GESTÃO E COMPETITIVIDADE DA AGROINDÚSTRIA DE ARROZ EM MATO GROSSO

July 27, 2017 | Autor: Alexandre Faria | Categoria: Supply Chain Management, Factor analysis, Mato Grosso, Rice Cropping System
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GESTÃO E COMPETITIVIDADE DA AGROINDÚSTRIA DE ARROZ EM MATO GROSSO Elizangela Beckmann* Dilamar Dallemole** Alexandre Magno de Melo Faria***

RESUMO Diante da importância da orizicultura no Brasil e em Mato Grosso, emerge a necessidade de um estudo que expresse a atual configuração da agroindústria beneficiadora de arroz no referido Estado, considerando seus desafios e potencialidades para a economia regional. Nesse sentido, buscou-se descrever o elo agroindustrial, mencionando suas características quanto ao nível de organização, gestão, infraestrutura e competitividade, por meio de questionários aplicados junto às beneficiadoras, em seus diferentes municípios. Este procedimento permitiu a compilação de um banco de dados reunindo informações básicas, relativas à produção, comercialização, organização, competitividade, engenharia, tecnologia e meio ambiente, que associadas à Análise Fatorial, permitiram mostrar os principais fatores responsáveis pelo crescimento da agroindústria local, além de gerar um índice de competitividade. Os fatores identificados foram relacionados a recursos humanos, negociação, produção, custos e estratégias competitivas. Todos os fatores demonstraram variáveis correlacionadas positivamente, ou seja, que contribuem para o desenvolvimento do setor de beneficiamento do arroz, assim como variáveis negativamente correlacionadas, as quais precisam de mais atenção no setor. Nenhuma empresa alcançou alto índice de competitividade, sendo que a maioria foi classificada em um grau baixo de desempenho competitivo. Os resultados obtidos demonstram a atual configuração do setor agroindustrial orizícola, seus gargalos e potencialidades, demonstrando que há uma necessidade de maior integração da agroindústria no Estado para melhorar seu desempenho competitivo. Palavras-Chave: Análise Fatorial. Arroz-Competitividade. Arroz-Cadeia Produtiva.

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Economista; Mestre em Agronegócios e Desenvolvimento Regional; Doutoranda em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia – Belém (PA). E-mail: [email protected]. Economista; Doutor em Ciências Agrárias; Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso – Cuiabá (MT). E-mail: [email protected]. Economista; Doutor em Desenvolvimento Socioambiental; Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso – Cuiabá (MT). E-mail: [email protected].

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MANAGEMENT AND COMPETITIVENESS OF RICE AGROINDUSTRIES IN MATO GROSSO ABSTRACT Given the importance of rice production in Brazil and Mato Grosso, emerges the need from a study that expresses the current configuration of the rice agroindustry in the state, its challenges and opportunities for the regional economy. In this sense, it’s described the agroindustry link, citing its characteristics on the level of organization, management, infrastructure and competitiveness, through questionnaires applied at the rice agroindustries in different municipalities of Mato Grosso. This procedure allowed the compilation of a database gathering basic information, on production, marketing, organization, competitiveness, engineering, technology and environment, that association with Factor Analysis, possible to identify the main factors responsible for the growth of local agroindustry, and generate an index of competitiveness. The factors identified were related to human resources, negotiation, production, costs and competitive strategies. All the factors demonstrated variables positively correlated, that contribute to the development of the rice processing industry in the state, and negatively correlated variables, which need more attention in the sector. No company has achieved a high level of competitiveness, most of which was classified as a low degree of competitive performance. The results show the current configuration of the rice agroindustry, its bottlenecks and potential, demonstrating that there is a need for greater integration of agroindustry in the state to improve their competitive performance. Keywords: Factor Analysis. Competitiveness-Rice. Production Chain-Rice.

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1 INTRODUÇÃO O setor orizícola1 tem destaque na pauta agrícola do estado de Mato Grosso, dado que o arroz está entre os quatro principais produtos da lavoura temporária do estado (MATO GROSSO, 2011). Entretanto, são inúmeros os problemas enfrentados, seja no que diz respeito à organização da cadeia produtiva, ao desenvolvimento de novas tecnologias, à dificuldade de expansão de terras ou à comercialização e melhor aproveitamento do produto. Além de fatores sazonais, como clima ou preços, os quais são difíceis de prever (LUDWIG, 2004). No mercado nacional, o arroz tem um comércio predominantemente interno. E, no caso de Mato Grosso, é o principal produtor do CentroOeste e o terceiro maior em nível nacional, com 6,3% da produção, sendo que este cultivo não faz parte da pauta de exportações estaduais (EMBRAPA, 2010). Apesar da crise de superprodução que ocorreu entre 2004 e 2005 ocasionando a queda nos preços e, consequentemente ter diminuído a participação do arroz no cenário agrícola, o

cultivo ainda é um dos quatro principais produtos do estado, o que demonstra que os produtores, mesmo com prejuízos, permaneceram produzindo (MATO GROSSO, 2011). Entretanto, verifica-se a falta de organização do setor no que diz respeito à integração dos principais agentes envolvidos (produtores e agroindústrias), o qual dificulta o poder de negociação de preços na compra de insumos e na venda da produção final. Tendo em vista que a maior parte da produção de Mato Grosso, ainda, é comercializada in natura, se houver uma maior ligação entre produtores e as agroindústrias, ou mesmo entre as próprias agroindústrias, seria possível melhor aproveitamento da produção, lembrando que os subprodutos agregariam valor ao grão (LUDWIG, 2004). A melhor integração dos elos desta cadeia pode ampliar suas possibilidades de produção e comercialização, tornando-a mais competitiva. Assim, pretende-se analisar o nível de organização, gestão, infraestrutura e competitividade da agroindústria do arroz de Mato Grosso, a fim de verificar seus desafios e potencialidades.

2 ASPECTOS TEÓRICOS A agricultura propicia a oferta de produtos aos consumidores finais com a transformação de insumos e por meio de processos interligados, fazendo então parte do agronegócio. Este, por sua vez compõe-se de cadeias produtivas, as quais possuem sistemas produtivos que operam em diferentes ecossistemas, além de um conglomerado de instituições de apoio (CASTRO, 2000). A cadeia de produção pode ser compreendida como um conjunto de relações comerciais e financeiras que estabelecem um fluxo Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

de troca entre fornecedores e clientes (BATALHA, 2007). Assim, com a percepção das inter-relações existentes entre os diferentes elos da cadeia de produção é possível a identificação de seus gargalos, sendo estes pontos chaves para a implementação de políticas em toda a cadeia, assim como a identificação das origens de suas causas, os pontos de estrangulamento da competitividade e, também, os pontos fortes (JAPPUR , 2004). Quanto à cadeia de produção agroindustrial (CPA), Batalha (2007) menciona que esta é 123

definida a partir de um produto final, sendo encadeada, a montante (para trás) e a jusante (para frente), às várias operações técnicas, comerciais e logísticas necessárias para produção. Pode ser segmentada de jusante a montante em três macrosegmentos: i) comercialização empresas que viabilizam o consumo; ii) industrialização - empresas ligadas a transformação da matéria-prima; iii) produção de matéria-prima - empresas que fornecem matériasprimas iniciais para outras.

Com a globalização certas atividades ou cadeias de produção vão além das fronteiras nacionais, destacando um ponto importante na competitividade: a diferenciação (PORTER, 1993).

Neste artigo o enfoque principal ocorre no segundo macrosegmento, a industrialização, dado que será verificada a situação socioeconômica das agroindústrias beneficiadoras de arroz em Mato Grosso. Além disso, pretende-se verificar as suas inter-relações com os elos a montante (produtor rural) e a jusante (atacadistas e varejistas), demonstrando os pontos fortes e as fragilidades do setor.

A competitividade sistêmica é baseada em um polígono de interação, com níveis de competição denominados vértices: i) nível meta, determinado pelas estruturas básicas de organização jurídica, política e econômica, capacidade social de organização e integração e capacidade dos atores de interagirem estrategicamente; ii) nível macro, determinado por mercados de fatores eficientes, bens e capitais; iii) nível meso, determinado por políticas de apoio específico, formação de estruturas e articulação de processos de aprendizagem e iv) nível micro, determinado pela busca simultânea por parte das empresas da eficiência, qualidade, flexibilidade e rapidez de reação, em redes de colaboração (PORTER, 1993).

O desempenho das cadeias produtivas como mencionado por Batalha (2007), está relacionado dentre outros fatores à competitividade, sendo esta definida de diferentes formas por diversos autores. Para Farina (1999), do ponto de vista das teorias de concorrência, a competitividade pode ser definida como a capacidade de sobreviver e, de preferência, crescer em mercados correntes ou novos mercados. A evolução da participação no mercado, os custos, a produtividade e a inovação em produto e processo para atender exigências dos consumidores, são fatores que demonstram a eficiência e explicam o desempenho na competitividade. E, a competitividade futura, por sua vez é determinada pela capacidade de ação estratégica e pelos investimentos em inovação de processo e de produto, marketing e recursos humanos, uma vez que estão associados à preservação, renovação e melhoria das vantagens competitivas dinâmicas.

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Sendo assim, uma determinada atividade produtiva obtém êxito internacional a partir da criação das vantagens competitivas, trata-se da competitividade sistêmica, desenvolvida, inicialmente, pelo Instituto Alemão de Desenvolvimento (IAD) e, do diamante de Porter.

O diamante de Porter é definido a partir da interação entre quatro determinantes: i) condições de fatores, ii) condições da demanda, iii) indústrias correlatas de apoio e iv) estratégia, estrutura e rivalidade da empresa. Neste estudo, são mais relevantes as condições de fatores, condições de demanda e estratégia, estrutura e rivalidade da empresa. Para Porter (1993), os fatores mais importantes na geração das vantagens competitivas não são herdados e sim criados. O autor considera que terra, trabalho e capital são muito amplos para explicarem a criação das

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vantagens competitivas. Tais fatores podem ser expressos de forma mais detalhada e agrupados nas seguintes categorias: • recursos humanos: engloba a quantidade, capacidade e custos com pessoal, estes que podem estar divididos em categorias; • recursos físicos: trata-se da qualidade, acessibilidade, abundância e custos físicos, tais como água, terra, energia, dentre outros. Ainda são considerados a localização (influencia nos custos de transportes), o clima e o fuso horário; • recursos de conhecimento: engloba o estoque de conhecimentos científicos, técnicos e relacionados ao mercado de bens e serviços, ou seja, todas as instituições e órgãos envolvidos com a difusão do conhecimento; • recursos de capital: trata-se do custo e do total de capital disponível para financiar a indústria; • infraestrutura: refere-se á quantidade e a qualidade disponível, incluindo opções de lazer, atrativos turísticos da região, ou seja, fatores que afetem a qualidade de vida da população. O tipo, a qualidade e o valor de uso de uma infraestrutura interferem no nível de competição. As condições de demanda, segundo determinante da vantagem competitiva, “determina o rumo e o caráter da melhoria e inovações pelas empresas do país”. A demanda pode ser interna ou externa e, possui três atributos significativos: a composição, o tamanho e o padrão de crescimento (PORTER, 1993). Da interação dinâmica entre os determinantes do diamante derivam as vantagens competitivas das firmas. Porter (1993) toma como eixo de análise as vantagens advindas das relações horizontais entre firmas (clientes comuns, tecnologia, serviços de apoio) localizadas em uma Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

determinada região, com diversas possibilidades de criar vantagens competitivas locais. A cadeia de produção agroindustrial orizícola tem sua competitividade mais focada na localização, seja próxima do consumidor final ou do produtor de arroz, e na divulgação da marca, pois a consolidação desta pode garantir à agroindústria ser mais competitiva e ter maior espaço no mercado. Já a inovação como determinação para competitividade no setor orizícola, apesar de contribuir, ainda é menos importante, dado que o produto apesar de oferecer possibilidades de agregação de valor e produção de produtos diferenciados, tem o custo da inovação elevado e o número de consumidores limitado. A análise da competitividade de um setor deve se concentrar nas cinco forças básicas que atuam em uma indústria: a ameaça de novos entrantes, a ameaça de produtos substitutos, o poder de negociação dos fornecedores, o poder de negociação dos compradores e a intensidade da rivalidade dentro do setor. A análise destas forças auxilia no diagnóstico dos pontos fortes e fracos em termos de ameaças e oportunidades (PORTER,1997). Destas cinco forças de Porter, são pertinentes para a análise da competitividade no setor orizícola a ameaça de novos entrantes, o poder de negociação de fornecedores e de compradores e, a rivalidade, já a ameaça de substitutos não faz sentido ser considerada, já que o produto não possui similar próximo. Neste estudo, o foco está relacionado à competitividade da cadeia produtiva do arroz no estado de Mato Grosso, mas principalmente visando analisar a competitividade do setor de beneficiamento, onde há agregação de valor ao arroz produzido no Estado. Ela será avaliada conforme informações de comercialização, padrões de diferenciação e diversificação da produção, estratégias de mercado, relação com fornecedores e com os concorrentes, dentre outras. 125

3 ASPÉCTOS METODOLÓGICOS As informações sobre o elo agroindustrial da cadeia produtiva do arroz em Mato Grosso foram obtidas de dados secundários e informações oficiais do governo do estado e dos municípios, mas principalmente por meio de entrevistas com representantes de agroindústrias de arroz. Devido ao elevado número de municípios do Estado e à dificuldade de acesso a alguns, fez-se necessário a estimativa de uma amostragem probabilística aleatória simples para as agroindústrias beneficiadoras de arroz, obtidas após o levantamento do número de estabelecimentos junto ao Sindicato da Indústria do Arroz de Mato Grosso (SINDARROZ). De acordo com este órgão existiam 33 agroindústrias que beneficiam arroz em 2011. Para o cálculo da amostra utilizou-se a técnica de amostragem proposta por Toledo, Martins e Fonseca (1985), para assim estimar um grupo destas empresas capazes de representar o universo informado, considerando um erro amostral de até 10% para um nível de confiança de 95%. A referida técnica é determinada a partir da seguinte expressão matemática:

Em que: N = total de beneficiadoras de arroz em Mato Grosso; p = porcentagem com a qual o fenômeno se verifica; q = complemento de p; z = nível de confiança escolhido; Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

e = erro amostral permitido; n = número de beneficiadoras à entrevistar. Os cálculos determinaram uma amostra de 20 empresas, considerando os parâmetros informados como suficientes para explicar o universo de informantes. Os questionários foram elaborados de acordo com o perfil dos entrevistados, os representantes de agroindústrias beneficiadoras de arroz, contemplando 91 questões relacionadas à produção, comercialização, engenharia e tecnologia, inovação e meio ambiente, visando mensurar a situação econômica, social e ambiental do setor no Estado. O questionário, dividido em 11 blocos, foi aplicado no mês de abril de 2011, contribuindo assim para caracterização do elo agroindustrial e verificação dos pontos críticos à integração. Com objetivo de apontar os fatores mais eficientes e, consequentemente, os que precisam de uma maior atenção no segmento agroindustrial de arroz em Mato Grosso, optouse pela Análise Fatorial. De acordo com Santana (2005), a análise fatorial busca condensar informações em uma espécie de resumo, o qual possui capacidade de explicar uma estrutura como um todo. Os fatores são capazes de explicar dimensões isoladas de uma determinada estrutura de dados ou uma dimensão do todo. Para Hair et al . (2005), no modelo de análise fatorial, cada uma das variáveis pode ser definida como uma combinação linear dos fatores comuns que irão explicar a parcela da variância de cada variável, mais um desvio que resume a parcela da variância total não explicada por estes fatores. A parcela explicada pelos fatores comuns 126

recebe o nome de comunalidade, e a parcela não explicada é chamada de especificidade. As comunalidades podem variar de 0 a 1, sendo que valores próximos de 0 indicam que os fatores comuns não explicam a variância e valores próximos de 1 indicam que todas as variâncias são explicadas pelos fatores comuns.

que elas são correlacionadas entre si, sendo determinado pela seguinte expressão matemática:

O modelo de análise fatorial expressa cada variável em termos de fatores comuns e, é representado algebricamente por:

R = o determinante da matriz de correlação da amostra;

Em que:

n = o número de observações; p = o número de variáveis.

Em que: Xi = são as variáveis observadas (i = 1, 2,..., p);

γpq= são os coeficientes relacionados a cada fator

Se a significância do Teste de Bartlett for próxima de zero a hipótese nula será rejeitada e a análise pode ser realizada (HAIR et al., 2005; MINGOTI, 2005). E, segundo este último autor, para que os resultados da análise fatorial sejam considerados válidos é necessário que todas as comunalidades sejam superiores a 0,5 e que os fatores estimados expliquem, pelo menos, 60% da nuvem de dados.

(i = 1,..., p; j = 1,..., q); FCj = são os fatores comuns ( j = 1, 2,..., q); ei = são os fatores específicos. Como parâmetro para o modelo de análise fatorial foi usado o método de rotação Varimax, pois conforme Hair et al. (2005) este é o método comumente utilizado, o qual minimiza o número de variáveis com altas cargas sobre o fator, reforçando a interpretabilidade entre eles. O número de fatores foi determinado livremente pelo modelo para que os mesmos fossem capazes de explicar de forma mais completa os dados coletados. O teste de Bartlett possibilita testar a hipótese nula de que as variáveis são independentes contra a hipótese alternativa de Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

A aplicação da análise fatorial às informações levantadas auxilia na definição dos principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento do segmento de beneficiamento de arroz em Mato Grosso e, consequentemente, da cadeia produtiva, além de avaliar cada categoria identificada. O cálculo dos fatores deste estudo foi feito com base em 13 variáveis do questionário, sendo elas: número de funcionários, empresas que acessaram entidades de treinamento e consultoria, gastos com folha de pagamento, remuneração dos funcionários, preço de compra da tonelada de arroz em casca, preço de venda da tonelada de arroz beneficiado, estratégia de produto novo, idade dos equipamentos, comercialização de outros produtos, gasto com matéria-prima, consulta às preferências dos consumidores, ociosidade da planta e crescimento da empresa. Para isto, 127

utilizou-se o software SPSS, que fornece os dados do teste de Bartlett, a Tabela de Comunalidades, a Variação Total Explicada e os Componentes da Matriz, onde foram especificados os fatores responsáveis pelo desenvolvimento do segmento agroindustrial da cadeia produtiva do arroz em Mato Grosso. Depois de realizada a Análise Fatorial dos dados no SPSS, é possível obter os escores fatoriais associados a cada observação, os quais são utilizados para o cálculo do Índice de Competitividade da Agroindústria do Arroz (ICAA). Com base em Gama et al. (2007), considerase que o ICAA é uma combinação linear dos escores fatoriais e a proporção da variância explicada por cada fator em relação à variância comum. É representado matematicamente por:

Em que: λ = é a variância explicada por cada fator; Σλ = é a soma total da variância explicada pelo conjunto de fatores comuns;

FP = escore fatorial padronizado. A padronização do escore fatorial ocorre para se obter valores positivos dos escores originais e poder hierarquizar as empresas, dado que os valores do ICAA estão entre zero e um. A fórmula para a padronização dos escores é:

Em que: Fi = escore fatorial original; Fmin = valor mínimo observado para os escores fatoriais; Fmax = valor máximo observado para os escores fatoriais. Assim, valores de ICAA igual ou maior do que 0,7 são considerados altos, se referindo às empresas com liderança competitiva; valores entre 0,4 e 0,69 intermediários, sendo àquelas acomodadas para se moverem ao estágio de liderança e; valores abaixo de 0,4 são baixos, contemplando empresas com dificuldade em criar vantagens competitivas (GAMA et al., 2007).

4 GESTÃO, EFICIÊNCIA E COMPETITIVIDADE DA AGROINDÚSTRIA DO ARROZ EM MATO GROSSO Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011) a área cultivada e a produção de arroz entre 2000 e 2010 tiveram seus picos nos anos de 2000, 2004 e 2005, sendo produzidas mais de um milhão de toneladas em cerca de 700.000 hectares em cada ano e, a partir de 2005 tanto a área quanto a produção sofreram queda de mais de 50%. Estes valores atípicos observados Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

na Tabela 1 em 2000, 2004 e 2005, podem ser justificados por um uso mais intensivo de insumos, ou mesmo pelas áreas cultivadas serem recém abertas, logo mais produtivas para o cultivo de arroz. Conforme a Tabela 1, o valor da produção e o preço, também, apresentaram oscilações neste período e, mesmo com aumento no preço ao longo 128

dos anos, houve queda na área e na produção no estado, o que pode estar relacionado à migração dos produtores rurais para outras culturas ainda mais rentáveis, tais como a soja e o algodão. De acordo com o SINDARROZ, estavam operando, em 2011, no Estado 33 agroindústrias beneficiadoras de arroz, sendo que este número

já foi três vezes maior antes da crise de 2004/ 2005, quando houve superprodução e queda de preços do produto e, consequentemente a diminuição da produção nos anos subsequentes. Esta queda culminou no fechamento de diversas agroindústrias do setor nos últimos anos, principalmente por falta de matéria-prima para processar.

Tabela 1 - Área, produção, produtividade, valor da produção e preço do arroz em Mato Grosso entre 2000 e 2010.

Fonte: IBGE (2011)

As 20 agroindústrias beneficiadoras de arroz entrevistadas estão distribuídas nas mesorregiões Norte, Centro-Sul e Sudoeste de Mato Grosso, e mais especificamente, nos municípios de Sinop, Sorriso, Colíder, Matupá, Guarantã do Norte, Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D’Oeste e Tangará da Serra. A maioria delas se localizam no distrito industrial de cada município e todas podem ser consideradas micro e pequenas empresas, conforme classificação do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)2. Atuam no mercado em média a oito anos, sendo que das vinte, a mais antiga está estabelecida no Estado desde 1984 e a mais recente desde 2008. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

Após a estimativa dos dados no software SPSS, o teste de Bartlett permitiu avaliar a significância geral da matriz de correlação e apresentou valor de 152,64, indicando que as correlações são significantes ao nível de 1% de probabilidade, ou seja, que a matriz de correlação não é diagonal. Este resultado valida o uso desta técnica para a extração dos fatores e a mensuração das variáveis relevantes ao desempenho competitivo deste segmento. E, conforme os dados apresentados na Tabela 3 todas as comunalidades foram acima de 0,5, valor mínimo aceitável para que as variáveis em questão não sejam desconsideradas pela referida técnica. 129

Na Tabela 2 estão os cinco fatores os quais explicam 76,89% da variação total da nuvem de dados, um valor satisfatório, dado que o critério da porcentagem da variância é a

partir de 60%. O primeiro fator possui maior destaque, explicando 19,09% da nuvem de dados, seguido dos demais pela ordem com 15,6%, 14,9%%, 14,3% e 12,7%.

Tabela 2 - Variação total explicada para o segmento de agroindústrias beneficiadoras de arroz do Estado de Mato Grosso, 2011.

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

As variáveis que compõem cada fator são determinadas a partir da carga fatorial apresentada. Desta forma a composição ficou distribuída de acordo com a Tabela 3. O primeiro fator foi composto pelas variáveis: gasto com folha de pagamento, número de funcionários e empresas que acessaram entidades de treinamento e consultoria. Estas variáveis estão relacionadas ao processo de gestão de funcionários da empresa, portanto, pode-se denominá-lo como Fator Recursos Humanos. A carga fatorial destes componentes apresentou indicadores entre 0,6 e 0,9, sendo que dois deles, número de funcionários e gasto com folha de pagamento, se correlacionam positivamente, tendo uma importância mais significativa no desempenho das empresas. Apesar de 75% das empresas terem acesso às entidades como o Serviço Nacional de Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

Aprendizagem Industrial (SENAI) e ao SEBRAE, ou as privadas as quais prestam estes serviços de treinamento e capacitação, a variável denominada empresas que acessaram entidades de treinamento e consultoria apresentou correlação negativa no processo de gestão de recursos humanos e necessita de maior atenção por parte das empresas, dado que o treinamento e capacitação de funcionários podem não estar sendo realizados a contento no processo de gestão, interferindo, negativamente, na eficiência das empresas. Isso pode ser justificado devido a maioria das empresas buscarem, apenas, o curso de segurança no trabalho ou treinar para operar determinados equipamentos, e deixarem de capacitar aspectos relacionados à produção e gestão agroindustrial, e também, devido a falta de preparo dessas instituições para cumprir a função a qual se destinam, já que a capacitação dos profissionais, muitas vezes, não é específica para atender ao setor agroindustrial. 130

Tabela 3 - Matriz de Componentes Rotacionados para o segmento de agroindústrias beneficiadoras de arroz do Estado de Mato Grosso, 2011.

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Pode-se dizer que o fator 1, por agrupar informações relacionadas à qualidade, quantidade, capacidade e custos com pessoal, é um fator de competitividade do setor de beneficiamento de arroz enquadrado nas categorias recursos humanos e recursos de

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conhecimento definidas por Porter. Mediante suas características demonstra que o setor é competitivo quanto à quantidade de empregos gerados, mas precisa melhorar o treinamento e capacitação dos funcionários para atingir melhor nível de competitividade.

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O segundo fator foi composto por três variáveis: remuneração dos funcionários, preço pago e preço recebido pela tonelada de arroz, todas com carga fatorial acima de 0,6. A partir das variáveis agrupadas pode-se denominá-lo como Fator de Negociação, onde ambas estão correlacionadas positivamente, contribuindo com o desenvolvimento do segmento de agroindústrias beneficiadoras de arroz. Mesmo sabendo das constantes reivindicações por melhores preços no setor e, que o preço da saca de arroz, tanto em casca quanto beneficiado, oscila durante o ano, ainda assim pode-se considerar que o setor remunera bem a produção. O preço pago pelas beneficiadoras por tonelada de arroz em casca no mês de abril de 2011 foi, em média, R$ 477,32, enquanto o recebido pelo produto beneficiado é em média, R$ 1.168,47 por tonelada. A remuneração dos funcionários presente neste fator pode ter ligação com os preços no sentido de que se o setor tem um bom preço de custo do arroz, logo consegue remunerar melhor os seus funcionários.3 O terceiro fator foi composto por três variáveis: estratégia de produto novo, idade dos equipamentos e comercialização de outros produtos. Ambas estão relacionadas à produção, por isso, pode-se denominá-lo como Fator de Produção. Quanto à idade dos equipamentos e comercialização de outros produtos estão correlacionadas e variando positivamente, justificando a importância e o uso de novas alternativas de produto na empresa, assim como a renovação dos equipamentos. A variável relacionada a equipamentos pode ser associada ao fator de recursos físicos, definido por Porter como um daqueles responsáveis pela geração de vantagens competitivas, sendo neste caso analisada positivamente já que apresentou carga fatorial de 0,691.

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A variável estratégia de produto novo está correlacionada negativamente, deixando claro que o setor é falho neste sentido, ou seja, precisa ser melhorado, com um leque maior de produtos diferenciados a partir do arroz. Isto é visível no setor, dado que ele tem poucas possibilidades de diversificação e que os custos para produtos mais elaborados são altos para uma demanda relativamente baixa, fazendo com que as empresas deixem de investir em produtos diferenciados. Conforme observado, em 2011, 40% das beneficiadoras pretendiam lançar inovações, sejam de novas marcas, novos tipos de produto, ou mesmo, trabalhar com os subprodutos. Entretanto, 70% das empresas beneficiadoras de arroz se consideram seguidoras e, apenas, 30% inovadoras no lançamento de novos produtos. O quarto fator engloba, apenas, uma variável em sua composição: o gasto com matériaprima, que inclui despesas com a compra de arroz em casca para beneficiar, sendo denominado Fator de Compra. A correlação negativa desta variável de carga - 0,9 indica que o gasto com matériaprima está contribuindo negativamente no segmento. Analisando a competitividade, esta variável, enquadrada no fator recursos de capital de Porter, apresenta-se no setor de beneficiamento como um entrave à competitividade. Sendo importante para a lucratividade da empresa, é necessário que se dê atenção especial aos gastos com a produção, os quais podem estar altos demais, pois conforme análise, em 2011, a matéria-prima demandou cerca de 91% do total dos gastos do setor4. Estes gastos elevados podem estar relacionados à questão logística e aos custos elevados do frete, pois as agroindústrias em sua maioria estão distantes dos polos produtivos de arroz no Estado.

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Isto poderia ser solucionado com maior cooperativismo entre as empresas na aquisição da matéria-prima para beneficiar, o que reduziria o preço pago devido ao maior volume. E ainda, neste sentido é importante o fomento à produção nas diversas regiões do Estado, para facilitar a compra da matéria-prima, além da instalação de empresas satélites que deem suporte ao segmento. O quinto fator finaliza o grupo de componentes com sua composição feita pelas seguintes variáveis: consulta às preferências dos consumidores, ociosidade da planta e crescimento da empresa, cujas cargas fatoriais estão entre 0,5 e 0,8. As variáveis correspondentes a este fator se referem à análise de mercado, capacidade produtiva da empresa e crescimento, denominando-o de Fator de Estratégia Competitiva. As variáveis, consulta às preferências dos consumidores e crescimento da empresa, estão correlacionadas negativamente, ou seja, demonstrando que é necessária atenção maior as mesmas, dado que podem estar contribuindo negativamente ao desenvolvimento do setor. A maioria das empresas não fazem pesquisas com consumidores para saber de suas preferências, seja devido aos custos elevados ou mesmo porque acreditam ser mais interessante investir na marca do que em pesquisas de preferências, pois o arroz é considerado homogêneo. Entre 2009 e 2011, 65% das empresas do setor apresentaram crescimento, 25% mantiveram-se estáveis e 10% retraíram. O fato do crescimento se apresentar negativo pode ser justificado pelas mudanças que vem ocorrendo no setor nos últimos anos, as quais fizeram muitas empresas fecharem e outras se estabilizarem, sem muitas evoluções no mercado. A variável ociosidade da planta se apresentou positiva, podendo indicar que o setor tem possibilidades de expansão da produção, dado que algumas plantas operam em capacidade ociosa. Conforme observado, 75% das Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

beneficiadoras trabalham nessa condição, principalmente, nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, quando há escassez de matéria-prima no Estado. Do ponto de vista dos fatores de competitividade, a ociosidade se apresenta como fator de infraestrutura, sendo neste caso uma vantagem competitiva do setor, dado que há possibilidade de expansão do mesmo. E ainda, pode-se considerar que manter a ociosidade no setor é uma maneira de evitar a entrada de novos concorrentes, ou seja, a ociosidade, também, pode ser vista como uma barreira à entrada, uma vez que sinaliza que a produção de arroz atual não é suficiente nem para atender a demanda das empresas já existentes, desencorajando, assim, novas empresas a entrarem no ramo. Na Tabela 4 é possível observar o Índice de Competitividade da Agroindústria do Arroz (ICAA) no estado de Mato Grosso. A média de competitividade das agroindústrias do produto foi de 0,4007, ou seja, em média as beneficiadoras têm um índice intermediário e bem próximo de ser baixo. Esse resultado pode auxiliar as empresas a adotarem medidas que as façam evoluir no mercado, dando mais atenção a fatores importantes como a negociação de preços, os gastos com matéria-prima, as inovações em produtos e equipamentos, a remuneração de funcionários, dentre outros, para assim evitarem a perda de competitividade no setor. Os resultados mostram que das 20 empresas entrevistadas, nenhuma apresenta alto desempenho competitivo e oito estão num nível intermediário. Entre estas com ICAA intermediário, duas têm índice acima de 0,6, indicando que têm boas estratégias de competição, porém precisam mais força para se tornarem altamente competitivas no mercado. Apenas em uma destas todos os escores fatoriais estão positivos, indicando que a empresa está conseguindo vantagens competitivas com bom desempenho em todos os fatores analisados. 133

Tabela 4 - Índice de Competitividade da Agroindústria de Arroz (ICAA) em Mato Grosso, 2011.

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Entretanto, a maioria das empresas apresentou baixo índice de competitividade, ou seja, ICAA abaixo de 0,4, indicando que a capacidade de gestão empresarial, ainda, é incipiente. Nestas, apenas um ou dois escores fatoriais foram positivos, sendo necessário melhorar principalmente aspectos relacionados ao Fator Negociação, o qual mostrou escore negativo na maioria. E ainda, em uma das empresas todos foram negativos, indicando Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

ineficiência em gestão competitiva, que deve ser solucionada para evitar a saída do mercado. A evolução para um estágio de alto desempenho competitivo será possível somente se as empresas passarem a investir mais em tecnologia, inovação em produtos, qualificação profissional, além de integrarem-se umas às outras para melhorar o poder de barganha e de competição. É difícil ocorrerem estas 134

mudanças, devido ao comportamento individualista característico do setor e a falta de organização empresarial na maioria das

beneficiadoras, que ainda têm forte característica de administração familiar.

5 CONCLUSÃO O setor orizícola no estado do Mato Grosso vem diminuindo, cada vez mais, o número de empresas beneficiadoras de arroz, principalmente devido à queda na produção nos últimos anos. Àquelas que permanecem atuando no mercado estadual apresentam índice de competitividade bastante ineficiente, já que nenhuma empresa mostrou alto grau de liderança e, mais de 50% estão em um nível competitivo baixo, sendo seguidoras e com dificuldades em criar vantagens competitivas nos diversos fatores analisados. Considerando a competitividade sistêmica do setor de beneficiamento de arroz em Mato Grosso, pode-se dizer que as beneficiadoras estão organizadas, porém de maneira individual, sendo que a interação e organização coletiva ainda são incipientes, pois não é comum a prática de cooperativismo no relacionamento a montante ou a jusante. E em nível macro há um ponto crucial à competitividade que é bastante falho no Estado, que é a disponibilidade de matériaprima para processamento. E em nível meso, as políticas públicas direcionadas ao setor, ainda, são voltadas, apenas, aos benefícios fiscais além de não serem acessadas por todas as empresas.

Assim, identificados os pontos fortes e fracos de cada empresa do segmento agroindustrial de arroz em Mato Grosso, é possível o governo intervir com políticas que estejam além de incentivos fiscais, sejam na melhoria de infraestrutura logística, aumento do número de centros qualificadores de mão de obra, incentivos à inovação em produtos, com pesquisas de instituições públicas sendo mais difundidas às empresas, para que as ponham em prática, além de incentivar o setor a montante, e a produção de arroz não seja, ainda mais, reduzida nas lavouras do estado, dentre outras possibilidades que tornem o segmento mais competitivo. Somente com a ação governamental, com políticas econômicas alinhadas em benefício das empresas locais e com a mudança de comportamento destas, será possível um setor forte e consolidado, evitando o fechamento de agroindústrias no Estado como ocorreu em 2004/ 2005. Se a cadeia produtiva estiver organizada, terá melhor desempenho competitivo e induzirá o estabelecimento de setores auxiliares e atividades terciárias, que trarão benefícios econômicos e sociais ao Estado.

NOTAS: 1 Relativo à cultura do arroz, deriva do latim, oryza + colere. 2 Conforme SEBRAE (2011) são consideradas microempresas, indústrias com até 19 funcionários, e pequena empresa, àquelas que empregam entre 20 e 99 funcionários.

4 O gasto mensal das agroindústrias beneficiadoras de arroz com folha de pagamento, matéria-prima e outras despesas de funcionamento totaliza cerca de R$ 19.624.011,00. Em média, o gasto mensal de cada empresa está em torno de R$ 594.667,00.

3 A remuneração média dos funcionários, em 2011, foi de R$ 958,89. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

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Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 14, jan./jun. 2012.

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