Estruturas Fonéticas e Fonológicas de Vogais e Consoantes da Língua Kuruaya

September 26, 2017 | Autor: Elissandra Barros | Categoria: Linguistics, Fonetic&fonology, Fonetica Acustica, Linguística/Línguas Indígenas
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ MESTRADO EM LINGUÍSTICA ESTRUTURAS FONÉTICAS E FONOLÓGICAS DE VOGAIS E CONSOANTES DA LINGUA KURUAYA

Mestranda: Elissandra Barros Orientadora: Gessiane L. Picanço

JUSTIFICATIVA: „ A urgência de se descrever o Kuruaya, uma

língua extremamente ameaçada. „ A importância do Kuruaya para estudos

comparativos do Proto-Tupi. „A

necessidade de se discutir aspectos fonológicos divergentes nas análises anteriores do Kuruaya. 2

OBJETIVOS: GERAL: „ Apresentar uma análise da fonologia segmental da língua, com enfoque nas propriedades acústicas utilizadas para distinguir vogais e consoantes em Kuruaya. ESPECÍFICOS: „ Analisar as propriedades fonéticas dos segmentos fonológicos vocálicos e consonantais do Kuruaya. „ Definir quais unidades segmentais são melhor interpretadas como contrastivas e quais são alofones de outros segmentos da língua. 3

O POVO KURUAYA

LOCALIZAÇÃO DO POVO KURUAYA

5

A LÍNGUA KURUAYA

CLASSIFICAÇÃO DA LÍNGUA KURUAYA „ O Kuruaya, juntamente com o Mundurukú, forma a

família Mundurukú, pertencente ao tronco Tupi (NIMUENDAJÚ, 1948; RODRIGUES, 1958a, 1958b). Tupi

TupiGurani

Arikém

Aweti

Juruna

Mawé

Mondé

Puroborá

Mundurukú

Ramarama

Tupari

Kuruaya Mundurukú

7

ESTUDOS SOBRE A LÍNGUA KURUAYA (1) „ 1913 e 1921: listas de Snethlage constituídas por „ „ „ „

vocabulários e anotações sobre a cultura material dos Kuruaya. 1922: vocabulário e algumas frases coletados por Nimuendajú, em que este chama os índios Kuruaya de “Mundurukú do Xingu”. 1995: Almeida e Silva elaboram em Altamira o trabalho “Os índios Kuruaya” (TCC). 1998: Costa defende sua dissertação sobre a “Fonologia da Língua Kuruaya”. 1999: Moraes e o trabalho de “Comparação entre as línguas da família Mundurukú: Mundurukú e Kuruaya” (TCC). 8

ESTUDOS SOBRE A LÍNGUA KURUAYA (2) „ 2000: Patrício defende sua dissertação intitulada „ „ „

„

“Índios de verdade: o caso dos Xipaya e Kuruaya”. 2002: Costa publica o artigo “Fonologia Segmental da língua Kuruaya”. 2002: Santos realiza o “Estudo Comparativo entre as línguas Mundurukú e Kuruaya”. (TCC) 2005: Picanço defende sua tese “Mundurukú: Phonetics, Phonology, Synchrony, Diachrony”, em que a autora discorre sobre aspectos da fonologia Kuruaya, comparando-os com o Mundurukú. 2008: Mendes apresenta a dissertação “Comparação Fonológica do Kuruaya com o Mundurukú”. 9

ESTRUTURA FONÉTICA E FONOLÓGICA DAS VOGAIS VOGAIS ORAIS

ESTRUTURA FONÉTICA E FONOLÓGICA DAS VOGAIS DA LINGUA KURUAYA „ Inventário

fonêmico das vogais do Kuruaya segundo Costa (1998)

Anteriores

Centrais

Altas

i ĩ

ɨ

Médias

eẽ

Baixas

Posteriores

oõ a ã 11

ESTRUTURA FONÉTICA E FONOLÓGICA DAS VOGAIS DA LINGUA KURUAYA

„ Inventário fonêmico das vogais do Kuruaya segundo

Picanço (2005)

Anteriores Altas

i ĩ

Médias

ɛẽ

Baixas

Centrais

ɨ

Posteriores

o õ ɔ

a ã 12

PROPOSTA ADOTADA NESSE TRABALHO PARA AS VOGAIS DA LÍNGUA KURUAYA VOGAIS ORAIS ANTERIORES

CENTRAIS

Altas

i

ɨ

Médias

ɛ

Baixas

a

VOGAIS NASAIS POSTERIORES

ANTERIORES

o

Altas

ĩ

ɔ

Médias

ɛ̃

Baixas

CENTRAIS

POSTERIORES

õ

ã 13

QUALIDADE VOCÁLICA /i/ /ɛ/ /ɨ/ /a/ /o/ /ɔ/

/akip/ /ɛtʃɛtɛk/ /itɨk/ /ɛkap/ /ɛkop/ /tɔp/

‘piolho’ ‘puxar’ ‘frio’ ‘passar’ ‘descer’ ‘flecha dele’

14

COMPARAÇÃO ENTRE NOSSA PROPOSTA E A DE COSTA

PROPOSTA DE COSTA (1998)

i

ɨ

e

ɨ

i o

a •/o/ /o/

PROPOSTA DESTE TRABALHO

[ɔ] / em sílaba acentuada. [ɔ] ~ [o] / n.d.a.

ɛ

o ɔ

a •/o/ e /ɔ/ são fonemas distintos. 15

DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS /a/ (1) (2) (3)

As vogais /a/, /i/ e /ɨ/ apresentam apenas um fone [a], [i] e [ɨ], que podem formar sílaba isoladamente ou com consoante. [a] [akip] /akip/ ‘piolho’ [haj] /aj/ ‘preguiça’ [marɛw] /marɛo/ ‘morcego’

/i/ (4) (5) (6)

[i] [ihi] [putip̚] [mapiri]

/ ihi / /potip/ /mapiri/

‘macaco da noite’ ‘peixe’ ‘piranha’

/ɨ/ (7) (8) (9)

[ɨ] [pɨj] [ɛ̃nɐ̃pɨrik̚̚] [pɨt]

/ pɨj/ /ɛdãpɨrik/ /pɨt/

‘cobra’ ‘moquear’ ‘longe’

„

16

DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS /ɛ/ (10)

/ɛ/ (11)

[e] /__ [ j ] [wej] /wɛj/ [ɛ ~ e] / n.d.a. [ɛtʃejo] ~ [etʃejo]

‘perna’

/ɛtʃɛjo/

‘bebe’

17

DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS „ Oposição entre /o/ e /ɔ/ (12)

[hɔj] [poj]

/ɔj/ /poj/

‘espinho’ ‘jabuti’

„ Oposição entre /o/ e /ɔ/ em sílaba acentuada (13)

[darakɔ] [ðɛko]

/darakɔ/ /lɛko/

‘saracura’ ‘macaco cuaba’

„ Oposição entre /o/ e /ɔ/ em sílaba não acentuada (14)

[hɔʔi] [h̃ũnɐ̃mɐ̃]

/ɔʔi/ /odãmã/

‘taboca (da grossa)’ ‘forno de torrar farinha’ 18

DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS

/o/ (15) (16)

/ɔ/ (17) (18)

[o ~ u] [otaðap̚] ~ [utaðap̚] *[ɔtaðap̚ ] /otalap/ [potip] ~ [putip] *[pɔtip̚ ] /potip/

‘sobrancelha’ ‘peixe’

[ɔ ~ o] / ___# [darakɔ] ~ [darako] *[daraku] [bɔrɔ] ~ [bɔro] *[bɔru]

/darakɔ/ /bɔrɔ/

‘saracura’ ‘onda’

19

DISTRIBUIÇÃO DAS VOGAIS ORAIS

Média

[o]

Alta

[u]

Baixa

[ɔ]

Média

[o]

Interpretação Fonológica: /ɔ/

/o/ 20

VOGAIS NASAIS

VOGAIS NASAIS DO KURUAYA (19)

/ĩ/

[ĩ]

/titĩʔa/

‘maracá’

(20)

/ɛ̃/

[ẽ]

/tɛ̃ʔa/

‘quarto de animal’

(21)

/ã/

[ɐ̃]

/porakã/

‘dois’

(22)

/õ/

[õ]

/okõ/

‘língua’

„ (22)

Contraste orais x nasais em ambiente nasal: [mɐ̃tak̚ ] /mãtak/ ‘mentiroso’ [maraða] /marala/ ‘milho’

22

OPOSIÇÃO ENTRE OS FONEMAS VOCÁLICOS ORAIS E NASAIS DO KURUAYA /i/ - /ĩ/ [titi] [tĩtĩʔa] /ɛ/ - /ɛ̃/ [iehɛ] [ɛ̃h̃ɛ̃]

/titi / ‘água’ /tĩtĩʔa/ ‘maracá’

/iɛhɛ/ /ɛhɛ̃/

‘leve’ ‘osga’

/a/ - /ã/ [ðaj] /ðai/ [ð̃ɐ̃j] /ðãj/

‘arco’ ‘dente’

/o/ - /õ/ [oko] /oko/ [õkõ] /okõ/

‘minhas costas’ ‘minha língua’

* / ɔ̃ / * / ɨ ̃/

23

ANÁLISE ACÚSTICA DOS SEGMENTOS VOCÁLICOS DO KURUAYA

VOGAIS ORAIS

MATERIAIS E MÉTODOS „ Informantes Alberto Curuaia (AK) e Maria Xipaia (MX). „ Período novembro de 2006 e março de 2007. „ Equipamento gravador HI-MD Sony, modelo MZ-NHU e microfone de

cabeça unidirecional. „ Procedimentos „ „ „ „ „

Gravação do material Digitalização com o programa Sonic Stage Recorte dos trechos para a análise - Audacity Análise expectrográfica - Praat Análise estatística e geração dos gráficos - Excel

„ Seleção dos dados „ „ „

Seleção do ambiente sílabas fechadas do tipo CVC, em que C representa consoantes oclusivas surdas. Média de 20 repetições para cada qualidade de vogal. Medições de F1 (altura) , F2 (posição) e F3 25

ANÁLISE ACÚSTICA SÉRIE DAS VOGAIS ORAIS /i/ /ɛ/ /ɨ/ /a/ /o/ /ɔ/

[i] [ɛ ] [ɨ] [a ] [o ] [ɔ ]

/potip/ /ɛtʃɛtɛk/ /itɨk/ /tɛkat/ /ɛkop/ /tɔp/

‘peixe’ ‘puxar’ ‘frio’ ‘dele’ ‘descer’ ‘flecha dele’

26

RESULTADOS Tabela 1: Média e desvio padrão das vogais orais do Kuruaya Média Desvio Padrão

i ɛ ɨ a o ɔ

AK

MX

F1

F2

F3

F1

F2

F3

357,41

2051,64

2878,24

383,51

2447,36

3016,31

21,82

94,49

95,91

18,28

76,19

70,91

540,33

1737,60

2638,45

592,44

2152,52

2811,22

22,31

93,27

106,58

43,89

86,57

140,93

387,96

1579,51

2358,32

407,44

1611,59

2741,00

34,82

124,93

97,91

33,20

110,97

73,78

698,33

1575,88

2431,85

698,67

1856,00

2745,79

35,02

70,28

157,45

61,05

76,18

113,63

440,20

823,68

2257,93

490,56

1036,72

2865,62

28,20

47,72

99,01

20,55

98,99

110,25

534,93

1166,04

2293,28

591,36

1048,72

2925,26

23,68

49,35

190,56

47,09

104,08

128,79

27

ESPAÇO ACÚSTICO Figura 1: Dispersão das vogais orais para AK. Média de 20 repetições para [i], [ɨ], [ɛ] e [a] e 15 repetições para [o] e [ɔ]. Dispersão das Vogais Orais - AK F2 2750

2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 200 300 400 500 600

F1

3000

700 800 900 a

e

i

o

28

ANÁLISE ACÚSTICA Figura 2: Dispersão das vogais orais para MX. Média de 20 repetições para [i], [ɨ] [ɛ] e [a] e 12 repetições para [o] e [ɔ]. Dispersão das Vogais Orais - MX F2 2750

2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 200 300 400 500 600

F1

3000

700 800 900 a

e

i

o

29

ANÁLISE ACÚSTICA Figura 3: Triângulo das vogais orais para AK, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2) nas medições das vogais [i], [ɛ], [ɨ], [a], [o] e [ɔ]. Média de 20 repetições para cada vogal. F2 2750

2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 200 300

i o

400 500 600

a

F1

3000

700 800 900 30

ANÁLISE ACÚSTICA Figura 4: Triângulo das vogais orais para MX, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2) nas medições das vogais [i], [ɛ], [ɨ], [a], [o] e [ɔ]. Média de 20 repetições para cada vogal. F2 2750

2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 200 300

i

400

o

500 600

a

F1

3000

700 800 900 31

CONCLUSÕES „ O Kuruaya possui seis segmentos vocálicos distintos em seu

espaço acústico, [i, ɛ, ɨ, a, o, ɔ].

„ Análise fonológica

/i, ɛ, ɨ, a, o, ɔ/ são contrastivos.

„ Os segmentos vocálicos dividem-se em anteriores [i,ɛ], centrais [ɨ,a]

e posteriores [o,ɔ].

„ O sistema do Kuruaya é equilibrado „ „ „

a média anterior [ɛ] e a posterior [ɔ] em uma mesma altura de realização. as vogais altas ocupam espaços, sendo [i] > [ɨ] > [o]. A vogal posterior [o] é classificada aqui como [+ alta] em virtude de sua realização acústica, cuja dispersão e medições de F1 constataram ser a vogal [o] em torno de 100Hz mais alta que as médias [ɛ] e [ɔ]. 32

ANÁLISE ACÚSTICA DOS SEGMENTOS VOCÁLICOS DO KURUAYA

VOGAIS NASAIS

ANÁLISE ACÚSTICA SÉRIE DAS VOGAIS NASAIS /ĩ/

[ĩ]

/kĩ/

‘beiju’

/ɛ̃/

[ ɛ̃ ]

/tɛ̃ʔa/

‘morto’

/ã/

[ ɐ̃ ]

/porakã/

‘dois’

/õ/

[õ]

/okõ/

‘língua’ 34

RESULTADOS Tabela 2: Média e desvio padrão das vogais nasais do Kuruaya Média Desvio Padrão

ĩ

ɛ̃ ɐ̃ õ

AK

MX

F1

F2

F3

F1

F2

F3

401,26

2100,05

2994,23

369,10

2251,95

2924,22

24,73

71,90

153,57

39,49

191,78

122,31

537,93

1895,02

2616,36

575,74

2181,16

2957,75

48,89

114,09

219,67

36,04

105,65

108,73

554,29

1454,16

2542,50

691,76

1663,72

2869,39

48,03

84,09

199,51

78,11

78,06

142,85

518,84

958,40

2748,64

548,49

1038,37

3034,57

38,24

130,30

200,80

78,32

131,18

203,89

35

ANÁLISE ACÚSTICA Figura 5: Dispersão das vogais nasais para AK. Média de 20 repetições para cada vogal. Dispersão das Vogais Nasais - AK F1 2750

2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 200 300 400 500

F2

3000

600 700 800 ĩ

õ

ã



36

ANÁLISE ACÚSTICA Figura 6: Dispersão das vogais nasais para MX. Média de 20 repetições para as vogais [ɐ̃], [ĩ] e [õ] e 14 repetições para [ɛ̃]. Dispersão das Vogais Nasais - MX F2 2750

2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 200 300 400 500 600

F1

3000

700 800 900 ã

ĩ

õ

ẽ 37

ANÁLISE ACÚSTICA Figura 7: Triângulo das vogais nasais para AK, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2). Média de 20 repetições para cada vogal. F2 2750

2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 300 350

ĩ

400 450

ɛ˜

õ ã

500

F1

3000

550 600 650 700 38

ANÁLISE ACÚSTICA Figura 8: Triângulo das vogais nasais para MX, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2). Média de 20 repetições para as vogais [ɐ̃], [ĩ] e [õ] e 14 repetições para [ɛ̃]. F2 2750

2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 300 350

ĩ

400 450 500

õ

ɛ˜

550

F1

3000

600 650

ã

700 750 39

COMPARAÇÃO VOGAIS ORAIS x NASAIS Tabela 3: Média e desvio padrão das vogais orais e nasais do Kuruaya para AK AK Média Desvio Padrão

F1

F2

F3

i

357,41

2051,64

2878,24

21,82

94,49

95,91

540,33

1737,60

2638,45

22,31

93,27

106,58

698,33

1575,88

2431,85

35,02

70,28

157,45

440,20

823,68

2257,93

28,20

47,72

99,01

534,93

1166,04

2293,28

23,68

49,35

190,56

ɛ

a

o ɔ

Vogais Orais

Média Desvio Padrão ĩ

ɛ̃ ɐ̃

õ

Vogais Nasais F1

F2

F3

401,26

2100,05

2994,23

24,73

71,90

153,57

537,93

1895,02

2616,36

48,89

114,09

219,67

554,29

1454,16

2542,50

48,03

84,09

199,51

518,84

958,40

2748,64

38,24

130,30

200,80

40

COMPARAÇÃO VOGAIS ORAIS x NASAIS

Figura 9: Triângulo da dispersão das vogais orais e nasais para AK, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2) das vogais orais e nasais. F2 2000

1750

1500

1250

1000

750

500 300 350

i ĩ

400

o ɛ˜

ã

õ

450 500 550

F1

2250

600 650

a

700 750

41

COMPARAÇÃO VOGAIS ORAIS x NASAIS Tabela 4: Média e desvio padrão das vogais orais e nasais do Kuruaya para MX MX Média Desvio Padrão

F1

F2

i

383,51

ɛ a o ɔ

F3

Média Desvio Padrão

F1

F2

F3

2447,36

3016,31

ĩ

369,10

2251,95

2924,22

18,28

76,19

70,91

39,49

191,78

122,31

592,44

2152,52

2811,22

575,74

2181,16

2957,75

43,89

86,57

140,93

ɛ̃

36,04

105,65

108,73

698,67

1856,00

2745,79

691,76

1663,72

2869,39

61,05

76,18

113,63

ɐ̃

78,11

78,06

142,85

490,56

1036,72

2865,62

548,49

1038,37

3034,57

20,55

98,99

110,25

78,32

131,18

203,89

591,36

1048,72

2925,26

47,09

104,08

128,79

Vogais Orais

õ

Vogais Nasais

42

COMPARAÇÃO VOGAIS ORAIS x NASAIS Figura 10: Triângulo da dispersão das vogais orais e nasais para MX, obtido a partir dos valores médios de (F1) e (F2). F2 2500

2250

2000

1750

1500

1250

1000

750

500 300 400 450

ɛ˜

o

500

õ

550

F1

i

350

ĩ

600 650

a

ã

700 750

43

CONCLUSÕES Há quatro segmentos vocálicos distintos quanto a nasalidade [ĩ] , [ɛ̃], [ɐ̃], [õ]. „ A nasalidade afeta a qualidade vocálica. „

AK tende a produzir as vogais nasais mais ao centro do

espaço acústico. ƒ ƒ ƒ ƒ

„

[ɐ̃] + alta , + posterior [ɛ̃] + anterior, altura equivalente [ĩ] - alta, +anterior [õ] entre [o] e [ɔ]

MX tem sua produção mais anterior ƒ ƒ ƒ ƒ

[ɐ̃] levemente + alta , + posterior [ɛ̃] levemente + alta, + anterior [ĩ] levemente + alta, +posterior [õ] altura entre [o] e [ɔ], posição equivalente 44

INVENTÁRIO FONÊMICO DAS VOGAIS DO KURUAYA

- posterior

+ posterior - arredondada

+ arredondada

+ alta

/i/ /ĩ/

/ɨ/

/o/ /õ/

- alta

/ɛ/ /ɛ̃/

/a/ /ã/

/ɔ/

45

ESTRUTURA FONÉTICA E FONOLÓGICA DAS CONSOANTES

PROPOSTA PARA O INVENTÁRIO CONSONANTAL DO KURUAYA „ Costa (1998)

o inventário consonantal da língua Kuruaya é constituído por 18 fonemas. Bilabial

Oclusivas

p

Interdental

b

Alveolar

t

ð m

Vibrante Aproximantes

dʒ ʃ

s

Glotal

ʔ

k tʃ

Fricativas

Velar

d

Africadas

Nasais

Palatal

h ŋ

n r

w

j 47

PROPOSTA PARA O INVENTÁRIO CONSONANTAL DO KURUAYA „ Picanço (2005)

o Kuruaya possui 17 fonemas consonantais. Labial

Oclusivas

Nasais

p

b

t

m

Fricativas

d

Palatal

Velar



Glotal

k ŋ

n ʃ

s

Lateral

Aproximantes

Alveolar

l w

r

j

ʔ

h 48

PROPOSTA PARA O INVENTÁRIO CONSONANTAL DO KURUAYA „ Proposta de Barros

17 fonemas consonantais.

Labial

Oclusivas

Nasais

p

b

t

m

Fricativas

d

Palatal

Velar



Glotal

k ŋ

n ʃ

s

Lateral

Aproximantes

Alveolar

l w

r

j

ʔ

h 49

INVENTÁRIO DAS CONSOANTES DO KURUAYA POSTULADO NESTE TRABALHO [ ]

/

/

GLOSA

p

[pubɛ]

/pobɛ/

‘canoa’

b

[uba]

/uba/

‘meu braço’

t

[putip̚]

/potip/

‘peixe’

d

[darakudʒi]

/darakodi/

‘galinha’

k

[darakɔ]

/darakɔ/

‘saracura’

ʔ

[putipʔa]

/potipʔa/

‘pescada’

m

[mapiri]

/mapiri/

‘peixe piranha’

ŋ

[l̃õŋ]

/lõŋ/

‘pulga’

n

[w̃ẽj̃kõn]

/wɛjkon/

‘nosso banco’



[apatʃi̚]

/apatʃi/

‘jacaré’

s

[isaðɔ]

/isalɔ/

‘aracu’

l

[ðaʃa ~ laʃa]

/laʃa/

‘fogo’

ʃ

[iʃɛp̚]

/iʃɛp/

‘gordo, gordura’

h

[ihi]

/ihi/

‘macaco-da-noite’

r

[kuara]

/koara/

‘caranguejo’

w

[waraki]

/waraki/

‘melancia’

j

[kiriwaj]

/kiriwaj/

‘índio Kuruaya’

50

CONSOANTES OCLUSIVAS

OCLUSIVAS SURDAS

OCLUSIVAS „ Oclusivas surdas „ /p/ [p] [p̚ ]

[parawa] [putip̚ ]

/parawa/ /potip/

‘arara vermelha’ ‘peixe’

„

/t/

[t] [t̚ ]

[toj] [ðat̚ ]

/toj/ /lat/

‘sangue’ ‘escorpião’

„

/k/

[k] [k̚ ]

[kurɛkurɛ] [ipɛrɛk̚ ]

/korɛkorɛ/ /ipɛrɛk/

‘sapo’ ‘amarelo’

„

/tʃ/

[tʃ]

[tʃawap̚ ]

/tʃawap/

‘comida’

52

PROCEDIMENTOS „ Medida da duração da oclusiva

Início final da vogal „ Fim início do burst „ 10 repetições para cada oclusiva „

53

DISTINÇÃO ENTRE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS Figura 11: Forma em wav de [ipi], /ipi/ ‘chão, barro’.

(a)

(b)

Figura 12: Forma em wav de [ubi], /obi/ ‘boca’.

54

(a)

(b)

DISTINÇÃO ENTRE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS Tabela 5 Medidas da duração (em ms) das oclusivas surdas [p, t, k] e sonoras [b, d] em seqüências CVC. Total de 10 repetições para cada oclusiva. [p]

[t]

[k]

[b]

[d]

Média

211

201

201

144

132

Desvio padrão

22.1

19.0

23.1

16.6

26.5

55

COMPARAÇÃO ENTRE A PRODUÇÃO DA OCLUSIVA EXPLODIDA [p] E DA NÃO EXPLODIDA [p̚ ] Figura 13ː Espectrograma de [putip̚], ‘peixe’.

[p]

(a)

[p̚ ]

(b)

(c)

56

CONSOANTES OCLUSIVAS

OCLUSIVAS SONORAS

REALIZAÇÃO DAS CONSOANTES OCLUSIVAS SONORAS (23)

/b/ /bajo/ /baro/

[bajo] [baro]

‘pai’ ‘coruja’

(24)

/d/ /darakɔ/ /da/

[darakɔ] [da]

‘saracura’ ‘um’

58

OCLUSIVAS SURDAS

[d] EM CONTEXTO ORAL

ANÁLISES PARA A OCLUSIVA /d/ „ Costa (1998) e Mendes (2008)

/d/ e /dʒ/ são fonemas distintos. [kidʒap̚ ] /kidʒap/ ‘casa’ [kidap̚ ] /kidap/ ‘abrigo’ „ Picanço (2005)

/d/ [dʒ] / ___i [kadʒi] /kadi/

‘sol’ 60

PROPOSTA DE BARROS PARA A REALIZAÇÃO DA CONSOANTE /d/ EM CONTEXTO ORAL (25)

/d/

[d] / ___V[-i]

[ðadɛ] [ɛdot̚]

/ladɛ/ /ɛdot/

(26)

/d/

(27)

/d/

‘porco’ ‘chamar’

[dʒ] / __ [i]

[idʒi] [wadʒi]

/idʒi/ /wadʒi/

‘veado’ ‘lua’

[dʲ] / [i] __

[kidʲap̚] [idʲutʃɛ]

/kidap/ /idutʃɛ/

‘casa’ ‘aqui’

61

DISTINÇÃO ENTRE [dʒ] e [dʲ] Figura 14ː Onda acústica e espectrograma de [idʒi], ‘veado’. 71 (ms)

(a)

(b)

(c)

Figura 15ː Onda acústica e espectrograma de [kidʲap̚], ‘casa’. 32 (ms)

62

(a)

(b)

(c)

DISTINÇÃO ENTRE [dʒ] e [dʲ] „ Procedimentos „ „ „

Medição do tempo de fricção. Início – burst e/ou fricção Fim – início da vogal

Tabela 6ː Medições do tempo de fricção de [dʒ] e [dʲ] entre vogais. Total de 60 repetições. (AK)

(MX)

[idʒi]

[kadʒi]

[kidʲap̚]

[idʒi]

[kadʒi]

[kidʲap̚]

Média

72

60

35

72

61

29

Desv. Pad.

2.0

1.0

5.1

1.0

3.0

7.0

63

REALIZAÇÃO DO [d] PLENO

Figura 16ː Forma em wav. de [ɛdɔ], ‘ele comeu’. 155 (ms)

(a)

(b)

64

RESUMO DAS REALIZAÇÕES DE /d/ EM CONTEXTO ORAL (28)

/d/

[d] / ___V[-i]

[ðadɛ] [ɛdot̚]

(29)

/d/

[dʒ] / __ [i]

[idʒi] [wadʒi]

(30)

/d/

[dʲ] / [i] __

[kidʲap̚] [idʲutʃɛ]

/ladɛ/ /ɛdot/

/idʒi/ /wadʒi/

/kidap/ /idutʃɛ/

‘porco’ ‘chamar’

‘veado’ ‘lua’

‘casa’ ‘aqui’

65

OCLUSIVAS SURDAS

[d] EM CONTEXTO NASAL

ANÁLISES PARA A OCLUSIVA /d/ EM CONTEXTO NASAL „ Costa (1998) e Mendes (2008)

/ðade/ /tane/

‘porco’ ‘rato’

/odoðit/ /onebit/

‘meu tio’ ‘meu neto’

/n/

[ɲ] / ___ i

[ĩɲĩ]

/inĩ]

/d/ e /n/ são fonemas distintos.

‘rede’

„ Picanço (2005)

trata /d/ e /n/ como distintos, mas ressalta que essa distinção não é clara. A autora não encontrou casos de [d] em contexto nasal. 67

PROPOSTA DE BARROS PARA A REALIZAÇÃO DA CONSOANTE /d/ EM CONTEXTO ORAL (31)

/d/

[n] / ___Ṽ[-ĩ]

[tɐ̃nɛ̃] [pĩnɐ̃]

/tadɛ̃/ /pidã/

‘rato’ ‘anzol’

(32)

/d/

[ɲ] / __ [ĩ]

[ĩɲĩ]

/idĩ/

‘rede’

(33)

/d/

[ĩɲɐ̃mõŋ]

/idãmoŋ/

‘cheio’

[ɲ] / [ĩ] __

68

ARGUMENTOS A FAVOR DA PROPOSTA DE BARROS „ Costa (1998), Picanço (2005) e Mendes (2008) não

encontraram casos de [d] em contexto nasal. „ A seguinte alternância é observada na marcação de

pessoa do Kuruaya [o-doðit̚̚] ‘meu tio’ [õ-nɛ̃bit] ‘meu neto’

69

ARGUMENTOS A FAVOR DA PROPOSTA DE BARROS „ [ɲ] ocorre em contextos distintos dos postulados

por Costa [ĩɲɐ̃sipak̚ ] [ĩɲɐ̃mõŋ] [w̃ĩɲẽmũpi]

‘formiga’ ‘cheio’ ‘besouro rola bosta’

70

REGRAS PARA A ALOFONIA DO FONEMA /d/ (34)

/d/

[d] / ___V[-i]

[ðadɛ]

/ladɛ/

‘porco’

(35)

/d/

[dʒ] / __ [i]

[idʒi]

/idʒi/

‘veado’

(36)

/d/

[dʲ] / [i] __

[kidʲap̚]

/kidap/

‘casa’

(37)

/d/

[n] / ___Ṽ[-ĩ]

[tɐ̃nɛ̃]

/tadɛ̃/

‘rato’

(38)

/d/

[ɲ] / __ [ĩ]

[ĩɲĩ]

/idĩ/

‘rede’

(39)

/d/

[ɲ] / [ĩ]__

[ĩɲɐ̃mõŋ] /idãmoŋ/

‘cheio’ 71

/b/ E /m/ SÃO DIFERENTESǃ „ Em contexto nasal há neutralização

1. /b/ 2. /b/

[m] / ___Ṽ [b] / ___V

3. /m/ 4. /m/

[m] [m]

/ ___V / ___Ṽ

„ EXEMPLOS

1. 2. 3. 4.

----------[abarari] [maraða] [mɐ̃tak̚ ]

/abarari/ /marala/ /mãtak/

‘arraia’ ‘milho’ ‘mentiroso’

72

CONSOANTES NASAIS

NASAIS „ O Kuruaya possui três consoantes nasais

[m], [n] e [ŋ]

(40)

[maradʒi] [kũmarataja]

/maradi/ /kumarataja/

‘cana-de-açúcar’ ‘gengibre’

(41)

[ar̃ãm] [ir̃ẽm]

/aram/ /irem/

‘rápido’ ‘verde’

(42)

[õnɛ̃nɐ̃pɐ̃n] [kar̃ĩn]

/odɛ̃dãpan/ /karin/

‘correr’ ‘mucuim’

(43)

[mɔr̃õŋ] [ð̃ãr̃ĩŋʔa]

/mɔroŋ/ /lariŋʔa/

‘espécie de sapo’ ‘resina’ 74

A NASAL [n] A alofonia entre [d] e [n] ocorre somente em ápice de sílaba, pois em posição de coda, a ocorrência de [n] não é determinada pela nasalidade ou oralidade da vogal precedente. Como a nasal velar [ŋ], [n] também pode coocorrer tanto com vogais orais quanto com as nasais. (44)

[ð̃õŋ] [ãs̃ĩŋ]

/lõŋ/ /asiŋ/

‘pulga’ ‘minhoca’

(45)

[kar̃ĩn] [ãj̃kõn]

/karin/ /ajkõn/

‘mucuim’ ‘banco’

75

CONCLUSÃO „ O Kuruaya possui dezessete fonemas consonantais,

conforme análise de Barros. Labial

Oclusivas Nasais

p

b

t

m

Fricativas

d

Palatal

Velar



Glotal

k ŋ

n ʃ

s

Lateral Aproximantes

Alveolar

l w

r

j

ʔ

h

76

AGRADECIMENTOS „ Ao povo Kuruaya; Alberto Kuruaya e Maria Xipaya. „ Ao Curso de Mestrado em Letras da UFPA. „ Ao programa de bolsas da CAPES. „ Ao CNPq (processo 485570/2007-6) e ao CNPq/FAPESPA, que

financiam os projetos “Estruturas Fonéticas e Fonológicas de Línguas Indígenas” e “Universais Fonéticos: Uma Investigação dos Sons de Sete Línguas Indígenas Brasileiras”, coordenados pela Dra. Gessiane Picanço e aos quais esta pesquisa está vinculada.

„ Ao Museu Paraense Emílio Goeldi, pelo apoio técnico, material e

também financeiro.

„ A Universidade Federal do Pará – Campus de Altamira, pelo apoio

logístico durante a pesquisa de campo.

77

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABERCROMBIE, D. Elements of general phonetics. Edinburgh University Press, 1967. ALMEIDA, L. B. A. de; SILVA, L. M. de O. Os Índios Kuruaya. 1995. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Pará, Belém, 1995 BEDDOR, P. S. Phonological and phonetic effects of nasalization on vowel height. 1983. Tese (Doutorado) - University of Minnesota, Minnessota, 1983. CAGLIARI, L. C. An experimental study of nasality with particular reference to Brazilian Portuguese. 1977. Tese (Doutorado) - University of Edinburgh, Edinbugh,1977. CHOMSKY, N.; HALLE, M. The Sound Pattern of English. Nova York: Harper & Row, 1968. COSTA, R. N. V. Fonologia da Língua Kuruaya. 1998 65 f. Dissertação (Mestrado em Lingüística) – Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Pará. Belém: UFPA, 1998. _______. Fonologia Segmental da Língua Kuruaya. Revista Moara, Belém, v.17, p. 85-101, 2002. DRUDE, S., On the position of the Awetí language in the Tupí family. In: W. DIETRICH e H. SYMEONIDIS (Ed.). Guaraní y "Mawtí-Tupí-Guaraní". Estudios históricos y descriptivos sobre una familia lingüística de América del Sur. Berlin & Münster: LIT Verlag, 2006, p.11-45 _______. (no prelo) Awetí in relation with Kamayurá. In: B. FRANCHETTO (Ed.). O Alto Xingu. 78 Uma Sociedade Multilingüe. Rio de Janeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALUCIO, A. V. e N. GABAS JR., 2002. Evidências para o agrupamento genêtico KaroPuroborá, Tronco Tupí. In: 17° Encontro Nacional da ANPOLL, 2002, Gramado, 2002. KENT, R.; READ, C. The Acoustic Analysis of Speech. San Diego: Singular, 1992. LADEFOGED, P. Preliminaries to Linguistics Phonetics. Chicago: The University of Chicago Press, 1971. _______. A course in phonetics. Los Angeles: University of California, 1982. _______. Elements of Acoustic Phonetics. Chicago: The University of Chicago Press, 1996. _______. A Course in Phonetics. Boston: Heinle &Heinle, 2001(a). _______. Vowels and Consonants: An introduction to the sounds of languages. Los Angeles: University of California, 2001(b). LILJENCRANTS, J.; LINDBLOM. B. Numerical simulation of vowel quality systems: the role of perceptual contrast. Language, [s.l.], v. 48, p. 839-862, 1972. MADDIESON, I. Patterns of Sounds. Cambridge: Cambridge University Press, 1984. 79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MENDES, D.G.J. Comparação Fonológica do Kuruáya com o Mundurukú. 2008, 66f. Dissertação (Mestrado em Lingüística) – Departamento de Lingüística, Português e Línguas Clássicas – LIP, Universidade de Brasília. Brasília: UNB, 2008. MORAES, V.L.O. Comparação entre as línguas da família Mundurukú: Mundurukú e Kuruaya. 1999, 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) - Universidade Federal do Pará. UFPA: 1999. NIMUENDAJÚ, C. Zur Sprache der Kuruaya-Indianer. Journal de la Societé des Américanistes, [s.l.], v. 22, p.317-345, 1930. _______. Tribes of the Lower and Midle Xingu River. In. STEWARD, Julian H. (Ed.). Handbook of South American Indians. New York: Cooper Square Publishers, 1948. v. 3. PATRÍCIO, M. M. Índios de verdade: o caso dos Xipaia e Curuaia em Altamira -Pará. 2000. 134f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. PICANÇO, G. L. Mundurukú: Phonetics, Phonology, Synchrony, Diachrony. 2005. 410f. Tese (Doutorado) - University of Britsh, Columbia, 2005.

80

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