Eoni - Para jogar RPG sem mestre

July 18, 2017 | Autor: Hugo Salomão | Categoria: Role Playing Game (RPG), Roleplaying Games (RPGs) and Library Collections, livros de RPG
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Eoni 2º Edição

Apresentação Eoni é uma variação no conceito básico do RPG tradicional,  é um  jogo  de contar estórias através  da interpretação de personagens, nesse caso, os Éons. O sistema assume o desafio de poder ser aplicado sobre qualquer   cenário,   ou   subsistema   possível,   servindo apenas   como   um   módulo   para   rolar   o   jogo   sem   a necessária   presença   de   alguém   exercendo   o   papel de Narrador. Em Eoni, a tarefa do Narrador  é dividida entre todos os jogadores de forma horizontal durante todo o jogo, promovendo uma experiência mais profunda de jogo   cooperativo   em   comparação   com   os   RPGs tradicionais. Para   isso,   o   poder   do   narrador,   enquanto entidade   metafísica   'onipotente'   presente   na narrativa,   é   fragmentado   em   partes   denominadas Éons,   que   são   controlados   agora   pelos   jogadores­ narradores. Os   Éons   intermedeiam   a   relação   entre   os jogadores­narradores   e   os   personagens,   permitindo que   os   personagens   sejam   mais   independentes   da pessoa do jogador. Há assim maiores possibilidades de interpretação. Através dos Éons, os jogadores podem também experimentar   rolar   a   narrativa   com   acesso   aos elementos   impessoais   da   estória   (ambiente,   tempo, inter­relações), sempre interagindo com outros Éons e construindo   o   jogo   de   forma   coletiva,   rica   e surpreendente! Este   livro   pretende,   em   poucas   palavras,

esclarecer os elementos desse sistema para que possa ser   utilizado   por   qualquer   grupo   com   alguma experiência   em   RPG.   Recomendamos   o   Sistema Estrada   de   preferência   como   subsistema,   mas qualquer outro sistema tradicional poderá ser utilizado para   a   narrativa   como   será   explicado   no   último capítulo.

1   –   Elaborando   um   conceito   para   a Narrativa A   primeira   etapa   da   narrativa   consiste   em chegar a uma acordo quanto a qual será o ambiente e o clima da estória a ser criada. Sabemos que todos os   jogadores   têm   suas   perspectivas   próprias   acerca de como será o jogo. Cada jogador espera algo da narrativa,   como   cenas   de   ação,   romance,   mistério, terror,   comédia...   Que,   poderão   desenrolar­se   em ambientes de fantasia diversos, como a Terra Média, Mundo   das   Trevas,   Velho   Nordeste,   Tormenta,   entre diversas outras possibilidades de criação própria. Neste   momento   inicial,   e   fundamental   para   a elaboração   coletiva   do   jogo,   é   importante   que   os jogadores   conversem   sobre   suas   expectativas, construindo uma noção inicial do universo no qual se desenrolará   a   estória   e   de   elementos   deste   que satisfaçam ao máximo possível a todos os jogadores. Para   facilitar   esta   tarefa,   podem   ser   utilizados universos apresentados em outros livros de RPG, além de   quadrinhos,   filmes   e   livros   conhecidos   por   todos.

Se   optarem   pela   criação   de   um   universo totalmente   novo,   ou   realizar   grandes   modificações num   universo   conhecido,   deve­se   ter   uma   atenção especial   para   se   chegar   a   um   consenso   sobre   a diversidade de elementos possíveis naquele universo, para que todos o entendam na forma mais próxima possível,   evitando   conflitos   de   choque   de   universos (tão comuns entre jogadores e narradores nos RPG's tradicionais),   quais   acontecem   quando   um   jogador estava pensando que as coisas eram de um jeito, e outro jogador entendia diferente. Outra possibilidade é um dos jogadores formular o   Universo   e   o   cenário   e   propô­lo   ao   grupo   como Universo inicial, lembrando que em Eoni os universos se alteram durante a narrativa. Mas não precisam se estressar tanto nesta fase inicial,   pois,   no   final,   tudo   se   resolve   no   Embate Aeônico, a nossa regra de ouro...

2 – Construindo o Universo Tendo­se   então   já   realizada   a   tarefa   de elaboração   conceitual   do   universo   parte­se   para   a construção   efetiva   deste   na   elaboração   das Resistências. Resistências   do   universo:  As   Resistências do   universo   recebem   um   valor   numérico   que quantifica   suas   características   fundamentais.   Níveis altos caracterizam um Universo mais estável, estático e previsível.

Estabilidade:  É a resistência que o Universo tem para   o   surgimento   de   coisas   que   não   existiam previamente.   Determina   o   quanto   o   universo   é   um sistema fechado, onde nada se cria e nada se destrói, tudo   apenas   se   transforma   segunda   as   leis   de   sua natureza.  Normalidade:  As   coisas   que   existem   são entendidas   a   partir   de   categorias,   como:   cachorros, humanos,   carros,   pedras,   líquidos,   campos gravitacionais.   Mas   tais   coisas   variam   dentro   das categorias,   como:   Cachorros   grandes   e   pequenos, humanos   figurantes   e   um   herói.   Esta   resistência determina o quanto os elementos de uma categoria tendem a ser iguais entre si naquele universo. Dispersão:  É   a   resistência   do   Universo   à providência   dos   Éons,  a   Dispersão   afasta  os  eventos de uma relação causa­efeito. Determina o quanto as coisas   devem   acontecer   simplesmente   por   acaso, sem   um   razão   ou   noção   de   causa   consequência, onde os feitos dos personagens não tem repercussões por si. Autonomia:   Os personagens estarão vinculados especificamente a Éons, e a Autonomia determina a Resistência do Universo à influência de um Éon sobre um personagem vinculado a outro. Ou seja, os seres são mais estáveis, sólidos e presos a uma perspectiva só, a do seu Éon.

3 – O Surgimento dos Éons

Éon é o nome dado a uma espécie de deus da narrativa,   conduzido   por   um   jogador.   Os   Éons   não existem   no   universo   da   narrativa,   nem   interagem diretamente com  os personagens, podendo interagir de   forma   indireta   criando   outros   personagens   como avatares. O   Éon   serve   para   o   Jogador   realizar   Ações Narrativas   através   do   Embate   Aeônico.   As   Ações Narrativas   de   Criar/Destruir,   Aberrar,   Conectar   e Encantar   estão   conectadas   aos   Atributos   dos   Éons, respectivamente:   Criação,   Aberração,   Conexão   e Encanto,   e   serão   descritas   no   capítulo   seguinte. Nome: Escreva aqui o nome do Éon Narrativa: Escreva aqui o título da Narrativa Atributos do  Éon(Criação, Aberração, Conexão e   Encanto):  Recebem   um   valor   númerico,   que   irá significar   o   poder   do   Éon   de   agir   no   Universo   da narrativa.   Cada   unidade   significa   um   dado   de   seis lados a ser lançado no Embate Aeônico Criação: Poder do Éon para criar categorias de coisas inteiramente novas ou destruir alguma coisa ou categoria.   Podendo   agir   contra   a   natureza   do universo. Como, por exemplo, inserir, na narrativa, um dragão   mágico,  num   universo   que não   possuía esse tipo de criatura. Aberração:  Poder   do   Éon   para   criar   variações de normalidade de uma categoria de ente ou para provocar   anormalidades   em   algum   ente.   Assim   o Jogador   pode,   através   do   Éon,   inserir   na   narrativa coisas que são possíveis no referido universo, como um cara na esquina, ou, uma arma no carro do policial. Conexão: Poder do Éon para conectar eventos,

provocar   consequências   para   os   atos   dos personagens   e   determinar   vínculos   de   causa­efeito entre   eventos   da   estória.   Como,   por   exemplo,   se algum   personagem   tomar   a   pílula   vermelha   ele sonhará com elefantes cor­de­rosa. São quase sempre formulações   como:   Se   isso   acontecer,   aquilo acontece. Encanto:  Poder   do   Éon   para   inspirar personagens ou objetos, podendo assim exercer certo controle sobre eles. Através do Encanto de seu Éon o Jogador pode não só influenciar como tentar roubar o vínculo de um personagem de outro Éon. Vínculos:  Lista   de   personagens   sob   influência preferencial   do   Éon,   todo   Personagem   criado   pelo Éon deve ser Vinculado.

4 – O Embate Aeônico É   quando   as   forças   criativas   entram   em   jogo, tem início o universo. São   diversas   as   formas   de   narrativas   possíveis, mas todas começam com a ação dos Éons, e estes colidem   entre   si,   de   acordo   com   a   vontade   dos Jogadores .  Os jogadores, interpretando os Éons, constroem situações   de   rivalidades,   parcerias,   confrontos,   que vão por si só construindo, coletivamente, a narrativa. É no seio do Embate Aeônico que se desenrola o destino dos personagens. A narrativa é dividida em cenas, quais possuem

um   ambiente   e   uma   situação   definidos,   geralmente em torno de um problema específico a ser tratado, e no   final   da   cena   este   problema   se   resolve   ou   se transforma, exigindo um novo ambiente e uma nova situação.   Cada   sessão   de   jogo   pode   se   iniciar   com   um acordo,   ou   sorteio,   sobre   qual   personagem protagonizará   a   primeira   cena,   e   o   Éon   que   possuir vínculo com tal personagem tem a preferência da voz inicial   da   descrição   da   narrativa(já   que   ele   inicia interpretando o personagem que está percebendo o ambiente).   Se   houver   mais   de   um   personagem   na cena os Éons vinculados podem descrever a visão de cada um para um mesmo evento, se não, embater­se para resolver um evento único. Os   Jogadores   podem   solicitar   uma   Ação Narrativa, ou exigir que uma descrição apontada por outro Jogador seja disputada como tal,   a qualquer momento. Assim, a partir daí os Éons podem confrontar­se livremente   nas  Ações   Narrativas:  Criar/Destruir, Aberrar, Conectar e Encantar. Criar/Destruir:  Quando   durante   uma   narração um jogador desejar inserir um elemento inteiramente novo,   ou   apagar   uma   coisa   existente,   ele   deve declarar   uma   Ação   Narrativa   de   Criar/Destruir.   A Criatura   do   Éon   poderá   ser   Primária,   Secundária   ou Terciário   como   será   explicado   no   capítulo Personagens. O ato de criação traz ao universo a existência de   uma   nova   categoria   de   coisas,   e   o   Éon   criador deve   descrever   a   relação   daquilo   com   o   Universo.

Como   alienígenas   que   sempre   existiram   à   parte,   ou algo   que   foi   transportado   de   outra   dimensão,   ou, simplesmente surgiu espontaneamente... Personagens Criados Iniciam Vinculados ao Éons Criador. Isto é, o Jogador que utiliza aquele Éon é que interpretará   o   personagem,   decidindo   suas ações/percepções na narrativa. O   Jogador   deve   procurar   descrever   bem   as características   do   que   Cria,   sempre   que   possível   na forma de uma ficha de personagem. Atributo Relacionado: Criação Resistência do Universo: Estabilidade Aberrar:  Para   criar   personagens   ou   coisas   que de   toda   forma   já   existiriam   no   universo.   Ou,   se   o jogador   quiser   inserir   na   história   um   elemento   não inteiramente novo, mas já previsto como possível para aquele   universo,   contudo   fugindo   ao   que   foi estabelecido como comum, sendo assim anormal ou improvável, ele deve declarar uma ação de Aberrar. Um   Personagem   Aberrado   inicia   vinculado   ao Éon que realizou a ação. O   Jogador   deve   procurar   descrever   bem   as características do que Aberra, sempre que possível na forma de uma ficha de personagem. Atributo Relacionado: Aberração Resistência do Universo: Normalidade Conectar:   Construir   uma   nova   relação   entre eventos,   inexistente   anteriormente   naquele   universo, realizando um novo constructo de causa­efeito. Para   realizar   uma   ação   de   Conectar   o   Éon elabora   uma   frase   como:   “Se   isso   acontecer,   então aquilo   acontece”   ou   semelhante,   e   aquilo   passa   a

integrar   a   Narrativa.   Podendo   se   realizar   uma,   ou repetidas vezes. Atributo Relacionado: Conexão Resistência do Universo: Dispersão Encantar:  É a Ação Narrativa de controlar uma coisa   qualquer,   viva   ou   inanimada.   Durante   a inspiração  deve­se tentar respeitar  algo  da  natureza da coisa ao conduzi­la.  Assim temporariamente o vínculo passa de um Éon   para   outro,   ou   do   plano   de   fundo   da   narrativa para o Éon. Ao realizar uma ação de Inspirar através de seu Éon, o Jogador deve referir­se a quanto tempo e o que o motiva àquele Encanto. Atributo Relacionado: Encanto Resistência do Universo: Autonomia A   partir   de   então   faz­se   necessário   o   uso   de dados   de   seis   faces.   Mas,   outros   objetos   que possibilitem a obtenção de resultados aleatórios, com dois possíveis resultados, na razão de 50%, como uma moeda, podem ser adaptados. O Embate: Descrição:  Quando   um   Éon   pretende   realizar alguma  ação   narrativa,   o   jogador   que   o   interpreta deve descrever a ação, quanto mais criativo for, mais o jogador ganhará a simpatia dos demais, o que será muito útil ou talvez até necessário para o Embate. Resolução:  Após   descrita   a   ação   será contabilizado um Total de Dados a ser lançados. Para esta   contagem   deve   ser   utilizado   o   Atributo

relacionado   à   ação   narrativa   em   questão.   Cada Éon que apoiar o Éon da ação soma seu atributo   ao   dele,   para   acrescentar   o   Total,   e,   cada Éon   que   contrariar   a   ação   utiliza   seu   atributo   para subtrair este Total. Um Éon pode ser indiferente a uma ação, se o jogador desejar. Depois   que   todos   os   Jogadores   tiverem   se posicionado   o   Total   de   Dados   é   lançado   na quantidade de dados de seis faces. Cada dado com resultado   maior  ou  igual  a  quatro   conta  como   uma providência. Para a ação ter sucesso é preciso obter­ se uma quantidade de providências maior ou igual à resistência do Universo àquela ação. Se apenas um Éon age a favor da ação, então cada dado que resultar em seis, além de contar como uma providência deverá ser relançado. Se apenas um Éon agir contra a ação, cada dado que resultar em um subtrai uma providência. (Opcional para narrativas com mais de 3 jogadores)

5 – Calibrando o Sistema Agora   que   já   foram   explicados   os   conceitos vamos para algumas considerações matemáticas do sistema. Afinal você deve estar se perguntando: com que números trabalhar? Em Eoni, a quantidade de jogadores(n) implica mudanças  na matemática do  sistema, então vamos para as seguintes considerações.  Atributos   dos   Éons   (   Criação,   Aberração, Conexão   e   Encanto):  Quanto   maior   os   atributos   dos

Éons,   mais   poder   individual   eles   têm.   A   seguir sugestões   de   um   total   de   pontos(a)   para   cada Jogador distribuir entre os atributos de seu Éon. (n = 2,a = 9). (n = 3, a =12). (n = 4, a = 15). (n=5, a=18). (n>=6, a=20). Resistências   do   Universo(Estabilidade, Normalidade, Dispersão e Autonomia):  Quanto maior a   resistência   do   Universo   maior   a   exigência   do consentimento   de   todos   para   que   uma   ação   seja realizada.   Assim   ao   quantificar   as   resistências   os jogadores fazem um acordo sobre que elementos da narrativa serão mais sólidos, e quais mais fulgazes.  A   seguir   sugestões   de   níveis   de   resistência   de acordo   com   a   quantidade   de   jogadores(n)   e calibrada   de   forma   equilibrada   para   as   sugestões anteriores de atributos dos Éons: Nível de cada Resistência a ser combinado:  0   –   1n   Nessa   faixa   é   possível   para   Éons realizarem   ações   sozinhos,   e   muito   fácil   quando   se tem  o apoio da maioria. 1n ­   2n   É difícil para os Éons agirem sozinhos, mas ter uma larga maioria apoiando nas horas de agir facilita muito.   2n – 3n É praticamente impossível um Éon agir sozinho e as ações dependem da conquista de apoio dos outros jogadores. 3n – 4n A falta de consenso dificultará muito as ações e as forças opositoras são muito determinantes. 4n – 5n Mesmo com consenso geral a ação é desafiadora. Calibrando de forma Personalizada: Cada grupo de jogo pode ter um ritmo próprio de criatividade e

de   participação   coletiva,     cooperativa   ou competitiva.   E   pode   ainda   ter   expectativas   próprias para a dinâmica do jogo. Os valores sugeridos são de acordo com uma estimativa de um meio termo geral das condições de jogo.  Uma vez compreendendo o conceito básico da quantificação   dos   Atributos   dos   Éons   e   das Resistências do Universo, explicados anteriormente, o grupo pode experimentar alterar os valores sugeridos como convir.

6 – Criação e Invenção dos Personagens Para que ocorra uma narrativa são necessários personagens,   certo   que   os   Éons   são   personagens, contudo,   por   habitarem   num   metauniverso   à   parte, não   pertencem   objetivamente   à   narrativa.   É   então necessário   que   surjam   no   universo,   elementos   que deem corpo à estória. O Universo, uma vez criado, servirá de folha em branco,   na   qual   os   Éons   criarão   os   personagens, dentre   as   categorias:   primários,   secundários   ou terciários. Personagem   Primário:  São   aqueles   que   dão uma   continuidade   à   Narrativa,   têm   a   característica de   atravessar   as   diversas   cenas,   crescendo   e   se desenvolvendo   com   o   decorrer   na   narração. Personagem  Secundário:  São  personagens  que surgem na estória, mas se vão, raramente duram mais que   uma   cena.   Eles   surgem   para   cumprir   um   papel

simples   e   objetivo   na   estória,   desaparecendo obrigatoriamente.   O   retorno   de   um   personagem secundário requer uma nova Ação Narrativa. Personagem   Terciário:  Não   estão   presentes   na narrativa   em   si,   sua   existência   é   apenas   citada   ou considerada   pelos   personagens   primários   ou secundários. Personagem   Vivo:  São   personagens   que possuem uma consciência própria a ser interpretada pelos Jogadores que possuem o Éon vinculado. Personagem   Inanimado:  São   objetos   ou   entes quaisquer,   que   não   possuem   uma   consciência própria, mas estão sob o controle de algum Éon. Os   Éons   podem   usar   sua   capacidade   de Criação, ou Aberração, para Criar, Inventar ou mudar a categoria dos Personagens. Personagens Criados ou Inventados por um Éon iniciam com um Vínculo a ele, podendo o vínculo ser roubado de forma temporária ou permanente por outro Éon. Os   personagens   podem   ser   destruídos,   sem razão   ou  causa  aparente,   com   uma   ação   narrativa de Destruir. Mas, mesmo assim, preservam sua Estória. Tudo que aconteceu aconteceu, mesmo que nenhum dos demais personagens da Estória se lembre.  Podem ser findos ainda, por uma causa possível, através de uma ação narrativa de Aberrar. Por uma ação de Conectar, um Personagem pode encontrar seu   fim   na   consequência   de   um   evento.   E,   um   Éon pode   usar   a   interpretação   de   um   personagem vinculado para descrever seu fim. Em   Universos   nos   quais   se   pressupõe   a

Mortalidade,   os   personagens   podem   morrer   por circunstâncias   da   narrativa,   de   acordo   com   o subsistema,   sem   a   necessidade   de   uma   Ação Narrativa ou interpretativa para tal.

7 – Adaptando Subsistemas Para facilitar o jogo podem­se utilizar sistemas de RPG tradicionais, na hora de elaborar os personagens, e desenrolar a narrativa, como subsistema. Procure   usar   subsistemas   que   se   ajustem   bem com   o   universo   que   será   utilizado,   e   com   as características   esperadas   para   os   personagens.   Por sua   versatilidade   e   simplicidade   sugerimos   o   sistema Estrada. Adaptar   um   subsistema   requer   um   pouco   de audácia para modificar algumas regras se necessário. Mas o básico é fazer apenas o necessário para que seja   possível   realizar   personagens   de   todas   as categorias descritas no capítulo anterior. Para Personagens Primários utilize a ficha básica do Jogador oferecida pelo sistema. Alguns   sistemas   dedicam   uma   sessão   do   livro aos   NPC's.   Verifique   se   o   seu   traz   algum   modelo   de ficha   para   estes   personagens,   e,   se   quiser,   pode simplificá­lo ainda mais para que sirva como ficha de Personagens  Secundários. Perceba que alguns  NPC's de   uma   narrativa   tradicional   se   comportam   como Personagens   Primários   em   Eoni,   logo   deve   ser   feita uma   ficha   como   um   Personagem   Primário   qualquer.   Um detalhe que muitos sistemas não abordam

é   quanto   à   ficha   dos   Personagens   Inanimados,   que podem ser muito úteis em Eoni, e muitas vezes até o são   em   narrações   tradicionais.   Neste   caso   não esquente muito a cabeça, pegue alguns elementos, pertinentes aos objetos, existentes na ficha padrão do sistema   escolhido(resistência,   vitalidade­>estrutura, força...) e estabeleça uma ficha para eles. Que pode ser   anotada   no   verso   da   ficha   do   personagem   vivo que a possui, ou num papel qualquer, geralmente são úteis apenas por uma cena. Dependendo   da   narrativa   podem   ser adaptadas fichas para Personagens Coletivos. Muitos sistemas(geralmente os que abarcam os cenários que utilizam   personagens   como   “tal   batalhão   de soldados”   ou   “Navio   de   Guerra”)   já   trazem   esta estrutura   prevista,   se   vosso   sistema   não   o   traz, recomendamos   mudar   para   um   sistema   mais   afim com vossa narrativa.

ÉON

ÉON

Nome:

Nome:

Universo:

Universo:

Narrativa:

Narrativa ATRIBUTOS

♣ Criação

♠Aberração ♦ Conexão

ATRIBUTOS ♥ Encanto

♣ Criação

VÍNCULOS

VÍNCULOS

ÉON

ÉON

Nome:

Nome:

Universo:

Universo:

Narrativa

Narrativa ♠Aberração ♦ Conexão VÍNCULOS

♥ Encanto

ATRIBUTOS

ATRIBUTOS ♣ Criação

♠Aberração ♦ Conexão

♥ Encanto

♣ Criação

♠Aberração ♦ Conexão VÍNCULOS

♥ Encanto

UNIVERSO Universo: Narrativa ATRIBUTOS ♣ Estabilidade

♦ Dispersão

♠ Normalidade

♥ Autonomia DESCRIÇÃO

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