Gestão Sustentável de Bacias Hidrográficas: Desafios e perspectivas na restauração de rios.

July 24, 2017 | Autor: R. Pinto-Coelho | Categoria: Ecology, River Ecology, Water Pollution, Reservoir and Lake Sedimentation
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Descrição do Produto

-Fundação Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas – UNESCO-HIDROEX -Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios – LGAR-UFMG

Mudanças Climáticas

Vulgarização da Flora e da Fauna

Perda de Biodiversidade Eventos Climáticos Extremos

É sustentável o Desenvolvimento Humano?

Queda nos estoques de pesca

Poluição Atmosférica Degradação da Terra e dos Solos

Decréscimo no suprimento de água de boa qualidade

A Comissão Mundial para Ambiente e Desenvolvimento da ONU (WCED), em seu relatório Our Common Future, identifica duas premissas para o desenvolvimento sustentável: (1) a superação dos atuais desafios ambientais e (2) a segurança social. Esses fatores estão nos fundamentos da abordagem sócio-ambiental moderna. Muitas corporações e governos, na realidade, usam esses termos sem muita preocupação com as profundas mudanças comportamentais exigidas.

A água está distribuída de modo muito heterogêneo na biosfera. A maior parte da água encontra-se nos oceanos sob a forma de água salgada. A água doce é responsável apenas por uma pequena fração de toda a água disponível e mesmo assim está fortemente concentrada sob a forma de geleiras e nos aquíferos subterrâneos. As águas superficiais (rios, lagos, brejos, etc.) constituem-se em apenas uma pequena fração do total disponível. O gráfico ao lado procura demonstrar graficamente essas relações entre as formas de ocorrência da água na biosfera.

O homem interfere na estrutura e funcionamento dos ecossistemas aquáticos

Eutrofização

Poluição

Espécies Exóticas

Fragmentação de Habitats

Aumento das temperaturas

Água Doce (Superficial)

Oceanos

Água Doce (Subterrânea)

Acidificação

Salinização

Alterações de Fluxo

Aumento dos níveis dos mares

Perigo de extinção em corais e moluscos

Represa da Pampulha (Agosto 2009):

Podemos falar de gestão de recursos hídricos sem controle do aporte de fósforo nos corpos de água?

A má gestão do lixo urbano e resíduos industriais levaram a um quadro de contaminação Por metais traços (pesados) nesse ambiente.

Represa de Serra Azul (Joatuba, MG) O reservatório é usado pela COPASA para abastecer a RMBH. A atividade de mineração foi e ainda é uma das principais atividades de toda a bacia do alto Paropeba, onde se insere o reservatório.

Represa de Serra Azul (Joatuba, MG), Agosto 2010) O reservatório foi construído para abastecimento de água para RMBH. Embora esteja em uma área de preservação ambiental e não receba aportes externos significativos de nutrientes, pode estar sofrendo um processo de eutrofização (vide padrões espaciais de clorofila-a), causado por aportes internos de nutrientes.

A má gestão dos recursos pesqueiros e o passivo ambiental das minerações que já operaram nessa bacia podem explicar o fenômeno.

A crescente poluição por nitratos nas águas subterrâneas do Brasil preocupa...

Um dos problemas mais comuns de qualidade de águas interiores são as elevadas concentrações de nutrientes, especialmente de N e P. O aporte excessivo desses dois nutrientes causa o fenômeno da eutrofização em 100% dos casos. Essa contaminação provém dos esgotos domésticos, do run-off de atividades agrícolas e também da atmosfera que retém esses elementos de várias fontes (queimadas, p.ex.). Estudos e projetos conduzidos numa escala global sugerem que haverá um aumento entre 10 2e 20 % dos níveis de N nos ecossistemas costeiros na próxima década.

No Brasil, existem poucos estudos sobre o aumento dos níveis de nitratos em rios e reservatórios afetados por atividades agropecuárias mas alguns deles sugerem que o problema já existe e poderá tornar-se grave em poucos anos.

Atividades Humanas e o Ciclo do Nitrogênio

Aerossóis

Estratosfera

Ozônio Efeito Estufa NOx

NH3

NHx

Energia

Impactos dos Agroecossistemas

NOy

Impactos nos Ecossistemas Terrestres

Florestas Cultivo

Animal

NHx Adubos

Solo

Solo

N-Org

Nitratos

Águas Superficiais

Alimento, Fibras e Madeiras

Águas Subettrâneas

Represa de Nova Ponte (MG) Padrões espaçais subsuperficiais de nitratos em agosto de 2008. Esforço amostral: 60 pontos. Estudos conduzidos pelo LGAR-UFMG e pela EPAMIG estão identificando as causas do problema que possivelmente estão associadas a tipos e práticas específicas nas atividades agropecuárias.

Represa de Nova Ponte (MG) Padrões espaçais sub-superficiais (agosto de 2008)

Área sob intenso Cultivo de Café

Nitratos (µg.L-1) N-NO3

Represa de Três Marias Concentrações de Nitratos (µg.L-1) N-NO3

Padrões espaçais subsuperficiais de nitratos na estação seca de 2006.

O Ciclo do fósforo é um dos mais afetados pelo homem Lançamento de efluentes domésticos, de indústrias alimentares e atividades agropecuárias estão dentre os maiores contribuintes para a perda do equilíbrio ambiental no ciclo do fósforo nas águas continentais. O excesso do fósforo vem causando sérios distúrbios ecológicos e impede um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

Represa de Três Marias (Julho de 2006):

Existe uma clara associação entre o padrão espaço-temporal de fósforo na represa e a localização dos grandes projetos de irrigação situados nas imediações de Morada Nova de Minas.

Represa de Nova Ponte (MG) Padrões espaçais subsuperficiais de fósforo total e clorofila-a em agosto de 2008 em um esforço amostral de 60 pontos de coletas. É notável a associação entre o nutriente e os níveis de clorofila-a que são determinantes para a acompanhar o avanço da eutrofização.

Relações entre as concentrações de fósforo total e sólidos em suspensão nos rios que participam do programa mundial da UNESCO (HidroEX). Os sólidos totais apresentam em muitos locais associações muito fortes com outras variáveis tais como níveis de pesticidas, metais pesados e nitrogênio. Essa variável (sólidos totais) deveria ser considerada mais seriamente nos programas nacioanais de monitoramento, controle e recuperação da qualidade de água (UNESCO-HidroEX- Canadá, GWF).

Os agroecossistemas convencionais causam um enorme aumento no aporte externo de fósforo nos ecossistemas aquáticos. Paisagem heterogênea Estoques de biomassa estáveis Taxas mais elevadas de retenção de nutrientes

Paisagem homogênea Estoques de biomassa instáveis e baixos Taxas mais elevadas de exportação de nutrientes

Represa da Ibirité (Agosto de 2008):

Podemos controlar a questão da degradação dos recursos hídricos no Brasil sem a efetiva participação do segmento industrial?

Represa da Ibirité (Agosto de 2008):

A influência dos efluentes líquidos da refinaria Gabriel Passos em Betim pode ser diretamente observada através dos padrões espaciais da condutividade elétrica das águas superficiais do reservatório.

Represa da Ibirité (Agosto de 2008):

Òleos e graxas

Clorofila-a

A entrada de sais e demais nutrientes em excesso na represa gera um aumento descontrolado da biomassa de algas e cianobactérias . Existe uma clara associação espacial entre as algas e acúmulo de óleos , gorduras (lipídeos) nesse ambiente.

Rio Doce e seus tributários (MG)

A região do médio rio Doce é um exemplo emblemático da degradação dos ecossistemas lóticos no Brasil. A rápida industrialização do chamado “Vale do Aço” foi obtida às custas de um desenvolvimento não sustentável para essa região baseado no binômio “mineração-siderurgia” a qualquer custo. A poluição atmosférica, a grande degradação de suas águas, a pobreza, a violência urbana, o acúmulo do lixo, a questão da monocultura do Eucalipto sem limites são alguns sinais dessa falta de sustentabilidade.

Rio Piracicaba (MG) Esse rio é um exemplo que sintetiza os principais impactos da cadeia produtiva “minério de ferro+monocultivo de Eucalipto+siderurgia” no estado de Minas Gerais.

Foto da siderúrgica Belgo-Mineira Arbed, João Monlevade, MG, no alto, setor de trefilação. Abaixo, descarga de borras e efluentes líquidos da aciaria no rio Piracicaba, afluente do rio Doce, 1991

Tributários do médio rio Doce (MG) Existem dois grupos de rios nessa região: (a) grupo I: tributários com boa a ótima qualidade de água; (b) grupo II: triburários com qualidade de água ruim ou péssima. A qualidade de água desses rios piora sensivelemente durante a estação chuvosa.

http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/art_pdf/rf_perd.pdf

O assoreamento é uma das piores formas de degradação ambiental dos recursos hídricos.

Em muitas regiões do globo tais como no Marrocos, Colômbia e mesmo no Brasil, muitos rios e reservatórios estão rapidamente sendo assoreados. Em alguns casos, tais como na represa Mohammed V (Marrocos), um grande empreendimento (300 MW,) as estimativas são de que em 2030 o reservatório esteja completamente assoreado. O rio São Francisco era antes navegável de Pirapora (MG) a Juazeiro na Bahia. Hoje, o que se vê são gaiolas abandonas às suas margens.

Cólera Essa é uma doença de veiculação hídrica que tem experimentado notáveis avanços em algunas regiões tais como na Àfrica e na América Latina.

Dengue A expansão geográfica das populações do mosquito transmissor da degue, Aedes aegypti foi enorme na América Latina. Embora as políticas públicas de combate a essa doença tenham alcançado sucesso no país, falta uma maior articulação nos diferentes níveis governamentais para manter essa doença sob controle no país.

O avanço da degradação das águas não é uma constante mundial. Mesmo países com problemas sociais similares aos do Brasil, há registros de significativos avanços na questão da conservação dos recursos hídricos.

Japão

Rússia

Suíça

Índia

Mudanças nas concentrações médias de nitratos e nitritos em estações fluviais (1980-1984 e 2000-2004) em alguns países de diferentes estágios de desenvolvimento econômico-social (UNESCO-GWF, 2009).

Melhoria da qualidade dás águas fluviais no México.

90-91

90-91

90-91

98-00

90-91 90-91

98-00

98-00

98-00

98-00 90-91

98-00

Monitoramento de óleos e graxas em estações fluviais do México. Os dados ilustram uma tendência de queda nessa variável na maior parte do país (UNESCO-GWF, 2009).

Tab. 1 ( ) - Impactos ambientais, sócio-econômicos e na saúde humana causados por alterações na qualidade das águas superficiais. Mudanças de Estado

Impactos

Aumento das doenças de veiculação hídrica. Aumento da contaminação de pescado, mariscos e moluscos usados como alimento.

Contaminação Microbiológica

Aumento da eutrofização

Aumento dos Nutrientes

Saúde

Aumento dos blooms algais. Mortes de peixes Aumento das macrófitas Mau cheiro

Segurança Alimentar

Sócio-economia Queda no número de dias trabalhados.

Aumento geral nos preços dos alimentos.

Contaminação por nitratos na água potável.

Possibilidade do uso de algas Aumento nos custos de e macrófitas como ração, tratamento da água e alimento ou biocombustíveis. dos esgotos. Aumento da bioacumulação de Queda na saúde dos animais Quedas nas atividades de recreação ou do turismo. nutrientes em moluscos e aumento (gado, etc.). de doenças neurológicas e gastroQuedas na produção de intestinais. alimentos.

Aumento dos níveis de BOD

Queda dos níveis de oxigenação em lagos e rios. Extinção de espécies pouco tolerantes a depleção de OD.

Queda na produção ou na qualidade do pescado.

Quedas nas atividades de recreação ou do turismo.

Aumento dos sedimentos em suspensão

Mudanças na estrutura das comunidades com extinções locais.

Queda na produção ou na qualidade do pescado.

Perda de vida útil em reservatórios; aumento do preço da eletricidade.

Presença dos POP´s

Mudanças na estrutura das comunidades com extinções locais.

Aumento dos níveis de contaminação desses agentes nos produtos de origem animal. Aumento das doenças crônicas.

Queda na produção ou na qualidade do pescado.

Aumentos nos gastos de saúde pública.

Poluição por metais traço

Mudanças na estrutura das comunidades com extinções locais.

Aumento das doenças crônicas.

Queda na produção ou na qualidade do pescado.

Aumentos nos gastos de saúde pública.

Animais peçonhetos, aumento nas pragas urbanas.

Queda na produção ou na qualidade do pescado.

Queda no Turismo

Aumento do Lixo

Tab. 1( B) - Impactos ambientais, sócio-econômicos e na saúde humana causados por alterações na vazão dos rios.

Mudanças de Estado

Impactos Perda de biodiversidade.

Aumentos na fragmentação dos ecossistemas e da eutrofização. Alterações na vazão Aumento da dos rios probabilidade de infestações por espécies exóticas.

Queda no transporte de sedimentos para as regiões costeiras

Saúde

Perda de qualidade de água à jusante. Aumento das doenças de veiculação hídrica

Segurança Alimentar Aumento da irrigação

Diminuição dos estoques de pesca Aumento da salinização

Segurança Física

Sócio-economia

Aumento de gastos com controle de enchentes. Aumento dos conflitos pelo uso da água. Aumento dos gastos com migrações internas e regionais.

Quedas na pesca, na navegação, na produção de hidroeletricidade. Perdas econômicas, aumento do desemprego. Perdas econômicas, aumento do desemprego. Perdas econômicas, aumento do desemprego. Perdas econômicas, aumento do desemprego. Perdas econômicas, aumento do desemprego.

Aumento da erosão costeira.

Perda de valor de propriedades.

Queda na produção agrícola das várzeas Queda na produção de áreas úmidas costeiras Queda na marinocultura e na produção de camarões. Queda no transporte de sedimentos para as várzeas inundáveis.

Tab. 1 ( C) - Impactos ambientais, sócio-econômicos e na saúde humana causados por alterações nos níveis e na qualidade das águas subterrâneas.

Mudanças de Estado

Impactos Poços secos

Níveis e qualidade da água subterrânea

Aumento da salinização e da poluição Diminuição das descargas para recarga Instabilidade de solos

Saúde

Segurança Segurança Física Alimentar Aumento nos casos Queda na atividade de infecções de irrigação e na gastro-intestinais qualidade de água. Aumento dos Queda na qualidade de água. gastos em saúde pública. Queda dos níveis de água disponível para as populações Aumento dos Possibilidades de gastos em saúde acidentes graves. pública.

Intrusões de água salina

Aumento dos gastos em saúde pública.

Fluxo reverso

Aumento da poluição em canais e do solo.

Sócio-economia Aumento geral do preços dos alimentos. Diminuição da vida útil de poços e outras estruturas. Aumento da desigualdade de salários e rendas. Aumento dos custos de tratamento da água.

BRASIL Grande autonomia político-admnistrativa de estados e municípios.] Dados Básicos: -8.5 milhões de Km2 - 187 milhões de habitantes -26 Estados - 1 DF - 5.564 Municípios. -Cinco Regiões: - Norte - Nordeste - Sudeste - Centro-Oeste -- Sul (*) IBGE, 2007

IBGE, 2010

Vazão de Água Doce km3

ESCALA

Brasil: 5.660 km3 (12%) América Latina: 8.427 km3 (18%)

Mundo: 44.000 km3 ANA, 2010

BRASIL – Um país caracterizado por um intenso processo de urbanização POPULAÇÃO (1950): 52 milhões

Áreas urbanas : 19 milhões (36,5%) Áreas rurais: 33 milhões (63,5%)

POPULAÇÃO (2008): 187 milhões Áreas urbanas: 151 milhões (80,7%) Áreas rurais: 36 milhões (19,3%) IBGE - Censo 2000

Usos da Água no Brasil

Urbano 11%

Industrial 7% Rural 2%

Animal 11% Irrigação 69%

ANA, 2010

Usos das Àgua (Demanda)

Demanda/Disponibilidade hídrica < 5% Excelente 5 - 10% Confortável 10 - 20% Preocupante 20 - 40% Crítica > 40% Muito crítica Região hidrográfica

ANA, 2010

Brasil Abastecimento de água tratada

• • •

90 % Cidades 18 % Áreas rurais Areas 78 % Brasil

ANA, 2010

Brasil: Déficit de Acesso aos Esgotos

IBGE, 2010

Fig. 4.3 – Saneamento Básico em 2004: (a) água tratada; (b) esgotos.

Esgotamento Sanitário (Brasil)

Heller, 2010

Gestão de Resíduos Sólidos Brasil (Áreas Urbanas)

Heller, 2010

Gestão de Resíduos Sólidos Brasil (Áreas Rurais)

Heller, 2010

Represa da Pampulha (Janeiro de 2009):

Podemos falar de gestão de recursos hídricos sem considerar a questão do lixo (resíduos sólidos)?

Brasil: Base Legal do Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Pinto-Coelho 2009

Constituição Federal de 1988 “Artigo 20. São bens da união..........

III – lagos e rios, quaisquer cursos de água ou lagos no território federal ou que banha um ou mais estados, servindo como fronteira com outro país…. “Artigo 21. A união deve ... XIX – institutir um sistema nacional de gestão de recursos hídricos e definir os critérios de outorga de direitos de uso”

Lei 9433 – Fundamentos da Política Nacional de Recursos Hídricos -A água é um bem público;

- A água é um recurso natutal limitado e possui valor econômico; - A prioridade deve ser dada ao consumo humano e à dessedentação de animais. - A gestão das águas deve sempre permitir os seus usos múltiplos; - A gestão das águas deve ser descentralizada e involver a participaçao do governo, usuários e também da sociedade organizada.

Lei 9433 – Política Nacional de Recursos Hídricos Princípios Básicos

A bacia hidrográfica deve será a unidade territorial para a implementação da lei 9.433.

Braga, 2006

Gestão das Bacias Hidrográficas

GOVERNO

OUTROS

Usuários: Nível Federal (ANA)

Acordos de Cooperação

Contrato de Gestão

Comitê de Bacia ( órgão deliberativo)

Instrumentos de Gestão (Outorgas, Controles, Cobranças) (Acordos de integração)

Nível Estadual (Ex: IGAM)

Agência de bacia ( órgão executivo) Contrato de Gestão

Nível Municipal (Ex: SMMA)

- Provedores de serviços de saneamento) Irrigação - Hidroeletricidade - Navegação - Aquacultura - Pesca - Turismo e lazer - Associações científicas e profissionais - Universidades - ONG´s - Iniciativa privada - Minerações - Indústrias - Pecuaristas - Agricultores

Braga, 2006

Comitês de Bacia em funcionamento (estaduais e federais)

STATE RIVER BASIN COMMITTEE

Paraiba River Basin Committee

ANA, 2008

Bacia do Rio Paraíba do Sul

Braga, 2006

Outorga

Controle

Cobrança

PNRH Sistemas de Informação

Classificação e Tipificação

Instrumentos de implementação da PNRH

Braga, 2006

Constituição Federal do Brasil 1988

Rios Estaduais Rios Federais

Braga, 2006

Jurisdição das Águas: União versus Estados S1 R1

S2

S3

P1

D1

P2

R3 P6

P3

R4 D2

R2

P4

P5

JURISDICTION 1. Rios R4 and R2 e o reservatório D2 são federais 2. Rios R1 e R3 são estaduais; 3. Se o reservatório D1 foi construído com recursos da união então suas águas são federais do contrário suas águas pertencerão ao estado onde estiver localizado. Outorgas de uso 1. Outorgas P2 e P6, são expedidas pelo estado. 2. Outorgas P3, P4 and P5, são expedidas pela união.

3. Outorga P1 ié emitida pela união. Braga, 2006

Fundamentos do Saneamento Básico no Brasil (Lei 11.445/2007)

Saneamento básico

Medida de Promoção à saúde pública

Medida de proteção ambiental

Medida de Infra-estrutura urbana

Medida de cidadania

Os recursos hídricos necessitam não somente de proteção mas de manejo e gestão...

Heller, 2010

Interface Desenvolvimento urbano e recursos hídricos.

- Abastecimento de água potável - Esgotamento sanitário - Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos - Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

Podemos incluir os recursos hídricos como uma commodity?

Heller, 2010

PACTO PELO SANEAMENTO BÁSICO Decreto 6.942 de 19/08/2009, art. 48 - Diretrizes:           

Eqüidade social e territorial; Desenvolvimento sustentável; Planejamento por indicadores epidemiológicos e de desenvolvimento social; Qualidade de vida: Saúde e Ambiente; Desenvolvimento urbano e regional; Atendimento da população rural dispersa; Adoção de tecnologias apropriadas; Elegibilidade por fatores de renda e cobertura, urbanização, concentração populacional, disponibilidade hídrica, riscos sanitários, epidemiológicos e ambientais; Bacia hidrográfica como unidade de referência; Estímulo mecanismos de cooperação federativa. Políticas de desenvolvimento urbano e regional, habitação, combate a pobreza, proteção ambiental, promoção da saúde e outras devem considerar a necessária articulação com o saneamento básico.

Bem-estar?

Segurança?

Desenvolvimento Sócio-Ambiental? RMPC, 2010

Investimentos não-onerosos realizados em ações relacionadas com saneamento básico. (SIGPLAN 2009) (Em R$ 1.000,00)

ANO

Revitalização e Urbanização, recuperação de habitação e infrabacias hidrográficas estrutura sanitária / (%) / (%)

Infra-estrutura hídrica / (%)

Desenvolvimento institucional / (%)

Gestão de programa / (%)

TOTAL

2000

3.512,17

0,5

--

--

707.609,51

99,5

--

--

--

--

711.121,68

2001

916,97

0,1

--

--

869.082,00

99,9

--

--

--

--

869.998,97

2002

104.537,56

3,8

1.431.151,12

51,7

1.213.689,80

43,9

17.257,75

0,6

--

--

2.766.636,24

2003

2.943,80

0,3

651.810,86

69,4

280.821,91

29,9

3.617,47

0,4

--

--

939.194,03

2004

9.774,54

0,6

1.212.183,29

80,1

216.470,82

14,3

21.557,17

1,4

54.188,14

3,6

1.514.173,97

2005

70.763,98

2,8

1.669.296,78

65,7

711.728,51

28,0

25.944,48

1,0

63.949,14

2,5

2.541.682,89

2006

96.250,45

3,0

2.707.092,34

85,3

255.593,05

8,1

35.688,05

1,1

77.948,77

2,5

3.172.572,66

2007

17.600,64

0,3

3.961.185,41

73,6

1.284.180,91

23,9

36.551,71

0,7

82.347,60

1,5

5.381.866,28

2008

--

--

6.240.565,70

77,7

1.688.827,01

21,0

25.687,41

0,3

76.308,60

1,0

8.031.388,73

2009

--

--

933.665,69

69,3

356.285,57

26,4

1.077,72

0,1

56.721,12

4,2

1.347.750,10

TOTAL

306.300,11

1,1

18.806.951,19

27,8

167.381,78

0,6

411.463,37

1,5

27.276.385,54

68,9 7.584.289,10

Heller, 2010

Número de contratos por Ministério. 2004-2009. Siga Brasil, 2009 ÓRGÃO

2004

2005

2006

2007

2008

2009

MINISTÉRIO DAS CIDADES

772

1050

852

1170

1447

810

MINISTÉRIO DA SAÚDE

802

499

488

617

232

168

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

272

274

205

252

242

242

MINISTÉRIO DA DEFESA

17

34

29

40

78

75

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

42

31

15

11

12

9

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

1

--

4

8

7

4

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

3

3

1

2

3

3

2

5

1

2

3

MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE À FOME

MINISTÉRIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

2

--

--

--

--

--

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

2

--

--

--

--

--

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

--

--

--

--

1

--

1.913

1.893

1.599

2.101

2.024

1.314

TOTAL

Heller, 2010

Saneamento Básico no Brasil Pulverização de ações em diferentes ministérios Pouca ou nenhuma articulação interinstitucional

Investimentos não-onerosos por Ministério (2004-2009). SIGPLAN, 2009

As águas dos rios brasileiros estão entre aquelas com maiores índices de coliformes em todo o mundo (Programa UNESCO-GWF).

A bacia do rio Paraíba do Sul tem elevados índices de contaminação por mercúrio. A poluição por metais traços (pesados) está frequentemente associada a uma má gestão de resíduos sólidos.

UNESCO, 2009

Gestão Ambiental de Recursos Hídricos no Brasil Min Defesa.

Recursos Hídricos

ANA PR Minist. Cid MDA Min Transp. Min Trab MS MMA MEC

Bacias Hidrográficas

Saneamento Abastecimento Esgotamento Tratamento Res. Sólidos Drenagem Urbana

Saúde Ambiental

Saúde Humana Sanidade Animal e Qualidade dos Alimentos

Hidrologia RMPC, 2010

Geografia

Prof. saúde

C. Animais

Engenharias Agronomia Ecologia e afins

A gestão ambiental de Recursos Hídricos no Brasil deve requer uma ação articulada de diversos especialistas

Disponibilidade de Água

Prestação de Serviços de Saneamento

Conservação de Recursos Hídricos

Hidrólogos e afins

Sanitaristas Limnólogos e afins

RMPC, 2010

Gestão de Recursos Hídricos deve também preservar a saúde dos ecossistemas

Eutrofização Espécies Exóticas Extinções de espécies

Saúde Ambiental

Poluição Contaminação Perda da qualidade dos serviços ecológicos RMPC, 2010

MMA e ANA

Ministério das Cidades

A Gestão Ambiental de Recursos Hídricos tem sido caracterizada por uma grande pulverização de ações, muito corporativismo, pouco enfoque (real) na bacia hidrográfica (em detrimento dos municípios, p.ex.), por ausência de políticas de estado em favor de políticas de governo que estão mudando a cada novo período eleitoral.

Ministério das Cidades Outros que atuam mas não aparecem na cena... RMPC, 2010

Problemas Ambientais

Problemas Ambientais

Problemas Ambientais

Políticas Públicas

Políticas Públicas

Foco em Soluções testadas Políticas Públicas

Políticas Convencionais Administrando demandas Tapando buracos e apagando incêndios...

Gestão: Manejo, Gestão: Manejo, Conservação Gestão: e Conservação e Manejo, Conservação e Mitigação Mitigação Mitigação

Gestão Convencional Foco em alvos específicos Sem mudanças de paradigmas

RMPC, 2010

Gerenciamento da água no Brasil: - para onde devemos caminhar?

Para avançarmos na gestão de recursos hídricos não basta a aprovação de novos instrumentos legais. É necessário uma melhor articulação interinstitucional, a adoção de novos enfoques e conceitos (ex: Biologia da Conservação, Coleta Seletiva e Reciclagem de Resíduos), uso de tecnologias mais avançadas (remoção do fósforo nos efluentes urbanos) e sobretudo uma superação dos entraves corporativos que ainda assolam esse setor no governo. RMPC, 2010

Problemas Ambientais

Problemas Ambientais

Foco em Soluções testadas Políticas Públicas

Problemas Ambientais

Foco em Novas Soluções

Políticas Públicas

Políticas Convencionais Administrando demandas Tapando buracos e apagando incêndios...

Políticas Públicas

Políticas Inovadoras e Transformadoras

Gestão Convencional Foco em alvos específicos Sem mudanças de paradigmas

Mudanças estruturais Gestão ambiental adaptativa e Criativa.

RMPC, 2010

Gestão: Manejo, Gestão: Manejo, Conservação Gestão: e Conservação e Manejo, Conservação e Mitigação Mitigação Mitigação

As bases do bem-estar da sociedade humana

Relações Socais

Saúde

O bem-estar da sociedade

Segurança

Necessidades Materiais

GEO-4, UNEP. 2007

As bases da sustentabilidade

População e Recursos Humanos

Segurança Alimentar

Indústria e Urbanização

Sustentabilidade

Espécies e Ecossistemas Energia

RMPC, 2011

Sustentabilidade: Em princípio, um conceito simples de ser definido, cuja implantação não é nada fácil.

RMPC, 2009

RMPC, 2011

Transporte urbano e a reforma urbana Saneamento público Construções verdes Energia eólica e do metano Energia solar

Reciclagem de automóveis Reciclagem em geral Conservação de ecossistemas

RMPC, 2011

Muito Obrigado !

Ricardo Motta Pinto-Coelho E-mail: [email protected]

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