Hand-out do curso: Comunistas sem comunismo? Rancière e a igualdade como princípio da organização política

June 14, 2017 | Autor: G. Nogueira Prado | Categoria: Politics, Communism, Jacques Rancière
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Ideia de Comunismo III – Jacques Rancière “No princípio é a igualdade...” Germano Nogueira Prado (CEII) 0. Jacques Rancière e a conferência “Comunistas sem comunismo?” 1. Um fato a ter em conta: as múltilplas conotações de “comunismo” 1.1. Famosos movimentos do passado – nome a recuperar 1.2. Infames poderes estatais do passado – nome amaldiçoado 1.3. Nome do partido que presentemente comanda: a) a nação mais populosa b) um dos mais prósperos países capitalistas. 1.3.1. Comunismo, capitalismo, dominação estatal absoluta 2. “A hipótese comunista é a hipótese da emancipação.” (Alain Badiou) 2.1. Práticas de emancipação e sua forma de universalidade (o comunismo) 2.2. A sociedade pedagogizada e o princípio da desigualdade 2.2.1. O Velho e o Moço 2.3. Jacotot e o princípio da igualdade (das inteligências) 2.3.1. A igualdade é um ponto de partida, uma opinião, uma pressuposição 2.3.2. Como tal, ela abre o campo de uma possível verificação 2.3.3. A inteligência não é dividida, mas una, isto é, de qualquer um. 2.4. Emancipação, primeira definição: “[é] a apropriação dessa inteligência que é una, e a verificação do potencial da igualdade da inteligência” (p. 168) 3. A distribuição social dos lugares 3.1. Platão e a lógica da distribuição de lugares na comunidades a) o trabalho não espera; b) o deus deu uma atividade específica a cada um. 3.2. A emancipação e a quebra da distribuição (social) de lugares a) o trabalho pode esperar; b) não há atividade específica. 3.3. Emancipação, segunda definição: “o comunismo da inteligência, decretado na demonstração da capacidade do “incapaz”: a capacidade do ignorante de aprender por si mesmo, diz Jacotot.” (p. 168) 4. Emancipação e coletividade (1): o problema 4.1. A tese do comunismo da inteligência e a coletivização desta 4.2. Para além da dictomia espontaneidade X organização: disciplina da emancipação 5. Emancipação e coletividade (2): as “soluções” 5.1. Cabet e o fracasso da privatização da capacidade comunista 5.2. Marx, o Partido e a espera (de um milagre) da história 5.2.1. A forma da universalidade já presente: é preciso “apenas” reapropriá-la 5.2.2. As duas premissas que sustentam o “apenas”: a) a dinâmica intrínseca às forças produtivas (“os capitalistas são seus próprios coveiros”) ; b) o despedaçamento dos laços sociais (“tudo que é sólido se desmancha no ar”) 5.3. Cabet, Marx: no fundo, Platão – trabalhadores X comunistas

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6. Emancipação e coletividade (3): desencontros entre emancipação e comunismo 6.1. A potência da inteligência e a dupla impotência pressuposta no comunismo de Marx: a) o ser forçado do proletário pela história b) a ilusão ideológica do proletário (a demanda da vanguarda) c) o princípio da desigualdade 6.2. Comunismo como coletivização do poder de qualquer um X movimento comunista 6.3. Comunistas de ouro: a) O anarquista indiviualista ansioso b) O sábio militante 6.3.' Os trabalhadores de ferro: a)' o egosísta voltado para o interesse econômico imediato b)' o especialista na insubstituível experiência no chão da fábrica 6.4. Hipótese da confiança x cultura da suspeita 7 A temporalidade da emancipação 7.1. Pontos evanescentes, momentum e a reconfiguração do possível e do horizonte do comum 7.2. Os bloqueios ao problema da temporalidade da emancipação 7.2.1. O comunismo como necessidade histórica a) Comunismo como consequência do capitalismo em Marx: a) a dinâmica intrínseca às forças produtivas (“os capitalistas são seus próprios coveiros”) ; b) o despedaçamento dos laços sociais (“tudo que é sólido se desmancha no ar”). b) Comunismo e trabalho imaterial: entre o comunismo do Capital e o da multidão (Negri) 7.2.2. O comunismo como “passo de volta” a) “Último homem” e pequena-burguesia planetária b) Democracia como forma de vida no capitalismo: consumismo, “capitalparlamentarismo” (Badiou) 7.3. A temporalidade própria à emancipação a) Ausência de necessidade histórica: por outras formas de análise e de mapeamento do possível b) Heterogeneidade (extemporaneidade) com relação ao tempo da dominação 8. Democracia e comunismo 8.1. Os múltilplos sentidos de democracia a) Organização estatal da dominação burguesa b) Mundo da vida enquadrado pela mercadoria c) “(...) espaço do comum criado pela livre associação de homens e mulheres que implementam o princípio igualitário” (p. 176) 8.2. Os múltilplos sentidos de comunismo a) conjunção entre fé na necessidade histórica e cultura da suspeita, “comunismo como apropriação das forças produtivas pelo poder estatal e sua gestão por uma elite 'comunista' ”(p. 176) b) “(...) espaço do comum criado pela livre associação de homens e mulheres que implementam o princípio igualitário” (p. 176) 8.3. Que nome – comunismo ou democracia? Porque comunismo: a) ênfase no princípio da unidade e igualdade da inteligência b) ênfase no aspecto afirmativo do processo de coletivização desse princípio; c) ênfase na capacidade de auto-superação do processo, seu caráter ilimitado, que implica na sua habilidade de inventar futuros que não são imagináveis ainda.

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