Educação ambiental e turismo - Um enfoque sustentável à conservação de faxinais

October 11, 2017 | Autor: Leandro Baptista | Categoria: Educação Ambiental, Turismo, Faxinais
Share Embed


Descrição do Produto

XIII Encontro Paranaense de Educação Ambiental Educação Ambiental no Campo

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TURISMO SUSTENTÁVEL À CONSERVAÇÃO DE FAXINAIS

UM

ENFOQUE

Leandro Baptista (PG)¹, Janaína Gomes Amaral (IC)² ¹[email protected]. Universidade Estadual de Ponta Grossa. ² [email protected]. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Palavras Chave: Educação Ambiental, Faxinais, Turismo

RESUMO: A sustentabilidade tem atraído a atenção de pesquisadores há algumas décadas e ganhou amplos contornos sociais após a realização da Conferência Eco 92, onde governantes, empresários e organizações não governamentais estipularam metas para que os princípios sustentáveis sejam orientadores do desenvolvimento mundial. Desde este evento, buscou-se uma maior sensibilização frente ao uso racional dos recursos naturais, onde o fomento a educação, a capacitação e a conscientização desempenham importante papel. Assim, procura-se discutir neste artigo o emprego da atividade turística junto à faxinais para que o uso racional dos recursos ambientais sejam conservados e mantidos pelas comunidades que ali vivem, ao mesmo tempo em os efeitos multiplicadores deste trabalho impactem o turista, para que este reflita sobre a fragilidade do meio ambiente, levando consigo tanto a experiência do passeio, quanto a preocupação ambiental.

INTRODUÇÃO A educação, tema frequentemente presente em debates políticos, abrange todas as camadas sociais, sendo um dos pilares para o desenvolvimento mundial. Contudo, a educação, por não tratar-se de uma idéia sacralizada, sendo assim passível de diversas interpretações, conceitos e abrangências, desdobrou-se em diversas vertentes para melhor adaptar-se as diferentes áreas de estudo, como: a educação formal, cultural, ambiental, entre outras. Assim, pode-se entender a educação ambiental através de Pádua e Tabanez (1998), onde este ramo propicia “o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente”. Diante deste conceito, entende-se que a educação ambiental precisa estar além de debates acadêmicos ou políticos, necessitando ser colocada em prática por todas as pessoas que diretamente estão em contato com sítios, parques ou áreas de conservação, uma vez que estes espaços possuem fragilidades que podem sofrer diferentes níveis de degradação, oscilando entre às camadas mais leves até as irreparáveis. Sabe-se que produtos com o prefixo “eco” e marcas comprometidas com a conservação ambiental possuem um grande apelo comercial, portanto suas implicações sócio-ambientais devem estar à frente de visões economicistas, incorporando assim, valores sustentáveis que serão mantidos ao longo do tempo. Assim, pretende-se elucidar neste artigo as potencialidades presentes em faxinais que podem ser utilizadas para favorecer o entendimento da educação ambiental através da sua aplicação em conjunto com o turismo, uma vez que esta atividade está diretamente ligada à conservação de ambientes, sejam naturais ou edificados.

XIII EPEA - Ponta Grossa, PR, Brasil – 10 a 12 de agosto de 2011

XIII Encontro Paranaense de Educação Ambiental Educação Ambiental no Campo

CONSIDERAÇÕES SOBRE FAXINAIS Ao analisarmos a forma em que os países colonizadores utilizavam o território brasileiro, é de fácil compreensão a maneira em que as concentrações de terras aconteceram em todo o Estado, privilegiando uma minoria burguesa européia, enquanto os povos que aqui viviam foram gradativamente perdendo seus recursos naturais. Este processo não ocorreu de maneira inversa no sul do país, uma vez que com a chegada acentuada de imigrantes europeus no Paraná a partir do século XIX, trazendo consigo o conhecimento de processos agrícolas empregados em seus países, gerou o acúmulo de terras por espanhóis, holandeses, japoneses e italianos, principalmente (PARANÁ, 2011). Contudo, estas inovações não permitiram um acompanhamento tecnológico neste mesmo ritmo por parte dos caboclos (habitantes tradicionais), devido aos seus escassos recursos financeiros e limitações culturais. Diante deste contexto histórico, entende-se o atual panorama de conflitos que envolvem tanto os latifundiários, ávidos para aumentar seus lucros, quanto aos agricultores que lutam para sobreviver competitivamente no mercado, sem condições igualitárias. Esta questão é reforçada por Sahr e Simões (2008) ao esclarecer que: O Brasil rural aparece desta forma, como um território de disputas, onde se vê nas lutas travadas, o desejo dos sujeitos de permanecer e resistir na terra, movimento presente na estratégica emergencial das comunidades tradicionais. Estas comunidades manifestamse em busca de conquistar, se fortalecer e se manter em seus territórios, e de defender suas territorialidades. As comunidades tradicionais se constituem em um território cujas funções e significados vão além das relações e de subsistência alimentar, sendo o mesmo (...) um território simbólico, tradicional, em que se manifestam elementos da cultura humana do lugar e do contexto histórico.

Ao evidenciar o processo de constituição dos territórios rurais do país, pode-se compreender os motivos que levaram à formação dos faxinais. Sem visar unicamente à geração de renda, os faxinalenses também buscam vivenciar o ambiente em que estão inseridos, respeitando seus limites naturais, mantendo suas tradições e histórias, aproveitando assim seus recursos culturalmente intrínsecos na comunidade. Em uma ampla conceituação, pode-se de dizer que o sistema faxinal é uma forma de organização tradicional dos caboclos, encontrada predominantemente na região centro-sul do estado do Paraná. Esta organização caracteriza-se pelo uso coletivo do solo, criação comunitária de animais e espaços de uso particular, onde são construídas as moradias dos faxinalenses. Destaca-se ainda, que em seus sistemas de produção (geralmente voltado à pecuária extensiva e o cultivo de hortaliças orgânicas para consumo próprio) as delimitações territoriais são atribuídas de acordo com as características geográficas do faxinal, como cursos de rios, encostas e áreas em declive. (CHANG, 1988). De acordo com Marques (apud SAHR, 2008): “os faxinais – presentes em áreas de Floresta com Araucária no Paraná – são estimados em cerca de 50 comunidades, concentrandose em 16 municípios da região Centro-Sul do estado. As áreas de uso comum totalizam 15.915 hectares e seus moradores agregam um total de 3.454 famílias”. Estas famílias dividem suas atividades entre a criação de animais que ficam soltos, sendo na maioria dos casos, suínos e gados, e sobre a policultura de subsistência, onde cultivam produtos com: milho, feijão, mandioca e diversas hortaliças através do uso de ferramentas tradicionais, não mecanizadas (SAHR, 2008). Este sistema de produção permite que a colheita XIII EPEA - Ponta Grossa, PR, Brasil – 10 a 12 de agosto de 2011

XIII Encontro Paranaense de Educação Ambiental Educação Ambiental no Campo

seja dividida entre os faxinalenses e que o excedente seja comercializado. A receita gerada pela venda deste excedente retorna para os faxinais em forma de materiais ou produtos que são necessários para a manutenção destas comunidades. Portanto, entende-se que além do comprometimento ambiental, existem laços sociais que permeiam a relação dos faxinalenses. O modo organizacional dos faxinais pode ser observado na figura 1:

Figura 1: – O “mundo tradicional” em faxinais Legenda: A – Cercas; B – Área de cultivo; C – Criação solta; D – Floresta; E – Moradia; F - Carroça Fonte: Sahr (2008)

Contudo, percebe-se que as tradições estão gradativamente perdendo espaço nestes sistemas organizacionais devido à pressão da agroindústria. Conforme pesquisa realizada por Lemes e Sahr (2005), houve a introdução do cultivo do fumo no Faxinal dos Lemes, produto destinado unicamente à indústria tabagista, o que ilustra esta tendência modernista. A absorção de diferentes culturas em faxinais faz com que tradições de plantio de subsistência sejam rompidas, uma vez que estes produtos são destinados unicamente à sua comercialização. Além da entrada de diferentes produtos nas áreas de plantio de alguns faxinais, a extração extensiva de erva mate, que permite uma dinâmica de equilíbrio ambiental, está ocorrendo de maneira acelerada, sendo cortada de forma intensiva, descaracterizando desta forma, a paisagem natural destes espaços. Evidencia-se desta forma, a necessidade de re-utilização dos faxinais para que suas características histórico-culturais sejam mantidas, pois verifica-se que aos poucos os faxinalenses estão cedendo à pressões externas, principalmente no que tange à questões econômicas. Diante deste contexto, entende-se que a atividade turística pode ser uma alternativa para a conservação de faxinais, à preservação de ecossistemas e para a promoção do cuidado com a natureza através de ações que demonstrem a fragilidade destes ambientes. XIII EPEA - Ponta Grossa, PR, Brasil – 10 a 12 de agosto de 2011

XIII Encontro Paranaense de Educação Ambiental Educação Ambiental no Campo

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TURISMO De maneira a beneficiar comunidades faxinalenses, visando tanto seus aspectos ambientais, quanto suas necessidades econômicas, percebe-se que a atividade turística pode ser implantada nestes territórios, favorecendo assim sua manutenção, valorização e conservação, desde que ocorra de forma planejada e sustentável, resultará assim na menor absorção de seus aspectos negativos e na ampliação de seus impactos positivos. Atualmente não existe um consenso sobre o conceito de turismo, pois dentre seu amálgama de inter-relações, autores dividem-se entre a influência social que a atividade proporciona e sobre a geração de renda que o setor produz. Porém, pode-se elucidar sua compreensão através de: Um elaborado e complexo processo de decisão sobre o que visitar, onde, como e a que preço. Nesse processo intervêm inúmeros fatores de realização pessoal e social, de natureza motivacional, econômica, cultural, ecológica e científica que ditam a escolha dos destinos, a permanência, os meios de transporte e o alojamento, bem como o objetivo da viagem em si para a fruição tanto material como subjetiva dos conteúdos de sonhos, desejos, de imaginação projetiva, de enriquecimento existencial históricohumanístico, profissional, e de expansão de negócios (BENI, 2004, p. 37).

Assim, pode-se notar a multidisciplinaridade do turismo com todos os fatores preponderantes à sua concretização, uma vez que este conceito engloba diferentes aspectos relacionados à atividade, incluindo seus fatores motivacionais, respeito ao processo de escolha por segmento e por tipo de turista além de abranger fatores de crescimento humano. Ao analisar os segmentos turísticos, destaca-se o crescimento que os chamados “destinos-verdes” vêm alcançando nas últimas décadas. As pessoas cada vez mais desejam a fuga das rotinas e do estresse urbano e buscam conhecer destinações que possibilitam o contato e a interação com os ambientes naturais. Este novo estímulo também pode ser observado no Brasil, país que possui uma tradicional tendência cultural direcionada ao turismo de sol e mar. Através de pesquisa realizada por Bacha e Strehlau (2009), verifica-se que a preferência para destinações campestres aumentam percentualmente quando o fator permanência é maior, ao passo que para os ambientes litorâneos, esta curva é inversamente proporcional, conforme ilustra a tabela 1. Tabela 1: Preferência de destinações

Destino

Até 3 dias (%)

De 4 a 6 dias (%)

De 7 a 14 dias (%)

De 15 a 30 dias (%)

Mais de 30 dias (%)

Praia

62,7

62,6

51,1

50,0

53,6

Campo

18,8

20,9

24,5

24,2

28,6

Outros

18,5

16,5

24,4

25,8

17,8

Fonte: Bacha; Strehlau (2009). Adaptado pelo autor.

Desta forma, entende-se que existem fluxos de turistas preocupados em conhecer e vivenciar localidades cujo interesse reside na oferta de atrativos naturais presentes na destinação, XIII EPEA - Ponta Grossa, PR, Brasil – 10 a 12 de agosto de 2011

XIII Encontro Paranaense de Educação Ambiental Educação Ambiental no Campo

seja o destaque sobre sua paisagem, seu potencial para a prática de esportes, pelo interesse em aprender sobre sua cultura local, dentre inúmeras motivações. Pertencente a constante busca pelo diferencial, mas sem correr o risco de ser classificado como um não-lugar, sabe-se da importância dos faxinais, que representam uma ruptura com a modernidade ao mesmo tempo em que fortalecem suas tradições, demonstrando assim, uma qualidade em potencial que pode ser utilizada de forma sustentável, tornando-se uma eficaz ferramenta aliada ao turismo para facilitar a compreensão e valorização ambiental, tanto para os turistas, quanto para os residentes destas comunidades, conhecidos como faxinalenses. (BARRETO, 2003) Apesar de não haver um consenso sobre o turismo, no que tange aos impactos oriundos da atividade, existem fluxos de pessoas em todo o globo que viajam sobre os mais diferentes motivos, aonde o turismo ecológico vem destacando-se como o segmento em maior crescimento do setor. Assim, cabe aos gestores (públicos ou privados) o desenvolvimento de um planejamento integrado da atividade, que envolva principalmente a sustentabilidade da destinação. Ao preocupar-se com os princípios sustentáveis, as implicações lançadas ao gestor, onde seu princípio orientador deverá ser extensamente debatido, uma vez que esta questão envolve: A idéia da sustentabilidade implica a prevalência da premissa de que é preciso definir limites às possibilidades de crescimento e delinear um conjunto de iniciativas que levem em conta a existência de interlocutores e participantes sociais relevantes e ativos por meio de práticas educativas e de um processo de diálogo informado, o que reforça um sentimento de co-responsabilidade e de constituição de valores éticos (JACOBI, 2003, p. 195).

Tendo este conceito como diretriz central do planejamento turístico, pode-se citar também a Política Nacional da Educação Ambiental (Lei 9.795/99), que determina ao Poder Público promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a conservação do meio ambiente. Sendo esta Lei direcionada à toda população, entende-se que sua extensão deve ir além de debates acadêmicos, exigindo sua contemplação em investimentos pelo esfera privada que deseja explorar ambientes naturais. Assim, a educação ambiental deve ser vista como uma aliada ao turismo e não puramente como um quesito que consome recursos financeiros. Do ponto de vista da comunidade local, ações educacionais devem ser lançadas como formas de incentivo ao manejo sustentável do seu patrimônio natural, valorização da sua identidade cultural, fortalecimento de suas tradições, dentre diversas diferentes abordagens. Este trabalho, além de ampliar a preocupação ambiental pela comunidade, poderá favorecer ainda a continuidade de ocupação destes territórios pelas gerações futuras. Por outro lado, com o foco no investidor, as empresas podem ser favorecidas ao incentivar ações ambientais para ampliar sua imagem através do incentivo à esta prática. Ressalta-se que empresas com os selos como: Fundação Abrinq; Greenpeace; WWF, entre outros órgãos preocupados com questões sócio-ambientais, costumam ser bem vistas pela população e também sensibilizam a mídia, como aconteceu com times de futebol da Europa. No âmbito regional, a empresa EcoRodovias, administradora de estradas interestaduais do Paraná destaca-se no quesito ambiental, com projetos que estimulam a conservação da mata ciliar,

XIII EPEA - Ponta Grossa, PR, Brasil – 10 a 12 de agosto de 2011

XIII Encontro Paranaense de Educação Ambiental Educação Ambiental no Campo

promovem sinalizações educativas, além de contar desde o ano de 2006 com o Projeto Ecoviver1, principal mecanismo de educação socioambiental do grupo (ECORODOVIAS, 2011). Segundo as considerações de Ruschmann (1997), a educação para o turismo ambiental deverá ser desenvolvida por meio de programas não-formais, convidando o “cidadão-turista” a uma participação consciente na proteção do meio ambiente não apenas durante as férias, mas também no cotidiano e no local de residência permanente destes turistas. Com a inserção da atividade turística em faxinais, espera-se que os efeitos da modernização que vêm acontecendo nestes espaços possam ser retardados, uma vez que com a entrada de visitantes ao longo do ano, os imperativos econômicos deverão ser minimizados. Desta forma, os efeitos em cascata que o turismo proporciona podem ser multiplicados, gerando benefícios sociais: ao elevar a identidade cultural do caboclo, reforçando assim seu legado histórico; ao beneficiar o ambiente, uma vez que a conservação do seu território será ponto central para que a atividade turística ocorra; e beneficia também em relação à geração de renda, pois este segmento turístico apresenta custos proporcionais ao ambiente em que está sendo executado. Diante do exposto, considera-se que o turismo pode ser uma alternativa sustentável para o manejo social, cultural e ambiental de faxinais. Sob este enfoque, reforça-se a necessidade de interação do turista com o meio visitado, o que representa a realização do ecoturismo como um todo, sendo que este segmento apóia-se em quatro macro pilares, expressados por Wearing e Neil (2001) através do uso de: uma área que deve estar em estado mais natural possível; baseia-se na natureza; induz à conservação e tem papel educativo. Entretanto, sabe-se da vulnerabilidade das culturas tradicionais quando entram em contato com a atividade turística, assim, há uma necessidade de constante preparo e capacitação da comunidade local e avaliação diária sobre os impactos gerados pelo turismo. A sustentabilidade, mesmo que não seja fácil de ser alcançada, deverá ser o fio condutor de todo o projeto de planejamento em turismo, prevalecendo assim o meio-ambiente, a comunidade local e os turistas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente para o turismo, mais interessante que o diferencial que seus destinos possam trazer, é o conjunto de memórias, sensações e lembranças que são evocadas quando a viagem chega ao fim. Portanto, muitas destinações buscam constantemente aliar seus atrativos à questões sócio-ambientais onde o turista irá levar sempre consigo em sua bagagem, em caráter atemporal. Percebe-se então que os próprios conceitos de educação ambiental estão tornando-se parte do produto disponibilizado em agências de viagem. O conhecimento aprofundado deste segmento faz que investidores dispostos a colaborar com a educação ambiental – seja com interesse em vender seus produtos ou para valorizar sua marca com ações de marketing – sejam atraídos para o setor, o que deve ser aproveitado positivamente pelas destinações. Salienta-se a importância de um planejamento sustentável que envolva parcerias entre: a esfera pública, a esfera privada e organizações sem fins lucrativos, sempre privilegiando aquilo que a comunidade local (neste caso, os faxinalenses) entenda que é possível de ser utilizado

1

Detalhes sobre o projeto em: http://www.ecoviver.com.br

XIII EPEA - Ponta Grossa, PR, Brasil – 10 a 12 de agosto de 2011

XIII Encontro Paranaense de Educação Ambiental Educação Ambiental no Campo

comercialmente, desta forma, os impactos negativos, como a aculturação e a perda de identidade serão minimizados e o modo de viver dos faxinais será sempre o foco das atenções. Por fim, entende-se que o turismo em faxinais pode ser benéfico tanto para a comunidade local quanto para os turistas. Contudo há a necessidade de um estudo aprofundado sobre os impactos que a atividade irá gerar nestes destinos. Questões sobre o volume de visitas, freqüência, tempo de permanência, perfil do fluxo atendido, infra-estrutura e serviços oferecidos devem estar constantemente sendo avaliadas, para evitar a degradação sócio-ambiental destes frágeis espaços.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACHA, Maria de Lurdes; STREHLAU, Vivian Iara. Uma tipologia para segmentação de hábitos de viagem das classes populares. Revista Turismo Visão e Ação. Volume 11, número 2, páginas 175-200, mai/ago., 2009. BARRETO, Margarita. Manual de iniciação ao estudo do turismo. 14ª Edição. Campinas: São Paulo. Editora Papirus, 2003. Cada vez mais verde. EcoRodovias Paraná. São José dos Pinhais – PR. Ano 1, número 5, página 11, jun., 2011. Autor desconhecido. CHANG, Man Yu. Sistema faxinal: uma forma de organização camponesa em desagregação no centrosul do Paraná. Londina: IAPAR, 1988. (Boletim Técnico). JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa. Volume 1, número 118, páginas 189-205, mar., 2003. LEMES, Elaine Cristina; SAHR, Cicilian Luiza Löwen. Da subsistência do sistema faxinal à subordinação a agroindústria do fumo: a desagregação do faxinal dos lemes no município de Ipiranga – PR. III Simpósio Nacional de Geografia Agrária – II Simpósio Internacional de Geografia Agrária. Presidente Prudente – SP. 11 a 15 nov., 2005. PADUA, Suzana Machado; TABANEZ, Marlene Francisca (orgs.). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. São Paulo: Ipê, 1998. PARANÁ, Governo do Estado. Etnias. Disponível em: . Acesso em: 27, jun., 2011. RUSCHMANN, Dóris Van De Meene. Turismo e planejamento sustentável. São Paulo: Papirus, 1997. SAHR, Cicilian Luiza Löwen. Os “mundos faxinalenses” da floresta com araucária do Paraná: racionalidades duais em comunidades tradicionais. Revista Terr@ Plural. Volume 2, número 2, páginas 213-226, jul./dez., 2008. SAHR, Cicilian Luiza Löwen; SIMÕES, Willian. As territorialidades dos faxinalenses e as políticas públicas educacionais do estado do Paraná: compreendendo realidades, problematizando limites e as possibilidades. Revista Terr@ Plural. Volume 2, número 1, páginas 115-132, jan./jun., 2008. WEARING, Stephen; NEIL, John. Ecoturismo: impactos, potencialidades e possibilidades. Barueri, SP: Manole, 2001.

XIII EPEA - Ponta Grossa, PR, Brasil – 10 a 12 de agosto de 2011

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.