Eleições Presidenciais 2014: uma prospecção sobre a competição política

September 17, 2017 | Autor: Barbara Lima | Categoria: Political Parties, Political Science, Electoral Competition
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COMUNICAÇÃO INTERNA PARTIDÁRIA: OS PARTIDOS POLÍTICOS E O USO SOCIAL DA INTERNET.

Bárbara Lima

RESUMO: O painel a ser apresentado visa analisar como os quatro maiores partidos políticos brasileiros PT (Partido dos Trabalhadores), PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), PMDB (Partido do Movimento Democrático do Brasil) e DEM (Democratas) vêm utilizando a internet e as novas tecnologias digitais de comunicação para, além de promover uma interação entre esfera política e civil, promover dentro de suas estruturas espaço para produção e difusão de materiais informativos que intensifiquem a comunicação intrapartidária, a fim de aproximar os diretórios e os filiados – até mesmo fora do período eleitoral. Eles buscariam, dessa maneira, usar os meios de comunicação digital como importantes elementos de dinamização da estrutura interna, aproximando seus filiados e simpatizantes e promovendo uma maior visibilidade partidária por meio da comunicação política. PALAVRAS-CHAVE: partidos, internet, comunicação política.

INTRODUÇÃO. A comunicação e o surgimento das novas tecnologias digitais de comunicação, ainda são um tema novo e incipiente nos estudos de ciência política. Porém, o seu desenvolvimento e amplo uso enquanto lócus da comunicação política vem suscitando diversos debates acerca do seu papel e de sua importância na sociedade, e principalmente, o seu impacto nas democracias representativas. De acordo com BRAGA; FRANÇA e NICOLÁS (2008), muitas discussões se pautam sobre esses novos canais de interação que por todas as suas valências podem modificar substancialmente a forma como as pessoas se relacionam em diferentes dimensões da sua vida social. O uso da internet pode, por meio de diferentes atores instituições, propiciar a criação de um “Sistema Político Virtual”, capaz de dinamizar as instituições

mais tradicionais, promovendo a participação e a competição ao invés de criar um novo modelo de democracia. Para CASTELLS (1996) as tecnologias de informação e comunicação são particularmente sensíveis aos efeitos dos usos sociais da tecnologia, que por sua vez é a condição necessária (mas nem sempre suficiente) para a criação de uma nova organização social baseada em rede e difusão de informações. Sob essa perspectiva, o autor explana que a informação, conhecimento e a comunicação podem ser entendidos como elementos centrais na estrutura de uma organização. É nesse sentido que as políticas de comunicação são de suma importância para um partido político; por meio dessas é capaz de difundir ideologias, elencar qualidades individuais de candidatos em período de campanha, disponibilizar informações e promover ações (como militância online) que o promovam tanto dentro da estrutura partidária quanto para a esfera pública independente das mídias tradicionais (ROMELLE, 2003). A profissionalização do marketing e da comunicação dos partidos é análoga a crescente necessidade de tornar tudo mais visível, rápido e acessível, nesse sentido a internet promove uma renovação, dinamizando a circulação de discursos e ideologias (CHAIA, 2006). Para o ciberotimista GROSSMAN (1995) em “The Eletronic Republic”, a internet é um meio rápido e viabilizador de promover a participação e o diálogo entre esfera civil e política, segundo o autor, ao apertar de um botão as pessoas seriam capazes de dizer aos seus governantes e dirigentes o que eles necessitam e quais são suas prioridades. Para outros autores como NORRIS (2001), ainda há pouca evidência de que os sites na internet promovam de forma concreta e efetiva a participação de membros comuns e/ou cidadãos em debates e deliberações políticas. Deve-se salientar nesse ponto a relevância de sempre ponderar os aspectos positivos e negativos que o uso social da internet pode oferece tanto para quem fornece a informação política quanto para quem a recebe. Sob o

ponto de vista estrutural e organizativo, a presença de websites e ferramentas digitais de comunicação não garante a existência efetiva de interação (IASULAITS, 2011), para tanto, o foco da pesquisa foi de analisar o uso e os efeitos que os mesmos podem oferecer para os partidos políticos, sejam eles positivos ou negativos. A forma como o partido se estrutura acerca das novas tecnologias de comunicação, pode mostrar mudanças características de sua organização (MARTINS, 2009 p. 2); dependendo da estruturação do website e das ferramentas que são disponibilizadas podem-se analisar as intenções e mudanças na identidade do partido, mesmo que essas estejam implícitas. Por exemplo, aqueles que têm maior interesse em buscar filiados disponibilizarão meios e contatos a fim de facilitar o recrutamento, assim como ferramentas mais atrativas visualmente para usuários. Para PEDERSEN e SAGLIE (2005), o uso das novas tecnologias digitais dos partidos pode mostrar que de fato e a maneira que, essas podem afetar as questões internas do partido, principalmente no que tange as disputas. O conteúdo informacional disponibilizado é reflexo de tudo o que acontece no partido enquanto organização. É a adaptação do material off line para as ferramentas on line. Sob um olhar sócio-político esse espaço virtual pode ser um meio de engajamento e militância, onde há espaço para informar, debater e difundir opiniões (MARQUES, 2005 p.4), valorizando o discurso e agregando usuários que compartilhem de interesses (CREMONESE, 2001, p.6). Sendo assim contemplaremos o ponto de vista organizacional, procurando elencar outras questões relevantes sobre os efeitos da internet sobre o partido. Em seu livro “Modelos de Partidos” Angelo Panebianco (2005), considera que o ramo de estudo dos partidos políticos enquanto organização ainda é um ramo atrofiado na Ciência Política por alguns motivos; o primeiro a ser destacado é o “preconceito ideológico” que ele define como o ato de investigar um objeto baseado na suposta função que esse deveria cumprir sem considerar suas características concretas; “preconceito sociológico” definido

pelo ato de considerar os partidos como meras manifestações do plano político visto em parte de uma face política pautada em interesses sociais específicos de alguns grupos; “preconceito teleológico” julgar os partidos em função de seus objetivos genéricos. Sob essa ótica, podemos entender que o autor estuda os partidos como organizações complexas que lidam com diferentes dilemas organizativos. Partindo desse pressuposto, PANEBIANCO (2005, p.68) afirma que a organização é um sistema de comunicação que funciona como tal se, e na medida em que existem canais pelos quais circulam informações, logo, um dos recursos cruciais de poder dentro de um partido é dado pelo controle dos canais de comunicação- aquele que possui a capacidade de distribuir, manipular, suprimir ou retardar informações é também capaz de controlar uma área fundamental dentro da organização, um recurso decisivo nas relações de poder interna. Esses recursos de poder permitem que os agentes manipulem o sistema de comunicação. Entretanto, o autor considera a comunicação intrapartidária como uma área de fragilidade estrutural dentro do partido enquanto organização,

as

denominadas

“zonas

de

incerteza”



âmbitos

de

imprevisibilidade organizativa, o controle dessas zonas é o principal recurso do poder organizativo, se não forem controladas podem ameaçar a coesão e a dinâmica interna do partido. Dentre elas estão: 1) competência; 2) gestão das relações com o ambiente; 3) comunicação interna; 4) regras formais; 5) financiamento da organização e 6) recrutamento. Interessa-nos para a pesquisa o item três, “Comunicação interna”. Sendo essa uma área de fragilidade cabe a essa pesquisa analisar se; o desenvolvimento e o uso das novas tecnologias de comunicação vêm contribuindo no controle e na estabilização da comunicação intrapartidária; se há o interesse do partido enquanto organização política estrutura-la a fim de aproximar-se não somente da esfera pública, mas também aproximar seus diversos dirigentes e filiados, promovendo uma dinamização interna. E se esse interesse pauta uma preocupação em manter o partido coeso, explorando

todas as possibilidades que as tecnologias de comunicação fornecem, seja por meio dos websites ou de canais alternativos (como as redes sociais), e qual a efetividade do uso desses recursos no que tange à estrutura organizativa dos partidos. E ainda, entender se há uma preocupação dos partidos em disponibilizar e manter os fluxos informacionais e quais as possibilidades de interação fornecidas pelos mesmos.

WEB PARTIDOS NO BRASIL. Os websites são o espaço aberto em que se pode ter contato com as diferentes faces da organização, por meio desse é possível acessar informações institucionais (história, programa partidário, estatuto, posição política), militância (diferentes núcleos que atendem as minorias do partido: juventude, mulher e entre outros) e notícias cotidianas relacionadas à ação do partido na política nacional. De acordo com BLANCHARD (2006), os websites dos partidos políticos e de movimentos associativos, revelam que a internet constitui hoje, uma das ferramentas de comunicação a disposição de diferentes atores políticos, institucionais ou não, para divulgar ideias, opiniões e promover a adesão ao partido. São, portanto, um meio complementar de comunicação e deliberação, com o principal objetivo de promover uma comunicação mais direta e atrativa com eleitores, dirigentes e filiados. Para essa pesquisa foram selecionados os quatro maiores partidos em expressão política do país, PT, PMDB, PSDB e DEM, a fim de analisar se essas grandes organizações políticas são capazes de conciliar as práticas políticas tradicionais com o desenvolvimento e uso das novas tecnologias de comunicação. A análise foi realizada a partir dos diretórios municipais dos referentes partidos na cidade de São Carlos, interior do Estado de São Paulo, com o intuito de constatar como esses estabelecem seus fluxos informacionais e comunicacionais com os demais diretórios (sejam eles, municipais, estaduais ou federais) e também com os filiados dentro da cidade.

Segundo MARGOLIS, GIBSON e WARD (2003) os websites de partidos apresentam cinco funções básicas: 1) veicular informação; 2) atuar como instrumento de campanhas; 3) gerar recursos; 4) networking; 5) promover o engajamento dos usuários nos processos políticos. Entende-se, portanto, que os websites são instrumentos de feedback com grande potencial de recrutamento, debate e interatividade. Convém, portanto, analisar o conteúdo dos websites, sistematizando em categorias as ferramentas digitais disponíveis, avaliar qual é a direção dos fluxos informacionais (de cima para baixo ou de baixo para cima), a existência de fluxos laterais de comunicação (links e canais alternativos), avaliar características necessárias que garantam qualidade de experiência ao acessar o website; a) aparência; b) acessibilidade; c) navegabilidade; d) frequência de atualização; e ) responsividade (GIBSON e WARD 2000). A análise foi dividida em quatro partes; primeiramente foi realizada uma análise exploratória da interface de cada website elencando todas as ferramentas disponíveis na página inicial e os fluxos laterais (links e canais alternativos de comunicação), assim como uma análise qualitativa. Em seguida foram elaboradas tabelas de categorias qualitativas, baseadas no modelo de análise de BRAGA, FRANÇA e NICOLÁS (2008), que foram analisadas de acordo com a pesquisa exploratória e as tabelas elaboradas. DESCRIÇÃO DOS WEBSITES O site do PSDB, além de todo arcabouço necessário para se conhecer a história do partido, como textos, artigos e entrevistas, possui também diversos dispositivos de interatividade. A começar por um feed de notícias que é atualizado diariamente de acordo com a demanda, a rádio PSDB que transmite oralmente as mesmas, um canal de vídeos informativos sobre os últimos acontecimentos internos e externos, galeria de fotos, o site de relacionamento Facebook e o microblog Twitter, nos quais se também postam informações diárias e que ainda permite trocas rápidas de informação.

O partido ainda conta com uma área restrita aos seus filiados (“espaço do filiado”), newsletter que é aberto a todos os visitantes do site e Blogs, em sua maioria de atualização diária, com textos e opiniões sobre o partido e os governos em vigência. Outro site pesquisado foi o do PMDB, que também apresentou links básicos com os dados do partido, história, estatuto, artigos, publicações e entre outros. Há um setor chamado “PMDB interatividade”, o qual disponibiliza fóruns, enquetes, espaço para a expressão de opiniões (via e-mail) e o contato de todos os níveis de governo em vigência do partido, todos dispositivos que buscam aproximar o filiado. O site ainda apresenta outros dispositivos, como TV PMDB, rádio PMDB, todos os links de acesso a blogs dos diretórios estaduais, jingles de campanha e link para filiação on line. Nesse caso, os perfis nas redes sociais ainda estão em construção, e, portanto não disponibilizam ainda, acesso a informações. Somente o microblog Twitter está em uso e atualização diária. A página ainda disponibiliza o informativo mensal do partido para download no formato PDF, o que permite que o filiado possa ter contato com o material no mesmo dia em que esse foi publicado, sem necessidade de esperar dias pela mala direta. O PT, historicamente, possui várias tentativas de comunicação interna por informativos de mala direta. Após várias tentativas de criar uma imprensa própria, o partido passou a investir no projeto de potencialização da sua comunicação interna eletrônica. O partido informatizou o antigo jornal Linha Aberta (newsletter) e aos poucos desenvolveu a página oficial do partido. O passo seguinte foi a criação de uma rede intranet, exclusiva aos membros do partido, por meio de senhas e acessível de qualquer ponto com internet (Ribeiro, 2008, p. 132). Atualmente o site conta como novos dispositivos interativos, como a Rádio PT, a TV PT, que disponibiliza vídeos de caráter noticioso, institucional e histórico, galeria de fotos, blogs indicados, feed de notícias atualizado

diariamente, webmail, “fale conosco”, comunidade para fóruns de debate no site de relacionamento Orkut e o microblog Twitter, esse último, dispositivo extensamente utilizado pela candidata Dilma Rousseff no período eleitoral de 2010. O quarto site analisado foi o do partido Democratas (DEM), o qual apresentou maior uso de recursos complementares de comunicação digital. Além de apresentar uma estrutura básica que disponibiliza acesso desde a história a ideologia do partido, o site apresenta uma lista de recursos digitais. A começar por um feed de notícias atualizada diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia, “Fale Conosco” que permite contato via e-mail com o diretório nacional, um dispositivo de notícias via mensagem no celular, no qual o filiado se cadastra e passa a receber as atualizações diárias do partido. Na parte de interatividade, disponibiliza enquetes, rádio, canal de vídeos, blog, o microblog Twitter, o site de relacionamento Facebook, canal de vídeos no site Youtube e galeria de fotos no site de hospedagem Flickr, todos atualizados pelo menos, uma vez na semana. O site ainda disponibiliza um link para filiação on line. Posterior a essa análise preliminar, todos os dispositivos encontrados nos websites foram categorizados a fim de facilitar a análise qualitativa e a compreensão dos dados obtidos. Os dispositivos foram categorizados de duas maneiras: em categorias por características semelhantes de funcionamento dentro dos meios de comunicação e em subcategorias divididos por nível de interatividade, isto é, analisando se o dispositivo fornece a possibilidade de o indivíduo ser além de receptor, emissor de informações por meio do conhecimento básico das ferramentas digitais (ROTHBERG, 2011, p. 4). Essas categorizações foram criadas a fim de estabelecer níveis de interatividade que os dispositivos analisados fornecem. Para CASTELLS (2000, p.4), a comunicação individual de massas permite o crescimento da autonomia dos sujeitos à medida que eles atuem simultaneamente como emissores e receptores, equilibrando suas funções dentro da estrutura de comunicação na qual esteja inserido. O termo interatividade ressalta a participação ativa do

beneficiário de um fluxo informacional, onde os monólogos são substituídos por diálogos (LEVY, 1999, p.79 apud IASULAITS, 2011). Sob essa perspectiva, as descrições das subcategorias têm a intenção de deixar mais claros os termos do que foi considerado como dispositivo de interatividade.



Dispositivo Ativo

Esse dispositivo foi categorizado como aqueles que priorizam a participação dos usuários permitindo uma troca informacional de duas vias, ou seja, permite que o indivíduo seja o emissor e receptor da informação;



Dispositivo Passivo

Esse dispositivo foi categorizado como aquele que deixa o indivíduo na condição de passividade da informação, ou seja, é todo e qualquer dispositivo que somente forneça e informação e não oferte a oportunidade de feedback;



Dispositivo Semi- ativo

Esse dispositivo foi categorizado como todo e qualquer dispositivo que permite ao individuo um feedback parcial a respeito da informação que recebe, ou seja, em sua maioria as respostas e comentários em relação a determinadas informações são: pré estabelecidas e /ou moderadas pelo gestor do website.

Tabela 5. Categorias e Sub- Categorias

Artigos

PT

PSDB

PMDB

DEM

Semi- ativo

Semi- ativo

Semi-ativo

Semi- ativo

Semi- ativo

Blogs

Semi- ativo

Canal de Vídeos

Semi- ativo

Semi- ativo

Semi-ativo

Semi- ativo

Documentos Oficiais

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Entrevistas Feed de Notícias

Passivo

Filiação on line

Semi-ativo

Fóruns Estáticos Fóruns Interativos Ativo

Ativo

Ativo

Ativo

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Fotos

Passivo

Passivo

Intranet

Ativo

Ativo

Jornais

Passivo

Passivo

Newsletter

Passivo

Passivo

Fluxos Laterais

Semi- ativo

Semi- ativo

Semi-ativo

Semi- ativo

Rádio

Ativo

Ativo

Ativo

Ativo

Revistas

Passivo

Passivo

Passivo

Passivo

Webmail (para Semi- ativo Semi- ativo filiados) Fontes: elaboração própria a partir dos sites oficiais dos partidos (www.pt.org.br; www.psdb.org.br; www.pmdb.org.br; www.dem.org.br.). Acessado pela última vez em: 09/08/2012

A tabela contém duas informações importantes para a análise feita durante a pesquisa. A quantidade e a interatividade das ferramentas digitais de comunicação. A diversidade de dispositivos nos mostra que há uma preocupação dos partidos, junto a suas secretarias de comunicação, em disponibilizar conteúdo diversificado que não se prenda somente às resoluções políticas, mas também sobre a construção do partido e o que esse tem feito para o cenário político

nacional em tempo real, aproximando o partido enquanto instituição formal (PANEBIANCO, 2005) da esfera civil. Em relação à interatividade, podemos analisar que apesar da quantidade de ferramentas que são fornecidas, poucas permitem que o indivíduo se coloque na posição de emissor da informação. Isso nos mostra que também há uma preocupação do partido em filtrar e controlar as informações que são disponibilizadas, esse controle, porém apresenta aspectos divergentes. O termo interatividade pressupõe a participação ativa do usuário nas trocas informacionais (LÉVY, 1999), ou seja, pressupõe que nesse ambiente digital sejam superadas as formas de monologais, controles e mediações. Portanto, a interatividade é uma particularidade da rede que possibilita ao indivíduo afetar e ser afetado por outros em um meio de comunicação de via dupla (IASULAITS, 2008, p. 51). Nesse caso, pode-se analisar que apesar da preocupação em modernizar os dispositivos digitais de comunicação, há sobre isso a preocupação em moderar e controlar os fluxos informacionais de comunicação. Por um lado, podemos perceber que os partidos conseguem de fato manipular as ferramentas digitais de comunicação dentro dos seus sites oficiais, o que de acordo com a teoria de Panebianco (2005, p. 68), mostra que o partido tem nas mãos o recurso decisivo nas relações de poder. O sistema de comunicação, porém, não pode ser controlado por uma elite restrita, uma vez que existem canais informais de comunicação entre os membros do partido, que ocorrem continuamente fora dos canais oficiais, sem a possibilidade de controle (Panebianco, 2005, p. 70), como no caso das redes sociais, que serão analisadas a seguir.

RELAÇÕES INTRAPARTIDÁRIAS E REDES SOCIAIS. O termo Redes Sociais (network) é derivado das relações interpessoais, de uma rede de conexões informais que existe desde os princípios das formações sociais. Essas podem ser definidas de algumas maneiras: um sistema de nodos e elos, uma estrutura sem fronteiras e uma comunidade não geográfica. Entre todas essas variações, de maneira geral, as redes sociais

podem ser definidas como um sistema representativo que surge a partir de um conjunto de participantes autônomos, que unem ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados (MARTELETO, 2001). Para KERBAUY e ASSUMPÇÃO (2011), a análise das redes sociais é recurso metodológico que permite identificar as relações, seus efeitos e influências na composição da organização e como essas podem recriar uma rede organizacional dentro da estrutura partidária. Essas consistem em laços sociais que ligam atores a pontos específicos e comuns, orientados pela lógica da interatividade. A diferença entre as instituições formais e as redes sociais, é que essas não pressupõem um centro hierárquico e uma organização vertical, são definidas por elos quantitativos e qualitativos de seus membros a partir de uma lógica associativa, que não inclui relações de poder e/ou dependência de associações internas (COLONOMOS apud MARTELETO 1995). Apesar de não se referirem as Redes Sociais digitais, as análises das autoras podem ser utilizadas como ponto de partida para análise e conceituação dessa pesquisa, devido às similaridades descritivas e funcionais das redes sociais estabelecidas de maneira interpessoal e no ambiente digital. Em termos digitais, as redes sociais são teias de relacionamentos estabelecidas entre indivíduos com interesses comuns no mesmo ambiente, feitas para que os usuários possam criar comunidade on line a fim de compartilhar informações e interesses semelhantes (CREMONESE, 2011, p. 6). O uso de redes sociais nos mostra que, atualmente, a internet é uma das principais ferramentas da comunicação política. Além de ser um meio de divulgar ideias e opiniões, é também uma maneira de adquirir mais adeptos. Sob essa ótica, é também um meio de engajamento e militância, que rompe com o modelo tradicional de jornais. Pois nesse ambiente, há espaço para produção e difusão de materiais que visam, além de informar, influenciar opiniões (MARQUES, 2005 p.4).

Entre suas principais valências, estão a possibilidade de uma comunicação instantânea e direta com os perfis sociais dos partidos, políticos, movimentos sociais e instituições, sem filtros, capazes de gerar novos instrumentos de mobilização e recursos políticos. Durante a campanha presidencial norte- americana de Barack Obama em 2008, o mundo conheceu e passou a explorar os potenciais políticos das redes sociais, o uso da internet durante essa campanha foi pragmático e ilustrativo (IASULAITS, 2011). A partir disso, a pesquisa analisou como os quatro partidos selecionados utilizam as redes sociais, se é feita uma constante atualização e manutenção dos perfis oficiais, se os mesmos são disponibilizados e visíveis na internet e há uma responsividade do partido em relação a aqueles que procuram o contato. De acordo com Rothberg (2011) um dos principais potenciais do uso da internet é de, libertar o individuo da condição de receptor passivo da informação e conferir-lhe a possibilidade de expressão e produção de conteúdo por meio do domínio de ferramentas digitais simples Nos termos utilizados por Castell (200, p.4), a comunicação individual de massas, permite o crescimento da autonomia dos sujeitos à medida que eles atuem simultaneamente como emissores e receptores. Para tais constatações foi elaborada uma tabela para apresentar quais redes sociais são utilizadas pelos partidos pesquisados.

Tabela 6. Os Partidos e as Redes Sociais Utilizadas. Redes Sociais

PT

PSDB

PMDB

DEM

Facebook

Sim

Sim

Sim

Sim

Flickr

Não

Não

Sim

Não

Orkut

Sim

Não

Sim

Não

Sound Cloud Sim

Não

Não

Não

Twitter

Sim

Sim

Sim

Sim

YouTube

Sim

Sim

Sim

Sim

Fonte: elaboração própria.

A partir dessa tabela, podemos analisar que algumas redes sociais são mais recorrentes em relação às outras. De forma unânime, Facebook, Twitter e Youtube são utilizados pelos quatro partidos, enquanto o Sound Cloud é encontrado apenas do site do PT e o Flickr somente no site do PMDB. Posterior a essa análise foi realizada outra análise, a fim de constatar quais redes sociais estão ativas e em pleno funcionamento, isto é, se são utilizadas e atualizadas com frequência. Constatou-se que em todos os casos o Facebook é utilizado diariamente e várias vezes ao dia por todos os partidos, compartilhando notícias, fotos, vídeos. O Orkut é um caso especifico dentro dessa análise, apesar de estar disponíveis nos sites do PT e PMDB, ambos os perfis estão em desuso e sem atualizações há meses. O Flickr do PMDB está ativo e é atualizado após grandes eventos do partido, como congressos, assembleias entre outros. O Twitter dentre todas as redes sociais analisadas o que é utilizado com maior frequência, às atualizações são por vezes minuto a minuto em todos os casos e o conteúdo é vasto desde compartilhamento de informações do diretório nacional a postagens de outros diretórios, lideranças políticas e celebridades simpatizantes a ideologia do partido.

E por fim o Youtube, dentre os dispositivos esse é o que apresenta mais heterogeneidade de conteúdo. Os vídeos são atualizados diariamente com mensagens oficiais do partido, propagandas políticas, discursos de lideranças e até mesmo algumas críticas aos partidos oposicionistas. Essa gama de redes sociais e a frequência com que são atualizadas nos mostra que apesar de ainda serem ferramentas novas de comunicação, vêm sendo amplamente utilizadas pelos partidos mostrando que o desenvolvimento da internet poderá propiciar uma nova era no que se diz respeito a partidos e participação política modificando algumas características tradicionais das estruturas partidárias (FERBER et al, 2007), mostrando que os partidos enquanto organizações podem se adaptar ao desenvolvimento do ambiente externo (MARTINS, 2009, p.9). Para fins analíticos, foi realizada uma análise comparativa de todos os websites fim de determinar qual possui canais mais ativos, qual está mais preocupado em disponibilizar ferramentas interativas e qual utiliza melhor as redes sociais. Numericamente comparando o número de dispositivos ativos nos quatro websites não varia (ficando entre dois e três dispositivos por site), porém a análise especifica de cada website observou-se que dentre os quatro, o DEM é o que mais apresenta dispositivos de interatividade e em diferentes tipos. Por exemplo, é o único site que disponibiliza receber mensagens via mensagem de texto no celular e que permite a fala de terceiros seja publicada no site por meio da “Tribuna Cidadã”. Esses elementos de dinamização tornam o site mais atraente para os indivíduos interessados em participação política, pois permite mesmo que de maneira filtrada que esses exerçam a sua participação opinativa. Apesar de utilizar anúncios “Nós queremos a sua opinião”, o site do PMDB não tem um espaço aberto no website que mostre a todos os que acessam quais foram as opiniões fornecidas (mesmo filtradas), restringindo a opinião do internauta a uma mensagem fechada ao partido, o que mina esse caráter democrático da propaganda tornando-a pouca atrativa.

A veiculação de falas cidadãs nos websites dos partidos por intermédio de dispositivos como chats e fóruns de discussão, mostra uma evolução da comunicação partidária, pautada principalmente por uma diversificação (moderada) de seus atores e cadeias de mediação (NEVEU apud BLANCHARD, 2006). Enquanto o PT e o PSDB restringem, majoritariamente, os seus dispositivos ao envio de informações. Vale ressaltar que mesmo que o fluxo de informação seja intenso e diário nem sempre os excessos são positivos, é preciso também explorar o caráter interativo dos mesmos, utilizando a interatividade em sua essência. Em termos de websites, podemos afirmar que o DEM é o que mais se preocupa em estabelecer um feedback e permitir a participação efetiva de quem frequenta o website. No quesito “Redes Sociais” o PT e o PMDB são os que mais utilizam e possuem redes sociais diferenciadas, Sound Cloud e Flickr, respectivamente. A utilização do Sound Cloud é muito positiva para o partido, pois, permite compilações no áudio, ou seja, permite que o indivíduo saia da condição de passividade e contribua de alguma maneira, seja por meio de comentário ou por ajustes nas gravações. Para o PMDB, o uso do Flickr também é positivo, essa rede de armazenamento de fotos não limita a quantidade de postagens, é possível que ele hospede quantas fotos quiser nessa rede social sem deixar o website site “pesado” (difícil de navegar) ou visualmente poluído. O website ainda apresenta uma pop-up com um convite às redes sociais, ou seja, ao acessa-lo o primeiro contato é com o endereço das redes sociais (recentemente o partido lançou uma rede social própria que não consta na análise, pois foi lançada posterior a realização da mesma). É nesse sentido que o site do PMDB se mostra mais preocupado em atrair os internautas para as redes sociais, conciliando a atração com efetividade de uso.

Dentre todos os sites, o que se pode considerar o pior é o do PSDB, o excesso de ícones e de informações deixa o website visualmente confuso e atrapalha a navegação (se a velocidade da internet for baixa, fica quase impossível) e é o que apresenta o menor número de redes sociais. Nesse sentido, apesar dos esforços do partido, observados ao longo da pesquisa, ainda há muitos detalhes a serem melhorados no website oficial. De modo geral, o site do DEM é o que está visualmente atrativo e com mais dispositivos interativos que visam aproximar o partido dos internautas. Não apelando para o excesso de informação ou mensagens de ataque a outros partidos, nota-se um esforço do partido em voltar-se para a população de modo geral e não somente para os filiados e simpatizantes. Apesar de todas essas valências, foi constatado que ao mesmo tempo em que são inovadoras e eficazes, as redes sociais também são perecíveis, fato constatadas diante da quantidade de redes sociais inativas (principalmente no caso dos perfis do Orkut) e desatualizadas. A discussão sobre o uso e a efetividade das redes sociais como agente de mobilização dentro da estrutura partidária ainda é muito incipiente. Mas a partir da proposta dessa pesquisa, pode-se analisar que são amplamente utilizadas pelos partidos ao longo do ano e principalmente em período eleitoral. E que de fato, promovem uma comunicação mais rápida e direta entre usuários (eleitores, militantes, filiados, simpatizantes), permitem o compartilhamento e o acesso à informação de forma muito mais rápida e eficiente e às vezes até de forma indireta com todos que utilizam a ferramenta. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Apesar de toda a efervescência acerca dos estudos de internet enquanto parte da comunicação política e de seus usos para a comunicação com a esfera civil e a formação de opinião pública, ainda se tem pouco material empírico que aborde os dilemas da comunicação interna e das relações intrapartidárias.

Essa pesquisa propôs contemplar essa área pouco explorada na ciência política sob uma perspectiva organizativa, pressupondo que a comunicação interna é uma “zona de incerteza” do partido (PANEBIANCO, 2005, p 65). E se os canais internos de comunicação são pouco eficientes na transmissão de informações (PEDERSEN e SAGLIE, 2005). De acordo com NORRIS (2003) há um potencial democratizante nos websites que mantém um diálogo significativo e que exerce uma forte correlação entre o desenvolvimento dos meios digitais de comunicação e a participação política. A internet provê um amplo espaço e uma vasta gama de dispositivos que permitem a produção e a difusão de materiais diversificados, não limitando o partido a reproduzir somente aquilo que é distribuído de forma física (mala direta, panfletos, revistas). Por meio do uso social da internet os partidos são capazes de se aproximar dos filiados, promovendo uma comunicação consensual e sem arestas, ou seja, é possível se comunicar com os filiados sem o filtro das mídias tradicionais (BLANCHARD, 2006, p15). Ao longo da pesquisa constatou-se que dentro dos websites oficiais do partido existe uma dedicação no desenvolvimento, divulgação e controle das novas tecnologias de comunicação enquanto elemento de comunicação interna. Ou seja, torna-se mais fácil e acessível tanto para o Diretório Nacional quanto para o filiado, disponibilizar e ter acesso a informações relevantes sobre o partido enquanto organização. Não é mais preciso esperar por uma mala direta ou por uma convenção municipal para acessar as resoluções do Diretório Nacional, enquanto elemento de estabilização e coesão, as novas tecnologias de comunicação se provaram úteis para os partidos. Devido a essa gama de valências, que se observou que há sim uma preocupação em, além de disponibilizar, promover essas ferramentas, mantendo-as ativas, atualizadas, e em grande quantidade nos websites oficiais. Explorando todas as suas potencialidades, as atualizações e mudanças que

foram acompanhadas ao longo da pesquisa nos websites oficiais denotam que há toda uma estrutura dentro do partido responsável em manter o website atualizado, dinâmico e atrativo para o público em geral. No caso das redes sociais, pode-se perceber que elas são amplamente utilizadas e mais acessadas que as ferramentas estáticas dos websites. A rapidez nas trocas informacionais, o dinamismo e a capacidade multimídia que essas possuem são por vezes mais atrativas e mais acessíveis, uma vez que não é necessário acessar o site para se ter contato com as mesmas. Um ponto negativo a ser destacado, é que a mesma rapidez que as torna mais atrativas é a mesma rapidez que pode deixa-las ultrapassadas, fato constatado a partir da rede social Orkut, que foi observada a presença em dois partidos e em ambos estava abandonada. No que de diz respeito à efetividade, para o envio de informações, divulgação de material e opinião do partido, todas as ferramentas se mostraram efetivas. Presentes em grande número e de variadas formas, a maioria dessas ferramentas transmitem diferentes tipos de material com qualidade e rapidez, mas que não permitem o feedback do receptor. Os níveis de interatividade das ferramentas e o uso das redes sociais demonstraram que apesar de todo o arcabouço tecnológico e do discurso de potencialidades democratizantes e a promessa de aproximar os indivíduos da instituição, o controle desses dispositivos mostra que os quatro maiores partidos políticos brasileiros estão se profissionalizando e explorando as potencialidades da internet pautadas na lógica do controle e da mediação. A quantidade de dispositivos passivos nos mostra que existe uma preocupação dos partidos a respeito do feedback que os mesmos possam receber, mensagens oposicionistas, questionamentos sobre a ação do partido, críticas de cunho ideológico, em suma evitar qualquer informação ou mensagem atrelada a algo que não corresponda com a construção da imagem institucional desse partido.

É a partir da análise do controle é possível concluir que a comunicação interna partidária é atualmente bastante controlada e profissionalizada, dentro do partido político. Capaz de, promover e controlar os fluxos informacionais de forma efetiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE, Afonso; MARTINS, Adriane. Apontamentos para um modelo de análise dos partidos na Web. Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho “Comunicação Política”, do XIX Encontro da Compós, na PUC-RJ, Rio de Janeiro, RJ, em junho de 2010.

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