Efeitos de diferentes níveis de inclusão da semente de urucum na ração de poedeiras leves

VIII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS DA UNESP – DRACENA IX ENCONTRO DE ZOOTECNIA DA UNESP – DRACENA 26 e 27 DE SETEMBRO DE 2012

Efeitos de diferentes níveis de inclusão da semente de urucum na ração de poedeiras leves Silva Junior,C.D¹; Ouros,C.C¹; Vivas,D.N¹; Diniz,R.F¹; Bonilha R.S2; Laurentiz.A.C2 1 Discentes do Curso de Zootecnia- UNESP- Ilha Solteira 2 Docente do Departamento de Biologia e Zootecnia-UNESP-Ilha Solteira

Introdução As exigências atuais do consumidor por alimentos saudáveis e naturais estimulam o desenvolvimento de várias pesquisas na área de nutrição animal, as quais visam encontrar alternativas para a substituição dos ingredientes sintéticos utilizados nas rações de modo a manter ou incrementar a produtividade e reduzir os custos (GARCIA et al., 2009). A cor é o primeiro critério utilizado na aceitação ou rejeição do consumidor, por isso, na indústria de alimentos a cor é um atributo de fundamental importância (BATISTA, 1994). A adição de corantes nos alimentos é, muitas vezes, uma exigência do consumidor, se a cor for atraente, dificilmente o alimento não será ingerido ou, pelo menos, provado (SILVA et al., 2000). Na indústria avícola, os consumidores dão preferência aos ovos com gema amareloalaranjado e frangos com pele bem pigmentada de amarelo (BISCARO; CANNIATTIBRAZACA, 2006). A cor das gemas depende da presença de carotenóides na dieta das galinhas e, quanto mais às aves consumirem alimentos que contenham pigmentos carotenóides em sua constituição, tanto maior será a deposição destes pigmentos nas gemas dos ovos e a intensidade da sua coloração (HENCKEN, 1992). Várias pesquisas têm sido conduzidas com o objetivo de buscar fontes alternativas de pigmentos carotenóides a serem adicionadas à ração de poedeiras para melhorar a coloração das gemas (CURVELO et al., 2009). Segundo Joly (2005), o urucum (Bixa orellana L.) é a única espécie pertencente à família Bixaceae, nativo da América Tropical, sendo essa extremamente cultivada. A semente do fruto do urucum contém proteínas, beta-caroteno e outros carotenóides, dos quais os mais abundantes são: a bixina e a norbixina. Com a proibição do uso de corantes artificiais na Itália, o pigmento bixina extraído do urucum tem sido adicionado às rações de poedeiras, para conferir coloração à gema do ovo e, assim, colorir as massas (DAMASCENO, 1988).

Objetivo O presente trabalho teve como objetivo avaliar a variação da coloração da gema ao utilizar diferentes concentrações de sementes de urucum fornecidas diariamente no 1

VIII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS DA UNESP – DRACENA IX ENCONTRO DE ZOOTECNIA DA UNESP – DRACENA 26 e 27 DE SETEMBRO DE 2012 comedouro das aves.

Material e métodos O experimento foi realizado através da parceria entre a UNESP e Prefeitura Municipal de Ilha Solteira envolvendo respectivamente o Projeto Agrícola Social (PAS) e o Grupo de Estudo de Aves - Ilha Solteira (GEAIS). Foram utilizadas 120 galinhas poedeiras leves da linhagem comercial Hy-Line® W-36, com aproximadamente 24 meses de idade, as aves foram divididas em quatro tratamentos com 30 poedeiras cada. A alimentação, de uma ração comercial a base de milho e farelo de soja, fornecida por tratamento foi de 3kg, correspondente a 100g de ração/galinha/dia conforme recomendação do manual da linhagem, e diariamente pela manhã foi incorporado diretamente no comedouro das poedeiras as diferentes concentrações da semente de urucum, de acordo com o tratamento. Os tratamentos foram assim definidos: T1 controle (0% semente de urucum), T2 1% SU (1% semente de urucum), T3 2% SU ( 2% semente de urucum) e T4 4% SU (4% semente de urucum). Após sete dias de fornecimento das rações com os diferentes níveis de inclusão foi coletada uma amostragem de ovos por tratamento, sendo cada ovo considerado uma repetição, determinando assim a coleta de 10 ovos por tratamento. As características avaliadas foram peso médio dos ovos, altura do albume, unidade haugh e pigmentação da gema, para padronizar a coleta de dados foi determinada a seguinte padronização, os ovos foram marcados por tratamento e repetição, posteriormente foram pesados em balança de precisão, depois quebrados sob uma superfície branca para realizar as seguintes mensurações, primeiramente a altura do albume com o uso de um aparelho adaptado à partir de um micrômetro digital e logo após foi medida a coloração da gema utilizando o leque colorimétrico com diferentes tonalidade de cores variando de diferentes tons amarelados até um alaranjado mais intenso, variando assim a numeração da tonalidade das cores do leque de 1 a 15, respectivamente do mais claro para o mais escuro. Para calculo da Unidade Haugh foi utilizado a fórmula proposta por (COTTA, 1997), UH = 100Logx(h-1,7xp+7,6) onde: UH = Unidade Haugh, h = altura do albume denso (mm) e p = peso do ovo (g). Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística no programa SISVAR 5.1 (FERREIRA, 2011). Quando as diferença se mostravam significativas através da análise de variância, às médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

2

VIII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS DA UNESP – DRACENA IX ENCONTRO DE ZOOTECNIA DA UNESP – DRACENA 26 e 27 DE SETEMBRO DE 2012

Resultados e discussão As médias dos tratamentos para as características qualitativa dos ovos, peso médio (g), altura do albume (mm), unidade haugh e pigmentação da gema, são apresentadas na Tabela 1. Verifica-se que houve efeito significativo (p