ENTRE A IMAGEM E A COMPETÊNCIA: o que vale?
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ENTRE A IMAGEM E A COMPETÊNCIA: o que vale?
No aflorar de debates em Moçambique certas palavras como a competência e incompetência estão quase que intrinsecamente ligadas a forma como certas organizações ou pessoas projetam sua imagem ao público, seja através da mídia ou não. Isto é, a sua competência é proporcional a sua exposição na mídia e nas redes sociais.
A exposição na mídia e nas redes sociais exige que se invista na imagem – entenda-se aqui a imagem como a forma última de como se apresenta um objecto ou um sujeito. Ela traduz-se no aspecto exterior do objecto ou sujeito, tanto é que, julgamos por vezes com base naquilo que nos apresenta. Assim, a imagem nos moldes aqui trazida reflete a aparência do objecto ou sujeito.
Dai que, muitas organizações e pessoas se "batem" para projectar sua imagem e com isso se tornarem o centro das atenções. Aqui, Podemos constatar que a imagem é o vector fundamental para o sucesso ou não das organizações assim como das pessoas de forma particular.
Ora, é justamente aqui, onde as organizações e os gestores de recurso humanos confundem muito a imagem com a competência.
Maior parte das organizações recrutam, qualificam e promovem seus colaboradores com base na imagem que o individuo projecta. Dai que, ser comunicativo e eloquente quando se dirige a uma entrevista, aos seus superiores hierárquicos ou ao público pode ser a chave para o sucesso.
Se não vejamos, para quem é comunicativo e eloquente tem a vantagem de vender a imagem das suas actividades e até da organização e isso pode valer-lhe uma promoção, entretanto, o que menos comunica pode ter mais e melhores habilidades, mas, por causa da sua forma de ser e estar, não tem como vender seu "peixe".
Este é um fenómeno que atinge maior parte do patronato. Poucos patrões estão dispostos a se desfazer ou abdicar padrões e processos nocivos a organização no acto de recrutamento e promoção.
Para Ribeiro (2008), gerir organizações é ter competências e capacidades muito variadas como sejam planear, organizar, controlar e liderar, com tudo o que têm de implícito. Mas gerir organizações pressupõe igualmente um conjunto de saberes: conceptuais (saber-saber), práticos (saber-fazer), comportamentais (saber-ser ou estar) e por último os saberes de inovação e desenvolvimento (saber-evoluir).
É necessário que os patrões se reinventem, para melhorar e criar novos métodos, estabelecer padrões claros, despir-se de emoções, serem integros e justos na hora de recrutar ou promover os seus colaboradores, isso porque, se espera deles uma busca exaustiva e crítica na hora de recrutar ou promover seus colabores.
Melo (2011), num estudo sobre a comunicação interna e sua importância nas organizações considera que, a imagem de uma empresa é muito importante para a sobrevivência da mesma. Para que a imagem esteja consolidada é necessário transformar seus funcionários em verdadeiros embaixadores da boa vontade da empresa (pp.12-16).
Caso o patronato não se reinvente, estará a perpetuar frustrações e consequentemente, um mal-estar na organização.
CITAÇÕES
RIBEIRO, António Lima. GESTÂO DE PESSOAS. São Paulo: Saraiva, 2006.
MELO, Vanessa Pontes Chaves de. A COMUNICAÇÃO INTERNA E SUA IMPORTÂNCIA
NAS ORGANIZAÇÕES. Disponível em:
. Acesso em 14, de mar. 2017.
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