Estimativa da extensão de ocorrência do veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus, Mammalia: Cervidae) no Rio Grande do Sul, Brasil

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Estimativa da extensão de ocorrência do veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus, Mammalia: Cervidae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Daniel Vilasboas Slomp Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul [email protected]

O veado-campeiro foi registrado em sítios arqueológicos do Pleistoceno e da Tradição Guarani, que indicavam uma ampla distribuição da espécie pelo território do Rio Grande do Sul (RS). Os principais fatores que contribuíram para o declínio populacional, ao final do século XIX, foram à caça em escala comercial e a alteração de seu habitat preferencial. A drástica diminuição na sua distribuição colaborou para o isolamento de pequenas populações dispersas ao longo do território, sendo considerado Criticamente em Perigo de extinção no RS. Este estudo teve como objetivo definir a extensão de ocorrência do O.bezoarticus no RS. Para verificar a ocorrência de O.bezoarticus foi realizado registro inferido por artigo científico, Plano de Manejo de Unidade de Conservação (UC) e relatório técnico, por contato direto com gestão de UC e por observação direta entre 2009 e 2012. A extensão de ocorrência foi definida através do mínimo polígono convexo, utilizando programa GeoCAT e a conectividade entre os pontos foi estimada por imagens de satélite. Foi confirmada ocorrência de O.bezoarticus em 19 áreas. Na Mata Atlântica a espécie ocorre em 14 áreas na região dos Campos de Altitude: PARNA Aparados da Serra e Serra Geral; FLONA São Francisco de Paula; PE Tainhas; ESEC Aratinga; APA Rota do Sol; APA Barragem do Faxinal; CPCN Pró-Mata; entorno da ESEC Aracuri e PE Ibitiriá; em Jaquirana, São José dos Ausentes e Bom Jesus. A extensão de ocorrência foi de 6.684,62 km² com possível conexão com uma população de Santa Catarina a 16 km distantes. No Pampa a espécie foi observada em 5 áreas: PE Espinilho; São Borja; Três de Maio; Augusto Pestana e entre Tupanciretã e Cruz Alta. A extensão de ocorrência foi de 9.666,99 km², excluindo o PE Espinilho, que devido à distância parece ter maior relação com uma população de Salto, Uruguay. O mapeamento e monitoramento das populações remanescentes representa medida importante para subsidiar programas de conservação do O.bezoarticus no sul do Brasil.

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