusive, pela consideração de que qualquer análise de desenvolvimentos anteriores pode fornecer significativos quadros de referência (benchmark) e visões/insights relevantes para o planejamento, implementação, conteúdo, processos e avaliação de novas/diferentes versões de uma educação (física) ambientalizada. Em outras palavras, há uma necessidade de que o processo de ambientalização na educação física critica e reflexivamente monitore-se como uma prática educativa e como discurso, tornando-se possível o acompanhamento de sua evolução, seus mitos, realizações, problemas, resultados e consequências, assim como um “arquivamento” de tais memórias para servirem de referência futura. Isso se torna ainda mais representativo se considerarmos as multiplicidades e a rápida evolução de conceitos associados às construções discursivas do campo ambiental, favorecendo a emergência de discursos que se apropriam de certos “chavões” discursivos para se “modernizarem” e, assim, se 5

legitimarem como teorias/práticas atuais/inovadoras quando, na verdade, reproduzem símbolos de dominância em práticas de “greenwashing”.

2 OBJETIVOS



Investigar aspectos fundamentais da relação de homens e mulheres com suas

experiências de ecomotricidade no estado de Sergipe buscando a identificação de categorias analíticas que fundamentem percepções sobre como essas relações influenciam percepções ser humano-mundo. •

Compreender se/como o conceito de ecomotricidade possibilita novos/diferentes

olhares sobre as relações corpo-meio ambiente, especialmente, que desafiem as lógicas atualmente estabelecidas nessas relações em diferentes campos de conhecimento. •

Analisar as reações ao conceito de ecomotricidade (aceitação; resistência;

compreensão; dúvidas frequentes) por indivíduos com experiências regulares de ecomotricidade, especialmente, em contraste com outras terminologias que já fazem parte da construção discursiva desses indivíduos. •

Levantar, empiricamente, questões essenciais (acesso; estrutura; motivações;

limitações) para o desenvolvimento de experiências de ecomotricidade no estado de Sergipe. •

Criar subsídios para programas que objetivem o desenvolvimento de

experiências da ecomotricidade no estado de Sergipe, inclusive em contextos acadêmicos (ambientalização curricular). •

Criar estratégias de divulgação (nacional e internacional) dos resultados da

pesquisa com uso de tecnologias virtuais.

3 METODOLOGIA

3.1 Definição do corpus

O corpus da pesquisa (conjunto de materiais que constituem a amostra de análise) foi elaborado a partir de um conjunto de oito métodos (os métodos são descritos em detalhes no subitem 3.2 – “Metodologia utilizada para coleta de dados”; os resultados da coleta dos dados a partir dos oito métodos são apresentados como 6

Apêndices 4 a 11) desenvolvidos em dezoito estudos de caso. Os colaboradores da pesquisa (estudos de caso) foram selecionados a partir dos seguintes critérios: indivíduos com experiências regulares de ecomotricidade, ou seja, que buscam tais experiências há mais de dois anos e pelo menos uma vez por semana. Em primeira instância, cada membro do grupo levantou três estudos de caso em potencial, seguindo os critérios de seleção. Posteriormente, todos os potenciais estudos de caso levantados foram analisados pelo grupo, sendo selecionados dezoito colaboradores/estudos de caso. Após o primeiro contato, os pesquisadores do projeto preencheram tabelas com informações sobre os colaboradores participantes da pesquisa (modelo apresentado como Apêndice 1), incluindo nome completo, experiências na natureza que vivencia regularmente, principais contatos e mídias sociais (E-mail, telefone, Whatsapp, Facebook, Instagram), melhores horários para encontros para conversas e melhores horários para etnografia em movimento. Nesse primeiro contato, também foi apresentado aos colaboradores o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (termo apresentado como Apêndice 2), sendo solicitada a leitura e preenchimento de duas vias, sendo uma reservada ao projeto e a outra ao colaborador. O termo inclui a possibilidade de consentimento dos colaboradores para a divulgação das imagens coletadas durante os estudos de caso na plataforma digital do projeto. Após coletadas as informações iniciais sobre os colaboradores e realizado o preenchimento dos termos de consentimento, deu-se início ao conjunto de oito métodos para a coleta de dados. O corpus da pesquisa compreende os dados coletados a partir do desenvolvimento desses oito métodos, que serão apresentados em detalhes na próxima seção.

3.2 Metodologia utilizada para coleta de dados

A coleta dos dados para o presente plano de trabalho envolveu um conjunto de oito métodos. No conjunto, os métodos foram elaborados buscando percepções sobre três pontos principais de interesse do projeto em relação às experiências que envolvem a ecomotricidade, todos diretamente associados aos objetivos da pesquisa: a (construção) estética da experiência; a construção de relações entre a experiência e a vida cotidiana; a personalidade do indivíduo envolvido com a experiência.

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A descrição completa dos métodos apresentada abaixo inclui, em cada uma das oito etapas de execução, a descrição, os procedimentos metodológicos, os instrumentos de coleta e as estratégias de validação dos resultados.

1) Entrevistas com roteiro pré-definido/estruturado

Descrição: entrevista inicial com sujeitos participantes da pesquisa a partir de roteiro pré-definido/estruturado. A entrevista começa com o entrevistador citando o nome do entrevistado para registro, seguido da pergunta inicial, elaborada para breve caracterização de perfil do entrevistado. Os questionamentos seguintes devem ser realizados de modo sequencial, uma a uma, sem que o entrevistado tenha conhecimento das próximas perguntas. Se o entrevistado não entender a questão, realiza-se nova tentativa de leitura da pergunta de forma clara e pausada. Se o entrevistado continuar com dificuldade de entendimento da questão, o entrevistador deverá explicar em suas próprias palavras, sem que se modifique o teor da pergunta. De modo geral, as perguntas foram elaboradas buscando percepções sobre os três pontos de interesse elencados na apresentação dessa seção: a (construção) estética da experiência; a construção de relações entre a experiência e a vida cotidiana; a personalidade do indivíduo envolvido com a experiência. O roteiro estruturado para as entrevistas foi submetido a um processo de validação pelos membros do projeto de pesquisa e por três professores do Departamento de Educação Física da UFS que se destacam por suas experiências acadêmicas com materiais e métodos.

Método de coleta dos dados: a entrevista foi filmada, após consentimento do entrevistado (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). Posteriormente, foi realizada a transcrição das entrevistas em forma de texto.

Instrumento de coleta: equipamento de filmagem; roteiro estruturado para a entrevista.

Pergunta inicial (perfil): Vou iniciar pedindo para que faça uma breve descrição de você mesmo. Então minha pergunta é: quem é (nome do entrevistado)?

8

Questões: 1. Fale sobre o(a) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade*).

2. Como é a sua relação com o(a) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade)?

3. Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o(a) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade), diferente de como você descreve sua relação? [Se a resposta for apenas “sim”, perguntar: como são essas diferentes maneiras que outras pessoas se relacionam com o(a) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade)?]

4. Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o(a) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade) e que lhe marcou de alguma maneira específica. [Se precisar elaborar a questão: um acontecimento que lhe deixou com medo, ou em paz, ou triste, ou tranquilo, ou com nojo, ou feliz...].

5. Descreva um sonho que você tem em relação ao(à) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade).

6. O que você traz do seu dia a dia para o(a) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade)?

7. O que você leva do(a) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade) para seu dia a dia?

8. Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o(a) (vivência com alto potencial para a ecomotricidade)?

9. Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está (vivência com alto potencial para a ecomotricidade) e tente colocar essa sensação em palavras (assegure que entrevistado pare um pouco e resgate memória da experiência). 9

10. O que para você significa “ecomotricidade”?

* Durante as entrevistas, onde se lê “vivência com alto potencial para a ecomotricidade” o pesquisador insere a experiência na natureza vivenciada regularmente pelo colaborador, previamente identificada na fase de coleta inicial dos dados (formulário com informações do colaborador). Por exemplo, na pergunta 1, se a experiência na natureza vivenciada regularmente pelo colaborador for o surfe, a pergunta realizada é: “fale sobre o surfe”.

Validação dos resultados: a validação da entrevista é realizada no segundo método proposto para coleta de dados.

2) Diálogo sobre respostas da entrevista com o entrevistado

Descrição: pesquisadores assistem ao vídeo da entrevista junto com o entrevistado (pode ser logo após a entrevista ou em outro momento), dialogando sobre respostas: algo que entrevistado tenha falado e que gostaria de complementar ou retirar da entrevista; dúvidas que pesquisador tem em relação a alguma resposta ou que entrevistado ficou em relação a alguma pergunta; algo que entrevistado queira falar que não tenha sido abordado pela entrevista.

Método de coleta dos dados: anotações do diálogo pelo pesquisador em diário de campo. Para que o diálogo flua melhor o pesquisador deve realizar anotações pontuais, por vezes até mesmo por palavras-chave. Posteriormente, pesquisador deve ampliar diário de campo a partir das anotações pontuais e palavras-chave, elaborando um texto corrido; esse processo deve ser realizado logo que possível após a coleta, potencializando a memória do encontro.

Instrumento de coleta: instrumentos para reprodução do vídeo com entrevista gravada; bloco de notas e caneta para diário de campo.

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Validação dos resultados: após elaboração final do diário de campo o material é enviado para o entrevistado para que ele possa realizar possíveis alterações ou complementações.

3) Autodescrição em narrativa do colaborador

Descrição: é solicitado ao colaborador que faça uma descrição sobre si mesmo em forma de narrativa, sendo a pergunta orientadora “quem é (nome do colaborador)?”. Importante destacar para o colaborador que a linguagem para essa narrativa é livre, podendo usar recursos como poesia, desenhos, fotografias, vídeos ou qualquer outra forma de expressão que julgue pertinente para essa descrição.

Método de coleta dos dados: narrativa elaborada pelo colaborador.

Instrumento de coleta: narrativa elaborada pelo colaborador.

Validação dos resultados: narrativa elaborada pelo colaborador.

4) Descrição do colaborador por terceiros

Descrição: será solicitada ao colaborador a indicação de três nomes de pessoas próximas a ele (amigos ou familiares), especialmente aquelas com quais tem mais convivência. O pesquisador entrará em contato com essas pessoas pedindo que façam uma descrição do colaborador, sendo a pergunta orientadora “quem é (nome do colaborador)?”.

Método de coleta dos dados: as descrições devem ser feitas em forma de texto, que devem ser entregues diretamente ao pesquisador. O contato com as pessoas indicadas pode ser realizado a distância (E-mail; Whatsapp; Facebook) ou presencialmente.

Instrumento de coleta: papel e caneta se contato for presencial. Instrumentos de comunicação on-line (E-mail; Whatsapp; Facebook) se contato for a distância.

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Validação dos resultados: texto elaborado pelo colaborador.

5) Análise de perfis sociais do colaborador

Descrição: análise de contas em perfis sociais do colaborador, a saber: a) Facebook; b) Instagram. No Facebook serão analisadas, especificamente: a) linha do tempo (postagens e compartilhamentos do sujeito participante; b) fotos (postadas pelo sujeito participante e fotos de capa). Pergunta orientadora da análise: qual imagem indivíduo quer construir de si em seus perfis sociais? As fotos e postagens serão enquadradas nas seguintes categorias: a) relações sociais (amigos e família); b) viagem; c) trabalho; d) arte; e) política (exceto ambiental, que deve ser marcada na categoria [f]); f) meio ambiente e vivências na natureza (com marcação específica a elementos relacionados à vivência destacada pelo sujeito participante em sua entrevista); g) outras (definir subcategorias de acordo com o necessário diante da análise, por exemplo: outras-saúde; outras-lazer; etc.).

Método de coleta dos dados: preenchimento quantitativo em tabelas com categorias pré-definidas. São elaboradas três tabelas: a) Fotos Facebook; b) Postagens Facebook; c) Instagram. A análise é realizada juntamente com o colaborador para que haja melhor orientação para a categorização dos elementos analisados. Devem ser analisados, no mínimo, 30 elementos em cada tabela (ao menos que não haja esse número de elementos nos perfis analisados).

Instrumento de coleta: tabelas com categorias pré-definidas. (Tabela ilustrativa) FACEBOOK (FOTOS) Categorias

Incidências

Relações sociais

6

Viagem

4

Trabalho

7

12

Arte

13

Política

2

Meio

ambiente

e

vivências

na 12 (15)*

natureza Outras

Saúde (3); Lazer (1)

* Número entre parênteses representa elementos relacionados à vivência destacada pelo sujeito participante em sua entrevista. Por exemplo, se esse elemento foi o “surfe”, o número 12 representa todos os elementos relacionados à categoria “meio ambiente e vivências na natureza”, exceto os relacionados diretamente com o surfe; o número 15 representa apenas os elementos relacionados diretamente ao surfe.

Validação dos resultados: os resultados são construídos em conjunto com os colaboradores.

6) Narrativas do colaborador sobre suas vivências na natureza

Descrição: pedir para o colaborador descrever, em narrativas livres, suas experiências na natureza. Importante destacar para o colaborador que a linguagem para essa narrativa é livre, podendo usar de recursos como poesia, desenhos, fotografias, vídeos ou qualquer outra forma de expressão que julgue pertinente para a descrição dessa realidade.

Método de coleta dos dados: narrativa elaborada pelo colaborador.

Instrumento de coleta: narrativa elaborada pelo colaborador.

Validação dos resultados: narrativa elaborada pelo colaborador.

7) Etnografias em movimento

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Descrição: observações diretas durante vivências na natureza compartilhadas com os colaboradores. Posteriormente, o pesquisador elabora narrativas descritivas da experiência. A linguagem para essa narrativa é livre, podendo ser usados recursos como poesia, desenhos, fotografias, vídeos ou qualquer outra forma de expressão que julgue pertinente para a descrição da experiência.

Método de coleta dos dados: anotações pelo pesquisador (sempre que possível) em diário de campo durante vivência. O pesquisador deve realizar anotações pontuais, por vezes até mesmo por palavras-chave. Posteriormente, pesquisador deve usar anotações pontuais e palavras-chave do diário de campo para elaborar uma narrativa sobre a experiência (descritiva, porém sem restrições linguísticas); esse processo deve ser realizado logo que possível após a coleta, potencializando a memória da vivência.

Instrumento de coleta: bloco de notas e caneta para diário de campo.

Validação dos resultados: autonarrativa.

8) Glossário de expressões

Descrição: elaboração, em diálogo com colaboradores, de glossário com as expressões utilizadas no universo específico de suas vivências na natureza.

Método de coleta dos dados: inicialmente, elaborar glossário em diálogo com colaborador. De forma contínua, durante os procedimentos de coleta de dados da pesquisa sempre que aparecer uma nova expressão o pesquisador deve perguntar seu significado e inserir no glossário.

Instrumento de coleta: bloco de notas e caneta ou instrumento para elaboração de texto digital para elaboração do glossário.

Validação dos resultados: os resultados são construídos em conjunto com os colaboradores.

14

Os dados coletados a partir do desenvolvimento dos oito métodos descritos nessa seção compõem, em seu conjunto, o corpus da pesquisa.

3.3 Metodologia utilizada para análise dos dados

Compreendendo a diversidade em que se apresentam os dados coletados a partir dos oito métodos propostos no presente plano de trabalho, a análise dos dados foi realizada a partir da leitura crítica do corpus, compreendendo o questionamento sobre dois pontos principais: a) os objetivos propostos no presente plano de trabalho, tendo como foco mais específico percepções sobre a (construção) estética da experiência; a construção de relações entre a experiência e a vida cotidiana; a personalidade do indivíduo envolvido com a experiência.; b) os resultados do plano de trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico”, também associado ao projeto de pesquisa “A ecomotricidade no estado de Sergipe”, no qual foram analisados 93 artigos publicados em periódicos científicos que abordam experiências na natureza buscando a identificação de categorias de classificação dessas experiências. Desse modo, a leitura crítica do corpus do presente plano de trabalho permitiu: a) o questionamento sobre aspectos fundamentais da relação de homens e mulheres com suas experiências de ecomotricidade no estado de Sergipe, identificando-se categorias analíticas que fundamentam percepções sobre como essas relações influenciam percepções ser humano-mundo desses sujeitos; b) a comparação entre as categorias analíticas identificadas a partir da leitura crítica do corpus e as categorias levantadas no plano de pesquisa “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico”, sendo essas representativas do atual contexto de classificação das experiências natureza no âmbito da pesquisa científica. Considerando os oito métodos elaborados para a coleta de dados no presente plano de trabalho, inicialmente foi realizada a leitura crítica específica dos resultados obtidos a partir do desenvolvimento de cada método; ao final desse processo, foi realizada uma análise macro, compreendendo todo o conjunto de leituras específicas. Em relação às entrevistas (incluindo o diálogo sobre as respostas da entrevista com o entrevistado), a leitura crítica compreendeu dois processos: a) leitura de cada entrevista individual, analisando as respostas em seu conjunto; b) leitura das respostas a 15

cada pergunta, analisando o conjunto das dezoito entrevistas (totalidade da amostra) referente à mesma pergunta (por exemplo: leitura das respostas à pergunta 1 das entrevistas 1 a 18). Ao final de cada leitura foi elaborado um parecer interpretativo pelo pesquisador em referência aos objetivos do projeto. A autodescrição em narrativa do colaborador, a descrição do colaborador por terceiros e a análise de perfis sociais do colaborador foram analisadas em conjunto e de forma comparativa. A análise compreendeu dois momentos: a) análise de cada indivíduo, comparando-se as autonarrativa, os perfis sociais e a descrição por terceiros; b) a análise comparativa compreendendo o conjunto das análises individuais sobre os dezoito estudos de caso. Ao final de cada análise foi elaborado um parecer interpretativo pelo pesquisador em referência aos objetivos do projeto. As narrativas do colaborador sobre suas vivências na natureza, as etnografias em movimento e os glossários de expressões foram analisadas em conjunto e de forma comparativa. A análise compreendeu dois momentos: a) análise de cada indivíduo, comparando-se as narrativas, as etnografias e os glossários; b) a análise comparativa compreendendo o conjunto das análises individuais sobre os dezoito estudos de caso. Ao final de cada análise foi elaborado um parecer interpretativo pelo pesquisador em referência aos objetivos do projeto. Os pareceres interpretativos elaborados pelos pesquisadores referentes à leitura crítica em cada etapa do processo formaram, em seu conjunto, a base para a macroanálise final.

3.4 Divulgação dos resultados da pesquisa

Além da publicação dos resultados da pesquisa em periódicos científicos, faz parte da metodologia de divulgação nacional e internacional dos resultados da pesquisa uma plataforma virtual bilíngue (português/inglês) apresentando os dados coletados nas pesquisas de campo e análises dos dados coletados. Essa plataforma também tem como objetivo a comunicação direta com interessados no tema por meio de canais de diálogo e

fóruns

de

discussão.

O

endereço

eletrônico

da

plataforma

é:

.

16

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Inicialmente, é relevante destacar as dificuldades encontradas no processo de coleta de dados. Em primeiro lugar, a irregularidade do cronograma da instituição sede do presente projeto de pesquisa, decorrente de seguidas greves e dificuldades em reposição de calendário, foi um fator complicador. Em um ano regular proposto para o projeto de pesquisa (agosto a julho), há somente um recesso previsto, a saber, o recesso de final de ano. No entanto, durante o presente ano de projeto de pesquisa (agosto de 2016 a julho de 2017) houve uma greve, dois recessos entre semestres e uma parada para as festividades de final de ano. As paradas foram fatores limitantes na organização das saídas de campo. A outra dificuldade encontrada foi a alta demanda de tempo e compromisso exigida dos colaboradores, considerando-se as oito etapas de coleta de dados. De modo geral, a dificuldade maior foi de sincronizar os tempos dos pesquisadores (novamente considerando-se os recessos acadêmicos) com os tempos dos colaboradores para a definição de diferentes encontros, permitindo o desenvolvimento das diferentes etapas da pesquisa. Ao final, cumpriu-se um elevado número de etapas referentes à coleta de dados (a tabela com as etapas desenvolvidas com cada colaborador é apresentada como Apêndice 3). Porém, foram necessárias algumas extensões nos prazos de execução, comprometendo o tempo inicialmente programado para a análise dos dados. Dessa maneira, serão apresentados nesse relatório alguns dados iniciais, sendo necessária uma análise mais detalhada para o cumprimento dos objetivos inicialmente propostos para o projeto. A análise detalhada será realizada em tempo para a apresentação dos resultados do projeto no VII Colóquio de Pesquisa Qualitativo em Motricidade Humana, primeira publicação programada pelo grupo.

Das personalidades

As principais marcas de personalidade dos colaboradores que podem ser percebidas a partir da macroanálise dos dados são: a) Indivíduos ativos, inquietos, que gostam de estar em movimento e, de certa forma, se incomodam com a perspectiva de “ficar parado”. Essa personalidade se manifesta em depoimentos como “500 atividades ao mesmo tempo”; “220 volts; me dá 17

até agonia se eu ficar parada”; “jovem de espirito porque eu não consigo ficar muito tempo parado e eu relaxo quando estou fazendo atividades físicas”; “eu me sinto eu quando estou fazendo alguma atividade”. b) Ainda na perspectiva do “estar em movimento”, transparece muito o gosto pelos esportes e pela atividade física, de maneira mais geral. Isso fica evidente em frases como “gosta muito de esportes”; “de procurar aventura, praticante de quase todos os esportes”; “gosto muito, muito, muito de ler, viajar e claro de praticar esportes né”. c) Outra característica marcante é de uma atitude positiva em relação à vida, tanto em uma perspectiva mais individual (busca de boa vida para si – “vive a vida com a melhor forma possível que tem no dia”; “gosta de curtir a vida”; “de bem com a vida”; “apenas um jovem que quer ser livre”) como em uma perspectiva mais coletiva (busca a boa vida também para outros – “um cara que acredita numa sociedade mais justa e igualitária”; “eu acredito que tudo que a gente faz pro outro é aquilo que a gente e quer receber”; “sou uma pessoa altruísta”; “busco a felicidade das pessoas como um todo”).

Do gosto pelas experiências na natureza

A criação do “gosto” pelas experiências na natureza (estética ambiental) está diretamente relacionada a três pontos mais representativos, pontos esses que, com frequência, se complementam: a) a proximidade à natureza (“[...] e a facilidade que eu tinha de tá no mato, pela minha família ter terra, ter fazenda, então essa facilidade de estar e de me sentir segura no mato”; “morar perto da praia”; “pai tinha um empreendimento perto de uma pista de skate”; “Aracaju tem muito espaço pra essas atividades”); b) vivências na natureza desde a infância (“desde criança eu sempre gostei da natureza”; “de muito pequeno”; “sempre gostei muito da água, desde pequena”; “desde criança eu sempre andei de bicicleta [...] elo entre a minha infância e a minha realidade”; “primeiro skate eu ganhei com 5 anos”); c) influência de pessoas próximas que tinham vivências regulares na natureza (“influência das pessoas que me cercam desde muito nova; influência da minha mãe, dos hábitos da minha mãe, de gostar, de estar próximo à natureza [...]”; “pela influência assim, de pessoas próximas que praticavam”).

Da experiência em si 18

A experiência em si é significada de maneira bastante diferente para cada colaborador. Nesse processo de significação, nota-se que a significação em uma mesma experiência pode mudar de acordo com a perspectiva que o colaborador constrói da experiência; isso pode ser percebido mais claramente quando se muda o foco das perguntas nas entrevistas (quando se pergunta sobre relações, objetivos e sonhos, por exemplo) ou o método de coleta de dados (diferenças entre entrevistas e narrativas, por exemplo). Também é notável as aproximações entre significações de colaboradores que vivenciam com regularidade uma mesma modalidade de experiência na natureza (skatistas ou surfistas, por exemplo); no entanto, nota-se também, por um lado, significações distintas entre colaboradores que vivenciam uma mesma modalidade, assim como aproximações de significação entre colaboradores que vivenciam diferentes modalidades. Desse modo, é possível traçar um panorama geral das significações mais representativas das experiências em si; importante, no entanto, destacar que essas significações, como descritas, formam tipologias representativas; estão, porém, inseridas em um contexto maior de vivência dos sujeitos, havendo constante integração e nuances entre essas tipologias: a) A significação da experiência como um estilo de vida (“eu queria ter um estilo de vida daquele”); essa perspectiva transparece em depoimentos que associam diretamente as experiências na natureza com o modo que os colaboradores pensam e agem no mundo (“tudo relacionado a minha pessoa foi influenciado pelo skate; forma de me vestir, a forma de, de pensar; skate agregou muito em minha vida”; “a gente procura as vezes viajar pra um interior próximo para poder ter esse convívio com a natureza e praticando um esporte que a gente adotou vamos dizer assim, como a vida”;“[meu sonho é] que a prática possa ser mais democratizada, que as crianças da periferia também possa ter acesso [...] uma coisa que eu esperava era que o poder público seja através de qualquer esfera pudesse tá levando e incentivando a prática, construindo pista, porque isso aí só fortalece e acaba tirando os jovens de um caminho que possa ser negativo”; “[Sobre o que leva do dia a dia para a experiência na natureza] eu acho que tudo “né”, meu lado mãe aqui no SUPAmigos tem projeto de educação ambiental com as crianças, meu lado mãe vem junto né, você lida sempre com os meninos do entorno né, da comunidade do entorno, uma oportunidade que você tem, como eu tenho esse objetivo de fazer as pessoas felizes”), assim como no relato dessas 19

vivências como “necessárias” para o modo de vida sustentando pelos colaboradores (“[relação é] de paixão, de necessidade; de sanidade, manter a sanidade mental”; “vai muito do coração, é...uma paixão que eu tenho não consigo mais viver sem o skate, mesmo se tornando um hobby”; “Nossa… morar lá dentro!; na verdade eu queria fazer disso que hoje é uma válvula de escape a minha vida, eu queria poder, realmente, viver muito perto do mato”); b) A experiência como momento de (auto)reflexão (“momento de mergulhar dentro de si mesmo”; “uma relação mais reflexiva, eu acho que o SUP me permite isso, reflexão”; “a gente tem o privilégio de tá em contato com um silêncio muito grande e a sensação que a gente tem é que a gente consegue se ouvir”; “essa viagem me marcou muito no sentido assim, tanto do contato tão forte de tá dentro do mato que se acontecer qualquer coisa aqui eu tô a um dia e meio de um lado, e um dia e meio do outro, sabe? De qualquer um dos lados que tenha civilização eu tô a um dia e meio, né? E dizer assim ‘sou eu, é sua atenção, é seu respeito pela natureza, seu respeito pelo seus limites’, né, e outra questão foi assim, nossa como o ser humano pode ser … podre. Foi uma experiência muito forte nesse sentido, que eu fui dos dois extremos, né, e nossa tudo é muito mágico e ao mesmo tempo tem coisas que nem deviam estar ali, sabe?”; “as reflexões que eu faço, as reflexões que eu não tenho a possibilidade de fazer no meu dia a dia que eu faço quando eu tô no SUP, eu levo pra lá essas considerações, essas conclusões, essas decisões saem daqui pra lá”); de renovação (“pra descarregar as energias ruins”; “é relaxamento, vida, contato com a natureza, um momento que você esquece dos problemas, de tudo, das coisas do dia a dia e vai apenas relaxar”; “Eu trago todo o estresse que a gente tem durante a semana e chego aqui as vezes até bem sóbria e quando eu saiu, saiu feliz da vida, saiu bem aberta uma coisa muito gostosa mesmo, eu acho que existe um interação a nível emocional nessa troca”; “momento que você se renova [...]aqui o contato com a natureza dá uma paz de espírito”), sentimento que transparece muito na significação da experiência pelo sentimento que ela proporciona, associado principalmente à coisas boas, tais como paz, liberdade, plenitude e contemplação espiritual/divina (“Plenitude! É você se sentir viva… é você se sentir… nossa… feliz!”; “momento de êxtase e depois que você termina uma sensação de paz”; “muita liberdade, muita alegria”; “é, recebe muito assim da natureza porque você sente mesmo aquela coisa, é coisa divina, maravilhoso”; “primeiro estágio é aquela adrenalina inicial; outro estágio é... é de calmaria; de gratidão; Porque você ter esse contato com a 20

natureza, o fazer, ou ter saúde pra fazer as coisas que você gosta, é, não tem preço, porque as vezes a gente trabalha demais e só pensa em ter as coisas e não consegue fazer as coisas que a gente gosta, porque aparece, vão surgir outras coisas e não tem o tempo pra gente mesmo.; tô querendo só me satisfazer e é o que eu sinto, uma paz, uma tranquilidade e é um sentimento de gratidão mesmo”; “voando, cê se sente nas nuvens quando você tá andando, esquece tudo”; “livre...e despreocupado”; “um sensação de super poder”; “é uma imagem como no evangelho tem que Jesus andou quando disse aos apóstolos, que eles estavam com medo da tempestade Jesus foi de encontro ao barco sobre as águas. Da uma sensação que a gente está flutuando sobre as águas principalmente quando a mare esta baixa que você vê aquelas águas...parece...ela vai flutuando, dá uma impressão de que a gente está em cima da água andando”; “um pouco de tenção com o equilíbrio mas depois que passa esse momento, é de paz, tranquilidade, relaxamento”); ou de contraposição ao cotidiano (“válvula de escape”; “conheço pessoas que têm aquela relação ‘é bom, mas tá bom, já chega, agora já podemos voltar para a realidade’”; “[Sobre o que leva do dia a dia para a experiência na natureza] Nada (risos) geralmente eu sou outra pessoa no mar a gente esquece dos problemas todos e lá é uma coisa e aqui é outra”; “[...] o nosso dia a dia nos estressa, nos deixa sempre com um faca nos dentes. Quando eu trago pro SUP é o contrário, é o antidoto pra tudo isso, é uma espécie de relaxamento”), evidenciando um alto potencial de influência dessas experiências na formação de hábitos do indivíduo; essa significação aparece, inclusive, nas narrativas de histórias marcantes dos colaboradores em instâncias em que relatam experiências que poderiam ser potencialmente traumáticas ou extremamente negativas, porém, quase sempre são apresentadas como aprendizados e superações que fortalecem (“teve uma hora que eu tive uma dificuldade eu cai da prancha não tava conseguindo subir na prancha por causa das ondas, ai eu disse será que eu sou o próximo e eu fiquei assim me entreguei e a coisa ocorreu foi uma sensação muito bancana”; “o rio tava jogando pro lado do mangue, no final acho que tinha oque umas 8 ou 10 pessoas que começaram e só terminaram 3; mas foi muito massa, foi muito bom”); c) A experiência como esporte (“esporte radical”; “exige muita prática; ter frequência e o principal de todos, persistência”; “um esporte assim que aparentemente a gente não dá muito valor, porque a gente pensa que não...não exercita o corpo e na verdade ele exercita”; “esporte que me agrada”; “competição é comigo mesmo, diminuir meu tempo, aumentar a distância ou melhorar minha resistência”; “eu gosto de correr 21

gosto de treinar, gosto de cronometrar”; “eu me relaciono mais assim para ir pra mais longe, mais ousado, mas é diferente a minha relação, porque eu, eu gosto de fazer uma competição interna comigo. “Até onde eu consigo aguentar?” “Quanto tempo eu consigo remar?” “Até onde começar a doer os pés, as mãos, os braços?” E quando eu chego nesse ponto, pra mim é o ponto”; “o sonho de todo skatista ter um patrocínio bom vei, isso e viver do skate”; “porque o skate é um esporte de superação se você não persistir você não consegue seu objetivo”) e meio para a saúde (“SUP é um esporte [...] é você praticar uma atividade para o seu bem estar físico, mental [...] para você tá uma mente boa você tem está com o corpo sadio”; “remo e remo sistematicamente sempre com esse empenho de melhorar minha forma física e interagir com a natureza também”; “pra mim o SUP ele entrou na minha vida de uma forma que é como se fosse o sétimo dia de academia, eu sou obrigada a ir, eu vou todos os dias para a academia e o SUP é o...o...a academia de domingo, eu sou obrigada a ir, eu tenho que ir”; “na Chapada Diamantina deu vontade de ficar, de ficar porque tava doendo muito, tava doendo muito, muito mesmo, mas ai a galera que a gente tava esperou e ai eu vi que eu, eu diminui o ritmo da equipe, do pessoal e ai eu comecei a pensar porque antes eu era muito competitivo e tô trabalhando isso; No trabalho de trilha, de stand up, eu percebi que se um tá mal, todo mundo para e ajuda né? Tem uma colaboração da equipe porque ninguém tá competindo, é mais, é mais pra passear mesmo e a trilha e o stand up está me ensinando isso né? Competir menos e apreciar mais, aproveitar mais as atividades”); d) A experiência como momento lúdico (“num é por obrigação é por amor mesmo”; “qualquer praça que você for vai encontrar um skatista se divertindo”; “[relação é] a melhor de todas é o que gosto de fazer”; “a gente volta ter aquele espírito de criança de brincar de pedalar de chegar aos nossos limites [...]”; “eu não anseio participar de competição, ando porque gosto mesmo da prática, me sinto bem andando de skate”), inclusive na exaltação estética da experiência (“Eu amo surfar!”; “[relação é] Rapaz, de amor”; “deu até vontade de chorar de tão bonito”), ou contexto de lazer (“se tornou um hobby”; “forma de lazer”; “[relação é] meia devagar, é... meia pra lazer”; “não é tipo uma obrigação; uma coisa mesmo como diversão, lazer.; hobby”); essas significações ficam muito evidentes nos relatos de histórias que marcaram os colaboradores (“vi vários golfinhos nadando e fiquei emocionada”; “muitas viagens, muitas coisas boas, novas experiências”) e na perspectiva de sonhos que os colaboradores têm em relação a suas experiências na natureza, muitas vezes sonhos de 22

consumo tipicamente vendidos como o ideal máximo na perspectiva da experiência vivenciada (“conhecer a Califórnia né que é o berço do skate”; “pegar um tubo [...] viajar para outros lugares outras trip, outras ondas...tem o Peru também que eu tenho vontade”; “viajar pra Indonésia”; “conhecer o mundo andando de skate; desfrutar dos picos que, que tem aí ao redor do mundo [...]”; “assistir a Street League e ver o Luan de Oliveira ganhar”; “meu sonho era sair da Chapada até Itacaré [...] eu já pensei no São Francisco, uma saída de um ponto pra outro assim só”; “remar em outros locais, em outros Estados, viajar com a minha esposa e com a galera, se for o caso também, pra gente praticar fora daqui de Aracaju”). e) A experiência como interação com a natureza (“é você vivenciando a natureza no dia a dia”; “interação com a natureza realmente eu acho que é a parte mais importante do SUP”; “vejo que a maioria faz mais pra, pra apreciar, é, pra apreciar não, mas pra ter esse contato com a natureza”; “porque a ideia do nosso passeio não é velocidade, a ideia do nosso passeio é justamente o quê, interagir com a natureza e aproveitar as paisagem dos percursos que a gente circula que a gente passa”; “algumas pessoas não tem essa proximidade tão grande com a natureza, não esse espirito tão contemplativo mas também amam tanto assim, porque muitas vezes tem um foco mesmo numa vida esportiva e sensibilidade para a natureza é uma coisa muito pessoal, são níveis diferentes, são limiares diferentes de amor à natureza. Mas eu acredito todo homem que se dispõe a remar num rio rodeado de mangue tem sempre um amor à natureza”; “[meu sonho é] ir daqui até salvador pedalando pela linha verde; parava num povoadozinho dormir, interagir, conhecer as pessoas daquele lugar, daquela região, né? Poder conhecer a cultura local”; “eu sempre tive uma conexão muito forte com a natureza e uma necessidade de vivenciar a natureza”; “por conta dessa interação com a natureza, com o meio ambiente, a oportunidade de ajudar na preservação do meio ambiente”; “Eu procuro sempre é... prestar atenção muito na natureza, a natureza conversa com a gente e o que eu mais faço quando eu vou remar e que eu tô em contato com a natureza é ouvi-la, é ouvir o barulho dos caranguejos, que eu acho maravilhoso, eu adoro, eu tiro muito foto no mangue, ouvir os pássaros...é...procurar enxergar nos rios peixes, eu já vi boto esse bichos assim, tartaruga, essas coisas. Isso que eu acho importante e eu procuro fazer isso”).

Do termo “ecomotricidade” 23

Esse tópico diz respeito a objetivos específicos do projeto, a saber, compreender se/como o conceito de ecomotricidade possibilita novos/diferentes olhares sobre as relações corpo-meio ambiente, especialmente, que desafiem as lógicas atualmente estabelecidas nessas relações em diferentes campos de conhecimento e analisar as reações ao conceito de ecomotricidade (aceitação; resistência; compreensão; dúvidas frequentes) por indivíduos com experiências regulares na natureza, especialmente, em contraste com outras terminologias que já fazem parte da construção discursiva desses indivíduos. As percepções dos colaboradores em relação à ecomotricidade mostram que há, em geral, uma associação direta do termo com algum tipo de sinergia entre movimento e natureza (“deve estar relacionado com ecologia ecossistema, mas motricidade, eu acho que está relacionado a sistema locomotor a locomoção, mas deve ser a união desses dois”; “deve ser algo relacionado com movimento da natureza”; “misto mesmo da natureza com a atividade”; “seja qualquer atividade que seja alimentada, que seja é...é fomentada pelo meio ambienta, pelas coisas que estão ao nosso redor, pela ecologia”; “O movimento no todo do seu movimento no meio ambiente assim”; “alguma que você mexe com suas articulações, musculaturas em contato com a natureza”). Nesse ponto, não haveria muita distinção de outras terminologias que abordam experiências na natureza, inclusive as EREN. No entanto, uma boa parte dos colaboradores identificaram a perspectiva ecológica como uma característica da ecomotricidade (“se movimentar em harmonia com o que tá a sua volta”; “[...] a natureza ela tem uma energia, eu sinto essa energia que é uma coisa intangível, mas a gente sente uma paz, quando a gente ver o pôr do sol, o nascer do sol, o vento batendo na gente, a umidade, a noite você se sente, você sente isso de manhã, de tarde e eu acredito que isso faz bem pro ser humano; movimento na natureza e você deve renovar tudo, até inclusive a respiração, a visão”; “alguma coisa haver ligado a sustentabilidade, seria... hummmm... a prática de esporte em contato...direto em contato com a natureza e eu digo politicamente correto, algo que seja sustentável, algo parecido assim não sei”), assim como uma dimensão mais ampla de natureza, como uma perspectiva de ocupação, não limitado a condições físicas e geográficas (“gente se movimentar, a gente correr no meio ambiente, na natureza, sabendo que a natureza e o meio ambiente é tudo aquilo que tá aqui nos cercando, né; Então, quando eu saio na pista pra correr eu já tô na 24

ecomotricidade também, não é só na praia”; “o movimento com o todo a sua forma de ser”). Esse dois pontos, compreendidos como características fundamentais para a compreensão da ecomotricidade, diferem esse conceito de outras EREN, nas quais a dimensão ecológica não está necessariamente associada à experiência. Esse elemento aparece timidamente nos discursos dos colaboradores quando questionados sobre o termo, sem conhecimento prévio sobre este. Após diálogo sobre o termo, a aceitação foi muito positiva por parte dos colaboradores. Em conhecimento do termo, nos demais ciclos/métodos de coleta de dados, se abriram mais à exploração da dimensão ecológica de suas experiências, o que fica mais evidente nas narrativas dos colaboradores sobre suas experiências, inclusive, muitas delas sendo apresentadas com linguagens distintas da escrita, utilizando recursos de fotografia, vídeo, desenhos e poemas, quase sempre se evidenciando um alto potencial para a ecomotricidade.

5 CONCLUSÕES

As categorias construídas a partir da leitura crítica do corpus da pesquisa colocam em evidência algumas das principais características atribuídas às experiências na natureza tais como representadas por indivíduos com vivências regulares dessas experiências. A compreensão dessas características é relevante na medida em que evidenciam como, mesmo compreendendo a grande distinção entre as diversas experiências analisadas, há convergências representativas entre elas, criando-se uma identidade para esse tipo de experiência que tem na intencionalidade de inter-ação com a natureza um ponto em comum. Em primeiro lugar, torna-se importante destacar que as características são apresentadas como tipologias, sendo que em nenhum momento propõe-se que sejam de forma alguma lineares e isoladas do contexto e umas das outras. Aliás, as tipologias comumente se entrelaçam e se sobrepõem de instante em instante, sendo que as relações dos indivíduos com suas experiências na natureza são sempre formadas nessa sobreposição caótica de significações momentâneas. No entanto, as tipologias são significativas na medida em que permitem uma macroanálise das relações de seres humanos com suas experiências na natureza, inclusive no potencial para se (re)conhecer possibilidades e limitações para o desenvolvimento de processos educativos nas 25

relações corpo-meio ambiente, especialmente pela “normalização” de valores (estéticos, éticos e políticos) da ecomotricidade localizados geo-epistemologicamente no habitus de movimento do indivíduo. Desse modo, traçamos como conclusão desse relatório uma comparação entre os dados coletados nesse plano de trabalho, os dados coletados no plano de trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico” e o conceito de ecomotricidade desenvolvido no projeto “A ecomotricidade no estado de Sergipe”, principalmente considerando-se convergências, idiossincrasias e pontos silenciosos. Compreendendo a ecomotricidade como a intencionalidade do ser em suas inter-ações com a natureza, desde que essa inter-ação seja lúdica (experiência significada pela alegria ou o prazer circunscritos à própria experiência) e ecológica (satisfazem os preceitos ecosomaestéticos-ambientalmente éticos-ecopolíticos da justiça ambiental), as seguintes conclusões podem ser feitas: a) Assim como no plano de trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico”, a análise dos dados coletados no presente plano de trabalho mostra a alta relevância da direta relação do ser com seu meio, construindo-se a experiência diretamente através das significações ser humano-natureza (considerando-se a compreensão ampla de natureza, manifesta como lugar ocupado pelo corpo em movimento, não limitado a dimensões topográficas). Desse modo, as experiências analisadas se enquadram na primeira característica instituinte da ecomotricidade – a intencionalidade do ser à inter-ação com a natureza. b) Independente de como as experiências na natureza foram caracterizadas pelos colaboradores – esporte, lazer, saúde, estilo de vida, etc., a dimensão lúdica está presente em todos os estudos de caso. Assim como na análise do plano de trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico”, o lúdico aparece em suas relações com o jogo e com o esporte (lúdico como origem da busca pelo jogo e pelo esporte – HUIZINGA, 1980); em relatos dos riscos, da aventura e da adrenalina ou do radical (busca voluntária e espontânea desses elementos, caracterizando-se a essência lúdica – PIMENTEL; MARINHO, 2010); nos benefícios e sensações positivas associados às experiências (essencialidade do prazer e da alegria associada ao lúdico – PIMENTEL, 2010); seja como opção de lazer (campo no qual o lúdico se manifesta de maneira mais proeminente – MARCELLINO, 2000).

26

c) Novamente em convergência com os resultados do plano de trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico”, o elemento de maior restrição à caracterização mais geral das experiências analisadas como manifestações de ecomotricidade é a falta de uma distinção mais clara em relação à essencialidade ecológica dessas experiências. De modo geral, se há uma clara identificação da intencionalidade à inter-ação lúdica com a natureza, o mesmo não pode ser dito sobre um direcionamento das experiências a preceitos ecosomaestéticos-ambientalmente éticos-ecopolíticos (PAYNE et al., no prelo) da justiça ambiental. Apesar da alta representatividade de manifestações que demonstram uma ligação ecosomaestética pela natureza, além de certa representatividade

(mais

tímida,

porém ainda

presente) de

posicionamentos

ambientalmente éticos e ecopolíticos, há ainda uma significativa parcela das manifestações que demonstram claramente outras intencionalidades predominantes, por exemplo, esportivas/performativas, meramente recreativas ou mesmo terapêuticas. Tais intencionalidades podem, inclusive, estar associadas a motivações que sejam opostas aos preceitos ecológicos, tais como agendas utilitaristas (uso da natureza simplesmente como palco para a prática de esportes e atividades da saúde, como o ecofitness e o exercício verde) ou consumistas (como a apropriação de consumo de uma experiência turística ou recreativa) (RODRIGUES; GONÇALVES JUNIOR, 2009), em ambas as instâncias alimentando tanto políticas de esportivização da realidade (RODRIGUES; GONÇALVES JUNIOR, 2009) como o mercado do lazer/entretenimento na composição do imaginário das experiências na natureza (RODRIGUES; STEVAUX, 2010). Por fim, considerando como ideal inevitável da ecomotricidade em seus pressupostos lúdicos e ecológicos a efetiva mudança em direção ao habitus ecológico (CARVALHO, 2010), as experiências analisadas colocaram em evidência caminhos possíveis. Interessante analisar, no entanto, como esses caminhos possíveis aparecem na com-vivência (STEVAUX; RODRIGUES, 2012) prolongada com os colaboradores. Durante os primeiros contatos, principalmente durante as entrevistas, não só pela tensão inevitável da formalidade da entrevista, mas também pela pressão de uma resposta pontual, os “chavões” associados às experiências na natureza aparecem de maneira muito mais evidente. A com-vivência prolongada, inclusive no desenvolvimento das demais etapas de coleta de dados, possibilitado também pela diversidade de métodos 27

(inclusive narrativas livres), mostram de maneira mais abrangente a dimensão da influência das experiências na natureza nas maneiras em que os colaboradores pensam e agem em seu dia a dia. Apoiado em uma das conclusões levantadas no plano de trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico”, sobre como a possibilidade de mudança no habitus dificilmente se conjuga na reflexão momentânea de valores “ambientalmente corretos”, pois depende de uma série de fatores experiencias (temporais; espaciais; pedagógicos) que dificilmente se fazem presentes em experiências esporádicas na natureza (FAY, 1987; RODRIGUES, 2015), reforça-se assa concepção pela com-vivência com indivíduos com regularidade da experiência na/com a natureza. Considerando-se possibilidades e limitações, conclui-se que, se a regularidade de vivências na natureza não garante, necessariamente, a construção de uma relação ecosomaestética-eticamente ambiental-ecopolítica (considerando-se a multiplicidade de intencionalidades nas relações ser humano-natureza), essa relação se torna altamente provável a partir da cotidianidade da ecomotricidade.

6 PERSPECTIVAS Com a finalização do presente plano de trabalho, a perspectiva é a publicação da análise sobre os dados coletados, assim como o contínuo desenvolvimento da temática em ações futuras. Como ações mais específicas, destacam-se: a) submissão dos resultados como proposta de comunicação oral para o VII Colóquio de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana, que será realizado em Aracaju em outubro de 2017, com temática central “ecomotricidade e bem viver”; b) elaboração de um dossiê sobre a temática “ecomotricidade” envolvendo todos os membros que participaram dos três anos do projeto “A ecomotricidade no estado de Sergipe”; o dossiê já está em fase de confecção, sendo 10 artigos escritos pelos participantes do projeto como membros externos (todos professores de instituições de ensino superior) e 1 artigo escrito pelo grupo de desenvolvimento local do projeto; c) contínuo desenvolvimento da plataforma digital

do

projeto,

que

pode

ser

acessada

no

endereço

eletrônico

.

7 OUTRAS ATIVIDADES

28

Além das atividades previstas no presente plano de trabalho, foram realizadas atividades dentro dos planos de trabalho “A ecomotricidade no estado de Sergipe: construção de um corpo teórico” e “A ecomotricidade no estado de Sergipe: tecnologias virtuais e construção de conhecimentos”, ambos referentes ao mesmo projeto de pesquisa – “A ecomotricidade no estado de Sergipe”. Entre as atividades realizadas nesses planos de trabalhos destacam-se: a) revisão e parecer dos resultados obtidos pela Análise Textual Qualitativa do corpus (93 artigos científicos) do plano de trabalho que tem como objetivo a construção do corpo teórico da pesquisa; b) desenvolvimento da plataforma digital do projeto; c) adequação dos dados para apresentação na plataforma virtual, incluindo edições de vídeos de entrevistas que irão para a plataforma digital do projeto através do software “Movie Maker”; d) participação nas discussões para construção de metatextos a partir dos dados coletados. Outras atividades de destaque: a) envolvimento na implementação do GEPE – Grupo de Estudos e Pesquisas em Ecomotricidade, em processo de registro pelo professor coordenador do presente projeto de pesquisa, sendo a principal atividade exercida nesse sentido a elaboração da plataforma digital do grupo; b) elaboração de trabalho para apresentação em congresso científico no segundo semestre de 2017.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, I. C. M. Ambientalização, cultura e educação: diálogos, traduções e inteligibilidades possíveis desde um estudo antropológico da educação ambiental. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. especial, set. 2010. p.28-39.

FAY, B. Critical social science: liberation and its limits. New York: Cornell University Press. 1987.

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1980.

MARCELLINO, N. C. Lazer e educação. 6.ed. Campinas: Papirus, 2000.

29

PAYNE, P.; RODRIGUES, C.; CARVALHO, I.; FREIRE, L.; AGUAYO, C.; IARED, V. G. Affectivity in Environmental Education Research. Pesquisa em Educação Ambiental. No Prelo.

PIMENTEL, G. G. A. Sobre os desvios no lazer: questões para se pensar a corrupção do lúdico. In: LARA, L. M. (Org.). Abordagens socioculturais em educação física. LARA, L. M. (Org.). Abordagens socioculturais em educação física. Maringá: Eduem, 2010. p.81-112.

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RODRIGUES, C. O vagabonding como estratégia pedagógica para a “desconstrução fenomenológica” em programas experiencias de educação ambiental. Educação em Revista, v.31, n.01, p.303-327, 2015.

RODRIGUES, C.; GONÇALVES JUNIOR, L. Ecomotricidade: sinergia entre educação ambiental, motricidade humana e pedagogia dialógica. Revista Motriz, v.15, n.4, p.987-995, out./dez. 2009.

RODRIGUES, C.; STEVAUX, R. P. Do chronos ao kairos: os tempos da educação para o lazer. Lazer e Sociedade, v.1, p. 28-42, 2010. (Lazer, Educação e Cidadania).

STEVAUX, R. P.; RODRIGUES, C. Com-vivência, educação e lazer: construindo processos

educativos

a

partir

da

diversidade

cultural.

In:

COLÓQUIO

INTERNACIONAL EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE, 6, São Cristóvão. Anais... São Cristóvão, 2012.

30

Apêndice 1: Modelo da tabela para registro dos dados dos colaboradores da pesquisa. Nome completo: Sexo e idade: Experiências na natureza que vivencia regularmente (Quais são? Há quanto tempo se envolve com essas vivências? Com qual frequência se envolve com essas vivências?):

E-mail:

Telefone:

Melhores horários para encontros para conversas:

Melhores horários para etnografia em movimento:

31

Apêndice 2: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO CAAE: 47369615.5.0000.5546 Você está sendo convidado(a) para participar como voluntário(a) em uma pesquisa. Após ser esclarecido(a) sobre as informações da pesquisa, apresentadas a seguir, caso aceite fazer parte do estudo preencha as duas vias do termo com todos os dados requisitados. Uma via ficará com o(a) entrevistado(a) e a outra com o(a) pesquisador(a) responsável. Desde logo fica garantido o sigilo das informações. Em caso de recusa você não será penalizado(a) de forma alguma. Reconhecendo que a participação na pesquisa oferece aos(as) voluntários(as) riscos de constrangimento, caso aceite participar da pesquisa estará contribuindo para a melhor compreensão das relações ser humano-natureza, especialmente as que se desenvolvem por meio da ecomotricidade. Se depois de consentir em sua participação o Sr(a) desistir de continuar participando, tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O(a) Sr(a) não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração. INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:   

Título do Projeto: A Ecomotricidade no estado de Sergipe Pesquisador Responsável: Prof. Dr. Cae Rodrigues Telefone para contato: (79) 991590052

O objetivo da pesquisa é investigar aspectos fundamentais da relação de homens e mulheres com suas experiências de ecomotricidade no estado de Sergipe buscando a identificação de categorias analíticas que fundamentem percepções sobre como essas relações influenciam percepções ser humano-mundo. A coleta de dados será realizada a partir de um conjunto de oito métodos que incluem entrevistas, diálogos diretos com os participantes da pesquisa, observações diretas registradas em diários de campos e narrativas construídas pelos participantes da pesquisa. Todos os resultados serão validados a partir de feedback dos próprios participantes. As entrevistas serão filmadas e, posteriormente, as imagens serão analisadas de acordo com os objetivos da pesquisa. Algumas imagens serão selecionadas para divulgação em uma plataforma virtual (blog) que terá como objetivo principal a divulgação dos resultados da pesquisa. O(a) entrevistado(a) poderá optar pela liberação ou não de sua imagem e nome para divulgação na plataforma virtual do projeto. Eu, __________________________________________, RG nº _____________________ declaro compreender as informações dispostas nesse termo de consentimento e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito. Ou Eu, __________________________________________, RG nº _______________________, responsável legal por ____________________________________, RG nº _____________________, declaro compreender as informações dispostas nesse termo de consentimento e concordo com a sua participação, como voluntário, no projeto de pesquisa acima descrito. Caso deseje que suas imagens não sejam divulgadas na plataforma virtual do projeto marque aqui Caso deseje que seu nome não seja divulgado na plataforma virtual do projeto marque aqui _____________________, _____ de ____________ de _______ (Local) (Dia) (Mês) (Ano) ____________________________________ Assinatura do sujeito ou seu responsável legal

__________________________________ Assinatura do pesquisador

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Apêndice 3: Tabela geral das etapas concluídas com cada colaborador.

PESQUISADOR COLABORADOR 1. Cae - Ana Paula 2. Karine - Yuri 3. Brian - Camila 4. Karine - Rafael 5. Adriano - Gabriel 6. Brian - Lincoln 7. Thaise - Marinoé 8. Ellber - Any 9. Ellber - Luciano 10. Thaise - César 11. Adriano - Yoran 12. Adriano - Vitor 13. Adriano - Jefferson 14. Pablo - Ana Angélica 15. Pablo - Flávia Silva 16. Pablo - Janisson Pereira 17. Pablo - Raimundo 18. Pablo - Vera Bedin

CONTATO INICIAL ENTREVISTAS X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

DIÁLOGO ENTREVISTA COM COL. X X X X X X X X X X X X

NARRATIVA AUTODESCRI ÇÃO COL. X X X X X X X X X X X X X

DESCRIÇÃO ANÁLISE COL. POR PERFIS SOCIAIS TERCEIROS COL. X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

NARRATIVA VIVÊNCIAS ETNOGRAFIA GLOSSÁRIO NA NAT. S EM DE (COL.) MOVIMENTO EXPRESSÕES X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

X X

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Apêndice 4: Entrevistas

Colaborador 1 Entrevista Data: 13.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilhas; mountain bike. Pesquisador responsável: Cae Rodrigues Colaborador: Ana Paula

Cae: Muito bem. Estamos aqui com Ana Paula. Ana, eu vou começar pedindo para você começar fazendo uma breve descrição sobre você mesmo. Então a pergunta seria “quem é Ana Paula?”. Ana Paula: Ana é um, é um ser inquieto, imperativo desde sempre, né? Quando criança não visitava ninguém porque ninguém me aturava nas casas, e é isso. Sempre fui de lado pro outro, tanto profissionalmente como quando adolescente, “não é isso que quero”, mudava de esporte quatro vezes por ano, né? 500 atividades ao mesmo tempo. Ia do patins à vaquejada. Então é isso! Ana Paula é um ser inquieto, instável às vezes (risos).

Cae: Legal. Então eu gostaria que você falasse também dessas vivências que você colocou ali que você tem na natureza, então surf, motobike, as trilhas, fale sobre elas. Ana Paula: foram atividades que foram fazendo parte da minha vida aos poucos cada uma em momento diferente. As trilhas, de muito pequeno minha mãe sempre foi alguém de muito contato com a natureza, né? E eu vim de uma família que tinha fazenda, sitio, e aí além de sair com a mãe pra ir pra fazer trilha tinha a coisa do “vamos descobrir sozinho” tinha uma irmão que era muito parceiro: “vamo ali na mata? Tem uma mata ‘tal’, vamo lá?”...“vamo. Vamo lá!”, né. A bike veio logo em seguida, depois a… a infância, por volta dos 14 quando descobrir que podia andar sozinha em Aracaju de bicicleta foi uma realização porque eu ia pra todos os lugares de bicicleta, e descobrir que era legal, eu tenho autonomia de ir e vir. Então, desde os 13-14 anos que eu ia pro colégio de bicicleta, ia treinar polo aquático ali no Batistão, ia de bicicleta, voltava de bicicleta. Pô e agora, a bicicleta pode sair do asfalto, ela pode ir pra terra, ir pro chão 34

de terra, vamo. E aí a gente começou a explorar alguns lugares, a ribeira a gente botava a bike no carro e pegava a estrada de chão de bike,né, e onde tinha, pô tem uma trilha ali em São Cristóvão, então vamo, vamo vê o que que acontece, né. Então ela saiu, a bicicileta saiu, começou na minha vida como meio de locomoção e ela foi pra dentro do mato também. E o SUP chegou em Aracaju há uns 5 ou 6 anos atrás e eu disse “nossa isso deve ser legal” (risos), “isso deve ser legal” e ai conheci o pessoal da MSG, o Michel. Ele “quer alugar?” eu disse “não, não quero alugar, eu quero ter minha prancha por que o dia que eu gostar disso cara, eu tô perdida, eu vou ter que fazer uma sociedade com vocês” (risos). E aí eu comprei a minha primeira prancha e o SUP é o momento de mergulhar dentro de si mesmo, o SUP é mais, é muito isso. Enquanto a trilha e a bike você tá com muito estímulo porque a bike é muita velocidade é muita atenção, sabe, o SUP não, o SUP você pode dar uma desligada e “oi, tô dentro de mim”. É mais ou menos isso, é como se fosse um equilíbrio das coisas, dessas atividades.

Cae: E qual que é sua relação com essas atividades? Ana Paula: Nossa, de paixão, de necessidade, costumo dizer aos amigos “gente eu to indo ali pro mato porque eu já tô precisando”. Né, é de sanidade, manter a sanidade mental, é isso, é necessário.

Cae: bacana! Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira nesse tipo de vivência, diferente de como você descreveu a sua relação Ana Paula: Como assim? De percepção sempre, né? Cada um tem a percepção diferente, né? Tem algumas pessoas bem próximas que até eu meio que força a barra “ai vamo ali na Chapada, tão lindo”, pra mim, né? Cara pálida (risos). E aí acha que todo mundo vai achar tudo o máximo, sabe? Ter essa relação que eu tenho. Aí às vezes não é, e dizem “já tô de saco cheio, quero minha cama, quero asfalto, quero shopping center, é engraçado isso; mas conheço, conheço pessoas que têm aquela relação “é bom, mas tá bom, já chega, agora já podemos voltar para a realidade”.

Cae: Eu gostaria que você contasse uma história que aconteceu com você em suas experiências nesse tipo de atividade e que lhe marcou de alguma maneira específica

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Ana Paula: nossa! São muitas (risos). São muitas nossa senhora! (pausa pensativa) Ai, creda! (risos). Tiveram algumas, mas, mas assim… tem uma… a primeira vez que fui à Chapada Diamantina eu fiz uma trilha da castelo da fumaça, por baixo, é uma trilha de 3 dias, você sai de Lençóis e anda 50/60 quilômetros dentro do mato e você sai no Vale do Capão, né? Você passa pela fumaça por baixo e você vê também a fumaça por cima. E aí a gente foi em um grupo grande, de 20 pessoas, que é um grupo que eu nem ando mais assim, nem gosto de andar com essa quantidade de gente mais. É muita gente no meio do mato. E aí foi uma experiência muito louca, porque… nossa! Parece que literalmente os bichos se afloram no meio do mato, né? Então assim… teve situações de... nossa! De tá acampando, é, quando saiu na trilha primeiras duas horas de caminhada encosta um cachorro perdigueiro na gente que colou do nosso lado e não saiu. Era um cachorro acostumado andar na trilha, que ele saía na frente da gente e aí ele voltava como que dizendo “pode ir, tá tudo em paz”, né, e aí esse cachorro andou com a gente os três dias e no segundo dia ele foi passar muito próximo de uma pessoa que tava no, no grupo e essa pessoa deu um murro no rosto do cachorro, e eu digo, “gente, tá tudo errado né, o que essa pessoa tá fazendo aqui?”. Né, e assim, essa viagem me marcou muito no sentido assim, tanto do contato tão forte de tá dentro do mato que se acontecer qualquer coisa aqui eu tô a um dia e meio de um lado, e um dia e meio do outro, sabe? De qualquer um dos lados que tenha civilização eu tô a um dia e meio, né? E dizer assim “sou eu, é sua atenção, é seu respeito pela natureza, seu respeito pelo seus limites”, né, e outra questão foi assim, nossa como o ser humano pode ser … podre. Foi uma experiência muito forte nesse sentido, que eu fui dos dois extremos, né, e nossa tudo é muito mágico e ao mesmo tempo tem coisas que nem deviam estar ali, sabe? Dispensável.

Cae: Legal. Descreva um sonho que você tem em relação a essas atividades que você tá descrevendo Ana Paula: Nossa… morar lá dentro! (risos) É engraçado que é algo que todo mundo que me conhece, a dona da empresa que trabalho toda vez que eu digo “tô indo na Chapada” ela “Ai meu Deus...Não vai voltar! Cada vez que você vai eu fico de coração na mão”. Poder, poder estar fora da selva de pedra, na verdade eu queria fazer disso que hoje é uma válvula de escape a minha vida, eu queria poder, realmente, viver muito perto do mato. 36

Cae: O que você leva do seu dia a dia para as atividades? Ana Paula: A responsabilidade... e o respeito pelo outro, pelo limite do outro, mas acho que a responsabilidade é algo que é assim, que vai comigo pra qualquer lugar. Tá na minha atividade do dia a dia, que tá na coisa do horário de trabalho, mas que eu não consigo nessas atividades dizer assim, “não, tá aqui, tô tranquilo”. Não é assim. Não é porque você tá na natureza, você tá num rio que você vai esquecer que a maré tem hora, né? Que você vai esquecer que, olha, se ali fecha, se essa maré enche, se ali fecha você não vai passar agora, e se tentar passar você pode se dar muito mal. Né, e a mesma coisa na trilha, porque “ó, 3 horas começa a voltar, começa a voltar porque anoitecer no mato não é legal… é sentar e esperar amanhecer o dia”. Então é o que eu levo, sempre. (risos).

Cae: Por outro lado, o que você leva das atividades pro seu dia a dia? Ana Paula: Nossa… respira, que passa. Mais ou menos isso. Enlouqueceu demais, a coisa fechou o tempo, respira que passa, contempla, né? Deixa a coisa, o momento passar, e tudo passa. (risos)

Cae: Há muitas possibilidades de atividades que você faz fora da sua casa. Por que você escolheu fazer essas? Ana Paula: Nossa...eu acho que foi muito da influência das pessoas que me cercam desde muito nova, né? Como falei a influência da minha mãe, dos hábitos da minha mãe, de gostar, de estar próximo à natureza e a facilidade que eu tinha de tá no mato, pela minha família ter terra, ter fazenda, então essa facilidade de estar e de me sentir segura no mato. Sempre me senti muito segura. Eu acho muita graça, as pessoas que “ai, cobra, aqui tem cobra?” e eu digo “não, porque todas foram pra condomínio de luxo em Aracaju, né”. Claro que tem, mas eu sempre me senti muito a vontade. Então acho que assim a influência dessas pessoas que me cercam desde muito pequena. Aí depois vem a influência do ex-marido que é, sabe, mountain bike total, então foi algo que ficou muito mais forte na minha vida a partir dos anos que a gente passou junto. Então, tipo, nossa, foi dormir tarde na sexta e de repente no sábado o cara acorda às 6 horas da manhã: “pô, vamo dá um pedal” e eu digo “meu irmão, eu quero dormir velho”. Né? Então assim, podiam ter sido outras atividades, podiam, porque eu não 37

consigo ficar muito tempo parada, mas essas foram das pessoas que eu conheci no meu caminho, né, que me apresentaram essas atividades.

Cae: Muito bem, já indo pra parte final, eu gostaria que você parasse por alguns segundos e que pensasse como você se sente enquanto está praticando essas atividades e depois tentar colocar essas atividades em palavras. Ana Paula: Nossa, é...Plenitude! É você se sentir viva… é você se sentir… nossa… feliz! Eu acho que é como se a felicidade tem uma paisagem pra mim é o oceano. É a Plenitude.

Cae: Pra terminar, um desafio: pra você o que seria ecomotricidade? Ana Paula: Nossa… ecomotricidade…gente (risos). Deve ser se movimentar em harmonia com o que tá a sua volta, no sentido de ...natural, né? De você usar todas as paisagens, todos os meios para se movimentar, qualquer lugar é possível de se movimentar, qualquer meio: se é na água, se é no mato, ou se é no asfalto, né? Tem uma maneira de se movimentar, que não seja pilotando um carro. Acho que mais ou menos por aí. (Risos).

Cae: Beleza. Encerramos por aqui a entrevista com a Ana Paula

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Colaborador 2 Entrevista Data: 13.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Yuri

Karine: Vou iniciar pedindo para que faça uma breve descrição de você mesmo. Então minha pergunta é: quem é Yuri? Yuri: Olha... eu sou uma pessoa, hum... eu nem sei descrever na verdade. Eu sou uma pessoa que no mínimo não tem assim muitas ambições, em termos de...de... financeiro. Eu sou uma pessoa simples eu acho. Eu me considero uma pessoa simples.

Karine: Agora nos vamos fazer a pergunta sua prática. Fale sobre skate. Yuri: Ah... o skate pra mim é um é mais que um esporte e um... como a gente diz né quem pratica é um estilo de vida.

Karine: Como é a sua relação com o skate? Yuri: Ah é a melhor possível num é hum... num é por obrigação é por amor mesmo.

Karine: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o skate, diferente de como você descreve sua relação? Yuri: Sim totalmente muitas.

Karine: Quais são essas maneiras diferentes? Yuri: Ah assim tem vez que é profissional querer assim conseguir algum dinheiro com isso. Não que seja errado, mas é além da diversão né que eu acho que é o principal.

Karine: Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o skate e que lhe marcou de alguma maneira específica. Yuri: Ah a convivência com certamente a convivência com moradores de rua que a gente encontra sempre por estar na rua né ai acaba é... trocando experiências ele contando as historias de como eles vivem na rua, é isso. 39

Karine: Descreva um sonho que você tem em relação ao skate. Yuri: Ah conhecer a Califórnia né que é o berço do skate né

Karine: O que você traz do seu dia a dia para o skate? Yuri: Eu acho que a perseverança

Karine: O que você leva do skate para seu dia a dia? Yuri: (risos) vixe eu num sei... do skate? É...(pausa) hum é... eu não sei.

Karine: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o skate? Yuri: Ah num sei eu acho que a que mais é... me senti atraído antes mesmo de praticar.

Karine: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está skate e tente colocar essa sensação em palavras. Yuri: Êxtase. Momento de êxtase e depois que você termina uma sensação de paz.

Karine: O que para você significa “ecomotricidade”? Yuri: Num entendo esse termo.

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Colaborador 3 Entrevista Data: 16.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaboradora: Camila

Brian: Vou iniciar pedindo para que faça uma breve descrição de você mesmo. Então minha pergunta é: quem é Camila? Camila: Bom... (risos), eu sou Camila tenho 22 anos, eu sempre quis praticar o surf, porque desde criança eu sempre gostei da natureza, gostava do ambiente da praia e acabei parando... fazendo a faculdade de biologia, faço ciências biológicas (licenciatura) e tudo isso me levou pro surf de uma certa forma.

Brian: Agora nos vamos fazer a pergunta sua prática. Fale sobre o surf. Camila: Então... é um esporte que exige muita prática, pra você conseguir desenvolver, você tem que ter prática, ter frequência e o principal de todos, persistência, porque se você não tiver persistência, desiste logo e não consegue desenvolver não... o surf (risos).

Brian: Como é a sua relação com o surf? Camila: Minha relação é... Eu amo surfar! Mas eu não tenho muita prática, hábito, por causa do meu trabalho e dos meus estudos porque ainda estou cursando eu não posso ir sempre, então só apenas nos fins de semanas, minha relação com o surf é meia devagar, é... meia pra lazer.

Brian: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o surf, diferente de como você descreve sua relação? Camila: É, sim. Tem pessoas que vão surfar e botam metas, determinam metas, objetivos para serem conquistados, é... por exemplo, a pessoa quer tal manobra, então ela quer fazer tal manobra naquele período de tempo que ela determina, tem gente que é por lazer, tem gente que cobra muito de si mesmo, pra conseguir desenvolver, tem

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gente que é a nível de competição, tem várias relações com o surf, depende de cada pessoa.

Brian: Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o surf e que lhe marcou de alguma maneira específica. Camila: então, têm vários momentos que me marcaram como o mar bom, com os ‘’perrengues’’, que se passa dentro do mar, que é perigoso, se você não souber lhe dar com as emoções, você passa mal mesmo, e tem um momento marcante que quando eu viajei fiz uma trip pra Itapemirim Bahia, e quando cheguei lá a cerca de 1km vi vários golfinhos nadando e fiquei emocionada.

Brian: Descreva um sonho que você tem em relação ao surf. Camila: Eita, um sonho, acho que... de pegar um tubo porque ainda não tive essa experiência e de viajar para outros lugares outras trip, outras ondas... tem o Peru também que eu tenho vontade (risos).

Brian: O que você traz do seu dia a dia para o surf? Camila: Acho que a questão mais da atividade física.

Brian: O que você leva do surf para seu dia a dia? Camila: Então do surf para meu dia a dia é, mas a questão do esporte, do relaxamento, tentar nos momentos mais estressantes, nos momentos mais difíceis, de você imaginar que estar surfando pra seu dia ficar melhor, pra semana ficar melhor.

Brian: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o surf? Camila: Então, voltando pra aquele contato com a natureza, o ambiente da água, eu sempre gostei muito da água, desde pequena eu ‘’pá’’ mergulhava lá, me jogava nas piscinas fundas, nas mais fundas e meus pais que vinham me buscar, então eu sempre gostei da água e da praia, eu gosto mais de esportes aquáticos.

Brian: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está surfando e tente colocar essa sensação em palavras. Camila: (Respiração profunda)... Paz! 42

Brian: O que para você significa “ecomotricidade”? Camila: Bom, como eu sou da Biologia eco deve estar relacionado com ecologia ecossistema, mas motricidade, eu acho que está relacionado a sistema locomotor a locomoção, mas deve ser a união desses dois, mas nunca ouvi essa palavra não.

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Colaborador 4 Entrevista Data: 17.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Rafael

Karine: Estamos aqui com o Rafael Poerschk e eu vou iniciar pedindo para que faça uma breve descrição de você mesmo. Então minha pergunta é: quem é Rafael? Rafael: Uma pessoa de vinte e sete anos que gosta muito de esporte, trabalhador e que vive a vida com a melhor forma possível que tem no dia.

Karine: Bom então fale um pouco sobre o surf. Rafael: Bom o surf pra mim é um hobby, eu faço o esporte né com surf basicamente três a quatro vezes por dia...(corrigindo) por semana e busco sempre ta podendo ir à praia né é uma forma de lazer que eu tenho, pra descarregar as energias ruins.

Karine: Como é a sua relação com o surf? Rafael: Boa. Um esporte que me agrada. Tenho mais ou menos uns doze a quinze anos que faço o esporte.

Karine: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o surf diferente de como você descreve sua relação? Rafael: Não. Geralmente as pessoas vão com esse intuito né de buscar uma saúde, um lazer né, um descanso algo que faça bem, uma interação com a natureza.

Karine: Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o surf e que lhe marcou de alguma maneira específica. Rafael: Bom, muita viagem, geralmente a gente faz surf né, surf trip então a gente vai viaja. O surf sempre me proporcionou muitas viagens, muitas coisas boas, novas experiências. Podendo sair né, quando era mais novo sem meu pai, sem minha mãe então sempre sair com a galera fazer um surf, muitas coisas boas.

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Karine: Descreva um sonho que você tem em relação ao surf. Rafael: Viajar pra Indonésia

Karine: O que você traz do seu dia a dia para o surf? Rafael: Nada (risos) geralmente eu sou outra pessoa no mar a gente esquece dos problemas todos e lá é uma coisa e aqui é outra.

Karine: O que você leva do surf para seu dia a dia? Rafael: Bastante coisa, tentar preservar a natureza né ver aquilo que ela nos proporciona então tentar sempre cuidar da melhor forma possível.

Karine: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o surf? Rafael: Porque eu comecei a morar perto da praia então era uma coisa mais fácil. Comecei me apaixonei e assim segui.

Karine: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está surfando e tente colocar essa sensação em palavras. Rafael: Perfeito.

Karine: O que para você significa “ecomotricidade”? Rafael: Um contato com a natureza.

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Colaborador 5 Entrevista Data: 18.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Gabriel

Adriano: Vou iniciar pedindo para que faça uma breve descrição de você mesmo, “quem é Gabriel”? Gabriel: Então, é.. eu sou natural de Ilhéus da Bahia, tenho 20 anos, curso Engenharia de Petróleo aqui na Universidade Federal de Sergipe, sou skatista amador, competidor e atleta.

Adriano: Fale sobre o skate. Gabriel: Então, é.. eu ando de skate a cerca de 20 anos, é.. no início começou como uma brincadeira, só que tomou proporções maiores, é.. tipo, já viajei o nordeste todo pra participar de campeonatos, é.. tive bons patrocínios, só que devido a correria do dia a dia hoje em dia se tornou um hobby.

Adriano: Como é a sua relação com o skate? Gabriel: Então, o skate, é.. é algo tipo que, vai muito do coração, é.. uma paixão que eu tenho não consigo mais viver sem o skate, mesmo se tornando um hobby, pra mim hoje em dia, é.. pelo menos duas vezes na semana eu tenho que andar, porque, tipo, se num andar já muda o humor, já, já muda tipo, tudo tudo do dia a dia, skate pra mim virou uma paixão.

Adriano: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o skate, diferente de como você descreve sua relação? Gabriel: Sim sim, tem muita gente que principalmente hoje em dia tipo a galera que, que tá começando agora, é que anda muito por interesse de patrocínio, de ganhar campeonato e perde a essência do skate, que é tipo, você ter os amigos que são seus irmãos que tão ali na sessão todo dia, é.. hoje em dia muita gente que, que anda beeem, não tem essa essência. 46

Adriano: Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o skate e que lhe marcou de alguma maneira específica. Gabriel: Então, xô ver aqui.. foram várias vivências, várias, só que eu acho que.. xô ver.. eu acho que meu primeiro campeonato fora, de minha cidade, eu acho que foi uma das, das experiências melhores que eu tive em minha vida e.. tipo, eu não tinha o costume de, de viajar tinha 12 anos de idade, ai viajei com uns amigos pra, pruma cidade de Ipiaú lá na Bahia, é.. tipo, foi.. a gente ficou em colégio, dormiu no colégio, foi uma trip irada, e eu acabei ficando em segundo lugar, tipo fiquei naquela de não ter ganho e tal, mas tipo foi uma experiência inesquecível.

Adriano: Descreva um sonho que você tem em relação ao skate. Gabriel: Então, eu sonho ainda tipo, eu tenho um sonho de, de conhecer o mundo andando de skate, tipo nem que seja, não pelo skate, é.. pelo que ganho com skate, mas tipo de conhecer o mundo e poder andar de skate, desfrutar dos picos que, que tem aí ao redor do mundo, e virar profissional.

Adriano: O que você traz do seu dia a dia para o skate? Gabriel: É.. eu trago do dia a dia para o skate.. eu acho que é a forma, eu acho que o skate traz mais pra o meu dia a dia, é.. basicamente o que eu vivo hoje foi o skate que me proporcionou, todas as vivências, todas as aprendizagens foi o skate que me proporcionou, então é mais o que eu, tipo, é mais o que eu vivo do dia a dia que foi proporcionado pelo skate.

Adriano: O que você leva do skate para seu dia a dia? Gabriel: É então tem que.. (risos). Então, basicamente tudo que tem a ver comigo, tudo relacionado a minha pessoa foi influenciado pelo skate, a forma de me vestir, a forma de, de pensar, então, tipo, tenho uma visão a mais da, da estrutura da rua, é.. tipo, todos todos pensamentos, viver em ambientes, tipo que eu não viveria, pelo skate, conhecer muita gente diferente, é, tipo.. o skate agregou muito em minha vida.

Adriano: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o skate? 47

Gabriel: Então, de início foi porque meu pai tinha um empreendimento perto de uma pista de skate que abriu em minha cidade natal, e eu consequentemente tava ali perto, e... por causa disso eu comecei a, a brincar, de início, até se tornar o que se tornou.

Adriano: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está no skate e tente colocar essa sensação em palavras. Gabriel: Ah o skate, você tá andando de skate é uma sensação de liberdade, é uma sensação que, tipo, eu não vejo em nenhum, que nenhum outro esporte possa me proporcionar, a sensação de você poder desbravar os ambientes da rua, é...é mais isso uma sensação de liberdade.

Adriano: O que para você significa “ecomotricidade”? Gabriel: Ecomotricidade? Sinceramente eu não, não tenho algo a definir, esse nome Ecomotricidade, num sei ti falar, o que é ecomotricidade?

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Colaborador 6 Entrevista Data: 24.02.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Entrevistado: Lincoln

Brian: Vou iniciar pedindo para que faça uma breve descrição de você mesmo. Então minha pergunta é: quem é Lincoln? Lincoln: Olá boa tarde, Lincoln tem uma personalidade diferente, gosta de curtir a vida, gosta de andar de skate... De procurar aventura, praticante de quase todos os esportes também, mas o skate é o preferido e gosto de fazer novas amizades e estar sempre andando pelas ruas.

Brian: Fale sobre o skate: Lincoln: O skate é um esporte radical, praticado pelo pais todo , pelo mundo qualquer praça que você for vai encontrar, um skatista se divertindo, fazendo amizades e é isso.

Brian: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o skate, diferente de como você descreve sua relação? Lincoln: Não, eu acho que todo skatista quando conhece o outro, não muda nada, tipo, a forma da amizade continua a mesma, é sempre um tratando o outro com lealdade, não tem essa briga, como podemos dizer, não é como fosse o futebol, no skate é todo mundo unido lutando pelos mesmos objetivos.

Brian: Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o skate e que lhe marcou de alguma maneira específica. Lincoln: Uma historia que me marcou foi, quando fui dar um role na pista cara de sapo e quando cheguei lá encontrei com os profissionais Adelmo Jr e JN Charles que são dois caras que eu admiro muito, tanto em Aracaju como fora eles representam bastante, e toda vez que eu vou andar de skate e eles estão por perto, eles incentivam e faz com que essa inspiração se torne maior.

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Brian: Descreva um sonho que você tem em relação ao skate: Lincoln: Eu tenho o sonho de assistir a street ligue e ver o Luan de Oliveira ganhar.

Brian: O que você traz do seu dia a dia para o skate? Lincoln: Trago muito conhecimento, procuro aprender muito com as coisas e vejo muitas situações que se você não andar de skate você não ver.

Brian: O que você leva do skate para seu dia a dia? Lincoln: O que eu levo do skate para meu dia a dia é a humildade e o conhecimento que os skatistas passam muito através disso e ao passar do dia você sempre vai adquirindo essas coisas.

Brian: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o skate? Lincoln: Porque o skate é um esporte de superação se você não persistir você não consegue seu objetivo.

Brian: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está andando de skate... agora tente colocar essa sensação em palavras: Lincoln: Não dar para descrever, quando você anda de skate é uma sensação única, você não... tem como descrever, só quem anda vai saber a sensação.

Brian: O que para você significa “ecomotricidade”? Lincoln: (Primeira resposta) Sei nem o que é isso doido (Risos)...(Segunda resposta Assimilou) deve ser algo relacionado com movimento da natureza, algo do tipo.

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Colaborador 7 Entrevista Data: 12.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Corrida Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: Marinoé

Thaise: vamos lá Mari, primeiro eu gostaria de agradecer por você ter aceitado fazer parte da pesquisa e me conceder essa entrevista. Inicialmente eu vou pedir para que você faça uma breve descrição sobre você mesma. Quem é Mari? Mari: Então Marinoé é... É difícil falar da gente, né? Mas eu me considero uma pessoa determinada, às vezes um pouco teimosa e de bem com a vida.

Thaise: Fale um pouco sobre sua vivência com a corrida. Mari: A uns dois anos atrás com um amigo meu, eu pedi pra ele pra que a gente fosse correr aí pronto a culpa foi dele, ele quis ir me levou e até hoje tô correndo.

Thaise: Como é sua relação com a corrida? Mari: Minha relação com a corrida é a melhor de todas é o que gosto de fazer, começar o dia correndo já começo o dia bem e correr em qualquer lugar na rua na praia na serra ... então se quiser ser meu amigo é só me chamar para correr.

Thaise: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira diferente de como você descreve sua relação? Mari: Há sim, eu gosto de correr gosto de treinar, gosto de cronometrar, de tirar foto, tem gente não, que só gosta de treinar, não participa de tanta corrida e eu praticamente toda corrida que tem eu tô lá, tô dentro, né. Tem gente não que gosta de correr, que corre menos uns corre mais, uns gostam de botar mais velocidade e outros gostam de fazer meia maratona.

Thaise: Mari conte uma história que aconteceu com você em suas experiências que lhe marcou de alguma maneira.

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Mari: Então, histórias têm muitas, tem a de quando eu ganhei o primeiro troféu e o da última corrida que tá mais recente, foi bem interessante que no final da corrida eu tava passando um corredor, passei e quando já tava perto do portal de chegada ele resolveu dar o sprint e me alcançar aí quando eu vi que ele tava me alcançando aí eu ...dei um sprint mesmo e cheguei na frente dele por um segundo, então isso aí é mais recente que me marcou, né?

Thaise: Descreva um sonho que você tem em relação a corrida. Mari: Bem eu quero fazer maratonas e ser ultramaratonista.

Thaise: O que você traz do seu dia a dia para a corrida. Mari: É a questão de atingir meus objetivos, né? É traçar uma meta e atingir, então na minha vida eu sempre fui assim e principalmente pra corrida.

Thaise: E o contrário o que você leva da corrida para o seu dia a dia. Mari: Então, da corrida pra o dia a dia é saber que eu posso alcançar qualquer coisa, né, porque quando você faz uma meia maratona que foi o que eu fiz ou que depois que você corre São Cristóvão Aracaju que é uma das três piores provas do Brasil quer dizer, piores não, mais difícil, das três mais difíceis, aí você sabe que você pode atingir qualquer coisa, conquistar qualquer coisa.

Thaise: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu a corrida? Mari: Por que é mais democrático e é uma coisa inerente ao ser humano correr né? Eu quero ser tri atleta, mas eu tenho que aprender a nadar ainda, então é mais difícil, né? Andar de bicicleta, eu tenho bicicleta, mas eu sei que pra muita gente é mais difícil porque tem que ter o equipamento e correr não, você precisa de um tênis e vontade de sair por aí (risos) é mais democrático.

Thaise: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está correndo e tente colocar essa sensação em palavras.

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Mari: É a liberdade quando eu corro eu sinto muita liberdade, muita alegria também, principalmente quando eu tô correndo principalmente quando eu tô chegando já no objetivo a alegria e a sensação de felicidade é muito grande.

Thaise: O que para você significa Ecomotricidade? Mari: Bem acho que motricidade é o movimento, então é... a gente se movimentar, a gente correr no meio ambiente, na natureza, sabendo que a natureza e o meio ambiente é tudo aquilo que ta aqui nos cercando, né? Então, quando eu saio na pista pra correr eu já tô na ecomotricidade também, não é só na praia né (risos).

Thaise: Obrigada Mari.

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Colaborador 8 Entrevista Data: 20.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Entrevistado: Any

Ellber: Então Any, estamos aqui hoje com você. E a primeira pergunta que eu vou começar, é que você fale um pouco sobre quem é Any? Any: Então, é, eu sou uma pessoa que, que todo mundo resume em 220 né? Na verdade 220 por hora no caso, 220 volts. Porque não paro, tipo é, me dá até agonia se eu ficar parada, então eu gosto muito, muito, muito de ler, viajar e claro de praticar esportes né? Principalmente esses ao ar livre. Academia eu não gostava, mas tive que criar o habito porque assim que eu sai do ensino médio, da escola, que eu entrei na universidade, foi a única válvula que eu consegui me encaixar devido aos horários, estágios e essas coisas.

Ellber: Agora Any, eu vou pedir que você fale um pouco sobre quais são suas atividades que você realiza. Any: Repita a pergunta, que agora (risos) deu um branco.

Ellber: Quais são suas atividades, que você vivencia assim na natureza? Any: Então, geralmente eu faço trilha, é, stand up, patino, corro de vez em quando... que não é muito a minha praia mesmo. É... eu gosto muito de esporte ao ar livre, em si. Então, acho que basicamente esses. Natação também eu gosto, eu adoro na verdade, acho muito bom até pra parte física mesmo da gente, é um esporte que trabalha tudo né? O corpo todo. É isso... já joguei muita bola (risos) principalmente em tempo de escola, mas agora a bola já fica mais de canto.

Ellber: Agora eu vou pedir que você fale um pouco de como é a sua relação com essas atividades. Any: Então, minha relação com essas atividades são, é muito boa, certo? É... eu acredito que eu me sinto melhor fazendo essas atividades, geralmente eu faço assim, em 54

tempos variados, “ah não é tipo uma obrigação” é mais uma coisa mesmo como diversão, lazer. Não pra “a porque eu vou competir e tenho que treinar”, não, eu gosto de fazer e se tiver alguma competição que eu me veja, eu vou e participo, mas é mais por hobby mesmo.

Ellber: Você já falou ai um pouco sobre essas outras formas, por exemplo assim de competição. Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra forma com essas atividades, diferente da sua? Any: Eu observo sim, e assim, algumas dessas pessoas eu vejo que são muito ativas mesmo e outras eu vejo que elas são bem mais lentas. Eu não sei explicar, mas é meio variável isso, depende muito da pessoa em si, mas eu conheço duas pessoas por exemplo, que gostam de fazer atividades como essas e até me acompanha algumas, mas elas são bem mais lentas e eu fico impressionada, porque eu acho que quem faz geralmente é mais ágil e tal, mas nada contra certo? (risos)

Ellber: Agora Any, eu vou pedir que você conte alguma história que aconteceu durante essas atividades, essas suas experiências que lhe marcou de alguma forma. Any: (pensativa)... então, são tantas emoções (risos). É, uma no SUP (Stand Up Paddle) que foi uma das atividades, que aconteceu foi o seguinte: a gente ia pra uma ilha, no trajeto acabou que a maré virou e ficou tão forte que eu não conseguia sair do lugar praticamente, só que outra pessoa que não tinha assim tanta resistência, acabou, é, me prendendo a um lugar. A gente ficou fixo e ai ficamos esperando o socorro, ajuda, porque como a maré estava muito forte, eu não ia confiar em botar a pessoa, a vida da pessoa em risco sabe? Porque foi uma coisa fora do normal. É, a pessoa começou a sentir dor e começou a dizer que não aguentava. Então, assim, ela estava ficando nervosa e já tava me deixando também, ai eu preferi ficar em um local lá, tipo um mangue mesmo e nesse momento, é, acabou que, a sorte que tinha um celular, liguei pra outras pessoas pra ir lá, o rapaz que aluga a prancha, lancha e tudo, pra poder ele ir pegar a gente e ai conseguimos sair. Ficamos mais ou menos umas duas horas nesse lugar, ia bater como naufrago (risos).

Ellber: Bom, agora a próxima pergunta. Eu quero que você descreva, se você tem algum sonho em relação a essas atividades. 55

Any: Então! É, sonho, sonho eu acredito que não, mas assim vontade mesmo em relação a essas atividades, é descer de novo de paraquedas, de preferência que seja sozinha, alguma coisa assim. Tipo alguma coisa que tenha mais adrenalina.

Ellber: O que você traz do seu dia a dia para essas atividades? Any: É, geralmente para as atividades em si é mais a questão de cautela, porque na rotina a gente tem cautela antes de fazer as coisas e no esporte é meio complicado você ter cautela, quando você vê que tá ficando bom, tá emocionante, acaba querendo extrapolar. Então, eu tenho mais aquela questão de cautela, se não dá, não rola, então não vai dar, não vai dar. Basicamente isso.

Ellber: E o que você leva dessas atividades para o seu dia a dia? Any: Dessas atividades mais as questões de estratégia (risos), porquê, é, assim, quando a gente tá no dia a dia e precisa de um escape, de alguma coisa assim, eu tento lembrar de como fazer, eu acho que me torna mais ágil, não sei, a questão de é, o esporte exige que você tenha agilidade de certa forma, de um determinado horário, então eu faço isso, no dia a dia vamos dizer assim. Então é basicamente isso, a questão de agilidade mesmo.

Ellber: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa, por que você escolheu essas? Any: Essas porque é mais acessível, assim no meu ponto de vista, pra mim. É... porque também a gente aqui em Aracaju tem muito espaço pra essas atividades, principalmente a questão de patins também, porque aqui tem várias praças, tem, é... a treze, o Parque dos Cajueiros, que são locais de lazer e que você pode andar de patins sem machucar uma pessoa ou coisa assim. A questão das trilhas aqui em Sergipe ainda não tem muita, assim, exploração, basicamente Miaba e Serra de Itabaiana, mas tem outras trilhas ainda que podem ser exploradas e são até, mas por pouca gente. É mais por essa questão de acessibilidade mesmo. E fora daqui também porque trilha eu acho que em todo lugar tem, principalmente aqui no nordeste.

Ellber: Agora eu vou que você para por alguns segundos, pra assim, tentar... sua sensação enquanto faz essas atividades, tentar colocar isso em palavras. 56

Any: Hum, essa parte pegou viu (risos). Então, eu acho que a sensação quando a gente tá fazendo, praticando mesmo essas atividades é de adrenalina, é um misto na verdade né? É adrenalina com bem-estar, sei lá, você se sente uma pessoa mais saudável. Tipo, porque é complicado você querer comparar, vamos dizer, a pessoa dentro de casa comendo uma pipoca, sentado o dia todo e uma pessoa que tá lá fora, tá remando, é meio complicado essa situação. Eu acho que, eu não me vejo dessa forma entendeu? Me vejo remando, patinando, porque é mais assim, a atividade em si que puxa, emocionante, gera um misto de emoções né? Então é muito gratificante, eu acho que pra o dia a dia a gente aprende muito com as atividades. É, recebe muito assim da natureza porque você sente mesmo aquela coisa, é coisa divina, maravilhoso.

Ellber: Agora a última pergunta, uma pergunta bônus: o que para você significa ecomotricidade? Any: Então, eu acredito que é o misto mesmo da natureza com a atividade. É, não sei o significado técnico, mas eu acredito que assim, que é uma junção, eu acho que é até melhor do que outras atividades em si. O estudo, eu acredito que seja muito importante esse estudo da ecomotricidade porque de certa forma vai passar informação para pessoas leigas que vai assim, tipo, chamar eu acho, não sei, as pessoas, que tem interesse nessas atividades e as que já estão inseridas aprimorar aquilo né? As atividades em si na natureza.

Ellber: Acabou, tá vendo que foi fácil? (risos)

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Colaborador 9 Entrevista Data: 20.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilhas; corrida. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Entrevistado: Luciano

Ellber: Então, hoje estamos com Luciano, e eu vou pedir Luciano para você começar falando um pouco sobre: quem é você? Luciano: Bem, eu sou um amazonense que acabei vindo por força do acaso, do destino, por escolha mesmo morar aqui em Aracaju/SE a 5 anos atrás e sou uma pessoa bem dinâmica no trabalho. Tenho 41 anos, mas me sinto um jovem de espirito porque eu não consigo ficar muito tempo parado e eu relaxo quando estou fazendo atividades físicas né? (Risos) é até estranho, porque: “como você vai relaxar fazendo atividade?”, mas é assim que me sinto, por exemplo, eu cheguei agora do trabalho, lá me deixou exausto, eu relaxo um pouquinho aqui na rede, vou dormir, mas eu relaxo de verdade, me sinto vivo quando estou fazendo alguma atividade, eu me sinto eu quando estou fazendo alguma atividade.

Ellber: Agora Luciano eu vou pedir pra você falar um pouco sobre quais são as atividades que você realiza. Luciano: Bem! É, eu faço assim todo e qualquer tipo de atividade. Nova eu gosto de aprender, eu gosto de fazer. Ultimamente se eu for falar as que eu já fiz, eu já fiz: vôlei, futsal, vôlei de quadra, vôlei de areia, tentei um tempo no basquete, ai corrida de rua, natação e ultimamente estou fazendo trilha e stand up. É esses são os principais, mas já fiz um pouquinho judô e a 22 anos que eu pratico regularmente academia, sempre tô fazendo academia pra fortalecimento e pra manter o ritmo.

Ellber: Bom! Agora eu vou pedir que você fale um pouco sobre essa sua relação com as atividades na natureza, como a trilha e o stand up. Luciano: Certo! É, eu esqueci de fazer um link, mas como eu participava de algumas competições né? Ai eu vi que tanto meu desempenho, como alguns esportes de equipe precisam de um empenho de todo mundo da equipe, eu percebi que não estava 58

conseguindo isso, porque como é esporte de equipe, todo mundo tem que tá focado no mesmo objetivo, treinar. E eu gosto muito de competição, eu gosto de entrar numa coisa e tentar chegar até o final dela e me sobressair. E ai ultimamente eu fui, a última competição que eu tive, eu vi que o nosso, foi vôlei de quadra, nosso desempenho foi muito ruim e ai eu abandonei essa ideia de competição em equipe e tô mais voltado agora para esportes na natureza, como o stand up e corrida de rua que eu faço sem aquele espirito de competição, mas a competição é comigo mesmo, diminuir meu tempo, aumentar a distância ou melhorar minha resistência. E ai eu sei que não dependo de ninguém, só depende de mim.

Ellber: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra forma com essas atividades na natureza? Luciano: É, assim, no stand up o que eu vejo é muita gente querendo aprender, conhecer e tem muito medo. Medo de cair, medo da água e eu vejo que eles tentam superar esse medo, essa adrenalina e eles são mais assim, mais prudentes. Eu já sou mais, apesar de ter pouco tempo, mas eu assim que subi na prancha e comecei a remar, eu percebi que eu tinha jeito e assim, a minha, eu me relaciono mais assim para ir pra mais longe, mais ousado, mas é diferente a minha relação, porque eu, eu gosto de fazer uma competição interna comigo. “Até onde eu consigo aguentar?” “Quanto tempo eu consigo remar?” “Até onde começar a doer os pés, as mãos, os braços?” E quando eu chego nesse ponto, pra mim é o ponto. E eu vejo que a maioria faz mais pra, pra apreciar, é, pra apreciar não, mas pra ter esse contato com a natureza.

Ellber: Agora Luciano eu vou pedir que você conte alguma história que lhe marcou de alguma forma enquanto você realizava essas atividades. Luciano: Tá, certo! É, eu falei antes que eu tô fazendo também trilha né? E ai teve uma, duas vezes já que aconteceu a mesma coisa, depois de a gente caminhar, sei lá, 4 horas subindo e descendo serra, eu percebi que, a gente, eu tenho que saber o meu limite, porque ultimamente tenho sentido dor no joelho e eu sei que é por causa do esforço em demasia ou porque eu estou descansado pouco, ou porque a idade chega pra todo mundo e talvez como eu faço muitas atividades o corpo ele precisa, ele tem um limite né? Então teve uma vez que na Chapada Diamantina deu vontade de ficar, de ficar porque tava doendo muito, tava doendo muito, muito mesmo, mas ai a galera que 59

a gente tava esperou e ai eu vi que eu, eu diminui o ritmo da equipe, do pessoal e ai eu comecei a pensar porque antes eu era muito competitivo e tô trabalhando isso, e nem sempre todo mundo está no mesmo nível né? Então a gente não pode exigir do outro aquele mesmo nível da gente. No trabalho de trilha, de stand up, eu percebi que se um tá mal, todo mundo para e ajuda né? Tem uma colaboração da equipe porque ninguém tá competindo, é mais, é mais pra passear mesmo e a trilha e o stand up está me ensinando isso né? Competir menos e apreciar mais, aproveitar mais as atividades.

Ellber: Agora uma vez um passarinho me contou que também teve uma história na trilha que aconteceu com você. Você poderia falar um pouco sobre como foi essa história? Luciano: (Risos) essa história é muito interessante porque (risos), porque eu tava (risos), mudando meus conceitos sobre a vida né? Como eu falei... “tentar ser mais calmo, ser menos competitivo” e ai eu acabei conhecendo o Danilo, que se Deus quiser ele vai ver essa reportagem, essa entrevista e ai ele me convidou pra fazer uma trilha e eu aceitei. E essa trilha já tinha um grupo chamado “piolhos de trilha” que é um pessoal que faz trilhas né? E eu fui, e eu não conhecia ninguém, só ele, e nem conhecia direito, conheci ele três dias através de um outro colega e conversei com ele no face e ele disse “vai lá”. Eu dei o endereço, ele me pegou e lá eu conheci uma turma boa e teve uma delas em especial que me chamou muita atenção (risos) e ai eu “opa”, mas eu não imaginava que ia dar nisso né? (Exibindo a aliança de noivado) e hoje nós somos noivos e isso aconteceu a 10 meses atrás e foi meu primeiro contato com trilha, e a paisagem foi linda, deu até vontade de chorar de tão bonito, de tão lindo que foi aquela, por causa da emoção né? Aquela paisagem e meses depois, eu acho que 7 meses depois, mais ou menos, 7 meses e meio depois eu a pedi em casamento e noivamos na Serra da Miaba, no mesmo lugar que a gente se conheceu e foi uma surpresa pra ela, agora claro que essa pessoa que convidou também virou nosso padrinho né? Porque ele ajudou na organização da surpresa. Então isso vai ficar marcado para o resto da minha vida e para as pessoas que estavam presentes, porque foi uma coisa muito, muito diferente. Teve inclusive um DJ que nós contratamos na hora (risos), quando eu vi apareceu um champagne lá na hora também e foi tudo muito natural, assim como a natureza nos ensina né? O que é natural, é mais bonito.

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Ellber: Legal essa história Luciano! Agora eu vou pedir que você fale se você tem algum sonho em relação a essas atividades. Luciano: É, eu tenho sim um sonho. Quando a gente teve no Morro do Pai Inácio, Chapada Diamantina, a uma altura de, não sei, uns 400 metros ou mais, eu vi o quanto nós somos pequenos em relação a natureza e eu tenho, eu tinha né? Um medo muito grande de altura, mas quando eu vi minha noiva lá caminhando pela borda da, desse penhasco, eu tive a coragem de chegar lá. Passou meu medo e agora meu sonho que tenho é, ou descer de rapel de uma altitude muito grande ou pular de asa delta, ou de algum daqueles esportes de voar, porque esse é um sonho que eu tenho desde criança, mas achei que eu nunca ia ter coragem e depois daquele dia que eu cheguei na ponta, eu vi que se eu tivesse com o equipamento e recebesse treinamento, eu teria coragem sim de pular. Então eu pretendo ainda algum dia ver se eu faço, realizo esse sonho.

Ellber: O que você trás do seu dia a dia para essas atividades? Luciano: Do dia a dia para as atividades? É, o meu trabalho ele exige concentração e conhecimento de cálculos, sou engenheiro civil. Então a gente analisa projetos, orçamentos. Lá no meu trabalho é isso, analisar projetos, orçamentos e depois visitar a obra, ver se ela está conforme o projeto. Em relação as atividades é porque em algumas atividades, precisa de planejamento, planejamento de viagem né? Dos custos envolvidos. Então a gente precisa planejar, separar o valor pra realizar nossas atividades, precisa planejar além dos custos, horários né? Horário de saída, horário de chegada. É, saber se a gente tá dentro do prazo né? Dentro do tempo médio pra fazer a trilha, pra fazer o SUP. Então meu trabalho ajuda na questão do planejamento e dimensionamento de tempo e custos, eu acho, é isso.

Ellber: Agora o que você trás dessas atividades para o seu dia a dia? Luciano: Ah! Das atividades é porque os esportes que a gente faz ele exige muito, eu acho assim, paciência e as adversidades aparecem, no último, ontem nós fizemos uma remada de duas horas e na volta tinha muito vento e a correnteza contra e ai a gente tem que manter a calma, determinação e saber que a gente pode chegar né? A gente tem que chegar, porque se a gente não chegar, vai tá errado. E isso eu levo para o meu trabalho, o meu trabalho ele exige também isso, que a gente chegue ao final, com o resultado, com uma conclusão positiva. E a gente não pode errar ou tem que minimizar 61

os erros e o esporte então, assim, precisa de determinação, as vezes dá vontade de desistir, mas a gente sabe que tem que chegar lá e com determinação, garra, treinamento né? A gente consegue. E eu esqueci de falar, mas eu também por causa tanto do trabalho que é estressante, desses esportes que eu faço que me relaxam, quando a gente participa de alguma competição ou eu sozinho, ou eu com a minha noiva, a gente sempre pontua, eu reparei. Se pegar o histórico, do SUP 2016 nós chegamos em quarto e olha que nós nem treinamos, mas como a gente sempre tá em atividade, a gente acaba tendo um bom resultado. Na corrida de Aracaju que eu fiz agora também, eu cheguei em terceiro na minha, minha faixa etária, nos 10 quilômetros. Ai eu já pus como meta pra esse ano fazer os 21 quilômetros que eu nunca fiz na minha vida, mas eu quero por exemplo, já botei que eu vou fazer e quero chegar entre os 30, entre os 30 primeiros, por quê? Porque é uma coisa que eu sei que vai o pessoal de elite, mas ai eu já tô planejando e comecei a treinar devagarzinho. Eu digo que diminuir a competição, com os outros, mas comigo eu ainda tenho isso.

Ellber: Há muitas possibilidades de atividades e esportes, assim na natureza, fora de casa, por que você escolheu essas que você faz? Luciano: Bem eu escolhi, primeiro porque elas são atividades que não são onerosas do ponto de vista econômico, você aluga uma prancha em conta, em Aracaju. E ela é acessível, você pode correr na rua, tendo um tênis, faça chuva ou faça sol não se paga nenhuma taxa. É, pela companhia né? Que minha noiva ela pratica também essas atividades comigo, então é sempre bom ter uma companheira ou companheiro, amigo que te acompanhe e ela me acompanha nessas atividades. E porque é sempre, assim, tem a possibilidade de a gente tá participando de competições que é promovidas. Então a gente acaba, eu acabo tendo um balizador de como é que eu tô nesse esporte e também porque eu sai daquele espirito, como eu falei antes né? De competição de equipe ne? É uma coisa que só depende de mim, não depende dos outros. Eu faço lá o horário do meu treino, eu vou dentro do que eu posso e o resultado depende de mim, não fico dependendo dos outros. Apesar de ser um coletivo, mas o resultado mesmo, o tempo, depende de mim.

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Ellber: Agora eu vou pedir que você pare por alguns segundos e assim, tente se sentir nessas atividades, como você se sente enquanto realiza elas e tentar colocar isso em palavras, como é a sua sensação. Luciano: A sensação que eu sinto quando eu tô fazendo as atividades, ela tem alguns estágios (risos). O primeiro estágio é aquela adrenalina inicial porque você tá fazendo uma coisa, uma coisa que você gosta, que você quer dar o máximo, tanto é que quando eu tô correndo, eu quero dar o gás logo e ai depois o outro estágio é... é de calmaria mesmo, “pô eu consegui” e de gratidão né? Porque você ter esse contato com a natureza, o fazer, ou ter saúde pra fazer as coisas que você gosta, é, não tem preço, porque as vezes a gente trabalha demais e só pensa em ter as coisas e não consegue fazer as coisas que a gente gosta, porque aparece, vão surgir outras coisas e não tem o tempo pra gente mesmo. Quando eu tô fazendo essas coisas, ou correndo, ou fazendo trilha, ou fazendo SUP, é uma coisa que eu sei que, que eu escolhi fazer isso e eu não tô querendo buscar nenhum, não quero dinheiro, tô querendo só me satisfazer e é o que eu sinto, uma paz, uma tranquilidade e é um sentimento de gratidão mesmo.

Ellber: Agora a última pergunta: o que para você significa ecomotricidade? Luciano: Ecomotricidade? Eu não sei assim o conceito, mas eco eu acho que tem a ver com ecologia, ambiente e motricidade tem a ver com o movimento. Eu acredito que a ecomotricidade deve ser exercícios ou atividades na natureza e assim, a natureza ela tem uma energia, eu sinto essa energia que é uma coisa intangível, mas a gente sente uma paz, quando a gente ver o pôr do sol, o nascer do sol, o vento batendo na gente, a umidade, a noite você se sente, você sente isso de manhã, de tarde e eu acredito que isso faz bem pro ser humano e acredito que ela tem algumas vantagens em relação a fazer academia que eu faço a 21 anos por exemplo, na academia você sente um ambiente pesado, com ar condicionado, ou não é uma coisa que se renova. E ecomotricidade para mim deve ser o movimento na natureza e você deve renovar tudo, até inclusive a respiração, a visão. Eu não sei, eu acho que tem alguma coisa a ver com isso.

Ellber: Pronto! Foi isso ai e obrigado Luciano.

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Colaborador 10 Entrevista Data: 06.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Bicicleta Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: César

Thaise: Fale um pouco sobre sua vivência com a bicicleta. César: Desde criança eu ando de bicicleta...eu venho de família humilde, então pra me deslocar para o colégio pra fazer uma atividade física era com a bicicleta...então desde criança eu ando de bicicleta, então para ir jogar bola eu ia de bicicleta, fiz natação, polo aquático, ia de bicicleta, então a bicicleta sempre fez parte de minha vida. Ao decorrer do tempo eu fui mudando de atividade e conhecendo outros esportes, fiz natação polo aquático, surfei, fiz taekwondo e de um cinco a seis anos pra cá eu retornei a bicicleta, não como modo de passeio ou ir ao trabalho...uma situação desse sentido, eu comecei a utilizar a bicicleta como um esporte e o esporte que eu me identifiquei foi justamente o montonbike [mountain biking], né na categoria montonbike [mountain biking] e o cicloturismo que é o que, um passeio que a gente vai tá mais em contato com a natureza e também aproveitamos a oportunidade para conhecer melhor nosso estado que é quando nos fazendo o cicloturismo, nesses passeios, justamente porque vive a experiência em passear dentro da cidade em grupos de Aracaju, porém o estresse da semana do dia a dia é...que você para, apita, a falta de segurança com o ciclista me fez a levar o quê...a tá fazendo um pedal mais rural em contato com a natureza, aqui nós estamos nas estradas e estradões aqui a gente está numa estrada próximo ao Orlando Dantas que a gente vai até o município de São Cristóvão, evitando o transito e procurando...é...vamos dizer assim, interagir com a natureza, porque você está num ambiente, mais saudável, admirando, tirando foto e cada dia um aprendizado.

Thaise: Como é sua relação com a sua vivencia com a bicicleta? César: Rapaz é intensa é intensa (risos) já teve caso até da mulher chegar em casa e dizer que eu estou mais dando atenção a bicicleta do que a ela, entendeu (risos), mas é uma coisa assim que vai viciando, porque a gente se sente criança, quando a gente começa a fazer o esporte daqui a pouca a gente quer empinar a bicicleta que passar 64

com a bicicleta por uma poça d’água, sente adrenalina na veia quando a gente desce uma ladeira solta os freios, é muito emocionante e a gente esquece, geralmente nós temos nosso comportamento perante a sociedade, sério, uma pessoa responsável, não quer dizer que no final de sema sejamos irresponsável (Risos), mas a gente volta ter aquele espírito de criança de brincar de pedalar de chegar aos nossos limites, vamos dizer assim, tanto de superação física como de satisfação pessoal.

Thaise: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira diferente de como você descreve sua relação? César: Bom, é muito pessoal né? Tem pessoas que vem pedalar por modismo, tem ciclistas que pedalam para tirar fotos (risos) que nós chamamos de ciclista magazines, né? Que bota um capacete de marca, uma roupa de marca e que quando vai para uma trilha sofre, sente o cansaço e que aparece de caju em caju (risos) então, são aqueles ciclistas magazines que vem de vez em quando, no nosso caso não, tem pessoas que gostam, tem pessoas como diz...é...são...são fortes que acham nosso pedal fraco que querem coisas mais exigentes e tem pessoas que curtem como a gente, porque a ideia do nosso passeio não é velocidade, a ideia do nosso passeio é justamente o quê, interagir com a natureza e aproveitar as paisagem dos percursos que a gente circula que a gente passa.

Thaise: César conte uma história que aconteceu com você em suas experiências que lhe marcou de alguma maneira. César: Nós temos um integrante no grupo, seu Irinaldo (risos), ele hoje não veio, ele é do interior (risos) eu acredito que ele seja descendente de índio e muitas vezes nesses pedais que a gente faz, a gente aproveita a oportunidade para no sítio de tio carreira (risos) pegar uma manga um manjelão e muita gente nesses povoados até se emocionam, falam olhem os ciclistas oferecem um lanche uma coisa e outra, nessas experiências uma coisa que eu nunca tive é...nunca fiz em minha vida e se viu assim, rapaz eu não acredito...certa vez faltou água, a gente tava com sede e ele achou um é de cansanção, ele raspou o cansanção e a gente chupou e comeu cansanção e é docinho (risos) e hidrata...então, assim...uma coisa inusitada , vamos dizer assim, uma técnica de sobrevivência que a gente aprendeu assim se relacionando com as outras pessoas. 65

Thaise: Descreva um sonho que você tem em relação a sua vivencia com a bicicleta. César: Olhe seria na categoria montonbike [mountain bike] no seguimento do cicloturismo né? Tenho vontade de ir daqui até salvador pedalando pela linha verde...não direto pela linha verde, pegando alguns trechos pela praia pelo litoral e ir passando pelo interior, então seria um passeio de 300 a 320 km ou mais...tem grupos que fazem em dois dias, mais eu queria fazer em uma semana, parava num povoadozinho dormir, interagir, conhecer as pessoas daquele lugar, daquela região, né? Poder conhecer a cultura local e passo a passo até porque a Bahia é uma região de muita cultura de muita coisa pra a gente aprende e o que é melhor é vizinho ao nosso estado de Sergipe.

Thaise: O que você traz do seu dia a dia para as suas vivencias com a bicicleta? César: Olhe o que a gente aprende no dia é a questão do relacionamento, eu trabalho numa área de vendas a gente se relaciona com clientes...e na parte de montonbike [mountain bike] a gente aprende a se relacionar com as pessoas é...é...Geralmente esse passeio aos sábados da gente ou é um turno ou é o dia todo e como diz, só conhece as pessoas viajando (risos) então, você começa a entender as pessoas como elas se comportam, no início é tudo mil maravilhas...mas, como tem um problema, o pneu furou, cada um vai no seu ,imite de estresse é como se fosse um big brother, então como eu vejo meu cliente na forma como trato meu cliente, como eu aprendo com meu cliente em meu trabalho a gente também começa a entender o outro lado porque de repente as pessoas que começam fazer um pedal hoje comigo amanhã pode ser meu cliente, então você começa a conhecer o ser humano de uma forma diferente na parte que ela tá se divertindo se descontraindo em seu momento de descontração.

Thaise: E o contrário o que você leva da vivencia com a bicicleta para o seu dia a dia? César: Paz, tranquilidade a sensação de dever cumprido, quando a gente pratica nessa atividade o que eu percebo é o seguinte o estresse da semana é quando eu venho, vamos dizer assim aliviar, né? Como diz aqui no Nordeste desapilar a pressão (risos), então a gente consegue esquecer o memento, a gente consegue esquecer os problemas que a gente vem enfrentando por falta de dinheiro muito trabalho, filho dando, dando trabalho, desgaste, (risos) é o momento que você se renova é assim muito válido, não 66

digo só montonbike [mountain bike], qualquer tipo de esporte que a pessoa venha praticar e que se sinta confortável, principalmente quando é pra contemplar a natureza, como a gente tá vendo aqui o contado com a natureza dá uma paz de espírito.

Thaise: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu andar de bicicleta? César: Então como eu disse desde criança eu sempre andei de bicicleta e assim, a minha origem...a...eu mesmo nasci em Aracaju, mas a minha família é do interior, tanto por parte de pai como de mãe, e desde cedo a gente ia muito para o interior, então eu morava na cidade, mas meus avós tinham propriedade no interior, então a gente se deslocava com baleadeira, caçando, isso e aquilo e foi um esporte, que eu conseguir, vamos dizer assim, fazer um elo entre a minha infância e a minha realidade, apesar que hoje com a especulação imobiliária, essa áreas pra gente praticar próximo a Aracaju está diminuindo, então a gente procura as vezes viajar pra um interior próximo para poder ter esse convívio com a natureza e praticando um esporte que a gente adotou vamos dizer assim, como a vida.

Thaise: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está andando de bicicleta e tente colocar essa sensação em palavras. César: É bastante emocionante...emoção, adrenalina, satisfação pessoal.

Thaise: O que para você significa Ecomotricidade? César: Eu preciso saber o que significa (risos) eco, natureza! Motricidade, movimento? Então, movimento na natureza. Hoje a natureza está se adaptando a nossa realidade, mas vamos dizer assim o ser humano, está devastando muito a natureza e isso a gente vai colher mais cedo ou mais tarde ela tá se transformando, hoje nos percebemos que o crescimento das cidades e que cada dia o homem vem avançando e tomando o espaço da natureza, nos estamos convivendo com alguns animais em nosso ambientes, nós vemos hoje, condomínio sendo invadido por escorpiões, às vezes você ver gato do mato, anta, assim tá se perdendo espaço e o mundo é feito de equilíbrio e se a gente não conservar a natureza daqui a pouco aquele sapo que come o mosquito que pode trazer a dengue ou a febre amarela que é um predador natural ,ele vai morrer, porque nós aterramos a sobrevivência deles, então isso lá na frente, vamos dizer assim, vamos 67

colher, então antes que isso se acabe eu mesmo estou procurando conviver e aproveitando esses lugares , momentos, coisas que eu não sei se minha filha, meus netos, vão ter o prazer de fazer esse esporte no dia de hoje, então procurar se locomover, dentro da natureza sem prejudicar se você perceber todos os ciclistas no fardamento dele tem uns bolsinhos. Nesses bolsinhos nós levamos nossos lanches e também servem para recolher e não deixar o papel cair no chão, eu tô levando a barrinha de cereal, eu vou comer, mas eu vou trazer e quando nós encontramos qualquer tipo de sujeira, degradação que tá em nosso alcance, né ajudamos a limpar a natureza e cada um deveria fazer o mínimo possível para conservar a natureza...é nós viemos dela.

Thaise: Muito obrigada César.

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Colaborador 11 Entrevista Data: 08.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Entrevistado: Yoran

Adriano: Vou iniciar pedindo para que você faça uma breve descrição de você mesmo. Então minha pergunta é: “Quem é Yoran Rayckard Nascimento Santos?”. Yoran: Sou um jovem estanciano, poeta, rapper, e o que mais...estudante, um cara que acredita numa sociedade mais justa e igualitária.

Adriano: Fale sobre o skate. Yoran: Rapaz o skate pra mim acho que foi o primeiro esporte assim que eu pude ter um maior contato, e uma vivência mais.. como eu posso dizer, proveitosa porque antes quando eu era pequeno meu pai me levava pra escolinha de futebol, mas não tinha dom pra jogar bola, sempre aquela velha dificuldade de se encaixar naquelas atividades mais tradicionais, aí, vim alguns rapazes lá do meu bairro andando, e ficava olhando meio que encantado, ainda era.. tinha pouca idade, mas já gostava de ver as manobras, a manei- a maneira como o skate girava e os cara ainda conseguia cair encima, isso despertou o meu desejo de, é.. praticar.

Adriano: Como é sua relação com o skate? Yoran: Tipo o skate pra mim é meio que, como é que eu posso dizer, uma válvula de escape tá ligado? Algo que além de ser uma atividade física, é algo que faz bem pra, pra alma tá ligado? Você se sente bem praticando, você se supera, e isso é...legal.

Adriano: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o skate, diferente de como você descreve sua relação? Yoran: Sim, porque lá na minha cidade ultimamente tem crescido o número de skatitade skatistas e eu percebo que muitos jovens tão mais, é.. voltados pra participar de competições, alguns pra, sei lá.. ter um rolê melhor, pra também conseguir participar quem sabe de algum campeonato, eu não anseio participar de competição, ando porque 69

gosto mesmo da prática, me sinto bem andando de skate, sei lá, e quando você consegue tirar uma manobra que cê não conseguia antes é algo que alimenta e que estimula a cada dia mais você só querer, querer, querer andar, então não tem nem como explicar, mas pra mim essa relação é bem clara, eu observo outras pessoas que andam também e vejo que os objetivos são diferentes, e a relação que as pessoas tem com, com a prática do skate.

Adriano: Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o skate e que lhe marcou de alguma maneira específica. Yoran: Rapaz uma vez, como eu moro nium bairro um pouco, distante do centro nium bairro da periferia, e uma vez pra chegar até lá na praça fui remando, pela pista mesmo, nisso tem uma ladeira que dá em uma ponte lá embaixo né? E aí eu, sempre acostumado a descer naquela ladeira, nesse dia sem querer me desequilibrei lá embaixo rapá acabei capotando, tomei um ralão bem, daquele tronxo, e ainda fiquei com as costas um pouco doloridas, saí caminhando mancando, isso daí realmente me marcou porque sempre que passo pela ladeira eu lembro desse tombo.

Adriano: Descreva um sonho que você tem em relação ao skate. Yoran: Rapaz, o sonho que eu tenho é que a prática possa ser mais democratizada, que as crianças da periferia também possa ter acesso, porque é um.. esporte ai um pouco caro, e isso restringe o acesso das pessoas ao, ao equipamento mas aí, um- uma coisa que eu esperava era que o poder público seja através de qualquer esfera pudesse tá levando e incentivando a prática, construindo pista, porque isso aí só fortalece e acaba tirando os jovens de um caminho que possa ser negativo, e fortalecendo até quem sabe uma profissão, porque o skate hoje em dia acaba, né, sendo uma profissão também, então acho que isso é algo que eu queria ver através do skate.

Adriano: O que você traz do seu dia a dia para o skate? Yoran: Rapaz, eu acho que, a paciência, porque eu acho que no dia-a-dia a gente precisa ser paciente pra superar diversas situações, e no skate se o cara não conseguir ser paciente o cara desiste, porque primeiro cai, depois pra aprender conseguir tirar uma manobra não é tão fácil, se o cara não tiver aquela velha paciência, determinação,

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eu acho que o cara não consegue avançar, eu acho que essas são duas coisas, que eu poderia dizer que carrego do meu dia-a-dia pro skate, determinação e paciência.

Adriano: O que você leva do skate para o seu dia a dia? Yoran: Rapaz, superação, acreditar sempre que você pode se superar e você pode mais, eu acho que, isso é o que eu posso levar do skate pro meu dia-a-dia, que eu acabo levando né? De sempre acreditar que eu posso mais, e de que essa etapa é mais uma, mas que eu posso superar e como uma manobra mais difícil, tá nium grau mais elevado e uma técnica melhor pra tirar um, uma técnica melhor pra tirar, ou uma técnica melhor pra viver, eu poderia dizer fazendo uma analogia, e é isso que eu levo acho que do skate pra vida.

Adriano: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o skate? Yoran: Rapaz eu acho que pela influência assim, de pessoas próximas que praticavam, pessoas lá do meu bairro, estudavam na mesma- no mesmo colégio que eu, e eu acabei, pelas relações que eu tinha, me aproximando da prática, acabei escolhendo o skate também por não me dá bem com outras práticas mais comuns, como o futebol mesmo.

Adriano: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está andando de skate e tente colocar essa sensação em palavras. Yoran: Me sinto livre, eu acho que essa é a palavra que pode definir melhor como eu me sinto quando eu ando de skate.

Adriano: O que para você significa Ecomotricidade? Yoran: Hahaha, rapaz... não faço a mínima idéia véi..

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Colaborador 12 Entrevista Data: 15.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Entrevistado: Vitor Vinicius da Cruz Lima

Adriano: Vou iniciar pedindo pra que você faça uma breve descrição de você mesmo. Então a pergunta é, “Vitor Vinicius da Cruz Lima?”. Vitor: Vei, Vitor Vinicius da Cruz Lima é um jovem que.. já viu algumas coisas, e se viu no esporte bem vei, e veio pro esporte tá ligado? Vendo várias coisas errada ai até dentro do esporte mesmo, com o nosso sistema aí, vei Vitor Vinicius é um jovem que, que ele quer ser livre mano, apenas um jovem que quer ser livre.

Adriano: Fale sobre o skate. Vitor: Vei o skate.. hahaha, é foda né vei, o skate é foda tá ligado, mano skate é uma parada que, sei lá pô, ele é um esporte mano que além de lhe evoluir fisicamente ele lhe evolui mentalmente mano, por isso aprendo muita coisa com o skate.

Adriano: Como é sua relação com o skate? Vitor: A melhor possível, até brinco que sou casado com ela a 6 anos, Jubiscleide haha.

Adriano: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o skate, diferente de como você descreve sua relação? Vitor: Percebo velho, porque antigamente eu andava a busca de um patrocínio, e hoje em dia eu ando por curti que eu percebi que o skate é tempo, e eu vejo muitos moleque evoluindo muito rápido aí, vendo o skate como dinheiro.

Adriano: Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o skate e que lhe marcou de alguma maneira específica. Vitor: Hahaha, mano teve uma vez que eu fui pro campeonato, morava no interior de São Paulo, ai eu passei o dia todo nesse campeonato ai com a galera bebendo, 72

chapando de Canelinha, e era em outra cidade tá ligado? E do ponto que o busu deixava a gente até chegar no pico do campeonato tinha que subir uma ladeira do caraio, ai na hora de voltar eu já tava bêbo vei, de madrugada sozinho fui pro ponto, lá tem corujão né? Fui prum ponto, ai eu bêbo eu falei “tar vei essa ladeira é pequena vou descer ela” a ladeira era gigante mano, tinha um quebramola no meio, vei eu caí hahaha, me ralei todinho hahaha, foi foda.

Adriano: Descreva um sonho que você tem em relação ao skate. Vitor: Vei, o sonho que eu tenho é, ganhar dinheiro com ele também veio, tipo... acho que é o sonho de todo skatista ter um patrocínio bom vei, isso e viver do skate.

Adriano: O que você traz do seu dia a dia para o skate? Vitor: As experiências da rua mano, experiência que eu aprendi com o skate na rua, porque onde tem, é... pico de skate é a rua tá ligado? É aonde você aprende a malandragem da rua.

Adriano: O que você leva do skate para o seu dia a dia? Vitor: Peraê mano, hahaha. Vei, experiência de amizades e vivências, e é isso vei, muito amizade vei eu trago dele, foi o que eu mais adquiri.

Adriano: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o skate? Vitor: Não sei vei, meu primeiro skate eu ganhei com 5 anos, eu virei pro meu pai e falei pai eu quero um skate, e depois disso eu sempre ando vei, gostei demais.

Adriano: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está andando de skate e tente colocar essa sensação em palavras. Vitor: Voando, cê se sente nas nuvens quando você tá andando, esquece tudo vei, tá ligado quando você ta num avião que cê não vê mais nada? Haha, é assim.

Adriano: O que para você significa Ecomotricidade? Vitor: Vei... motricidade... Não sei, eco é ambiental, então deve ser com a natureza, motricidade... Não sei mano, não sei vei hahaha. 73

Colaborador 13 Entrevista Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Entrevistado: Jefferson

Adriano: Vou iniciar pedindo pra que você faça uma breve descrição de você mesmo. Então a pergunta é “Quem é Jefferson da Silva Santos?”. Jefferson: Rapaz, um cara animado, extrovertido, gosta de fazer novas amizades sempre, gosta, gosto de dá meu rolê tranquilo com os brothers, e ficar em casa as vezes fazendo, jogando e tal.

Adriano: Fale sobre o skate. Jefferson: Rapaz o skate mudou muito a minha vida, pra mim o skate foi a base de sair das drogas e tal, que onde eu morava tinha muita amizade errada e tal, os cara foram se envolvendo, ai eu conheci o skate e saí da, dessa vida ai, e hoje tô ai no skate, melhor do que tá nessa vida das drogas aí.

Adriano: Como é sua relação com o skate? Jefferson: Rapaz, de amor haha, o skate pra mim agora é tudo.

Adriano: Você observa outras pessoas se relacionando de alguma outra maneira com o skate, diferente de como você descreve sua relação? Jefferson: Rapaz, até agora, não, só uns cara que tentar ser um... tenta, quer “ser um skatista”, mas só isso.

Adriano: Conte uma história que aconteceu com você em suas experiências com o skate e que lhe marcou de alguma maneira específica. Jefferson: O dia que reuniu a galera todinha que eu ando, irmão a gente foi e entrou na quadra da escola e começou andar, fizemos corrimão, caixote, e ficamo lá até... se acabar os caixote e tudo lá.

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Adriano: Descreva um sonho que você tem em relação ao skate. Jefferson: Meu sonho...não é ser profissional não mas, ter o skate até o resto da vida, só isso.

Adriano: O que você traz do seu dia a dia para o skate? Jefferson: A humildade, a persistência, insistir, isso aí.

Adriano: O que você leva do skate para o seu dia a dia? Jefferson: A persistência de executar as coisa com sucesso.

Adriano: Há muitas possibilidades de atividades fora de casa. Por que escolheu o skate? Jefferson: Foi o que mais me contagiou, me... eu queria ter um estilo de vida daquele, aí eu sempre queria ter é... um estilo de vida daquele, e aí eu fui e comecei a andar com a ajuda do brother e tô aí... Num curti o futebol nem nada não.

Adriano: Pare por alguns segundos e pense como se sente enquanto está andando de skate e tente colocar essa sensação em palavras. Jefferson: Livre... livre... e despreocupado.

Adriano: O que para você significa Ecomotricidade? Jefferson: Hahaha, que porra hahaha... É ideia.

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Colaborador 14 Entrevista Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Ana Angélica

Pablo: Você faça uma breve descrição de quem é Ana Angélica? Ana: Acho que é a pergunta mais difícil quem tem, a pessoa se definir é muito difícil. Eu tenho trazido comigo...é...algumas convicções ...“né”... de quem eu sou... “né”... que é sobre a criação que tive, então eu procuro fazer as coisas com honestidade, com toda disciplina possível as minhas escolhas. Eu acho...eu acredito que tudo que a gente faz pro outro é aquilo que a gente e quer receber, então essa é a minha descrição oficial. A minha supervisora do pós-doutorado ela me definiu de uma forma que eu não me compreendia mas eu achei bem interessante, ela disse que eu...é...passional demais e o filho dele (marido e outro entrevistado) me fez uma pergunta que também me deixou...é...muito reflexiva, ele me perguntou dos 7 pecados capitais qual deles eu me enxergava...“né”...eu fiz essa reflexão e eu me enxerguei como orgulhosa, então essa é a nova visão de Angelica.

Pablo: Me fale um pouco agora sobre o SUP? Ana: O SUP...é...apareceu na nossa vida...ele(marido) tinha vindo já com o filho uma vez...eee... agente sempre frequentava o Twin(Bistrô), quando a gente veio pro Twin um dia já tinha ampliando essa área(SUPAmigos) aqui e a gente teve a ideia de fazer uma aula, fez a aula já gostou, já se apaixonou, eu sou...sou ...sou suspeita em falar porque eu sempre gostei de esporte, minha vida inteira foi fazendo algum tipo de esporte... “né”...então eu tenho afinidade em...com pratica esportiva então a afinidade foi de cara.

Pablo: É...qual a sua relação com o SUP? Ana: Relação com o SUP? Eu acho que é uma relação mais reflexiva, eu acho que o SUP me permite isso, reflexão.

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Pablo: A senhora observa outras pessoas que tenham uma relação diferente da sua? E qual seria essa outra relação? Ana: As pessoas sempre tratam coisas iguais de formas diferentes... “né”...então é fácil enxergar outras pessoas...é...praticando o SUP somente para está junto com os amigos por exemplo, não é uma questão...é...em geral que eu percebo de gosto mas sim de aceitação...é...então tem gente que faz isso pra tá junto com as pessoas que gostam pra tá, intera, participando...participativo.

Pablo: Conta uma história marcante referente ao SUP que aconteceu com você. Ana: Marcante referente ao SUP. Eu gostei muito da última vez que a gente foi, sextafeira feriado agora, que foi...agente foi no mangue... “né”...e no mangue ao contrario daqui, que a gente faz muito essa orla, a gente tem o privilégio de tá em contato com um silêncio muito grande e a sensação que a gente tem é que a gente consegue se ouvir, consegue ouvir nosso pensamento, gostei muito dessa possibilidade lá dentro.

Pablo: Descreva um sonho seu referente ao SUP. Ana: Eu sou bastante competitiva né, tenho vontade de fazer percurso maiores, de competir com mais gente, essas coisas.

Pablo: O que é que você trás do seu dia a dia pro SUP? Ana: Do meu dia a dia? Acho que é a seriedade com que eu trato as coisas, eu sou muito concentrada se eu estou fazendo o exercício correto, se eu to sabe...é...é...com a postura ideal, eu sou muito concentrada no que eu faço. Eu trago seriedade.

Pablo: O que você leva do SUP pro seu dia a dia? Ana: Do SUP eu levo as reflexões que eu faço, as reflexões que eu não tenho a possibilidade de fazer no meu dia a dia que eu faço quando eu tô no SUP, eu levo pra lá essas considerações, essas conclusões, essas decisões saem daqui pra lá.

Pablo: Em meio a tantas possibilidades de atividades que hoje a gente tem disponível por que o SUP? Ana: Então o SUP só surgiu, só surgiu poderia ter aparecido uma outra atividade esportiva, eu gosto de atividades esportivas... “né”...inclusive o SUP me trás...me trás 77

essa necessidade de novos desafios a gente foi pro mangue por causa disso porque eu digo ‘ah eu to cansada de ficar só aqui na orla’ porque não é só atividade pela atividade, eu acho que a atividade tem que trazer alguma coisa a mais pra você sempre né, e ai se fosse uma outra atividade que me agregasse mais talvez eu deixasse de fazer o SUP por exemplo.

Pablo: Queria que você parasse para refletir sua sensação quando você em cima da prancha e tentasse transcrever essa sensação, esse sentimento em palavras. Ana: Sensação na prancha, inicialmente era insegurança e em seguida era indecisão.

Pablo: O que é que significa Ecomotricidade? Ana: Então como eu trabalho na área de exatas quando a gente fala em motricidade a gente em movimento, em força, em força que movimenta alguma coisa. Eu acredito que Ecomotricidade seja qualquer atividade que seja alimentada, que seja é...é fomentada pelo meio ambienta, pelas coisas que estão ao nosso redor, pela ecologia.

Pablo: Obrigado.

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Colaborador 15 Entrevista Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Flávia

Pablo: Faça uma breve descrição de você mesma. Então quem é Flavia Silva? Flávia: Flavia Sila é uma pessoa expansiva, comunicativa, sou uma pessoa altruísta, que busco proteger a natureza todo meio, busco a felicidade das pessoas como um todo.

Pablo: Fale sobre a sua vivência com o SUP? Flávia: A minha vivência com o SUP foi um divisor de águas na minha vida porque a alguns anos eu não praticava esportes e essas idas a academia muitas vezes são “né” paradas porque é desmoti... desmotivador nem todo mundo gosta tanto assim de tá num ambiente fechado. E quando eu vim remar a primeira vez “né”, eu sempre tive uma conexão muito forte com a natureza e uma necessidade de vivenciar a natureza. E quando eu vim remar a primeira vez “né”, eu não me sucedi bem, eu cai mais de 20 vezes e então eu consegui subir na pranchar, que é o mais difícil, umas 20 vezes mas remar realmente eu não consegui, foi um pouco frustrante mas na segunda vez eu cai 2 vezes e fui em frente e quando eu percebi que eu tinha força pra remar mesmo, que isso me deixava muito próximo a natureza eu realmente me apaixonei, em 8 meses eu já tinha prancha, remo e remo sistematicamente sempre com esse empenho de melhorar minha forma física e interagir com a natureza também.

Pablo: Me fale um pouco sobre o SUP. Flávia: O SUP é um esporte que você tem a oportunidade em remar no seu ritmo, com a sua força, com seu estilo “né”, com o que você pode, então você essa oportunidade de remar com o que você pode. Interagir...interação com a natureza realmente eu acho que é a parte mais importante do SUP.

Pablo: Você enxerga outras pessoas tendo uma relação com o SUP diferente da que você tem? 79

Flávia: Ah alguns... Pablo: E qual seria essa relação? Qual essa diferença? Flávia: Ahhh algumas pessoas não tem essa proximidade tão grande com a natureza, não esse espirito tão contemplativo mas também amam tanto assim, porque muitas vezes tem um foco mesmo numa vida esportiva e sensibilidade para a natureza é uma coisa muito pessoal, são níveis diferentes, são limiares diferentes de amor a natureza. Mas eu acredito todo homem que se dispõe a remar num rio rodeado de mangue tem sempre um amor a natureza.

Pablo: Me conta uma história que aconteceu com você nessas experiências com o SUP que lhe marcou. Flávia: Experiências positivas? Pablo: Uma que lhe marcou. Flávia: É a mais...é a experiência mais forte “né” “né” tem uma remada que acontece anualmente no...em Salvador que é a remada Mar Grande, que é Mar Grande – Porto da Barra, e que nós aqui do SUPAmigos fizemos um grupo de 8 pessoas...7 pessoas e mais 3 pessoas de Salvador e formamos uma equipe e participamos. Esse evento é organizado pela Marinha do Brasil/Iate Clube, são 12 equipes de 12 pessoas...de 12 ou 10 pessoas... não lembro bem... e eu sei que nós fizemos essa travessia “né” foi bem diferente do...do...da nossa vivência aqui que a gente rema no rio, lá é uma mar aberto, realmente a Bahia é de todos os santos então foi muito forte a experiência, concluímos “né”, ninguém foi pro barco de apoio, todo mundo terminou a remada, foi uma experiência bem legal.

Pablo: Massa. Me descreva um sonho seu em relação ao SUP. Flávia: Com relação ao SUP. O sonho é continuar praticando sempre “né”, de ter habilidade física“né”, de ter saúde pra poder remar enquanto vida tiver.

Pablo: O que você trás do seu dia a dia pro SUP? Flávia: Do meu dia a dia pro SUP eu... como eu tenho uma...uma...ai não sei deixe eu vê. Do meu dia a dia pro SUP...eu acho que tudo “né”, meu lado mãe aqui no SUPAmigos tem projeto de educação ambiental com as crianças, meu lado mãe vem junto “né”, você lida sempre com os meninos do entorno “né”, da comunidade do 80

entorno, uma oportunidade que você tem, como eu tenho esse objetivo de fazer as pessoas felizes “né, é uma grande oportunidade de trazer isso pra cá também “né” e trago também a vivência com as flores ...é...sempre temos flores aqui “né”, então trago isso também do meu dia a dia pra cá. Já fizemos várias atividades aqui, Ikebana um arte floral, trago isso também (risos).

Pablo: O que é que você leva do SUP pro seu dia a dia agora? Flávia: Ah...do SUP pro meu dia a dia, foi como eu disse o SUP foi um divisor de água, então do SUP pro meu dia a dia uma vida esportiva muda tudo “né”, muda sua energia, quantidade de vitalidade que você ganha, necessidade de ter uma alimentação mais saudável para que você tenha essa força necessária porque remar não é só assim as vezes a gente precisa remar contra a correnteza...contra a correnteza muito forte então você tem que está com a sua energia vital muito equilibrada para poder conseguir “né”.

Pablo: Verdade! Em meio tantas atividades que poderiam ser feitas no dia a dia por que você escolheu o SUP? Flávia: Por conta dessa interação com a natureza, com o meio ambiente, a oportunidade de ajudar na preservação do meio ambiente “né”, a gente tem alguns problemas assim...é...no entorno, problemas comportamentais, culturais também, que sempre que pode fazer interferências a gente faz e bem importante isso.

Pablo: Eu queria que você parasse um pouco e imaginasse você na prancha até...ta...e a sensação que você tem quando você está remando...tal... e tentasse colocar essas sensação em palavras. Flávia: A sensação é...isso é bem claro pra mim “né”, você mexe muito com o seu equilíbrio “né”, manter-se em pé em cima da prancha é algo muito imponderador, imponderador não “né” que você consegue mostrar o seu poder “né”, eu não sou imponderada a gente tem um poder e precisa exerce-lo. Quando você ta naquela perspectiva em pé equilibrado em cima de uma prancha instável é muito poderoso, é um sensação de super poder. (risos) Sometimes I can fly.

Pablo: Agora pra gente finalizar. O que significa pra você a palavra Ecomotricidade? 81

Flávia: Ecomotricidade, acho que eu não conheço. Se eu for na origem da palavra a gente vai encontrar “né”, mas especificamente não. Pablo: Mas uma opinião, pra você o que seria? Flávia: Uma opinião! Sei lá, o movimento com o todo a sua forma de ser. Tem haver com movimento mesmo? O movimento no todo do seu movimento no meio ambiente assim.

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Colaborador 16 Entrevista Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Janisson

Pablo: Fale um pouco sobre...assim...quem é o Janisson? Janisson: Janisson é uma pessoa que... sempre não encontra obstáculo no caminho, todos os obstáculos ultrapassa. E sou muito..rummm...eu não chamo de aventureiro mas assim desbravador das coisas, de caminhos, objetivos, que sempre ultrapasso todas as barreiras com pensamento positivo naquilo que eu quero chegar, que eu quero focar. Eu sempre estou focando naquilo que eu quero chegar.

Pablo: Muito bem. Agora me fala um pouco sobre...é...o SUP. Janisson: SUP é um esporte, eu tenho mais ou menos uns 5 anos que eu estou fazendo e que é você praticar uma atividade para o seu bem estar físico, mental, como diz a frase de Juvenal “Mens sana in corpore sano” mente sã o corpo sadio, para você tá uma mente boa você tem esta com o corpo sadio. Então você com mente e corpo o resto todo você consegue.

Pablo: É...qual é a sua relação com o SUP?...a sua relação em si? Janisson: É uma relação, que eu digo assim, que tem horas que eu fico é... ói eu tava vindo ali agora, eu encontrava assim as aguas paradas e eu sobre ele, como Jesus andou sobre as águas, dá um impressão que a gente está andando sobre as águas sem limite.

Pablo: Bacana! Janisson, você observa outras pessoas, obviamente, praticando SUP, mas você observa elas tendo uma relação diferente da que você tem? Janisson: Porque eu vou remar, por isso você me perguntou no início se eu ia remar com alguém, eu sempre eu pratico esporte muito individual, às vezes a pessoa diz que eu sou individualista, não é, é que cada um tem o seu ritmo e eu tenho meu ritmo de

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vida em todos os aspectos. Até na minha atividade profissional eu não sigo paradigmas, modelos de ninguém, eu gosto de seguir desde que respeitando o outro.

Pablo: Me conte uma história assim que...vamos vê...que aconteceu com você no SUP, tá, e que lhe marcou bastante. Janisson: Eu estava remando nos cânions em Xingó e...rumm rumm...foi a primeira vez eu nunca tinha remado e tava sozinho e tinha uma correnteza, foi lago após a morte daquele ator, e eu...eu...enquanto as pessoas via aquilo como um ponto negro, eu via como um renascimento e ai eu ...rumm...teve uma hora que eu tive uma dificuldade eu cai da prancha não tava conseguindo subir na prancha por causa das ondas, ai eu disse será que eu sou o próximo e eu fiquei assim me entreguei e a coisa ocorreu foi uma sensação muito bancana.

Pablo: Descreva um sonho que você tem em relação ao SUP. Janisson: Um sonho? Pablo: Isso, que você tem em relação ao SUP. Janisson: É...é....é... inclusive eu fui até agora a Itacaré e eu fui conhecer o Rio das Contas que é um rio de 500km que sai da Chapada Diamantina até Itacaré. Meu sonho era sair da Chapada até Itacaré só que eu procurei o percurso e não tem como fazer isso porque ele tem cachoeiras, ele tem locais de pedra que você não passa mas era uma grande sonho que um dia eu já pensei no São Francisco, uma saída de um ponto pra outro assim só. Pablo: Grandes distância não é? Janisson: Exatamente e sem tempo... bom dia.

Pablo: O que você trás do dia a dia para o SUP? Janisson: Como eu lido com várias situações muito complexas eu digo sempre que o SUP é como se fosse algo que eu me apego a ele e digo “não existe limite pra nada, você consegue tudo que você quer quando você coloca aquilo como objetivo” e esse é um dos parâmetros que as vezes eu vou remar e os caras dizem “olha o vento” “ói não sei o que” “ói a correnteza, você não vai conseguir ir pra tal local” e eu sempre coloco ali eu vou chegar e vou voltar.

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Pablo: O que é que o senhor leva da...do SUP, da prática, para sua vida? Janisson: Superação, que você tem condições de superar tudo na sua vida. Quando você encontra uma correnteza, que você pega...eu vim agora a correnteza...o rio vazando, então eu pego ela... eu fui enchendo e ela ao contrário e voltei ao contrário também, então isso mostra oque? Uma superação. Tem gente que diz “eu tenho que vê a taboa de mare”, eu não olho isso então eu entrego a natureza.

Pablo: Há muitas praticas que o senhor pode...poderia está praticando até mesmo hoje no domingo, tal. Por que o SUP? Janisson: Eu já tive vários esporte, já pratiquei hipismo, paraquedismo, mergulho tudo mas o SUP é uma coisa assim que é muito em contato com a natureza, você vivencia, você... tem uma ilha chamada aqui Mem de Sá, nessa ilha eu encontrei cavalo marinho, tudo. Então assim é você vivenciando a natureza no dia a dia tartarugas e que você assim..seee...eles chegam próximo de você, você chega e eles acham que você é um ser igual a eles então não é...eles não são agredidos, então é uma coisa assim muito natural e você não tem outras pessoas...infelizmente as pessoas não sabe ter o contato, muita gente não sabe ter o contato com esses animais e é a melhor coisa.

Pablo: Éee. Quero que o senhor pare alguns segundos, pode até fechar o olho se o senhor quiser, e pense como é que o senhor se sente quando o senhor tá no SUP, está lá remando, e descreva essas sensação. Janisson: Então a sensação assim é uma imagem como no evangelho tem que Jesus andou quando disse aos apóstolos, que eles estavam com medo da tempestade Jesus foi de encontro ao barco sobre as águas. Da uma sensação que a gente está flutuando sobre as águas principalmente quando a mare esta baixa que você vê aquelas águas...parece...ela vai flutuando, dá uma impressão de que a gente está em cima da água andando.

Pablo: Agora a última pergunta aqui, para o senhor o que é significa Ecomotricidade? Janisson: Eco...? Pablo:...motricidade. Janisson: No sentido da palavra eu acho que é alguma que você mexe com suas articulações, musculaturas em contato com a natureza. Não sei se é isso. 85

Pablo: Ok, obrigado senhor Janisson. Janisson: Valeu, só isso?

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Colaborador 17 Entrevista Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Raimundo

Pablo: Me dá uma breve descrição de quem é José Raimundo Raimundo: EU....eita, agora pegou hehe... não ...pai de família, pai de oito filhos e mais dois pra complementar agora a conta né, somos dois, dez ao todo mas não moram todos comigo. Sou evangélico, empresário, que... pequeno empresário lutando para sobreviver e manter a família.

Pablo: Beleza....Me fala um pouco sobre o SUP. Raimundo: O SUP surgiu, aqui ...da frequen....é...em minha vida de frequentar aqui o Tuin, meus filhos já tinham feito e um dia resolvi experimentar, ai desse dia então pra cá não deixo porque é relaxamento, vida, contato com a natureza, um momento que você esquece dos problemas, de tudo, das coisas do dia a dia e vai apenas relaxar, atividade física com relaxamento, eu acho perfeito.

Pablo: E ai entra a segunda pergunta, qual a sua relação com o SUP? Raimundo: É uma relação de integração e complemento que é o momento de relaxamento lazer e também de pratica de atividade física.

Pablo: Você vê alguma....algumas outras pessoas tendo uma relação diferente da sua com o SUP? Raimundo: Acho que tem gente que vem... também além da minha deve ter ...mais esporte, competitividade, lazer também, acredito que sim.

Pablo: Beleza... Me conte uma historia que aconteceu com você nessa experiencia com o SUP que lhe marcou. Raimundo: Historia que marcou, lembra pra mim. Pablo: Isso 87

Raimundo: (esposa fala: Sua primeira queda) Minha primeira queda, haha, a primeira vez que fui praticar eu perdi meu óculos Rayban...hehehehe....pronto, na lagoa, marcou mesmo. De la pra cá é remar sem óculos. Haha.

Pablo: Beleza. Me descreve um sonho seu em relação ao SUP. Raimundo: Ah.. remar em outros locais, em outros Estados, viajar com a minha esposa e com a galera, se for o caso também, pra gente praticar fora daqui de Aracaju.

Pablo: O que você trás do seu dia a dia pra prática do SUP? Raimundo: A necessidade...o nosso dia a dia nos estressa, nos deixa sempre com um faca nos dentes. Quando eu trago pro SUP é o contrário, é o antidoto pra tudo isso, é uma espécie de relaxamento.

Pablo: O que você leva do SUP pro seu dia a dia? Raimundo: A tranquilidade, a paz, a calma, eu levo isso pra....o estilo de vida de SUP eu tendo colocar no meu dia a dia pra poder da uma acalmada.

Pablo: Você teria grande possibilidade de várias...à várias praticas de atividade que pode está praticando hoje, por que escolher o SUP? Raimundo: Primeiro que é o esporte da família, todos praticam até o cachorro...hehehe.... conosco na prancha e a pratica...essa pratica é como eu disse bastante tranquila e relaxante, acaba nos unindo, nem sempre no dia a dia a gente consegue está todo mundo junto, hoje foi uma exceção mas geralmente nossos filhos estão conosco, a namorada tá aí...já integra. Pablo: Todo mundo junto. Raimundo: Exato.

Pablo: Quero que você pare um pouco agora e imagine você na prancha, qual a sensação, o que você sente quando está na prancha e tente transmitir essas informações em palavras. O que você sente quando está na prancha assim... como é que você se sente?

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Raimundo: Às vezes um pouco é...como eu estou ainda... sou iniciante... um pouco de tenção com o equilíbrio mas depois que passa esse momento, é de paz, tranquilidade, relaxamento.

Pablo: E agora pra gente finalizar só aqui a última pergunta. Pra você, pensando assim, o que seria a palavra ECOMOTRICIDADE? Raimundo: Ecomotricidade? Pablo: Isso! Raimundo: Cara isso deve ter haver...alguma coisa haver ligado a sustentabilidade, seria... hummmm... a pratica de esporte em contato ... direto em contato com a natureza e eu digo politicamente correto, algo que seja sustentável, algo parecido assim não sei. Acho que tá por ai.

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Colaborador 18 Entrevista Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Vera

Pablo: Primeiramente quem é Vera Bedin? Vera: Vera Bedin, bom, eu sou engenheira civil, eu atualmente estou separada, tenho uma vida bastante intensa, trabalho de segunda à sexta-feira...é...na construção civil e me reservo o domingo pra praticar meu esporte preferido que é o Stand Up. Eu já pratico a bastante tempo, acho que tem oque? Uns três anos que me apresentaram esse esporte, de lá pra cá nunca mais parei...é...gosto muito de aventura, eu faço também trilha que eu esqueci de falar, em todas as trilhas do...do...é...dos grupos que eu consigo pegar eu também participo e enfim eu acho o esporte uma coisa muito gostosa, então é na minha vida...é...faz parte.

Pablo: Ok, obrigado. Agora para a segunda pergunta aqui me fala um pouco sobre o SUP. Vera: Mas o...é...o que especificamente assim sobre o SUP? Pablo: Fique á vontade. Vera: Ele é um esporte assim que aparentemente a gente não dá muito valor, porque a gente pensa que não...não exercita o corpo e na verdade ele exercita é...são todas as partes do organismo da gente, porque a remada quando você faz a puxada tu ta ativando todinho os... todinho os músculos do corpo né gente, então pra mim ele é um esporte bastante completo e desde a primeira que eu...que eu...até hoje nunca cai da prancha...é...assim sem querer né, nem me joguei também, não sei como é cair então...é...tu precisa de muito equilíbrio e precisa ter noção quando a mare ta alta pra que lado tu vai, quando a muito vento como é que tu vai embicar a prancha, coisas desse tipo assim. E é muito divertido, é muito interessante porque a gente diz ‘ah vai de novo fazer a volta na Croa do Gore’ só que cada dia é uma aventura diferente não existe dois dias iguais nos passeios que a gente faz mesmo que seja o mesmo roteiro.

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Pablo: Qual a sua relação com o SUP? Vera: Minha relação com o SUP... Pablo: Pode comer primeiro (pausa para uma colher de açaí), come um pouquinho. Qual a sua relação com o SUP, exatamente. Vera: Hummm... pra mim o SUP ele entrou na minha vida de uma forma que é como se fosse o sétimo dia de academia, eu sou obrigada a ir, eu vou todos os dias para a academia e o SUP é o...o...a academia de domingo, eu sou obrigada a ir, eu tenho que ir.

Pablo: É... você observa outra pessoas...é...tendo uma relação com o SUP diferente da sua? Qual seria? Caso sim qual seria essa relação? Como é que você percebe essa diferença? Vera: Sim! A gente percebe que tem pessoas que vêm uma vez ou duas e não se identificam e não voltam mais e tem...é...pessoas que se identificam acabam formando grupos menores e ai...é...vamos dizer assim se programam nas atividades e enfim canaliza o sentimento, a emoção, afina...afina é isso.

Pablo: Me conta uma história sua referente ao SUP que lhe marcou muito, pode ter marcado. Uma história que você vivenciou ai, alguma situação que você vivenciou no SUP que lhe marcou. Vera: Pucha! Os passeios que a gente faz para fora, aqui subindo o Rio Pomonga, subindo o Rio Vaza-barris aqui são ótimos porque a gente vai e aproveita a gente tem aqueles momentos de prazer porque a gente almoça junto, toma cachaça junto, ai depois tem a volta, tem o...como é que a gente fala...o feedback das pessoas. O tempo, teve uma remada que foi marcante que eu cheguei a ficar com os dois joelhos esfolados mas eu...a gente não desistiu, foi um dia de muito vendo...muito vento mesmo e...e...o mar estava jogando...o rio tava jogando pro lado do mangue, no final acho que tinha oque umas 8 ou 10 pessoas que começaram e só terminaram 3 e ainda fomos até um ponto onde o barco foi buscar a gente e a gente não conseguia ficar de pé porque era muito gente mesmo e a gente continua remando de joelho, acabou o joelho esfolando e tudo mas a gente nem parou, ai quando chegamos nessa parada que o barco estava esperando ai a gente combinou e ai ‘vamos parar ou não’? Como tinha um colega nosso que tava com problema da coluna, ele tava já...não estava aguentando ai a gente 91

falou que homenagem a ele a gente iria para mas a gente queria continuar até a ilha do Andre, mas foi muito massa, foi muito bom.

Pablo: Show. Me descreva um sonho seu eu relação o SUP. Vera: Eu tenho pequenos sonhos, assim pequenos desejos que eu corro atrás, tudo que eu quero eu corro atrás. Agora vai ser em junho...julho que vai ter a remada no...no...no Rio São Francisco “né”, no Rio Piranhas ali perto e eu to já...vou fazer isso ai é a remada mais longa que a gente faz, é um vez por ano que o SUPAmigos promove e a gente...essa aqui é a camiseta e é do ano passado.

Pablo: O que você trás do seu dia a dia para o SUP? Vera: Pucha! Eu trago todo o estresse que a gente tem durante a semana e chego aqui as vezes até bem sóbria e quando eu saiu, saiu feliz da vida, saiu bem aberta uma coisa muito gostosa mesmo, eu acho que existe um interação a nível emocional nessa troca.

Pablo: Ai onde eu vou entrar com a parte da troca. O que é que você leva do SUP pra sua vida? Vera: Bah! Incentivo pra minhas colegas de trabalho é o que eu mais faço porque eu chego lá e fico falando e as gurias só um dia eu quero ser não digo que nem a Vera mas um pouquinho daquilo que a Vera é hoje, as meninas são todas mais novas do que eu sabe, a mesma velha deve ter o que? Não tem 40 anos e mas são pessoas sedentárias então eu faço questão de divulgar, de falar, de...de...de levar o que é importante daqui pra lá. E também pro meu neto, que eu acho que é o mais importante pra mim, ele pegar esse espirito, ele tem um espirito aventureiro, mas ele pegar o lado bom da coisa. É a gente sai as vezes ta poluído o rio ele ajuda a gente a limpar, não joga lixo no chão, ele ‘oh vai poluir o rio’ enfim isso é o que eu acho importante.

Pablo: Em mero a tantas possibilidades de pratica num belo domingo, até hoje começou chovendo mas um grande domingo, por que o SUP? Vera: Pucha! Eu não sei, já faz parte da minha de uma forma tão arraigada que eu venho pra cá pra depois ir à praia porque eu adoro agua, então quando o pessoa de casa que ir pro mar tudo bem mas primeiro eu venho bem cedo cá vou remar e depois eu desço pra praia. Não sei é uma coisa minha mesmo (risos). 92

Pablo: Quero que você pare alguns segundos tá e se imagine agora nesse percurso que você estava fazendo até pode ser e me descreva qual é a sensação quando você está lá em meio a rio, remando, como é que você se sente? Vera: Eu procuro sempre é... prestar atenção muito na natureza, a natureza conversa com a gente e o que eu mais faço quando eu vou remar e que eu to em contato com a natureza é ouvi-la, é ouvir o barulho dos caranguejos, que eu acho maravilhoso, eu adoro, eu tiro muito foto no mangue, ouvir os pássaros...é...procurar enxergar nos rios peixes, eu já vi boto esse bichos assim, tartaruga, essas coisas. Isso que eu acho importante e eu procuro fazer isso.

Pablo: Bom é uma última pergunta, até pra gente finalizar pelo menos a parte de entrevista. Pra você Vera o que seria Ecomotricidade? Vera: Eu acho, não sei. Separando a palavra eco - ecologia, motricidade – motora, atividade, alguma coisa desse tipo. Então fazer alguma coisa em conjunto com a natureza deve ser.

Pablo: Obrigado.

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Apêndice 5: Relatórios de diálogos entre pesquisador e colaborador sobre as entrevistas

Colaborador 2 Diálogo sobre entrevista Data: 13.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Yuri

Após a entrevista realizada com Yuri no dia 13 de janeiro de 2017 às 16h00min horas assistimos a filmagem da entrevista para que possamos dialogar sobre as respostas. Ele logo quis fazer uma alteração na resposta da pergunta “O que você traz do seu dia a dia para o skate?”. Para ele a resposta para essa pergunta seria a paciência, pois ele precisa de muita paciência para acertar as manobras do skate. Em seguida quis responder uma pergunta que ficou em aberto durante a entrevista “O que você leva do skate para seu dia a dia?”. Para ele a resposta para essa pergunta seria a perseverança em atingir os objetivos. Após perguntei a ele porque ele não respondeu a pergunta sobre o conceito de ecomotricidade. Ele informou que antes de conhecer o projeto não tinha noção do que seria por isso falou que não tinha conhecimento, mas ao conhecer o projeto ele pode dizer que ecomotricidade para ele é estar sempre ao ar livre aproveitando os espaços da cidade como praças e parques isso para ele é muito gratificante. Após perguntei a ele porque ele respondeu que a convivência com moradores de rua era uma coisa importante para ele no skate. Ele me informou que como ele pratica muito o skate nas ruas ele encontra muitos moradores espalhados pela cidade e geralmente são pessoas sábias, experientes e que gostam de conversar. Encerramos nossa conversa com todas as dúvidas sanadas.

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Colaborador 3 Diálogo sobre entrevista Data: 16.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaboradora: Camila

Depois de nos reunirmos, Camila afirmou que não teria nada a mudar sobre suas repostas.

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Colaborador 4 Diálogo sobre entrevista Data: 17.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Rafael

Após a entrevista realizada no dia 17 de janeiro de 2017 assisti com o entrevistado a filmagem da entrevista para que possamos dialogar sobre as respostas. Comecei perguntando a ele sobre o intuito das viagens que ele citou como momento marcante. Ele me informou que era somente por lazer mesmo não tinha nenhum viés econômico nem competitivo. Após perguntei o que significava a expressão surf trip citada por ele em uma das perguntas. Ele me informou que é a forma de falar para “uma viagem para surfar” algo sem interesse só diversão. Em seguida pedi para que ele falasse um pouco mais sobre os sentimentos dele quanto está surfando. Ele me informou que a palavra “perfeito” que ele havia mencionado na entrevista significava um resumo de tudo de bom que ele poderia sentir em um momento. Logo após perguntei sobre a definição que ele deu sobre ecomotricidade que era “um contato com a natureza”, questionei a ele se era qualquer contato ou algum especifico. Ele me informou que era estar ligado à natureza, poder sentir a presença dela ao praticar o surf. Encerramos a conversa com as dúvidas sanadas.

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Colaborador 5 Diálogo sobre entrevista Data: 18.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Gabriel

Começamos a assistir a entrevista e no momento da segunda pergunta (“Como é sua relação com o skate?”) ele retificou sua resposta afirmando que anda de skate há 10 anos, não há 20, tendo confundido devido a 20 anos ser sua idade. Nas demais partes da entrevista não fez nenhuma observação.

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Colaborador 6 Diálogo sobre entrevista Data: 24.02.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Entrevistado: Lincoln

Após assistirmos aos vídeos, Lincoln respondeu que estava tudo ótimo, menos sua aparência, devido estar um pouco doente. Mas em relação a sua respostas estaria tudo ok.

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Colaborador 7 Diálogo sobre entrevista Data: 12.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Corrida Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: Marinoé

A entrevistada não quis acrescentar nada sobre o que foi dito.

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Colaborador 8 Diálogo sobre entrevista Data: 20.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Any

Após a entrevista realizada com Any no dia 20 de abril de 2017 às 18h30, assistimos a filmagem da entrevista para que possamos dialogar sobre as respostas que foram dadas. Durante o diálogo o único ponto citado pela colaboradora foi que ela aparentava estar bastante nervosa e pediu para que fosse realizada edições na gravação para “corrigir” um pouco isso, citando como exemplo o corte de alguns momentos em que ela se mantéu em silêncio quando estava pensando na resposta. Fora isso, a entrevista gravada foi bem proveitosa com todas as perguntas sendo sanadas.

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Colaborador 9 Diálogo sobre entrevista Data: 20.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilhas; corrida. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Luciano

Após a entrevista realizada com Luciano no dia 20 de abril de 2017 às 19h00, assistimos a filmagem da entrevista para que possamos dialogar sobre as respostas que foram dadas. O único ponto abordado foi sobre a pergunta que fugiu do roteiro previamente definido, porque anteriormente nos “bastidores” o colaborador havia me informado sobre a história de como foi realizado o seu pedido de noivado para a namora, com isso, durante a entrevista ele não achou necessário retornar a este ponto por ter citado anteriormente em outros diálogos, mas eu compreendi que valeria apena fugir do roteiro e realizar novamente a pergunta sobre “Contar uma história que aconteceu com você em suas experiências...” para que todos ficassem cientes dessa história bacana que ocorreu durante uma atividade com potencial a Ecomotricidade que ficou marcada também na vida de outras pessoas por participar do momento. Fora isso, a entrevista gravada foi bem proveitosa com todas as perguntas sendo sanadas e com respostas longas.

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Colaborador 10 Diálogo sobre entrevista Data: 06.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Bicicleta Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: César

A entrevistada não quis acrescentar nada sobre o que foi dito.

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Colaborador 11 Diálogo sobre a entrevista Data: 08.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Entrevistado: Yoran

Após o término do vídeo assisti novamente com o Yoran, conversamos e a única observação que ele fez foi sobre a pergunta “O que para você significa “ecomotricidade”?” que afirmou ser um conceito que nunca lhe foi ensinado em nenhum local, portanto também nunca pesquisou a fundo e não possui base pra responder.

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Colaborador 12 Diálogo sobre a entrevista Data: 15.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Entrevistado: Vitor

Terminamos com as perguntas e fomos assistir o vídeo da entrevista, e o Vitor falou que confundiu as perguntas “O que você traz do seu dia a dia para o skate?” e o “O que você leva do skate para seu dia a dia?”, portanto instruiu a considerar que as respostas foram trocadas por engano da parte dele.

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Colaborador 13 Diálogo sobre a entrevista Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Entrevistado: Jefferson

Após a entrevista, assisti ao vídeo com o Jefferson e dialogamos sobre as respostas dadas, a única observação que ele quis fazer foi sobre a pergunta “O que você traz do seu dia a dia para o skate?”, pois ele respondeu confundindo a pergunta com outra que ele não sabia que viria a seguir “O que você leva do skate para seu dia a dia?”, então quando foi indagado dessa pergunta, teve dúvidas ao responder, pois sua resposta anterior servia para a mesma, porém não solicitou alteração de nenhuma das mesmas.

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Apêndice 6: Autodescrições dos colaboradores em forma de narrativas livres

Colaborador 1 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 02.07.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilhas; mountain bike. Pesquisador responsável: Cae Rodrigues Colaborador: Ana Paula

Quem é Ana Paula? Nunca pensei ser tão difícil responder a esta simples pergunta, e no esforço para encontrar tal resposta percebi que fui me perdendo em meio aos papéis que assumo na vida. As coisas que pensei para me definir estão muito mais ligadas à atividades que exerço do que quem realmente sou, porém não consegui ir muito além disso. Ana Paula é filha, mãe, dona de casa (com fixação em organização), professora de pilates e yoga, ser humano que vive em cima do ponteiro do relógio, que na correria do dia a dia busca não deixar nada faltar, nada atrasar. Criatura ansiosa, inquieta, impaciente que é apaixonada por atividades ao ar livre, pedalar, remar, fazer trilhas, mas que se vê cada dia menos podendo praticar essas paixões, atolada cada dia mais no mundo do trabalho.

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Colaborador 2 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Yuri

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Colaborador 3 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaboradora: Camila

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Colaborador 4 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 17.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Rafael

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Colaborador 5 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 19.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Gabriel

Quem é Gabriel? Creio que não há forma melhor de mostrar quem eu seja que vendo tudo o que eu falei de minhas vivências na prática, eu tenho um canal no YouTube que criei a bastante, e gostaria de incluir um vídeo que gravei há cerca de 5 anos atrás, gravado num tempo que tive em Vitória da Conquista junto com um amigo meu, o vídeo já mostra claramente o que sou há muito tempo, além da paixão de sempre pelo skate e amizade envolvidas.

https://www.youtube.com/watch?v=8QrRMUyBGKU

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Colaborador 6 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 02.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Entrevistado: Lincoln

Quem é Lincoln? Um skatista aventureiro, que anda pela cidade explorando a natureza, praças e todos ambientes públicos. Em busca de diversão e amizade.

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Colaborador 7 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Corrida Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: Marinoé

Quem é Marinoé? Marinoé é a busca da liberdade, é a felicidade fazendo aquilo que gosta, sem se preocupar com os problemas, pois a solução deles está em algum lugar e logo vou encontrar.

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Colaborador 8 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 07.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Any

Quem é Any? Eu sou uma pessoa que não consigo ficar parada na verdade, pra mim o dia poderia ter 48 horas que seriam bem aproveitadas, mas tinha que ter alguma coisa para se fazer nessas 48 horas. Gosto de trabalhar, gosto muito de fazer atividade física, gosto de ajudar as pessoas quando realmente elas precisam. Não gosto muito assim de ensinar sabe? É uma coisa que ainda preciso trabalhar em mim, por exemplo, se eu tivesse um cargo de professor eu acho que não teria paciência, porque eu sou uma pessoa muito impaciente, agitada, 220 volts. E eu queria até ensinar, as vezes até eu começo, mas quando vejo que a pessoa é devagar, não consigo, e sei que o problema é em mim, não é a pessoa, porque nem todo mundo é agitado, mas não consegui esse êxito ainda. Eu também gosto de estudar, ler, assistir filmes. Quando não tem nada pra fazer eu tenho que arrumar algo porque se não fico impaciente e acho que é isso.

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Colaborador 9 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 07.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Luciano

Quem é Luciano? Quem é Luciano? Luciano é pai, tenho três filhos, escolhi como profissão engenheiro, sou engenheiro já a 13 anos, de formado, mas atuo na área a 26 anos. E gosto muito de esporte né? Prático esportes como meio de desestressar do trabalho e gosto muito de escrever, gosto muito de filme, gosto muito de família e de natureza. Eu não sou uma pessoa assim cheio de amigos, eu prefiro ficar assim mais isolado, mas participo de grupo de vôlei de quadra, de vôlei de areia, de corrida, mas meu momento é mais só, leitura e esportes. Mas quando eu estou correndo é algo mais individual mesmo. Eu vim de fora, moro a 5 anos aqui em Sergipe, e assim, eu acredito muito em Deus, tenho essa parte espiritual, minha ligação com ele é forte, ele é meu amigo, meu pai. Como eu não tenho pai e minha família é de fora, só tenho meus três filhos aqui e minha namorada Any agora, e como ela tem muitos amigos, acabou que os amigos dela se tornaram os meus amigos, mas não são amigos, são conhecidos, amigos mesmo tenho poucos. Tenho 41 anos e acho que é isso, no meu perfil eu coloquei lá: engenheiro por profissão, pai de coração e esporte por opção e Deus acima de tudo, que acaba resumindo como eu me vejo.

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Colaborador 10 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Bicicleta Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: César

Quem é César? Sou uma pessoa comunicativa, organizada, educada, pontual e responsável, gosto de viajar e praticar atividade física.

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Colaborador 11 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 08.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Yoran

Quem é Yoran? Jovem natural de Estância, interior do estado de Sergipe, 23 anos de idade, estudante de História, poeta, repentista e MC. Apaixonado pela vida e pelos meus familiares. Militante social e skatista nas horas vagas.

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Colaborador 12 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 26.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Vitor Vinicius

Quem é Vitor?

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Colaborador 13 Autodescrição em narrativa do sujeito participante Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Jefferson

Quem é Jefferson?

Jefferson é um cara da paz, tranquilo, gosta de fazer amizade, caseiro, sincero, gosta de ajudar o próximo, animadão, o cara que anima o rolê tá ligado? Mas sempre tem aquele ponto me tira a paz, gosta de jogar um Crossfire, andar de skate, e ir a praia pegar umas vacas do mar, um cara que não tem coragem para certas coisas, e que é apaixonado pela tecnologia, sou um cara que se dedica as coisas que ele quer, isso é aprendizado do skate. Dizem que skatista é vagabundo, mas foi no skate que eu aprendi a respeita o próximo, foi com ele que aprendi a cair e a me levantar, e nunca desistir, ele me fez ser o que sou, com ajuda da minha família.

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Apêndice 7: Descrição dos colaboradores por terceiros

Colaborador 1 Descrição do colaborador por terceiros Data: 29.07.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilhas; mountain bike Pesquisador responsável: Cae Rodrigues Colaborador: Ana Paula

Izabel, amiga. Quem é Paula? Vixe! Difícil... É organização, responsabilidade, amizade, disciplina, teimosia, e luta. Corre atrás do que quer como se fosse um trator! Mãe preocupada, tá sempre dedicada em dar uma educação certa, honesta a seus filhos, estudando junto. Profissional competente que não dispensa a amizade com seus alunos e os incentiva a ter uma vida mais saudável. Nas folgas, pedala, caminha, rema, corre, faz trilhas, e reclama que faz pouco esporte! Se pudesse viveria fazendo tudo de bicicleta, em um lugar tranquilo cheio de árvores...mas tem que correr para ser professora de Pilates, professora de Yoga, terapeuta! Mesmo com tanta coisa que tem para fazer, separa o lixo, cuida das plantas, faz comidinhas naturais e, sempre, sempre está disposta a ouvir e apoiar um amigo! Não vou falar dos defeitos, porque os vejo tão poucas vezes, que não os conheço bem. Para mim, Ana Paula é uma guerreira em qualquer situação!

Caliene, amiga. Paula é uma daquelas pessoas que você admira à primeira vista já pelo sorriso e simpatia. E depois que você conhece, percebe a pessoa enérgica e forte que ela é. Digo sempre que o nome dela é “disposição”, porque nunca está parada, está sempre realizando alguma atividade. E o que mais admiro, com a mesma disposição, seja em uma atividade trivial, como na realização das tarefas domésticas, seja escalando, remando ou praticando trekking. 120

Ela é quem não me deixa parar, por mais que eu me sabote, ela sempre tá lá pra pilhar. Digo sempre que ela me coloca nas maiores roubadas, mas na real é que foram as maiores aventuras também. Mais que uma amiga, ela se tornou uma irmã de alma pra mim. Uma pessoa que trago sempre em meus coração e que quero sempre ao meu lado.

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Colaborador 4 Descrição do colaborador por terceiros Data: 03.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Yuri

André Nunes, amigo. Yuri é um cara com quem eu conto muito nos últimos tempos, e não faz muito tempo que o conheço tipo somos amigos há uns três anos ou mais ou menos, mas parece que nos conhecemos há mais tempo. Yuri é um cara muito sangue bom para ele não tem tempo ruim saca? Tipo ele não é de reclamar das coisas, um cara que sempre que preciso posso contar com ele, seja para algum conselho ou para alguma outra coisa... É um verdadeiro amigo, daqueles que é difícil de encontrar nos dias de hoje, pessoa de uma tranquilidade gigantesca e de uma paz imensa.

Walbert Santos, amigo. Yuri é um cara bem legal. É um amigo de adolescência que eu tenho, é um cara que sempre me ajudou quando eu precisei um cara alegre, gente boa, prestativo, sempre quando alguém precisa de uma ajuda e ele pode ajudar ele ta lá. Resumindo ele é um cara bem parceiro mesmo.

Cássia, mãe. Yuri é um rapaz responsável, tranquilo, amigo, sincero é um bom filho, mas apesar de calmo é decidido. Gosta de trabalhar, mas nos estudos sempre me deu muito trabalho, ele não gostava de estudar. Mas depois de adulto ele começou a ver a importância do estudo, pois sem o estudo ele não vai levar a nada. Ele tem como o esporte o skate que ele gosta muito e gosta também de apreciar um show de Rock, de vem em quando ele vai pra alguns. Mas pra viajar ele não gosta muito não, eu sempre digo pra ele viajar, mas ele ainda não criou hábito de viajar. Ele tem uma vida simples e muito tranquila

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Colaborador 3 Descrição do colaborador por terceiros Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaboradora: Camila

Iris Melo Ela é um mundo de emoções, bruta e ao mesmo tempo meiga, tímida mas ao mesmo tempo cara de pau, diz q não gosta de carinho mas vira e volta tá carente, diz q não gosta de grude mas se passa um tempo longe diz q tá demorando demais a voltar, diz que não gosta de demonstrações de carinho publicamente, mas demonstro msm! Uma irmã pra mim.

Gabriel Surf Camila pra mim é... Uma amiga muito completa, Camila é uma pessoa que nunca lhe deixa na mão, uma pessoa muito gente boa, meiga e... Sempre estar por dentro de suas amizades. Ela é um pouco na dela, mas quando ela... Tem uma certa intimidade com a pessoa, ela se torna uma pessoa muito gentil e muito agradável de conviver. Conheci Camila através do esporte, o surf, e a gente surfamos juntos ate hoje, e ela é uma pessoa que eu não tenho nada a falar contra, só favorece! E é isso.

Solange (Mae) Camila Silva Ramos é uma jovem de 22 anos, estudante de biologia, pela UFS; Professora do ensino fundamental 1; Filha única, muito estudiosa, responsável com suas obrigações e deveres; Querida por seus familiares e amigos. Na infância participou de aulas de Karatê, na adolescência fez natação. A partir dai, desafiou seus medos, venceu sua timidez e enfrentou o mar. Descobriu no mar sua verdadeira paixão esportiva, através do surf. Um dia perguntei a Camila: O que você sente quando esta no mar? Ela me respondeu: Eu sinto paz. Sinto a natureza e sinto que faço parte dela.

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Colaborador 4 Descrição do colaborador por terceiros Data: 03.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Rafael

Natasha, amiga. Rafael é um irmão que Aracaju me deu. Somos de família gaúchas que chegaram em Aracaju quase que na mesma época, mas que vieram a se conhecer aqui. Como as famílias tinham histórias parecidas e mesmas tradições, nos aproximamos. Nos conhecemos desde pequenos, foi meu primeiro amigo na cidade, fazíamos e brincávamos de tudo, juntos. Hoje, já adultos, continuamos parceiros, amigos, temos temperamentos parecidos, conversamos muito. Rafael pra mim é isso, um amigo, parceiro que posso contar a qualquer hora, companheiro de esportes, uma família sem ser de sangue, mas mais próximos que muitos que são.

Jussara, mãe. Rafael é um rapaz de 27 anos, estudante de direito, estuda a noite e trabalha durante o dia. É uma pessoa que sabe viver a vida, aproveita todos os momentos de sua vida. Amigueiro, um bom filho, ajuda nas distribuições das tarefas de casa, o almoço de segunda a sexta é ele que faz. É apaixonado pelo surf, penso até que se ele tivesse a oportunidade de fazer do surf como sua profissão não hesitaria duas em largar tudo. De domingo a domingo ele surfa e além do surf, joga futebol de salão uma vez por semana. É uma pessoa muito responsável, dedicado, mas ao mesmo tempo genioso. Uma das características de Rafael é que ele não gosta de trabalhar aprisionado, preso em espaço fechado. Gosta de estar livre, fazer seus horários, aí esta a ligação com o esporte que tanto gosta que é o surf.

Samuel, amigo. Na minha visão Rafael é um grande amigo íntimo. Nos conhecemos no surfe e moramos no mesmo bairro faz um tempinho uns 6, 7 anos. Nele eu confio falar sobre tudo, e dou

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ouvidos, ele é honesto, justo e trabalhador. Essas qualidades na minha visão o definem. Eu como amigo não sei distinguir os defeitos dele.

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Colaborador 5 Descrição do colaborador por terceiros Data: 21.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Gabriel

Mateus, amigo de Ilhéus. Gabriel é um irmão que Deus me deu. Um amigo que está ao meu lado comemorando nos momentos bons e me motivando nos momentos ruins, tudo isso para ver o meu melhor. Ele é um exemplo de fraternidade e filantropia!

Tácio, amigo de Ilhéus. Gabriel Seara é um amigo que eu conheci em Ilhéus, estudamos na mesma escola por um tempo, conversávamos às vezes, e com um tempo criou a amizade. É um cara gente boa, engraçado, sei que se eu precisar dele ele vai me ajudar.

Juliana, namorada. O Gabriel é uma pessoa muito especial, uma pessoa muito amável, positiva e verdadeira, sempre disposto a ajudar o próximo. O tipo de pessoa que não se dá mal com ninguém. Ama o skate como ninguém, sempre leva onde tem oportunidade de andar, e realmente tem o dom pra isso.

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Colaborador 6 Descrição do colaborador por terceiros Data: 02.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Entrevistado: Lincoln

Douglas Long Lincoln o que posso falar dele ele é um cara incrível um cara gente boa e amigo, um cara que gosta de divertir muito e joga muito vôlei considero muito ele como quase um irmão e anda muito de skate tbm.

André Cheira Um grande amigo.

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Colaborador 7 Descrição do colaborador por terceiros Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Corrida Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: Marinoé

Roger Uma amiga querida, de personalidade marcante e autêntica. De certa forma, tive alguma relação com a introdução dela nas corridas, entretanto, sua persistência e disciplina, aliadas a um condicionamento físico privilegiado, fazem dela uma vencedora, que busca através da prática do atletismo, vencer seus limites e se divertir. A alcunha que recebe de O Mito, faz jus aos seus feitos, além de buscar incentivar e contagiar os demais, para aderirem ao seu "vício", que é correr. No grupo que fazemos parte, bem como na academia e ambiente de trabalho, Marinoé é uma referência, um exemplo de vigor e capacidade atlética, que juntamente com sua espiritualidade peculiar, torna-a um exemplo inspirador.

Rodrigo Segue comentário sobre o mito: Durante pouco mais de um ano tive o enorme prazer de participar juntamente com Marinoé de diversas corridas de rua, onde pude observar que a mesma não corre por tempo ou por quilometragem, corre por prazer. Enquanto lutamos para cruzar a linha de chegada, extenuados, Marinoé chega forte e sorridente. A felicidade de Marinoé é contagiante, que o diga o fotógrafo César de Oliveira – para cada flash, uma pose e um sorriso diferente. A ciência já comprovou que correr emagrece, fortalece ossos, deixa o coração mais forte, aumenta o metabolismo, dentre inúmeros outros benefícios. Todavia, existe um benefício, a felicidade, que dispensa a necessidade de realização de qualquer procedimento científico, podendo ser comprovado ao acompanhar e observar Marinoé correr. “Marinoé + Corrida = Alegria”.

Anderson 128

Entre as diversas características para descreve-la posso citar seu carisma e sua capacidade de aglutinar as pessoas ao seu redor, não por motivo frívolos, e sim por sua amizade verdadeira, disciplina, simplicidade, bondade, honestidade, nobreza e inteligência.

129

Colaborador 8 Descrição do colaborador por terceiros Data: 10.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Any

Jussara, amiga. A Any é uma menina mulher, inteligente, madura, com uma mente brilhante. Sempre faz o certo, é amiga, companheira e sempre temos o que aprender com ela, pois ela tem uma garra que muitas pessoas não tem, corre sempre atrás dos seus objetivos com sabedoria e com seus próprios esforços. É dinâmica, parceira, gosta de fazer amigas, é do bem. É atleta, gosta de fazer atividade física, ela é ativa, não fica parada, ama a natureza e é estudiosa.

Emilly, amiga. Bom, primeiramente só tenho que agradecer a Deus por ter posto ela em meu caminho, ela só me apresentou as coisas boas e me mostrou que havia sim como aproveitar a vida, sendo feliz sempre precisar estar no meio das coisas ruins do mundo. Simplesmente aprendi a amá-la e desejo tudo de há de melhor que possa existir. A Any também é super prestativa, atenciosa, bruta, impaciente (odeia esperar) e ama atividades físicas.

Luciano, noivo. Então Ellber, quem é Any? Any é uma pessoa com muita energia... ela passa a imagem de ser uma pessoa correta, gosta de tudo bem feito, perfeccionista, sincera, transparente, uma pessoa íntegra que acaba as vezes se irritando com o mundo porque nem sempre é perfeito. Como eu falei, ela tem muita energia e ela é uma pessoa que apesar dos problemas sempre está de bem, sempre com um sorriso bonito e ela é bem autêntica. Se ela não gosta da pessoa, ela não gosta da situação ela fala e demonstra, ela não consegue ser falsa. Ela prática vários esportes, gosta do contato com a natureza, gosta de adrenalina, é uma mulher corajosa, inteligente... ela passa respeito e as pessoas a respeitam. Eu tenho um contato assim com ela a 10 meses, mas por 130

intensidade dos momentos, pode dizer que ela é uma pessoa leal, uma pessoa companheira. Ela tem amigos fiéis, amigos companheiros e por ser uma pessoa muito boa naquilo que ela se propõe a fazer, eu acredito que as vezes acaba gerando alguma inveja, alguma coisa do tipo. E ela acaba também sendo exemplo para as pessoas que querem fazer alguma coisa e não coragem, porque ela é muito corajosa, muito ousada. Ela demonstra ter muita coragem, ela vai ao limite das coisas que ela se propõe a fazer e ela é uma líder... ela é uma líder no grupo de trilha, uma líder no curso que ela faz. Ela está sempre procurando melhorar, sempre aprendendo, querendo fazer melhor, está sempre estudando. Cara eu sou fã dela (risos) e não é à toa que eu quero casar com essa moça.

131

Colaborador 9 Descrição do colaborador por terceiros Data: 10.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Luciano

Georgiany Moura, noiva. Quem é Luciano, ou melhor Encarnação kkk. Ele é a pessoa que faz jus a esse sobrenome, pq quando encarna em algo ou alguma coisa vai até conseguir. Com o começo do nosso relacionamento não foi diferente kkk Ele é um Homem sábio, meio atrapalhado, mas responsável, é um grande pai e um noivo admirável, ele é a parte sensível do relacionamento, eu seria a razão nesse caso. É um cara desorganizado organizado, difícil de entender assim lendo, mas basta conviver kkk. Enfim, Luciano é aquela pecinha do meu quebra cabeça, estimula muitas das minhas loucuras e participa sem hesitar. Me surpreendendo todos os dias, com sua inteligência, com as brincadeiras, que as vezes é fora de hora e até com sarcasmo. Juntos tentamos não fazer do amanhã uma rotina e sim uma nova oportunidade de fazer acontecer!

Andressa, amiga. Bem... Luciano no trabalho é conhecido como índio porque veio de Manaus. A primeira coisa que vem na cabeça é viciado em esportes, adora um livro, apaixonado pelos filhos, temperamento forte varia entre os extremos, determinado a controlar a ansiedade e o nervosismo e consequentemente a hiperidrose. A priori bem reservado depois mostra o lado brincalhão. Um amigo preocupado. Profissional envolvido que adora falar besteira depois das 17.

132

Colaborador 10 Descrição do colaborador por terceiros Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Bicicleta Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: César

Roger No primeiro contato que tive com César num pedal, duas características chamaram a atenção, sua preocupação com todos e seu bom humor. Sempre atencioso e disposto a ajudar, além das piadas e bordões que lhe são idiossincráticos, tornam um trajeto longo ou uma trilha árdua mais amena. Grande entusiasta do cicloturismo, se preocupa em detalhes do trajeto, como a direção do vento, as condições climáticas para o dia, os possíveis ponto de apoio para lanche e descanso, em suma, uma pessoa com uma liderança pela seriedade com o planejamento e a leveza no trato com as pessoas. Enfim, quem tiver a oportunidade de participar de um pedal do Superando Limites, grupo por ele criado em conjunto com outros ciclistas, pode ter a certeza de um sábado com "mais aventura, menos rotina", muitas fotografias e filmagens, alegria e atividade física em contato com o meio natural. Além de organizar algumas viagens e participações nos encontros de MTB. A cada pedal, faz uma postagem das fotografias e um filme com os vídeos, transformando pessoas comuns em protagonistas de aventuras em cima da bike.

Mariane Não é difícil numerar as qualidades desse ser humano entusiástico pela vida, chamado César, que tem o dom de conquistar as pessoas, através do seu carisma. Amigo para todas as horas, contagia a todos com sua alegria e com o seu espírito aventureiro. Através de sua paixão pela bike, conquistou e conquista novos amigos a cada dia. Um homem batalhador e responsável, tendo na família seu alicerce para alcançar vôos mais altos em sua vida. Pessoa de temperamento forte, quando é contrariado, vira um verdadeiro leão. É uma grande hora ter na vida, esse companheiro de viagem...

133

Milena César é uma das pessoas mais bem motivadas que eu conheço, se tratando de aventura, disposição para pedalar...Ele tem muito bom humor (engraçado), muito solícito, gosta de ajudar, é um bom ouvinte, é honesto e hiperativo (não consegue ficar quieto), de bem com a vida, ama a natureza e sabe contagiar as pessoas com essa paixão (pedal com aventura). Na verdade, ele é uma pessoa que gostamos de estar perto. Respeitador, família, brincalhão, conversador.

134

Colaborador 11 Descrição do colaborador por terceiros Data: 03.07.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Yoran

Dacio Santos, amigo. Rapaz... Yohan considero como meu melhor amigo, um segundo irmão conheço há uns 4 anos, e durante esse tempo demonstrou ser um cara leal , honesto e simples. Me passa total confiança em qualquer ocasião. Humilde e sábio, chega junto nas horas difíceis. Sabe reconhecer seus erros, mas todo mundo tem seus defeitos, como eu e você.

Italo Rodrigo, amigo e integrante do grupo de rap. Yoran é um cara muito cabeça, desde que conheci ele só tenho aprendido muita coisa, ele que me incentivou a rimar nas roda de rima e escrever rap e hoje a gente divide o grupo Resistência Periférica. Ele é um cara compreensivo e muito humilde, não procura problema com ninguém, considero um irmão mais velho.

Thamiris Lohana Nascimento, irmã. Bom, Yoran é uma pessoa muito especial, de um censo de justiça principalmente social enorme, desde sempre teve esse jeito de ser só dele, sempre indo além e correndo atrás do que quer. Como irmão não tenho nada a reclamar, a relação familiar é bastante forte tanto pra carinho quanto pra críticas, inclusive acho que é isso que nos fortalece.

135

Colaborador 12 Descrição do colaborador por terceiros Data: 13.07.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Vitor

Kian Lemos, amigo. Mano o Vitor é um cara muito monstro, preto favelado assim como eu e que luta bastante pelos seus ideais sem se corromper tá ligado? Sempre mantendo a humildade e ajudando como pode. Além disso tira onda mostrando talento pra várias artes, considero um irmão pra mim, tá sempre na correria e sempre militando por um país mais justo.

Anne Carol, amiga. Vitor é simplesmente único, tanto resenhero como focado nas horas que precisa, tem idéia pra botar encima de qualquer pauta. Apesar de ser perturbado sempre dá os melhores conselhos, sempre tem um ombro amigo a oferecer, é uma companhia que eu quero ter pra qualquer lugar que eu for e que sei que independente de tudo eu sempre vou poder contar.

Yasmin Pureza, amiga. Dou valor ao Vitor seja como pessoa, skatista ou artista, sempre estendeu a mão quando eu precisei, sempre teve junto com a galera nos rolês e se ele não colar é certeza que não vai prestar tanto quanto prestaria com ele. O tipo de cara que nasceu pra viver alternativo, uma visão artística bastante linda e que consegue transmitir perfeitamente pra seus desenhos.

136

Colaborador 13 Descrição do colaborador por terceiros Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Jefferson

Maxswel Souza Rodrigues, amigo. Bom, desde que vim morar aqui ele é um amigo legal, foi muito receptivo, é muito aberto, e sempre ajuda da forma que pode.

Júlia Luiza, amiga. O Jeff é uma pessoa muito importante para minha vida. Ele é muito compreensivo, faz de tudo pra chegar a uma solução aos problemas que você possa está passando, companheiro, as vezes muito grudento, se relaciona muito bem com as pessoas, minha família mesmo ama ele (principalmente a minha mãe). Temos alguns anos de amizade e não tenho o que reclamar da pessoa que ele é.

Emilly Guedes, namorada. Jefferson é a pessoa mais pé no chão que eu conheço apesar da pouca idade é bem maturo quando quer, os conselhos dele sempre vem na hora certa, sabe ser adulto e criança dependendo do momento é um pouco responsável, o sobrenome dele deveria ser atraso não importa o lugar ele chegará atrasado ele é um responsável atrasado, ele é uma pessoa sincera se ele não gosta de alguma atitude sua ele vai dizer a você no mesmo momento ele não suporta guarda aquilo pra ele, Jeff leva amizade muito a sério se um amigo estive com problema ele ajudará de alguma forma resolve não importa como, Jeff é uma pessoa descontraída ele sempre tentará te alegrar nos piores momentos da sua vida.

137

Colaborador 14 Descrição do colaborador por terceiros Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Ana Angélica

Contato 01 Ana Angélica é uma mulher extrovertida, cheia de garra, e talvez a maior força que eu já vi. Ela é determinada, e quando põe algo na cabeça é difícil de tirar. Ao longo dos anos ela tem sido a minha super-heroína, e creio que para sempre será. É uma pessoa de luz e sem maldade no coração, ama dançar, cantar e fazer tudo que lhe faça bem. Por fim, creio que ela é uma estrela, que veio brilhar aqui na terra, com a mão de Deus sobre ela.

138

Colaborador 15 Descrição do colaborador por terceiros Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Flávia

Contato 01 Flavia Mesquita, é uma mulher de espirito jovem e alegre, é extrovertida e está sempre de bem com a vida. Uma mulher inteligente, e de um senso de humor também inteligente. Ela é uma boa amiga, prestativa e atenciosa com as pessoas em geral, uma mãe maravilhosa, e dona de casa dedicada e organizada. Ah, ela também gosta de praticar esportes, e é adepta do Stand Up Paddle.

Contato 02 Flávia é uma pessoa sensível, forte e que corre atrás do que considera fundamental p ela. Boa mãe, cheia de fé! Tem um senso de humor muito engraçado.

Contato 03 Flávia é uma querida. Sempre prestativa, disposta a ajudar. É amiga doa amigos mesmo, está sempre de bem com a vida. É amante da natureza e tem uma alegria que contagia. A forma como enxerga a vida é simples e alegre. É muito agradável estar em sua companhia.

139

Colaborador 17 Descrição do colaborador por terceiros Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Raimundo

Contato 01 Raimundo ele é uma das pessoas mais racionais do meu ciclo, tudo dele funciona pela lógica. Ainda que as pessoas sejam mais complexas que continhas simples de matemática, ele acredita que o caminho mais objetivo é sempre o melhor. Tem um pouco de dificuldade pra lidar com charminhos, entrelinhas do universo feminino, por isso muitas vezes é considerado insensível. Raimundo é bem descolado quanto a assuntos de negócio, dificilmente alguém passa a perna nele porque ele provavelmente calculou todas as possibilidades de dar errado antes do "sim". Conhece de política e um pouco de tudo, gosta de manifestar a opinião dele sobre tudo também. Gosta de viajar e aproveitar a vida com os recursos que Deus e o trabalho lhe provê. Não faz o tipo acumulador que só pensa em trabalho. Procura aproveitar mesmo.

Contato 02 Raimundo é um homem competitivo, vaidoso e generoso.

Contato 03 José Raimundo, batalhador e um líder nato, é o que eu poderia dizer sobre ele. Sempre à frente do seu tempo, desde que era menino, focado, comprometido em mudar sua história, e ele mudou. Um grande presenteador, ele ama agradar às pessoas que estão a sua volta, mas como toda e qualquer pessoa, em seus dias de estresse, é melhor nem cutucar. Por fim, eu poderia dizer que José Raimundo, não é só mais um homem, pai, empresário. Ele é único, separado por Deus para uma missão muito especial em sua vida.

140

Colaborador 18 Descrição do colaborador por terceiros Data: 10.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP Pesquisador responsável: Pablo Rocha Nogueira Colaborador: Vera

Contato 01 Vera é minha mãe. Uma pessoa que eu amo muito. Eu a vejo como alguém que tem dificuldade de estar consigo mesma, de refletir sobre sua vivência e sobre suas atitudes, isso reflete em sua hiperatividade, algo que ela mesma (segundo meu ponto de vista) sofre , se desgastando por não conseguir focar em uma atividade específica. Por outro lado é uma pessoa que passou por muitas coisas com bravura e fez o melhor possível para me dar uma educação de qualidade.

Contato 02 Vera Bedin é uma mulher forte, dedicada, inteligente, com espírito aventureiro, super amiga, mãe e avó. Uma pessoa de bom caráter e super educada, ama praticar esportes e manter uma alimentação saudável. Fitness é ela.

141

Apêndice 8: Análises de perfis sociais dos colaboradores

Colaborador 1 Análise perfis redes sociais Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilhas; mountain bike Pesquisador responsável: Cae Rodrigues Colaborador: Ana Paula

Não possui contas ativas no Facebook e no Instagram.

142

Colaborador 2 Análise perfis redes sociais Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Yuri

Não possui contas ativas no Facebook e no Instagram.

143

Colaborador 3 Análise perfis redes sociais Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf. Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaborador: Camila

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO E FOTOS)

Categorias

Incidências

Relações sociais

2

Viagem

1

Trabalho

0

Arte

1

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

2

Outras

Lazer [2]

INSTAGRAM

Categorias

Incidências

Relações sociais

4

Viagem

2

Trabalho

1

Arte

3

Política

2

Meio ambiente e vivências na natureza

3

Outras

Lazer [3]; Saúde [1]

144

Colaborador 4 Análise perfis redes sociais Data: 03.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Rafael

FACEBOOK (FOTOS) Categorias

Incidências

Relações sociais

16

Viagem

12

Trabalho

6

Arte

1

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

15 [3]

Outras

Time de futebol [1]; Meme (piada) [1]

FACEBOOK (POSTAGEM) Categorias

Incidências

Relações sociais

11

Viagem

6

Trabalho

3

Arte

0

Política

2

Meio ambiente e vivências na natureza

4 [4]

Outras

Meme (piada) [3]; Time de futebol [1];

INSTAGRAM 145

Categorias

Incidências

Relações sociais

13

Viagem

8

Trabalho

6

Arte

0

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

13 [2]

Outros

Time de futebol [2]; carro [1]

146

Colaborador 5 Análise perfis redes sociais Data: 01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Gabriel

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO) Categorias Relações sociais

Incidências 10 6 2 8 0 1 [12]

Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

FACEBOOK (FOTOS) Categorias Relações sociais

Incidências 13 10 6 0 0 [19]

Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

INSTAGRAM Categorias Relações sociais Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

Incidências 24 11 6 1 0 [16]

147

Colaborador 6 Análise perfis redes sociais Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaborador: Lincoln

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO E FOTOS)

Categorias

Incidências

Relações sociais

2

Viagem

2

Trabalho

5

Arte

1

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

1

Outras

Lazer [1]

INSTAGRAM

Categorias

Incidências

Relações sociais

4

Viagem

0

Trabalho

9

Arte

2

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

0

Outras

Lazer [2]

148

Colaborador 7 Análise perfis redes sociais Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Corrida Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: Marinoé

ANÁLISE DE PERFIS SOCIAIS DO SUJEITO PARTICIPANTE

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO) CATEGORIAS

INCIDENCIAS

Relações sociais

06

Viagem

06

Trabalho

05

Arte

02

Política

03

Meio ambiente

13

FACEBOOK (FOTOS) CATEGORIAS

INCIDENCIAS

Relações sociais

07

Viagem

07

Trabalho

01

Arte

0

Política

04

Meio ambiente

11

INSTAGRAM CATEGORIAS

INCIDENCIAS

Relações sociais

08

Viagem

10

Trabalho

0 149

Arte

0

Política

0

Meio ambiente

12

150

Colaborador 8 Análise perfis redes sociais Data: 07.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Any

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO)

Categorias

Incidências

Relações sociais

9

Viagem

3

Trabalho

4

Arte

3

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

6

Outras

Saúde [3] Lazer [1]

FACEBOOK (FOTOS)

Categorias

Incidências

Relações sociais

7

Viagem

6

Trabalho

3

Arte

1

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

9

Outras

Saúde [2] Lazer [1]

151

INSTAGRAM

Categorias

Incidências

Relações sociais

7

Viagem

6

Trabalho

3

Arte

0

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

12

152

Colaborador 9 Análise perfis redes sociais Data: 07.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Luciano

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO)

Categorias

Incidências

Relações sociais

6

Viagem

7

Trabalho

1

Arte

0

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

10

Outras

Saúde [1] Lazer [2]

FACEBOOK (FOTOS)

Categorias

Incidências

Relações sociais

5

Viagem

7

Trabalho

1

Arte

0

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

9

Outras

Saúde [2] Lazer [3]

153

INSTAGRAM

Categorias

Incidências

Relações sociais

7

Viagem

10

Trabalho

1

Arte

0

Política

0

Meio ambiente e vivências na natureza

11

154

Colaborador 11 Análise perfis redes sociais Data: 08.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Yoran

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO) Categorias Relações sociais Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza Educação Outras

Incidências 6 4 11 9 3 4 Literatura [2]; História [1]

FACEBOOK (FOTOS) Categorias Relações sociais Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

Outras

Incidências 14 1 7 2 0 7 Culinária [6]; Literatura [3]; Educação [2]; História [1]; Família [2]

155

INSTAGRAM Categorias Relações sociais Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

Outras

Incidências 11 2 12 12 1 7 Tecnologia [1]; Culinária [7]; Literatura [4]; Família [2]

156

Colaborador 12 Análise perfis redes sociais Data: 13.07.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Vitor

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO) Categorias Relações sociais

Incidências 18 5 0 10 12 0 (1)

Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

FACEBOOK (FOTOS) Categorias Relações sociais

Incidências 16 7 1 10 7 3 (5)

Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

Categorias Relações sociais Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

Incidências 3 2 0 2 1 0 (4)

157

Colaborador 13 Análise perfis redes sociais Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Jefferson

FACEBOOK (LINHA DO TEMPO) Categorias Relações sociais

Incidências 25 0 0 4 3 1(5)

Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

FACEBOOK (FOTOS) Categorias Relações sociais

Incidências 10 3 0 4 0 3 (10)

Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

INSTAGRAM Categorias Relações sociais Viagem Trabalho Arte Política

Meio ambiente e vivências na natureza

Incidências 8 1 0 12 0 3 (9)

158

Apêndice 9: Narrativas livres dos colaboradores sobre suas vivências na natureza

Colaborador 1 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 02.07.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilhas; mountain bike. Pesquisador responsável: Cae Rodrigues Colaborador: Ana Paula

Minhas experiências com atividades em meio à natureza fazem parte de minha vida desde que eu era muito pequena. Minha família teve fazenda no interior, então, comer fruto no pé e se perder na mata eram coisas corriqueiras. Trago esse gosto por atividades ao ar livre desde a infância. Meu conceito de relaxamento e diversão está diretamente ligado a esses espaços, shopping para mim é um lugar onde se vai resolver problemas, diversão é dentro do mar, da mata ou em cima de uma bicicleta.

159

Colaborador 2 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 03.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Yuri

Sob a aparente desordem da cidade tradicional, existe, nos lugares em que ela funciona a contento, uma ordem surpreendente que garante a manutenção da segurança e a liberdade. É uma ordem complexa. Sua essência é a complexidade do uso das calcadas, que traz consigo uma sucessão permanente de olhos. Essa ordem compõe-se de movimento e mudança, e, embora se trate de vida, não de arte, podemos chama-la, na fantasia, de forma artística da cidade e compará-la à dança - não a uma dança mecânica, com os figurantes erguendo a perna ao mesmo tempo, rodopiando em sincronia, curvando- se juntos, mas a um balé complexo, em que cada indivíduo e os grupos têm todos papéis distintos, que por milagre se reforçam mutuamente e compõem um todo ordenado. O balé da boa calçada urbana nunca se repete em outro lugar, e em qualquer lugar está sempre repleto de novas improvisações. (Jane Jacobs).

Observação do pesquisador: trecho do livro da autora “Morte e Vida de Grandes Cidades”.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=H-jjHmE9Z1g

160

Colaborador 3 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaboradora: Camila

Meu contato com a natureza começa desde criança, quando meus pais contavam sobre suas experiências no sítio da família, na praia, acampamentos. Fui crescendo, e quando fazíamos viagens à passeio em família, não havia resort, luxo ou algo do tipo, sempre viajamos pra lugares simples, uma praia, rio, cachoeira, pro sítio e sempre me divertir muito. Meu pai me ensinou a nadar bem nova, quando fiz 10 anos entrei pra natação, e amei, queria participar dos campeonatos e evoluir cada vez mais, mas não tive oportunidade, por serem poucas meninas na natação, não tinha espaço pra competição. Na adolescência, passeia a observar o surf e me atrair por ele. Mas só alguns anos depois, por volta dos meus 18-19 anos que tive a chance de comprar uma prancha e ter amigos pra me acompanhar. Pra minha família foi um susto, minha mãe principalmente não era muito a favor. Na mesma época, já tinha começado a universidade, e faço o curso de Biologia que traduzindo, o bio significa vida e logia o estudo. Na universidade conheci um grupo que faziam rapel e trilhas próximos a natureza. Fiz meu primeiro passeio com eles para a Chapada Diamantina-BA e fiquei maravilhada, a partir dessa viagem o grupo passou a ser chamado de Cabritos Montanheiros. Fiz outros passeios com os cabritos, o rapel e acampamento no canyon do rio São Francisco, pra Itacaré-BA, fiz o rafting e conheci belas praias para a prática do surf. Durante o curso de biologia participei de dois congressos, um de carnologia (estudo de crustáceos) que visitei Bonito-MS, não tem o que falar da cidade, o próprio nome já diz. Em Bonito, fiz mergulho no rio Formoso, conheci um pouco do pantanal, a gruta azul, muito, muito bonito. No segundo congresso foi sobre biologia marinha em Porto de Galinhas-PE, fiz mergulho também, sou apaixonada por mergulho desde o meu primeiro com 14 anos quando viajei pra Maragogi-AL, enfim, antes de ir pro congresso eu comprei os equipamentos básicos pra mergulho livre e aproveitei o máximo de Porto de Galinhas.

161

Em relação ao surf, vim evoluindo e comecei a participar de campeonatos esse ano (2017) o que foi bem divertido, conheci muitas meninas ligadas ao surf, por Estância são pouquíssimas, minhas companhias são sempre masculinas. Graças à surftrips conheci outras ondas como a Praia do Forte, Itacimirim, do Conde na Bahia. Outra experiência com relação à natureza foi participar como voluntária no projeto Tamar na sede da praia do Abais, Estância, o estágio na Área Agroecológica da UFS, coletas em mangue (crustáceos e sedimento para analise ecológica) experiências muito enriquecedoras. Sou muito grata pelas experiências maravilhosas da minha vida, e planejo muitas outras, são muitos sonhos a serem realizados.

162

Colaborador 4 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 03.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Rafael

Vídeo 360º de uma praia semideserta em um dia ensolarado.

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Colaborador 5 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 21.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Gabriel

Minha vivência, meu momento de prática do skate é algo que é difícil de explicar até com palavras, é a liberdade de aproveitar independente de tudo aquele momento, só eu e o skate, todo o tempo do mundo pra me expressar, me distrair e me divertir através do skate. Gostaria de incluir um vídeo gravado aqui mesmo em Aracaju na Cara de Sapo Skatepark, e que mostra bem a forma como a vivência acontece.

https://www.youtube.com/watch?v=Pv9FFPI2qBQ

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Colaborador 6 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Entrevistado: Lincoln

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Colaborador 7 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Corrida Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: Marinoé

As minhas experiências que me marcaram mais foram aquelas em íntimo com a natureza, no seu aspecto mais selvagem. 1. EAPA Challenger Litoral – duathlon, onde atravessei em trail run charcos, matas, dunas, montanhas, riachos (12 km - corrida de orientação) e depois 21 km de pedal, no Povoado Touro (Pirambu). 2. Desafio 42k, Serra de Itabaina (2016) 10km de trail run. Porque foram provas desafiadoras. 3. O Raffint em Itacaré 2016, onde pulei de uma altura de 10m.

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Colaborador 8 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 10.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Any

As minhas experiências na natureza é pedalando, patinando, remando, correndo de vez em quando, porque nem sempre eu gosto de correr, trilhando, subindo serra, descendo serra, nadando também. Quando eu não estou estudando ou trabalhando, ou seja, quando eu tenho tempo eu sempre estou buscando fazer isso, porque eu me sinto muito bem e geralmente eu descarrego as coisas ruins que a gente atrai de vez em quando nessas atividades, porque querendo ou não existe uma energia negativa assim no dia a dia, como raiva, um estresse e a atividade ela ajuda a liberar, é tipo como se fosse uma terapia, que as vezes a gente está tão cheia de coisa, de problema, por isso eu sempre busco fazer essas atividades para esquecer esses problemas porque se não a pessoa pira. É uma liberdade na verdade o que a pessoa sente, descendo de paraquedas principalmente, a adrenalina é demais e é melhor ainda, porque é uma coisa que você faz uma vez ou outra na vida, então quando você faz uma coisa rotineiramente, você acaba criando a rotina e fica um pouco que enjoada daquilo, e quando você faz uma coisa hoje, e faz depois de um mês, alguma coisa assim, você sente outra emoção, outra coisa e quando você faz todo dia, por exemplo, academia eu fazia todo dia e chega uma hora que você está tão estagnada naquilo que você acha que nem está fazendo efeito mais. E assim eu vejo os outros esportes, se fizer sempre vai virar rotina, mas quando não faz com tanta frequência eu acho que é até mais satisfatório.

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Colaborador 9 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 10.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Luciano

Minha experiência na natureza é desde quando eu me entendo por gente, sou de Manaus-Amazonas e lá tem muito contato com a natureza e minha mãe tem um sítio lá. Então praticamente todo final de semana a gente ia pra lá, e lá você anda de canoa no rio, anda na mata e desde moleque os passeios lá eram para rio, pra sítio e eu gosto muito. E aqui a minha vivência é correr na praia escutando o barulho do mar, na areia, eu participo do SUP, remo lá na orla pôr do sol e sempre que posso tento viajar pra lugar que tenha um maior contato com a natureza. Não gosto de shopping, gosto do cinema, e sempre ando de bike, corro sempre ao ar livre, inclusive compramos algumas plantas para colocar lá no apartamento e fazer um jardim, para trazer um pouco desse cenário de natureza para dentro do apartamento. Também faço muito trilha, na Serra da Miaba, Itabaiana eu nunca fui, mas tenho vontade, já fui para o Vale dos Mestres, sempre tentamos fazer esses passeios, e o melhor passeio para mim é quando tem algum contato com a natureza, tudo que envolve água, escalar, trilhar. Tenho prazer em ver o pôr do sol, o nascer do sol. Nós fomos para a Chapada Diamantina e 5:30 eu e outro cara lá mais empolgados, pulamos na água gelada, porque eu gosto desse ambiente assim de natureza, principalmente água, rocha e montanhas e isso parece que renova as energias.

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Colaborador 10 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Bicicleta Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: César

Nestes mais de quatro anos que pratico o MTB e o cicloturismo tem sido muito gratificante em poder viajar de bike pelo nosso estado podendo assim conhecer melhor os povoados cidades e pessoas e tudo isso, contemplando de perto a natureza exuberante tendo em vista que nessas viagens optamos em fazê-la por estradões, atravessando fazendas e trilhas. Aproveitando em nossas paradas para tomarmos banhos em cachoeira, lagoas, barragens. Nestes trajetos muitas vezes avistamos animais da nossa fauna tipo, macacos, micos tamanduás, cobras, gado, carneiros, bodes raposas, gato do mato, corujas, gaviões... De vez em quando nos deparamos com alguns cães que estão perdidos ou foram abandonados pelos seus donos e ligamos para ADASFA ou procuramos nas imediações alguém que possa adotá-los. Por outro lado, existem alguns fatos que nos entristecem, quando percorremos trechos de BR ou Rodovias Estaduais nos deparamos com vários animais mortos (atropelamento) as margens das rodovias e alguns deles correndo risco de extinção. Mas de uma forma geral é muito prazeroso poder viajar de bike, pois muitas vezes no corre corre e em viagens de automóveis não temos o prazer de contemplar e ter uma visão diferente dos locais, das pessoas e seus costumes e o mais importante de tudo isso é está acompanhado de pessoas de espírito elevado que compartilham do mesmo sentimento de gratidão pela mãe natureza.

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Colaborador 11 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 01.07.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Entrevistado: Yoran

O rolê é um espaço de troca de experiências e de socialização com os amigos que também praticam, como também com novas pessoas que possam se somar ao grupo. Depois de escolhido um local, conhecido na cultura como pico, é suar a camisa divertindo-se e buscando aprender novas manobras, além de observar detalhes que possam ajudar a partir dos companheiros do grupo. Raramente vou num rolê sozinho, então o rolê é sempre um lugar de aprendizagem mútua.

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Colaborador 12 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 27.06.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Entrevistado: Vitor Vinicius

mais uma madrugada que a insonia bate e o delirio invade e me faz lembrar o quão pequenos somos nesse mundo desumano estava aqui viajando deitado ao leu pensando naquele planeta insano e ao mesmo tempo tão ousado que da a braxa de poder ser visto da terra como se fosse uma fresta de luz na escuridão na imensidão do universo que ao mesmo tempo que é imenso é tão pequeno mas nós somos minusculos !! e extremamente necessarios conquistamos coisas pra caralho alguns de nós tem uma evolução mental cabulosa 171

e outros conseguem ser tão idiotas no seres humanos nos exterminamos a todo momento tipo agora por coisas banais como saldos bancarios ou pensamentos consevadores que nos são empregados.... BOOM

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Colaborador 13 Narrativa do colaborador sobre suas vivências na natureza Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Jefferson

Vídeo de manobras de skate em Skate Park acompanhado de som instrumental leve.

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Apêndice 10: Narrativas livres das etnografias em movimento

Colaborador 2 Etnografias em movimento Data: 16.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Yuri

A vivência ocorreu na pista cara de sapo localizada na orla de Atalaia em Aracaju. Realizada no dia 16 de abril de 2017 e começou às 16 horas. No local existem varias rampas, degraus e piscinas. As pessoas, geralmente jovens, estavam vestidas na sua maioria com calça jeans ou bermudas e camisas, todos estavam de sapatos ou tênis e alguns usavam bonés. Ao chegarmos ao local já havia um grande numero de skatistas muitos grupos concentrados em um só equipamento, o Yuri foi sozinho deixou a bicicleta que o havia levado até o local e começou a andar de skate. Ele se concentrou em um degrau onde tentou insistentemente fazer uma manobra chamada fakie ollie switch fiffy ele tentou por várias vezes e depois de umas seis tentativas conseguiu executar onde se mostrou bastante contente com sua conquista. Ao decorrer do tempo ele continuou andando pela pista sem ser em obstáculos; em certo momento ele teve sua manobra interrompida por um buraco que estava na pista, ele desequilibrou e o skate ficou preso, logo ele voltou e continuou a andar. Após um tempo só andando pela pista o Yuri começou a fazer uma manobra chamada Ollie manual onde ele equilibrava o skate com as rodas de trás, ele executou essa manobra por várias vezes e conseguiu ter sucesso na maioria delas; apesar de ser uma manobra difícil o Yuri mostrou total domínio nesse tipo de manobra. Por volta das 17h50min o Yuri parou de andar e as pessoas da pista começaram a se dispersar, pois começou a chover no local.

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Colaborador 3 Etnografias em movimento Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaboradora: Camila

Camila uma pessoa muito calma e tranquila, possui muitos conhecidos na área do surf. Dentre esses conhecidos muitos costumam surfar em grupos. Galera bastante tranquila e divertida, alguns muito experientes na área, e pequenos aprendizes também.

Narrativa complementar: música – Better Together / Jack Johnson.

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Colaborador 4 Etnografias em movimento Data: 24.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Rafael

A vivência ocorreu na praia de Aruana em Aracaju. Realizada no dia 24 de abril de 2017 e começou às 14 horas. Assim que nos encontramos o Rafael me falou que o primeiro passo antes de sair de casa foi olhar o site surfguru.com.br para ver como estava a previsão período de onda, vento e maré. Como estava um ótimo dia para surfar ele já saiu animado. O Rafael vestia bermuda de surf e malha preta com manga cumprida e ele estava acompanhado com mais seis amigos. Ao chegarmos a praia o grupo começou a conversar e ver se existia correnteza e para qual lado ela estava indo e decidiram o local em que estava tendo maior número de ondas. Após entrarem em consenso iniciaram um alongamento que durou uns dez minutos, após entraram no mar com suas pranchas. Ele demorou um pouco para fazer uma manobra, pois parecia estar curtindo o ambiente, logo após veio uma onda e ele executou uma manobra chamada fronteira side. Durante toda a observação o Rafael executou várias manobras entre elas a rasgada, batida e aéreo. E também caiu muitas vezes da prancha, mas sempre levantava rapidamente. Por volta das 17horas o Rafael e seus amigos começaram a sair da água e sentaram na areia para conversar. Eles informaram que como o mar estava muito bom eles tiveram uma tarde produtiva para surfar e assim eles foram para casa e nos despedimos.

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Colaborador 5 Etnografias em movimento Data: 23.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Gabriel

A vivência ocorreu na Praça do Rosa Elze na segunda feira (23/01) à noite. Chegamos na praça havia considerável movimentação de pessoas pela praça em geral, mas o local que escolhemos é mais aberto e isso não atrapalhou em muitos momentos. Quando o Gabriel começou a andar algumas pessoas que estavam sentadas nas proximidades da praça começaram a olhar, algumas rapidamente, outras ao ver focalizaram. O Gabriel começa a remar pela praça pra reconhecer o terreno, a praça é meio esburacada, porém não dificultava ao ponto de impedir de andar, exceto uma ou duas vezes que o Gabriel foi mandar a manobra e as rodinhas do skate caíram exatamente sobre os buracos, travando e causando a queda dele. Sempre que caia levantava e prosseguia normalmente, demonstrando muita garra tentando até conseguir cada manobra que almejava. Apesar das limitações da praça, ele conseguiu usar os bancos como borda pra manobrar, conseguiu arranjar obstáculos pra ultrapassar, e no fim tomou o desafio de saltar de um local elevado, semelhante a um palco, porem de espaço bastante curto, após não conseguir algumas vezes e cair, ele manda o Hardflip que almejava, e a expressão contente que ele mantinha durante todo o rolê aumentou ainda mais.

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Colaborador 6 Etnografias em movimento Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Entrevistado: Lincoln

Lincoln é bastante popular entre os amigos do ‘’sk8’’ como eles próprios costumam falar entre si, por ser um dos mais experientes do grupo, alguns novatos os procuram para pedir dicas. O horário para encontro foi pela noite devido o fluxo dos carros serem menor nas ruas, o skate ele é envolvente devido as possibilidades de manobras livres que podem ser realizadas usando estruturas publicas. Notei que eles usam muito o ‘’Eaa”” como comprimento ao chegar e um tal de ‘’frita’’ a cada tentativa de manobras difíceis a serem realizadas.

Adicional à descrição: Musica: A Praga / Haikaiss.

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Colaborador 7 Etnografias em movimento Data: 29.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Corrida Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: Marinoé

Após entrar em contato com Marinoé para agendar o dia da realização da etnografia em movimento, fui convidada por ela para participar de uma corrida de montanha que aconteceu em Santo Amaro da Purificação – BA no dia 29 de abril. Entretanto, não foi possível realizar minha inscrição, pois já haviam acabado as inscrições, mas resolvi acompanhá-la mesmo assim. Saímos de Aracaju em carro próprio no dia 28 de abril e retornamos dia 01 de abril, meu esposo e meu filho foram comigo. Marinoé foi de carona com um casal de amigos, conosco foram também outros amigos que fazem parte do grupo de corrida (Agrorun) do qual ela integra, nos hospedamos em um hotel no centro da cidade, próximo ao evento. O evento teve início às 6:00 horas, no qual foi oferecido aos atletas um café da manhã, e às 7:00 foram iniciadas as provas. A corrida foi dividida em provas de 42Km, 21 km, 10 km e 5 km. Até ser dado início a competição, o clima antes é bastante alegre, percebi que as pessoas marcam para se reencontrarem, foi observado muitos momentos de fotos em grupos e “selfies”. Ao sinalizar para o momento da largada, as pessoas se concentram, silenciam e aguardam o momento da largada. Marinoé participou da prova dos10 Km, junto com alguns amigos do grupo de corrida. Como não estava inscrita, esperei ser dada a largada e tentei acompanhá-la “na pipoca”, como é assim chamado pelos corredores quando a pessoa não está inscrita. Mesmo sabendo que não tinha condição física de acompanhá-la, quis vivenciar um pouco dessa atividade (corrida de montanha), uma vez que costumo fazer trilha (andando) e correr numa trilha seria algo novo para mim. O que pude perceber diante dessa prática (corrida) em meio à natureza é que requer muita resistência física e equilíbrio, pois o terreno era irregular e estava bastante húmido, pois havia chovido. O fato de não estar inscrita me deixou um pouco apreensiva para fazer o percurso, pois senti falta de sinalização durante o trajeto e fiquei com medo de ficar sozinha e não 179

saber voltar. Desse modo, percorri pouca distância e voltei para a concentração para esperar a chegada de Marinoé. A impressão que tive foi de que entre correr e andar numa trilha eu ainda prefiro andar, pois me possibilita apreciar melhor a paisagem, sentir o cheiro característico da mata e o som dos animais. Vale ressaltar que Marinoé chegou em terceiro lugar em sua categoria.

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Colaborador 8 Etnografias em movimento Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Any

Colaborador 9 Etnografias em movimento Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Colaborador: Luciano

A experiência da etnografia foi realizada com o casal Georgiany e Luciano que sempre realizam suas atividades em conjunto, inclusive uma história bacana que ocorreu com eles, foi que os dois se conheceram durante a realização de uma trilha e meses depois eles noivaram nesse mesmo local que se conheceram. Enfim, por conta de um problema no joelho do Luciano, eles diminuíram um pouco no momento a frequência de realização destas atividades e principalmente a da trilha, que eles caminhavam em média de 5 a 6 horas com alguns intervalos, com isso, a atividade escolhida para ter essa experiência foi o SUP (Stand Up Paddle) que ocorreu em um sábado (20/05) na Orlinha Pôr do Sol, em Aracaju. Por conta de dois motivos, eu não pude fazer a remada junto com eles... o primeiro que eu não tenho muita experiência com nado, quase nada (mesmo eles sugerindo que eu utilizasse um colete salva vidas) e o segundo que nos últimos dias estava tendo grandes variações climáticas na cidade de Aracaju o que poderia colocar minha vida em risco segundo eles, já que anteriormente eu havia perguntado se algo poderia inviabilizar a prática e eles informaram que uma chuva muito forte, com vento, já que poderíamos ser levados pela correnteza porque ficaria difícil de remar. Com isso, ao chegar ao local da realização da prática eu pude perceber que eles não se relacionavam com muitas pessoas já que lá haviam muitos grupos, e posteriormente eu perguntei se sempre eles realizavam a atividade sozinhos e eu obtive a seguinte resposta: nós não temos um grupo assim para realizar em conjunto, apenas 181

um grupo no Whatsapp chamado de Geração Saúde que tem um pessoal lá da base onde as pessoas alugam as pranchas e a gente marca normalmente sempre para ir só nós dois mesmo, até porque o SUP é uma atividade mais perigosa já que a pessoa tem que saber nada, tem que ser calma, ai a gente prefere ir só nós dois, porque quando vão outras pessoas a agente acaba ficando preocupados com elas e acaba que não nos divertimos tanto, e sim ficando mais preocupados. A partir desta experiência eu coloquei como um dos meus objetivos pessoais aprender e desenvolver o meu nado para ter essa confiança em realizar atividades deste tipo em um rio que acaba sendo mais perigoso, durante o meu convívio com o casal na realização da pesquisa eu pude perceber o quão prazeroso era esse contato que eles tinham com a natureza, a tratavam realmente como algo “divino” principalmente o contato com a água que muitas vezes eu ouvia eles falando que era algo renovava as energias, trazia paz e que se eles pudessem eles teriam esse contato todos os dias, por isso, passei a ter como objetivo essa apreciação maior da água e um dos primeiros passos é ganhar experiência com o nado.

Imagem que o casal realizou durante a sua vivência com o SUP

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Colaborador 10 Etnografias em movimento Data: 06.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Bicicleta Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: César

No dia 06 de maio, sábado às 6:00 horas realizei a etnografia em movimento com César. Todos os sábados ele se reúne com um grupo de amigos para pedalar, o nome do grupo é “Superando Limites”. Como não tenho esse hábito e nem tão pouco bicicleta, tive que primeiro conseguir uma emprestada (peguei a do meu esposo) e acertar com César para me juntar ao grupo para realizar um pedal curto. Assim, acertei com ele que iria acompanhar o grupo até um determinado trecho da trilha e eles seguiriam até o local programado pelo grupo, pois estava programado para o pedal ser até São Cristóvão. Nós nos encontramos numa estrada que fica no bairro Orlando Dantas e de lá iniciei minha primeira trilha de mountain bike. Logo no início do percurso César me informou que no lago que passaríamos próximos já foi visto jacaré, aí eu pensei...a aventura tinha iniciado! E realmente é só aventura, passamos por espaços com areia, buracos, ladeiras, fui atacada por insetos, até chegar em uma estrada que dava para linha de trem, um lugar muito bonito, paramos, tiramos fotos e fizemos alguns vídeos. Assim que cheguei no ponto programado eu retornei para casa, não mais de bicicleta, sim de carro, havia acertado com meu esposo que ele iria me buscar até o ponto combinado e o grupo continuou com o passeio. O percurso que realizei não foi muito longo, aproximadamente 6 km. Mas o suficiente para despertar a vontade de fazer outra trilha, gostei muito dessa vivência, as pessoas do grupo, o próprio César, são solidários e dispostos a ajudar os iniciantes dessa modalidade. Mas o que particularmente me fez gostar dessa prática foi porque não existe a preocupação com o tempo, o objetivo desse grupo é a diversão e a contemplação do ambiente.

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Observação: faz parte da narrativa um vídeo com uma passagem do grupo em suas bicicletas em um trecho da trilha.

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Colaborador 11 Etnografias em movimento Data: 08.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Yoran

A vivência ocorreu no Rosa Elze, em frente aonde se situa o Sergipe Tec. Eu, o Yoran e outro brother marcamos as 21:00, e quando eu cheguei eles já estavam andando pra aquecer. O local é uma alternância de ciclovia e calçada, com alguns desníveis e um quebra-molas plano entre a parte mais próxima do Sergipe Tec e a mais próxima da avenida. Quando eu cheguei o Yoran tava tentando pular o vão entre o quebra-molas e a calçada de Ollie, tentou algumas vezes até conseguir, percebi que o problema em si não era a falta de técnica, mas a dificuldade devido a ele ter passado um período sem andar devido a problemas pessoais, o retorno depois de um período sem andar sempre deixa o skatista um pouco mais inseguro. O rolê segue e percebo que o jeito de andar dele é bastante diferente (não que seja novidade no skate), ele manda algumas manobras básicas e busca varar uns obstáculos, mas não demonstrou ter interesse em buscar aquela linha de evolução que a maioria dos skatistas acaba seguindo por ordem de dificuldade que a manobra apresenta. Ele tenta mandar uns backside ollies - manobra consideravelmente simples – e mostra que já teve base, mas não consegue acertar. Então ele passa a tentar pular da calçada pro quebra-molas, e do quebra-molas pra outra ciclovia. Ele tenta até conseguir, e após isso toma como objetivo pular diagonalmente por cima de um pedaço de grama, de uma calçada estreita à uma ciclovia desnivelada e com algumas pedras. O Yoran tenta várias vezes até conseguir, e começa a tentar pular antes de chegar mais próximo do fim do pedaço de grama, pois quanto antes, maior a distância pra ciclovia. Vejo um pouco mais de dificuldade, dou algumas dicas que percebo que podem ajudar e ajudo a limpar as pedras que tinha no pico que realmente estavam atrapalhando ele de efetuar a manobra. Após mais algumas tentativas o Yoran consegue saltar a distância maior que estava tentando, e pra finalizar o rolê tenta até conseguir mandar alguns backside ollies que antes tinha de base, e com algumas tentativas consegue, se dando por contente. Vi no rolê do Yoran um cara satisfeito com o que sabe, que sinceramente não tem tanta gana de aprender mais tricks no momento e 185

não liga se alguém esteja tentando algo impressionante enquanto ele vara um gap de ollie, porém que aproveita muito seu tempo de rolê andando bastante como realmente se sente bem.

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Colaborador 12 Etnografias em movimento Data: 15.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Vitor

A vivência ocorreu no Cara de Sapo Skatepark, na Orla de Atalaia. Marcamos no início da noite, depois de mim o Vitor chegou e a gente trocou uma ideia enquanto ele calçava o tênis, daí ele deu início ao rolê. Apesar de não participar de quase nenhuma competição vejo que o Vitor possui um bom nível pras mesmas, ele explora muito bem toda a pista durante o role, sempre tem alguma trick pra tentar em algum lugar, fato que se dá também por ele ser cria da Cara de Sapo a muito tempo (onde conheci ele durante um rolê). O Vitor tem um estilo largado de andar, seu rolê é bastante fluído, não tem problema com velocidade e suas tricks tem o pop alto, o que não se ver muito é ele mandando tricks apenas de solo. Logo depois de aquecido já pediu pra eu filmar um Nollie pulando uma escada de 7 degraus, que nem tentou muitas vezes e conseguiu acertar. Durante o rolê o Vitor não curte parar muitas vezes, ele se joga e anda bastante, quando cansa dá uma boa parada pro descanso seja fumando um cigarro ou conversando algum dos brothers e se tiver afim depois anda mais. Percebi que o rolê dele é mais aéreo, gosta de mandar trick nas pirâmides, nas transfer e nos gap, não explorou muito os bowls e corrimões, mas também pode ser questão de objetivo de rolê no momento, possa ser que hoje, ou que atualmente ele esteja querendo aprimorar essa sua base aérea.

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Colaborador 13 Etnografias em movimento Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Jefferson

A vivência ocorreu no Cara de Sapo Skatepark, na Orla de Atalaia. Eu e o Jefferson nos encontramos por volta das 18:30 da noite na Orla e fomos rumo ao Cara de Sapo Skatepark. Como nos encontramos antes da pista, no caminho Jefferson já foi tentando mandar algumas tricks, como forma de pré-aquecimento também. Por ser um caminho que ele percorre bastante, alguns locais ele já tinha manobras pré-definida pra tentar acertar. Quando estávamos mais próximos da pista uma caminhonete da polícia nós segue até entrarmos lá, os vi olhando a gente com reprovação e não poderia deixar de ressaltar que creio que tal fato aconteceu por preconceito de estereótipos que temos, skatistas, e o Jefferson negro. Deixamos as mochilas onde todos deixam num canto da pista, e o Jefferson começou a dar o role de aquecimento. Ele é “o tipo de skatista” que consegue fazer as manobras serem bastante altas, o que torna mais bonito de se ver. Logo ele chega na parte mais alta da pista, onde geralmente sempre junta uma galera, e interage conversando e abraçando diversas pessoas, deixando explícito seu lado afetivo com os seus amigos. Dessa parte mais alta onde estávamos vimos as quadras abandonadas, do lado da pista de skate mesmo, e por ele ter o pop (altura do skate no ar) alto dei a ideia do Jefferson tentar pular a rede de uma quadra de tênis. Arrodeamos, entramos na pista de tênis, e na quarta tentativa o Jefferson conseguiu pular a rede de tênis, fato que não filmamos pois precisava de flash e o local era afastado, então apenas fomos executar pra não chamar mais atenção indevida (e mais outras duas viaturas policiais foram conferir o que fazíamos entrando lá). Após o Jefferson conseguir efetuar seu Ollie na primeira quadra de tênis que também se encontra ao lado da anterior, fomos pra segunda com o mesmo objetivo, porém após diversas tentativas, alguns tombos e quase um ferimento mais sério ele não conseguiu pular a rede da mesma, por ser mais alta que anterior, então fomos embora e esse salto já ficou como objetivo à atingir pra o Jefferson.

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Apêndice 11: Glossários de expressões

Colaborador 2 Glossário de expressões Data: 16.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Yuri

 Com as quatro – Manobra executada com perfeição.  Tirar um game – Jogo/desafio entre duas pessoas ou mais em que se tira um jokenpô para definir quem vai começar puxando uma manobra na qual os demais terão que acertar em uma tentativa. Cada manobra errada ganha uma letra até formar S.K.A.T.E.  Varar um gap – Pular sobre um lugar extenso.  Fazer um street – Andar nas ruas.  Back to back – Quando duas ou mais pessoas acertam a manobra em sequência.  Manobra na base – Executando a manobra sempre sem muitos erros para concluir a manobra.  Capote – Levar uma queda feia.  Ganguero – Cara que se veste com roupa muito larga.  Carrinho – Skate.  Fakie ollie switch fiffy – deslizar com o skate na borda do degrau.  Ollie manual – Equilibrar o skate com as rodas de trás.

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Colaborador 3 Glossário de expressões Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Colaboradora: Camila

 Caldo ou Vaca – Aquele momento em que o surfista cai e fica embaixo da agua sem respirar.  A vala – Melhor lugar de entrar no mar.  Haole – Os novatos e não frequentadores daquele lugar.  O pico – O lugar!  Rabera – Entrar na onda de um cara que já esta na onda.  Batida – Manobra que o surfista faz sobe na parede da onda depois da uma cavada, e bate com a parte de baixo da prancha na crista da onda.

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Colaborador 4 Glossário de expressões Data: 24.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Surf Pesquisador responsável: Karine dos Anjos Santos Colaborador: Rafael

 Amador - surfista não profissional.  Crista - topo da onda.  Série - Ondas seguidas.  Rasgada - O surfista joga a rabeta da prancha para a frente e vira o corpo para a onda, forçando o pé de trás para espirrar o máximo de água possível.  Batida - o surfista bate com a parte de baixo da prancha na crista da onda.  Aéreo - voo sobre a onda.  Cut back - o surfista volta na direção contrária da onda e depois retorna na direção normal, formando um ’s’.  Tubo - Ficar debaixo do paredão de água.  Fronteira side - de frente para onda.  Back side - de costas para onda.  Galero - apelido para Rafael.  Galera - amigos de Rafael.  Trocar ideia - conversar sobre as condições do mar.  Vamos fazer o surf - Entrar no mar para surfar.

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Colaborador 5 Glossário de expressões Data: 24.01.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Gabriel

 Base – Configuração das pernas para andar no skate.  Carrinho – Apelido para o próprio skate.  Dropar – Descer com o skate do topo de estrutura elevada, como o topo de um bowl ou uma rampa (ramp).  Gap – Espaço entre dois pontos fixos em que o skatista pode tentar saltar através de alguma manobra.  Linha – Conjunto de manobras acertadas em sequência.  Local/Cria – Skatista que sempre frequenta determinado local, geralmente há um bom tempo.  Madeirão – Quando um shape é “madeirão” quer dizer que ele é de um material de baixa qualidade, ou que já está velho.  Maria rolamento – Menina que tem preferência por skatistas.  Marretar – Quando um skatista “marreta” é porque ele se saiu muito bem nas manobras.  Na base – Quando uma manobra “tá na base” quer dizer que o skatista tem domínio e acerta ela com facilidade.  Pico – Local para andar de skate.  Sair roubada – Quando uma manobra “saiu roubada” quer dizer que o skatista tocou os pés no chão, fora do shape, quando finalizou a execução do movimento.  Session – Dar uma volta de skate (resultado do rolê).  Shape – O skate (prancha).  Sk8 – Skate (devido ao som da pronuncia do número 8 em inglês – “skeight”).  Streeteiro – O skatista que tem preferência por andar na modalidade Street.  Style – Uma manobra/linha é “style” quando foi muito bem executada. 192

 Trick – Manobra.

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Colaborador 6 Glossário de expressões Data: 05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate. Pesquisador responsável: Brian Lennon Xavier Matos Entrevistado: Lincoln

 Pesado – Uma boa manobra.  Fritou – Tirou onda.  Salve – Tudo bom.  Cabrero – Quando tá com medo.  Tomar vaca – Quando o cara leva um tombo.  Point – Ponto de encontro.  Guanguero – Quando o cara tem estilo.  Carrinho – Skate.

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Colaborador 7 Glossário de expressões Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Corrida Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: Marinoé

 Sprint - aumentar a velocidade.  Longão - correr uma distância maior que a que corre normalmente.  Pace - tempo por Km.  Negativar - Diminuir o “pace”.  Quebrar - Sair muito rápido no início e não chegar no final, não concluir a prova.

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Colaborador 8 Glossário de expressões Data: 20.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Entrevistado: Any

Durante os procedimentos de coleta não houve nenhuma expressão que fugisse do senso comum; e também a colaborada não soube identificar nenhum termo que pudesse compor o glossário de expressões.

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Colaborador 9 Glossário de expressões Data: 20.04.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: SUP; trilha; corrida; patins. Pesquisador responsável: Ellber Rodrigo Santos Albuquerque Entrevistado: Luciano

Durante os procedimentos de coleta não houve nenhuma expressão que fugisse do senso comum; e também o colaborador não soube identificar nenhum termo que pudesse compor o glossário de expressões citando que o grupo que ele participa sobre trilha não possui esses termos por ser um grupo formado por pessoas de diversas faixas etária, várias classes sociais, ser bem eclético e com isso não teria nada especifico que fosse citado apenas no grupo durante as atividades, e as outras atividades ele realiza só ou apenas acompanhado da noiva.

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Colaborador 10 Glossário de expressões Data: Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Bicicleta Pesquisador responsável: Thaise Melo de Almeida Alves Colaborador: César

 Pedal (originalmente nome de uma peça de bicicleta) - Forma de chamar um passeio de bicicleta. “Vamos fazer um pedal hoje?”.  Bike (bicicleta em inglês) – Maneira em que a maioria dos ciclistas se refere à bicicleta.  Estradão - Pista de piçarra.  Single track - Trilha fechada.  Ciclista magazine - Possui bike, vestimenta e equipamentos caros, mas pedalar que é bom, passa longe, sendo o maior interesse tirar fotos para divulgação em redes sociais.

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Colaborador 11 Glossário de Expressões Data: 08.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Yoran

 Back – Sentido em que a manobra e o corpo do skatista gira para o sentido interno.  Dropar – Ato de descer rampa/bowl.  Embaçou – Quando algo complica.  Front – Sentido em que a manobra e o corpo do skatista gira para o sentido externo.  Miou/Molhou – Quando o rolê não deu certo.  Ollie – Manobra mais básica que pode ser utilizada pra saltar obstáculos.  Rolamento – Peça que fica dentro da rodinha impulsionando a rotação da mesma.  Rolê – Sair pra andar.  Shape – Prancha de madeira do skate.  Street – Modalidade que usa o solo e todo o resto como local de manobra.  Switch – Andar no skate com a base trocada.  Truck – Eixos do skate responsáveis pelas curvas na direção que o corpo inclina.  Varar – Ultrapassar algum obstáculo.  Vertical – Modalidade que se dá especificamente em rampas/bowls.

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Colaborador 12 Glossário de Expressões Data: 09.07.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Vitor

 Base – Jeito de andar.  Bonde/Crew – Brothers/Grupo.  Boot – Tênis.  Carrinho – Skate.  Dropar – Descer o obstáculo.  Gap – Obstáculo mais alto pra mandar a manobra caindo pro solo.  Linha – Mandar várias manobras em sequência.  Marretar – Acertar a manobra.  Na instiga – Mandar com vontade.  Nas quatro – Quando a manobra é acertada perfeita.  No gás – Rápido.  Pico – Lugar do rolê.  Rolê – Andar.  Style – Quando a manobra sai bonita.  Varar – Pular sobre.

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Colaborador 13 Glossário de Expressões Data: 20.05.2017 Experiência com alto potencial para a ecomotricidade: Skate Pesquisador responsável: Adriano Lima Sacramento Colaborador: Jefferson

 Banca – Grupo de amigos.  Bombeta/Cap – Boné.  Bot – Sapato.  Boto fé – Acredito.  Brother/Mano – Parceiro.  Falou – Tchau.  Gap – Obstáculo.  Instigado – Quando se está com vontade.  Marretar – Mandar a manobra.  Nas quatro – Quando a manobra é acertada perfeita.  No gás – Ir rápido.  Osso – Difícil.  Rolê – Sair.  Saquei – Entendi.  Suave – Na paz.  Tô ligado – Entendi.  Trick – Manobra.  Valeu – Obrigado.

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