Globalização e cidadania em um contexto comunicacional de reterritorialização contemporânea de portugueses e brasileiros.

June 5, 2017 | Autor: Paulo Celso Silva | Categoria: Globalization, Milton Santos, Vida Cotidiana
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Projeto de Pesquisa Globalização

e

cidadania

em

um

contexto

comunicacional

de

reterritorialização

contemporânea de portugueses e brasileiros. Prof. Dr. Paulo Celso da Silva Resumo Partindo, principalmente, das propostas de Milton Santos sobre os temas da globalização e cidadania e tendo em conta sua trajetória de pensar a esse processo desde uma perspectiva brasileira, este estudo pretende fazer a trajetória inversa e analisar globalização e as cidadanias lusitanas e brasileiras desde a perspectiva do olhar de um pesquisador em transito. A pesquisa tem o objetivo de verificar como a reterritorialização de portugueses e brasileiros, devido ao realinhamento sócio econômico por que passa a Europa, pode constituir uma nova cidadania localglobal. A cidadania em trânsito constrói outras relações cotidianas das pessoas com o lugar, porém, pensadas em uma relação local-global como sistemas de mobilidade humana onde a mídia tem um papel importante de ajudar na construção da realidade social, dessa forma aproximando geografia, comunicação, sociologia para tentar responder essa novas demandas criadas no contemporâneo. Palavras-Chave. Globalização. Cidadania. Reterritorialização. Portugal. Brasil. Introdução Este projeto de pesquisa, inscrito no edital da Cátedra Milton Santos, foi gestado durante este ano quando do desenvolvimento de um pós-doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, com a supervisão da Dra. Sônia Virgínia Moreira, tendo como tema “Geografia da Comunicação: análise da produção intelectual do Dr. Milton Santos e a sua aplicação/relação com a Comunicação”. Desde o início, dessa pesquisa aceitamos, que comunicação é emoção (SANTOS, 2002, P. 62). A emoção possibilita ver além do estritamente racional e considerar outro olhar para a globalização e a cidadania para além da proposta veiculada pelos meios de comunicação. Desse posicionamento foram possíveis reflexões sobre a comunicação e o espaço, lugar, região, uma série de categorias e subcategorias geográficas expostas diariamente pelas mídias, sem que estas tenham compromisso com seu desenvolvimento teórico. Nesse ínterim, temas como globalização, deslocamentos e diásporas foram abordados e trouxeram questionamentos sobre o que ocorria com estrangeiros portugueses e brasileiros postos em trânsito, para alcançar um lugar no processo de globalização, sempre culpado de todos os males e, ao mesmo tempo, facilitador dos sucessos de nossos conterrâneos e patrícios em um ou outro país. Com tais questionamentos, desenvolvemos uma proposta de trabalho que fará a experiência inversa do geógrafo baiano, ou seja, pensaremos o Brasil a partir de Portugal e embasado nas teorias de Santos, para refletir sobre o Brasil no processo de Globalização atual. Os mais familiarizados com a obra intelectual de Santos sabem que o livro Marianne em Preto e Branco (1960 e 2010) é um diário de viagem intelectual, repleto de impressões pessoais,

reflexões teóricas e propostas de trabalho nas entrelinhas. Isso demonstra a capacidade de observação e a percepção espacial de Milton Santos já sendo delineada e que viria a transformar, porque não dizer revolucionar, o pensamento das ciências humanas e sociais nas décadas seguintes. Meus primeiros contatos com a obra de Milton Santos aconteceram, como para muitos estudantes, na licenciatura em Geografia, por intermédio da obra “Por uma Geografia Nova”, que repercutia entre geógrafos propondo um novo posicionamento teórico metodológico conhecido como geografia crítica. Conheci pessoalmente Milton Santos, no Departamento de Geografia Humana da Universidade de São Paulo, quando aprovado no mestrado e pude constatar a força de seus pensamentos e da pessoa, ouvindo as conversas e debates entre ele e meu orientador. Pouco ou nada falava nesses encontros, mas aprendia muito com os dois. Em uma das ocasiões, solicitei que autografasse um de seus livros, naqueles dias lançado, “Metrópole corporativa Fragmentada. O caso de São Paulo”. E a dedicatória dizia: “Ao colega Paulo Celso, com um abraço primaveril (a primavera é sua!)”. Assim como aconteceu comigo, certamente muitos tiveram o privilégio da presença, do trabalho e das palavras de incentivo para fazer algo diferente, diferenciado que ajudasse a pensar e mudar o mundo que se globalizava. Atualmente, como Professor e Coordenador do Programa de Mestrado em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba, prossigo as reflexões da obra de Milton Santos ao aproximar sua contribuição para um fazer comunicacional, que não apenas retransmita o mundo, desde o viés que oferecem os conglomerados hegemônicos, mas também um fazer solidário do cidadão, em seu lugar, contrastando com o global. A oportunidade que a Cátedra Milton Santos oferece, para pesquisar e produzir em contato com as dinâmicas e estruturas sócio espaciais Portugueses e Brasileiras, contribui para o avanço e o debate da globalização e da cidadania no contexto da reterritorialização contemporânea. Por seu turno, as possibilidades de pesquisa do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em razão de seus bancos de dados e do ambiente intelectual motivador para empreender essa jornada serão, certamente, indicadores de “sucesso” projetado, ou no dizer de Santos, o futuro como projeto. Neste Plano de Trabalho preliminar estão algumas reflexões, com o intuito de sinalizar as atividades relevantes a serem desenvolvidas no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em conjunto com o Professor Doutor Antoni de Jesús Aguiló, que prontamente se responsabilizou pela orientação na Instituição de Pesquisa Portuguesa. Antes de apresentar o Indicador de Plano de Trabalho, propriamente dito, parece acertado pensar teoricamente o tema proposto, colocando em relevo, inicialmente a Globalização e a cidadania, temas interligados e a partir dos quais podemos recorrer e dialogar com Santos, Aguiló e Souza Santos. Porém, as obras indicadas nas referências, principalmente aquelas de Milton Santos,

serão apenas as citadas nesta Proposta de Trabalho e não a totalidade da produção do autor que será foco posterior de trabalho (conforme indicado no item Levantamento do Estado da Arte sobre as obras de Milton Santos). Em seguida, Cidadania em Trânsito, pensando pela cidadania de baixa intensidade, a força do lugar e o cotidiano intransferível que cada um de nós vive. Finalizamos com o Indicador de Plano de Trabalho, feito idealmente e que, seguramente, sofrerá alterações para ser adequado aos interesses do professor que nos receberá e aos interesses do Centro de Estudos Sociais como um todo. Por último, os resultados esperados que contemplem atividades diversificadas, como forma de valorizar, ainda mais, a importância da Cátedra Milton Santos na difusão de informações e conhecimentos que contribuam para o avanço da produção intelectual brasileira de excelência.

Globalização e Cidadania No processo de globalização, desde os finais dos anos 1980, o conceito de cidadania, entendido de maneira geral como sendo os direitos na participação da organização social na qual o indivíduo goza de seus direitos e deveres frente à sociedade e o Estado, foi questionado e até mesmo indicado, (soares, 1995; KORNIS, 1994) como conceito vazio de significado com o fim do Estado de bem estar social. Ainda nessa fase, o conceito de cidadania global começa a ser veiculado como possibilidade pelo avanço e fluidez das tecnologias de informação. Mas, havia que se pensar quem, efetivamente, globaliza-se, quando, a quem esse discurso servia etc. Um dos pensadores a aceitar esse desafio foi Milton Santos que, em um congresso internacional em sua homenagem, foi chamado de “Cidadão do Mundo” (1996), e tendo como ponto de partida a relação Brasil-Mundo, ou seja, um pensamento que parte do local para o global, das perspectivas brasileiras e não a globalização do ponto de análise norte-americano ou europeu. O geógrafo foi um crítico da Globalização, ao chamar atenção para as contradições que esse processo trazia, afirmou em diversos encontros, congressos e entrevistas que: “Quando todo o planeta é capitalista, a contradição já está posta”. A força do local na economia global é o principal argumento para intelectuais, estudantes, políticos e tantos outros preocupados com os rumos da sociedade, continuarem a refletir e propor mudanças possíveis, propor um futuro, porém, futuro enquanto tendência, como sempre insistiu Milton Santos. No ano de 2002, dois grandes Fóruns acontecem e são simbólicos na representação do Norte e do Sul: em Nova Iorque, o Fórum Econômico Mundial e, em Porto Alegre, o Fórum Social. Ambos propuseram visões distintas e antagônicas para o processo de Globalização. Dessa forma, este projeto abrange parte da Teoria Miltoniana, para estudar como, hoje, a cidadania de Portugueses e Brasileiros pode ser pensada, em um momento em que os pilares do capitalismo global são os setores da informação e financeiros. É a partir das informações

veiculadas, Santos chamava de “Tirania da Informação” (SANTOS, 2000, P. 53), que o financeiro pode impor uma ação às sociedades onde a crise gera mais crise, visto que esta é global, ora concomitante em vários espaços, ora particular de um país ou região. Deslocamentos, que antes eram do Brasil para Portugal, visavam conquistar ganhos que no Brasil pareciam não ser, então, possíveis, tais como o direito a uma vida digna economicamente, ou o direito a sonhar com um futuro para os familiares, fizeram muitos brasileiros e descendentes de portugueses buscarem uma colocação melhor na Europa, ou ainda, ter em Portugal seu lugar de fixação ou a porta de entrada para outros países europeus. Devemos destacar desses deslocamentos diaspóricos que, penas aqueles em condições (físicas, emocionais, econômicas e financeiras) para tanto é que o fazem, para os demais – familiares, amigos, pessoas próximas – fica a ilusão da vitória para aquele que se vai. No imaginário das pessoas que ficam, parece não existir o medo, a discriminação, a adaptação, apenas a ideia da vitória do outro. Contudo, a partir de 2009, pelo menos, as condições socioeconômicas mudaram drasticamente fazendo com que, também na Europa, a manutenção dos ganhos sociais históricos passassem por uma reformulação e, inclusive, enfrentamento entre Estado e os cidadãos em diversos países, onde a economia ficou mais fragilizada, como a Grécia, Espanha, Portugal, por exemplo. O deslocamento de pessoas voltou, mas, agora, na direção contrária, de Portugal ou da Europa para o Brasil, motivado pela situação mais favorável desta economia. David Harvey (Araújo, 2012, p.19-20) analisa que “a política interna foi capaz de lidar com os efeitos da crise. Criaram-se estímulos internos a partir de políticas de distribuição de renda. O segundo aspecto a ressaltar é a orientação para o comércio com a China. Todos os países que estimularam o fortalecimento das relações com a China superaram os efeitos da crise rapidamente”. Dados do IBGE (2000) sobre a imigração portuguesa no Brasil ajudam a atestar as diversas fases desse processo. Assim, conforme esse órgão, o ano com a menor média anual foi de 125 portugueses entre os anos de 1837-1841 e a maior média anual foi de 25.138 durante os anos de 1901-1930. Os anos de 1981 a 1991 marcam o grande declínio da imigração, com média anual de 406 portugueses. De acordo com os dados da Coordenação Geral de Imigração Brasileira (2012), as autorizações de trabalho concedidas por país de origem indicam que para Portugueses foram 708, em 2009; 798, em 2010; 1564, em 2011 e 1623, até o mês de setembro de 2012. Sendo que o número de imigrantes Portugueses, por Estado, fica assim dividido: AL 5; B, A 57; CE 131; DF 22; GO 9; MG 70; MT 3; PA 14; PB 6; PE 93; PR 47; RN 52; RS 45; SC 24; SP 671 e TO 2. Visitando diversos Web blogs como o de Coutinho e Coelho, que oferecem informações sobre portugueses no Brasil, encontramos testemunhos de portugueses que vieram para o Brasil

buscando uma oportunidade de futuro e outros, ao contrário, são investidores, diversificando suas atividades ou expandindo. O grupo “Portugueses no Brasil”, do Facebook1, por exemplo, presta informações sobre vistos, links de transportadoras e serviços de interesses para os conterrâneos imigrados. Para esta pesquisa no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, além dos levantamentos quantitativos, necessários para demonstrar qual a dimensão do deslocamento de Portugueses e Brasileiros, a partir dos dados oficiais, também se faz, igualmente, necessário o levantamento de dados em jornais e revistas locais, web sites e redes sociais que tratam do tema, analisando as informações contidas e no caso dos Web blogs, o teor dos comentários encontrados. Em uma pesquisa parcial e rápida foi possível encontrar descrições deixadas, por cidadãos de ambos os países, onde descriminam a cultura local (estética, festas, culinária os mais citados) e, outros comentadores, mais conciliatórios, chegam a pedir desculpas pelo que seu conterrâneo escreveu nesses comentários. Deixar ou não comentários ofensivos e de inteira responsabilidade e escolha do agenciador do Web Blog. O que os números e as visitas a Web blogs mostram é o aumento de portugueses em trânsito, tendo o Brasil como destino de fixação. Isso demanda novas reflexões sobre os rumos que o processo de globalização está indicando, assim como repensar a cidadania. Tanto quanto os dados oficiais, geradores de políticas, discursos e ações nos dois países e com seus parceiros nos blocos econômicos – Comunidade Europeia e MERCOSUL – os relatos em rede sociais geram expectativas, esperanças, medos, aflições naqueles que buscam informações pensando em mudar de um país a outro. Na trilha da proposta Miltoniana, é possível também fazer uma reflexão que não leve em conta apenas o racional, reprimindo os sentimentos de pessoas fazendo a globalização com as possibilidades e ferramentas de que dispõem, ou seja, seu conhecimento, formação e oportunidade de migrar. Diferente do capital e dos grupos hegemônicos, as pessoas, na globalização, não buscam apenas afastar e/ou resolver a crise financeira. A maioria tem mais pretensões, e estas aparecem nos relatos ou nas entrelinhas dos depoimentos. Assim também com uma realidade que o pesquisador busca, que não se encontra na superfície, mas nos interstícios das práticas e discursos, virtuais ou presenciais. Para a análise dos depoimentos encontrados em Web blogs, inicialmente, será feito uma triagem e uma divisão por temas definidos e nomeados (cultura, descriminação racial, melancolia, por exemplo). Após essa etapa passa-se a interpretação deles considerando critérios sociológicos a serem definidos com o orientador, de posse das amostras. A cidadania em Trânsito 1 Rede Social alocada na internet em 2012superou 1 bilhão de usuários.

A primeira questão que se apresenta, quando buscamos compreender as cidadanias engendradas pela globalização, é de que cidadanias nos referimos? Autores como Milton Santos, Antoni Jesús Aguiló e Boaventura Souza Santos, por exemplo, em vários momentos de suas carreiras, para responder ao neoliberalismo, enquanto filosofia do capitalismo global, classificam a cidadania de diferentes maneiras, mas que, ao final, convergem em conteúdo e continente. A ideia geral é que, no neoliberalismo existe uma servidão em consequência de uma única lógica na produção de parâmetros, imagens, significados que permeiam o cotidiano. O geógrafo brasileiro vai desenvolver a teoria dos homens lentos na cidade opaca (1996, p. 210) e Aguiló conceitua como cidadania de baixa intensidade (2009, p. 4) e Souza Santos como fascista social (2001, p. 45) onde todos são cidadãos com direitos e deveres, porém, enquanto os dois primeiros – opacos e de baixa intensidade não exercem (ou são impedidos de exercer) em plenitude, o fascista social é uma pessoa igual ao outro, mas diferente, isto é, a força do capital econômico e financeiro que detém, o faz autoritário e arbitrário socialmente. De nossa parte, pensamos que a proposta de uma cidadania em transito como categoria, pode ser interessante para pensar a parcela da sociedade que se desloca em busca de ser um cidadão pleno. Esse cidadão, ao mesmo tempo em que pode usufruir, incorporando e vivendo momentos da lógica do capital – viajando de avião, vislumbrando um caminho em outro país, projetando seu futuro – é também aquele que viu e viveu o esgotamento das possibilidades no lugar de origem. Em seu país não tem mais lugar para exercer o que lhe é de direito e, a partida, surge como solução e saída da sobrevivência social. Sejam os mais variados motivos, a cidadania em trânsito na globalização pode indicar novos rumos para a reflexão do viver em sociedade a partir dessa segunda década do século XXI, quando tanto se fala sobre o fim das fronteiras, graças às tecnologias da informação cotidianas. Contudo, as fronteiras são obstáculos físicos e a imagem que ela sugere é a de placas tectônicas em alinhamento e ajustes constantes e não de eliminação total. Em pesquisa preliminar foi possível verificar a diversidade de histórias e a complexidade de fatores que levam pessoas a deixarem seu país de origem, portanto, é mister uma pesquisa mais aprofundada e sistematizada para dar conta de toda a gama de situações, motivos tão diferenciados que levam a essa empreitada. Alguns grupos saem de Portugal para investir em ramos como tecnologia, turismo, design, prestação de serviços diversos em busca da diversificação, internacionalização de seu negócio e maior rentabilidade. Outros buscam o primeiro emprego ou o retorno a sua área de formação, como é o caso de engenheiros e arquitetos, principalmente, que afirmam existir maiores perspectivas no Brasil, em função das construções para atender os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Outra questão emerge dessa constatação: Como Portugueses e Brasileiros, em transito entre

os países, podem almejar a cidadania se esta depende da força do lugar, do estar-aí? O lugar relaciona-se diretamente com a presença, participação e pertencimento a um cotidiano comum dos sujeitos de dada escala social, seja ela um bairro, uma vila, uma cidade. Com isso, abre-se a questão de que a cidadania somente será alcançada pela mediação entre os atores em seu lugar? A força do lugar, aliado às práticas cotidianas, possibilita a melhoria da qualidade na participação cidadã. É no lugar que o cotidiano pode se exprimir com maior fluidez. Também no cotidiano, “a globalização faz também redescobrir a corporeidade” (SANTOS, 1996, p. 212). Isso requer considerar cada lugar como o mundo. Porém, essa globalidade requer também maior individualidade e, no limite, necessidades de outras relações para o entendimento do fenômeno, já que é o global e o local agem e interagem ao mesmo tempo, ao que, também, podemos chamar de glocalidade2. Por fim, este estudo deve, também, contribuir para o aumento dos estudos da comunicação em sistemas de mobilidade humana, tendo o Brasil como país de destino migratório.

Indicador do Plano de Trabalho 2013 Março 1. Apresentação e Incorporação ao Centro de Estudos Sociais – Coimbra (CES) com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. 2. Reunião com o Prof. Dr. Boaventura Souza Santos. 3. Entrega da Carta de Intenções para intercâmbio de docentes, discentes entre o CES e a UNISO. 4. Reunião com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló do CES e reconhecimento do local de trabalho e bancos de dados disponíveis. 5. Disponibilidade e Possibilidade de trabalhar um módulo ou workshop com os alunos do Programa de Doutoramento Núcleo de Estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito (DECIDe). 6. Início das Pesquisas. 7. Criação e administração do Blog “Destinos em Trânsito”, no qual serão postados quinzenalmente artigos, fotos e materiais referentes à estada em Coimbra como forma de socialização de informação. 8. Relatório inicial. 9. Disponibilização para orientação, co-orientação de dissertações ou teses e/ou participação em projetos de pesquisa. Abril 1. Levantamento do Estado da Arte sobre o tema da Globalização e cidadania 2. Levantamento do Estado da Arte sobre o tema das relações contemporâneas Portugal – Brasil. 3. Levantamento do Estado da Arte sobre as obras de Milton Santos (iniciado no Brasil). 2

A uma maior globalidade, corresponde uma maior individualidade. É a esse fenômeno que G. Benko (1990, p. 65) denomina “glocalidade”, chamando a atenção para as dificuldades do seu tratamento teórico (SANTOS, 1996:252).

4. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. 5. Relatório 1. Maio 1. Levantamento do Estado da Arte sobre o tema da Globalização e cidadania. 2. Levantamento do Estado da Arte sobre as obras de Milton Santos (iniciado no Brasil). 3. Levantamento do Estado da Arte sobre o tema das relações contemporâneas Portugal – Brasil. 4. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. 5. Envio do paper “Relações Portugal e Brasil: cidadanias em trânsito”, para o XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. GT Geografias da Comunicação (O paper será apresentado pela Profª Drª Sonia Virginia Moreira em setembro 2013, quando do Congresso). 6. Participação no XIII Congresso Iberoamericano de comunicação – (29 a 31.05.2013) Santiago de Compostela (paper enviado em Dezembro de 2012). 7. Workshop 35 anos de lançamento da obra “Por uma geografia Nova” de Milton Santos para doutorandos do CES e interessados em geral. 8. Relatório 2. Junho 1. Levantamento dos dados sobre o deslocamento de Portugueses e Brasileiros nos banco de dados do CES 2009 -2012. 2. Levantamento dos dados sobre o deslocamento de Portugueses e Brasileiros nos banco de dados do INE – Portugal 2009 -2012. 3. Relatório 2. 4. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló.

Julho 1. Compilação dos dados e levantamentos adicionais que se fizerem necessários. 2. Revisão dos levantamentos para verificação de possíveis dados necessários e não pesquisados. 3. Inicio do Relatório Parcial. 4. Relatório3. Agosto 1. Elaboração do Relatório Parcial. 2. Relatório 3. Setembro 1. Entrega do Relatório Parcial ao Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. 2. Análise dos Dados e levantamentos bibliográficos. 3. Oferta do Workshop “Globalização e cidadania em um contexto de realinhamento socioeconômico Internacional” para os doutorandos do CES e interessados em geral. 4. Organização de um encontro local Milton Santos – Vida e obra. 5. Relatório 4. 6. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló.

Outubro 1. Análise dos Dados e levantamentos bibliográficos. 2. Organização de um livro Interdisciplinar sobre o tema das Relações contemporâneas entre

Portugal e Brasil – Globalização e cidadania. (Participação docentes do CES, docentes dos Programas de Mestrado e Doutorado da UNISO. Será editado e lançado pela Editora UNISO - EDUNISO). 3. Primeiros estudos sobre um projeto conjunto entre pesquisadores do CES interessados, para desenvolver um trabalho futuro sobre o tema do trânsito de portugueses e a cidadania na globalização nos demais países que foram colonizados por Portugal (Angola, Moçambique, Timor-Leste, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Macau). 4. Relatório 4. 5. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. Novembro 1. Encontro local “Milton Santos – Vida obra obra vida” (25 e 26/11/2012) – Abertura de Sergi Martinez i Rigol (Universitat de Barcelona) “Milton Santos y la geografía de La emoción”. 2. Relatório 5. 3. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. 4. Participação via SKIPE do VII Encontro de Pesquisadores da Uniso – Conferência de Abertura: As relações contemporâneas entre Portugal e Brasil: um estudo a partir do Centro de Estudos Sociais – Coimbra. Dezembro 1. Aula1 em um módulo a critério do Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló abordando “A Alternativa de Milton Santos ao projeto neoliberal contrário à cidadania”. 2. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. 3. Relatório 5. 2014 Janeiro 1. Aula2 em um módulo a critério do Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló abordando “A globalização vista do Sul” e apresentação com debates sobre o documentário – Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá, dirigido por Silvio Tendler. 2. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. 3. Elaboração do Relatório Final. Fevereiro 1. Encontro semanal com o Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. 2. Preparação para o retorno ao Brasil. 3. Elaboração e entrega do Relatório Final aprovado pelo Prof. Dr. Antoni Jesús Aguiló. Resultados Esperados 1. No tocante à produção editorial, todos os Encontros e Workshops listados no Indicador do Plano de Trabalho resultarão em publicações conjuntas CES/UNISO em formato eletrônico, através do Blog “Destinos em Trânsito” e em formato impresso, para ser veiculado no Brasil e Portugal através da EDUNISO. 2. Organização de um livro Interdisciplinar sobre o tema das Relações contemporâneas entre Portugal e Brasil – Globalização e cidadania. (Participação de docentes do CES, docentes dos Programas de Mestrado e Doutorado da UNISO. Será editado e lançado pela Editora UNISO EDUNISO). 3. Efetivação do intercambio de pesquisadores (Alunos e Professores) entre o CES-Coimbra e a UNISO, especialmente, o Programa de Mestrado em Comunicação e Cultura, através de Bolsas Sandwich (CAPES–CNPq–FAPESP) como estratégia de internacionalização e cooperação entre dois centros de pesquisa e docência. 4. Oferta de uma disciplina ou curso no Programa de Mestrado em Comunicação e Cultura que será

ministrado pelo Dr. Antoni Jesús Aguiló ou outro pesquisador do CES em 2015 (acertos ainda em andamento e posterior solicitação de Bolsa para Professor Visitante). 5. Disponibilização dos dados, no CES, sobre o transito de portugueses e brasileiros pesquisados para consulta de futuros pesquisadores. 6. Primeiros estudos sobre um projeto conjunto entre pesquisadores do CES interessados, para desenvolver um trabalho futuro sobre o tema do trânsito de portugueses e a cidadania na globalização nos demais países que foram colonizados por Portugal (Angola, Moçambique, TimorLeste, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Macau). Referências AGUILÓ, A. J. (2009). Ciudadanizar la ciudadanía: retos y apuntes para la construcción y el ejercicio de ciudadanías de alta intensidad. Disponível em http://www.ub.edu/demoment/jornadasfp2009/comunicaciones/4_jueves/agilo-antoniCiudadaniaaltaintensidad.pdf Acesso em 17.10.2012. ARAÚJO, A. (2012) Entrevista com David Harvey. Revista Desenvolvimento IPEA, Brasília, ano 9 n. 71. IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. COELHO, A. L. A Avalanche dos novos portugueses. Disponível em http://www.publico.pt/sociedade/noticia/a-avalanche-dos-novos-portugueses-no-brasil1526845#comments. Avesso em 21.10.2012. COORDENAÇÃO GERAL DE IMIGRAÇÃO – CGI. Autorizações concedidas por país de origem. Disponível em http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A39E4F614013A75729C3540BA/5%20%20Base%20Estat%C3%ADstica%20Geral%20– %20Detalhamento%20das%20autorizações%20concedidas%20em%202011.pdf . Acesso em 15/10/2012 COUTINHO, G. Revista reporta a vida fantástica dos portugueses que vieram para o Brasil fugindo à crise. “Vivem bem e faturam milhões”. Disponível em http://blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte/revista-reporta-a-vida-fantastica-dos-portuguesesque-vieram-para-o-brasil-fugindo-a-crise-vivem-bem-e-faturam-milhoes/ Acesso em 20.10.2012. PORTUGUESES NO BRASIL. Disponível em http://portuguesesbrasil.com/ Acesso em 05.10.2012. PORTUGUESES NO BRASIL – FACEBOOK. Disponível em www.facebook.com/groups/portuguesesnobrasil/ Acesso em 05.10.2012. SANTOS, B. de S., GARCÍA VILLEGAS, M. (eds.) (2001), El caleidoscopio de las justicias en Colombia, tomo I, Siglo del Hombre Editores, Colciencias, Universidad de los Andes, Universidad de Coimbra-CES, Universidad Nacional de Colombia, ICANH, Bogotá. SANTOS, M. (1990). Metrópole corporativa Fragmentada. O caso de São Paulo. São Paulo: Nobel. SANTOS, M. (1996). A natureza do Espaço. Técnica Tempo Razão Emoção. São Paulo: HUCITEC. SANTOS, M. (2000) Por uma outra globalização. Do pensamento único à consciência universal. São Paulo: Record. SANTOS, M. (2002). O país Distorcido, São Paulo: PubliFolha. SANTOS, M. (2010) Marianne em Preto e Branco. Salvador: Ed. Alba (Coleção Ponte da Memória). Primeira edição: Salvador: Livraria Progresso Editora, 1960. SIC NOTÍCIAS. Empresários estão a regressar ao Brasil, incluindo os portugueses. Disponível em http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article760905.ece Acesso em 20.10.2012. SOARES, L.T. (1995). Ajuste neoliberal e desajuste na América Latina. Tese de Doutoramento, Campinas, Instituto de Economia da UNICAMP.

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