Estruturas Fonéticas e Fonológicas de Vogais e Consoantes da Língua Kuruaya
Descrição do Produto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ MESTRADO EM LINGUÍSTICA ESTRUTURAS FONÉTICAS E FONOLÓGICAS DE VOGAIS E CONSOANTES DA LINGUA KURUAYA
Mestranda: Elissandra Barros Orientadora: Gessiane L. Picanço
JUSTIFICATIVA: A urgência de se descrever o Kuruaya, uma
língua extremamente ameaçada. A importância do Kuruaya para estudos
comparativos do Proto-Tupi. A
necessidade de se discutir aspectos fonológicos divergentes nas análises anteriores do Kuruaya. 2
OBJETIVOS: GERAL: Apresentar uma análise da fonologia segmental da língua, com enfoque nas propriedades acústicas utilizadas para distinguir vogais e consoantes em Kuruaya. ESPECÍFICOS: Analisar as propriedades fonéticas dos segmentos fonológicos vocálicos e consonantais do Kuruaya. Definir quais unidades segmentais são melhor interpretadas como contrastivas e quais são alofones de outros segmentos da língua. 3
O POVO KURUAYA
LOCALIZAÇÃO DO POVO KURUAYA
5
A LÍNGUA KURUAYA
CLASSIFICAÇÃO DA LÍNGUA KURUAYA O Kuruaya, juntamente com o Mundurukú, forma a
família Mundurukú, pertencente ao tronco Tupi (NIMUENDAJÚ, 1948; RODRIGUES, 1958a, 1958b). Tupi
TupiGurani
Arikém
Aweti
Juruna
Mawé
Mondé
Puroborá
Mundurukú
Ramarama
Tupari
Kuruaya Mundurukú
7
ESTUDOS SOBRE A LÍNGUA KURUAYA (1) 1913 e 1921: listas de Snethlage constituídas por
vocabulários e anotações sobre a cultura material dos Kuruaya. 1922: vocabulário e algumas frases coletados por Nimuendajú, em que este chama os índios Kuruaya de “Mundurukú do Xingu”. 1995: Almeida e Silva elaboram em Altamira o trabalho “Os índios Kuruaya” (TCC). 1998: Costa defende sua dissertação sobre a “Fonologia da Língua Kuruaya”. 1999: Moraes e o trabalho de “Comparação entre as línguas da família Mundurukú: Mundurukú e Kuruaya” (TCC). 8
ESTUDOS SOBRE A LÍNGUA KURUAYA (2) 2000: Patrício defende sua dissertação intitulada
“Índios de verdade: o caso dos Xipaya e Kuruaya”. 2002: Costa publica o artigo “Fonologia Segmental da língua Kuruaya”. 2002: Santos realiza o “Estudo Comparativo entre as línguas Mundurukú e Kuruaya”. (TCC) 2005: Picanço defende sua tese “Mundurukú: Phonetics, Phonology, Synchrony, Diachrony”, em que a autora discorre sobre aspectos da fonologia Kuruaya, comparando-os com o Mundurukú. 2008: Mendes apresenta a dissertação “Comparação Fonológica do Kuruaya com o Mundurukú”. 9
ESTRUTURA FONÉTICA E FONOLÓGICA DAS VOGAIS VOGAIS ORAIS
ESTRUTURA FONÉTICA E FONOLÓGICA DAS VOGAIS DA LINGUA KURUAYA Inventário
fonêmico das vogais do Kuruaya segundo Costa (1998)
Anteriores
Centrais
Altas
i ĩ
ɨ
Médias
eẽ
Baixas
Posteriores
oõ a ã 11
ESTRUTURA FONÉTICA E FONOLÓGICA DAS VOGAIS DA LINGUA KURUAYA
Inventário fonêmico das vogais do Kuruaya segundo
Picanço (2005)
Anteriores Altas
i ĩ
Médias
ɛẽ
Baixas
Centrais
ɨ
Posteriores
o õ ɔ
a ã 12
PROPOSTA ADOTADA NESSE TRABALHO PARA AS VOGAIS DA LÍNGUA KURUAYA VOGAIS ORAIS ANTERIORES
CENTRAIS
Altas
i
ɨ
Médias
ɛ
Baixas
a
VOGAIS NASAIS POSTERIORES
ANTERIORES
o
Altas
ĩ
ɔ
Médias
ɛ̃
Baixas
CENTRAIS
POSTERIORES
õ
ã 13
QUALIDADE VOCÁLICA /i/ /ɛ/ /ɨ/ /a/ /o/ /ɔ/
/akip/ /ɛtʃɛtɛk/ /itɨk/ /ɛkap/ /ɛkop/ /tɔp/
‘piolho’ ‘puxar’ ‘frio’ ‘passar’ ‘descer’ ‘flecha dele’
14
COMPARAÇÃO ENTRE NOSSA PROPOSTA E A DE COSTA
PROPOSTA DE COSTA (1998)
i
ɨ
e
ɨ
i o
a •/o/ /o/
PROPOSTA DESTE TRABALHO
[ɔ] / em sílaba acentuada. [ɔ] ~ [o] / n.d.a.
ɛ
o ɔ
a •/o/ e /ɔ/ são fonemas distintos. 15
DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS /a/ (1) (2) (3)
As vogais /a/, /i/ e /ɨ/ apresentam apenas um fone [a], [i] e [ɨ], que podem formar sílaba isoladamente ou com consoante. [a] [akip] /akip/ ‘piolho’ [haj] /aj/ ‘preguiça’ [marɛw] /marɛo/ ‘morcego’
/i/ (4) (5) (6)
[i] [ihi] [putip̚] [mapiri]
/ ihi / /potip/ /mapiri/
‘macaco da noite’ ‘peixe’ ‘piranha’
/ɨ/ (7) (8) (9)
[ɨ] [pɨj] [ɛ̃nɐ̃pɨrik̚̚] [pɨt]
/ pɨj/ /ɛdãpɨrik/ /pɨt/
‘cobra’ ‘moquear’ ‘longe’
16
DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS /ɛ/ (10)
/ɛ/ (11)
[e] /__ [ j ] [wej] /wɛj/ [ɛ ~ e] / n.d.a. [ɛtʃejo] ~ [etʃejo]
‘perna’
/ɛtʃɛjo/
‘bebe’
17
DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS Oposição entre /o/ e /ɔ/ (12)
[hɔj] [poj]
/ɔj/ /poj/
‘espinho’ ‘jabuti’
Oposição entre /o/ e /ɔ/ em sílaba acentuada (13)
[darakɔ] [ðɛko]
/darakɔ/ /lɛko/
‘saracura’ ‘macaco cuaba’
Oposição entre /o/ e /ɔ/ em sílaba não acentuada (14)
[hɔʔi] [h̃ũnɐ̃mɐ̃]
/ɔʔi/ /odãmã/
‘taboca (da grossa)’ ‘forno de torrar farinha’ 18
DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS
/o/ (15) (16)
/ɔ/ (17) (18)
[o ~ u] [otaðap̚] ~ [utaðap̚] *[ɔtaðap̚ ] /otalap/ [potip] ~ [putip] *[pɔtip̚ ] /potip/
‘sobrancelha’ ‘peixe’
[ɔ ~ o] / ___# [darakɔ] ~ [darako] *[daraku] [bɔrɔ] ~ [bɔro] *[bɔru]
/darakɔ/ /bɔrɔ/
‘saracura’ ‘onda’
19
DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS
Média
[o]
Alta
[u]
Baixa
[ɔ]
Média
[o]
Interpretação Fonológica: /ɔ/
/o/ 20
VOGAIS NASAIS
VOGAIS NASAIS DO KURUAYA (19)
/ĩ/
[ĩ]
/titĩʔa/
‘maracá’
(20)
/ɛ̃/
[ẽ]
/tɛ̃ʔa/
‘quarto de animal’
(21)
/ã/
[ɐ̃]
/porakã/
‘dois’
(22)
/õ/
[õ]
/okõ/
‘língua’
(22)
Contraste orais x nasais em ambiente nasal: [mɐ̃tak̚ ] /mãtak/ ‘mentiroso’ [maraða] /marala/ ‘milho’
22
OPOSIÇÃO ENTRE OS FONEMAS VOCÁLICOS ORAIS E NASAIS DO KURUAYA /i/ - /ĩ/ [titi] [tĩtĩʔa] /ɛ/ - /ɛ̃/ [iehɛ] [ɛ̃h̃ɛ̃]
/titi / ‘água’ /tĩtĩʔa/ ‘maracá’
/iɛhɛ/ /ɛhɛ̃/
‘leve’ ‘osga’
/a/ - /ã/ [ðaj] /ðai/ [ð̃ɐ̃j] /ðãj/
‘arco’ ‘dente’
/o/ - /õ/ [oko] /oko/ [õkõ] /okõ/
‘minhas costas’ ‘minha língua’
* / ɔ̃ / * / ɨ ̃/
23
ANÁLISE ACÚSTICA DOS SEGMENTOS VOCÁLICOS DO KURUAYA
VOGAIS ORAIS
MATERIAIS E MÉTODOS Informantes Alberto Curuaia (AK) e Maria Xipaia (MX). Período novembro de 2006 e março de 2007. Equipamento gravador HI-MD Sony, modelo MZ-NHU e microfone de
cabeça unidirecional. Procedimentos
Gravação do material Digitalização com o programa Sonic Stage Recorte dos trechos para a análise - Audacity Análise expectrográfica - Praat Análise estatística e geração dos gráficos - Excel
Seleção dos dados
Seleção do ambiente sílabas fechadas do tipo CVC, em que C representa consoantes oclusivas surdas. Média de 20 repetições para cada qualidade de vogal. Medições de F1 (altura) , F2 (posição) e F3 25
ANÁLISE ACÚSTICA SÉRIE DAS VOGAIS ORAIS /i/ /ɛ/ /ɨ/ /a/ /o/ /ɔ/
[i] [ɛ ] [ɨ] [a ] [o ] [ɔ ]
/potip/ /ɛtʃɛtɛk/ /itɨk/ /tɛkat/ /ɛkop/ /tɔp/
‘peixe’ ‘puxar’ ‘frio’ ‘dele’ ‘descer’ ‘flecha dele’
26
RESULTADOS Tabela 1: Média e desvio padrão das vogais orais do Kuruaya Média Desvio Padrão
i ɛ ɨ a o ɔ
AK
MX
F1
F2
F3
F1
F2
F3
357,41
2051,64
2878,24
383,51
2447,36
3016,31
21,82
94,49
95,91
18,28
76,19
70,91
540,33
1737,60
2638,45
592,44
2152,52
2811,22
22,31
93,27
106,58
43,89
86,57
140,93
387,96
1579,51
2358,32
407,44
1611,59
2741,00
34,82
124,93
97,91
33,20
110,97
73,78
698,33
1575,88
2431,85
698,67
1856,00
2745,79
35,02
70,28
157,45
61,05
76,18
113,63
440,20
823,68
2257,93
490,56
1036,72
2865,62
28,20
47,72
99,01
20,55
98,99
110,25
534,93
1166,04
2293,28
591,36
1048,72
2925,26
23,68
49,35
190,56
47,09
104,08
128,79
27
ESPAÇO ACÚSTICO Figura 1: Dispersão das vogais orais para AK. Média de 20 repetições para [i], [ɨ], [ɛ] e [a] e 15 repetições para [o] e [ɔ]. Dispersão das Vogais Orais - AK F2 2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 200 300 400 500 600
F1
3000
700 800 900 a
e
i
o
28
ANÁLISE ACÚSTICA Figura 2: Dispersão das vogais orais para MX. Média de 20 repetições para [i], [ɨ] [ɛ] e [a] e 12 repetições para [o] e [ɔ]. Dispersão das Vogais Orais - MX F2 2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 200 300 400 500 600
F1
3000
700 800 900 a
e
i
o
29
ANÁLISE ACÚSTICA Figura 3: Triângulo das vogais orais para AK, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2) nas medições das vogais [i], [ɛ], [ɨ], [a], [o] e [ɔ]. Média de 20 repetições para cada vogal. F2 2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 200 300
i o
400 500 600
a
F1
3000
700 800 900 30
ANÁLISE ACÚSTICA Figura 4: Triângulo das vogais orais para MX, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2) nas medições das vogais [i], [ɛ], [ɨ], [a], [o] e [ɔ]. Média de 20 repetições para cada vogal. F2 2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 200 300
i
400
o
500 600
a
F1
3000
700 800 900 31
CONCLUSÕES O Kuruaya possui seis segmentos vocálicos distintos em seu
espaço acústico, [i, ɛ, ɨ, a, o, ɔ].
Análise fonológica
/i, ɛ, ɨ, a, o, ɔ/ são contrastivos.
Os segmentos vocálicos dividem-se em anteriores [i,ɛ], centrais [ɨ,a]
e posteriores [o,ɔ].
O sistema do Kuruaya é equilibrado
a média anterior [ɛ] e a posterior [ɔ] em uma mesma altura de realização. as vogais altas ocupam espaços, sendo [i] > [ɨ] > [o]. A vogal posterior [o] é classificada aqui como [+ alta] em virtude de sua realização acústica, cuja dispersão e medições de F1 constataram ser a vogal [o] em torno de 100Hz mais alta que as médias [ɛ] e [ɔ]. 32
ANÁLISE ACÚSTICA DOS SEGMENTOS VOCÁLICOS DO KURUAYA
VOGAIS NASAIS
ANÁLISE ACÚSTICA SÉRIE DAS VOGAIS NASAIS /ĩ/
[ĩ]
/kĩ/
‘beiju’
/ɛ̃/
[ ɛ̃ ]
/tɛ̃ʔa/
‘morto’
/ã/
[ ɐ̃ ]
/porakã/
‘dois’
/õ/
[õ]
/okõ/
‘língua’ 34
RESULTADOS Tabela 2: Média e desvio padrão das vogais nasais do Kuruaya Média Desvio Padrão
ĩ
ɛ̃ ɐ̃ õ
AK
MX
F1
F2
F3
F1
F2
F3
401,26
2100,05
2994,23
369,10
2251,95
2924,22
24,73
71,90
153,57
39,49
191,78
122,31
537,93
1895,02
2616,36
575,74
2181,16
2957,75
48,89
114,09
219,67
36,04
105,65
108,73
554,29
1454,16
2542,50
691,76
1663,72
2869,39
48,03
84,09
199,51
78,11
78,06
142,85
518,84
958,40
2748,64
548,49
1038,37
3034,57
38,24
130,30
200,80
78,32
131,18
203,89
35
ANÁLISE ACÚSTICA Figura 5: Dispersão das vogais nasais para AK. Média de 20 repetições para cada vogal. Dispersão das Vogais Nasais - AK F1 2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 200 300 400 500
F2
3000
600 700 800 ĩ
õ
ã
ẽ
36
ANÁLISE ACÚSTICA Figura 6: Dispersão das vogais nasais para MX. Média de 20 repetições para as vogais [ɐ̃], [ĩ] e [õ] e 14 repetições para [ɛ̃]. Dispersão das Vogais Nasais - MX F2 2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 200 300 400 500 600
F1
3000
700 800 900 ã
ĩ
õ
ẽ 37
ANÁLISE ACÚSTICA Figura 7: Triângulo das vogais nasais para AK, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2). Média de 20 repetições para cada vogal. F2 2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 300 350
ĩ
400 450
ɛ˜
õ ã
500
F1
3000
550 600 650 700 38
ANÁLISE ACÚSTICA Figura 8: Triângulo das vogais nasais para MX, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2). Média de 20 repetições para as vogais [ɐ̃], [ĩ] e [õ] e 14 repetições para [ɛ̃]. F2 2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 300 350
ĩ
400 450 500
õ
ɛ˜
550
F1
3000
600 650
ã
700 750 39
COMPARAÇÃO VOGAIS ORAIS x NASAIS Tabela 3: Média e desvio padrão das vogais orais e nasais do Kuruaya para AK AK Média Desvio Padrão
F1
F2
F3
i
357,41
2051,64
2878,24
21,82
94,49
95,91
540,33
1737,60
2638,45
22,31
93,27
106,58
698,33
1575,88
2431,85
35,02
70,28
157,45
440,20
823,68
2257,93
28,20
47,72
99,01
534,93
1166,04
2293,28
23,68
49,35
190,56
ɛ
a
o ɔ
Vogais Orais
Média Desvio Padrão ĩ
ɛ̃ ɐ̃
õ
Vogais Nasais F1
F2
F3
401,26
2100,05
2994,23
24,73
71,90
153,57
537,93
1895,02
2616,36
48,89
114,09
219,67
554,29
1454,16
2542,50
48,03
84,09
199,51
518,84
958,40
2748,64
38,24
130,30
200,80
40
COMPARAÇÃO VOGAIS ORAIS x NASAIS
Figura 9: Triângulo da dispersão das vogais orais e nasais para AK, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2) das vogais orais e nasais. F2 2000
1750
1500
1250
1000
750
500 300 350
i ĩ
400
o ɛ˜
ã
õ
450 500 550
F1
2250
600 650
a
700 750
41
COMPARAÇÃO VOGAIS ORAIS x NASAIS Tabela 4: Média e desvio padrão das vogais orais e nasais do Kuruaya para MX MX Média Desvio Padrão
F1
F2
i
383,51
ɛ a o ɔ
F3
Média Desvio Padrão
F1
F2
F3
2447,36
3016,31
ĩ
369,10
2251,95
2924,22
18,28
76,19
70,91
39,49
191,78
122,31
592,44
2152,52
2811,22
575,74
2181,16
2957,75
43,89
86,57
140,93
ɛ̃
36,04
105,65
108,73
698,67
1856,00
2745,79
691,76
1663,72
2869,39
61,05
76,18
113,63
ɐ̃
78,11
78,06
142,85
490,56
1036,72
2865,62
548,49
1038,37
3034,57
20,55
98,99
110,25
78,32
131,18
203,89
591,36
1048,72
2925,26
47,09
104,08
128,79
Vogais Orais
õ
Vogais Nasais
42
COMPARAÇÃO VOGAIS ORAIS x NASAIS Figura 10: Triângulo da dispersão das vogais orais e nasais para MX, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2). F2 2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500 300 400 450
ɛ˜
o
500
õ
550
F1
i
350
ĩ
600 650
a
ã
700 750
43
CONCLUSÕES Há quatro segmentos vocálicos distintos quanto a nasalidade [ĩ] , [ɛ̃], [ɐ̃], [õ]. A nasalidade afeta a qualidade vocálica.
AK tende a produzir as vogais nasais mais ao centro do
espaço acústico.
[ɐ̃] + alta , + posterior [ɛ̃] + anterior, altura equivalente [ĩ] - alta, +anterior [õ] entre [o] e [ɔ]
MX tem sua produção mais anterior
[ɐ̃] levemente + alta , + posterior [ɛ̃] levemente + alta, + anterior [ĩ] levemente + alta, +posterior [õ] altura entre [o] e [ɔ], posição equivalente 44
INVENTÁRIO FONÊMICO DAS VOGAIS DO KURUAYA
- posterior
+ posterior - arredondada
+ arredondada
+ alta
/i/ /ĩ/
/ɨ/
/o/ /õ/
- alta
/ɛ/ /ɛ̃/
/a/ /ã/
/ɔ/
45
ESTRUTURA FONÉTICA E FONOLÓGICA DAS CONSOANTES
PROPOSTA PARA O INVENTÁRIO CONSONANTAL DO KURUAYA Costa (1998)
o inventário consonantal da língua Kuruaya é constituído por 18 fonemas. Bilabial
Oclusivas
p
Interdental
b
Alveolar
t
ð m
Vibrante Aproximantes
dʒ ʃ
s
Glotal
ʔ
k tʃ
Fricativas
Velar
d
Africadas
Nasais
Palatal
h ŋ
n r
w
j 47
PROPOSTA PARA O INVENTÁRIO CONSONANTAL DO KURUAYA Picanço (2005)
o Kuruaya possui 17 fonemas consonantais. Labial
Oclusivas
Nasais
p
b
t
m
Fricativas
d
Palatal
Velar
tʃ
Glotal
k ŋ
n ʃ
s
Lateral
Aproximantes
Alveolar
l w
r
j
ʔ
h 48
PROPOSTA PARA O INVENTÁRIO CONSONANTAL DO KURUAYA Proposta de Barros
17 fonemas consonantais.
Labial
Oclusivas
Nasais
p
b
t
m
Fricativas
d
Palatal
Velar
tʃ
Glotal
k ŋ
n ʃ
s
Lateral
Aproximantes
Alveolar
l w
r
j
ʔ
h 49
INVENTÁRIO DAS CONSOANTES DO KURUAYA POSTULADO NESTE TRABALHO [ ]
/
/
GLOSA
p
[pubɛ]
/pobɛ/
‘canoa’
b
[uba]
/uba/
‘meu braço’
t
[putip̚]
/potip/
‘peixe’
d
[darakudʒi]
/darakodi/
‘galinha’
k
[darakɔ]
/darakɔ/
‘saracura’
ʔ
[putipʔa]
/potipʔa/
‘pescada’
m
[mapiri]
/mapiri/
‘peixe piranha’
ŋ
[l̃õŋ]
/lõŋ/
‘pulga’
n
[w̃ẽj̃kõn]
/wɛjkon/
‘nosso banco’
tʃ
[apatʃi̚]
/apatʃi/
‘jacaré’
s
[isaðɔ]
/isalɔ/
‘aracu’
l
[ðaʃa ~ laʃa]
/laʃa/
‘fogo’
ʃ
[iʃɛp̚]
/iʃɛp/
‘gordo, gordura’
h
[ihi]
/ihi/
‘macaco-da-noite’
r
[kuara]
/koara/
‘caranguejo’
w
[waraki]
/waraki/
‘melancia’
j
[kiriwaj]
/kiriwaj/
‘índio Kuruaya’
50
CONSOANTES OCLUSIVAS
OCLUSIVAS SURDAS
OCLUSIVAS Oclusivas surdas /p/ [p] [p̚ ]
[parawa] [putip̚ ]
/parawa/ /potip/
‘arara vermelha’ ‘peixe’
/t/
[t] [t̚ ]
[toj] [ðat̚ ]
/toj/ /lat/
‘sangue’ ‘escorpião’
/k/
[k] [k̚ ]
[kurɛkurɛ] [ipɛrɛk̚ ]
/korɛkorɛ/ /ipɛrɛk/
‘sapo’ ‘amarelo’
/tʃ/
[tʃ]
[tʃawap̚ ]
/tʃawap/
‘comida’
52
PROCEDIMENTOS Medida da duração da oclusiva
Início final da vogal Fim início do burst 10 repetições para cada oclusiva
53
DISTINÇÃO ENTRE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS Figura 11: Forma em wav de [ipi], /ipi/ ‘chão, barro’.
(a)
(b)
Figura 12: Forma em wav de [ubi], /obi/ ‘boca’.
54
(a)
(b)
DISTINÇÃO ENTRE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS Tabela 5 Medidas da duração (em ms) das oclusivas surdas [p, t, k] e sonoras [b, d] em seqüências CVC. Total de 10 repetições para cada oclusiva. [p]
[t]
[k]
[b]
[d]
Média
211
201
201
144
132
Desvio padrão
22.1
19.0
23.1
16.6
26.5
55
COMPARAÇÃO ENTRE A PRODUÇÃO DA OCLUSIVA EXPLODIDA [p] E DA NÃO EXPLODIDA [p̚ ] Figura 13ː Espectrograma de [putip̚], ‘peixe’.
[p]
(a)
[p̚ ]
(b)
(c)
56
CONSOANTES OCLUSIVAS
OCLUSIVAS SONORAS
REALIZAÇÃO DAS CONSOANTES OCLUSIVAS SONORAS (23)
/b/ /bajo/ /baro/
[bajo] [baro]
‘pai’ ‘coruja’
(24)
/d/ /darakɔ/ /da/
[darakɔ] [da]
‘saracura’ ‘um’
58
OCLUSIVAS SURDAS
[d] EM CONTEXTO ORAL
ANÁLISES PARA A OCLUSIVA /d/ Costa (1998) e Mendes (2008)
/d/ e /dʒ/ são fonemas distintos. [kidʒap̚ ] /kidʒap/ ‘casa’ [kidap̚ ] /kidap/ ‘abrigo’ Picanço (2005)
/d/ [dʒ] / ___i [kadʒi] /kadi/
‘sol’ 60
PROPOSTA DE BARROS PARA A REALIZAÇÃO DA CONSOANTE /d/ EM CONTEXTO ORAL (25)
/d/
[d] / ___V[-i]
[ðadɛ] [ɛdot̚]
/ladɛ/ /ɛdot/
(26)
/d/
(27)
/d/
‘porco’ ‘chamar’
[dʒ] / __ [i]
[idʒi] [wadʒi]
/idʒi/ /wadʒi/
‘veado’ ‘lua’
[dʲ] / [i] __
[kidʲap̚] [idʲutʃɛ]
/kidap/ /idutʃɛ/
‘casa’ ‘aqui’
61
DISTINÇÃO ENTRE [dʒ] e [dʲ] Figura 14ː Onda acústica e espectrograma de [idʒi], ‘veado’. 71 (ms)
(a)
(b)
(c)
Figura 15ː Onda acústica e espectrograma de [kidʲap̚], ‘casa’. 32 (ms)
62
(a)
(b)
(c)
DISTINÇÃO ENTRE [dʒ] e [dʲ] Procedimentos
Medição do tempo de fricção. Início – burst e/ou fricção Fim – início da vogal
Tabela 6ː Medições do tempo de fricção de [dʒ] e [dʲ] entre vogais. Total de 60 repetições. (AK)
(MX)
[idʒi]
[kadʒi]
[kidʲap̚]
[idʒi]
[kadʒi]
[kidʲap̚]
Média
72
60
35
72
61
29
Desv. Pad.
2.0
1.0
5.1
1.0
3.0
7.0
63
REALIZAÇÃO DO [d] PLENO
Figura 16ː Forma em wav. de [ɛdɔ], ‘ele comeu’. 155 (ms)
(a)
(b)
64
RESUMO DAS REALIZAÇÕES DE /d/ EM CONTEXTO ORAL (28)
/d/
[d] / ___V[-i]
[ðadɛ] [ɛdot̚]
(29)
/d/
[dʒ] / __ [i]
[idʒi] [wadʒi]
(30)
/d/
[dʲ] / [i] __
[kidʲap̚] [idʲutʃɛ]
/ladɛ/ /ɛdot/
/idʒi/ /wadʒi/
/kidap/ /idutʃɛ/
‘porco’ ‘chamar’
‘veado’ ‘lua’
‘casa’ ‘aqui’
65
OCLUSIVAS SURDAS
[d] EM CONTEXTO NASAL
ANÁLISES PARA A OCLUSIVA /d/ EM CONTEXTO NASAL Costa (1998) e Mendes (2008)
/ðade/ /tane/
‘porco’ ‘rato’
/odoðit/ /onebit/
‘meu tio’ ‘meu neto’
/n/
[ɲ] / ___ i
[ĩɲĩ]
/inĩ]
/d/ e /n/ são fonemas distintos.
‘rede’
Picanço (2005)
trata /d/ e /n/ como distintos, mas ressalta que essa distinção não é clara. A autora não encontrou casos de [d] em contexto nasal. 67
PROPOSTA DE BARROS PARA A REALIZAÇÃO DA CONSOANTE /d/ EM CONTEXTO ORAL (31)
/d/
[n] / ___Ṽ[-ĩ]
[tɐ̃nɛ̃] [pĩnɐ̃]
/tadɛ̃/ /pidã/
‘rato’ ‘anzol’
(32)
/d/
[ɲ] / __ [ĩ]
[ĩɲĩ]
/idĩ/
‘rede’
(33)
/d/
[ĩɲɐ̃mõŋ]
/idãmoŋ/
‘cheio’
[ɲ] / [ĩ] __
68
ARGUMENTOS A FAVOR DA PROPOSTA DE BARROS Costa (1998), Picanço (2005) e Mendes (2008) não
encontraram casos de [d] em contexto nasal. A seguinte alternância é observada na marcação de
pessoa do Kuruaya [o-doðit̚̚] ‘meu tio’ [õ-nɛ̃bit] ‘meu neto’
69
ARGUMENTOS A FAVOR DA PROPOSTA DE BARROS [ɲ] ocorre em contextos distintos dos postulados
por Costa [ĩɲɐ̃sipak̚ ] [ĩɲɐ̃mõŋ] [w̃ĩɲẽmũpi]
‘formiga’ ‘cheio’ ‘besouro rola bosta’
70
REGRAS PARA A ALOFONIA DO FONEMA /d/ (34)
/d/
[d] / ___V[-i]
[ðadɛ]
/ladɛ/
‘porco’
(35)
/d/
[dʒ] / __ [i]
[idʒi]
/idʒi/
‘veado’
(36)
/d/
[dʲ] / [i] __
[kidʲap̚]
/kidap/
‘casa’
(37)
/d/
[n] / ___Ṽ[-ĩ]
[tɐ̃nɛ̃]
/tadɛ̃/
‘rato’
(38)
/d/
[ɲ] / __ [ĩ]
[ĩɲĩ]
/idĩ/
‘rede’
(39)
/d/
[ɲ] / [ĩ]__
[ĩɲɐ̃mõŋ] /idãmoŋ/
‘cheio’ 71
/b/ E /m/ SÃO DIFERENTESǃ Em contexto nasal há neutralização
1. /b/ 2. /b/
[m] / ___Ṽ [b] / ___V
3. /m/ 4. /m/
[m] [m]
/ ___V / ___Ṽ
EXEMPLOS
1. 2. 3. 4.
----------[abarari] [maraða] [mɐ̃tak̚ ]
/abarari/ /marala/ /mãtak/
‘arraia’ ‘milho’ ‘mentiroso’
72
CONSOANTES NASAIS
NASAIS O Kuruaya possui três consoantes nasais
[m], [n] e [ŋ]
(40)
[maradʒi] [kũmarataja]
/maradi/ /kumarataja/
‘cana-de-açúcar’ ‘gengibre’
(41)
[ar̃ãm] [ir̃ẽm]
/aram/ /irem/
‘rápido’ ‘verde’
(42)
[õnɛ̃nɐ̃pɐ̃n] [kar̃ĩn]
/odɛ̃dãpan/ /karin/
‘correr’ ‘mucuim’
(43)
[mɔr̃õŋ] [ð̃ãr̃ĩŋʔa]
/mɔroŋ/ /lariŋʔa/
‘espécie de sapo’ ‘resina’ 74
A NASAL [n] A alofonia entre [d] e [n] ocorre somente em ápice de sílaba, pois em posição de coda, a ocorrência de [n] não é determinada pela nasalidade ou oralidade da vogal precedente. Como a nasal velar [ŋ], [n] também pode coocorrer tanto com vogais orais quanto com as nasais. (44)
[ð̃õŋ] [ãs̃ĩŋ]
/lõŋ/ /asiŋ/
‘pulga’ ‘minhoca’
(45)
[kar̃ĩn] [ãj̃kõn]
/karin/ /ajkõn/
‘mucuim’ ‘banco’
75
CONCLUSÃO O Kuruaya possui dezessete fonemas consonantais,
conforme análise de Barros. Labial
Oclusivas Nasais
p
b
t
m
Fricativas
d
Palatal
Velar
tʃ
Glotal
k ŋ
n ʃ
s
Lateral Aproximantes
Alveolar
l w
r
j
ʔ
h
76
AGRADECIMENTOS Ao povo Kuruaya; Alberto Kuruaya e Maria Xipaya. Ao Curso de Mestrado em Letras da UFPA. Ao programa de bolsas da CAPES. Ao CNPq (processo 485570/2007-6) e ao CNPq/FAPESPA, que
financiam os projetos “Estruturas Fonéticas e Fonológicas de Línguas Indígenas” e “Universais Fonéticos: Uma Investigação dos Sons de Sete Línguas Indígenas Brasileiras”, coordenados pela Dra. Gessiane Picanço e aos quais esta pesquisa está vinculada.
Ao Museu Paraense Emílio Goeldi, pelo apoio técnico, material e
também financeiro.
A Universidade Federal do Pará – Campus de Altamira, pelo apoio
logístico durante a pesquisa de campo.
77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABERCROMBIE, D. Elements of general phonetics. Edinburgh University Press, 1967. ALMEIDA, L. B. A. de; SILVA, L. M. de O. Os Índios Kuruaya. 1995. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Pará, Belém, 1995 BEDDOR, P. S. Phonological and phonetic effects of nasalization on vowel height. 1983. Tese (Doutorado) - University of Minnesota, Minnessota, 1983. CAGLIARI, L. C. An experimental study of nasality with particular reference to Brazilian Portuguese. 1977. Tese (Doutorado) - University of Edinburgh, Edinbugh,1977. CHOMSKY, N.; HALLE, M. The Sound Pattern of English. Nova York: Harper & Row, 1968. COSTA, R. N. V. Fonologia da Língua Kuruaya. 1998 65 f. Dissertação (Mestrado em Lingüística) – Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Pará. Belém: UFPA, 1998. _______. Fonologia Segmental da Língua Kuruaya. Revista Moara, Belém, v.17, p. 85-101, 2002. DRUDE, S., On the position of the Awetí language in the Tupí family. In: W. DIETRICH e H. SYMEONIDIS (Ed.). Guaraní y "Mawtí-Tupí-Guaraní". Estudios históricos y descriptivos sobre una familia lingüística de América del Sur. Berlin & Münster: LIT Verlag, 2006, p.11-45 _______. (no prelo) Awetí in relation with Kamayurá. In: B. FRANCHETTO (Ed.). O Alto Xingu. 78 Uma Sociedade Multilingüe. Rio de Janeiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALUCIO, A. V. e N. GABAS JR., 2002. Evidências para o agrupamento genêtico KaroPuroborá, Tronco Tupí. In: 17° Encontro Nacional da ANPOLL, 2002, Gramado, 2002. KENT, R.; READ, C. The Acoustic Analysis of Speech. San Diego: Singular, 1992. LADEFOGED, P. Preliminaries to Linguistics Phonetics. Chicago: The University of Chicago Press, 1971. _______. A course in phonetics. Los Angeles: University of California, 1982. _______. Elements of Acoustic Phonetics. Chicago: The University of Chicago Press, 1996. _______. A Course in Phonetics. Boston: Heinle &Heinle, 2001(a). _______. Vowels and Consonants: An introduction to the sounds of languages. Los Angeles: University of California, 2001(b). LILJENCRANTS, J.; LINDBLOM. B. Numerical simulation of vowel quality systems: the role of perceptual contrast. Language, [s.l.], v. 48, p. 839-862, 1972. MADDIESON, I. Patterns of Sounds. Cambridge: Cambridge University Press, 1984. 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MENDES, D.G.J. Comparação Fonológica do Kuruáya com o Mundurukú. 2008, 66f. Dissertação (Mestrado em Lingüística) – Departamento de Lingüística, Português e Línguas Clássicas – LIP, Universidade de Brasília. Brasília: UNB, 2008. MORAES, V.L.O. Comparação entre as línguas da família Mundurukú: Mundurukú e Kuruaya. 1999, 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) - Universidade Federal do Pará. UFPA: 1999. NIMUENDAJÚ, C. Zur Sprache der Kuruaya-Indianer. Journal de la Societé des Américanistes, [s.l.], v. 22, p.317-345, 1930. _______. Tribes of the Lower and Midle Xingu River. In. STEWARD, Julian H. (Ed.). Handbook of South American Indians. New York: Cooper Square Publishers, 1948. v. 3. PATRÍCIO, M. M. Índios de verdade: o caso dos Xipaia e Curuaia em Altamira -Pará. 2000. 134f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. PICANÇO, G. L. Mundurukú: Phonetics, Phonology, Synchrony, Diachrony. 2005. 410f. Tese (Doutorado) - University of Britsh, Columbia, 2005.
80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RODRIGUES, A. D. Die Klassifikation des Tupi-Sprachstammes. In: INTERNATIONAL CONGRESS OF AMERICANISTS, 32. Proceedings Copenhagen: J. Y., 1958a. p. 679-684. _______. Classification of Tupi-Guarani. International Journal of American Linguistics, v. 24, p. 231-234. 1958b. _______. 1984/85. Relações internas na família lingüística Tupí-Guaraní. Revista de Antropologia, 27/28(n.33-53). RODRIGUES, A. D. I. e W. DIETRICH, 1997. On the linguistic relationship between Mawé and Tupí-Guaraní. Diachronica, XIV(n.2): 265-304. SANTOS, M.M. Estudo comparativo entre as línguas Munduruku e Kuruaya. 2002. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Letras ) - Universidade Federal do Pará. UFPA: 2002. SNETHLAGE, E. A travessia entre o Xingu e o Tapajoz. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, v. 7, 1910a. __________. Zur Ethnographie der Chipaya und Curuahé. Zeitschrift fur Ethnologie, Berlin, v. 42, 1910b. __________. Die Indianerstamme am mittleren Xingú. Im besonderen die Chipaya und Curuaya. Zeitschrift fur Ethnologie, Berlin, v. 52/53, p. 395-427, 1921. STEVENS, K. Acoustic phonetics. London: MIT Press, 2000. TRASK, R. L. A dictionary of phonetics and phonology. London: Routledge, 1996. 81
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