Fernando Pessoa, crítico de si mesmo

July 1, 2017 | Autor: Joaquim Botelho | Categoria: Literatura, Crítica literária, Poesia
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FERNANDO PESSOA: O QUE O OUTRO ME DEU


Joaquim Maria Botelho







FERNANDO PESSOA, CRÍTICO DE SI MESMO


Não é o caso de supor que Fernando Pessoa tivesse seguido à risca o
primeiro mandamento de Horácio Quiroga, em seu "Decálogo do Perfeito
Contista" (Crê num mestre - Poe, Maupassant, Kipling,Tchekhov - como na
própria divindade). Mas o fato é que bebeu das águas poéticas de vários
autores, de diversas nacionalidades. E, como lembra o crítico literário
Fábio Lucas, toda obra se forma das limalhas de outras leituras[1].
Ele mesmo se confessa, ao anotar isto:
Não meu, não meu é quanto escrevo.
A quem o devo?
De quem sou o arauto nado?


Por que, enganado,
Julguei ser meu o que era meu?
Que outro mo deu?[2]


Em outro poema, Pessoa se refere a um "fantasma oculto" que o sacode e
o faz despertar, e sente que sua vida está, "de repente, presa por uma
corda de Inconsciente a qualquer mão noturna que me guia".[3] É Ricardo
Reis, o heterônimo para quem, em seu desespero velado (o que remete a
Kierkegaard), ser consciente é ser infeliz, posto que a consciência anula a
espontaneidade.


Mas o recurso é de discurso poético, porque o que mais há em Pessoa é
a poesia da razão. Há estranhezas, mas não há estranhamento. Ele reconhece
que o Inconsciente (a inicial em maiúscula fala por si) é inalcançável, mas
ao mesmo tempo é inescapável. Ele sabe que alguém lhe dá asas – como disse
Nietzsche – para atravessar o precipício. Talvez por isso mesmo tenha
criado heterônimos para suas obras "em segundo grau", como anota Eduardo
Lourenço,[4] porque os heterônimos são diversas faces de um único Pessoa, e
devem ser tomados como poemas, e não como poetas. Fernando Pessoa não seria
como Mário de Andrade, que seria trezentos e cinquenta, procurando ser um
só. Não. Seus heterônimos refletem, com ironia, mundos poéticos dentro de
um projeto global. E aí está. Fernando Pessoa, descontado o fato de ser um
gênio criador, é parte de um mundo que começou antes dele. Dessa
anterioridade ele herdou a "corda de Inconsciente" que o ajuda a compor,
mas com a qual eventualmente rompe e assim se fragmenta. É o sonho
acordado, conceito de origem junguiana, imagem tão presente em vários de
seus poemas.
Em "Fausto" (de Pessoa), por exemplo:
Quando penso nas outras consciências
E no mistério que contêm, de haver
Pluralidade de conscientes (pois
Una se afigura ao pensamento
A consciência) quando penso assim
Angustia-me logo o não poder
Penetrar nessas vidas e sentir
(Como não sei) as várias sensações
Das várias humanas personalidades:
Do guerreiro, da virgem, do (...)
Do sábio, do operário,
Da costureira, da rameira mesmo,
Do assassino, do homem das montanhas
De tudo e de todos. Atormenta-me
Uma necessidade de o saber
Que faz sorrir o pranto da minha alma.
O que pensarão eles, sentirão?
Eu quisera sabê-lo, conhecê-lo,
Perdendo e não perdendo este meu ser.
Curiosidade louca que se impõe
À minha (...) Todo mistério
Tento ver e cada um vai incompreensível
Rindo, rindo, chorando, cantando
Pelejando, sofrendo, enfim morrendo
Inconsciente do que leva em si,
Além da loucura.


Vê-se, novamente aqui, a referência ao Inconsciente. E, como diz a
mestra, não devemos supor o que possa ter querido dizer o poeta, mas
devemos ir ao texto. Pois vamos ao texto, e citamos Eduardo Lourenço: "Em
suma, outra saída não existe que a de aderir, esposar, extenuar a nossa
infelicidade radical por uma aceitação altiva e desprendida da nossa
condição, não só perecível, mas sem cessar em transe de perecer"[5], lembra
Lourenço, antecipando um trecho de "Nossa semelhança com os deuses", de
Ricardo Reis:
Altivamente donos de nós-mesmos
Usemos a existência
Como a vila que os deuses nos concedem
Para esquecer o estio.


O inconsciente além da loucura que comparece no Fausto de Pessoa é a
alternativa de ultrapassar a letargia mental da insanidade para a racional
fuga da realidade. De certo modo, viver é ignorar a morte, ou, melhor do
que ignorar, esquecer. Eis aí a tarefa do Inconsciente: sobrepor-se, mesmo
que fingidamente, ao racional que nos lembra, a todo momento, a nossa
efemeridade – nós somos tempo e nada mais. O próprio Pessoa nos diz: "O
princípio da cura está na consciência da doença, o da verdade no
conhecimento do erro. Quando um doido sabe que está doido, já não está
doido. Estamos perto de acordar, disse Novalis, quando sonhamos que
sonhamos."


No Fausto de Goethe há o corolário romântico de que Fausto – ou o
homem, no sentido da humana coletividade – é salvo do pacto com Mefisto, o
demônio, e sua alma imortal é elevada aos céus, onde se encontrará com a
amada Gretchen. Mas, ao mesmo tempo, é condenado a ser um eterno
insatisfeito, como observa a professora Eloá Heise.[6] Diz ela que este é o
destino do homem moderno: "A grande resposta está, pois, na pergunta que
não cessa; a vida só adquire sentido no movimento constante: criação é
ação."


Fernando Pessoa é, certamente, o seu melhor crítico. É o que se vê,
por exemplo, na obra "Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação".[7] Ele fala
de suas sensações e sentimentos tomando-se por um outro – um heterônimo, um
duplo. E com isso logra uma conexão de si com a sua verdade – ou com a
Verdade? É autor e personagem. É pessoa de alma múltipla.
A poesia de Ricardo Reis, por exemplo, aparenta indiferença, mas
rescende a tragédia. Transcende e por isso mata o homem – impossível não
lembrar Nietzsche –, aquele homem feito à imagem e semelhança do seu Deus,
centro do universo, modelo de perfeição, foco do romantismo.
O próprio Pessoa assegura: "A única realidade social é o indivíduo,
por isso mesmo que ele é a única realidade. O conceito de sociedade é um
puro conceito; o de humanidade uma simples ideia. Só o indivíduo vive, só o
indivíduo pensa e sente. Só por metáfora ou em linguagem translata se pode
aludir ao pensamento ou ao sentimento de uma coletividade. Dizer que
Portugal pensa, ou que a humanidade sente é tão razoável como dizer que
Portugal se penteia ou que a humanidade se assoa."[8]
Tanto para Nietzsche quanto para Pessoa-Reis, o Cristianismo é a
doença da alma humana. E restauram o Paganismo. Ou tentam, por meio de um
falso paganismo, porque o autêntico é o antigo, o de Aristóteles.


NOSTALGIA DA GRÉCIA


Da Alemanha, Fernando Pessoa trouxe leituras de Heinrich Heine e de
Friedrich Schiller, de traço típico do paganismo. Ambos escreveram poemas
com o mesmo título (Deuses da Grécia), tendo Heine composto o seu entre
1825 e 1826, fazendo alusão temática à elegia de Schiller de 1788.


Em Heine, na tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho, há este
sexteto:
Não, nunca são nuvens!
São eles mesmos, os deuses de Hélade,
Que outrora dominavam alegremente o mundo,
Mas agora, repelidos e mortos,
Estão por aí como monstruosos fantasmas
No céu da meia-noite.


Em Schiller, na tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho, em outro
sexteto, há quase o mesmo teor:
No entanto santa misericórdia e espantosa comiseração
Invadem meu coração,
Quando vos vejo agora lá no alto,
Deuses abandonados,
Sombras mortas que vagueiam pela noite,
Fraqueza de nuvens, que o vento dissipa.


Na tradução de Machado de Assis para o mesmo poema de Schiller,
percebe-se uma alteração de ângulo, com outro olhar poético:
Tristes e mudos vejo os campos todos;
Nenhuma divindade aos olhos surge;
Dessas imagens vivas e formosas
Só a sombra nos resta.[9]


Pela voz de Ricardo Reis, Fernando Pessoa retoma a nostálgica
lembrança dos deuses pagãos (em "Regresso dos Deuses"): "Os deuses não
morreram: o que morreu foi a nossa visão deles. Não se foram: deixámos de
os ver. Ou fechámos os olhos, ou entre eles e nós uma névoa qualquer se
entremeteu. Subsistem, vivem como viveram, com a mesma divindade e a mesma
calma."
Em outro poema ("O guardador de rebanhos, V), Pessoa pede a Alberto
Caieiro que diga que há metafísica bastante em não pensar em nada:
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta adentro
Dizendo-me, Aqui estou![10]


Há mais. Da Inglaterra, Fernando Pessoa revisitou o romantismo de
William Wordsworth e John Keats, por exemplo.


Vejamos. Em A Ceifeira, poema de "Cancioneiro", diz Fernando Pessoa:


Ela canta, pobre ceifeira,
Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e anônima viuvez,
(...)
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência,
E a consciência disso! Ó céu!
Ó campo! Ó canção! A ciência


Pesa tanto e a vida é tão breve!
Entrai por mim dentro!
Tornai Minha alma a vossa sombra leve!
Depois, levando-me, passai!


O parentesco com Wordsworth, em "Ode a um rouxinol", é cristalinamente
evidente:


Dói-me o coração, e um torpor letárgico
Fere meu sentido, como se tomasse cicuta,
Ou ingerisse até o fim algum ópio,
Instantes atrás, e ao Letes[11] me precipitasse.
Não que inveje teu alegre destino
Mas por ser feliz com tua alegria –
Que tu, Dríade das leves asas,
Num lugar melodioso
De faias verdes, e sombras incontáveis,
Celebrar a plena voz teu canto de verão.


Em Keats, no poema "Ode a uma urna grega", na tradução de Augusto de
Campos, é evidente a referência ao ritual sacrificial (apontado por
Wordsworth pela menção ao rio Letes) – e um tom de ironia cortante dentro
da tragédia:


IV
Quem são esses chegando para o sacrifício?
Para que verde altar o sacerdote impele
A rês a caminhar para o solene ofício,
De grinalda vestida a cetinosa pele?
Que aldeia à beira-mar ou junto da nascente
Ou no alto da colina foi despovoar
Nesta manhã de sol a piedosa gente?
Ah, pobre aldeia, só silencio agora existe
Em tuas ruas, e ninguém virá contar
Por que razão está abandonada e triste.


Piedosa gente? Que esvazia a aldeia para testemunhar um sacrifício? É
o paroxismo da ironia.


A ALMA EXTERIOR


Machado de Assis escreveu, em muitos dos seus trabalhos, a respeito da
noção de alma exterior, ou seja, a maneira como nos importamos com o olhar
do outro sobre nós. Os títulos que ostentamos, a aparência que queremos
exibir, o status social que pretendemos que as pessoas adivinhem em nós,
tudo isso está relacionado com essa preocupação com a forma como somos
vistos. É o que Freud chamava de Eu e Ideal do Eu, o contraste entre o
subjetivo e o coletivo. Ou, poeticamente, o contraste entre a alma e mundo.
Eduardo Lourenço observa que Fernando Pessoa e Sören Kierkegaard, cada
um à sua maneira, "são dois heróis culturais para quem a questão da máscara
e do rosto foi a única questão." [12] Tudo em razão da "singular semelhança
entre o complicado jogo de pseudônimos em Kierkegaard e o não menos
complicado e labiríntico espelhismo dos heterônimos de Fernando Pessoa."
Kierkegaard publicou sua primeira obra assinando como Victor Eremita, e
mais tarde outros trabalhos como Constantin Constantius, Johannes de
Silentio, Johannes Climacus, Vigilius Haufniensis, William Afham e Nicolaus
Notabene e Hilarius Bogbinder[13]. Máscaras, como os heterônimos de Pessoa.
Como aponta Lourenço, "uma relação perturbada (e perturbante) do eu consigo
mesmo e os outros." [14]
Kierkegaard tratou da angústia e do desespero, como a débâcle do homem
entre ser ele mesmo (self) ou ser resultado de sua relação com os outros.
Contradisse Hegel, ao considerar que a verdade está na subjetividade, e que
a existência corresponde à realidade singular, ou seja, ao indivíduo. No
livro "Doença para a morte" (ou "O desespero humano"), traduzido por Adolfo
Casais Monteiro, o filósofo dinamarquês – que se assina, ironicamente, Anti-
Climacus –, afirma isto:
O que há de sentimento, conhecimento e vontade no homem depende em
última análise do poder da sua imaginação, isto é, da maneira segundo a
qual todas as faculdades a refletem: projetando-se na imaginação. Ela é a
reflexão que cria o infinito, por isso o velho Fichte tinha razão quando
via nela, mesmo para o conhecimento, a origem das categorias. Assim como o
eu, também a imaginação é reflexão; reproduz o eu e, reproduzindo-o, cria o
possível do eu; e a sua intensidade é o possível da intensidade do eu.
É o imaginário em geral que transporta o homem ao infinito, mas
afastando-o de si próprio e desviando-o assim de regressar a si
próprio.[15]












CONCLUSÃO: DOENÇAS DA ALMA


Talvez que o derradeiro poema produzido por Fernando Pessoa (pelo
menos é o que consta, nos trabalhos de estudiosos de sua obra), possa ser o
mais expressivo, na minha análise, como manifesto de sua herança cultural.
Foi escrito em 19 de novembro de 1935.


Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.


Encontrei em Shakespeare (Macbeth, Ato V, cena 5), um trecho que
parece reverberar na poesia de Pessoa:


MACBETH:
A vida não é mais que uma sombra ambulante, uma pobre atriz
Que se pavoneia e se agita, por uma hora, no palco
E depois não mais é ouvida. É um conto
Narrado por um idiota, cheio de som e fúria,
Significando nada.


Não é demais que trazer ao debate a ideologia de Fernando Pessoa,
posta a lume no artigo publicado em 12 de agosto de 1928, e que trata do
que o poeta chamou de mal superior português: o provincianismo. Para ele, o
amor ao progresso e ao moderno é uma das formas desse provincianismo
mental: "Os civilizados criam o progresso, criam a moda, criam a
modernidade; por isso lhes não atribuem importância de maior. Ninguém
atribui importância ao que produz. Quem não produz é que admira a
produção." Uma segunda forma é a incapacidade do português de fazer ironia:
"A essência da ironia consiste em não se poder descobrir o segundo sentido
do texto por nenhuma palavra dele, deduzindo-se porém esse segundo sentido
do fato de ser impossível dever o texto dizer aquilo que diz." (...) "Para
a sua realização [da ironia] exige-se um domínio absoluto da expressão,
produto de uma cultura intensa; e aquilo a que os ingleses chamam
detachment — o poder de afastar-se de si mesmo, de dividir-se em dois,
produto daquele 'desenvolvimento da largueza de consciência', em que,
segundo o historiador alemão Lamprecht, reside a essência da civilização."


No fundo, tanto para Shakespeare quanto para Pessoa, a frase final
designa a desintegração do homem e a completa falta de significado de sua
existência para o mundo. É a vida, a solidão e a morte, o desequilíbrio da
vida natural. "Pensar faz mal às emoções", dizia Pessoa. Porque viver não é
pensar – viver é apenas viver.


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[1] LUCAS, Fábio. Um livro cheio de prosa. São Paulo: Giordanus, 2015, p.
101-105.
[2] PESSOA, Fernando. Obra Poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1960. P. 96.
[3] Idem, p. 57.
[4] LOURENÇO, Eduardo. Fernando Pessoa revisitado. 2ª edição. Lisboa:
Moraes Editores, 1981. P. 28
[5] Op. Cit. p. 50
[6] HEISE, Eloá. A lenda do Dr. Fausto em relação dialética com a utopia.
In "A literatura da virada do século: fim das utopias". São Paulo:
Humanitas/FAPESP, FFLCH/USP, 2001.
[7] PESSOA, Fernando. Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. (Textos
estabelecidos e prefaciados por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado
Coelho.) Lisboa: Ática, 1996.
[8] In Textos Filosóficos . Vol. I. Lisboa: Ática, 1968 (impressão de
1993). P. 198.
[9] O novo ângulo de Machado é não mais ver os deuses lá no alto, mas vê-
los aqui, nos campos, ao nosso nível.
[10] Aqui estou é uma referência à frase que encerra o conto "Suave
Milagre", de Eça de Queiroz, em que Jesus aparece ao menino enfermo. Note-
se, também, que Fernando Pessoa se recusa a utilizar a consagrada norma de
atribuir aos pronomes que se referem a Deus as iniciais maiúsculas (neste
caso ele, em vez de Ele, e nele, em vez de Nele).

[11] Diz a mitologia grega que o rio Letes, localizado Hades (ou inferno),
era onde os mortos deveriam se banhar para esquecer sua existência
anterior. Dante, na "Divina Comédia" (Canto XXXIV), refere-se ao rio Letes
como local de purificação para as almas que desejavam ter acesso ao
Paraíso.
[12] LOURENÇO, Eduardo. Fernando, rei na da nossa Baviera. Lisboa: Imprensa
Nacional/Casa da Moeda, 1986. P. 99.
[13] No texto "O banquete (in vino veritas)", de Sören Kierkegaard,
publicado pela Guimarães Editora, de Lisboa, o prólogo é assinado por um
tal Hilarius, encadernador. A tradução é de Álvaro Ribeiro. In Vino Veritas
é a primeira das três partes que constituem os "Estádios no Caminho da
Vida", publicado em 1845. O texto mantém uma analogia distante com "O
Banquete" de Platão. Tem intenção cômica e trata das múltiplas
possibilidades que existem de pensar a existência.
[14] Op. Cit. p. 100.
[15] Kierkegaard, Sören; O Desespero Humano. São Paulo: Martin Claret,
2001.
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